Ebook | Os Segredos da Música Gospel Worship

Escrito por Fernando Ladeia

OS SEGREDOS DA MÚSICA GOSPEL WORSHIP

Talvez você já tenha se intrigado com a versatilidade do rótulo “música gospel”.

Afinal, como um único termo pode remeter a estilos tão variados, por vezes até
mesmo díspares?! Basta notar a diversidade estética que salta aos olhos (ou,
melhor dizendo, aos ouvidos) entre, por exemplo, a sonoridade da música
pentecostal e o toque mais pesado, com forte influência do rock, de conjuntos
como o Oficina G3. Ou, ainda, o grande apelo dedicado ao groove nas levadas
rítmicas, como é o caso das canções do Eli Soares, além da música católica, entre
várias outras tendências…

Portanto, conforme estamos constatando a partir desses exemplos, não é que o

selo “gospel” unifique somente um gênero musical, mas sim que ele funciona
como um abrangente “guarda-chuva” temático (no caso, de louvor religioso),
abrigando sob si uma ampla variedade de estilos musicais.

Mas, se a diversidade de subgêneros da música gospel pode, por um lado, deixar

as coisas um pouco confusas, por outro, ela também traz ricas possibilidades
técnicas… e isso pode ser um campo de conhecimento incrível para você expandir
as suas habilidades!

Dentro dessas várias vertentes, há uma, em especial, que tem dominado o

cenário musical nas igrejas desde o final dos anos 2000 até mais recentemente,
se afirmando nas igrejas protestantes e cada vez mais presente nas igrejas
católicas. Estou falando do famoso worship!

Deixando à parte a questão de gosto, é inegável a marca deixada pelo worship na

cultura eclesiástica, alastrando seu alcance em diversos contextos e influenciando
outros subgêneros do gospel.

Mas qual é o segredo por trás desse estilo? E como, especificamente, essas
características podem interferir na sonoridade do violão?
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Se você tem interesse em se aprofundar neste assunto, vale a pena conferir o

Curso de Violão Gospel do Cifra Club Academy. Lá, tem um módulo
inteiramente dedicado ao gênero worship. Você poderá aprender os diversos
recursos estilísticos e as técnicas aplicadas ao violão.

Aqui, eu vou desvendar para você 7 segredos super interessantes desse estilo
musical. Eles vão agregar muito no seu jeito de tocar e te ajudarão a entender as
razões que fazem essa música ser tão especial e popular!

1) AMBIÊNCIA
2) CONTINUIDADE SONORA
3) TIMBRE
4) ACORDES COM CORDAS SOLTAS E O USO
DO CAPOTRASTE
5) DINÂMICA
6) INTERPRETANDO A MÚSICA PARTE A PARTE
7) ENTREGA

Podemos perceber que o worship absorveu características interessantes oriundas

do rock irlandês e inglês.
Desde bandas como U2…

(clique e veja o vídeo)

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… até uma pegada mais à la Coldplay.

(clique e veja o vídeo)

1) AMBIÊNCIA

Esse termo tem relação com a influência do ambiente na sonoridade. Ou seja, a

acústica do ambiente irá interferir na reverberação do som produzido. Pense, por
exemplo, na reverberação de uma sala grande e vazia ou então num ambiente ao
ar livre, em meio a montanhas ou cânions: ao emitir um som, haverá um atraso
(delay) ou até mesmo um eco, em que o som ficará se repetindo.

É possível emular esse tipo de ambiência ao adicionar alguns efeitos ou na

pós-produção musical. Mas você também pode gerar uma impressão desse efeito
diretamente a partir da sua forma de tocar os acordes e as levadas no violão.
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(clique e veja o exemplo)

Esse tipo de atributo torna o worship aconchegante e melancólico ao mesmo

tempo.

2) CONTINUIDADE SONORA

Outro recurso interessante, que pode ser observado tanto no worship quanto em
algumas músicas de rock inglês e irlandês, é a sensação de continuidade. Isso
pode ser notado quando há uma sonoridade constante e bem definida ao longo
da música. Isso causa uma sensação meditativa bem interessante.

No contexto do worship, isso acontece bastante por causa do PAD do teclado, que
é um som de sintetizador bem suave e constante, e também pelas guitarras
fazendo um Swell, um efeito criado a partir de muito reverb, que tem o seu
primeiro ataque suave, mas que vai se expandir posteriormente.
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Também é possível fazer esse tipo de técnica ao violão. Para isso, basta que
acordes sucessivos compartilhem entre si notas em comum (o mais usual é que
essas notas sejam feitas em cordas soltas). Desse modo, não haverá um corte
abrupto a cada troca de acorde, mas antes uma transição parcial e gradativa.

Um exemplo que ilustra super bem esse recurso é “Ousado Amor”, uma canção
worship do Isaias Saad.

(clique e veja o vídeo)

3) TIMBRE

Ao falar sobre continuidade, não tem como deixar de falar do timbre. Podemos
fazer um paralelo do conceito de timbre com a “cor” do som. Isto é, a sonoridade
característica que permite o reconhecimento auditivo de um instrumento em
específico.

Anteriormente, foram citados o PAD do teclado e o Swell da guitarra. Podemos

notar que esses timbres simplesmente adicionam uma aura “celestial” ou até
mesmo “angelical” na sonoridade, o que combina muito bem com a proposta da
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música gospel, que é de adoração.

O violão também tem seu timbre característico nesse tipo de composição,

existindo, inclusive, modelos e formatos de violão que combinam muito bem com
essa proposta. Violões com cordas de aço são essenciais, pelo timbre brilhante
que é gerado. É comum a utilização de modelos como o Folk Dreadnought ou
Jumbo.

(clique e veja o vídeo)

4) ACORDES COM CORDAS SOLTAS E O USO

DO CAPOTRASTE

Levando em consideração a continuidade e o timbre, também temos um formato

muito usado de tocar acordes no worship: fazer as posições se valendo ao máximo
das cordas soltas.
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A construção das casas no braço do violão segue uma lógica cromática (isto é, em
semitons). Essa característica sugere a manutenção das mesmas formas,
deslocando essas posições com o uso de pestanas.

Entretanto, no estilo do worship, esse padrão previsível será rompido, de modo a

atingir um timbre específico com mais brilho. Assim, fazer os acordes com as
cordas soltas é algo essencial para conseguir um “sotaque mais característico” do
estilo.

E, para ajudar nesse objetivo, vemos com muita frequência um acessório: o

capotraste.

(clique e veja o vídeo)

Há quem diga que o uso do capotraste é por preguiça, mas considero que a
frequência do seu uso está mais ligado à forma de tocar sem pestanas.
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5) DINÂMICA

A dinâmica é um dos segredos mais importantes quando o assunto é worship.

Por isso, não há como deixar de falar sobre isso para melhorar a expressividade da
sua interpretação. Afinal, sabe aquela sensação de quando a música chega em
seu trecho mais marcante e só falta você sair voando de tanta vontade de pular?

Isso acontece quando a dinâmica da música é bem construída. E o worship faz

isso muito bem, seja adicionando contraste em cada parte da música, seja
conduzindo um clima de forma gradativa.

(clique e veja o vídeo)

Existem várias formas de fazer essas variações de dinâmica. O mais legal é que
pode funcionar tocando com a banda e também quando você está tocando solo,
como no formato violão e voz.

E uma dica curiosa: alguns dos maiores “louvores” worships têm seu ápice na
ponte da música, e não no refrão, como é o mais usual em outros estilos.
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6) INTERPRETANDO A MÚSICA PARTE A PARTE

Já que falamos sobre construção, é muito legal entender as partes mais comuns
que compõem a estrutura formal de um worship. São elas: introdução, primeira
parte, pré-refrão, refrão, ponte e conclusão. Na música, em geral, cada parte tem
sua própria organização, e é a relação entre elas que constrói o arranjo final.

Assim, apesar de muitas vezes as pessoas entenderem a música como uma só

unidade inteira, ela, na verdade, pode ser dividida em seções.

No worship, as partes separadas são encaradas como algo importantíssimo.

Fazendo uma breve audição de algumas canções, dá pra perceber que cada parte
é criada como uma pequena música, ou seja, cada trecho tem a sua importância
individualmente.

É possível perceber uma organização quase padronizada no conjunto completo,

composta por: uma introdução que usa a melodia do refrão ou da ponte; uma
primeira parte suave; um pré-refrão que aumenta a intensidade, conduzindo para
o refrão, com frases intensas e melódicas. Depois de repetir tudo, chega-se à
ponte, onde a composição é recomeçada, novamente do suave ao ápice. E a
conclusão ocorre no refrão.

Quando trazemos o assunto para o violão, percebemos que existe uma forma de
tocar em cada uma dessas partes. Veja o exemplo de “A Casa É Sua”, do Casa
Worship. Em alguns momentos, o violonista não faz nada mais que uma levada
bem suave, com poucas batidas e breves notas arpejadas. Já em outros ele toca
com mais intensidade, fazendo, assim, a construção da música e interpretando
cada uma das partes com o seu caráter específico.
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(clique e veja o vídeo)

7) ENTREGA

Já falamos sobre ambiência, continuidade, timbre, acordes e dinâmica. Por

último, mas não menos importante: a entrega!

Entrega é uma palavra que pode se referir a muitas coisas, mas, dentro do
contexto musical do worship, é algo muito especial! Quero dizer que a entrega
tem a ver com performance enquanto toca, e, na música cristã, existe um
objetivo: servir a Deus e aos seus irmãos na igreja. Por isso é tão importante saber
entregar bem a performance da canção: a meta final de tocar essas canções no
violão é bem mais que só uma apresentação musical, é a de louvor, de adoração,
seja sua igreja evangélica pentecostal, reformada ou católica.

Esses são só alguns dos segredos que existem no worship e que tornam esse
subgênero tão especial, mas existe uma infinidade de outras habilidades que você
ainda pode aprender.
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Escrito por Fernando Ladeia

Neste ebook, não há espaço suficiente para descrever o assunto completo em

toda a sua profundidade… Por isso, ele foi visto de forma mais condensada. Mas,
no Curso de Violão Gospel do Cifra Club Academy, você terá a oportunidade de
esmiuçar tudo isso e muito mais de forma bem mais detalhada. As aulas foram
preparadas com muito carinho, especialmente para você que quer desvendar as
mais diversas técnicas que vão elevar o seu patamar como músico.

Nele, eu compartilho todos os segredos que aprendi ao longo de muitos anos de

experiência de forma a te ajudar nessa missão, encurtando os caminhos para você
também dominar essas habilidades.

E o curso não se limita apenas ao worship. Também serão abordadas várias outras
vertentes da música gospel.

Espero ter te ajudado com esse conteúdo e deixo meu convite para conhecer o
Curso de Violão Gospel do Cifra Club Academy. Nos vemos lá!
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Escrito por Fernando Ladeia