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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

Curso de Educação de Infância

Rameca Samora Baloi

Composição Musical

BEIRA

2023
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1. Introdução:

O presente trabalho visa debruçar sobre a composição musical tendo em vista que a
composição musical é uma categoria da musicologia e da estética musical que caracteriza o
sujeito personificação da música na forma de uma obra musical concluída, em contraste com a
variabilidade da arte popular e a improvisação de alguns tipos de música.E o termo
"composição" é agora amplamente utilizado em vários campos da atividade humana: nas artes
visuais (escultura e gráficos) e literatura (arranjo motivado dos componentes da obra),
construção (materiais compósitos), Na arte, esse termo é frequentemente identificado tanto com
o enredo quanto com o sistema de imagens e com a estrutura de uma obra de arte.

2. OBJETIVOS

2.1.Objetivo Geral:

Compreender o surgimento da composição Musical;

2.2. Objetivos específicos:

Identificar os elementos da composição musical;j

Representar graficamente o ritmo;


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2.3. Composição Musical

A composição musical é um processo fundamental na produção musical de todas as


culturas, já que para que se possa escutar e estudar música, obviamentedeve haver um processo
inicial de criação.(François Delalande, 2003, p.9).

A composição como um todo musical e artístico é estável. Supera a fluidez contínua do


tempo, estabelece a unicidade sempre igualmente reproduzível dos principais componentes da
música - altitude, ritmo, localização do material, etc. Graças à estabilidade da composição, é
possível reproduzir o som da música em quaisquer intervalos arbitrariamente longos após sua
criação. Ao mesmo tempo, a composição é sempre projetada para certas condições de atuação.
Comparada às formas folclóricas aplicadas (canções, danças) e ações (rituais, religiosas,
cotidianas), diretamente incluídas no processo da vida, a composição é mais uma obra de arte.

Desde os tempos antigos, a ideia de um todo musical composicionalmente unificado foi


associada a uma base textual (ou dançante). O conceito latino de composição foi historicamente
precedido pelo antigo conceito de melopeia. Verbo componere e seus derivados (incluindo
compositor) são encontrados em muitos tratados medievais, começando com Hukbald de Santo
Amansky e sua escola (séculos IX-X). No século XI, Guido Aretinsky, em seu Micrólogo (c.),
Composição compreendida (componenda) principalmente como a composição habilidosa do
coral. John de Groceio ("On Music", aprox.) Referiu esse conceito à música polifônica ("musica
composita", isto é, música complexa e composta) e usou a palavra "compositor". Durante o
Renascimento, John Tinctoris ("Determinante dos termos musicais") destacou o momento
criativo no último mandato (o compositor - "que escreveu um novo canto"); em O Livro da Arte
do Contraponto. Ele distinguiu claramente o contraponto notado - "res facta" (equivalente a
"cantus compositus" no "Determinante") e improvisado ("super librum cantare", cartas. cantar
sobre o livro).

O estudo novos métodos de composição na música da segunda metade do século XX -


início dos séculos XXI, nos últimos 15 anos, tornou-se uma disciplina científica e educacional
independente - teoria da composição moderna, que inclui o estudo de novos métodos de
composição e fenômenos musicais como uma peça musical é o resultado do ato criativo de um
compositor.

A composição musical ou peça musical é uma peça original de música feita para repetidas
execuções (em oposição à música de improvisação, em que cada performance é única). A música
pode ser preservada na memória ou através de um sistema de escrita e/ou notação. As
composições podem ser feitas para a voz humana, geralmente contendo letras, assim como para
instrumentos musicais. Ou seja, Ela deve ser original e registrada no nome das pessoas que a
compuseram, para que elas possam ter os direitos autorais sobre a mesma. Além disso, ela é feita
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para repetidas execuções, não muda e não é reproduzida apenas uma vez como as músicas de
improviso.

A Composição musical pode também significar o processo pelo qual uma peça se origina e
a disciplina acadêmica que estuda seus métodos e técnicas. Quem executa este trabalho é
chamado de compositor. Ao realizar a composição, ele deve ter conhecimento da teoria musical e
das características do gênero musical para o qual a música está sendo composta. Essa escolha
determina, entre outras coisas, o ritmo, a instrumentação utilizada e a duração da
composição.Uma das etapas importantes do processo de composição é a realização do arranjo
musical, ou seja, a divisão da música em partes a serem executadas por cada um dos
instrumentos e vozes. Muitas vezes, é o próprio compositor que executa esse arranjo.
Compositores de música clássica, por exemplo, são responsáveis por todas as etapas da
composição, arranjo e, em muitos casos, pela primeira execução das suas composições. Em
outros casos, o arranjo é realizado por um músico especializado, o arranjador.

Quando um sistema de notação não é utilizado, a composição é transmitida por repetição e


memorização. Esse é o método usado na maior parte das canções tradicionais, como, por
exemplo, canções folclóricas, músicas indígenas e cantigas de roda. Embora, muitas vezes, o
compositor dessas canções não seja conhecido, elas são, ainda assim, composições musicais, e é
possível transcrevê-las e preservá-las em partituras[8]. Esse é um dos trabalhos da etnografia.
Vale observar que uma composição musical pode, e é, com grande frequência, registrada e
transmitida através da gravação direta do som, sem passar por nenhuma etapa de registro gráfico
das informações.

3. Elementos de Composição Musical

Existem pelo menos três elementos básicos na composição músical: A melodia, A harmonia e
O ritmo. A combinação destes elementos é a base de qualquer composição. Há outros como:
timbre, altura, tempo, altura, textura, forma, etc.

3.1. Ritmo

O ritmo é caracterizado pela repetição de um padrão de alternância entre movimentos fortes e


fracos. O batimento do coração segue em padrão rítmico assim como as ondas do mar. O número
de batidas fortes e fracas e a duração de cada uma delas em um período de tempo é diferente em
cada estilo musical.

3.2. Representação gráfica do ritmo

Para representar o ritmo é preciso estabelecer o conceito de figuras que determinam a duração de
cada nota. A batida rítmica em um surdo ou caixa de repique é de certa forma uma nota musical.
O tímpano, por exemplo, é um instrumento musical afinado e sua nota coincide com a nota
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musical dos demais instrumentos. Então, para estabelecer os padrões rítmicos precisamos definir
quatro grandezas musicais.

A primeira- é o andamento que é medido em batidas por minuto ou bpm ( em inglês: beat per
minute);

O segundo- é o padrão de repetição que chamaremos de fórmula de compasso. Assim, uma valsa
é uma batida forte seguida de duas fracas;

O terceiro elemento são os valores das figuras que determinarão a sua duração;

O quarto é o tempo de duração de cada nota. Os valores das notas mostram quanto tempo ela
estará soando em relação às demais. É importante notar que o tempo é uma grandeza relativa
enquanto o andamento ou beat é uma grandeza absoluta. Grandezas absolutas são medidas em
relação a um referencial, ou seja, 40 batidas por minutos podem ser cronometradas. Já o tempo
divide um determinado trecho da composição que chamaremos de compasso e repete o mesmo
padrão até o final ou até que haja alguma indicação de que ele deva ser alterado. Vamos imaginar
que tenhamos uma valsa. Então o ritmo será forte, fraco, fraco, forte, fraco, fraco, forte,fraco,
fraco, etc. Percebemos que há um padrão repetindo a cada batida forte. Então definimos o nosso
compasso como ternário. Isto significa que haverá três batidas por compasso. A duração das
batidas, no caso da valsa são iguais, ou seja, possuem a mesma duração.

A nota de maior duração é a semibreve que é representada por uma figura fechada e sem
preenchimento. A esta representação se adicionamos uma haste, reduzimos sua duração pela
metade e esta figura passa a se chamar mínima. Uma vez preenchida a cabeça da nota ela reduz
novamente pela metade o seu valor quando comparada à mínima e passa a se chamar semínima.
Quando acrescentamos um sinal de colcheia a esta figura, novamente reduzimos seu valor pela
metade e seu nome passa a ser colcheia. Acrescentando mais um sinal de colcheia à figura temos
a semicolcheia que tem a metade da duração da colcheia. Fazendo novamente o mesmo
procedimento temos a fusa e que vale metade da semicolcheia e a semifusa que tem metade da
duração da fusa. Com isso, podemos representar graficamente um ritmo.

3.3. A Harmonia

A própria definição da palavra nos diz que este elemento busca combinar os sons de forma que
sejam agradáveis. A música moderna faz uso de técnicas que vão além da harmonia clássica mas
mesmo uma distorção mais pesada de uma guitarra é feita dentro de um contexto. A música
popular usa os conceitos de harmonia da música clássica que por sua vez está embasada na
física do som.

3.4. A descoberta de Pitágoras

Este assunto foi estudado primeiramente por Pitágoras que datam do século VI a.C. Sim, é o
mesmo cara do teorema do triângulo retângulo. Pasmem, mas a harmonia musical está embasada
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em conceitos de geometria. Na verdade, o conceito de afinação de um instrumento está baseada


nestes conceitos tão antigos. Pitágoras percebeu que há uma relação sonora que de certa forma
casa uma nota com outra formando um som agradável ao ouvido. Chamamos a estes sons de
série harmônica. Quanto mais grave for uma nota mais frequências são ouvidas simultaneamente
quando tocamos aquele som. Experimente tocar a sequência de notas a seguir ao piano: dó, dó,
sol, dó, mi, sol… Percebe a consonância do som? Na verdade é isso que caracteriza o acorde e na
verdade estamos tocando o acorde de dó maior que é formado sobre a série harmônica de dó.
Desta forma, a harmonia preenche a música com sons que possuem uma combinação agradável
ao nosso ouvido. A música clássica é bastante rígida quanto às regras de harmonia, já a música
contemporânea permite-nos um range maior de experimentação que pode agradar a uns e não a
outros. É comum considerar que a harmonia é a sobreposição de notas em uma da escala. Na
verdade, não é só isso.

3.5. A melodia

A melodia é a sucessão de notas musicais dentro de um contexto rítmico e harmônico. A melodia


é o tema de uma composição. Se a composição musical fosse comparada com um livro, a
melodia seria texto que deve seguir às regras gramaticais e de pontuação da mesma forma que o
músico ao compor deve seguir as regras de harmonia e ritmo.Uma canção pode ou não ter letra,
mas a melodia não pode faltar. Na música popular, a letra segue a mesma relação de ritmo e
harmonia que a melodia. Um improviso de jazz é uma melodia que está sendo composta em
tempo real, e assim como devemos conhecer o idioma que falamos para não cometer gafes, o
músico deve conhecer as relações entre escalas, tonalidades, ritmos, enfim, toda a “gramática
musical” para uma performance perfeita.

4. Registro de músicas

Um ponto que o compositor de uma canção não pode se esquecer jamais é de registrar a sua
música, para que ele tenha todos os direitos autorais dela. Se a pessoa que compôs a canção
porventura se esquecer ou simplesmente não registrar, achando que isso não é necessário, existe
a possibilidade de uma outra pessoa fazer isso no lugar. Uma vez registrada no nome de outra
pessoa, você perde todos os direitos autorais sobre a canção. Para evitar futuras dores de cabeça,
assim que sua música estiver pronta, primeiramente, registre-a!
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5.Conclusão:

Findo o presente trabalho concluí que compor uma canção não é lá dos trabalhos mais
fáceis. Isso porque requer uma doação e entrega muito grande de quem a está fazendo. É um
processo interno (dentro do compositor) muito grande. E que o compositar deve escrever sobre
aquilo que ele esteja sentindo no momento. Se está passando por alguma angústia, medo, alegria,
felicidade ou se está apaixonado, sofrendo por alguma desilusão amorosa, entre outros
sentimentos. Um dos pontos mais marcantes de uma música é a letra. Por isso, o compositor
deve estar bem atento a ela também, uma vez que a letra tem que fazer sentido para quem vai
ouvi-la. Isso significa dizer que é sempre bom ter um início, um meio e um fim. A história ou
mensagem que a canção quer passar tem de ser captada da melhor maneira possível.
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6. Referência Bibliográfica

Neves (2018) composição musical.Brasil

Keller(1998): "Siamo tutti compositori. Alcune riflessioni sulla distribuzione sociale del
processo compositivo", Schweizer Jahrbuch für Musikwissenschaft, p. 259-330.

Tiago Madalozzo (2001) composição musical

Sabra (2019) composição musical.

Thestrip (2019) a definição de composição musical.2ed.São Paulo

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