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Curso: Fundamentos da adoração


Autor Dan Wilt

Tradução
Raquel Tavares
Todos os direitos reservados.
Revisão © 2016 Vineyard Music Brasil
Erika Lucas Proibida a reprodução sem permissão.
Diagramação Todas as referências bíblicas tiradas da NVI
Tânia Alves (Nova Versão Internacional) e da Bíblia “A
Mensagem” (Eugene Peterson)
Projeto Gráfico
Bianca Miraglia www. vineyardbrasil.com.br
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O Curso Fundamentos da Adoração é dedicado a você,


Líder de louvor,
Compositor,
Músico instrumentista,
Técnico visual,
Técnico de áudio,
Líder de artes no louvor.

Você não imagina o presente que é para este mundo.


Você está escrevendo história através das músicas que escreve
e de outras que tem escolhido,
nos conduzindo assim a fazer o mesmo.
Obrigado por dizer “Sim” ao chamado.
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ÍNDICE
FUNDAMENTOS DA ADORAÇÃO:
Teologia

05 Apresentação do Curso
09 Introdução: Adoração “fora da caixa”
12 Sessão 1: Você tem uma teologia da adoração
19 Sessão 2: Quem é o Deus que adoramos?
27 Sessão 3: O que é um adorador?
34 Sessão 4: O que é adoração?
41 Conclusão: Tornando-se um eterno aprendiz
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Módulo 2: Teologia

APRESENTAÇãO DO CURSO

Estamos felizes por você ter escolhido esse curso. Nossa oração é que nos vídeos, nestas páginas
e nas conversas que surgirem a cada semana em seus estudos, sua visão e habilidades no
ministério de louvor sejam expandidas, inspiradas e renovadas.

O Que é esse curso?


É um treinamento produzido em série para a igreja local, que visa treinar líderes de louvor em
qualquer nível que estejam oferecendo habilidades e visão da liderança do louvor. Além disso,
este curso também oferece módulos específicos de treinamento que abrangem toda a sua equipe,
enriquecendo a todos no ministério.

Acima de tudo, lembramos que, mais do que treinamento, o objetivo do curso é dar ferramentas
que irão provocar reflexão, iniciar discussões e semear idéias que mudarão vidas no ministério de
louvor do seu convívio.

Centenas de equipes de louvor, incluindo músicos, técnicos de áudio/vídeo e líderes de louvor,


usam este material para fortalecer toda a sua equipe ministerial.

A história do curso
Este curso foi criado por mim, Dan Wilt, que após 25 anos de liderança de louvor, sabia que
existiam idéias fundamentais sobre o louvor que eu precisava que cada membro da minha equipe
entendesse.

Durante esses 25 anos servi como pastor de louvor, regente e pastor sênior, compositor, cantor
(Vineyard Worship), e professor – tudo isso enquanto liderava o louvor na minha igreja local. Tinha
chegado a hora de registrar toda esta experiência.

Selecionando idéias de amigos e líderes de louvor respeitados, criei então um curso enriquecedor
com o fim de alcançar líderes de louvor em âmbito global. Depois de fundar o www.worshitraining.
com.br, e ver que algumas das idéias eram ainda um pouco avançadas para quem estava iniciando
no ministério, o curso foi então refeito, resultando no que você tem em mãos agora.

Acessível aos líderes e às equipes de louvor


Acessível, e com ênfase no desenvolvimento tanto do líder de louvor quanto sua equipe, o Curso
Fundamentos da Adoração tem o alvo de lançar fundamentos através de “mini estudos” rápidos,
que se encaixem no limite de tempo e energia de voluntários que atuam no louvor da igreja local.

Este curso é uma ferramenta comprovadamente eficaz no treinamento de líderes de jovens, líderes
de grupos pequenos, líderes de louvor, músicos, técnicos, líderes de artes e pastores – qualquer
um que queira aprofundar-se nos princípios da adoração.
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Fundamentos da Adoração

A lista abaixo identifica quais os módulos mais adequados para cada membro de sua equipe de
louvor.

Embora todos aprendam algo em todos os módulos, alguns são especialmente planejados para
grupos específicos dentro da equipe, como por exemplo: compositores, músicos, técnicos, líderes
de artes na adoração e supervisores. Pastores também poderão se beneficiar dos conceitos de
adoração contidos nos módulos dos valores, teologia e história.

Quem deveria fazer o quê?


Este curso é composto por 6 módulos – que são basicamente experiências de aprendizado sobre
um determinado tópico.

Os módulos contidos no curso são:

1. Fundamentos da Adoração: a história da adoração


Elaborado para líderes de louvor, músicos, técnicos, líderes de artes e pastores –
qualquer um que esteja interessado em aprofundar-se no tema da história da adoração
na igreja.

2. Fundamentos da Adoração: teologia


Elaborado para líderes de louvor, músicos, técnicos, líderes de artes e pastores –
qualquer pessoa que deseje explorar idéias mais profundas sobre Deus, pessoas e
adoração.

3. Fundamentos da Adoração: valores e prioridades


Elaborado para líderes de louvor, músicos, técnicos, líderes de artes e pastores –
qualquer pessoa interessada em saber mais sobre os valores básicos que revelam a
razão da nossa adoração.

4. Fundamentos da Adoração: liderando o ministério de louvor


Elaborado para líderes de louvor, pastores de louvor e pastores de louvor/artes –
qualquer pessoa que lidere o ministério de louvor na igreja local.

5. Fundamentos da Adoração: liderando o período de louvor


Planejado para líderes de louvor em todas as esferas da igreja, incluindo o louvor
principal, louvor de jovens, grupos caseiros, grupos masculinos e femininos, louvor do
ministério infantil.

6. Fundamentos da Adoração: composição musical


Elaborado para líderes de louvor, compositores, técnicos, músicos e qualquer um que
queira compor e aprender o básico deste processo.

Como este curso pode ser útil:


Esta experiência de aprendizado é planejada para funcionar tanto para o estudo individual, quanto
em grupos de estudo. Pode também ser usado como “pré requisito” para aqueles que desejam
atuar no ministério de louvor da igreja, ou para treinar novos membros de sua equipe.

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Módulo 2: Teologia

Usando o Curso como estudo pessoal:


O curso Fundamentos da Adoração é potencializado se experimentado no seu grupo.

Ao fazer um dos módulos:


Reúna seu grupo.
1. Leia a sessão da semana.
2. Discuta o conteúdo usando as perguntas do estudo da semana.
É muito simples fazer um módulo e crescer junto com outros.

Outras ideias sobre o módulo em grupo


Para a leitura (parte 2 acima), você pode optar por deixar que cada um leia antes de vir
para a reunião, ou fazer algo mais divertido. Muitos grupos fazem um rodízio, com cada
um lendo um parágrafo em voz alta, e assim por diante.

Isto engaja tanto a parte de audição quanto a de leitura dos nossos cérebros e fortalece a
retenção como também estimula novos pensamentos sobre o assunto. O breve vídeo vem
após o programa e revê algumas das idéias, adicionando também um pouco de histórias
e sons.

Sinta-se a vontade para modificar a discussão, adicionar qualquer material relevante e


perguntar o que desejar.

Uma observação especial sobre a experiência de grupo no módulo de composição


No módulo de composição, você irá compartilhar músicas em suas reuniões. O vídeo
que se chama “Como começar um grupo de composição”, foi feito para ajudá-lo a iniciar,
então planeje ter reuniões com mais tempo e peça aos membros para lerem o material
com antecedência.

Por que o livro tem palavras em negrito?


O objetivo do curso é que ele seja uma poderosa ferramenta para que todo o ministério de louvor
adquira uma compreensão sobre as idéias essenciais da adoração. Por isso, com frequência
enfatizamos palavras chave que desejamos que você perceba, lembre e sobre as quais reflita.

Negritar estas palavras e frases pode ajudar em muito os seus líderes e equipes a discutir idéias
sobre louvor por muito tempo. Ao lembrar-se de palavras e frases, o resto poderá voltar mais
facilmente à sua memória.

Não importa de que modo escolha crescer conosco, confiamos que o curso Fundamentos da
Adoração irá encorajá-lo, inspirá-lo e renová-lo em sua compreensão da adoração e sua liderança
no século 21.

Celebremos o crescimento como líderes de louvor de nossa geração.

Dan Wilt

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Fundamentos da Adoração

FUNDAMENTOS DA TEOLOGIA DA ADORAÇÃO

Quais são as grandes ideias sobre Deus, pessoas, e adoração


que são alicerces para nós na Palavra e que nos ajudam a entender
o que significa adorar em nossa geração?
Neste módulo nos aprofundaremos em conhecer
o coração de Deus sobre a adoração.

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Módulo 2: Teologia

Introdução
Adoração “fora da caixa”

“Adoração é a respeito de Deus.” Eu já disse isso provavelmente umas mil vezes. Mas então,
depois de fazer tal declaração durante anos em conferências e seminários, eu completava com
uma frase que, agora, não creio mais que seja biblicamente correta. “Portanto,” eu dizia, “adoração
não é a nosso respeito.” Uma vez quando eu disse isso para uma plateia de cerca de quinhentas
pessoas, eu ainda bati no pódio de acrílico, com a mão, para enfatizar. Um copo grande de água
caiu da prateleira do meio do pódio, derramando o liquido todo diretamente na minha calça, o que
dava uma impressão ruim.

Anos depois eu entendi que talvez aquilo tenha sido o resultado do senso de humor de Deus. Sim,
adoração é a respeito de Deus, mas dizer que incondicionalmente, “não é a nosso respeito” não
tem um fundamento bíblico. A adoração é de fato para Deus e não para nós – mas ambas as partes
estão envolvidas naquilo que está acontecendo e este envolvimento importa para Deus quando
Ele vê que estamos engajados com Ele nesta troca vivificante que é a atividade da adoração.
A adoração é a respeito de Deus – mas mesmo assim Deus escolhe nos envolver.

A teologia que tira Deus da “caixa”


Às vezes fazemos o louvor “à nossa semelhança”. Em outras palavras, tentamos colocá-lo em
uma caixa e o mantemos lá para que ele não nos surpreenda. Contudo, quando tentamos colocar
o louvor em uma caixa, fazemos isso com Deus. Em uma distorção de Genesis 2, tentamos “fazer
Deus à nossa semelhança”, domesticando aquele que o Sr. Castor da série Crônicas de Nárnia
sugeriu que não era “seguro” mas era “bom”. Do mesmo modo, a teologia da adoração pode não
ser segura, mas é boa.

Tem que ser do meu jeito


As igrejas estão profundamente arraigadas à sua teologia da adoração e àquilo que elas acham
que deve – ou não deve – acontecer na adoração. Uma vez me disseram em uma igreja, em outro
país, que eu não estava liderando louvor “direito” e então começaram a me mostrar o que “direito”
significava. Saí de lá o mais rápido que pude. Perguntem-me outra hora sobre este fato.

Às vezes justificamos tudo o que fazemos na adoração como sendo o modo mais “correto”
biblicamente e teologicamente. Só tem um problema. As estatísticas revelam que há entre 20 e 30
mil denominações no mundo – e todas adoram de modo diferente! Quem está certo?

Poderíamos chegar à conclusão que todos estão certos, ou todos, exceto eu e você, estão
errados. Contudo, provavelmente há um meio termo em algum lugar. Penso que a diversidade
de abordagens práticas e teológicas da adoração significa que deveríamos falar com humildade
quando falamos sobre quem pensamos que Deus é, conforme foi revelado em Jesus (a quem
adoramos), quem são os seres humanos (adoradores) e o que é adoração (atividade).
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Fundamentos da Adoração

Por que todo membro do ministério de louvor deveria se importar com a teologia da adoração
Ao iniciarmos este módulo, vamos tomar tempo para sermos honestos. Muitos líderes de louvor,
músicos e artistas com quem já conversei através dos anos já me fizeram esta difícil pergunta:

“Dan, Por quê eu deveria me preocupar com a teologia? Minha teologia é Jesus.
Será que eu não conheço o suficiente de Deus e do que Ele fez por mim através de
Jesus para me sustentar por toda a vida? Por que investir tempo nisso? Eu posso
simplesmente tocar músicas que são a respeito de Jesus, a igreja ama e tudo dá
certo. “

Minha resposta é normalmente simples e direta, e os surpreende. “Você não deveria.” Eu digo.
“EU não deveria me importar com teologia?, eles repetem, intrigados. “Não”, eu digo, “Você não
deveria se importar com a teologia se você não se importar se sua igreja está tornando-se mais
parecida com Jesus.” E eles respondem, “Mas é claro que eu me importo com isso! ” “Então”, eu
digo, é melhor você se importar sobre que tipo de teologia as pessoas carregam por aí.

Toda pessoa tem uma teologia que, ou o está matando, ou o está tornando cada dia mais parecido
com Jesus. Você e eu temos um papel a cumprir em ajudar a igreja a tornar-se mais como Jesus.

Eu entro então em um debate acalorado:

“E se você soubesse que estudar teologia poderia te deixar ainda mais maravilhado
com quem Deus é? E se você soubesse que Ele te surpreenderia de maneiras
espetaculares na medida em que revelasse a você novas facetas de quem Ele é?
E se você, em seu mundinho de pregações e conferências, daquilo que sua avó lhe
contou e em seu “filtro” particular ao ler a Bíblia tiver colocado Deus em uma caixa
invisível que você mesmo fez e nem sabe?

E se na sua oração de Domingo de manhã falta profundidade porque na verdade o


que você faz é misturar clichês evangélicos sobre quem Deus é (como, “Deus, nós
realmente, realmente te amamos, e Deus, bem, nós realmente te amamos sim; És um
Deus triuno e realmente te amamos”)? E se as pessoas estiverem chegando à sua igreja
cheias de teologias erradas em suas cabeças, achando que Deus está desapontado
com elas, que ele age com ira ao invés de graça e amor, ou é o responsável por tudo
de ruim que está acontecendo em suas vidas? E se elas estiverem primariamente
vendo Deus baseadas em suas experiências com seus pais terrenos? E se você
estiver treinando todo mundo a ver Deus de modo limitado porque você não está
disposto a ir além dos limites da sua própria maneira de ver Deus e falar sobre Ele? ”

“E se as pessoas da sua igreja estiverem extraindo seu entendimento de Deus e de


Sua Palavra mais através das suas músicas do que das pregações que elas ouvem?
E se o que você está oferecendo a elas não for suficiente para ajudá-las a filtrar as
maneiras mais romantizadas e formatadas de ver Deus que elas veem nos filmes,
nas músicas que elas até precisam crer para justificar suas ações? E se elas não
conseguirem falar sobre Deus no trabalho com seus amigos ateus ou budistas porque
não estamos lhes ajudando a entender aquilo que crêem.

Ainda não terminei, só estou pegando fôlego. E eles continuam a me ouvir.

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Módulo 2: Teologia

“E se você for um dos teólogos principais em sua igreja e qualquer plano que você
tenha para cada Domingo for talvez o “prato principal” que eles estão comendo –
enquanto que a pregação é a sobremesa?

Você está lhes oferecendo seus melhores pensamentos, repletos de admiração,


beleza e mistério, pensamentos que podem ajudá-los a entender porque e como
Deus age como age, ou você está dando o que te vem na cabeça?

E se, somente se, seu desejo de evitar a teologia não seja porque ela pareça entediante
ou sem graça, ou porque você deseja dedicar-se a focar no amor de Deus – mas
porque você está sendo espiritualmente preguiçoso como líder?

Teologia, Mistério, Beleza e Admiração


A esta altura, espero que eu não tenha perdido você! Algumas das razões que mencionei acima são
os porquês da teologia da adoração ser algo tão importante para todos envolvidos na adoração.

A teologia tem a ver com expandir nosso senso de beleza, mistério, e admiração pela Pessoa
de Deus e não somente com informação!

A teologia é a respeito de ajudar as pessoas a viverem em um mundo cheio de graça porque


um Deus de amor é o centro do universo e revelou seu coração por nós através de Cristo Jesus.
Muitas pessoas, mesmo cristãos, vivem em um mundo cheio de autodesprezo, autocrítica, medo,
cinismo e orgulho – porque imaginam que Deus é alguém que se ira quando eles cometem erros.

A teologia tem a ver com alinhar nossas mentes e corações com a complexidade e majestade de
um Deus que criou o espaço sideral, o átomo, colocou a inocência nos olhos do bebê e ama cada
um de nós.

Coloque seu chapéu de safári


Estamos prestes a começar uma jornada de descobertas. Todos trazem sua teologia consigo
ao encontrarem Jesus. Todos. Por ora, simplesmente estejamos abertos a novas descobertas e
novas revelações sobre o coração de Deus no que diz respeito à adoração.

Para isso a Bíblia será nosso guia e companhia constante. A adoração é a celebração do Deus
que faz tudo novo e é um convite para a descoberta das maravilhas deste Mistério, o Pai da
Criação, o Filho de Deus, nosso Senhor Jesus e o Santo Espírito de Deus.

Bem-vindos ao Fundamentos da Adoração: Teologia


Este módulo foi planejado para ajudá-lo a pensar teologicamente sobre a adoração. Nosso alvo
é que em cada sessão você possa expandir a sua visão de quem Deus é, quem nós somos e por
fim, o que é a adoração.

Estou empolgado em percorrer esta jornada com você. Bem-vindo ao: Fundamentos da Adoração:
Teologia

Dan Wilt

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Fundamentos da Adoração

Sessão 1
Você Tem Uma Teologia da Adoração

“Gradualmente... descobrimos que a voz cujos ecos começamos a ouvir... torna-se reconhecível
ao refletirmos sobre o Criador que anseia a harmonia; sobre o ser humano que se chamou Jesus
e anunciou o reino de Deus, morreu em uma cruz e ressuscitou; sobre o Espírito, que sopra no
mundo e nas pessoas como um poderoso vento.”

Descobrindo a Teologia
Falemos sobre teologia. O termo vem de Theos, a palavra grega para “Deus”, e logia, de logos, o
sufixo grego que significa, “o estudo de”. É definida como “a busca do entendimento baseada na
fé”, o que é uma linda forma de pensar sobre o porquê de o nosso aprendizado aumentar a alegria
da nossa fé.

No entanto, a teologia é um mistério para a maioria dos crentes e há muitas vezes uma pergunta
que acompanha este mistério: “O que a teologia tem a ver com a minha vida diária?”

E a resposta breve é esta: “tem tudo a ver com nossa vida diária.”

Você escolheu uma tarefa nobre

“A glória de Deus é ocultar certas coisas; tentar descobri-las é a glória dos reis.”
Provérbios 25:2

Em outras palavras, a descoberta é um privilégio sagrado, e aqueles que buscam, normalmente


encontram.

A adoração, em muitas maneiras, é a busca para compreender o som oculto no som da música, o
ritmo por trás do coração que bate, a visão por trás dos olhos físicos, as cores por trás do espectro
e a vida oculta em todas as formas de vida. Tais descobertas são as que mesmo o melhor da
ciência não poderia sonhar em fazer.

Como a arte contém teologia


Quando a personagem de Jodie Foster, no lindo filme Contato (de 1997), é impulsionada para
o meio das belezas do espaço sideral, ela gagueja e diz: “Eles deveriam ter enviado um poeta.”
Com relação ao que queremos dizer sobre as expressões musicais na adoração, muitas vezes a
expressão da arte (como uma canção) pode expressar significados em sons, palavras e frases
que uma simples descrição verbal de um púlpito não poderia.

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Módulo 2: Teologia

Nossas experiências de adoração coletiva, mesmo aquelas primariamente lideradas através da


música, ou envolvendo liturgia, elementos visuais, som e outras artes, são muito importantes para
ensinar o cristão sobre o seu lugar na história e sobre a natureza de Deus.

O Deus que se revela


A Bíblia é o nosso guia para entender a natureza de Deus, a natureza dos homens feitos “à
imagem de Deus” e a natureza da adoração.

Para nosso grande benefício, e ao contrário do que as vozes do novo ateísmo possam dizer, os
cristãos acreditam em um Deus que não se mantém oculto. Ele não brincou com a humanidade
ao nos colocar neste universo estranho e dinâmico para depois esconder as razões pelas quais
estamos aqui.

Ele revelou-se e tem se revelado em Cristo (Hb. 1:3, Jo. 1:1,14, 8:28, 14:9, 15:5-6).

Não fomos deixados à nossa própria mercê. Em Colossenses 1:18-19 lemos:

“Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que
em tudo tenha a supremacia. Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude...”

Jesus é a revelação de Deus a nós – o Deus de Abraão, Isaque e Jacó e o Deus de cada ser
humano que viveu. Não fomos deixados para chegar sozinhos às nossas conclusões. Não é cada
um por si quando o assunto é conhecer Deus!

Deus revelou-se a nós, e este é o maior ato de amor que alguém pode fazer.

E esta ideia de que não temos uma completa compreensão de quem Ele é pode ser amedrontadora
para alguém que ainda não experimentou sua profunda graça e seu perfeito amor.

O Deus que adoramos como cristãos é um Deus que, em amor, revela-se a nós. Ele nos convida
a esta revelação sendo disponível e acessível. Este é um Deus que sofre com, sofre por, e sofre
entre os seus filhos. E um Deus que se fez carne para deixar clara a sua mensagem de amor.

Este é Jesus, a revelação de Deus.

As Escrituras Nos Mostram Quem Deus é:


Nós recebemos um guia – as Escrituras – um guia que nos orienta como igreja que se deixa
guiar pela liderança do Espírito Santo. Apesar das diferenças que existem na compreensão que
temos sobre as cartas, histórias, cânticos e profecias bíblicas, temos nossas raízes na Palavra, na
visão de Deus oferecida durante milênios através de uma única tribo da nossa antiga família – os
Judeus.

Se tivermos imaginação suficiente para reconhecer que isto é de fato o que Deus fez para revelar-
se – Ele escolheu uma tribo em particular através da qual Ele pudesse contar Sua história ao
mundo – então estaremos prontos para falar sobre nossa teologia sobre Deus e Seu mundo.

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Fundamentos da Adoração

As Categorias nas quais dividimos o tema:


Aqui estão nossas “três categorias de descoberta”, formando uma trindade de ideais que se
interpõem e que sempre nos apontam para as Escrituras. Estas irão nos ajudar a formarmos
juntos a nossa teologia da adoração.

1. Nossa teologia da adoração deve primeiramente nos falar de quem é o Deus


revelado no qual acreditamos.

Neste módulo veremos:

1. Deus como Criador (o Deus que cria)


2. Deus como Rei (o Deus que reina)
3. Deus Trino (o Deus que se relaciona)
4. Deus Salvador (o Deus que salva)

2. Nossa teologia da adoração deve nos falar sobre quem pensamos que os
seres humanos são.

Neste módulo veremos:

1. Seres humanos como subcriadores (pessoas que fazem e compartilham)


2. Seres humanos com imagem e semelhança (pessoas que reinam e governam)
3. Seres humanos como formadores de comunidades (pessoas que se relacionam e
se dão a conhecer)
4. Seres humanos como portadores das boas novas de salvação (pessoas que agem
e contam)

3. Nossa teologia da adoração deve nos falar sobre o que é a adoração – uma
vez que Deus é o objeto da adoração, e pessoas são o objeto do Seu amor.

Neste módulo veremos:

1. Adoração como um Ato Criativo (adorar é fazer e compartilhar frutos desta ação)
2. Adoração como um Ato Real (adorar é reinar sobre e governar a criação)
3. Adoração como um Ato Relacional (adorar é relacionar-se corretamente com Deus,
conosco mesmos, com outros e com a criação)
4. Adoração é um Ato Narrativo (adorar é contar e recontar a história do maior
presente da humanidade, e agir de acordo com ela)

Teologia Boa e Teologia Ruim


Dissemos antes que toda pessoa que você encontrar, incluindo você mesmo, tem uma teologia.
Em outras palavras, ela tem ideias sobre quem Deus é (ou não é), e vive de acordo com estas
crenças querendo ou não.

A teologia acaba se revelando com o tempo, no modo como vivemos, nos relacionamos, nos
comunicamos e no modo como adoramos. Algumas teologias nós achamos “boas”, outras,
achamos “ruins”.

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Módulo 2: Teologia

Você já esteve em um culto de adoração onde algo “parecia muito bom” ou “parecia muito ruim”?
Nossa teologia aparece muitas vezes quando menos esperamos. Nós simplesmente “sentimos”
algo quando experimentamos a teologia da pessoa que está liderando o culto.

Vejamos alguns exemplos de teologia boa e ruim.

1. Teologia Ruim
Começamos a entender que a teologia é importante quando vemos os resultados de uma
teologia ruim. Em Waco, no Texas, há muitos anos, 76 pessoas (incluindo 21 mulheres
grávidas e crianças) morreram em um incêndio após um confronto com agentes dos governo
por causa do arsenal de armas de fogo que o grupo possuía. Liderados por David Koresh,
os “Davidianos” tinham uma teologia à qual se apegaram com unhas e dentes. Após esta
tragédia, muitos começaram a questionar: “Será que é isto mesmo que a Bíblia diz sobre
Deus?” Como um grupo de pessoas pode acreditar em coisas tão bizarras sobre Deus, usando
a Bíblia, e isso resultaria na morte de crianças inocentes?

A maioria das pessoas diria que este foi um caso extremo de uma teologia absurdamente
errada e que não temos nada parecido com isso acontecendo em nossas igrejas hoje. Talvez.
Mas há igrejas onde já liderei louvor que vêem Deus como um juiz que não tolera erros no seu
povo e que traz julgamento se alguém “sai da linha”.

Como eu sei disso? Não é porque me falaram, “esta é a nossa teologia”, mas porque eu vejo
o líder de louvor exaustivamente buscando nos conduzir em uma ginástica religiosa e músicas
eufóricas sobre coisas alegres, e uma visão negativa do ser humano acaba transparecendo
nas pregações do pastor.

Um outro exemplo é a teologia ou visão de Deus que considera que a missão principal de Deus
é focalizar primariamente na minha vida pessoal e na minha felicidade, às custas dos outros?.

Em muitas ramificações do cristianismo ocidental, esta visão de Deus revela-se nas pregações
autocentradas e consumistas de muitas igrejas.

“Se você simplesmente der sua vida a Jesus, então Ele irá realizar seus sonhos.” Pode ser o
Deus que alguém escolheu em seu “ipod espiritual”, mas não é o Deus do cosmos que vemos
revelado nas páginas do antigo e do novo testamento.

2. Teologia Boa
Por outro lado, as histórias mencionadas acima podem parecer uma tirinha, uma caricatura
do que realmente acontece. Será que a maioria não está pelo menos “quase” cem por cento
correta? Por que tantas pessoas estariam envolvidas com uma teologia “ruim”? Aprendi uma
coisa sobre as massas com um amigo, há muitos anos. Ele disse: “Só porque uma ideia é
aceita por um grande número de pessoas não significa que ela seja boa ou correta.”

Grandes massas, boa música e personalidades persuasivas não tornam uma teologia legítima
ou correta. Devemos ser, como o apóstolo Paulo advertiu seus ouvintes, como os bereanos,
que estudavam a Palavra de Deus para ver se o que Paulo dizia era de fato coerente.

Coerente com o que? Com o ensino de Jesus. “Se vocês me amam, “disse Jesus, obedecerão
aos meus mandamentos.” (João 14:15)

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Fundamentos da Adoração

Podemos dizer que a teologia boa é aquela que expande nossa visão de Deus e sua interação
com a humanidade ao invés de estreitar nossa visão de Deus.
Alguém poderia dizer que a teologia boa é “bíblica”, por exemplo, que há forte base bíblica
para o modo como vemos Deus, como Ele interage com os homens e como interagimos com
Ele. Isso é verdade, mas devemos lembrar que as mais de 20 mil denominações evangélicas
aparentemente também vêem as Escrituras como base para ideias bem diferentes!

A teologia boa pode significar para nós “qualquer modo de ver Deus que nos leve a reconhecer
que seu amor é infalível, sua verdade é eterna e seus atos são sempre justos.”

Para os fins que desejamos aqui, agrupemos estas ideias dizendo:

“A teologia boa é aquela que nos aproxima do Deus das Escrituras (Tiago 4:8), fortalece nosso
amor por Ele e pelas pessoas (João 3:16) e nos equipa para viver a vida de Jesus, obedientes
aos seus mandamentos (João 14:15).”

Teologia Arraigada e Teologia Deliberativa


Foi Anselmo de Canterbury (o arcebispo de Roma nos anos 1000) que disse, “A teologia é a fé
que busca o entendimento.” Em outras palavras, podemos saber o que a Bíblia diz, mas a teologia
tem a ver com buscar o significado do que ela diz. Tem a ver com as perguntas que temos sobre
as Escrituras e a nossa fé.

Quem é Deus?

Como Ele é?

Por que vive na terra?

Quem é Jesus?

O que é a adoração?

Quem sou eu?

Todas as perguntas para as quais a teologia busca respostas reais, são perguntas (e respostas)
expressas na liderança do louvor e na influência criativa de modo até mesmo inconsciente.

Em seu excelente e simples livro, “Como Pensar Teologicamente” Howard Stone e James Duke
comentam que há dois tipos de teologias operantes nos mundo.

1. Teologia Arraigada: “Eu Cresci Acreditando Nisso”


Eu gosto de chamá-la de “teologia popular”. Esta é a teologia ou maneira de ver Deus e
o mundo que você aprendeu com sua família, na igreja em que cresceu, com as músicas
que ouviu ou ouve, da sua interpretação da Bíblia, etc., é a teologia simples baseada na
qual a maioria de nós vive seu dia a dia. Uma variedade de emoções, crenças, sentimentos,
experiências, valores, esperanças e sonhos formam esta teologia, e a maioria das pessoas
tem certeza de que ela é correta.

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Módulo 2: Teologia

Minha própria avó costumava dizer, “Bem, se isto aconteceu é porque é a vontade de Deus.”
Eu amava a minha avó, mas compreendi que esta simples frase contradiz 94% de toda a visão
bíblica sobre o pecado, sobre a escolha humana e a missão da igreja!
Parte da nossa teologia arraigada pode ser boa e parte pode ser ruim. Assim como eu sugeri
que há no mundo uma teologia boa e outra ruim, do mesmo modo isso acontece em nós.

Na maioria dos hinos e canções cristãs contemporâneas que utilizamos no louvor, que
ouvimos e com os quais estamos em algum modo envolvidos, há um nível de teologia bíblica
útil comumente misturada com uma teologia não bíblica e inútil.

E o que devemos fazer?

2. Teologia Deliberativa: Eu escolhi acreditar nisso após a reflexão


Esta teologia é o “entendimento da fé que resulta de um processo de cuidadosa reflexão
sobre as convicções arraigadas...”

A palavra “deliberada”, significando “por escolha própria”, está contida no termo acima.
Neste caso, escolhemos intencionalmente refletir sobre nossas crenças, a história que elas
descrevem e sua funcionalidade no processo de seguir a Cristo. Em muitos aspectos, escolher
ler este texto é um ato de teologia deliberativa.

Fomos criados para sermos pessoas que buscam, que descobrem em nossa jornada com
Deus. E porque uma verdadeira busca envolve “perguntas” que devem emergir, muitos crentes
acabam por evitá-la. Historicamente não foi assim com a igreja durante a maior parte de sua
existência. Ao invés de desviar-se de algumas perguntas desafiadoras que poderiam até mudar
algumas das teologias arraigadas e populares, os crentes primitivos encararam algumas das
perguntas mais difíceis de seu tempo.

Deus como o Sujeito da Frase


Só mais uma reflexão antes de prosseguirmos. Por um momento, volte comigo às suas aulas de
gramática na escola. Lembra-se do sujeito, verbo, e objeto na estrutura da frase?

É Deus o Sujeito na frase da adoração. Nós somos os Objetos desta frase. Se nossa teologia da
adoração começa com Deus agindo em amor, então somos os Objetos deste amor. De acordo
com I João 4:19, nós “O amamos”, porque “Ele nos amou primeiro.” A adoração é a nossa resposta
às ações de amor de Deus por nós. Somos o alvo, e Deus é o iniciador.

A nossa teologia da adoração teria um começo um tanto duvidoso se nós crêssemos que somos o
Sujeito desta frase, agindo como se Deus fosse simplesmente o recipiente. Esta simples inversão
na teologia pode causar mais estrago no corpo de Cristo do que você e eu podemos imaginar.

Em Amós 5:23, o famoso trecho onde Deus chama a música de “som” porque não flui de um
coração de amor e justiça nos lembra que se nós formos o foco da experiência de adoração,
erraremos sempre.

Abrace esta jornada e tenha expectativa de ver Deus expandir seus horizontes na medida em que
você percebe a teologia em todo lugar.

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Fundamentos da Adoração

Perguntas:

Primeiramente, se você está fazendo este curso com um grupo, separe tempo para escrever suas
repostas às seguintes perguntas, antes de reunir-se com eles. Marque as páginas, as frases-
chave, ou ideias que impactaram você. Certifique-se de escrever nas margens, circular palavras
ou qualquer coisa que ajude você a interagir com o material e lembrar-se das ideias principais.

1. Quais ideias foram mais marcantes para você nesta sessão?


Fale sobre as ideias que marcaram você de modo especial, relacionadas ao louvor, na leitura.

Como estas ideias podem ajudar você a entender de fato o que é a adoração?

2. De que maneiras você tem percebido Deus como o “Sujeito da frase” ou como o “Objeto
da frase” em sua vida de adoração?
Em outras palavras, como adoradores, esquecemos que a nossa história é o resultado da
ação de Deus em nossas vidas e que Ele é o principal “Iniciador”, que busca ganhar nossos
corações. Em que momentos de sua vida você percebeu que a adoração tornou-se mais a
respeito de você e sua busca do que de Deus e Sua busca?

3. Em quais maneiras você tem visto a “teologia arraigada” ativa em sua própria vida?
Em quais maneiras você escolheu a “teologia deliberativa” e o que esta escolha
desencadeou em sua vida?
Somos uma mistura daquilo que recebemos em nossas origens e do percurso que estamos
fazendo. Às vezes simplesmente vivemos nossa vida de adoração baseados nas ideias que
aprendemos a respeito de Deus, de nós mesmos e do mundo que nos cerca. Ainda assim, em
um dado momento de “crise”, bom ou ruim, fazemos escolhas sobre como será nossa visão
de Deus. Você se lembra de um momento em que você passou da perspectiva da “teologia
arraigada” para a da “teologia deliberativa” com relação à sua visão de Deus?

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Módulo 2: Teologia

Sessão 2
Quem é o Deus que Adoramos?

Antes de podermos falar sobre o que é a adoração, temos que começar com quem Deus é. Deus
é o foco da nossa adoração, mas às vezes damos pouca atenção à Sua pessoa e Suas ações nas
letras de nossas músicas, e não nos aprofundamos o suficiente para perceber com quem estamos
lidando.
Apesar de muito já ter sido escrito sobre a natureza de Deus e de boa parte da Palavra nos revelar
muito sobre o coração de Deus, usaremos esta sessão para explorar algumas áreas essenciais
que nos ajudam a conectar nossa teologia com nossa adoração.

Deus Surge do Caos

“Mas imagine que Deus, se é que há um Deus, surgisse do meio do caos por
Sua própria iniciativa?

Desde os vislumbres da personalidade de Deus revelada no cosmos macro e micro (Deus Criador),
da declaração bíblica da soberania de Deus que governa sobre o tempo, espaço e matéria (Deus
Rei), da evidencia histórica e vivenciada da manifestação de Deus como Pai, Filho e Espírito
Santo (Deus Trino), até a história da salvação culminando com a celebração do Deus que tudo
redime (Deus Salvador), nós crentes adoramos o Deus que Se revela.

“Tornamo-nos semelhantes àquilo que adoramos”, um sábio disse. Se nossa visão de Deus for
pequena, seremos pequenos. Se nossa visão de Deus for apaixonada, alegre, grande e criativa,
seremos assim também.

Aqui algumas palavras de João, parafraseadas por Eugene Peterson em “A Mensagem”:

“A Palavra tornou-se carne e sangue e veio viver perto de nós.


Nós vimos a glória com nossos olhos, uma gloria única:
o Filho é como o Pai, sempre generoso, autêntico do início ao fim.”
João 1:14

O que amamos em Jesus é o que amamos em Deus.

Vejamos estes 4 modos diferentes através dos quais Deus Pai Se revela ao mundo.

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Fundamentos da Adoração

Deus Como Criador (O Deus que cria)

“No principio criou Deus o céu e a terra.”


Gênesis 1:1

O livro de Gênesis, em seu primeiro versículo, comunica claramente a natureza de Deus.

Já do começo, esta linguagem baseada em um verbo descreve em detalhes vívidos e minuciosos


a natureza de Deus como uma pessoa que faz. No primeiro versículo, no primeiro livro, nos
primeiros momentos da vida cósmica, Deus é revelado com um Feitor, Criador, Artista-Mor e um
Criativo Engenheiro do cosmos.

Qualquer um que consiga inventar mais de 500 espécies de caracóis com cores diferentes de
gosma, tem que ser criativo.

No inicio dos tempos, o mundo macro e o mundo micro surgem da imaginação e administração,
arte e ciência, matemática e música, tudo isso vindo da Pessoa de Deus.

Em outras palavras, Deus arquitetou um cosmos de incrível complexidade, beleza, imensidão e


detalhes – e nos convidou a explorá-lo.

Às vezes os crentes parecem crer que as melhores respostas do mundo são as simples, e de fato
este pode ser o caso muitas vezes. Contudo, vemos na glória do átomo (cujas partículas cada
vez menores descobertas e documentadas em suas atividades, revelaram-se compostas de luz –
sendo que a luz possivelmente seja o ingrediente básico de toda matéria) e na vastidão do espaço
além da nossa atmosfera (bilhões de estrelas, sistemas solares, galáxias, nebulosas e outros
seres celestes pairando no “estúdio” divino), que Deus deleita-se na complexidade.

As implicações de começar a entender Deus como o originador da luz, tempo, matéria, energia,
estrelas, matemática, microrganismos, som, rochas, insetos, são imensuráveis.

Quando acrescentamos a esta lista os mistérios do universo que habitam em nós - o corpo humano,
a alma humana, os dons do amor, alegria, amizade, riso, ficamos absolutamente boquiabertos e
nossos corações ficam maravilhados que tal Ser nos inclua em seu incrível universo.

Deus Como Rei (O Deus que reina)

“O Senhor estabeleceu seu trono no céu e governa sobre todos nós. Ele é o Rei!”
Salmo 103:19 (A Mensagem)

A metáfora principal que Deus usa para revelar Sua personalidade e Sua função no universo é a do
Rei. Por todas as páginas das Escrituras Deus fala de Si mesmo como o Soberano do universo.

Para a igreja primitiva a adoração era um ato político. A declaração, “Jesus é Senhor” era uma
afronta direta à frase corrente daqueles dias, “César é Senhor”.

Embora o conceito de “reinado” seja um tanto difícil para compreensão dos que vivem nas
Américas, ele é uma ideia bem mais familiar em muitas outras partes do mundo. O reinado fala
de soberania, autoridade governamental. Juntamente com a ideia de que Deus é Rei está a ideia
de que os seres humanos são súditos que devem viver suas vidas de acordo com a vontade de
Outro. 20
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Módulo 2: Teologia

Não somente as leis de tempo, espaço e matéria estão sujeitas a este Rei, mas todos os indivíduos,
governos, poderes e autoridades irão responder Àquele reina sobre toda a ordem universal.

Reconhecer Deus como Rei é reconhecer que por causa de Seu reinado Ele tem direito à cada
vida que está sob o seu cuidado benevolente.

O Deus Trino (O Deus que se relaciona)

“Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor”.


Deuteronômio 6:4

A doutrina bíblica da Trindade é baseada no reconhecimento de que Deus revelou-Se à humanidade


como Pai, Filho e Espírito Santo. O grande “Trio” é o Deus dos Judeus, o grande “Eu Sou” da
história (Ex. 3:14), e que Se revelou a nós pelo Espírito de Deus através da pessoa de Jesus de
Nazaré.

Na coletânea de sermões sobre adoração de N.T. Wright, “For All God’s Worth”, (Deus Vale a
Pena), ele diz que a compreensão cristã de Deus não deveria ser uma equação matemática,
limitando o nosso entendimento de Deus, mas um modo de Deus expressar que Ele vai muito
além do que os limites da nossa imaginação jamais poderiam conter.

Entender Deus como Uma Pessoa, situada no centro do cosmos, expressando a Si mesmo em
três modos: como Pai, Filho e Espírito, é algo bem desafiador. Os crentes primitivos diante da
revelação de Jesus como Deus, chegaram à doutrina da Trindade como a melhor maneira de
abordar tais mistérios sagrados.

O estudioso Jeremy Begbie da Duke University diz que usamos a analogia do mundo da música
para compreender a Trindade – três em um, todos vivos e ativos ao mesmo tempo. Um acorde é
feito de 3 notas. Elas são frequências individuais, cada uma com sua parte a ser tocada, mas as
três são tocadas juntas. Tirar uma nota é tirar o acorde. Os 3 são 1.

O falecido Robert Webber, um dos mais dedicados estudiosos da adoração antiga e contemporânea
desafiava os líderes de louvor a ter o seguinte em mente ao liderar louvor:

“Descubra mais uma vez a natureza Trina da adoração (adoramos o Pai na


linguagem do mistério; o Filho na linguagem da história e o Espírito na linguagem
do símbolo).”

Deus como Salvador (O Deus que salva)

“...e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados”.
Mateus 1:21b

Quantas vezes você ouviu outro crente, ou até você mesmo dizer, “Eu sou salvo?” Deveríamos
talvez perguntar? “De quê fomos salvos?” Do mal? Da imoralidade? De nós mesmos? Do fogo
do inferno? Dos nossos medos? Outra pergunta que talvez devesse seguir esta – uma pergunta
que parece muito mais importante no contexto da história escrita através do Velho e do Novo

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Fundamentos da Adoração

Testamento. De acordo com as Escrituras, deveríamos não somente perguntar de quê somos
salvos, mas para quê fomos salvos?

Uma coisa o Deus da Bíblia é: Ele é um Deus que está perto. Quando as coisas dão errado com
sua criação, Ele é um Deus que age e que resgata.

É muito difícil ler pelo menos as primeiras 5 páginas da Bíblia sem perceber no mínimo estas duas
coisas:

a. Primeiro, vemos imediatamente que há um Deus que amou profunda e apaixonadamente


a raça humana. Todos nós conhecemos a história. Deus pronuncia uma palavra e cria. Deus
cria os seres humanos para governar toda a criação, pelo menos na terra. A humanidade é
especial, feita à imagem de Deus. Comunhão e intimidade, os laços que ligam todo o mundo
criado estão em perfeita e radiante condição.

b. Em segundo lugar, lendo as primeiras páginas vemos que há um grave problema,


convenientemente conhecido por nós como pecado.

É uma palavra que desgosta a pessoa de hoje. Biblicamente, esta palavra significa que
“erramos o alvo”. De algum modo não alcançamos a nossa vocação (ou chamado), nossa
missão (nossa parceria com Deus) e nossa identidade (nosso relacionamento com Deus, com
o outro e com o mundo).

O inicio da história é também como ela deve terminar. Nós começamos na pura beleza do
Jardim do Éden, destinados a viver eternamente em comunhão com Deus e com o próximo.
Ao invés disso, escolhemos comer a fruta da árvore proibida naquele paraíso – e destruímos
a gloriosa intimidade que uma vez gozamos com nosso Criador – e toda a criação. O pecado
é o problema, e Deus não é o tipo de Pessoa que abandonaria a sua própria obra de arte.

A Cruz e a Expiação
Para restaurar a humanidade, resolver o problema do pecado e vivificar a criação (II Cor. 5:17),
Cristo
1. viveu entre nós,
2. sofreu na cruz, e então
3. ressurgiu dentre os mortos.

A palavra “expiação”, ou o ato feito na cruz por Cristo para restaurar o relacionamento entre Deus e
a humanidade é uma reflexão teológica profunda. Não temos tempo aqui para um aprofundamento
maior, contudo usaremos aqui descrições em categorias para descrever maneiras específicas
pelas quais a morte de Jesus na cruz serviu como o resgate de Deus para uma humanidade
desconectada e presa pelo pecado.

A. A Cruz Revela o Amor de Deus


“Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos
pecadores.” Romanos 5:8

No sofrimento de Jesus na cruz vemos o amor do Pai manifesto do modo mais incrivelmente

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Módulo 2: Teologia

profundo – a completa doação do Seu único Filho. Se você puder compor somente uma música
ou criar uma expressão relacionada à obra na cruz, focalize nesta realidade – de que Deus
tanto amou, que deu, e deu a Si mesmo.

Algumas referências úteis: II Coríntios 5:19, Romanos 8:3, Romanos 8:32, Gálatas 2:20,
Efédios 5:25, II Coríntios 5:14.

B. A Cruz é Sacrificial
”... enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado. E
assim condenou o pecado na carne.” Romanos 8:3

O apóstolo Paulo descreveu a morte de Cristo como “um sacrifício suave a Deus.” Refletindo
sobre o antigo costume de oferecer o sangue de um cordeiro como sacrifício11 pelos pecados
do povo de Israel, Jesus torna-se aquela “vida em troca de outra vida”.

Algumas referências úteis: Romanos 3:25, Efésios 5:2, II Coríntios 5:21, 1 Coríntios 5:7,
Romanos 5:9, Efésios 1:7, Efésios 2:13, Colossenses 1:20, João 19:34.

C. A Cruz é um Ato Vicário


“... Cristo morreu por nós enquanto éramos ainda pecadores.” Romanos 5:8

Este termo “vicário” é usado para descrever o fato de que Jesus não somente morreu por você,
ou por mim como um evento histórico. Jesus morreu, de acordo com as Escrituras, “por nós”,
ou seja, em nosso lugar.

Referências úteis: I Tessalonicenses 5:9, Romanos 8:32, Efésios 5:2, Marcos 10:45

D. A Cruz é Substitutiva
“Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por
todos; logo, todos morreram.” 2 Coríntios 5:14

Um outro modo de ver a morte de Cristo é como uma substituição. Em outras palavras, Cristo
morreu em nosso lugar e por isso todos nós morremos. Ao submeter-se ao julgamento de
Deus, ele livrou-nos do nosso.

Agora, identificando-nos com a morte de Jesus, nos identificamos com sua ressurreição para
uma nova criação e uma nova vida.

Referências úteis: II Coríntios 5:21, II Coríntios 5:14, 1 Timóteo 2:6, II Coríntios 5:15, Gálatas
3:13, Efésios 2:8-9, Romanos 6:1

E. A Cruz é Propiciatória
“...sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo
Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício para propiciarão mediante a fé, pelo seu sangue,
demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados
anteriormente cometidos.” Romanos 3:24-25

O que será que esta palavra “propiciação” significa? Boa pergunta. A morte de Cristo não tem
somente a ver com os seres humanos e seus pecados, mas tem a ver com Deus, e por isso é
propiciatória.
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Fundamentos da Adoração

A propiciação literalmente significa “tornar favorável” diante de alguém a quem temos ofendido.
Sendo assim, a oferta da vida de Jesus na cruz nos fez “favoráveis a Deus”.

Referências úteis: Romanos 1:18, Romanos 1:32, Romanos 2:12, Romanos 6:23, 1
Tessalonicenses 5:9, Hebreus 9:5, Romanos 3:25, 2 Coríntios 5:14-15, Filipenses 2:5.

F. A Cruz é Redentora
“ Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida
em resgate por muitos”. Marcos 10:45

Redenção literalmente significa “comprar ou adquirir”. Tem a ver com palavras como “resgate”
e “liberdade”. As palavras usadas para redenção no Novo testamento derivam de temas
comuns daquele período. Redenção era o regaste de prisioneiros de guerra ou a compra de
escravos para a devolução à sua liberdade.

Éramos escravos do pecado, da desobediência, do egoísmo e da autossuficiência. Agora


somos resgatados, salvos, pertencemos a um novo Mestre. Não obedecemos mais ao antigo
mestre.
Referências úteis: Tito 2:14, I Timóteo 2:6, Romanos 3:24, Efésios 1:7, Romanos 8:23, Efésios
4:30, I Coríntios 1:30, I Coríntios 6:19-20, I Coríntios 7:22-23, Gálatas 3:13, Gálatas 4:4.

G. A Cruz é Triunfante
“E, tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando
sobre eles na cruz.” Colossenses 2:15

Não importa o que algumas das nossas músicas de hoje dizem, o feito de Jesus na cruz não foi
somente por você, ou por mim! A morte de Jesus na cruz resolveu a questão do pecado para
mim e para você, mas não foi somente isso.

Um grande e espetacular triunfo cósmico ocorreu durante aquelas horas sombrias no Monte
Calvário. Todo governo, toda autoridade e poder, na concepção de Paulo do mundo espiritual
foi destruída e feita impotente diante da obra de Cristo na cruz. Ele reinará até que coloque
todos os seus inimigos debaixo de seus pés (I Cor. 15:24-25).

Referências úteis: I Coríntios 15:24-25, Efésios 2:2-8, Efésios 3:10

Ressurreição e Nova Criação


Assim como o crescendo de uma música chegando ao seu ápice, vemos que a obra do Deus
Salvador na cruz não foi o ponto culminante da nova história.

Em uma manhã logo cedo e de acordo com Mateus 28:1-10, uma pedra foi removida, o sepulcro
foi encontrado vazio e os discípulos de Jesus foram enviados com uma força tal de alegria que
mesmo os mais céticos eruditos de nossos dias ficaram pasmos pelo que aconteceu naquela
manhã de Páscoa.

De acordo com o estudioso do Novo Testamento, N.T. Wright, a ressurreição é uma garantia do
que há de vir. Jesus é o primogênito dentre os mortos (Col. 1:8), e seus fiéis virão em seguida (I
Tess. 4:16). A Nova Criação esta ativa em nós hoje (II Cor. 5:17) assim como para toda a criação
(Ap. 21:5).

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Módulo 2: Teologia

Uma restauração está para vir. Você pode senti-la? Pode senti-la na brisa e em sua alma? Pode
cantar sobre ela e expressar-se com criatividade sobre ela em sua igreja?

Sim, esta é uma restauração pessoal, mas é também uma restauração comunitária, restauração
da Terra e, e por último, uma restauração cósmica.

O Reino de Deus invade o mundo através do Espírito de Deus pelo caminho aberto por Cristo e
nós, como seus seguidores, participamos do processo de trazer cura ao mundo através de Jesus.

Capacitados pelo Espírito de Deus, trazemos a plena paz de Deus às situações onde Deus nos
permite ter influência (Mat. 5:9). Paz de espírito, paz de alma, paz nas circunstancias, paz no
governo, na sociedade, nos relacionamentos – em todas as esferas onde somos embaixadores
de Cristo.

Vivemos na Luz da Ressurreição


Para a igreja primitiva, todo domingo era uma mini celebração de Páscoa, enfatizando a ressurreição
de Jesus e a nova vida que age em nós. A Eucaristia, chamada de “Ação de Graças” (que nós
chamamos de Santa Ceia) celebrava a vida ressurreta.

Como embaixadores de Cristo, cada ato de perdão, de reconciliação e de esperança agora é


um ato da nova criação – um ato da shalom. Antecipamos o porvir cada vez que escolhemos
agir em amor, em paz e não em ódio ou amargura. Somos frutos da Páscoa. Vivemos na luz da
ressurreição. A esperança vive em nós.

Jesus não veio para transformar pessoas más em pessoas boas. Ele veio para trazer vida às
pessoas mortas.

Nosso Criador, Rei, Deus Trino e Salvador


Embora não possamos aqui neste breve estudo nos aprofundar no significado do caráter de
Deus para nós e para o mundo, podemos ver que nossa teologia da adoração depende de nosso
entendimento de Quem adoramos.

Tornamo-nos semelhantes ao objeto da nossa adoração – e tornar-se como Cristo é o alvo de toda
a adoração cristã. Concluímos com Colossenses 1:15-20, um dos grandes hinos de adoração que
os estudiosos crêem que de algum modo seja a canção da igreja primitiva.

“Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação,


pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis,
sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas
foram criadas por ele e para ele.
Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.
Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja;
é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia.
Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude,
e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas,
tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue
derramado na cruz.” Colossenses 1:15-20

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Fundamentos da Adoração

Perguntas:

Primeiramente, se você está fazendo este curso com um grupo, separe tempo para escrever suas
repostas às seguintes perguntas, antes de reunir-se com eles. Marque as páginas, as frases-
chave, ou ideias que impactaram você. Certifique-se de escrever nas margens, circular palavras
ou qualquer coisa que ajude você a interagir com o material e lembrar-se das ideias principais.

1. Quais ideias foram mais marcantes para você nesta sessão?


Fale sobre as ideias que marcaram você de modo especial, relacionadas ao louvor, na leitura.

Como estas ideias podem ajudar você a entender de fato o que é a adoração?

2. Quando você leu sobre a natureza do Deus que adoramos, qual aspecto do seu caráter
mais o compele à adoração?
Falamos sobre Deus como Criador, Rei, Deus Trino, e Salvador. É claro, todos estes aspectos
que Deus revelou sobre si mesmo são vitais para nós. Contudo, às vezes somos atraídos, em
maneiras muito singulares a uma linda “dança” que é a adoração. Quais aspectos do caráter
de Deus você sempre achou mais fascinantes? Qual aspecto você pensa que necessita ser
relembrado nesta geração?

3. A morte e a ressurreição de Jesus são os pontos de convergência mais poderosos para


a adoração que temos nas Escrituras. Como este estudo mudou o seu modo de pensar
sobre a razão para Cristo ter vindo ao mundo, sua ressurreição, e sobre qual é o nosso
destino eterno?
Estas grandes ideias teológicas, a cruz, a ressurreição, céu, terra, o Reino e a nova criação
são temas importantes para a adoração. Quais áreas o surpreenderam? Algo com que você
concordou alegremente ou discordou fortemente? Por que?

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Módulo 2: Teologia

Sessão 3
O que é um adorador?

Na sessão anterior vimos a natureza de Deus através de quatro lentes – Deus como Criador (o
Deus que cria), Deus como Rei (o Deus que reina), Deus Trino (o Deus que se relaciona), e Deus
como Salvador (o Deus que age). Se as palavras de Gênesis 1:26-27 estiverem corretas, então
nós, que somos feitos à imagem de Deus, iremos refletir o coração de Deus na criação.

Como Deus nos vê?


Os primeiros capítulos da Bíblia revelam uma imagem muito íntima da criação. Deus fala e o
céu e a terra surgem. O Espírito de Deus paira sobre a as águas, formando a terra e o céu que
conhecemos.

Então, algo incrível eleva a obra da criação a outro nível. Deus sopra o fôlego no barro – os
elementos da terra – e dele surge a coroa da criação. Seres humanos ocupam a terra.

“Deus disse: Façamos os seres humanos à nossa imagem,


de forma que reflitam a nossa natureza.
Para que sejam responsáveis pelos peixes no mar,
pelos pássaros no ar, pelo gado
E, claro, por toda a terra,por todo animal que se move na terra”.
E Deus criou os seres humanos; criou-os à semelhança de Deus,
Refletindo a natureza de Deus.”
Gênesis 1:26-27 – A Mensagem

“O Eterno formou o homem a partir do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego da vida.
E o homem passou a ter vida - tornou-se um ser vivo!
Gênesis 2:7 - A Mensagem

O que fazemos com a adoração?


Compreender a natureza do ser humano é uma parte essencial para entender o que significa a
adoração. Afinal os adoradores somos nós.

Uma vez eu vi um quadro em uma sala que dizia o seguinte: “Os dois fatos mais importantes da
vida são: 1. Deus existe. 2. Você não é Ele.”

A intenção do quadro, e com razão, é colocar os arrogantes seres humanos em seu lugar. Ao
mesmo tempo, há algo magnífico sobre o que significa ser humano que não deve ser esquecido.

Os céus declaram a glória de Deus, diz as Escrituras. As árvores do campo batem palmas, como diz
em Salmos. Os potrinhos saltam, e a colheita começa. As estrelas brilham e dançam celebrando
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Fundamentos da Adoração

Aquele que as nomeou e organismos microcósmicos respondem como participantes da sinfonia


que é a adoração.

E aqui estamos nós, no meio desta resplendente glória. Qual é o nosso papel? Qual é o nosso
lugar? Por que não somos a mesma coisa que uma pedra, um polvo, ou uma estrela no céu?
Temos algo de especial?

De acordo com Gênesis, tem sim algo de especial em nós. Nosso papel é refletir a glória de Deus
em seu mundo, e reunir os louvores da criação para oferecer a Deus em palavras, declarações de
gratidão, adoração, e aclamação.

Isso parece familiar? Seres humanos foram feitos para tomar seu lugar de adoradores que lideram
dentro da criação. Quando nos afastamos daquela função durante a queda do Eden, tentando agir
como Deus (Gên. 3:5), quebramos o círculo da adoração que competia a nós completar.

Por que o ser humano está aqui?


Em Gênesis 1:26-27, a palavra hebraica para “imagem” é a palavra tselem. É a palavra hebraica
com pouca menção no Velho Testamento. A palavra é usada para falar de crianças e de como elas
se parecem com seus pais.

Enquanto os estudiosos debatem qual o significado exato desta palavra em seu contexto, a maioria
das perspectivas do significado deste “Imago Dei”, se resumem a dois conceitos – natureza e
vocação.

Natureza e vocação
A perspectiva da natureza defende que nossa criatividade, força de vontade, natureza moral e
capacidade de amar e dar, tudo isso resulta do fato de que, de algum modo, somos feitos à
semelhança da natureza espiritual de Deus. Há algum mérito nesta compreensão da presença
da imagem de Deus nos seres humanos, porém os estudiosos diferem com relação ao que isso
significa.

A perspectiva da vocação (ou função) defende que somos feitos à imagem de Deus – somos os
portadores da Sua imagem e seus vice-regentes, mordomos de governadores, de acordo com
a antiga tradição oriental dos reis que colocavam réplicas idênticas de si mesmos em regiões
geográficas diferentes para poderem ali dominar.

Nesta sessão iremos misturar ambas as perspectivas, embora cada uma delas isoladamente
também tenha fortes méritos em termos de suporte bíblico.

Em cada uma destas sessões, reflita na possibilidade de que Deus tanto nos fez nos moldes da sua
personalidade como também nos deu uma missão de sermos seus vice-regentes e cuidadores
deste planeta e de todas as suas facetas.

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Módulo 2: Teologia

1. Seres humanos como subcriadores

Se Deus é o Criador, então somos subcriadores

A doutrina da criação nos diz que Deus cria “ex nihilo” – Ele criou algo do nada.
Por outro lado, nós, criamos algo a partir de algo. Os subcriadores de Deus caminham no
jardim. Com as “coisas da vida”, incluindo luz, tecido, voz, metal, elementos, matemática,
materiais, comida, bebida, sons, através da nossa capacidade mental, física e da sexualidade
humana nós expressamos a glória e a história através de atos de subcriação – criação baseada
na ordem do Criador original.

Fazemos algo com aquilo que temos


Nossas mais incríveis criações como seres humanos (com todo o respeito aos grandes
cientistas do mundo), sempre começaram com alguma coisa que Deus já tinha criado.

Nunca alguém conseguiu criar um ser humano a partir do pó. Ou uma nova cor, um novo ar
a ser respirado. Nós trabalhamos com aquilo que já existe e manipulamos para descobrir,
explorar e celebrar no mundo para o qual fomos feitos.

Quando perdemos a perspectiva da nossa total dependência de Deus como a fonte e alvo da
nossa fluência criativa, então nos perdemos em nossas criações. O irredutível orgulho criativo
de um cientista, artista, ou até mesmo um líder cristão, deve curvar-se diante Daquele de
quem e para quem flui toda vibração criativa.

Criamos a partir de uma paleta que foi colocada em nossas mãos por Deus – as cores que
resultam, numa última instância, são obra Dele.

Criatividade: alegria e necessidade


O impulso de fazer e criar expressa nossa personalidade mas é também uma função primária
da nossa psique dada por Deus para que pudéssemos inventar, inovar e suprir para nós
mesmos. Nossa criatividade pode ser ativada pela necessidade (em tempos de sofrimento,
frequentemente há uma tremenda criatividade expressa no cuidado pelas necessidades de
outros) ou por diversão (quando se faz espaço para a expressão individual ou comunitária –
ex: uma sessão de “jam”).

Em outras palavras, criatividade é um presente dado para nos ajudar em um mundo de


contínuas adaptações e mudanças. Os estudos sobre os lados tanto esquerdo como direito do
nosso cérebro afirmam que há criatividade em ambos os lados e todas as pessoas apresentam
pelo menos uma ou ambas.

Seja na montagem de uma ficha de Excel, criando um filho de modo criativo, compondo uma
música, ou estudando as estrelas, os seres humanos são, essencialmente, criativos.

2. Seres humanos feitos à imagem de outro ser

Se Deus é rei, então somos parecidos com ele.

Mais uma vez, as Escrituras nos dizem que os seres humanos vieram a existir com um chamado
– uma missão, uma vocação. Temos algo a fazer.

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Fundamentos da Adoração

Se Deus é o rei do universo, então nós, que somos frutos do seu sopro de vida, somos de
origem real. Nós também temos a capacidade de liderar e governar grandes sistemas e refletir
amor, bondade, e sabedoria dentro da nossa esfera de influência.

Ícones do mundo antigo


No mundo antigo não era muito incomum que reis e rainhas declarassem sua autoridade sobre
as terras conquistadas erguendo ali imagens, ou ícones. Quando um súdito olhasse para
aquela imagem ele saberia que estava sob a autoridade e a proteção daquele governante.

Imagine agora, que Deus sopra no pó e coloca imagens de Si mesmo por todo o planeta,
de todas as cores, formatos e tamanhos de pessoas. Peles escuras e ritmos tribais ocupam
muitos cantos do planeta enquanto peles claras e força para sobreviver em lugares inóspitos
ocupam outras.

Seres feitos à sua imagem estão agora em todo lugar – cada ser humano, declarando apenas
pela sua existência, “Deus reina aqui”. A bondade, amor, misericórdia e graça de Deus são
seu escudo e proteção – ofereça sua lealdade a este benevolente Soberano que reinará com
alegria!” mesmo quando não cremos nisso, ainda estamos destinados a sermos portadores da
Sua imagem.

Justiça e harmonia
Na compreensão desta vocação, os portadores da Sua imagem são chamados a viver em
justiça – literalmente, em “retidão no relacionamento” – em quatro relacionamentos vitais:

1. Somos chamados a viver um relacionamento correto com Deus.


2. Somos chamados a viver em um relacionamento correto com o próximo.
3. Somos chamados a viver um relacionamento correto conosco mesmos.
4. Somos chamados a viver um relacionamento correto com a criação.

Assim fazendo, honramos a Deus, e assumimos nosso lugar de mordomos do mundo que
Ele criou. Não mais vivemos debaixo de conceitos de que o mundo físico é separado do
mundo espiritual, mas aguardamos os dias da nova criação cumprindo nosso papel com amor,
bondade, sabedoria e criatividade – tudo com a finalidade de aprender a reinar e governar com
Cristo.

3. Humanos: seres que se relacionam

Se Deus é Trino, então somos relacionais.

Esta conversa de “relacionar-se corretamente” e eternamente com outros parece exaustiva.


Para aqueles que são introvertidos, as alegrias da vida comunitária tem suas limitações.

Contudo, não importa qual seja nossa criação, virtualmente todo ser humano que já viveu,
reconheceu sua profunda necessidade, de alguma forma, de relacionamento com outros seres
humanos, e buscou encontrar um modo de agir de acordo com este impulso intrínseco.

Feitos um para o outro


Ouça estas profundas palavras de Dietrich Bonhoeffer, o corajoso pastor luterano que fundou
a Igreja Confessional (lideres espirituais que discordavam das táticas usadas por Hitler na
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Módulo 2: Teologia

Alemanha Nazista), e que morreu em um campo de concentração um dia antes da vitória das
forças aliadas.

“Não é o que um homem é por si mesmo como cristão, sua espiritualidade e piedade que
constituem a base da nossa comunidade. O que determina nossa fraternidade é o que o
homem é à luz de Cristo. Nossa comunidade consiste somente naquilo que Cristo fez por nós.
E não somente no início, mas ao longo do tempo quando outros elementos são acrescentados
à nossa comunidade; isto permanece por todo o futuro e para a eternidade.”

Dietrich Bonhoeffer, de Vida em Comunhão

Nós sabemos disso. Fomos feitos para relacionamentos. Se ficarmos sozinhos por muito
tempo, começaremos a entender que o nível de saúde mental começa a se deteriorar porque
ansiamos por companhia.

No filme, Náufrago, Tom Hanks interpreta um homem em uma ilha deserta, sem qualquer
companhia. Uma pequena bola de futebol que ele chama de “Wilson” se torna a única forma de
companhia que ele encontra. Apesar de triste, o filme demonstra que a fome por relacionamentos
e o desejo de não estar completamente sozinho é muito comum no ser humano.

Feitos para agregar


Seres humanos que acreditam que em um Deus que procura relacionamentos, entram agora
no mundo como construtores de relacionamentos, que são projetados para agregar a família
humana debaixo da bandeira da liderança e do amor incondicional de Deus. Os tipos de
comunidades que Jesus nos ensina a construir no Novo Testamento, por mais idealistas que
pareçam, são aquelas onde o amor e a graça permeiam o ar e aquece a alma carente.

Pense no momento quando a prostituta flagrada em adultério sentiu o perdão de Deus depois
que seus acusadores saíram (mesmo sendo tão “santos”!). Imagine os sentimentos de euforia
de Pedro quando, depois de ter negado Jesus no pátio após sua crucificação, ele experimenta
a graça e o perdão de Jesus por suas ações. Imagine o vibrante Corpo de Cristo da igreja
primitiva dando as boas vindas aos sobrecarregados e oprimidos pelo injusto sistema financeiro
da época infiltrando o Império Romano através do cuidado com as viúvas e os órfãos – como
família.

A Comunidade de Cristo é projetada e chamada para ter como marca o amor que supera as
maiores tristezas e mesmo os conflitos internos.

Cristãos, como saudáveis Construtores de Comunidades, são chamados a ser os supremos


agregadores de todos os tempos, limpando os corações dos efeitos tóxicos das atmosferas
desumanas onde vivemos – com o poder do amor. Não importa: somos Construtores de
Comunidades em nossas casas, nas ruas, nas cidades ou em nossas igrejas, estamos agindo
de acordo com a nossa natureza humana – e de acordo com o coração de Deus – quando
agregamos pessoas.

4. Seres humanos que contam a história da salvação

Se Deus é o Salvador, então somos aqueles que contam a História da Salvação.

Há vários anos, um escritor lançou um livro que foi um sucesso nas livrarias cristãs, chamado
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Fundamentos da Adoração

Os Caçadores de Deus. Talvez você tenha lido e tenha sido um momento poderoso em sua
vida. Se este for o caso, ninguém poderia ficar mais empolgado do que eu em saber que
você teve um profundo encontro com Deus através do livro escrito por alguém que foi fiel. No
entanto, eu tive dificuldades com o titulo: “Caçadores de Deus?”

Quem está atrás de quem?


Até onde sei, nenhum judeu fiel, em nenhum momento da história jamais teria ousado proferir
uma frase assim diante de Deus ou de seus amigos judeus.

Se a história do povo de Israel (que literalmente quer dizer “aquele que luta com Deus”) nos
conta tudo sobre este jogo de “pega-pega” que acontece durante as gerações, então ele nos
diz que o Iniciador deste relacionamento raramente é o homem. Aliança após aliança, busca
após busca, Deus mostra aos judeus que eles não são caçadores de Deus, mas sim o alvo
da busca.

A história da salvação nos mostra um quadro de um Deus que não permite que a sua criação,
sua obra de arte veja a corrupção e a decadência. “Na plenitude dos tempos”, diz a Bíblia,
“Cristo veio” (Gal. 4:4). Nossa teologia de Deus o Salvador requer que reconheçamos a
natureza expansiva da busca de Deus pelo homem.

A história do porvir
Os cristãos contam a história do que há de vir, de um presente e um futuro mover de Deus
que irá corrigir tudo o que está errado neste mundo. Nós contamos a história do dia em que
a justiça será feita, quando a família humana entenderá o quão caro e preciosos somos uns
para os outros.

O projeto de redenção da criação, a história da busca de Deus ao homem através de suas


alianças inspira nossas letras, temas, texturas e contrastes. Cada uma destas obras poéticas
marca a história da esperança – a história da nova criação, e do dia da ressurreição que há
de vir.

A nós, líderes criativos nesta errante e esquecida família humana, é feita uma profunda
pergunta diante de nossa família humana:

“Você aceita ser o narrador desta história? Você aceita nos contar, em milhões de maneiras
diferentes, em milhares de igrejas, lares e salões, a história de Deus que dá sentido às nossas
vidas?”

E Deus diz: “Você irá contar a Minha História?”

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Módulo 2: Teologia

Perguntas:

Primeiramente, Se você está fazendo este curso em grupo, tire um tempo para escrever suas
respostas às perguntas a seguir antes de se juntarem. Destaque os números de páginas, frases-
chave e idéias que mexeram com você. Procure escrever nas margens, circular palavras, ou
qualquer coisa que te ajudará a interagir com o material e lembrar das idéias principais.

1. Quais pontos/idéias desta sessão que mais mexeram com você?


Fale sobre as idéias relacionadas a adoração que mexeram com você de forma particular
durante sua leitura.

Como as idéias que mexeram com você poderiam ajudar a todos nós a entender do que
realmente se trata a adoração?

2. Quando você pensa sobre quem é o ser humano, o que é de fato um adorador, como
isso se reflete no modo como você vê as pessoas ao seu redor?
O que significa para os seres humanos serem feitos à imagem de Deus é uma ideia teológica
importante relacionada à adoração que tem sido o centro das conversas sobre adoração
desde o início. Como ver as pessoas que cercam você como pessoas feitas “à imagem e
semelhança de Deus” afeta você? Em quais maneiras isso muda a sua compreensão do que
acontece nas reuniões de adoração e na nossa adoração em nosso dia a dia?

3. O que você acha que significa “contar a história de Deus” com nossas vidas? Como
nossas experiências de adoração corporativa “contam” esta história aos de dentro e
aos de fora?
Agora chegamos à pergunta, “Como isto se aplica à minha vida?” Alguns dizem que eu e você
somos a única carta de Deus que as pessoas lerão em suas vidas. Se isto for verdade, como
nossa vida diária enquanto Subcriadores, Construtores de Comunidades, e Narradores da
História da Salvação mostra o coração de Deus pelas pessoas ao nosso redor? Dê exemplos

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Fundamentos da Adoração

Sessão 4
O que é adoração?

Revelando o mistério a respeito da adoração


Com muita frequência eu inicio conferências e seminários dizendo o seguinte: “Quantos de vocês
vieram aqui para aprender mais sobre adoração?” e muitas pessoas levantam suas mãos. Então
eu digo: “Quantos de vocês esperam que eu tenha algo para dizer sobre este tema, que seja novo
ou interessante?” E muitas pessoas levantam as mãos. E aí eu digo: “Eu tenho uma confissão
a fazer. Quanto mais eu me aprofundo no significado da adoração, o mistério do que significa
engajar-se neste relacionamento privilegiado com Deus, menos eu sinto que tenho o que dizer
sobre isso.”
Como Davi, falar sobre adoração é falar sobre “coisas demasiadamente grandes para mim”
(Salmos 139:6). Ainda assim, aqui estamos, líderes de louvor, participantes da adoração em seu
dia a dia.

O que significa ser um sacrifício vivo?


A adoração é um mistério, uma maravilha, um presente de intimidade recíproca com o nosso
Criador. Ao mesmo tempo, as Escrituras falam claramente a respeito da adoração. Vejamos o que
significa este “sacrifício vivo” diante de Deus.

Quando Paulo falou sobre o sacrifício vivo e a oferta pessoal em Romanos 12:1-2, ele sabia
exatamente o que estava fazendo. Ele estava falando de uma cultura que era familiarizada com
a noção de sacrifício. Uma coisa eles sabiam sobre o sacrifício – envolvia a morte. Quando Paulo
começa a falar sobre o “sacrifício vivo”, ele estava dizendo, “Assim como aquele sacrifício é morto
– este seu sacrifício tem que ser vivo.”

Veja a paráfrase deste trecho por Eugene Peterson:

“Portanto, com a ajuda de Deus, quero que vocês façam o seguinte: entreguem a vida cotidiana
– dormir, comer, trabalhar, passear – a Deus como se fosse uma oferta. Não se ajustem demais
à sua cultura, a ponto de não poderem pensar mais. Em vez disso concentrem a atenção em
Deus. Vocês serão mudados de dentro para fora.”
Romanos 12:1-2 ( A Mensagem)

O que é adoração?
Em outras palavras, adoração é uma atividade que envolve toda a nossa vida oferecida a Jesus
em total e completa entrega. Seja cantando louvores nos domingo de manhã, doando roupas aos
carentes nas quartas-feiras ou escolhendo como iremos gastar nosso salário, cada ato da vida
tem o potencial de ser uma oferta de adoração.

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Módulo 2: Teologia

O bispo da igreja primitiva, Irineu de Lyon, explicou assim, “A glória de Deus é um ser humano,
completamente vivo.” Quando Romanos 12:1-2 define adoração, descreve-a como um “sacrifício
vivo” da parte do adorador. Em outras palavras, colocamos Deus no início, no meio e no fim de
cada pensamento, escolha e ação que temos.

Quando fazemos de toda a nossa vida uma simples resposta ao amor de Deus (I João 4:19),
estamos de fato nos tornando os adoradores a quem o Pai procura (João 4:24).

As melodias e as harmonias da adoração


Quando Jesus fala à mulher no poço em João 4:21-24 ele diz que o Pai procura um certo tipo de
adoração – e não é o tipo de adoração baseado em cultos, lugares ou em “fazer a coisa certa”.

É baseado em uma vida vivida em relacionamento com Deus, “em espírito e em verdade”. Flui do
coração no meio da vida, como uma melodia flui nas notas e no acompanhamento contando uma
linda história.

Em nossa geração às vezes confundimos a “melodia” da adoração com as harmonias que


deveriam apoia-la. É o que fazemos quando cantamos, partimos o pão, compartilhamos e
experimentamos a arte. A Adoração na Família também é harmonia assim como a Adoração
Congregacional. Finalmente, a Adoração Pessoal eleva e energiza as outras formas de adoração,
elevando o nível da Vida de Adoração.

1. Vida de Adoração (a melodia)


2. Adoração Congregacional (o acompanhamento),
3. Adoração na Família (o acompanhamento) e,
4. Adoração Pessoal (o acompanhamento)

Então perguntamos a você, por que adoramos?

Por que adoramos?


Por que esta completa entrega de nossa Vida de Adoração ao um Deus invisível?

“Mesmo não o tendo visto, vocês o amam; e apesar de não o verem agora, crêem nele e
exultam com alegria indizível e gloriosa, pois vocês estão alcançando o alvo da sua fé, a
salvação das suas almas”. 1 Pedro 1:8-9

Nossos corações foram cativados por uma história. É a história de um Rei Criador, um Salvador
que penetrou no mais sombrio sepulcro da humanidade e emergiu Vencedor.

É a história que nos convida, que nos toca e que nos atrai a um relacionamento com um Deus
que não vemos. Mesmo com nossas crenças em Jesus, aquele que João disse que caminhou e
viveu entre nós, hoje devemos permanecer adoradores de um Deus que não escolhe revelar-se a
nós agora em carne e osso. Nós “.... o amamos, .... e somos cheios de uma alegria e uma glória
inexplicáveis” diz Pedro.

A História nos toca, a Pessoa da história nos encontra e nós respondemos. Nossa vida
completamente entregue é a única oferta adequada quando entendemos de fato esta História.

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Fundamentos da Adoração

Deus tomou a iniciativa no relacionamento de revelar-se intimamente a nós e nos procurar com
paixão. À luz desta realidade começamos então a entender porque adoramos. Esta perspectiva
bíblica encontra-se no trecho de I João 4:19.

“ Nós amamos porque ele nos amou primeiro.” I João 4:19

Através deste trecho entendemos que uma abordagem teológica saudável à adoração sugere que
a adoração é primariamente uma resposta ao amor absoluto e completo de Deus por nós.

O que a música tem a ver com isso?


Se adoração é uma vida inteira de resposta ao amor de Deus, então o que a música tem a ver
com isso?

Brian Doerksen, um líder de louvor e compositor respeitado dos nossos dias explica assim:

“...Afinal, por quê cantamos? Nós o fazemos porque é algo que podemos fazer juntos. Existem
provavelmente outras coisas que poderíamos fazer para expressar nosso amor e nossa adoração
a Deus, que seriam, em certo sentido, tão válidas quanto essa, mas não seriam talvez tão fáceis
de ser fazer juntos.

“Mas podemos reunir dez, cem ou mil ou qualquer que seja o número de pessoas – e podemos
todos cantar uma canção juntos. Esta canção reflete o que pensamos e sentimos. Estamos
afirmando uma verdade, mas também expressando um sentimento. É por isso que acredito que
cantar, como expressão de adoração, é algo que tem perdurado através dos séculos.”

Em outras palavras, quando usamos o poder da poesia aliado ao poder da música estamos
literalmente criando um lugar onde Deus pode se encontrar com seu povo e vice-versa.

Canções são de fato um lugar. Elas são um ponto de encontro onde nossas orações ganham
asas feitas de letras e melodias. Como equipe de louvor, quando selecionamos, ensaiamos,
preparamos e apresentamos músicas nesta tapeçaria que chamamos de “repertório”, estamos
literalmente criando um “lugar” para pessoas se encontrarem com Deus.

As pessoas chegam para um período de louvor dizendo em seus corações o que o salmista disse,
“Onde e quando me verei diante do meu Deus?” O líder de louvor responde, “Que tal aqui? Que
tal agora?” e os conduz àquele lugar de encontro.

Qual o papel dos que lideram louvor?


De repente, aprender trechos de uma canção, preparar repertório, ensaiar no meio da semana
e levantar mais cedo no domingo para se organizar e passar o som, escolhendo amar nos
relacionamentos e tocar em dois ou três cultos por semana ganha todo um novo sentido.

Estamos servindo o povo de Deus com os dons e paixões que nos energizam, criando um “lugar”
onde todos possam se encontrar com Deus.

De algum modo lindo esta realidade faz todo o árduo trabalho parecer um grande privilégio –
porque podemos desfrutar do nosso amor pela música de tal modo que conduzimos outros a um
lugar mais lindo e íntimo com Deus do que eles já puderam experimentar.

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Módulo 2: Teologia

Liderar louvor, como Brian Doerksen colocou, é como o papel do pai da noiva ou da dama de
honra em um casamento. Estamos conduzindo a Noiva ao Noivo para que eles compartilhem
um amor íntimo e de compromisso um pelo outro. Seria terrível pensar em um pai roubando a
atenção da noiva ou de uma dama de honra atraindo para si mesma a atenção!

Estamos no papel de lideres de louvor para abrir o caminho para que pessoas tenham um encontro
com Deus e para criar um espaço onde simples canções possam dar asas às orações daqueles
que se reúnem para adorar. Gentilmente conduzimos as pessoas a um lugar onde elas podem
responder ao amor de Deus – simples assim.

Quatro modos de enxergar a adoração


Vamos complementar isso com uma boa teologia.

Lembra-se da nossa definição de “boa teologia” da primeira sessão? Repetimos aqui para lembrar
e mantê-la em mente ao prosseguirmos.

A boa teologia é aquela que nos aproxima do Deus das Escrituras (Tiago 4:8), fortalece o amor em
nossos corações por Ele e pelas pessoas (João 3:16) e nos equipa para vivermos a vida de Jesus
, obedientes aos seus mandamentos (João 14:15).

Com Romanos 12:1 como nosso ponto central, refletimos sobre ideias teológicas chave,
relacionadas à adoração que tem sido apoiadas tanto biblicamente quanto tradicionalmente pela
Igreja.

Se o foco da adoração é:

1) Um Deus que é Criador, Rei, Trino e Salvador estende-se a


2) Seres humanos são Sub-criadores, Semelhantes, Construtores de Comunidades e
Narradores da história da Salvação, então a Adoração é
3) uma atividade Criativa, uma atividade Real, Relacional e uma atividade de
Narrativa.

1. Adoração como um ato criativo

Se Deus é criador, então somos subcriadores e a adoração é uma atividade criativa.

As expressões de adoração nos atraem desde as páginas da história bíblica e da história


da igreja. Expressões de adoração multicores, multimídia, multiétnica, multissensorial
e multidisciplinar tem se evidenciado em todo o histórico da adoração cristã. O biólogos
hoje dizem que há pelo menos até 32 sentidos ativos no corpo humano; somos livres
para envolver tudo o que a mídia nos oferece em nossa expressão de adoração e
entrega a Deus.

Em Êxodo 35-36 dois artistas chamados Bezalel e Aoliabe foram trazidos ao palco
no antigo testamento. Eles eram “habilidosos em sua arte” e aplicaram esta arte
juntamente com uma rica comunidade de outros artistas hábeis com o metal, tecido,
cor e muito mais na ornamentação do incrível Tabernáculo de Moisés. Em Gênesis
4:21 o pai de todos os que tocavam harpa e flauta, Jubal é trazido à nossa lembrança.
O nome de Jubal, falando poderosamente e vocacionalmente a todos os músicos de
todas as eras, significa “riacho ou rio”. Como um rio, no qual nunca pisamos duas
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Fundamentos da Adoração

vezes, devido ao mover constante de suas águas, líderes criativos têm a capacidade
de reinventar ideias antigas de maneiras novas e maravilhosas.

Em Apocalipse 4-5 vemos uma demonstração sonora e visual que pode encantar
até mesmo a mente mais imaginativa. Criatividade está no centro da extravagante
demonstração de honra e afeição que é a adoração.

2. Adoração como um ato real

Se Deus é rei e nós somos feitos à sua imagem, então a adoração é uma atividade
real.

Se os seres humanos são de fato feitos à imagem de Deus de acordo com Gênesis
1:6-7, então a adoração se torna um ato real supremo e um ato de vice-regência. Esta
é a essência das palavras de Pedro sobre adoração em I Pedro 2:9 (NVI):

“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de
Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz.”

Em outras palavras, somos um sacerdócio real para que possamos declarar seus
louvores. É precisamente porque somos feitos à imagem divina, nas regiões onde
Ele tem domínio e governo e sobre as quais Ele envia sua proteção, é que somos
capazes de oferecer os louvores acumulados da criação de volta ao Senhor. Somos
súditos reais do Grande Rei para dar voz ao louvor da criação.

3. A adoração é um ato relacional

Se Deus é Trino então somos relacionais e a adoração é uma atividade relacional.

Um momento sombrio aconteceu entre o rei Davi e sua esposa Mical em 2 Samuel
6. Mical (filha do rei anterior) zombou de Davi quando este retornou a Jerusalém com
a Arca da Aliança e dançou em adoração vestido apenas com um manto ao redor do
quadril.

“Como o rei de Israel se destacou hoje, tirando o manto na frente das escravas de
seus servos, como um homem vulgar!”

Mas Davi disse a Mical: “Foi perante o Senhor que eu dancei, perante aquele que
me escolheu em lugar de seu pai ou de qualquer outro da família dele, quando me
designou soberano sobre o povo do Senhor, sobre Israel; perante o Senhor celebrarei
e me rebaixarei ainda mais, e me humilharei aos meus próprios olhos. Mas serei
honrado por essas escravas que você mencionou”.
2 Samuel 6:20-22

Davi encontrou uma conexão com o povo de Deus, com aqueles cujos corações eram
cheios de paixão assim como o dele. É vital que entendamos a natureza congregacional
da adoração e como ela supera as visões da adoração mais individualistas que temos

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Módulo 2: Teologia

hoje. Davi pôde dançar na presença de Deus e os rostos alegres do seu povo foram
um incentivo a mais para ele.
Formar uma comunidade de adoradores com um só coração é vital na adoração.

4. A adoração é um ato narrativo

Se Deus é salvador, somos os narradores desta história e a adoração é uma atividade


narrativa.

Os narradores da história da salvação, os seguidores do Deus que salva tem uma


história para contar.

Desde o uso dos filactérios (pequenas caixinhas de couro contendo vários trechos do
Torá que os judeus usavam em suas testas), o chamado para que eles contassem a
história de sua libertação das mãos dos opressores continuamente impulsionou o povo
de Deus a contar ao mundo a história da salvação. A adoração é um ato narrativo.

A expressão da adoração não é simplesmente a expressão romântica de um indivíduo


ou de uma congregação diante de Deus. A adoração é o ato de recontar a História do
Reino de muitas maneiras diferentes.

Quando colocamos letras novas na boca do povo de Deus, eles encontram novas
maneiras de falar sobre o que Deus está fazendo em suas vidas no dia a dia. Como
líderes de louvor e equipes, estamos ajudando as pessoas a narrar suas próprias
histórias com Deus com uma linguagem de amor, alegria e confiança.

Os sussurros da adoração em nossos ouvidos


Agora, toda vez que você pensar em adoração, eu gostaria de encorajá-lo a ouvir os sussurros de
Romanos 12:1-2, IJoão 4:19, os Salmos, Gênesis, as Epístolas, Apocalipse. Gostaria de encorajá-
lo a ver a vida de adoração como a melodia que convidamos todos a entoar. Nossas experiências
de Adoração Congregacional, Adoração na Família e Adoração Pessoal devem harmonizar com
esta melodia.

Veja a Vida de Adoração que você conduz como o instrumento mais alto que é ouvido e veja a
Adoração Congregacional como uma atividade Criativa, Real, Relacional e Narrativa vital para o
fortalecimento da sua comunidade de discípulos.

Acima de tudo, aceite que a adoração é uma resposta ao amor de Deus. Terminaremos com um
trecho de Evelyn Underhill, de sua importante obra, intitulada Adoração, escrita em 1937.

“A adoração, em todos os seus níveis e tipos é a reposta da criatura ao Eterno.”

Respondamos com tudo o que somos ao amor do nosso Criador, Rei, Deus Trino e Salvador.

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Fundamentos da Adoração

Perguntas:

Primeiramente, Se você está fazendo este curso em grupo, tire um tempo para escrever suas
respostas às perguntas a seguir antes de se juntarem. Destaque os números de páginas, frases-
chave e idéias que mexeram com você. Procure escrever nas margens, circular palavras, ou
qualquer coisa que te ajudará a interagir com o material e lembrar das idéias principais.

1. Quais ideias foram mais marcantes para você nesta sessão?


Fale sobre as ideias que marcaram você de modo especial, relacionadas ao louvor, na leitura.

Como estas ideias podem ajudar você a entender de fato o que é a adoração?

2. O que a palavra “adoração” significa para você após ter lido esta sessão? Tente
descrever em 1-3 frases.
Esta é sua chance de escrever uma breve “Declaração sobre a Adoração” que contenha
algumas das ideias sobre a adoração sobre as quais você tem refletido neste estudo. Escreva
talvez em outro pedaço de papel ou em um blog, edite, e então coloque aqui sua frase final
para ler para os outros.

3. Se a adoração é uma atividade criativa, real, relacional , como isso afeta a sua perspectiva
daquilo que acontece quando nos reunimos para adorar congregacionalmente?
Lembrando de todas as ideias sobre Deus, seres humanos e adoração que estudamos, o que
você pensa que é importante que aconteça quando nos reunimos para o louvor como Corpo?
Qual é a parte que cada um tem em seus corações, quando nos aproximamos de Jesus para
lembrar, ser renovados e para alegrar-nos?

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Módulo 2: Teologia

Conclusão
tornando-se um eterno aprendiz

A adoração é tão grande quanto Deus. Descobrir seus mistérios é um chamado para toda a vida e
irá mudar o modo como lideramos louvor, compomos, oramos, ensinamos e discipulamos outros
no que significa sermos adoradores de Deus.

Certifique-se que os objetos da sua afeição e amor na vida têm raízes nas Escrituras e de que
você é dependente de um relacionamento cheio de graça com o seu Senhor.

Sobre Deus, Humanos e Adoração


Agora chegamos ao fim desta jornada na teologia da adoração. Que você possa ter muitas outras!
Nós refletimos sobre uma variedade de tópicos da teologia fundamental e cosmovisão que são
vitais para a compreensão da experiência contemporânea da adoração. Nós exploramos:

Deus como Criador – o Deus que cria


Deus como Rei – o Deus que reina
O Deus Trino – o Deus que se relaciona
Deus como Salvador – o Deus que salva

A partir desta grande visão do Eterno flui nossa visão dos seres humanos, essencial na compreensão
da nossa teologia e atividade da adoração:

Seres humanos como Subcriadores – feitos para criar


Seres humanos feitos à imagem de outro ser – feitos para refletir
Seres humanos como Construtores de Comunidades – feitos para se relacionar
Seres humanos como Narradores da História da Salvação – feitos para contar uma história

Se a adoração é, de fato, uma atividade para a qual os seres humanos estão pré-programados e
somos feitos à imagem de Deus, então a atividade da adoração deve parecer tanto com o caráter
de Deus quanto com a natureza dos seres humanos que Ele criou.

A adoração é uma Ato Criativo – respondemos ao nosso Criador como criaturas


A Adoração é um Ato Real – respondemos ao nosso Rei como vice-regentes
A adoração é um Ato Relacional – respondemos à Trindade construindo relacionamentos saudáveis
A adoração é um Ato Narrativo – respondemos ao nosso Salvador contando a grande História da
Salvação

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Fundamentos da Adoração

Você é oficialmente um teólogo da adoração


Se você fez este módulo em um grupo provavelmente você teve as melhores conversas dos
últimos tempos. Isso é bom, porque agora você é oficialmente um dos teólogos da adoração da
sua igreja!

Junte as peças deste módulo e comece a encontrar maneiras de nutrir e discutir sobre uma
teologia forte da adoração e sobre a liderança de louvor em sua comunidade e em seu círculo de
influência.

Faça isso com base em um relacionamento vibrante, apaixonado e vivo com Jesus e cultive este
mesmo tipo de relacionamento em sua congregação através do louvor que você lidera.

Deus te abençoe no prosseguimento de sua jornada no curso Fundamentos da Adoração.

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Módulo 2: Teologia

OUTROS MÓDULOS DO CURSO

FUNDAMENTOS DA ADORAÇÃO: A História da Adoração


Introdução: Porque a história da adoração é importante?
Sessão 1: Expressões de adoração do tempo e espaço
Sessão 2: Expressões de adoração da oração e leitura das escrituras
Sessão 3: Expressões de adoração do batismo e eucaristia
Sessão 4: Expressões de adoração da arte e música
Conclusão: Bebendo da fonte do louvor

FUNDAMENTOS DA ADORAÇÃO: Valores e prioridades


Introdução: A metáfora das pedras
Sessão 1: Os valores da intimidade e integridade
Sessão 2: Os valores da acessibilidade e conexão cultural
Sessão 3: Os valores da expectativa do Reino
Sessão 4: Os valores do discipulado pessoal
Conclusão: Transformando sua comunidade através da adoração

FUNDAMENTOS DA ADORAÇÃO: Liderando o ministério de louvor


Introdução: Os desafios de liderar um ministério de louvor
Sessão 1: Os quatro relacionamentos prioritários
Sessão 2: Os nove papéis do pastor de louvor
Sessão 3: O dia a dia do ministério de louvor
Sessão 4: Construindo um ministério de louvor duradouro
Conclusão: Buscando crescimento X perfeição
Ferramenta: Como usar a ferramenta de avaliação do líder de louvor
Ferramenta: Avaliação do líder de louvor

FUNDAMENTOS DA ADORAÇÃO: Liderando o período de louvor


Introdução: Um missão perigosa
Sessão 1: Três razões para liderarmos o louvor
Sessão 2: O caráter e as habilidades do líder de louvor
Sessão 3: Montando repertório e conduzindo bandas
Sessão 4: Grandes líderes de louvor
Conclusão: Abençoado para liderar o louvor

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Fundamentos da Adoração

FUNDAMENTOS DA ADORAÇÃO: Composição musical


Introdução: Canções são um lugar de encontro
Sessão 1: As qualidades de uma boa música de louvor
Sessão 2: Definindo o propósito para a música
Sessão 3: A fase da revisão e da formatação
Sessão 4: Acabamento e prova
Conclusão: Compondo para crescer
Anexo 1: Como começar um grupo de composição
Anexo 2: Como avaliar uma música

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