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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN

FACULDADE DE LETRAS E ARTES – FALA


DEPARTAMENTO DE ARTES – DART
CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA
MODALIDADE A DISTÂNCIA

Professor: Henderson Rodrigues

TEORIA E PERCEPÇAO MUSICAL I

TEXTO I (Aulas 1 e 2)

Capítulo I – Teoria da música, o quê, por que e para quê

Muitas pessoas acreditem que música é uma prática somente, ou seja, não combina muito com
teoria, de certa forma até faz sentido. Mas como tocar algum instrumento se não se entende o que
está tocando? alguns é claro o fazem, pois desenvolvem um conhecimento prático que se
assemelha ao conhecimento teórico. Com isto queremos dizer que a teoria é necessária, mas não
imprescindível. É possível tocar bem sem a teoria, mas um bom músico se preocuparia em se
aprofundar em seus conhecimentos para poder ter mais liberdade ou mais domínio. Claro que isto
depende muito de que tipo de música ou em quais momentos espera-se exercer esta arte. Para um
professor de música, a teoria musical é mais do que uma ferramenta para compreensão da música,
mas um dos domínios a ser desenvolvido em seus alunos.

Bem, tendo em vista esta discussão, podemos entender de partida que a teoria pode ajudar a
ampliar o domínio da prática musical e por isto a teoria deve ser estudada tendo em vista seu uso
prático. Sendo assim, teoria e prática não se separam quando estudamos música. Por exemplo,
desenvolver a percepção auditiva, seja melódica ou harmônica, faz parte da teoria da música, de
certa maneira. Outro exemplo, é que para quem quer tocar algum instrumento harmônico como
violão, guitarra, teclado etc. saber sobre como se formam as harmonias pode ajudar muito.

A disciplina de Teoria e Percepção Musical I introduz o que é chamado de teoria básica em música.
É chamada de básica porque entre os conhecimentos de teoria musical encontra-se o contraponto,
a harmonia, a análise musical, que serão disciplina posteriores deste curso. A teoria básica é aquela
que dá suporte a estes outros conhecimentos, ela se dedica especificamente a compreender as
notas, o ritmo e sua notação. A questão é que muitos cursos e livros sobre teoria básica acaba por
cair em alguns erros, as vezes o conhecimento é apresentado sem relação com a prática, as vezes
parece um banco de dados de símbolos e conceitos, e as vezes se dedica apenas à notação musical,
sem contexto. Tentaremos não cair nestes erros.

O estudo de teoria tem algumas dificuldades também, é preciso ter em mente que a teoria foi
desenvolvida durante muitos séculos e alguns conceitos podem ser encontrados de algumas formas
diferentes, isto porque em uma época pensava-se de uma forma e depois passou-se a pensar de
outra forma e assim o conceito foi modificado. Sendo assim, para podermos entender bem do que
se trata, é preciso ter uma ideia de como os conceitos evoluíram. Ao longo do curso tentaremos
apresentar os possíveis problemas e como entender certos conceitos, portanto, vamos tentar
sempre explicar mais do que colocar o significado de algum símbolo ou etc.

O que esperar quando se estuda teoria musical?

Como foi dito a teoria musical básica se ocupa de entender sobre as notas e o ritmo. Mas para
entender sobre as notas é preciso entender como elas se relacionam e aí iremos estudar sobre
escalas, intervalos, acordes, tonalidades. Sobe os ritmos precisaremos entender mais sobre como
o ritmo é organizado, ou como a música se organiza no tempo etc. Além disto, estudaremos sobre
como escrever todas estas coisas em uma notação musical. Sobre a importância da notação
musical, falaremos sobre isto mais adiante

Pequena história das notas musicais

“Sabe-se que o homem primitivo teve desde muito cedo necessidade de comunicar. Para isso
usava, por exemplo, sinais sonoros como: gritos, sons corporais, batimentos com pedras ou com
ramos de árvores, etc. No fundo, o homem pré-histórico tinha como principal objetivo o de imitar
a natureza e não o de fazer música. Mas desde o momento que o homem começou a produzir sons
com a intenção de fazer música, pode-se afirmar que se deu início ao longo percurso da história
da música. Assim o homem começou a fazer uso da música nas suas cerimonias e rituais, como
por exemplo, na evocação das forças da natureza, no culto dos mortos, no decorrer da caça,…
Começou por usar apenas a voz e os diversos sons corporais, mais tarde, também introduziu
gradualmente instrumentos (tais como flautas, ramos de árvores perfurados, paus e pedras) que
construía para usar nas suas músicas e danças numa tentativa de agradar mais aos deuses. Depois
de descobrir a beleza e a funcionalidade da música o homem nunca mais se separou dela” (texto
citado de http://musicaeadoracao.com.br/24994/pequena-historia-da-musica-claudia/)

Este texto descreve resumidamente que a música de inicio era praticada apenas pela voz ou pela
percussão. O ritmo sempre foi marcante no desenvolvimento da música. Outra coisa interessante
é notar que os sons musicais não eram as notas musicais como conhecemos hoje, sem dúvida
nenhuma a música da antiguidade era muito mais rica em sons do que as de hoje, isto porque eles
usavam todo tipo de som, de materiais etc. Como exemplo vemos a música indiana ou javanesa,
ou balinesa (Ver links de vídeos mais adiante).

Entretanto, com o passar do tempo as pessoas buscaram padronizar mais o fazer musical,
escolhendo alguns materiais específicos para produzir música, bem como quais sons passaram a
ser considerados “bons” para a música. Em parte, isto ocorreu porque a música passou a ser vista
como uma força de comunicação com o divino, e, portanto, não deveria ser “feita” de qualquer
maneira. Esta música “sacra” ou sacralizada, passou a ser mais seletiva e os sons que poderíamos
usar passaram a ser, sons específicos, por nós chamado de notas musicais.

Na antiga Grécia existiam muitas notas, afinadas de formas diferentes, mas com o tempo, e
sobretudo na Idade Média a música era feita por basicamente 12 sons distintos agrupados em
grupos de 7 em 7 (mais sobre isto, você verá na disciplina de História da Música I). Quando
falamos afinada é que a altura da nota era específica. Vamos explicar isto de forma breve. O som
é vibração, cada nota musical tem uma vibração básica bem definida, e assim que uma nota lá tem
110 vibrações por minuto, a nota dó teria 130,81 e assim por diante. Bem, mais estas alturas nem
sempre foram assim, de modo que na Idade Média o lá poderia ter 110 ou 108 ou ainda 112
vibrações por minuto. Falaremos mais sobre isto mais adiante.

Neste período as notas ainda não tinham os nomes como hoje, eram chamados de diversas formas
diferentes, as vezes com nomes grandes ou como parte de referencia a um sistema, por exemplo,
em uma escala tal, as notas poderiam ser chamadas apenas por sua colocação na escala ou seja, a
primeira nota, a segunda etc… Só na Idade Média é que cada uma recebeu seu nome, mas como
as notas estavam relacionadas a um grupo de 7 notas, acabaram recebendo 7 nomes, mas lembrem-
se que existiam 12 notas. Então o que fizeram com as outras 5? Antes de respondermos esta
pergunta vamos escutar alguns exemplos musicais, de acordo com os links abaixo.

Música da Grécia antiga: https://www.youtube.com/watch?v=eBuV0l1H1rg


Música da Roma antiga: https://www.youtube.com/watch?v=RPtBnpd5gxc
Música Celta antiga: https://www.youtube.com/watch?v=ePz3QSfJiuc
Música japonesa tradicional: https://www.youtube.com/watch?v=ONjU5L7t-p8
Música australiana tradicional: https://www.youtube.com/watch?v=qNR5CTeFHJ4

Por fim, escute esta coletânea musical do livro de José Miguel Wisnik, O som e o Sentido, de fato
um dos mais empolgantes livros sobre a cultura musical e seus significados
https://www.youtube.com/watch?v=ps8PgqjjCto

A atual nomenclatura das notas musicais é atribuída à Guido D’Arezzo, e a partir das primeiras
sílabas do texto de um hino a São João Baptista, em Latim, e posteriormente foram assim fixadas:
dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. As outras notas acabaram não recebendo um nome próprio, mas um
nome relacional, é como aquela situação em que se chama alguém como a tia de fulano, ou a esposa
do meu irmão, é uma forma de identificação. Assim estas 5 notas receberam um nome de nota
acima mais um sobrenome, assim sugiram nomes como dó sustenido, onde o dó é o nome e
sustenido é o sobrenome. Temos que ter em mente que notas musicais se referem a sons afinados
e não a nomes, sendo assim, podemos nomear os sons com nomes diferentes, veremos mais
adiante como isto acontece.

Música Indiana: https://www.youtube.com/watch?v=9xB_X9BOAOU


Música Balinesa: https://www.youtube.com/watch?v=2gR0B60m_zI
Música Javaneza: https://www.youtube.com/watch?v=hhNR4K7kMoo

Agora responda a estas perguntas:


1 – Qual o objetivo de estudarmos teoria musical?
2 – Como você acha que melhorar sua prática musical com o conhecimento em teoria?
3 – Que tipos de músicas você conhece que utilizam outros equipamentos que não produzem
notas musicais, como esta música soa para você?
Capítulo II: As notas musicais

Agora veremos mais sobre as notas músicas e tentaremos ser mais práticos. Nota em música refere-
se à altura do som, sua frequência acústica. Nós abordaremos a notação da altura relacionando
essas notas com o teclado do piano, usando as notas dó como exemplo. O dó mais próximo do
meio do teclado é chamado de dó central ou dó3 (dó três). As notas dó mais agudas (movendo em
direção à direita do teclado) são chamadas dó4, dó5 e assim por diante. As notas dó mais graves
(movendo-se para a esquerda) são chamadas dó2, dó1, e do-1. As três notas abaixo de dó-1 são
seguidas pelo número 2 negativo, como em lá-2.
Notas mais agudas

Notas mais graves

O termo agudo se refere ao som mais “fino”, e o termo grave se refere ao som mais “grosso”.

Ouça as notas dó o gráfico acima. O áudio iniciará na nota dó3 e descerá até dó-1, depois voltará
a subir até o dó mais agudo para depois terminar em dó3 outra vez.

Ouvir áudio: Notas dó

Estes sons são chamados de dó porque embora eles estejam em alturas diferentes (grave ou aguda)
existe uma interação tão forte entre eles que foram chamados pelo mesmo nome. Esta interação
pode ser ouvida no exemplo abaixo, nele você vai escutar várias notas dó sendo tocadas
sobrepostas em várias alturas distintas. As notas que estão entre qualquer dó, para cima ou para
baixo, ao próximo dó é chamado de oitava. Todas as notas de um dó acima, mas não incluindo o
próximo dó, diz-se estar no mesmo registro de oitava.

Ouvir áudio: Dó sobreposto

A tecla branca à direita do dó3 seria chamada de ré3 porque está no mesmo registro de oitava, mas
a tecla branca à esquerda do dó3 seria chamada de si2. Ou seja, de dó3 a dó4, existiria o re3, mi3,
fa3, sol3, la3 e si3.

Se você olhar na imagem acima, perceberá que existe um padrão que aparece nas teclas pretas,
primeiro vem três e depois duas, daí se repete, lembre-se disto para daqui a pouco.

A explicação dada até agora explica 7 das 12 notas que existem. Na imagem acima, estas notas são
exatamente as teclas brancas. Vamos entender melhor, perceba a ordem abaixo dos doze sons.
Dó, X, Ré, X, Mi, Fá, X, Sol, X, Lá, X, Si, Dó

Observe os “Xs”, eles estão em locais que existem notas musicais, mas não foram atribuídos nomes
específicos para elas, estas notas receberam “apelidos”. Os apelidos dependerão da relação que
existe entre as notas vizinhas, da seguinte forma:

Usamos o termo “sustenido”, quando estamos fazendo referência à nota anterior

Usamos o termo “Bemol”, quando estamos fazendo referência à nota posterior

Exemplo:

O primeiro X da sequência acima pode ser chamado de Dó sustenido ou de Ré bemol. O sustenido


pode ser substituído pelo símbolo # e o bemol pelo símbolo b. Se substituirmos os X por seus
“apelidos” ficaríamos com o que vemos abaixo.

Dó, Dó#, Ré, Ré#, Mi, Fá, Fá#, Sol, Sol#, Lá, Lá#, Si, Dó
ou
Dó, Si, Sib, Lá, Láb, Sol, Solb, Fá, Mi, Mib, Ré, Réb, Dó

Ouvir áudio: Escala cromática

Retomaremos este assunto mais adiante.

Agora responda a estas perguntas


1 – Quantas notas tem uma oitava?
2 – Porque a necessidade de numerar as notas?
3 – Porque você acha que não existiria o si# (Dób) ou o mi# (fáb)
Capítulo III: Notação básica das notas

Agora vamos ver um assunto que embora seja muito importante, existe um certo pré-conceito
quanto ao aprendizado e até ao uso desta ferramenta que deveria ser usada por todos os músicos,
a notação musical, ou como ficou mais conhecido, a partitura. Primeiramente é importante
entender que a partitura é uma ferramenta para melhor comunicar a música e elementos que são
sonoros, claro que um bom músico pode se desenvolver sem a partitura, mas precisamos ser justos,
a partitura ajuda muito.

Por exemplo, imagine que a um grande músico seja pedido que toque uma música muito
importante, por exemplo em um casamento, e imagine que a música seja uma daquelas lindas obras
clássicas do século XX, que possui uma banda tocando, alguns metais, um coral completo a quatro
vozes etc. Imagine o trabalho que daria a um músico apenas acostumado a tirar a música “de
ouvido”, ou seja, ouvir todo o arranjo e tentar memorizar todas as vozes, todas as características
dos instrumentos etc. Seria muito complicado.

Mas para facilitar o trabalho do músico é que existem as notações musicais, sim, existem outras
notações que não a partitura, por exemplo, a tablatura, a cifra popular etc. No momento não
falaremos destes tipos de notação, mas no decorrer do curso iremos explicar algumas outras
formas de notar a música. Então vamos lá.

Pequena história

Como já vimos nas aulas anteriores, as notas musicais são 12 ao todo, elas estão organizadas de
uma forma que em alguns momentos algumas notas que possuem nomes se alternam com algumas
notas que recebem “apelidos”, a figura abaixo mostra a ordem das notas nas teclas de um piano,
ou acordeão. veja que cinco delas possuem dois nomes.

O conjunto das notas acima é chamado de escala cromática, entretanto historicamente os músicos
preferiram usar grupos de sete notas para compor suas músicas, assim, embora existam 12, de
certa forma, cada música tende a usar apenas 7 para construir a melodia e a harmonia.

O desenvolvimento da música foi marcado, em seu início, pela música vocal e pelo aprendizado
oral, ou seja, as músicas eram cantadas para outras pessoas e estas cantavam para outras e assim
por diante. Esta forma de transmissão de conhecimento musical ainda é comum em músicas
infantis por exemplo, além de outras músicas de manifestações folclóricas etc.

Com o tempo, a música passou por diversas modificações e se tornou cada vez mais complexa e
passou a necessitar de ser transmitida de outras formas, uma vez que a memória já não dava conta
de tantos detalhes que a música passou a receber. Foi então que várias tentativas de notações foram
experimentadas, até que chegamos na partitura. Iremos pular todas as implicações história, já que
este não é um curso de história da música, mas vamos explicar resumidamente o que levou ao
desenvolvimento da partitura e como ela é lida.

Primeiramente, os músicos fixaram uma linha como ponto de referência para representação da
altura. Assim, tudo que fosso colocado sobre a linha seria uma determinada nota e o que fosse
colocado acima ou abaixo seria a nota posterior ou anterior. Veja como seria isto:

Veja que na figura acima vemos como uma linha chamada linha do “dó”, facilitava a leitura de
duas outras notas, o “sí” e o “ré”. Observe que a leitura passou as ser orientada da esquerda para
direita para demonstrar o tempo e de baixo para cima para determinar a ordem da escala musical
utilizada. Mas uma linha passou a ser pouco pois só permitia referenciar 3 notas, foi ai que
acrescentaram mais duas linhas, como na figura abaixo.

Observe a figura e perceba que tem algumas coisas diferentes da anterior, primeiramente a linha
vermelha agora representa a nota “sol”, não mais a nota dó, como na anterior. Isto se deu porque
na Idade Média, que foi onde esta modificação foi implementada, a escala mais utilizada para
criação musical era formada por estas notas que vemos na figura, ou seja, a escala possuía as
seguintes notas: ré, mi, fá, sol, lá, si e dó. Sendo assim, colocando como referencial a nota sol,
poderíamos representar todas as notas necessárias para a criação musical naquele contexto.
Observe também que deixamos a linha vermelha sem indicação em seu início, isto porque de fato,
naquela época ela era escrita em vermelho e as demais em preto e isto era suficiente para dizer qual
era a referência.

Observe ainda que as notas são representadas por losangos, esta figura foi gradualmente
substituída por círculos. Mas adiante falaremos destas figuras, mas antes, vamos explicar que com
o passar do tempo três linhas não foram suficientes para grafar todas as possibilidades musicais
que foram surgindo, foi ai que surgiu a forma final de nossa partitura, onde existem 5 linhas com
a indicação da linha principal por meio de uma figura de referência, esta figura foi necessária para
indicar uma nota de referencia nas 5 linhas. Abaixo vemos dois conjuntos de 5 linhas que são
chamados de pentagrama, cada um possui um símbolo no início chamado de clave (chave em
português), as notas continuam sendo representadas sobre as linhas ou entre elas, ou seja, nos
espaços.
Observe que o pentagrama (conjunto de 5 linhas) de cima, o símbolo chama-se clave de sol, isto
porque ela referencia a nota sol, que no caso seria a segunda linha de baixo para cima, como vemos
na figura. A clave do pentagrama de baixo é chamado de clave de fá, a nota fá seria a segunda linha
de cima para baixo. O pentagrama na clave de sol indicaria as notas mais agudas, enquanto que na
clave de fá indicaria as notas mais graves. Esta configuração permite situar a nota dó entre as duas
claves, este dó é o dó3, veja a última nota da figura, embora possa ser escrita de forma diferentes,
se trata da mesma nota, o dó3. As claves de sol e de fá são as mais utilizadas na atualidade, embora
exista a clave de dó, abaixo veja algumas claves existentes. A segunda figura mostra como o
pentagrama é usado para localizar as notas mais graves ou mais agudas a serem tocadas.

Abaixo você observa as três mais utilizadas para vozes em um coral, embora a clave de dó, possa
ser substituída pela clave de sol ou de fá em determinados momentos. Para entender a figura
abaixo, você deve ter em mente que a nota dó referenciada pela clave de dó, que está no meio fica
realmente equidistante entre as claves de sol e fá, ou seja se iniciamos a contar as notas em fá,
teríamos a seguinte ordem: Fá (na clave de fá), sol, la, si, dó (na clave de dó), re, mi, fa, sol (na
clave de sol)

Para ajudar a entender este sistema, observe as figuras abaixo. A primeira representa os nomes das
claves em inglês, esta é a forma que você encontrará em muitos programas de notação musical. A
segunda mostra como as notas são notadas, iniciando na nota sol1 até a nota sol4, observe a nota
dó3. A terceira figura mostra algumas outras opções de notação de notas, mais agudas ou mais
graves, veja que é usado umas pequenas linhas acima ou abaixo dos pentagramas, estas linhas são
chamadas de linhas suplementares. A quarta figura também demonstra as notas, agora em
diferenças de oitavas entre as claves.
na pauta. As claves de uso mais comuns são: a clave de sol na segunda
linha, a clave de fá na quarta linha, e a clave de dó na terceira e quarta
linhas. Estas possibilidades estão representadas no exemplo a seguir. O
nome das notas em maiúsculas indica a nota da linha sobre a qual a clave
está posicionada.
na pauta. As claves de uso mais comuns são: a clave de sol na segunda
Exemplos de notação nas claves mais comuns:
linha, a clave de fá na quarta linha, e a clave de dó na terceira e quarta
linhas. Estas possibilidades estão representadas no exemplo a seguir. O
nome das notas em maiúsculas indica a nota da linha sobre a qual a clave
está posicionada.

Exemplos de notação nas claves mais comuns:

Quando a nota que queremos representar é mais aguda ou mais


grave do
Quando a nota que queremos representarque permite o pentagrama,
é mais aguda oué possível
mais graveutilizar
dolinhas
que permite o
suplementares. As linhas suplementares funcionam como a continuação do
pentagrama, utilizaremos aspentagrama,
linhas suplementares. As linhas
e são denominadas suplementares
linhas suplementares funcionam
superiorescomo a
ou linhas
continuação do pentagrama, e podem ser superiores ou inferiores quando estão acima ou abaixo
suplementares inferiores quando estão acima ou abaixo do pentagrama,
respectivamente.
do pentagrama, respectivamente. Exemplo de linhas suplementares:
Quando a nota que queremos representar é mais aguda ou mais
Exemplo
grave do que permitedeolinhas suplementares:
pentagrama, é possível utilizar linhas
suplementares. As linhas suplementares funcionam como a continuação do
pentagrama, e são denominadas linhas suplementares superiores ou linhas
suplementares inferiores quando estão acima ou abaixo do pentagrama,
respectivamente.
Para notas muito agudas que exigiriam uso constante de linhas
Exemplo de linhas suplementares:
suplementares, utilizamos o sinal de “8va”, que modifica o registro da nota
Quando temos um trecho onde teríamos
escrita que colocar muitas
como exemplificado abaixo:linhas suplementares e durante certo
tempo, é possível, a depender do instrumento, a mudança da clave, ou utilizar uma linha acima ou
a baixo do trecho com indicação para ser tocado ou cantado uma oitava acima ou abaixo do que
esta escrito. Esta linha é chamada de linha de oitava e pode até ser mais de uma oitava (para duas
Para notas muito agudas que exigiriam uso constante de linhas
oitavas teríamos uma linha de 15ª).
suplementares, Veja abaixo
utilizamos umdeexemplo:
o sinal “8va”, que modifica o registro da nota
escrita como exemplificado abaixo:

4
Bem, ficaremos por aqui neste capítulo, mas para você se aprofundar um pouco nestes símbolos
e começar a ler uma partitura, sugerimos os seguintes links de apoio abaixo. Leia com calma este
material.
Links
https://pt.wikipedia.org/wiki/Clave
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADmbolos_da_nota%C3%A7%C3%A3o_musical_mode
rna

Exemplo de partitura completa. Não se preocupe com os símbolos que ainda não conseguem
entender.

Elementos da Nota 5

Exemplo 1-6

Auto-teste 1-1
(Respostas começam na página 473)
Agora responda as perguntas abaixo
A. Nomeie as alturas nos espaços em branco abaixo, usando o devido registro de oitava.

B. Escreva as alturas indicadas no pentagrama na oitava correta.

A Escala Maior
Neste capı́tulo você aprenderá sobre escalas maiores e menores, as escalas que formam a base da música
A biblioteca de partituras IMSLP.org

Na internet existem muitos sites em que você pode encontrar muitas partituras de diversos estilos
e épocas, mas provavelmente o mais completo portal de partituras da Net seria a biblioteca IMSLP,
que conta com mais de 450 mil partituras para além de diversos outros materiais. Nós daremos
agora umas dicas de como encontrar alguma música que você deseje nesta biblioteca. Abaixo
vemos a página inicial. Na aba Score, voe encontra as possibilidades de pesquisa.

Abaixo, a categoria compositores foi escolhida e depois o compositor Bach, Johann Sebastian.

Por fim, a obra Canon in A minor foi selecionada, logo abaixo vemos as versões da partitura, daí
é só baixar. Boa sorte explorando este site.
Capitulo IV: Organização do tempo na música

A música é uma arte diferente da arquitetura, escultura ou pintura (as chamadas artes plásticas).
Assim, como no teatro, a música se estabelece no tempo, ou seja, a música, para ser apreciada
completamente, precisa ser executada em um determinado tempo. E mais, o tempo passa a ser um
componente da própria música. Quem nunca ouviu uma música e logo pensou, “esta versão está
mais rápida do que a que eu tinha escutado antes”, ou ainda, “esta música é muito rápida (ou muito
lenta) para mim”. Isto prova como o tempo é algo que de certa forma, define a música. Mas como
nós determinamos o tempo em música?

Vamos iniciar entendendo um pouco nossa percepção temporal. O que podemos observar é que
existem dois tipos de percepção do tempo, uma seria objetiva e mensurada, outra seria subjetiva e
maleável. O primeiro tipo é aquele que nos acostumamos com uma medida, ou seja, o tempo em
segundos, minutos, horas etc. O segundo tipo, no entanto, flexibiliza a medida do tempo de acordo
com a experiência, então 10 minutos esperando em uma fila de banco será considerado muito
pouco tempo perdido na fila, mas este mesmo tempo em uma prática de paraquedismo onde você
estará em queda livre provavelmente será sentido como se fosse muito tempo nesta situação.
Então, o tempo pode ser sentido de formas diferentes, mas pode ser também medido. Na música
temos a indicação dos dois tipos de tempos, por exemplo para uma música rápida poderíamos
indicar com a palavra “Vivo”, ou para uma música mais lenta poderíamos indicar com a palavra
“adágio”. Perceba que esta última está em Italiano e significaria em nosso contexto um tempo
suave, vagaroso ou imponente.

As indicações acima seriam uma forma subjetiva de indicar o tempo da música. Existem vários
termos que são utilizados para isto. Outra forma de indicarmos o tempo na música seria definirmos
um pulso e relacionarmos com o tempo de relógio, esta forma seria objetiva. Então a indicação
poderia ser que um minuto teríamos, por exemplo, 60 pulsos. Neste caso o pulso corresponderia
ao segundo, já que em um minuto teríamos 60 segundos. Mas poderíamos indicar também que em
um minuto executaríamos 90 pulsos (ou batidas), daí, agora, o pulso seria mais rápido do que o
segundo, e assim por diante. Esta forma de pensar o tempo, de forma mais objetiva, deu origem a
um equipamento chamado de metrônomo, para auxiliar a medir o tempo da música. O pulso, ou
batida é um conceito muito importante nos dias de hoje, e é referência para a compreensão de
como nós notamos o tempo em música. A indicação do tempo em música chama-se andamento.
Abaixo vemos alguns.
Andamento bpm Definição

Larghissimo 19
Extremamente lento
para baixo

Grave 20-40 lento e solene

Lento 40-45 lentamente

Largo 45-50 amplamente

Larghetto 50-55 Mais amplo que o Largo

Adagio 55-65 Suave, vagaroso e Imponente


Adagietto 65-69 Vagarosamente, pouco mais rápido que Adagio

Andantino 78-83 pouco mais lento que o Andante,

Marcia Moderato 83-85 moderamente, á maneira de uma marcha

Andante 75-107 Em ritmo do andar humano, agradável e compassado

Andante Moderato 90-100 Entre o andante e o moderato

Moderato 108-112 Moderadamente (nem rápido, nem lento)

Allegro Moderato 112-115 moderamente rápido

Allegretto 116-119 Não tão ligeiro como o Allegro; também chamado de Allegro ma non troppo

Allegro 120-139 Ligeiro e alegre

Vivace 140-159 Rápido e vivo

Vivacissimo 160-169 Mais rápido e vivo que o Vivace; também chamado de molto vivace

Alegricissimo 168-177 Rápido e animado

Presto 180-200 extremamente rápido

Prestissimo 200 ou mais Muito rapidamente, com toda a velocidade e presteza


Obs.: bpm é batidas por minuto

Figuras rítmicas

Bem, sabendo que o tempo


2 – FIGURAS em música
RÍTMICAS, FÓRMULApode ser medido por meio dos pulsos ou batidas, agora
DE COMPASSO

nos resta entender como as batidas podem ser escritas em uma notação musical. As figuras rítmicas
indicam a duração proporcional dosindicam
As figuras rítmicas sons easilêncios. O exemplo
duração proporcional abaixo
dos sons e mostra as seis figuras mais
silêncios. O exemplo abaixo mostra as seis figuras mais utilizadas e suas
utilizadas e suasrespectivas
respectivas proporções.
proporções. A relaçãoA relação
entre entreconsecutiva
cada figura cada figura consecutiva é de dobro ou
é de dobro
ou metade da duração, sendo que cada figura possui a metade da duração
metade da duração, sendo que cada figura
da figura representada acima dela.
possui a metade da duração da figura representada acima
dela, veja como fica:

No caso deste exemplo, a soma das duração das figuras em cada


linha é idêntica, pois uma semibreve equivale a duas mínimas, cada uma
No geral, costumamos usar até a semicolcheia, embora as fusas podem ser vistas em algumas
delas durando o mesmo que duas semínimas, de modo que uma semibreve
músicas também. Na figura vemos que uma semibreve valeria o tempo de duas mínimas, e esta
dura o mesmo que quatro semínimas e assim por diante. A tabela na página
seguinte demonstra quais são as figuras de pausas (duração do silêncio)
valeria o tempo de duas semínimas, e assim por diante. Cada figura acima ainda pode ser indicada
equivalentes a cada figura rítmica.

por um número queTradicionalmente,


foi convencionado
a música eé medida
também pode
através ser representado
de intervalos regulares por uma figura que
de tempo (pulsos) que são agrupados em ciclos de mesma duração. Estes
indicaria uma pausa (silêncio) de igual valor no tempo. Vejamos abaixo:
grupos se chamam compassos, e os pulsos são chamados de tempos.

Colocamos no início da pauta uma fração para indicar quantos


tempos formam cada compasso, e para indicar qual figura rítmica
representa um tempo. Esta fração é chamada de fórmula de compasso. O
denominador da fração demonstra qual figura equivale a um tempo,
enquanto o numerador indica a quantidade de tempos por compasso. A
tabela abaixo demonstra qual é o denominador equivalente a cada figura
rítmica.
O denominador, na verdade, representa a fração da semibreve
equivalente à figura do tempo. Desta forma, um compasso de numerador 2
e denominador 4 contém dois tempos por compasso e cada semínima
equivale a um tempo (diz-se então que neste caso a semínima é a unidade
de tempo), como por exemplo:

O denominador, na verdade, representa a fração da semibreve


As figuras são então combinadasequivalente
para se obter as do
à figura variedades
tempo. Destarítmicas dacompasso
forma, um música, de seja com sons
numerador 2 ou
e denominador 4 contém dois tempos por compasso e cada semínima
com silêncios. Neste exemplo,
equivale vemos que as(diz-se
a um tempo duas primeiras
então quenotas (dó
neste e sol)
caso sendo
a semínima é a unidade
semínimas, ocupam inteiramente
de tempo), o exemplo:
como por primeiro compasso. Uma barra de
compasso é colocada para indicar o fim do mesmo. Todos os compassos
Compassos (estrutura métrica da música)
neste caso precisam conter dois tempos, mas isso não significa
necessariamente duas semínimas. Por exemplo, o segundo compasso
contém duas colcheias (durando meio tempo cada) e uma semínima,
Você já deve ter observado uma partitura e visto que estas figuras se organizam em espaços entre
Neste exemplo,
completando dois tempos. Da mesmavemos
formaque as duas
o terceiro primeirasé notas (dó e sol) sendo
compasso
composto por semínimas,
uma semínimaocupam
e umainteiramente o primeiro
pausa de semínima e ocompasso.
quarto Uma barra de
duas barras. Estes espaços são chamados de compasso, vejamos um exemplo de partitura abaixo:
compasso
compasso é composto é colocada
por uma únicapara indicar
mínima queodura
fim do
os mesmo. Todos os compassos
dois tempos.
neste caso precisam conter dois tempos, mas isso não significa
Eis um exemplo de compasso
necessariamente duas3/2:
semínimas. Por exemplo, o segundo compasso
contém duas colcheias (durando meio tempo cada) e uma semínima,
completando dois tempos. Da mesma forma o terceiro compasso é
composto por uma semínima e uma pausa de semínima e o quarto
Barra de compasso
compasso
Neste caso, é composto
a mínima por de
é a unidade uma única(denominador
tempo mínima que dura
2), e os dois tempos.
cada
compasso contém 3 tempos (numerador 3), que podem ser compostos por
Podemos ver os compassos, umadebarra Eis um exemplo de
aocompasso 3/2:
combinações figurasmais grossa
de valores finalcomo
diferentes, chamada de barra
a semibreve (dois final, as figuras que
tempos), a semínima (meio tempo) ou a colcheia (quarto de tempo).
se organizam ao longo dos compassos e um número no inicio da pauta, logo depois da clave. Este
número chama-se fórmula de compasso e indica como os compassos devem ser preenchidos com
Neste caso, a mínima é a unidade de tempo (denominador 2), e cada
as figuras de tempo. Assim, o número de cima representa
6
a quantidade de tempos do compasso,
compasso contém 3 tempos (numerador 3), que podem ser compostos por
ou seja, com quantos tempos, ou batidas de
combinações (pulsos)
figuras deovalores
compasso serácomo
diferentes, preenchido.
a semibreve Existem
(dois três
tempos), a semínima (meio tempo) ou a colcheia (quarto de tempo).
formas mais comuns de preencher o compasso, com dois pulsos, com três, ou com quatro pulsos.
Quando colocamos o número 2 na posição de cima estamos informando que o compasso deve
conter dois tempos e é chamado de compasso binário. Quando 6
colocamos 3, teremos um
compasso ternário que será preenchido por três tempos. Se colocamos 4, teremos um compasso
quaternário que será preenchido por quatro tempos. No exemplo de cima temos um compasso
ternário. O número de baixo indica qual figura deverá ter o tempo do pulso, ou seja, qual é a
unidade de tempo do compasso, ou que figura será a unidade de tempo. Este número serão os
mesmos já mostrados acima. No caso do exemplo acima, o 2 como número em baixo da fórmula
de compasso indica a mínima como figura padrão de preenchimento do compasso. Duas fórmulas
de compasso são especiais por serem muito utilizados. A fórmula de compasso 4/4, que pode ser
abreviada com o símbolo “C”, e o compasso 2/2 (também chamado de “alla breve”) que pode ser
indicado por “₵”.

Para além das fórmulas de compassos já mencionadas que são chamadas de compassos simples,
ainda existem os compassos compostos e os alternados ou mistos, que serão vistos mais adiante
no nosso curso. Abaixo um quadro completo dos compassos apenas para ir adiantando um pouco,
mas não precisa esquentar a cabeça por enquanto.

4 –– LIGADURA,
4 LIGADURA, PONTO
PONTO DE
DE AUMENTO
AUMENTO
Variações nas figuras rítmicas

Quando se
Ligaduras, pontospode-se
de aumento
Quando e se
utilizar a
deseja representar
dea deseja representar valores
diminuição
ligadura. AA ligadura
ligadura é
valores mais
é uma
mais longos
uma linha
longos ou
linha curva
ou fracionados,
curva que
fracionados,
que conecta
conecta notas
notas
pode-se utilizar ligadura.
Quando queremos entender
consecutivas
consecutivas e deos
e de valores
mesma
mesma daseefiguras
altura
altura indica que
indica de aaritmo,
que podemos
altura deverá
altura deverá soarutilizar
soar pela
pela as ligaduras, que
duração
conectaria duasduração
ou maisresultante da soma
notas somando-se
resultante de todas as
os valores
da soma de todas figuras conectadas.
de tempo
as figuras Por exemplo:
das figuras
conectadas. ligadas. Por exemplo:
Por exemplo:

O ponto de aumentoNoNorealiza
caso uma ação
caso particular
particular parecida
onde
onde comtotal
a duração
a duração a ligadura
total quando
representa
representa estamosde
um aumento
um aumento defalando do tempo
50%
da nota, mas neste na
50% na duração
caso de uma
ele aumentaria
duração determinada nota,
o temponota,
de uma determinada pode-se
em pode-se usar
metadeusar um
do um ponto
valor de
da de
ponto figura pontuada. Caso
aumento. A
aumento. A função
função do
do ponto
ponto de
de aumento
aumento é é fazer
fazer com
com que
que aa duração
duração dada nota
nota
hajam dois pontos
tenhao
tenha um
um
resultado
acréscimo
acréscimo
seria como se
equivalente
equivalente à
ligasse da
à metade
metade a uma
da figura
duração
duração
de metade
original.
original. Por
Por
do valor e depois a
uma figura de exemplo:
um quarto de valor. Veja abaixo:
exemplo:

Outra forma de alterar a duração


Observe
Observe no da figura
no exemplo
exemplo seria ode
a ocorrência
a ocorrência ponto
de notas de
notas quediminuição
que ou staccato. O staccato
estão duplamente
estão duplamente
pontuadas. Nestes casos, o segundo ponto tem a função de acrescentar a
não altera apenas a duração
pontuadas. da casos,
Nestes nota, omas a forma
segundo pontodetemexecução
a funçãotambém fazendo
de acrescentar a com que a nota
metade da duração que o ponto precedente aumentou. Para ilustrar,
metade da duração que o ponto precedente aumentou. Para ilustrar, em um em um
fique um pouco acentuada.
compasso
compasso 4/4, A
4/4,
redução normalmente
a semínima
a semínima do tempo davale
normalmente figura
vale umnão
um
é exata
tempo.
tempo. Uma como
Uma
as anteriores, mas no
semínima
semínima
geral espera-seduplamente
uma nota com
duplamente metade
pontuada,
pontuada, como
como doaparece
valor. Ver
aparece no abaixo:
quarto
no quarto exemplo acima, recebe
exemplo acima, recebe um um
aumento de
aumento de meio
meio tempo
tempo do
do primeiro
primeiro ponto
ponto mais
mais um
um acréscimo
acréscimo de
de um
um
quarto de tempo do segundo ponto.
quarto de tempo do segundo ponto.

Como falamos, o staccato não altera apenas a duração. Este tipo de símbolo indica uma articulação,
ou seja, uma maneira especial de tocar ou cantar uma nota. As articulações serão abordadas mais
adiante.
estar corretos porque a identificação da métrica é uma questão de interpretação mais do que de certo ou
errado.
Nós utilizamos o termo hipermétrica para nos referir a um grupo regular de compassos que é análogo
à métrica. Cante “Terezinha de Jesus”, que é em métrica ternária, e perceba como os compassos formam
grupos de quatro, criando uma hipermétrica quaternária.

Auto-teste 2-1
Agora vamos
(Respostas responder
começam na páginaas perguntas abaixo:
475)

A. Escreva quantas notas ou pausas de menor valor seriam necessárias para igualar a duração maior.

B. Cante em voz alta cada uma das canções listadas abaixo. Em seguida identifique o tipo de métrica
de cada uma, utilizando os termos binária, ternária ou quaternária.6

1. “Bate o sino”
2. “Parabéns prá você”
3. “Luar do sertão”
4. “Gloria, gloria aleleuia”
5. “Atirei o pau no gato”

4 N.T. No original em inglês o autor utilizou as músicas Amazing Grace e Scarborough Fair
5 N.T. Para este exemplo o autor utilizou a canção Take Me Out to the Ball Game.
1. Quantas semicolcheias são necessárias para se somar e ter a mesma duração que uma mínima?
6 N.T. As músicas utilizadas pelo autor foram: “Silent night”, “Jingle Bells”, “America the beautifull”, “Seventy-six

2. Dois pontos numa semínima adicionam quais durações à ela?


trombones” e “Home on the range”.

3. Traduzido
Qual o termo que
por Hugo se refere
Ribeiro, ao nu
UFS/UnB ́mero de tempos enum
(hugoleo75@gmail.com) compasso?
Jamary Oliveira, UFBA (jamary@ufba.br)
4. Qual o termo que se refere `a forma na qual o tempo se divide?
3 – TOM E SEMITOM, ACIDENTES

Capítulo V: Distâncias entre as notas


Duas notas3musicais consecutivas
– TOM E SEMITOM, ACIDENTESnão possuem sempre a mesma
relação de altura entre si. A diferença de altura de algumas notas em
TOM, SEMITOM
relação às suas notasevizinhas
ACIDENTES é menor do que a de outras. Se observarmos
um teclado de piano, notaremosmusicais
Duas notas que algumas teclasnão
consecutivas brancas
possuem possuem
sempre a uma
mesma
tecla relação de altura entre si. A diferença de altura de algumas notas em
Comopreta entre
vimos, elas
um eteclado
emrelação outras denão. Um dos
piano,
às suas notas vizinhas
pares de
notamos teclas
queque
é menor do algumasbrancas que
teclas
a de outras.
não possuem uma tecla
brancas
Se observarmos
possuem outra tecla entre elas é aquele composto pelas notas mi e fá. As
preta entre elas eum
notas do outro par
outras
teclado
sãopreta
não. Um dos
de piano,
si e entre
pares que
notaremos de algumas
teclas brancas que não
teclas brancas possuem
possuem uma outra tecla entre
dó. elas e outras não. Um dos pares de teclas brancas que não
tecla
elas é aquele composto
possuempelas
outra notas mi eelas
tecla entre fá. éAs notas
aquele do outro
composto par
pelas sãomisieefá.dó.
notas As
A distâncianotas
(em dotermos de são
outro par diferença
si e dó. entre freqüências das alturas)
A distância (em termos de diferença entre frequências das alturas) entre as notas de cada um destes
entre as notas de cada um destes pares (mi/fá e si/dó) é chamada de
pares (mi/fá
semitom. Em eumsi/dó) éA distância
teclado chamada
de piano,de semitom.
semitomEm
(em termos
um
de diferençaum teclado
entre
é a menor de piano,
freqüências
distância entre um semitom é a menor
das alturas)
entre as notas de cada um destes pares (mi/fá e si/dó) é chamada de
distância
duas entre
teclas. Se duas
existeteclas.
uma
semitom. Seumexiste
Emtecla entre
tecladouma
duas
de tecla entre
teclas
piano, um duaséteclas
quaisquer,
semitom quaisquer,
então
a menor a
distância então a distância entre
entre
distância entre estas duas notas é chamada de tom, donde se conclui
estas duas notas é chamada de tom, donde se conclui que um tom equivale a dois semitons.
duas teclas. Se existe uma tecla entre duas teclas quaisquer, que
então a
um tom equivale distância entre estas duas notas é chamada de tom, donde se conclui que
a dois semitons.
Na coleção das notas musicais
um tom equivale(ou escala)
a dois a distância entre cada nota e sua nota vizinha se distribui
semitons.
Na coleção das
da seguinte forma: T=tom notas musicais,
ou S=semitom. portanto, a distância entre cada nota
Na coleção das notas musicais, portanto, a distância entre cada nota
e sua nota vizinhae sua
se distribui dase
nota vizinha seguinte forma
distribui da (T=tom,
seguinte forma S=semitom):
(T=tom, S=semitom):

Se a distância entre dó e ré, por exemplo, é de um tom, isso significa


que existe
Se a distância
Se a distância e ré,outra
entre dóentre pore altura
dó musical
exemplo,
ré, por entre elas.
é de
exemplo, deTais
umétom, alturas
isso
um podem
significa
tom, isso ser descritas
que existe outra
significa altura musical
através de acidentes, conforme a lista abaixo:
que
entreexiste outraalturas
elas. Tais altura podem
musicalser
entre elas. Tais
descritas alturas
através podem serconforme
de acidentes, descritas a lista abaixo:
através de acidentes, conforme a lista abaixo:

Os semitons podem ser classificados como cromáticos ou diatônicos.


Para tanto, apenas verifique se o nome das notas é o mesmo ou não. Se o
semitom é formado por duas notas com mesmo nome, o chamamos de
semitom cromático. Se o semitom ocorre entre duas notas de nomes
Os semitons podem ser classificados como cromáticos ou diatônicos.
diferentes, então se trata de um semitom diatônico. O exemplo abaixo
Os semitons
Para podem
tanto, apenas serdiferentes
classificados
verifique
mostra se oformas
nome como
das
de
cromáticos
notas
semitons:
ou diatônicos.
é o mesmo Para
ou não. Se o tanto,
e simplificando,
apenas verifique
semitom se opor
é formado nome
duasdas notas
notas comé omesmo
mesmonome,
ou não. Se o semitom
o chamamos de é formado por duas notas
semitom cromático. Se o semitom ocorre entre duas notas de nomes
com mesmo nome, o chamamos de semitom cromático. Se o semitom ocorre entre duas notas de
diferentes, então se trata de um semitom diatônico. O exemplo abaixo
nomes diferentes, então se trata de um semitom diatônico. O exemplo abaixo mostra diferentes
mostra diferentes formas de semitons:
formas de semitons:
8

Observe o quarto e quinto casos do exemplo acima. Em ambos os


Duas notas quea possuem
casos, segunda onota
mesmo som, ou
se refere seja, sãotecla
à mesma tocados na mesma
do piano. tecla
Duas do piano
notas que (exemplo
dó e si possuem
sustenido),oemesmo
estão escritas de maneira
som (neste caso,diferente, são chamadas
dó e si sustenido), de estão
mas notas enarmônicas.
escritas
de maneira diferente, são chamadas de notas enarmônicas.
5 – INTERVALOS

5 – INTERVALOS
Um intervalo é a distância (no sentido de diferença de freqüência)
entre duas alturas. Na música ocidental tradicional, o semitom é o menor
intervalo entre duas notas diferentes. A nomenclatura utilizada para avaliar
INTERVALOSUm intervalo oétamanho a distância
de um (nodeterminado
sentido deintervalo
diferença deduas
entre freqüência)
notas provém da
Um intervalo é a distância (no sentido de diferença de frequência) entre éduas
entre duas alturas. Na música
posição ocidental
relativa da tradicional,
segunda em o
relaçãosemitom
à primeira o série
na menor das notas
alturas. Na música
intervalo entre duasmusicais.
notas diferentes. A nomenclatura
O exemplo abaixo utilizadasimples,
mostra os intervalos para avaliar
a partir da nota
ocidental tradicional,
o tamanho de o semitomdó. é o menor
um determinado intervalo
intervalo entreduas
entre duasnotas
notasprovém
diferentes.
da A nomenclatura
utilizada para avaliar
posição o tamanho
relativa de um em
da segunda determinado
relação à intervalo entre
primeira na duas
série notas
das provém da posição
notas
relativa da segunda em relação à primeira na série das notas musicais (escala). Onota
musicais. O exemplo abaixo mostra os intervalos simples, a partir da exemplo abaixo
dó.
mostra os intervalos simples, a partir da nota dó.

Além da nomenclatura que define o tamanho do intervalo, existe


também uma classificação quanto à sua qualidade. Os intervalos podem ser
justos, maiores, menores, aumentados ou diminutos. O que define a
qualidade de um determinado intervalo é o numero de semitons entre suas
Além da nomenclatura que define o tamanho do intervalo, existe também uma classificação quanto
notas.
Além da nomenclatura que define o tamanho do intervalo, existe
à sua qualidade.
também Osuma
intervalos podemquanto
classificação ser justos,
à suamaiores,
qualidade. menores, aumentados ouserdiminutos. O
Por exemplo, se existem cinco Os intervalos
semitons entre podem
um intervalo de quarta,
que definejustos,
a qualidade de um
maiores, determinado
menores,
dizemos que se intervalo
aumentados é oquarta
ouuma
trata de numero
diminutos. Ode
justa.quesemitons
Um define aentre
quinta com suas
sete notas.é
semitons
qualidade de um determinado
uma quinta intervalo
justa. A é
oitava o numero
com doze de semitons
Por exemplo, se existem cinco semitons entre um intervalo de quarta, dizemos que se trataassim
semitons é um entre suas
intervalo justo, de uma
notas. como o uníssono com zero semitons (ou seja, a mesma nota).
quarta justa. Uma quinta com sete semitons é uma quinta justa. A oitava com doze semitons é um
Por exemplo, se Os intervalos
existem cinco justos formam
semitons o que
entre um chamamos
intervalo dede consonâncias
quarta,
intervalo justo, assim como operfeitas.
uníssono com
Quando
zero
um
semitons
destes
(ou
intervalos
seja, a mesma
possui um
nota).
semitom a mais do que o
dizemos que se trata de uma quarta justa. Um quinta com sete semitons é
Os intervalos justos formam o que
tamanho chamamos
justo, chamamos de consonâncias perfeitas.
o intervalo de aumentado.
uma quinta justa. A oitava com doze semitons é um intervalo justo, assim
SeQuando
houver umum destes
semitom a menos, o chamamos de diminuto.
intervaloscomo
possui um semitom
o uníssono a mais
com zero do que
semitons (ou o tamanho
seja, a mesma justo, chamamos o intervalo de
nota).
aumentado. Se houver um semitom A atabela
Os intervalosqualidade
menos,
justos formam
o chamamos
abaixo demonstra a derelação
diminuto.
o que chamamos de consonâncias
entre o número de semitons e a
dos intervalos.
A tabela abaixo demonstra
perfeitas. Quandoaum relação
destesentre o número
intervalos de semitons
possui um semitom e a qualidade
a mais dodos queintervalos.
o
tamanho justo, chamamos o intervalo de aumentado. Se houver um
semitom a menos, o chamamos de diminuto.
Diminuto Justo Aumentado
Uníssono - 0 1
A tabela abaixo demonstra a
Quarta 4 relação5 entre o número
6 de semitons e a
qualidade dos intervalos.
Quinta 6 7 8
Oitava 11 12 13

No exemplo
Diminuto osJusto abaixo, utilizamos os numerais para indicar o tamanho do
Aumentado
No exemplo abaixo, utilizamos numerais para indicar o tamanho do intervalo, e as letras “J”,
Uníssono - intervalo,
0 e as letras1“J”, “A” e “d” para indicar intervalos justos,
“A” e “d”Quarta
para indicar intervalos justos,
4 aumentados
5 aumentados
e diminutos,
6 e diminutos, respectivamente:
respectivamente:
Quinta 6 7 8
Oitava 11 12 13
11

No exemplo abaixo, utilizamos os numerais para indicar o tamanho do


intervalo, e as letras “J”, “A” e “d” para indicar intervalos justos,
aumentados e diminutos,
Os intervalos respectivamente:
de segunda, terça, sexta e sétima não podem ser
Os intervalosclassificados
de segunda,como terça, sexta
justos, e
poissétima
não sãonãoconsonâncias
podem ser classificados como justos, pois não
perfeitas. Ao invés
Os intervalos de segunda, terça, sexta e sétima não podem ser
disto, eles recebem
são consonâncias perfeitas. a denominação
Ao invés disto, de
eles maiores
recebem ou menores, dependendo do ou menores,
classificados como justos, pois não são a denominação
consonâncias de maiores
perfeitas. Ao invés
número dedisto,
semitons. Assim como com11os intervalos justos, o excesso ou
dependendofalta
do número de eles
de semitons
recebem
semitons. a denominação
Assim comdeos
comomaior/menormaiores ou menores,
intervalos justos, dependendo
o excesso do
o ouou falta de
númeroem relação
de semitons. aoAssim
estado também
como com os intervalos transforma
justos, o excesso
semitons emintervalo
relação em
ao estado
aumentado
falta maior/menor
de semitonsouemdiminuto, também
relação transforma
respectivamente.
ao estado Ao
maior/menor intervalo
tabela em aumentado
a seguir
também transforma o ou
indica o número
diminuto, respectivamente. de semitons
A tabela
intervalo para
a seguir ou
em aumentado cada
indica estado destes
o número
diminuto, intervalos:
de semitonsA para
respectivamente. tabelacada estado destes
a seguir
indica o número de semitons para cada estado destes intervalos:
intervalos:
Diminuta Menor Maior Aumentada
Segunda 0 1
Diminuta 2
Menor 3
Maior Aumentada
Terça 2
Segunda 0 3 1 4 25 3
Sexta Terça
7 2 8 3 9 4 10 5
Sétima Sexta
9 7 10 8 11 9 12 10
Sétima 9 10 11 12

No exemplo abaixo, utilizamos os numerais para indicar o tamanho do


No exemplo abaixo, utilizamos os numerais para indicar o tamanho do
intervalo, e as letras “M” e “m” para indicar intervalos maiores ou menores,
intervalo, e as letras “M” e “m” para indicar intervalos maiores ou menores,
respectivamente:
respectivamente:
Diminuta Menor Maior Aumentada
Segunda 0 1 2 3
Terça 2 3 4 5
Sexta 7 8 9 10
Sétima 9 10 11 12

No exemplo abaixo, utilizamos os numerais para indicar o tamanho do


No exemplo abaixo,eutilizamos
intervalo, as letras “M” e “m” para
os numerais indicar
para intervalos
indicar maiores
o tamanho ou menores,
do intervalo, e as letras “M”
respectivamente:
e “m” para indicar intervalos maiores ou menores, respectivamente:

Os intervalos de terça e sexta, maiores e menores, são classificados como consonâncias


Os intervalos de terça e sexta, maiores e menores, são classificados como
imperfeitas. Os intervalos que não são considerados consonâncias, recebem a classificação de
consonâncias imperfeitas. Os intervalos que não são considerados
dissonâncias.
consonâncias, recebem a classificação de dissonâncias.
Intervalos podem ser harmônicos ou melódicos. Intervalos harmônicos são aquele cujas notas
Intervalos podem ser harmônicos ou melódicos. Intervalos
soam simultaneamente. Intervalos melódicos consistem em duas notas executadas sucessivamente,
harmônicos são aquele cujas notas soam simultaneamente. Intervalos
e podem ser classificados
melódicos comoem
consistem ascendentes
duas notasou descendentes
executadas quando a segunda
sucessivamente, e podemnota for mais
ser classificados
aguda ou mais grave do quecomo ascendentes
a primeira, ou descendentes quando a segunda
respectivamente.
nota for mais aguda ou mais grave do que a primeira, respectivamente.
Por fim, intervalos podem ser simples (quando estão contidos na extensão de uma oitava) ou
compostos (quando ultrapassam
Por fim, uma
intervalos oitava).
podem ser Para fins(quando
simples de classificação, os intervalos
estão contidos na compostos
extensão de uma oitava) ou compostos (quando ultrapassam uma
podem ser simplificados: por exemplo, uma nona se comporta como uma oitava mais uma oitava).
Para fins de classificação, os intervalos compostos podem ser simplificados:
segunda; uma décima segunda se comporta como uma oitava mais uma quinta, e assim por diante.
por exemplo, uma nona se comporta como uma oitava mais uma segunda;
uma décima segunda se comporta como uma oitava mais uma quinta, e
assim por diante.
O exemplo abaixo ilustra estas classificações:

12

Note que falamos sobre consonância e dissonância no parágrafo acima, mas o que exatamente
seria isto? Bem, primeiro tenha em mente que a música se desenvolveu com base em duas áreas, a
primeira seria um conhecimento empírico, onde as sensações das notas podiam informar algo para
o ouvinte, e segunda, foi que desde o início a música teve uma estreita relação com a matemática
(iniciando em Pitagoras1, provavelmente). Esta relação, que data da antiga Grécia, determinou
algumas relações numéricas entre as notas. Você vai notar que ao longo do curso serão
apresentados vários elementos que lembram a matemática, como fórmulas, estruturas numéricas
etc.
A consonância e a dissonância são sensações que duas notas causam quando são tocadas juntas.
Quando esta sensação é mais ou menos agradável ou “harmoniosa” diz-se que seria uma
consonância, quando a sensação é conflituosa, diz-se que seria uma dissonância. A consonância
também pode dar a sensação de repouso e a dissonância de tensão. Entretanto estas categorias não

1Pesquise sobre isto na internet, você vai encontrar diversos materiais. Link sugerido para iniciar:
http://www.descomplicandoamusica.com/matematica-na-musica/ e
https://tvescola.org.br/tve/video/matematicanamusica. Pesquise no www.youtube.com por mais conteúdos sobre
o assunto. Exemplo: https://www.youtube.com/watch?v=ETPzsN-vgE8
são tão fáceis de se sentir assim, por exemplo, a nota dó tocada junto com a nota ré causa uma
sensação tensa, ou seja, dissonante, mas se estas mesmas notas forem tocadas em oitavas mais
distantes, elas acabam não criando uma sensação tão tensa assim. Escute o áudio X.

Historicamente os intervalos de 5ª justa, 4ª justa (a partir de certo período), 8ª justa e uníssono, são
considerados consonâncias perfeitas, as 3ªs e 6ªs consonâncias imperfeitas e as 2ªs, 7ªs, aumentados
e diminutos considerados dissonâncias. Para Schoemberg (grande compositor e pedagogo do
inicio do século XX), existiria um fluxo de transição entre as consonâncias e dissonâncias o que
será melhor explicado na disciplina de Harmonia.

Para nos aprofundarmos sugiro os links abaixo, que são de sites que você poderá conhecer um
pouco mais sobre o assunto estudado neste texto. Alguns estão em inglês, mas podem ser
explorados de forma intuitiva. Estude cada um deles para que seu conhecimento se consolide.

https://www.lightnote.co/
http://readsheetmusic.info/readingmusic.shtml
https://www.musictheory.net/
http://canone.com.br/
https://www.teoria.com/

Abaixo sugerimos alguns aplicativos para você exercitar o que aprendeu, em especial o primeiro
link
https://www.earmaster.com/downloads/trial-versions.html
APP Android Functional Ear Trainer
Aplicativo Musescore
Aplicativo Solfege-GNU
Site: https://tonedear.com/
Aplicativo Functional Ear Trainer Advanced
APP Android Percepção Musical
APP Android Ouvido Perfeito-Treine Ouvido

Agora vamos praticar um pouco respondendo as perguntas abaixo


1 – Quantos tons e semitons há entre as notas: dó3 e mi4, qual o intervalo?
2 – A partir da nota sol#4 diga qual nota forma os intervalos ascendentes de 4J, 6ªm e 9M, e quais
notas formam os mesmos intervalos quando colocados descendentemente. Identifique a oitava se
for o caso.

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