Você está na página 1de 113

BENEDITO DENIS FROTA GOMES

FUNDAMENTOS
SETE FUNDAMENTOS
DA VIDA CRISTÃ

1ª edição 2019
Edição do Autor
Itapajé, CE
Fundamentos – Sete Fundamentos da Vida Cristã
Copyright © Benedito Denis Frota Gomes

Dados internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

G6331t Gomes, Benedito Denis Frota


Fundamentos – Sete Fundamentos da Vida Cristã / Benedito Denis
Frota Gomes. – 1.ed. – Itapajé, CE: Benedito Denis Frota Gomes, 2019.
108 p. ; 21 cm.

ISBN 978-85-906141-8-

1. Doutrina 2. Estudo Bíblico I. Gomes, Benedito Denis Frota.


II. Título.

CDD - 231

As citações da Bíblia neste livro foram extraídas da


Bíblia 98 – Freeware.
Bíblia Sagrada Gratuita 4.4
Software disponível nos sites:
www.jesuslife.org - www.biblia.net - www.geniais.com

Contatos com o autor:


E-mail: denisfrota@yahoo.com
http://www.novavida.net
Fone: (85) 99411-8211

Direitos reservados. Obra protegida pela Lei dos Direitos Autorais.


É livre a cópia do conteúdo deste livro, por qualquer meio, sem a expressa autorização do
autor, para distribuição gratuita.
FUNDAMENTOS
SETE FUNDAMENTOS
DA VIDA CRISTÃ
Sumário

PALAVRAS INICIAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

CRESCIMENTO ESPIRITUAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

1º FUNDAMENTO - A BÍBLIA SAGRADA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23


1. O autor da Bíblia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2. A estrutura da Bíblia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3. Porque devemos ler a Bíblia?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4. Manuseando a Bíblia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5. A aplicação da Bíblia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
6. A nossa declaração de Fé. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

2º FUNDAMENTO - O MISTÉRIO DA FÉ. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37


O significado da Fé. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
1. A Fé que nos foi dada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2. Sem Fé e impossível agradar a Deus. Por que?. . . . . . . . . . . 38
4. A importância da Fé. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
5. As consequências da falta de Fé. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
6. Como se expressa a falta de Fé na Palavra de Deus. . . . . . 40
7. Um alerta sobre nossos sentimentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
8. Deus já garantiu a nossa vitória. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
9. Mantendo a chama da Fé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
10. A nossa declaração da Fé. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

3º FUNDAMENTO - A ORAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
1. O que é orar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
2. O privilégio de orar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
3. Somos mais fortes quando permanecemos em oração . . . . 52
4. Em que posição orar e quando orar?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
5. Onde orar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

4º FUNDAMENTO - A IGREJA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
1-Você deve fazer parte da Igreja de Cristo. . . . . . . . . . . . . . . . 62
2-Os irmãos de Fé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
3-A finalidade da Igreja:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
4-A nossa declaração de Fé. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

5º FUNDAMENTO - A OBEDIÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
1. A obediência – a prova de nossa Fé. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
2. A obediência e o princípio da autoridade. . . . . . . . . . . . . . . . 71
3. As autoridades humanas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
4. Autoridades na Igreja . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
5. Autoridades na fFamília. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
6. Outras autoridades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
7. Autoridade dos idosos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

6º FUNDAMENTO - O CARÁTER DE CRISTO. . . . . . . . . . . . . . . . 81


1 - O caráter cristão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
2. Caráter e conduta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
3. Os principais fatores na formação do caráter cristão . . . 83

7º FUNDAMENTO - VIVER PARA DEUS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91


1. Seguir a Cristo é o mais extraordinário projeto de vida. . 91
2. Vivendo para Deus como testemunha de Jesus Cristo . . . . 92
3. Todo homem tem um duplo chamado de Deus:. . . . . . . . . . . . 93
4. Testemunhando. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
5. Comunhão com Deus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
6. Testemunhas poderosas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
7. A nossa declaração de Fé. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .98

CONSELHOS ÚTEIS
7 TÉCNICAS PARA QUEBRAR HÁBITOS PECAMINOSSOS. . . . 103

PALAVRAS FINAIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107

BIBLIOGRAFIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
Palavras
iniciais
APRESENTAÇÃO
PALAVRAS INICIAIS

ALGO TREMENDO ACONTECEU COM VOCÊ!

Sim, algo glorioso aconteceu com você. Por esta razão,


antes de começarmos a apresentação dos Sete Funda-
mentos da Vida Cristã, queremos lhe mostrar as Sete
Bênçãos que aconteceram em sua vida quando você de-
cidiu confessar a Cristo como seu Senhor e Salvador.
Se você foi sincero em sua decisão de crer em Jesus
Cristo, sete bênçãos aconteceram em sua vida:
1. Seus pecados foram perdoados – O pecado separa o
homem de Deus. Ao entregar sua vida a Cristo, confes-
sando-o como Salvador, Ele perdoou todos os seus pe-
cados. Assim está escrito: “Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1.9) Agora, você
tem livre acesso a Deus por causa do sacrifício de Cristo
por nós! No livro de Atos 10.43, lemos sobre a obra de
Cristo por nós: “A este dão testemunho todos os profe-
tas, de que todos os que nele creem receberão o perdão
dos pecados pelo seu nome”.
O Apóstolo Paulo perseguiu severamente a igreja, mas
depois de sua conversão ele escreveu assim: “Esta é uma

9
palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus
veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou
o principal” (1 Timóteo 1.15). Quando chegamos a Cristo,
não importa o nosso passado, o que temos dito e feito.
Descansemos e aceitemos a afirmação da Palavra de Deus
sobre o perdão de nossos pecados. Agora em Cristo, temos
a paz de Deus; agora podemos dizer: “Graça e paz da parte
de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (I Co 1:3).
2. Seu nome está escrito no céu – Ao receber a Cristo
como Salvador, seu nome foi escrito nos céus para her-
dar a vida eterna. Em Lucas 10.20, está escrito: “Alegrai-
-vos antes por estarem seus nomes escritos nos céus”
(Lucas 10.20b). Em 1 João 3.2,3, lemos assim: “Amados,
agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesta-
do o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele
se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim
como é o veremos. E qualquer que nele tem esta espe-
rança, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.”
Somente pela purificação de nossos pecados no sangue
de Cristo é que estamos habilitados a morar no céu. Em
Apocalipse 21.27, lemos: “E não entrará nela coisa alguma
que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só
os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro”.
3. Agora você é filho de Deus – Está escrito: “Vede quão
grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos
chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos co-
nhece; porque não conhece a ele” (1 João 3.1); “… A todos
quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem fei-
tos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome”
(João 1.12). “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora

10
sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Efésios
5.8); “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de
Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida
e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no
mundo” (Filipenses 2.15) “Como filhos obedientes, não
vos conformando com as concupiscências que antes ha-
via em vossa ignorância; mas, como é Santo aquele que
vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa
maneira de viver; porquanto está escrito: Sede santos,
porque eu sou santo” (1 Pedro 1.14-16). Em Romanos 8.16,
lemos: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito
que somos filhos de Deus”. Você tem essa certeza?
4. Você foi justificado – A condenação que estava sobre
você foi removida, então você não está mais debaixo da
ira de Deus. Assim está escrito: “Aquele que crê no Fi-
lho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho
não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece”
(João 3.36). Em Efésios 2.1-5, lemos: “E vos vivificou, es-
tando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro
tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo
o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora
opera nos filhos da desobediência. Entre os quais to-
dos nós também antes andávamos nos desejos da nossa
carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e
éramos por natureza filhos da ira, como os outros tam-
bém. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo
seu muito amor com que nos amou, estando nós ain-
da mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente
com Cristo (pela graça sois salvos)”.
5. Você tem a garantia da Vida Eterna – A vida eterna é
um presente de Deus para nós. Está escrito: “Mas agora,

11
libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o
vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna;
porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito
de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”
(Romanos 6.22,23). Uma vez justificados do pecado pre-
cisamos conhecer melhor o Deus que estamos servindo.
Por isso, em João 17.3, lemos assim: “E a vida eterna é esta:
que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a
Jesus Cristo, a quem enviaste”. Em Tito 3.7, lemos: “Para
que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos
herdeiros segundo a esperança da vida eterna”.
6. Você foi santificado – Fomos santificados em Cristo
e devemos manter este propósito até o fim. A palavra
santificação significa simplesmente ser separado do pe-
cado e dedicado ao serviço de Deus.
Em Efésios 1.4, lemos: “Como também nos elegeu nele
antes da fundação do mundo, para que fôssemos san-
tos e irrepreensíveis diante dele em amor”. Todos nós,
discípulos de Jesus Cristo, em qualquer época, somos
chamados de santos, porque Jesus nos santificou. As-
sim, Paulo escreveu aos coríntios: “À igreja de Deus que
está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, cha-
mados santos, com todos os que em todo o lugar invo-
cam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles
e nosso” (2 Coríntios 1.2).
7. Cristo passou a habitar em sua vida – Em Romanos
4.25, lemos que Cristo “por nossos pecados foi entregue,
e ressuscitou para nossa justificação.” Ao voltar para o
céu Ele prometeu enviar o Espírito Santo para habitar
em nós. O Espírito Santo por sua natureza, obviamente

12
só habita em quem está santificado. Em João 14.15-17, Je-
sus se expressa assim: “Se me amais, guardai os meus
mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará ou-
tro Consolador, para que fique convosco para sempre;
o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber,
porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis,
porque habita convosco, e estará em vós”. É o Espírito
Santo que nos dá poder para vencer os desejos da velha
natureza humana e nos capacita para o conhecimento
de Deus. O apóstolo Paulo escreveu aos efésios: “Para
que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que
sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no ho-
mem interior; para que Cristo habite pela fé nos vossos
corações; a fim de, estando arraigados e fundados em
amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos
os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altu-
ra, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que
excede todo o entendimento, para que sejais cheios de
toda a plenitude de Deus” (Efésios 3.16-19).

A SUA NOVA VIDA A PARTIR DE AGORA

Você agora tem uma nova vida. O seu dia a dia segue
normal, trabalhando, estudando, etc. A diferença é que
agora você faz parte da família de Deus.
Fazemos parte de uma nova família: a família de Deus, a
igreja. Talvez alguns dos antigos companheiros digam que
não há mal nenhum em acompanhá-los nos velhos cami-
nhos do pecado, mas a Palavra de Deus diz assim: “Quem

13
está em Cristo é nova criatura, as coisas velhas já passa-
ram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5:17). “Filho meu, se os
pecadores querem seduzir-te, não o consintas” (Pv 1:10).
O nosso relacionamento com o mundo não deve ser mais
de envolvimento com as coisas que desagradam a Deus.
Devemos evangelizar o mundo; podemos fazer isso tes-
temunhando às pessoas sobre o que Jesus Cristo fez em
nossas vidas. Porque Deus “quer que todos os homens
se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” (Ti-
móteo 2.4). Fale a seus familiares e amigos sobre o seu
encontro com Jesus.
Tudo o que aprendemos de Deus devemos ensinar aos
demais. O apóstolo Paulo ensinou a Timóteo e Timóteo
ensinou outros. Em 2 Timóteo 2.2, Paulo fala sobre isto:
“E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste,
confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para tam-
bém ensinarem os outros”.
Jamais negue sua fé, nem mesmo nas adversidades. Em
Mateus 10.32,33, Jesus fala assim: “…Aquele que me ne-
gar diante dos homens eu o negarei diante de meu Pai
que está nos céus.”
Veja o testemunho do apóstolo Paulo: “Portanto, tudo
sofro por amor dos escolhidos, para que também eles
alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória
eterna. Fiel é esta Palavra: que, se morrermos com ele,
também com ele viveremos. Se sofrermos, também com
ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará.
Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se
a si mesmo.” (2 Timóteo 2.10-13)

14
Crescimento
espiritual
SEJA BEM-VINDO
CRESCIMENTO ESPIRITUAL

Se você já recebeu a Jesus Cristo como salvador de sua


vida, saiba que agora Ele lhe convida a ser um de seus
discípulos. Isto significa o início de um relacionamento
espiritual com o SENHOR, o começo de uma jornada de
crescimento espiritual.

Na Bíblia Sagrada não encontramos os termos “mem-


bro de igreja”, católico ou evangélico, como referência
aos cristãos e, sim, a palavra discípulos. Sempre que a
Igreja estava reunida, ali estavam reunidos os discípulos
de Jesus. A Igreja é formada por discípulos de Jesus! Os
discípulos são irmãos de fé.

Jesus Cristo formou discípulos. Jesus procurou enraizar


nos seus seguidores mais próximos a visão do Pai Ce-
lestial e fez deles pessoas capazes de dar continuidade à
sua obra. Através de um relacionamento intenso com o
Mestre, os discípulos aprenderam tudo que precisavam
para expandir o Reino de Deus entre os homens.

Agora que você é um novo discípulo deverá começar sua


jornada de crescimento espiritual. O discípulo de Cristo
é chamado à maturidade espiritual.

17
Até que todos cheguemos à unidade da fé e do
pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado
de homem feito, à medida da estatura da pleni-
tude de Cristo (Efésios 4:13).

O qual nós anunciamos, admoestando a todo


homem, e ensinando a todo homem em toda a
sabedoria, para que apresentemos todo homem
perfeito em Cristo. (Colossenses 1:28).

Antes crescei na graça e no conhecimento de


nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo... (2 Pe-
dro 3:18).

Este crescimento espiritual acontece com o discipulado.

Então, o que é discipulado? Discipulado é um processo


contínuo de aprendizagem cristã, de modo que o novo
crente consiga não somente aprender para si, mas re-
produzir em outra pessoa a experiência de seu relacio-
namento com Jesus Cristo. Através da convivência, da
comunhão fraternal, o discípulo aprende as palavras, os
atos e o estilo de vida de seu Mestre com a finalidade de
colocar em prática e de ensinar outros.

O Discipulado é o único meio seguro e capaz de formar


crentes espiritualmente maduros e de treinar outros
discípulos para a Seara de Deus nesta terra.

O discípulo de Cristo sabe que tem o compromisso de


investir a sua vida em seu crescimento espiritual (I Tes-
salonicenses 2.8). Jesus Cristo é o nosso modelo supre-
mo. Aprendemos Dele e com Ele, sempre. Nosso caráter

18
tem de ser como o de Cristo antes que possamos repro-
duzir em outras pessoas aquilo que somos, por isso o
método do discipulado é: “Seja como Jesus”.

“Meus filhos, novamente estou sofrendo dores


de parto por sua causa, até que Cristo seja for-
mado em vocês” (Gálatas 4:19).

Este curso é destinado a todas as pessoas que confessa-


ram a Jesus Cristo como Salvador e Senhor e que estão
desejosos do crescimento espiritual.

Se você deseja crescer espiritualmente este curso lhe


ajudará bastante. No começo de seu discipulado, você
será instruído por irmãos mais maduros na fé. Mais tar-
de, começará a aprender por conta própria e finalmen-
te, quando estiver espiritualmente maduro, passará a
instruir outras pessoas nos assuntos bíblicos. À medida
que você for desenvolvendo os seus estudos, perceberá
que no discipulado cristão há três processos educativos
integrados. Você será convidado e desafiado a:

1. Desaprender o que Deus não quer para sua vida –


Largar, deixar, abandonar, lançar fora, despojar-se
das coisas que estão relacionadas ao pecado e que
desagradam a Deus. (Efésios 4:22; 1 Coríntios 13:11).

2. Aprender o que Deus quer para você – Conhecer a


vontade de Deus; renovar o entendimento nas Sa-
gradas Escrituras até adquirir uma mentalidade bí-
blica, Cristocêntrica (Romanos 12:2; 1 Coríntios 2:16;
Filipenses 2:2-5);

19
3. Aplicar o que aprendeu – Praticar os ensinamentos
da Bíblia; colocar em prática o que aprendeu; viver
a nova vida em Cristo, ter um novo comportamento
diante dos homens e diante de Deus.

No intuito de ajudar a consolidar a sua fé como discípulo


de Cristo, preparamos este curso bíblico que será mi-
nistrado por irmãos treinados para esse propósito. Os
estudos aqui apresentados compreendem Sete Funda-
mentos (Bíblia, Fé, Oração, Igreja, Obediência, Caráter
de Cristo e Vida com Deus) sobre os quais a sua fé será
edificada até a estatura da plenitude de Cristo.

Aproveite as reuniões para tirar dúvidas com o discipu-


lador e contar o seu testemunho de fé para todos que
fazem parte de seu grupo. Mais uma vez queremos di-
zer que estamos muito felizes com a sua nova vida em
Cristo e que estamos aqui para lhe ajudar a crescer em
maturidade espiritual.

Bem, agora estamos prontos para lhe mostrar os Sete


Fundamentos Para Uma Vida Cristã Vitoriosa.

Vamos começar?

20
A Bíblia
Sagrada
PRIMEIRO FUNDAMENTO
PRIMEIRO FUNDAMENTO

A BÍBLIA SAGRADA

As Escrituras Sagradas são o testemunho especial de


Deus sobre Si mesmo. Deus, sendo Ele Próprio a Ver-
dade e falando somente a verdade, inspirou as Sagradas
Escrituras a fim de, desse modo, revelar-Se à humani-
dade perdida, através de Jesus Cristo, como Criador e
Senhor, Redentor e Juiz.

A Bíblia Sagrada é a revelação da verdade à humanidade.


Ela mostra a realidade do pecado, o plano de Deus para
salvar o homem e a sua plena vontade para a nossa vida.
A Bíblia não pretende de forma alguma provar a exis-
tência de Deus. Em Salmos 97.6, lemos assim: “Os céus
anunciam a sua justiça, e todos os povos veem a sua gló-
ria” (Salmos 97.6). Crer é o meio que Deus estabeleceu
para sermos salvos. Jesus se expressou assim: “Ide por
todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem
crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será
condenado” (Marcos 16.15,16).

23
1. O AUTOR DA BÍBLIA

Deus é o autor da Bíblia. Sobre Ele está escrito: “Ele é a


Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus cami-
nhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injus-
tiça; justo e reto é” (Deuteronômio 32.4). Partindo desta
fiel declaração, podemos afirmar que:

1.1 A Bíblia é a verdade

Já que Deus é a verdade, não há erros nem contradições


em sua Palavra. Ela é, portanto digna de toda confiança.
Assim está escrito: “A lei do Senhor é perfeita, e refrige-
ra a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria
aos simples” (Salmos 19.7).

“O temor do Senhor é limpo, e permanece eter-


namente; os juízos do Senhor são verdadeiros e
justos juntamente” (Salmos 19.9).

“O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Se-


nhor é provada; é um escudo para todos os que
nele confiam” (Salmos 18.30).

1.2 A Bíblia é inspirada por Deus

Os escritores da Bíblia embora em culturas e idiomas


diferentes, lugares e épocas também diferentes, todos
escreveram sem nenhuma contradição. Deus supervi-
sionou os escritores da Bíblia de modo que eles escreve-
ram o que Ele tinha em mente. A bíblia declara:

24
“Porque a profecia nunca foi produzida por
vontade de homem algum, mas os homens san-
tos de Deus falaram inspirados pelo Espírito
Santo” (2 Pedro 1.21).

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e


proveitosa para ensinar, para redarguir, para
corrigir, para instruir em justiça; Para que o
homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente
instruído para toda a boa obra” (2 Timóteo 3.16).

1.3 O tema central da Bíblia é Cristo

Ao longo da Bíblia, Deus revela seu plano para salvar a


humanidade. Um resumo básico da Bíblia seria: A cria-
ção do mundo, a corrupção do mundo e a redenção do
mundo. Cristo como Salvador da humanidade ocupa o
centro das Escrituras. Ele disse:

“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais


ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim
testificam” (João 5.39).

“Porventura não convinha que o Cristo pade-


cesse estas coisas e entrasse na sua glória? E,
começando por Moisés, e por todos os profetas,
explicava-lhes o que dele se achava em todas as
Escrituras” (Lucas 24.26,27).

O apóstolo Paulo também escreveu sobre Cristo:

25
“O qual se deu a si mesmo por nossos pecados,
para nos livrar do presente século mau, segun-
do a vontade de Deus nosso Pai” (Gálatas 1.4).
“Porque primeiramente vos entreguei o que tam-
bém recebi: que Cristo morreu por nossos peca-
dos, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15.3).

1.4 A Bíblia revela o que é certo e o que é errado

No Antigo Testamento, os sacerdotes tinham a respon-


sabilidade de ensinar a verdade ao povo de Israel. Em
Ezequiel 44.23, lemos assim: “E a meu povo ensinarão a
distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir
entre o impuro e o puro”. Então a Bíblia fala sobre o ca-
minho da vida e os caminhos da morte, o estilo de vida
do homem justo e o estilo de vida mundano, daquele que
serve a Deus e daquele que não o serve. Um verdadeiro
filho de Deus leva em conta os princípios da Palavra de
Deus em sua vida. Veja os textos abaixo:

“Como filhos obedientes, não vos conformando


com as concupiscências que antes havia em vos-
sa ignorância; mas, como é santo aquele que vos
chamou, sede vós também santos em toda a vos-
sa maneira de viver, porquanto está escrito: Sede
santos, porque eu sou santo” (1 Pedro 1.14-16).

“Como purificará o jovem o seu caminho? Obser-


vando-o conforme a tua palavra” (Salmos 119.9).

26
“Escondi a tua palavra no meu coração, para
eu não pecar contra ti” (Salmos 119.11).

2. A ESTRUTURA DA BÍBLIA

A Bíblia se divide em duas partes: Antigo e Novo Testa-


mento (AT/NT) A palavra Testamento significa “alian-
ça”, “pacto”. O Antigo Testamento (Antiga Aliança) foi
celebrado entre Deus e o povo de Israel (os judeus). O
Novo Testamento (Nova Aliança) foi celebrado entre
Deus e sua igreja. O Antigo Testamento trata da pro-
messa de enviar o Salvador (Messias) ao mundo através
de Israel. O Novo Testamento trata do cumprimento
desta promessa. Em outras palavras: no Antigo Testa-
mento o “Messias virá.” No Novo Testamento o “Mes-
sias já veio”. Cristo ao ressuscitar dentre os mortos nos
deixou outra promessa: Ele voltará a qualquer momen-
to para levar para si aqueles que viveram na terra se-
gundo sua Palavra.

3. PORQUE DEVEMOS LER A BÍBLIA?

3.1 Ela é a Palavra viva de Deus

Deus usa a Sua Palavra para falar conosco, quando a le-


mos com reverência e humildade.

27
“Quando caminhares, te guiará; quando te dei-
tares, te guardará; quando acordares, falará
contigo” (Provérbios 6.22).

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e


mais penetrante do que espada alguma de dois
gumes, e penetra até à divisão da alma e do es-
pírito, e das juntas e medulas, e é apta para dis-
cernir os pensamentos e intenções do coração”
(Hebreus 4.12).

3.2 Ela é o alimento para nossa alma

“E Jesus lhe respondeu, dizendo: Está escrito


que nem só de pão viverá o homem, mas de toda
a palavra de Deus” (Lucas 4.4).

“O espírito é o que vivifica, a carne para nada


aproveita; as palavras que eu vos disse são es-
pírito e vida” (João 6.63).

“Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom


ministro de Jesus Cristo, criado com as pala-
vras da fé e da boa doutrina que tens seguido”
(1 Timóteo 4. 6).

3.3 Ela nos proporciona conforto e paz

“Porque tudo o que dantes foi escrito, para nos-


so ensino foi escrito, para que pela paciência e
consolação das Escrituras tenhamos esperan-

28
ça. Ora, o Deus de paciência e consolação vos
conceda o mesmo sentimento uns para com os
outros, segundo Cristo Jesus” (Romanos 15.4,5).

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a


tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu
coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó
Senhor Deus dos Exércitos” (Jeremias 15.16).

“Os preceitos do Senhor são retos e alegram o


coração; o mandamento do SENHOR é puro, e
ilumina os olhos” (Salmos 19.8).

3.4 Ela dirige nossos passos

“Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz


para o meu caminho” (Salmos 119.105).

“Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz;


e as repreensões da correção são o caminho da
vida” (Provérbios 6.23).

“Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais,


não conhecendo as Escrituras, nem o poder de
Deus” (Mateus 22.29).

3.5 Ela é nossa arma de ataque e de defesa contra Satanás

“Tomai também o capacete da salvação, e a


espada do Espírito, que é a Palavra de Deus”
(Efésios 6:17).

29
“Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para
os que confiam nele” (Provérbios 30:5).

3.6 Ela é proporciona nosso crescimento na graça e no


conhecimento de Cristo

“Antes crescei na graça e conhecimento de nos-


so Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja
dada a glória, assim agora, como no dia da
eternidade. Amém” (2 Pedro 3:18).

“Desejai afetuosamente, como meninos nova-


mente nascidos, o leite racional, não falsifica-
do, para que por ele vades crescendo. Se é que
já provastes que o Senhor é bom” (1 Pedro 2: 2,3).

3.7 Ela é nos capacita a falar a verdade

“Se alguém falar, fale segundo as palavras de


Deus; se alguém administrar, administre se-
gundo o poder que Deus dá; para que em tudo
Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem
pertence a glória e poder para todo o sempre.
Amém” (1 Pedro 4.11).

“Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos


corações; e estai sempre preparados para res-
ponder com mansidão e temor a qualquer que
vos pedir a razão da esperança que há em vós”
(1 Pedro 3.15).

30
4. MANUSEANDO A BÍBLIA

O nome dos livros da Bíblia podem aparecer por extenso


ou abreviados. Exemplos: Jo (João) Gn (Gênesis); Lc (Lu-
cas); Sl (Salmos). Observe abaixo como é feito a leitura
de uma referência bíblica:

• Lc 1:8 – Lucas, capítulo um, versículo oito.


• Ap 3:4,5 – Apocalipse, capítulo três, versículos qua-
tro e cinco.
• Fp 3:4-7 – Filipenses, capítulo três, versículos quatro
a sete.
• Mc 8:15, 20, 38 – Marcos, capítulo oito, versículo
quinze, vinte e trinta e oito.
• Mc 8:15, 20–38 – Marcos, capítulo oito, versículo
quinze, vinte ao versículo trinta e oito.
• Jo 2:7; 8:10 – João, capítulo dois verso sete e capítulo
oito, versículo dez (o ponto e vírgula separa os capí-
tulos de um mesmo livro)
• Jó 42:5 – Jó, capítulo quarenta e dois, versículo cinco.
• Fm 9 – Filemom, versículo nove (Há livros que só
possuem um capítulo, neste caso só citamos os ver-
sículos. Outros livros que possuem apenas 1 capítu-
lo: 2 João, 3 João e Judas)
• 3 Jo 3–5 –Terceira de João, versículos três a cinco.
• Jo 10:10a – João, capítulo dez, versículo dez, parte a
• Jo 10:10b – João, capítulo dez, versículo dez, parte b

31
OBS: Há outros grupos cristãos que preferem usar um
ponto (.) para separar o capítulo dos versículos. Veja o
exemplo: Lc 1.8 – Lucas, capítulo um, versículo oito.

5. A APLICAÇÃO DA BÍBLIA

A Bíblia deve ser lida não para acumularmos conheci-


mentos, mas para que nossa vida seja transformada. Ela
revela o caráter de Deus, logo uma leitura atenciosa com
disposição para a obediência nos proporcionará uma
mudança radical em nosso caráter. Isto se chama san-
tificação. Então é conveniente quando estivermos lendo
uma porção das Escrituras perguntarmos a nós mesmos:

• Há neste texto alguma ordem que devo obedecer?

• Há neste texto algum exemplo que devo seguir?

• Há neste texto algum pecado que devo abandonar


ou evitar?

• Há neste texto alguma promessa que se aplica a mim?

6. A NOSSA DECLARAÇÃO DE FÉ

A Declaração de Fé da Comunidade de Nova Vida diz:

CREMOS na Bíblia Sagrada como inerrante, infa-


lível, irrevogável e autoritária Palavra de Deus em
linguagem humana. Sendo Deus seu verdadeiro

32
autor, foi escrita por homens vocacionados e pre-
parados por Ele, os quais sob a inspiração do Espí-
rito Santo expressaram a mensagem divina. (Sal-
mos 119.89; Isaías 40.8; Mateus 5.18; 24.35; Lucas
24.44,45; João 10.35; Romanos 3.2; 2 Timóteo 3.16-
17;1 Pedro 1.21.25).

CREMOS na Bíblia Sagrada (39 livros do Antigo


Testamento e os 27 livros do Novo Testamento)
como única prescrição infalível de fé e prática
cristã; que o seu conteúdo é um perfeito tesouro
de instrução divina, revelando-nos o caminho da
salvação, da santificação e da vida eterna. (Mateus
5:18; João 17.17; Efésios 2:10; 2 Timóteo 3.14-17; 2 Pe-
dro 1:20-21; 2:9; 3:15).

CREMOS que a Bíblia foi inspirada por Deus e que


esta inspiração foi plenária, orgânica, verbal e so-
brenatural. Plenária, porque toda a Bíblia foi “exa-
lada” por Deus. Orgânica, porque a personalidade
dos escritores não foi anulada. Verbal, pois Deus
se revelou através de palavras e Sobrenatural, por
ter início na pessoa de Deus que agiu de forma
peculiar em seus escolhidos para tal fim. (Êxodo
17.14; 34.27; Números 33.2; Isaías 30.8; Jeremias
30.2; 36.2; João 10.35; 17.17; Colossenses 1.5; 2 Ti-
móteo 2.15; 2 Timóteo 3:16; Tiago 1.18).

CREMOS na inerência plena da Bíblia; que as Es-


crituras Sagradas, em sua totalidade, são com-
pletamente verdadeiras, estando isentas de toda
falsidade, fraude ou engano. Precisamos, contudo,

33
deixar esclarecido que a ausência de erros diz
respeito somente ao texto autográfico das Escri-
turas, o qual, pela providência de Deus, pode-se
determinar com grande exatidão a partir de ma-
nuscritos disponíveis. Afirmamos ainda mais que
as cópias e traduções das Escrituras são a Palavra
de Deus na medida em que fielmente representam
o original. (João 10.35; 17.17; Colossenses 1.5; 2 Ti-
móteo 2.15; Tiago 1.18).

CREMOS que os mais ricos ensinamentos da pa-


lavra de Deus não podem ser descobertos se o Es-
pírito Santo não os revelar. É com a luz do Espírito
Santo que ficamos convencidos da verdade da Bí-
blia, ou da verdadeira significação de certas pas-
sagens. (Salmos 119:18; Lucas 24:45; João 7:17; 16.13;
1 Coríntios 2:9-16).

34
O Mistério
da Fé
SEGUNDO FUNDAMENTO
SEGUNDO FUNDAMENTO

O MISTÉRIO DA FÉ

O SIGNIFICADO DA FÉ

A fé é uma confiança espiritual na pessoa de Jesus Cris-


to. Quando recebemos a Cristo como Salvador, Deus pôs
em nós uma fé centralizada na pessoa de Jesus Cristo.
Não se trata de uma confiança sem fundamento. O fun-
damento da fé está na Palavra de Deus, pois ela é inteira-
mente verdadeira e infalível. É o reconhecimento da obra
de Jesus Cristo, de seu poder e do seu ensino para nos-
sa vida. É o Espírito Santo que opera a fé. Em João 14.17,
lemos assim: “O Espírito de verdade, que o mundo não
pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós
o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós”.

1. A FÉ QUE NOS FOI DADA

Em Judas 3, lemos: “Amados, procurando eu escrever-vos


com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por
necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela
fé que uma vez foi dada aos santos”. Esta fé deve ser pre-
servada e fortalecida a cada dia. Em Colossenses 2.6-8,

37
lemos: “como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo,
assim também andai nele, arraigados e edificados nele,
e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela
abundando em ação de graças. Tende cuidado, para que
ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs
sutilezas, segundo a tradição dos homens”.

2. SEM FÉ É IMPOSSÍVEL AGRADAR A DEUS.


POR QUÊ?

Em Hebreus 11.6, lemos assim: “ora, sem fé é impossível


agradar-lhe; porque é necessário que aquele quem se
aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoa-
dor dos que o buscam”.

Quando duvidamos da Palavra de Deus insinuamos que


ela não é verdade e toda dúvida acerca da Bíblia Sagrada
procede diretamente do diabo. O diabo pretende mi-
nar o fundamento de nossa fé que é a Palavra de Deus.
Tenhamos cuidado com pensamentos dessa nature-
za! Desde o início do mundo o maligno tem usado esta
estratégia. Quando estávamos no mundo, o diabo nos
enganava sussurrando que poderíamos viver de qual-
quer maneira sem ser necessário obedecer a Palavra de
Deus, e que no final tudo sairia muito bem. Entretanto
Cristo diz diferente. Ele orou por nós assim: “Dei-lhes
a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do
mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que
os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do
mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua
verdade; a tua palavra é a verdade” (João 17.14-17). Deus

38
nos quer afastados do sistema deste mundo perverso.
Essa é a prova do novo nascimento. Em 1 João 5.4, está
escrito: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o
mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé”.

4. A IMPORTÂNCIA DA FÉ

A fé é a nossa condição de vida! Está escrito: “o justo


viverá da fé” (Gálatas 3.11b). Sem ela seremos como um
barco à deriva. Em 1 Timóteo 1.19, lemos assim: “Conser-
vando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando,
fizeram naufrágio na fé”. Veja em sua Bíblia outras con-
siderações acerca da importância da fé:

Somos salvos pela graça por meio da fé - Efésios 2.8,9;


Temos acesso a Cristo pela fé - Efésios 3.12;
Cristo habita em nossos corações pela fé - Efésios 3.17;
A fé é um escudo para proteção da alma - Efésios 6.16;
Somos guardados pela fé - 1 Pedro 1.5; 1 Coríntios 1.24;
As promessas de Deus são recebidas com paciência e
fé - Hebreus 6.12,15; 11.33.

5. AS CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE FÉ

A fé é o princípio da obediência. Só obedece quem tem


fé e só tem fé quem obedece. Portanto não praticar a
Palavra de Deus significa não ter fé nele. Se alguém não
crê na eficiência da Palavra de Deus tal pessoa viverá

39
segundo o seu próprio pensamento ou viverá engana-
da, daí a desobediência e o fracasso espiritual. Por isso
Cristo falou: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas
palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem pru-
dente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a
chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e comba-
teram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada
sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras,
e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato,
que edificou a sua casa sobre a areia; E desceu a chu-
va, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram
aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda”.

6. COMO SE EXPRESSA A FALTA DE FÉ NA


PALAVRA DE DEUS

Viver de forma materialista (avarenta). Em 1 Timóteo


6.10, lemos: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda
a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram
da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas do-
res”. Cristo nos ensinou a combater a avareza. Em Lucas
12.31, lemos: “Buscai antes o reino de Deus, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas”. Em Hebreus 10.38,39,
lemos também: “Mas o justo viverá da fé; e, se ele re-
cuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém,
não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas
daqueles que creem para a conservação da alma”.

40
7. UM ALERTA SOBRE NOSSOS
SENTIMENTOS

Fiquemos certos que enfrentaremos muitas lutas e obs-


táculos. Cristo não escondeu isto de ninguém. Ele falou
assim: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais
paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu
venci o mundo” (João 16.33). O mandamento de Cristo é
ter bom ânimo, ou seja, manter-se animado apesar das
circunstâncias. Não podemos servir a Deus com base em
nossos sentimentos, pois eles mudam! Vejamos o exemplo
do apóstolo Paulo quando enfrentou algumas dificulda-
des: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para
que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. Em
tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos,
mas não desanimados; perseguidos, mas não desampa-
rados; abatidos, mas não destruídos, trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nos-
so corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também
nos nossos corpos” (2 Coríntios 4.7-10). Já pensou se ele se
deixasse ser levado pelas emoções?

8. DEUS JÁ GARANTIU A NOSSA VITÓRIA

Como dissemos, em nossa jornada cristã surgirão mui-


tos obstáculos que desafiarão a nossa fé. Nestes momen-
tos, tenhamos plena confiança nas promessas de Deus e
aprendamos a descansar nele. Ter fé significa colocar-se
inteiramente na dependência de Deus sabendo que Ele
cuidará de nós. Disse o Pr. Charles Stanley: “Desânimo

41
e entusiasmo são questões de escolha.” De fato, quando
mudamos a nossa mente sabendo que Deus está no con-
trole de qualquer situação somos vitoriosos. Nos dias
do profeta Habacuque a escassez de alimentos era um
grande problema. O profeta poderia ter ficado triste e
abatido, mas como ele se comportou? Ele escolheu des-
cansar na soberania de Deus! Habacuque se expressou
assim: “Porque ainda que a figueira não floresça, nem
haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da
oliveira, e os campos não produzam mantimento; ain-
da que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos
currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Se-
nhor; exultarei no Deus da minha salvação” (Habacuque
3.17,18). Esta é a escolha certa que devemos aprender em
nosso caminhar com Cristo.

9. MANTENDO A CHAMA DA FÉ

Após considerar o cuidado especial de Deus por nós,


resta-nos alegrar-nos diariamente por esse grande pri-
vilégio. De tudo que aprendemos neste estudo, veja os 5
passos fundamentais para manter a fé fortalecida:

1. Meditar na Palavra. (Josué 1.8; Salmos 19.8; 119.133;


Jeremias 15.16)
2. Separarmos tempo para a oração. (Lucas 6.12; 18.7,8)
3. Congregar-nos regularmente. (Hebreus 10.25)
4. Trabalhar na evangelização. (1 Tessalonicenses 1.8)
5. Sermos agradecidos a Deus. (Romanos 4.20; Filipen-
ses 2.14)

42
Que vivamos por fé, e não por vista (2 Coríntios 5.7).
Este é o plano de Deus para a vida de seus fiéis. “Tendo
por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou
a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo”
(Filipenses 1.6).

“Por esta razão, pois, te admoesto que reavives


o dom de Deus que há em ti pela imposição das
minhas mãos” (2 Timóteo 1.6).

10. A NOSSA DECLARAÇÃO DA FÉ

A Declaração de Fé da Comunidade de Nova Vida diz:

CREMOS que a fé realiza-se e desenvolve-se pelas


relações estabelecidas com Cristo. A fé não é um
estado da alma que se basta fechada em si mesma.
A fé é dada como uma disposição aberta para uma
vida em companheirismo com Deus, ou seja, ela
só se torna possível por um princípio de recipro-
cidade entre o homem e Deus. (Marcos 9:24; Lu-
cas 17:5; 22:32; João 5.47; Atos 4.4; Romanos 10.14,17;
12:3; Hebreus 12:2; 2 Pedro 1:1).

CREMOS que Deus requer de nós a fé para co-


nhecê-lo e obedecê-lo. A fé não pode surgir a me-
nos que Deus graciosamente prepare o caminho
para ela. O Espírito Santo ilumina os nossos olhos
cegos pelo pecado, colocando a verdade em foco,
capacitando a nossa vontade a olhar e se render à
atração divina. Pela fé, o homem dá assentimento

43
a Deus revelador e submete completamente todo
o seu ser a Ele. (João 6:42; 2 Coríntios 4:13; Efésios
1:17-20; 4:15,16; 1 Tessalonicenses 2:13 1; 1 João 5:10;
Hebreus 10:39; 12:2).

CREMOS que a fé vem antes da salvação. Ninguém


é salvo para depois passar a crer; primeiro vem a
fé, em seguida, a salvação (Atos 16:61; Romanos 5:1;
Efésios 2:8); que a fé deve ser ativa e manifestar-se
em obediência a Deus e prática de boas obras (He-
breus 11:6; Tiago 2:17).

CREMOS que pela fé somos habilitados, por obra


do Espírito Santo e, ordinariamente, pela minis-
tração da Palavra de Deus, a crer nas Escrituras
Sagradas como verdades reveladas, abraçando as
suas promessas, apropriando-se das provisões
da graça, agindo de conformidade com os ensi-
namentos ali ministrados. (João 6:42 1; 2 Coríntios
4:13; Efésios 1:17-20; 4:15,16; 1 Tessalonicenses 2:13;
1 João 5:10; Hebreus 10:39).

CREMOS que professar a fé significa afirmar sem-


pre, por palavras e atitudes, de maneira inconfun-
dível, que somos fiéis discípulos de Jesus Cristo e
que pertencemos à Sua Santa Igreja. Isto feito com
tanta sinceridade e firmeza, para que nem amea-
ças, nem persuasões, nem martírio, nem mesmo
a própria morte possa forçar-nos a abandonar ou
trair a nossa fidelidade ao nosso Senhor e Salva-
dor Jesus Cristo. (Hebreus 11:33-38; Tiago 2:17-18).

44
A Oração
TERCEIRO FUNDAMENTO
TERCEIRO FUNDAMENTO

A ORAÇÃO

Passamos a conhecer as pessoas quando falamos com


elas. Conhecemos Deus da mesma maneira. A conse-
quência mais importante da oração não é a obtenção de
algo desejado, e sim o conhecimento de Deus.

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o


único Deus verdadeiro” (João 17.3).

Sim, a oração nos faz conhecer mais de Deus, e esta é a


maior descoberta da alma.

1. O QUE É ORAR

Orar é conversar com Deus. É um diálogo entre o filho


na Terra e o Pai Celestial.

• Lendo a Bíblia e meditando no que está escrito nela,


Deus fala ao nosso coração.

• Através da oração sincera podemos falar com Deus


(Tiago 5:6).

47
Orar não é repetir palavras de conteúdo religioso, mas
abrir o coração, extravasar a alma, desenvolver uma pro-
funda comunhão com Deus. Orar é abrir o coração para
Deus, conversando com Ele a fim de desfrutar de um re-
lacionamento saudável, de comunhão e de adoração. Em
Mateus 6.5-13, Jesus ensinou seus discípulos a orar.
A oração é um diálogo, não há necessidade de dizer fra-
ses decoradas. Podemos diretamente nos dirigir a Deus
e agradecê-lo pela nossa salvação, saúde, emprego,
amigos, livramentos, etc. Podemos falar com Ele sobre
nossas necessidades, problemas e dificuldades. Oramos
também por outras pessoas, por suas necessidades, a
fim de que sejam abençoadas por Deus. Devemos orar
também pelas autoridades delegadas:
1 Timóteo 2.1-4: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que
se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de
graças, por todos os homens; pelos reis, e por todos os
que estão em eminência, para que tenhamos uma vida
quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade;
porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso
Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e
venham ao conhecimento da verdade”.
O SENHOR nos ouve e nos responde quando oramos em
seu nome e de acordo com sua vontade. (Leia João 16.23;
1 João 5.14). A oração faz parte do plano de Deus para
desenvolver a nossa comunhão com Ele.

48
2. O PRIVILÉGIO DE ORAR

O Senhor Jesus não quer que decoremos orações ou que


apresentemos “vãs repetições”, mas que façamos uma
oração sincera. Orar não é recitar ou repetir algo. Orar
é conversar com Deus, dialogar com Ele. O discípulo ora
com palavras ou pensamentos e ouve Deus na consciên-
cia, no coração e acima de tudo na Bíblia.
Se pedirmos alguma coisa a Deus em oração, e não
recebermos imediatamente, saiba que há diversas
explicações para isso:
1. Às vezes, oramos sem crer de todo o coração. Neste
caso, a falta é nossa e não de Deus.
2. Em segundo lugar, Deus sabe o tempo certo de con-
ceder uma bênção.
3. Em terceiro lugar, Deus costuma dar uma resposta
melhor, embora diferente do que pedimos.
4. Em quarto lugar - Deus também diz Não, quando se
trata de algo prejudicial, contrário aos Seus propósi-
tos, por isso devemos orar segundo a vontade Dele.
As nossas orações são respondidas quando buscamos
servir ao Senhor de todo o coração. Isto implica dedi-
cação total que fortalece a fé, que por sua vez nos faz
pacientes e nos capacita a esperar o tempo de Deus.

Então, me invocareis, passareis a orar a mim,


e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis
quando me buscardes de todo o vosso coração -
Jeremias 29.12,13.

49
Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus
ouvidos atentos ao seu clamor - Salmos 34:15.

Esperei com paciência pela ajuda de Deus, o


SENHOR. Ele me escutou e ouviu o meu pedido
de socorro - Salmos 40.1.

Quando permanecemos firmes nas promessas de Deus,


somos atendidos, pois as nossas petições estão de acor-
do com a vontade do Senhor.

Se permanecerdes em mim, e as minhas pala-


vras permanecerem em vós, pedireis o que qui-
serdes, e vos será feito - João 15:7.

Quando estamos na presença de Deus, temos


coragem por causa do seguinte: se pedimos al-
guma coisa de acordo com a sua vontade, te-
mos a certeza de que ele nos ouve – 1 João 5:14.

3. SOMOS MAIS FORTES QUANDO


PERMANECEMOS EM ORAÇÃO

Quanto mais tempo passamos com Deus em oração


mais aprendemos a ouvir a Sua voz. É nesta comunhão
que encontraremos força para vencer as tentações e os
desafios da vida. É também o meio para termos a dire-
ção certa para nossa vida. Às vezes nos sentiremos, de-
sanimados, tentados e desafiados. Porém Deus está co-
nosco em cada momento! Confiemos nele. Ele é a nossa
rocha firme. Veja o que está escrito em Salmos 18.1-6:

50
“Eu te amarei, ó Senhor, fortaleza minha. O Se-
nhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o
meu libertador; o meu Deus, a minha fortale-
za, em quem confio; o meu escudo, a força da
minha salvação, e o meu alto refúgio. Invoca-
rei o nome do Senhor, que é digno de louvor,
e ficarei livre dos meus inimigos. Tristezas de
morte me cercaram, e torrentes de impiedade
me assombraram. Tristezas do inferno me cin-
giram, laços de morte me surpreenderam. Na
angústia invoquei ao Senhor, e clamei ao meu
Deus; desde o seu templo ouviu a minha voz,
aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante
a sua face”.

O Salmo 105.4 não é uma sugestão, é um mandamento.


Então precisamos orar sempre. Deixar de orar é inclusi-
ve um pecado, porque estamos desprezando um encon-
tro com Deus. Veja 1 Samuel 12.23.

4. EM QUE POSIÇÃO ORAR E


QUANDO ORAR?

Qualquer posição decente é aceita por Deus. O que im-


porta é o nosso propósito e atitude em buscar a sua face.
É conveniente uma posição que demonstre submissão e
reverência. Leia estas passagens: 2 Crônicas 20.5,6; Atos
20.36; Salmos 95.6; Lucas 22.41,42; Efésios 3.14-19; Gêne-
sis 17.3; Lucas 5.12; 2 Crônicas 20.18; Mateus 14.23.

51
Precisamos orar na igreja, em casa, em família, em todo
tempo e em todo lugar. Oramos em pensamento, fa-
lando baixinho ou clamando em alta voz. Os discípulos
de Jesus devem se reunir regularmente para orar, para
buscar a presença de Deus e receber as bênçãos do Céu.

“Quero, pois, que os homens orem em todo o lu-


gar, levantando mãos santas, sem ira nem con-
tenda” (1 Timóteo 2:8).

“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento


e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está
em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te re-
compensará publicamente” (Mateus 6:6).

5. ONDE ORAR

Em casa – Separe um momento especial para adorar a


Deus. Escolha o melhor horário. Sua a família será muito
abençoada e você prosperará em tudo! (Josué 24.15).

No prédio onde os crentes se reúnem para orar – Há


vários tipos de reuniões: Consagração, Vigília, Reuniões
de Oração, etc. Nestas reuniões acontecem o batismo
no Espírito Santo, cura divina, libertação e solução de
muitos problemas (Atos 3.1).

Em particular – É estar sozinho com Deus em oração,


adorando-o por tudo que Ele é, pelo que está fazendo e
vai fazer. Podemos falar livremente com o Senhor sobre
nossos sentimentos e anseios e temos promessas em

52
sua Palavra de que Ele nos ouve (1 Pedro 5.7; Salmos 51.17;
10.17; 34.17,18; Daniel 10.12).

CONCLUSÃO

O conhecimento de Deus vem de um relacionamen-


to que se experimenta. Conhecer a Deus é conhecê-lo
como um Deus pessoal, que nos ama, adentra em nos-
sa história, estabelece o diálogo conosco e responde às
nossas petições. Esta relação especial de mútuo conhe-
cimento e experiência vêm pela fé e pela oração. A fé e a
oração proporcionam uma relação de comunhão entre
Deus e o homem.

Aquele que crê deve orar.

1. Orar segundo a vontade de Deus - I João 5:14;


2. Orar com Fé - Mateus 21:22;
3. Orar em Nome de Jesus - João 14:14;
4. Orar Por si e pelo próximo - I Timóteo 2:2; Lc 6:28;
5. Orar com mãos santas, sem ira - I Timóteo 2-8;
6. Orar publicamente e em secreto - Mateus 6:6;
7. Nunca cessar de orar - I Tessalonicenses 5:17.

Orai sem cessar... I Tessalonicenses 5:17

Nunca deixe de orar. Na alegria e no sofrimento, nas vi-


tórias e nas derrotas, ore sempre.

53
1. A oração do Pai Nosso (O modelo que Jesus ensinou);
2. Ações de graça (Oração de gratidão; tributo de hon-
ra, reconhecimento dos atos divinos);
3. Adoração (Profunda devoção e comunhão; expres-
são de amor a Deus);
4. Invocação (Clamor pela presença manifesta do
SENHOR);
5. Orar a Palavra (Repetir textos das Escrituras; citar
versos bíblicos);
6. Em Concordância (Dois ou mais oram com o mesmo
propósito);
7. Responsiva (Um dirige a oração, o outro responde
amém);
8. Confissão (Pecados declarados, arrependimento
manifesto);
9. Renúncia (Quebra de pactos, de vínculos com o
inimigo);
10. Súplica (Agonizante; carregada de tensão emocional);
11. Consagração (dedicação ministerial);
12. Quebrantamento (rendição total diante de Deus);
13. Contemplação (Quietude e meditação);
14. Devocional (Refletindo sobre um texto bíblico);
15. Reivindicação (Com base nas promessas de Deus);
16. Intercessória (Oração em favor de alguém);

54
17. Em línguas espirituais (Oração através de um Dom
do Espírito);
18. No Espírito (Motivada e Dirigida pelo Espírito de
Deus);
19. Libertação (Batalha espiritual; Oração pela expulsão
do mal/demônios);
20. Oração da Fé (oração por curas e milagres).
Seja a oração breve ou longa, silenciosa ou fervorosa, es-
pontânea ou esquematizada... Ore sempre!
Há pessoas que oram mais e há pessoas que oram me-
nos. Todos nós, porém, temos falhas na oração, por
isso necessitamos da ajuda do Espírito Santo, nosso
intercessor.

Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda


em nossa fraqueza; porque não sabemos o que
havemos de pedir como convém, mas o Espírito
mesmo intercede por nós com gemidos inexpri-
míveis (Romanos 8:26).

O mais importante é que o discípulo ore sempre. A ora-


ção constante e fervorosa é sem dúvida, uma das chaves
mais importantes para o crescimento espiritual e uma
vida cristã vitoriosa, por isso seja um discípulo que ora
sempre (I Tessalonicenses 5:17).

55
A Igreja
QUARTO FUNDAMENTO
QUARTO FUNDAMENTO

A IGREJA

A igreja é o lugar onde os discípulos de Cristo se reúnem


de comum acordo para comungar com Deus e uns com
os outros. Na igreja você conhece outras pessoas sal-
vas e desfruta de comunhão e encorajamento para a sua
nova vida em Jesus Cristo.
A Igreja representa a Casa de Deus, a família de Deus.
Nela somos instruídos e fortalecidos pelo Pai Celestial e
pelos irmãos mais velhos na fé. A Igreja funciona como
um lar, uma escola, um hospital, um lugar de devoção e
de comunhão (Isaías 56:7; Atos 2:46; Hebreus 10:25).
A origem da palavra igreja vem do grego ekklesia, que
significa “os chamados para fora” (Hebreus 12.23). A
igreja de Cristo - Fomos tirados “para fora” do mundo e
postos em uma posição privilegiada em Cristo (Efésios
2.6). A igreja foi fundada pelo próprio Cristo, portanto
Ele é o fundamento de Sua igreja. Leia Mateus 16.15-19.
Portanto, é extremamente importante se congregar a
fim de não correr o risco de cair no engano novamente.
Em Hebreus 10.25 lemos: “Não deixando a nossa con-
gregação, como é costume de alguns, antes admoestan-
do-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que
se vai aproximando aquele dia”.

59
Não é suficiente o contato semanal com o culto a Deus,
por esse motivo você é convidado para um inter-rela-
cionamento com outros irmãos, nas diversas atividades
e programações da igreja, onde se compartilham ideias,
verdades aprendidas na Palavra, aspirações e onde há
compreensão. A casa do Pai é este lugar maravilhoso de
comunhão e crescimento espiritual.

1-VOCÊ DEVE FAZER PARTE DA IGREJA DE


CRISTO

Jesus está na reunião da igreja (Mateus 18:20). Na igre-


ja, o discípulo recebe a ação constante da presença do
Espírito Santo, curando, libertando, consolando, edifi-
cando, fortalecendo, etc. Esta presença manifesta con-
cede dons espirituais e modela o caráter do discípulo à
imagem e semelhança de Seu Mestre, Jesus. (Gálatas 5:
22-26). Nunca deixe de se congregar (Hebreus 10:25).

2-OS IRMÃOS DE FÉ

Na igreja você precisará de uma referência. Seu modelo/


exemplo deve ser Jesus Cristo. Olhe sempre para Jesus
e procure imitá-Lo no caráter, nas atitudes e no pensar.
Com o tempo você começará a identificar também ho-
mens e mulheres de Deus, que vivem em santo proce-
dimento. Aproveite para se aproximar mais dessas pes-
soas, pois fazendo assim você terá melhores e maiores
condições de um bom crescimento espiritual.

60
Em breve, você crescerá na fé e estará sentindo o desejo
de ajudar outras pessoas a entender a Palavra de Deus.
Quando esse momento chegar, saiba que será uma
grande alegria contarmos com sua participação ativa na
evangelização desta cidade. Nesse intervalo de tempo
aproveite para estudar a Bíblia, orar e comungar com
seus novos irmãos em Cristo.

Na comunhão da Igreja, desenvolvemos relacionamen-


tos saudáveis com os irmãos da fé. Os irmãos mais ve-
lhos na fé instruem os mais novos na caminhada cristã.
Você precisa dos outros. Os outros precisam de você. A
igreja é um local de amor e serviço para o mundo que
nos rodeia. A salvação que você já encontrou em Jesus,
deve ser conhecida por outras pessoas que ainda não
ouviram falar do Evangelho. Fomos ganhos para Cristo e
queremos ganhar outros. Participe do maior movimento
de Deus jamais conhecido: levar as bênçãos da Salvação
em Cristo Jesus a todas as pessoas da Terra.

3-A FINALIDADE DA IGREJA:

Os propósitos da Igreja podem ser observados em cinco


áreas principais:

1. Adoração - Agora uma vez vivificados espiritual-


mente, podemos adorá-lo em espírito e em verdade
conforme o que Jesus falou em João 4.23,24: “Mas a
hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adora-
dores adorarão o Pai em espírito e em verdade; por-
que o Pai procura a tais que assim o adorem.” Deus

61
é Espírito e para Ele importa que os que o adoram o
adorem em espírito e em verdade. João 4:23; Filipen-
ses 3:3; Efésios 5:19 e Colossenses 3:16. Culto, louvor,
oração, contemplação, gratidão e contribuição.

2. Comunhão – relacionamentos entre os discípulos


dentro do Corpo de Cristo – Desenvolvimento de
amizades saudáveis e edificantes (1 João 1:3; Atos
4:32; João 13:3; Salmos 133:1 e 1 Coríntios 12:26).

3. Discipulado – Os irmãos mais maduros na fé ensinam


os irmãos novos convertidos. Saímos de um mundo
cheio de engano. (1 João 5.19) Como novas criaturas
em Cristo precisamos ser edificados na Palavra da
Verdade (João 17.17). Para isto, Deus colocou na igre-
ja pessoas capacitadas para nos ajudar a crescer es-
piritualmente. Em Efésios 4.11-14 está escrito assim:
“E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para
profetas, e outros para evangelistas, e outros para
pastores e mestres, querendo o aperfeiçoamento dos
santos, para a obra do ministério, para edificação do
corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade
da fé e ao conhecimento do Filho de Deus...”.

4. Evangelismo – Esta função envolve a proclamação


da Palavra de Deus com o propósito de levar as pes-
soas à conversão a Cristo. A igreja é a ferramenta
principal de Deus para alcançar um mundo perdido.
Mateus 28:19-20; João 20:21; Atos 1:8: 4:19-20.

5. Serviço: tanto dentro da igreja como na sociedade.


Somos ungidos para servir às necessidades da igreja
e servir ao próximo. Essa foi uma preocupação de

62
Jesus: Lucas 4:18-21; 6:35-36; Mateus 25:34-40. Ele
curou enfermos, restaurou a função aos que eram
cegos e paralíticos, ressuscitou mortos e defendeu
as crianças, as viúvas e os injustiçados. A ação social
foi também uma preocupação dos apóstolos – Gála-
tas 2:9-10 e Tiago 1:27; Gálatas 6:10; 1 Timóteo 6:11 e
Romanos 15:26.

4-A NOSSA DECLARAÇÃO DE FÉ

A Declaração de Fé da Comunidade de Nova Vida diz:

CREMOS que a Igreja é um organismo espiritual, a


expressão visível do Corpo de Cristo aqui na ter-
ra, composto de todos os que experimentaram o
novo nascimento e que esta assembleia dos san-
tos existe em todas as partes do planeta, em con-
gregações locais, como unidade do povo de Deus,
eleita e separada do mundo, instituída, edificada e
governada pelo Senhor Jesus, para o aperfeiçoa-
mento e serviço dos santos. (Mateus 16.16-19; João
17.22-26; 2 Coríntios 11.2; Efésios 4.10-16; 5. 22-27;
2 Timóteo 3.15; Hebreus. 12.22-24; I Pedro 2.9,10).

CREMOS que a Igreja é o Corpo de Cristo, forma-


da pelo povo de propriedade exclusiva de Deus,
congregando, em um só Corpo, judeus e gentios
crentes em Jesus Cristo. (Romanos 9:7; 31-32; 10:3-
4; 11:17-24; 1 Coríntios 12:27; Gálatas 6:16; Efésios
2.11-22; 4.4 e 5; 1 Pedro 2:9).

63
CREMOS no sacerdócio de todos os crentes, na
comunhão dos santos que, pelo Espírito e pela fé,
estão unidos a Cristo, o cabeça da igreja, e uns aos
outros, em amor, como membros do mesmo cor-
po; que os crentes devem manter uma igreja santa
e em plena comunhão com Deus; socorrer uns aos
outros em suas necessidades e realizar todos os
outros serviços espirituais, que visam a glória de
Deus. (João 1:16; Efésios 3:16,17; 1 Tessalonicenses
5:11,14; Hebreus 10:24,25; 1 João 1:3; 3:17).

CREMOS que, dentro da visão do Reino de Deus, a


igreja tem um chamado triplo: Pregar o evangelho,
discipular os novos convertidos e praticar boas
obras. O serviço da evangelização figura como a
tarefa mais urgente da igreja, no entanto, o Evan-
gelho do Reino de Deus é o domínio de Deus sobre
a totalidade da vida humana. Nesta perspectiva, a
justiça e o testemunho evangelístico estão neces-
sariamente ligados. (Mateus 9:35; 28:19; Marcos
16:15; Efésios 2:10).

CREMOS que a igreja, no aspecto humano, não


é inteiramente pura, estando sujeita ao erro e ao
pecado, razão da sua necessidade de perseverar
na santa doutrina de Jesus Cristo; que a igreja tem
o dever de se manter pura através da disciplina
e pela exclusão de membros rebeldes. (Mateus
28:19, 20; João 1:12,13, 3:3-7; Romanos 16:17-18; 1 Co-
ríntios 3:9; 5:11-13; Efésios 4:11-13; Colossenses 1:18;
2 Tessalonicenses 3:10-16; Tito 1:5; 1 Pedro 5:1-4; 2
Tessalonicenses 2:3,4).

64
A Obediência
QUINTO FUNDAMENTO
QUINTO FUNDAMENTO

A OBEDIÊNCIA

A fé só tem credibilidade diante de Deus pela obe-


diência. Fé sem obediência a Deus, sem bom compor-
tamento e sem boas obras é uma fé morta.

Assim também a fé, se não tiver obras, é morta


em si mesma (Tiago 2:17).

Na Bíblia estão registrados os princípios que Deus


estabeleceu para a nossa edificação espiritual e bem-
-estar. Uma vez que experimentamos a salvação, a
Bíblia Sagrada convida cada um de nós a uma vida
de obediência a Deus. Todos os que receberam Jesus
Cristo como Salvador, receberam também graça para
obedecê-lo. Em Romanos 1.5, lemos: “Pelo qual rece-
bemos a graça e o apostolado, para a obediência da
fé entre todas as gentes pelo seu nome”. Obedecer a
Deus não é algo tão difícil como muitos supõem. Em 1
João 5.3, lemos assim: “Porque este é o amor de Deus:
que guardemos os seus mandamentos; e os seus
mandamentos não são pesados”.

67
1. A OBEDIÊNCIA – A PROVA DE NOSSA FÉ

A obediência à Palavra de Deus é a prova mais clara


de nossa fé. Como já vimos, só obedece quem tem fé
e só é fortalecido na fé quem obedece. O resultado da
obediência é sempre uma vida repleta de experiên-
cias com Deus! Abrir mão de nossa própria vontade
é a chave para a maturidade espiritual. A obediência
é um dos assuntos principais das Escrituras. Cristo,
além de morrer por nossos pecados, também veio
para nos ensinar a fazer a vontade de Deus. Sabe-
mos que o pecado de Adão e Eva foi fazer sua pró-
pria vontade, em vez da vontade de Deus, e isso trou-
xe toda sorte de adversidades para a humanidade.
A obediência de Cristo resultou em nossa salvação.
Em Hebreus 5.8,9, lemos assim: “Ainda que era Filho,
aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E,
sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna
salvação para todos os que lhe obedecem”. À medida
que obedecemos temos uma compreensão melhor do
plano de Deus para nossas vidas.

Como saber exatamente o que Deus requer de nós?


Ora, basta saber o que Deus nos ordena em sua Pa-
lavra. Em Salmos 143.10, lemos: “Ensina-me a fazer
a tua vontade, pois és o meu Deus. O teu Espírito é
bom; guie-me por terra plana”.

Temos muitas razões para obedecer a Deus. Em 2 Ti-


móteo 3.14-17 lemos assim: “Tu, porém, permanece na-
quilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo
de quem o tens aprendido, e que desde a tua meninice

68
sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio
para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda
a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para
ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em
justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e per-
feitamente instruído para toda a boa obra”.

2. A OBEDIÊNCIA E O PRINCÍPIO DA
AUTORIDADE

1.1 A Autoridade absoluta de Deus

Deus é soberano em tudo. Toda autoridade e poder per-


tence somente a Ele. Lúcifer foi banido do céu por sua
rebeldia em querer usurpar a autoridade exclusiva de
Deus. (Isaías 14.12-14) No Novo Testamento, Jesus Cristo,
ao ressuscitar dentre os mortos, afirmou que toda auto-
ridade lhe foi dada nos céus e na terra (Mateus 28.18-20;
Efésios 1.20-22; 4.5,6).

1.2 A autoridade da Bíblia

A Palavra de Deus é autoridade independente de crer-


mos nela ou não. A autoridade de Deus é a verdade e a
verdade é o próprio Deus (João 14.6; 1.17; Deuteronômio
32.4). Quem não gostaria de ser bem sucedido na vida?
Quem não gostaria de estar no caminho certo? Para
alcançar esta bênção, precisamos crer nela e obedecê-
-la. Nossa vontade precisa estar alinhada à de Deus. É
quando nos submetemos à Palavra que demonstramos

69
o nosso amor a Deus. Cristo afirmou: “Aquele que tem
os meus mandamentos e os guarda esse é o que me
ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu
o amarei, e me manifestarei a ele” (João 14.21).

1.3 A autoridade da consciência

A consciência nos capacita a distinguir entre o certo e o


errado. Antes de receber a Cristo como Salvador, não tí-
nhamos o padrão da verdade completa para que pudés-
semos agradar a Deus. Veja só: alguém pode estar ciente
de que algo seja o certo, porém isso pode ser errado de
acordo com a Bíblia. O coração é enganoso e a multidão
também. Lendo em Juízes 21.25, observamos que “na-
queles dias não havia rei em Israel; porém cada um fazia
o que parecia reto aos seus olhos.” Lendo nos capítulos
anteriores, perceberemos que muito do que foi feito na-
quela época não estava de acordo com os padrões da
Palavra de Deus. Agora, uma vez que conhecemos a ver-
dade da Palavra de Deus, a nossa consciência aprova ou
reprova o que fazemos, porque ela é uma testemunha da
verdade que recebemos (Romanos 14.22b).

3. AS AUTORIDADES HUMANAS

O que a Bíblia diz sobre as autoridades delegadas? Em


Romanos 13.1,2 lemos:

“Toda pessoa esteja sujeita às autoridades su-


periores; porque não há autoridade que não

70
venha de Deus; e as autoridades que há foram
ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à
autoridade resiste à ordenação de Deus; e os
que resistem trarão sobre si mesmos a conde-
nação” (Romanos 13:1-2).

Através deste texto, percebe-se que toda autoridade é re-


presentação da vontade de Deus na terra. Quando hon-
ramos e obedecemos às autoridades, estamos honrando
e obedecendo diretamente a Deus e a Sua Palavra! Da
mesma forma rebelar-se contra as autoridades é seguir o
princípio de Satanás, porque ele é o pai de toda rebelião.

Romanos 13:7: “Portanto, dai a cada um o que


deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto,
imposto; a quem temor, temor; a quem honra,
honra” ...

1 Pedro 2.13-15: “Sujeitai-vos, pois, a toda a orde-


nação humana por amor do Senhor; quer ao rei,
como superior; quer aos governadores, como
por ele enviados para castigo dos malfeitores, e
para louvor dos que fazem o bem. Porque assim
é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a
boca à ignorância dos homens insensatos”.

Devemos orar pelas autoridades:

“Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam


deprecações, orações, intercessões, e ações de

71
graças, por todos os homens; pelos reis, e por
todos os que estão em eminência, para que te-
nhamos uma vida quieta e sossegada, em toda
a piedade e honestidade; porque isto é bom e
agradável diante de Deus nosso Salvador, que
quer que todos os homens se salvem, e venham
ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2.1-4).

4. AUTORIDADES NA IGREJA

A Bíblia é bem clara em dizer em Efésios 4.11-14: “E ele


mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e
outros para evangelistas, e outros para pastores e dou-
tores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a
obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhe-
cimento do Filho de Deus, ao homem perfeito, à medida
da estatura completa de Cristo, para que não sejamos
mais meninos inconstantes, levados em roda por todo
o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com
astúcia enganam fraudulosamente.” Veja outros textos
sobre este assunto:

“Rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que


trabalham entre vós e que presidem sobre vós no
Senhor, e vos admoestam; E que os tenhais em
grande estima e amor, por causa da sua obra.
Tende paz entre vós” (1 Tessalonicenses 5:13).

72
“Os presbíteros que governam bem sejam es-
timados por dignos de duplicada honra, prin-
cipalmente os que trabalham na palavra e na
doutrina” (1 Timóteo 5:17).

“Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a


eles; porque velam por vossas almas, como
aqueles que hão de dar conta delas; para que o
façam com alegria e não gemendo, porque isso
não vos seria útil” (Hebreus 13:17).

5. AUTORIDADES NA FAMÍLIA

De acordo com as Escrituras, o marido é o líder do lar.


Em 1 Coríntios 11.3, lemos: “Mas quero que saibais que
Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça
da mulher; e Deus a cabeça de Cristo.” Mais textos sobre
este assunto:

“Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos,


como ao Senhor; porque o marido é a cabeça
da mulher, como também Cristo é a cabeça da
igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.
De sorte que, assim como a igreja está sujei-
ta a Cristo, assim também as mulheres sejam
em tudo sujeitas a seus maridos. Vós, maridos,
amai vossas mulheres, como também Cristo
amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”
(Efésios 5:22-25).

73
“Vós, mulheres, estai sujeitas a vossos próprios
maridos, como convém no Senhor. Vós, mari-
dos, amai a vossas mulheres, e não vos irriteis
contra elas” (Colossenses 3:18).

Efésios 6.1-3: (filhos e pais)

“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Se-


nhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua
mãe, que é o primeiro mandamento com pro-
messa; para que te vá bem, e vivas muito tempo
sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis à ira
a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e ad-
moestação do Senhor”.

“Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais,


porque isto é agradável ao Senhor. Vós, pais,
não irriteis a vossos filhos, para que não per-
cam o ânimo” (Colossenses 3:20-21).

6. OUTRAS AUTORIDADES

Os princípios bíblicos da submissão se aplicam a todos


os segmentos da sociedade. Considere os textos abaixo:

“Vós, servos, obedecei a vossos senhores segun-


do a carne, com temor e tremor, na sinceridade
de vosso coração, como a Cristo; não servindo
à vista, como para agradar aos homens, mas
como servos de Cristo, fazendo de coração a

74
vontade de Deus; servindo de boa vontade como
ao Senhor, e não como aos homens. Sabendo
que cada um receberá do Senhor todo o bem que
fizer, seja servo, seja livre” (Efésios 6:5-8).

“Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senho-


res segundo a carne, não servindo só na apa-
rência, como para agradar aos homens, mas
em simplicidade de coração, temendo a Deus. E
tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração,
como ao Senhor, e não aos homens, sabendo
que recebereis do Senhor o galardão da heran-
ça, porque a Cristo, o Senhor, servis” (Colossen-
ses 3:22-24).

“Exorta os servos a que se sujeitem a seus se-


nhores, e em tudo agradem, não contradizen-
do, não defraudando, antes mostrando toda a
boa lealdade, para que em tudo sejam orna-
mento da doutrina de Deus, nosso Salvador
(Tito 2:9-10).

7. AUTORIDADE DOS IDOSOS

“Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos


anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e
revesti-vos de humildade, porque Deus resiste
aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (1 Pe-
dro 5:5).

75
O Caráter
de Cristo
SEXTO FUNDAMENTO
SEXTO FUNDAMENTO

O CARÁTER DE CRISTO

Biblicamente, a grandeza do discípulo é o resultado da-


quilo que ele pensa, sente e decide segundo a vontade
de Deus. Pouco será o valor intelectual, preparo teoló-
gico e carisma, se tudo isso não estiver fundamentado
no caráter de Cristo. O caráter do discípulo de Cristo
deve ser a sua maior marca. Sua vida deve ser exemplo a
ser seguido, do comportamento familiar ao social, com
a aplicação cotidiana dos princípios bíblicos.

O mais expressivo atributo de um discípulo é o seu bom


exemplo. Na verdade, é o bom exemplo que demonstra a
veracidade de todas as outras qualidades. Nele se resu-
me: o seu amor, a sua autoridade, a sua motivação, a sua
habilidade, fé, etc.

I - O CARÁTER CRISTÃO

O povo que Deus planejou:

1. Fomos escolhidos não meramente para sermos sal-


vos e sim para sermos santos (Efésios 1:4).

79
2. Fomos chamados não apenas para ter a Deus como
Pai e sim para ser perfeitos como Ele (“teleiós” = ma-
duros completos – Mateus 5:48).

3. O importante não é somente nascer espiritualmente


e sim crescer até chegar à medida da estatura da
plenitude de Cristo (Efésios 4:13-15). Fomos predes-
tinados em Cristo não apenas para sermos salvos,
mas sim para sermos feitos conforme a imagem de
seu Filho (Romanos 8:29).

4. O objetivo da igreja não é apenas salvar almas, mas


sim apresentar todo homem perfeito em Cristo (Co-
lossenses 1:28).

2. CARÁTER E CONDUTA

O Caráter é avaliado pela conduta. Caráter é aquilo que


somos interiormente e o que determina a nossa con-
duta. Ele é a soma de suas qualidades e defeitos morais
integrados na sua personalidade. Caráter é uma palavra
grega que aparece no Novo Testamento uma única vez,
em Hebreus 1.3 e está traduzida por “imagem” (Edição
Revista e Corrigida). Cristo é a “mesma imagem de Deus
Pai”, quer dizer que tem o caráter idêntico ao do Pai.
Conduta é a maneira habitual de se comportar, a ma-
neira de viver. A conduta de uma pessoa manifesta o seu
caráter. A meta do Cristão é ser como Jesus, quer di-
zer, ter o caráter de Cristo. Isto é uma síntese do que
devemos chegar a ser, por isso nossa conduta deve ser
como a Sua. “Aquele que diz que permanece Nele, esse

80
deve também andar assim como Ele andou” (1ª João 2:6).
A análise desta definição consiste em descrever todas
as qualidades morais de Cristo revelados nas Escrituras,
as quais são o projeto total do que Deus quer formar em
cada um de seus filhos.

3. OS PRINCIPAIS FATORES NA FORMAÇÃO


DO CARÁTER CRISTÃO

3.1. Seguir o Modelo

Jesus Cristo, varão perfeito, é o grande modelo que o


Pai nos apresenta. Vejamos algumas das qualidades do
caráter de Jesus que se sobressaem nos evangelhos:

• Sua mansidão e humildade;


• Seu amor e compaixão;
• Sua pureza e santidade;
• Seu valor e autoridade;
• Sua misericórdia e graça;
• Sua sabedoria.

A vida de Jesus Cristo foi marcada pela retidão, santi-


dade e amor. Sua vida e ministério revelam as virtudes
do seu caráter. Por estas e outras razões, devemos ter
Jesus como modelo a ser seguido. Ele é o nosso padrão
moral e modelo de homem perfeito segundo a vontade
de Deus.

81
O apóstolo Pedro declarou: “Ele nos deixou o exemplo
para que sigamos suas pisadas...” (1 Pe 2:21). Portanto,
Jesus é o modelo de tudo o que Deus quer que sejamos.
Devemos imitar ao Senhor Jesus em tudo.

3.2. Viver Sob o Senhorio de Jesus Cristo

O que é um discípulo? Discípulo é alguém que rece-


be ensinamentos e instruções sob a autoridade de seu
mestre. O discípulo de Cristo precisa receber todos os
ensinamentos de Jesus. O objetivo da instrução não é
meramente para que “saiba”, e sim para que “guarde” os
mandamentos do Senhor. O propósito não é dar-lhe in-
formação e sim a formação de seu caráter segundo a
palavra de Deus. Mateus 28.19-20.

3.3. O Poder Que Transforma

Jesus Cristo não envia apenas o Espírito Santo aos nos-


sos corações, mas mediante o Espírito Ele mesmo vem
habitar em nós - João 14.18. Ter o Espírito é ter a Cristo
em nós (Jo 14.10-11, 1ª Jo 3.24). A função do Espírito é
nos transmitir a vida de Cristo, a glória de Cristo, suas
virtudes morais, seu amor, sua humildade, sua paz, sua
mansidão, sua santidade. “Receberá do que é meu, e vo-
-lo há de anunciar” (João 16.14).

A função do Espírito de Deus é formar em nós a Cristo


Jesus; transformar-nos de glória em glória na sua pró-
pria imagem (2 Coríntios 3.18). Diante disso, precisamos
cultivar uma comunhão íntima, pessoal e secreta com

82
o Espírito de Deus - Mateus 6.6. Então devemos nos
submeter à ação profunda do Espírito para sermos cor-
rigidos, santificados e transformados - Hebreus 4.12, 2
Timóteo 3.16, 2 Coríntios 3.18, Romanos 12.1-2.

Através do Fruto do Espírito Santo o caráter de Cristo é


formado no discípulo. O pecado afetou consideravelmen-
te a imagem de Deus em nós, levando-nos a produzir as
obras da carne (Efésios 2.2,3; Gálatas 5.19-21). Entretanto,
através do novo nascimento, Cristo é novamente forma-
do em nós e assim somos transformados constantemen-
te de glória em glória, crescendo na graça e no conheci-
mento de Jesus Cristo (2 Coríntios 3.17,18). A manifestação
do fruto do Espírito Santo diz respeito à santificação do
crente: separação do pecado e consagração a Deus. É
através da manifestação do fruto do Espírito Santo que
a maturidade espiritual torna-se perceptível. Qualquer
novo convertido pode manifestar fruto do Espírito Santo
se a sua conversão for realmente autêntica.

Na Bíblia, em João 15.1,2 Jesus se expressou assim: “Eu sou


a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara
em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que
dá fruto, para que dê mais fruto.” Ele usou a metáfora da
videira para comunicar a necessidade de um relaciona-
mento vital entre ele e o crente a fim de que haja a produ-
ção do fruto Espírito Santo. Esta é a maneira que eviden-
cia que somos discípulos de Cristo (Mateus 7.16; 5.13-16). É
através do fruto do Espírito Santo que Deus é glorificado
em nossa vida, e assim muitos são abençoadas através de
nosso bom testemunho (João 15.8). A Bíblia declara que
o fruto do Espírito Santo é o amor, o qual foi derramado

83
por Deus em nossos corações (Romanos 5.5). Lendo em
Gálatas 5.22, verificamos que o fruto do Espírito pode se
apresentar de nove formas distintas:

Amor (gr. ágape) – É o amor divino para com a hu-


manidade perdida (João 3.16). É um amor imutável,
sacrificial, espontâneo e que nos leva a amar até
os próprios inimigos (Mateus 5.46,48).

Alegria (gozo) – É o amor exultante; uma alegria


constante na vida do crente, decorrente de seu
bem--estar com Deus. Este amor se manifesta até
nas tribulações (2 Coríntios 7.4; Atos 13.52).

Paz – A paz é o amor em repouso. É uma tran-


quilidade íntima e perfeita, independente das cir-
cunstâncias. Podemos desfrutar da paz em três
sentidos: Paz com Deus (Romanos 5.1; Cl 3.15); paz
com o próximo (Romanos 12.18; Hebreus 12.14) e a
paz interior. A paz que guarda nossos corações e
os nossos sentimentos em Cristo Jesus (Filipenses
4.7). Os ímpios não tem paz! (Isaías 48.22).

Longanimidade (paciência) – É o amor que supor-


ta a falta de cortesia e amabilidade por parte dos
outros. (Efésios 4.2; 2 Coríntios 6.4) É a paciência
de forma contínua. Paulo reconheceu a paciência
de Jesus Cristo para com ele (1 Timóteo 1.16). Em 2
Coríntios 6.4-6, Paulo fala da paciência.

Benignidade – É uma forma de amor compassivo e


misericordioso. É a virtude que nos dá condições
de sermos gentis para com os outros, expressando

84
ternura, compaixão e brandura. A benignidade de
Deus na vida de Paulo impediu de um carcereiro
de cometer suicídio (Atos 16.24-34).

Bondade – É ser uma bênção para os outros


(Romanos 15.14), alcançando o favor de Deus
(Provérbios 12.2). É o amor generoso e caridoso.
Se antes fazíamos o mal agora Cristo nos capacita
para sermos bons para com todos.

Fé – Não é apenas crer e confiar. É também ser fiel,


pois Deus é fiel (1 Coríntios 1.9). Através desta vir-
tude, o crente se mantém fiel ao Senhor em quais-
quer circunstâncias. Descobrimos se temos esta
qualidade quando somos desafiados à infidelidade.
É o amor em sua fidelidade a Deus (1 Pedro 1.6,7).

Mansidão – Virtude que nos torna pacíficos, com


serenidade e brandura diante de situações irri-
tantes, perturbadoras e desagradáveis. Antes éra-
mos agressivos e nos irritávamos com qualquer
coisa que nos contrariava. Jesus falou para apren-
dermos a mansidão com ele. (Mt 11.29). Ele se con-
servou manso diante de seu traidor (1 Pe 2.21-23);
Ele curou a orelha do servo do sumo sacerdote
que fazia parte dos que tinham ido prendê-lo (Lc
22.51). Mansidão é o amor submisso a Deus.
Domínio Próximo (Temperança) – Deus respeita o
nosso livre arbítrio e por isso não nos domina, mas
nos guia na verdade. Além da orientação do Espí-
rito Santo, contamos com o domínio próprio que
atua como um freio contra as paixões da carne.

85
De vez em quando somos tentados; velhas paixões
e coisas ilícitas podem bater à porta de nosso co-
ração (1 Co 10.13 ;2 Pe 2.9), mas através dessa vir-
tude o crente avalia e reconhece que a vontade
de Deus é mais importante e assim ele torna-se
vitorioso (Mt 10.37-39). É o domínio próprio que
nos aperfeiçoa em santidade, por isso precisamos
cultivá-lo (1 Co 6.12; 9.25). O domínio próprio en-
volve todas as áreas de nossa vida: pensamentos,
palavras e atos. Ele é o amor disciplinar de Deus.
Em termos práticos, a igreja deve ter, como Corpo de
Cristo, o caráter de Cristo e isso significa:

Uma igreja integrada por homens e mulheres de


Deus. Maridos ternos, sábios e amáveis. Esposas
submissas, de caráter meigo e pacífico. Filhos res-
peitadores e obedientes. Rapazes e moças que che-
gam castos ao casamento. Anciãos honrados e res-
peitados pelos mais jovens. Crianças felizes criadas
no amor e temor de Deus. Homens trabalhadores,
responsáveis, diligentes, cuidadosos, fiéis. Mulhe-
res virtuosas, alegres, cheias de boas obras. Um
povo santo, formado por discípulos de Cristo que
aprendem a viver para Deus; um povo paciente,
amoroso, justo, generoso, sincero, feliz, etc.

4. A NOSSA DECLARAÇÃO DE FÉ

A Declaração de Fé da Comunidade de Nova Vida diz


que o discípulo de Cristo reflete a imagem de Cristo en-
tre os homens, no caráter e nas boas obras.

86
CREMOS que a salvação não é o resultado de es-
forços humanos; que ninguém é salvo pelo mérito
de boas obras; que as boas obras não produzem a
salvação, mas a manifestam; elas são o resultado
da salvação e não a sua causa (Ef 2:8-9; Jo 3:16).
CREMOS que só Deus é bom em sua essência;
que não há bondade essencial no homem; que os
nossos atos de bondade estão, de fato, maculados
pelo pecado (Tg 1:17;Ef 2:10); que a boa obra é fruto
do Espírito Santo no crente (Gl 5:22); que o crente
pratica boas obras porque tem uma nova natureza
que lhe compele a obedecer a Deus e amar ao pró-
ximo (Ef 2:8-10; 2 Pe 1:4).

CREMOS que uma boa obra é muito mais do que


um ato de aprovação social; que boa obra é aque-
la que agrada a Deus e traz sobre quem a fez a
aprovação e bênção divina; que o próprio Deus
preparou de antemão, obras para que nós, sendo
feitura dele, exercitemos a Sua vontade (Fl 2:13;Hb
13:21); que o pecador justificado demonstra a sua
gratidão fazendo o que é do agrado de Deus (Jo
14:23-24; Tt 3:1-8).

CREMOS que as boas obras são para a glória de


Deus; que o Pai Celeste é glorificado na abundân-
cia de bons frutos na vida do crente (Mt 5:16; Jo 15:8;

Rm 7:4); que é dever do crente praticar boas obras:


fazendo o bem (Gl 6:9.10); dando, ajudando, (Lc 6:38;
2 Co 9:12; 1 Tm 6:18); perdoando (Mc 11:25; Ef 4:32; Cl
3:13); abençoando ( Pv 11:11; Lc 6:28; Rm 12:14).

87
CREMOS que o servo de Deus, ao praticar boas
obras, faz somente a sua obrigação de servo (Lc 17:9-
10), porém, Deus, em Sua eterna Graça prometeu
conceder ao crente uma recompensa às obras que
recebem a Sua aprovação (1 Co 3:8;4:5; Cl 3:23-24).

CREMOS que uma boa obra é muito mais do que


um ato de aprovação social; que boa obra é aquela
que agrada a Deus e traz sobre quem a fez a apro-
vação e bênção divina; que o próprio Deus prepa-
rou de antemão, obras para que nós, sendo feitura
dele, exercitemos a Sua vontade (Filipenses 2:13;
Hebreus 13:21); que o pecador justificado demons-
tra a sua gratidão fazendo o que é do agrado de
Deus (João 14:23-24; Tito 3:1-8).

CREMOS que as boas obras são para a glória de


Deus; que o Pai Celeste é glorificado na abundân-
cia de bons frutos na vida do crente (Mateus 5:16;
João 15:8; Romanos 7:4); que é dever do crente pra-
ticar boas obras: fazendo o bem (Gálatas 6:9.10);
dando, ajudando, (Lucas 6:38; 2 Coríntios 9:12; 1
Timóteo 6:18); perdoando (Marcos 11:25; Efésios
4:32; Colossenses 3:13); abençoando (Provérbios
11:11; Lucas 6:28; Romanos 12:14).

CREMOS que o servo de Deus, ao praticar boas


obras, faz somente a sua obrigação de servo (Lu-
cas 17:9-10), porém, Deus, em Sua eterna Graça,
prometeu conceder ao crente uma recompensa às
obras que recebem a Sua aprovação (1 Coríntios
3:8; 4:5; Colossenses 3:23-24).

88
Viver
para Deus
SÉTIMO FUNDAMENTO
SÉTIMO FUNDAMENTO

VIVER PARA DEUS

“O novo homem, criado segundo Deus”


(Efésios 4:24).

Com certeza, antes de conhecer a Cristo, você viveu


somente para si mesmo neste mundo enganoso. Mas,
agora que você confessou a Jesus Cristo como Senhor e
Salvador, chegou o momento de ser uma nova criatura,
de dedicar a sua vida ao SENHOR, fazendo tudo que Ele
diz em Sua Palavra, a Bíblia Sagrada.

E ele morreu por todos, para que os que vivem


não vivam mais para si, mas para aquele que
por eles morreu e ressuscitou (2 Coríntios 5:15).

1.SEGUIR A CRISTO É O MAIS


EXTRAORDINÁRIO PROJETO DE VIDA

Neste caminho há dificuldades, mas grandes alegrias e


vitórias. A cada dia, você terá novos desafios que con-
frontarão a sua fé. Fique firme na Palavra de Deus, colo-
que sempre a vontade de Deus em primeiro lugar.

91
Para que, no tempo que ainda vos resta na car-
ne não continueis a viver para as concupiscên-
cias dos homens, mas para a vontade de Deus
(I Pedro 4:2).

A Bíblia revela que o verdadeiro sentido da vida é o co-


nhecimento de Deus e de sua própria pessoa.

Ora, a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o


único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste (João 17:3-4).

A vida dos discípulos de Cristo é marcada pela total en-


trega a Deus, já não somos nossos, vivemos para a honra
e glória única do Salvador. Vivemos para Deus. Sejamos,
pois zelosos!

2. VIVENDO PARA DEUS


COMO TESTEMUNHA DE JESUS CRISTO

Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e o meu


servo, a quem escolhi, para que saibais, me creias e en-
tendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus
nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá
(Isaías 43:10).

As pessoas podem conhecer a Deus através do teste-


munho dos seguidores de Jesus Cristo. Os discípulos de
Jesus Cristo são as testemunhas autorizadas a divulgar

92
o Evangelho sobre a face da Terra (Atos 1:8). Pelo teste-
munho dos discípulos de Jesus, todos os homens pode-
rão dar ouvidos à Palavra de Deus e serem salvos.

3.TODO HOMEM TEM UM DUPLO


CHAMADO DE DEUS:

• Chamado para ser um discípulo de Jesus Cristo.

• Chamado para fazer discípulos de Jesus Cristo.

Todo ser humano é chamado para ser e para fazer, ser


discípulo, fazer discípulos. Nossa vocação espiritual
implica no que somos e no que fazemos. Em Cristo so-
mos uma nova criatura, filhos de Deus, chamados para
uma nova vida, um novo modo de viver como discípulos
de Cristo. Em Jesus Cristo somos salvos. Mas, a nossa
vocação não está completa somente no chamado para
sermos salvos. A segunda etapa de nossa vocação rela-
ciona-se com o que fazemos como discípulos, a nossa
missão. Somos chamados para fazer novos discípulos.
Através do nosso testemunho conseguimos atrair ou-
tros para a salvação em Cristo.

Em nossos relacionamentos interpessoais dificilmen-


te damos crédito a uma pessoa desconhecida. Porém,
quando um amigo nos apresenta e recomenda alguém,
passamos a considerá-lo de outro modo. O mesmo se dá
em relação a Jesus Cristo e suas testemunhas. Os ho-
mens têm muitos preconceitos em relação aos assun-
tos religiosos, mas estão abertos para um testemunho

93
sobre Jesus Cristo. Os discípulos devem proclamar o
nome de Jesus Cristo para todos que habitam o planeta,
revelando ao mundo a pessoa majestosa e sublime que é
o Salvador da humanidade.

Como, pois, invocarão aquele em quem não cre-


ram? E como crerão naquele de quem não ouvi-
ram? E como ouvirão, se não há quem pregue.
E como pregarão se não forem enviados? Como
está escrito: Quão formosos são os pés dos que
anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas!
(Romanos 10.14-15).

Você agora é um novo discípulo de Jesus Cristo. Uma


testemunha fiel do que Deus tem feito em sua vida.

4.TESTEMUNHANDO

A palavra testemunha é usada para aquela pessoa que


viu ou ouviu algo, ou que é chamada para declarar aqui-
lo que presenciou.
Um exemplo de uma testemunha de Cristo é Lázaro,
aquele que foi ressuscitado. O Evangelho de João relata
que uma grande multidão vinha para ver a Lázaro, que
fora ressuscitado dentre os mortos e que os principais
sacerdotes decidiram, então, matar também a Lázaro,
pois por causa dele muitos dos judeus criam em Jesus
(João 12.10-11). Lázaro, por meio de seu testemunho, in-
fluenciava muitos judeus a se voltar para Jesus. Nossa
missão é semelhante, temos que ser uma testemunha

94
viva da ação de Jesus Cristo em nossa vida. Tal como
Lázaro, todo cristão tem uma experiência de transfor-
mação de vida; já “ressuscitou” dentre os mortos, nas-
ceu espiritualmente, é uma nova criatura, tem uma nova
vida. Este novo nascimento precisa ser contado para as
pessoas de modo que muitos possam maravilhar-se do
milagre da “ressurreição” de um novo homem e assim
aproximarem-se de Jesus.

5. COMUNHÃO COM DEUS

As testemunhas de Cristo devem conhecer a Deus in-


timamente para poderem falar Dele de modo atrativo
e poderoso, demonstrando às pessoas a possibilida-
de de um relacionamento espiritual com o Salvador da
humanidade.

O propósito de Deus ao enviar seu Filho Jesus era que


o mundo inteiro experimentasse seu amor e salvação.
Deus enviou o seu Filho ao mundo para que o mundo
fosse salvo por ele (João 3.16-17).

O evangelho de João trata do alcance do evangelho,


usando várias vezes o termo mundo e deixando claro
que os discípulos são as testemunhas dos propósitos de
Deus para toda a sua criação caída. João também regis-
tra a oração de Jesus: Como tu me enviaste ao mundo,
eu os envio também ao mundo (João 17:18). Esta passa-
gem bíblica mostra que a missão de Jesus deve ser con-
tinuada pelas suas testemunhas.

95
6. TESTEMUNHAS PODEROSAS

As últimas palavras de Jesus antes de sua ascensão junto


ao Pai foram:

“... mas recebereis poder, ao descer sobre vós


o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e
Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.7-8).

Os discípulos foram credenciados como testemunhas


de Jesus Cristo. Esse testemunho se dá sob o governo
do Espírito Santo. É o Espírito de Deus que nos dá con-
dições especiais para sermos testemunhas de Cristo
nesta terra.

Os discípulos têm a missão de representar Jesus aqui no


Mundo, testemunhando com palavras e atos a pessoa
de Jesus Cristo. Testemunhar significa também realizar
as obras que Jesus fez quando aqui esteve há dois mil
anos. Nossas mãos devem representar as mãos de Je-
sus Cristo. Quando falarmos, pregarmos ou ensinarmos
sobre Deus, estaremos ministrando no nome de Jesus.
Somos de fato o meio de ação visível de Jesus Cristo no
planeta, por isso necessitamos do mesmo potencial que
o Senhor tinha sobre si quando curava os enfermos e
expulsava os demônios. Este potencial vem sobre o dis-
cípulo com o Batismo no Espírito Santo e continua com
a manifestação da Unção de Deus e a concessão de dons
espirituais.

96
Você, querido irmão, na qualidade de discípulo de Jesus
Cristo, é chamado para fazer novos discípulos, testemu-
nhando às pessoas sobre o amor de Deus, no poder do
Espírito Santo.
O Senhor Jesus quer que preguemos o evangelho à to-
das as pessoas para que elas sejam salvas. A Vontade do
Senhor é que o Reino de Deus e a sua glória encham
toda a terra:

Pois a terra se encherá do conhecimento da


glória do Senhor, como as águas cobrem o mar
(Habacuque 2:14).
Portanto ide, fazei discípulos de todas as na-
ções, batizando-os em nome do Pai, e do Filho,
e do Espírito Santo; ensinando-os a observar
todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis
que eu estou convosco todos os dias, até a con-
sumação dos séculos (Mateus 28:19-20).

Lembre-se que é da vontade de Deus que todos os ho-


mens se salvem:

Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Sal-


vador, o qual deseja que todos os homens sejam
salvos e cheguem ao pleno conhecimento da
verdade (I Timóteo 2:3,4).

A quem você deve ir?

97
A todos, próximos e distantes, amigos e familiares, sem
nenhuma acepção. Faça discípulos e pregue o evangelho
em todos os lugares, a toda criatura.

Conte aos seus amigos e conhecidos o que aconteceu


na sua vida. O seu testemunho pessoal ajudará a conso-
lidar a sua fé diante de Deus e possibilitará que outros
conheçam a Jesus Cristo e sejam salvos.

“Se com a tua boca confessares a Jesus Cristo


como Senhor, e em teu coração creres que Deus
o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”
(Romanos 10:9).

7. A NOSSA DECLARAÇÃO DE FÉ

A Declaração de Fé da Comunidade de Nova Vida diz:

CREMOS que a Grande Comissão lançada por Je-


sus Cristo, como cabeça da nova criação, consta
de três ordens permanentes para todos os crentes
durante a atual fase do reino de Deus: (1) fazer dis-
cípulos de todas as nações; (2) batizá-los; (3) ensi-
ná-los a guardar tudo que Jesus ordenou (Marcos
16:15; Mateus 28:16-20).

CREMOS que o crente, como discípulo de Jesus


Cristo, tem a responsabilidade primaz de expres-
sar o evangelho através de sua própria vida, isto
é, não viver conforme o mundo, mas influenciá-lo
com seu testemunho cristão, com uma conduta

98
digna e uma ética cristã, que possa ser a expres-
são de uma nova vida em Cristo (Mateus 5:13; 2
Coríntios 3:3; 5:20; Filipenses 2:15).

CREMOS que o crente deve dispor a sua vida e


tudo que tem para cumprir a grande comissão
de Jesus Cristo, assumindo o compromisso com a
evangelização mundial, seja na missão de interce-
der, na missão de prover o sustento financeiro, na
missão de enviar ou na missão de ir e proclamar as
boas novas de salvação a toda criatura (1 Coríntios
9:16.22; 1 Tessalonicenses 2:9; Filemom 1:24).

CREMOS que devemos pregar o Evangelho e fazer


novos discípulos de Cristo, com os recursos que
temos e a partir do lugar onde nos encontramos
até os confins da terra; que junto à evangelização
vem o discipulado, ou seja, o preparo do novo
convertido na Palavra de Deus, até que alcance
maturidade espiritual para pregar o evangelho e
fazer novos discípulos (Atos 1:8; 2 Coríntios 11:27; 1
Tessalonicenses 2:9).

CREMOS que Jesus Cristo prometeu sua presença


junto aos discípulos até a consumação do século;
os discípulos não seguem sozinhos ou sem auxílio
na Grande Comissão; em todos os trabalhos evan-
gelísticos, os discípulos experimentam a presen-
ça do Filho de Deus (Mateus 28:20; Marcos 16:20;
Atos 4:33).

99
7 Técnicas
para quebrar
Hábitos
Pecaminosos
CONSELHOS ÚTEIS
CONSELHOS ÚTEIS

7 TÉCNICAS PARA QUEBRAR


HÁBITOS PECAMINOSOS

As tentações são inevitáveis ao cristão. O discípulo é


tentado nas áreas de fraqueza pessoal.

Cada um, porém, é tentado, quando atraído e en-


godado pela sua própria concupiscência (Tg 1:14).

1. Tentado a desistir da Fé – Surgem necessidades


materiais que precisam ser atendidas em detrimen-
to do propósito de consagração a Deus.
2. Tentado a fazer a vontade da carne. Colocar o “ego”
em primeiro lugar. Agir por conta própria. Desobe-
decer a Deus. Satisfazer os apetites carnais que le-
vam ao pecado.
3. Tentado a Mudar o foco do Reino de Deus. Reino do
mundo em vez de Reino de Deus. Felicidade em vez
de Fidelidade.

Somos instados pelo SENHOR Jesus a resistir às tenta-


ções do Diabo, com o viver obediente à Palavra de Deus.

103
Fazendo assim, seremos vitoriosos, amadurecidos e for-
talecidos no SENHOR.

Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao Diabo,


e ele fugirá de vós (Tiago 4:7).

Técnica 1: Ore

Nunca despreze o poder da oração. Tiago nos diz que


“muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago
5:16). A palavra “eficácia “ neste versículo vem da pala-
vra grega energeo, da qual tiramos a palavra “energia “.
Tiago nos diz para orarmos ativamente, intensamente.
Ore a Deus pedindo ajuda, essa é a primeira e, possi-
velmente, a mais potente técnica para superar hábitos
pecaminosos.

Técnica 2: Vença o mal com o bem

Paulo diz, em Romanos 12:21: “Vença o mal com o bem”.


Quando sentir o impulso para ceder ao mal, faça algu-
ma coisa boa em vez disso. Escreva uma mensagem de
esperança a um amigo, ajude um irmão necessitado ou
visite alguém que esteja doente. Em outras palavras,
substitua o seu hábito pecaminoso por uma boa ação.

Técnica 3: Rodeie-se de pessoas santas

Está escrito: “... as más conversações corrompem os


bons costumes” (1 Coríntios 15:33). O oposto também é

104
verdadeiro: a boa companhia corrige os maus costumes.
Se você tiver um hábito pecaminoso que esteja pen-
sando em quebrar, então procure a companhia de boas
pessoas. Que a “bondade” delas trará ótimas influências
sobre a sua vida.

Técnica 4: Confesse suas faltas

Tiago 5:16 diz: “Confessai, pois, os vossos pecados uns


aos outros”. Admite-se que confessar as próprias faltas
e hábitos pecaminosos seja difícil. Podemos ficar em-
baraçados pela perspectiva de outros “descobrirem”
nossas fraquezas. Quando confessamos nossas faltas a
santos homens de Deus, podemos ter a certeza de que
essas pessoas podem nos ajudar a vencer o pecado e nos
orientar no processo de reconciliação com o SENHOR.

Técnica 5: Corte a tentação no começo - Impeça a


invasão do pecado

Podemos cair no hábito pecaminoso quando as condi-


ções para o pecado são muito fáceis, muito acessíveis.
Vença os hábitos pecaminosos eliminando ou reduzindo
aquilo que dá acesso ao pecado. Mateus 18:9 diz: “Se um
dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora
de ti....” Esta passagem está no sentido figurado e signi-
fica dizer “aquilo que está fazendo você pecar (TV, inter-
net, lugar, amizade, etc.) deve ser “cortado” de sua vida.
Se algo leva você ao pecado, dificulte o acesso ao mesmo.

105
Técnica 6: Exercite -se em bons pensamentos

O impulso para alimentar um mau hábito inicia-se na


mente. Preencha sua mente com pensamentos corre-
tos e você reduzirá a oportunidade de maus pensamen-
tos florescerem em pecados. Siga o aviso de Paulo: “...
tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é
puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se
alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o
que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4:8).
Assista a um bom filme evangélico, leia um bom livro
cristão. Pense nas coisas celestiais, no futuro glorioso.
Pense no propósito de Deus para a sua vida. Faça planos
evangelísticos e ministeriais.

Técnica 7: Tome um dia de cada vez

Apenas duas semanas são necessárias para o desen-


volvimento e formação de um mau hábito, porém, para
quebrar essa “fortaleza pecaminosa” precisamos de
muito mais tempo. Não se desespere! Em vez de pensar
quanto tempo levará e como será duro quebrar o hábito,
aprenda a tomar um dia de cada vez. Não se preocupe
com o amanhã. Lute para vencer o pecado hoje, pois “...
basta a cada dia o seu próprio mal” (Mateus 6:34).

106
PALAVRAS FINAIS

PARABÉNS!

Você concluiu o estudo do curso bíblico “Sete Funda-


mentos da Vida Cristã”. Com certeza a sua nova vida
em Cristo foi fortalecida e edificada com as lições aqui
apresentadas.

Esperamos que você esteja com grande desejo de tes-


temunhar publicamente a sua fé através do Batismo nas
águas, conforme a ordenança de Jesus Cristo.

Quem crer e for batizado será salvo; mas quem


não crer será condenado (Marcos 16:16).

Portanto ide, fazei discípulos de todas as na-


ções, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo (Mateus 28:19).

A Comunidade de Nova Vida disponibiliza aos novos


discípulos de Jesus Cristo uma Classe de Preparação ao
Batismo, que acontece aos Domingos, em três turnos:
manhã, tarde e noite.

107
O curso é importantíssimo para o seu crescimento es-
piritual. Nele você estudará preciosas lições bíblicas que
lhe ajudarão a entender o significado e o valor do Ba-
tismo na vida do discípulo de Cristo, além de ser uma
ótima oportunidade para você continuar crescendo na
fé e no conhecimento de nosso Salvador Jesus Cristo.

Saiba que estaremos sempre ao seu lado, acompanhan-


do o seu crescimento espiritual e desejando o melhor de
Deus sobre a sua vida.

Que Deus lhe abençoe rica e abundantemente!

No amor de Cristo Jesus,

Pastores da CNV

108
BIBLIOGRAFIA

LIVROS CONSULTADOS:

BAXTER, J. Sidlow. Examinai as Escrituras. 1.ed. Tradução de


Neyd Siqueira. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida
Nova, 1993. 291p. Título original: Explore the book.
BERKHOF, L. Manual de Doutrina Cristã. 1.ed. São Paulo: LPC,
1985. 332p. Título original:
BONNKE, Reinhard. Evangelismo por fogo. Tradução de
Dario Nanac. Belo horizonte: Atos, 1994. 220p. Título original:
Evangelism by fire.
BRANDT, Robert L. e Zenas J. Bicket. Teologia Bíblica da Oração.
8 ª impressão, 2018 -Casa Publicadora das Assembleias de Deus,
Rio de Janeiro, 400p.
BRUNELLI, Walter. O que você pode fazer na plenitude do
Espírito. 1.ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias
de Deus, 1994. 149p.
DUFFIELD, Guy P.; VAN CLEAVE, Nathaniel M. Fundamentos
da teologia pentecostal. 1.ed. Tradução de Neyd Siqueira. São
Paulo: Quadrangular, 1991 2v. Título original: Foundations of
Pentecostal Theology.

109
EWERT David. Então Virá o Fim. 1ed. São Paulo. Título original:
And Then Comes the End. Editora Cristã Unida, 1994, 206 p.
FROTA, Denis. Discipulado de Integração – 1ª ed. Rio de Janeiro-
Câmara Brasileira de Jovens Escritores – 2005.
FROTA, Denis – Discipulado de Conquista – 1ª ed. Rio de
Janeiro – CBJE – 2005.
GEE, Donald. Depois do Pentecostes. Tradução de Yolanda T.
munhoz. Venda Nova, MG: Betânia, 1994. 120p. Título original:
Now that you’ve been baptized in the Spirit.
GEE, Donald. Os dons do ministério de Cristo. 1.ed. Tradução
de Waldemar W. Wey. Venda Nova, MG: Vida, 1994. 101p. Título
original: Gifts for the Church.
GUNDRY Stanley. O Milênio. 1ed. São Paulo. Editora Vida,
2005, 328p.
GUTZKE, Manford G. Manual de doutrina: temas centrais da
fé cristã. 2.ed. Tradução de David A. de Mendonça. São Paulo,
Vida Nova, 1995. 263p. Título original: Plain talk about christian
words.
HEIJKOOP, H. L. O Espírito Santo. 2.ed. Tradução de Feliciano
H. dos Santos. Diadema, SP: Depósito de Literatura Cristã, 1978.
191p.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática. 1 ed. Rio de Janeiro:
Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1996. 808p.
IGREJA PRESBITERIANA. Confissão de fé e catecismo maior.
São Paulo: Casa Publicadora presbiteriana, 1982. 141p.
KOEHLER Edward W.A. Sumário da Doutrina Cristã. Tradução
de Arnaldo Shuler. 3ed. Porto Alegre. Concórdia, 2002, 224p.

110
LANGSTON, A. B. Esboço de teologia sistemática. 8.ed. : JUERP,
1986. 350p.
O CAJADO do pastor. Burbank, EUA, [s.n..]. 258p.
PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. 2.ed.
Tradução de Lawrence Olson. Venda Nova, MG: Betânia, 1989.
260p. Título original: Knowing the doctrines of the Bible.
TORREY, R. A. O batismo com o Espírito Santo. 7.ed. Tradução
de João Marques Bentes. Venda Nova, MG: Betânia, 1984. 48p.
Título original: The baptism with the Holy Spirit.

111

Você também pode gostar