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Aprenda a ler Música

Na sua Escola
Proposta de Conteúdo para Iniciação Musical com a Flauta Doce nas Escolas

Jorge Antonio Martins Nobre


APRESENTAÇÃO

Aprender a ler e escrever é conseguir enxergar e interagir com o mundo de outra maneira.
É a partir disso que temos possibilidades de se comunicar, expressar e tornar-se,
também, receptor de conteúdos.
Pensando assim, é que tive a necessidade de elaborar este conteúdo programático de
iniciação à leitura musical para as escolas, direcionado especialmente para o estudo da
Flauta Doce, pois este “pequeno” instrumento musical de tão grande importância para a
criança é adotado nas melhores faculdades do mundo.
Este trabalho foi feito a partir de uma pesquisa bibliográfica simples, porém muito eficaz.

Jorge Nobre

Ipu – Ce. Maio de 2011

Aprenda a Ler e Escrever


(Texto da música do cantor Elino Julião).

Quem não sabe ler


Não sabe o que está escrito
Quem não sabe ler
Vê o mundo esquisito

Vamos estudar,
Vamos aprender
Vamos aprender a ler e escrever

Na agricultura, no campo ou na cidade


Hoje a leitura é uma necessidade
Vive mais seguro quem tem o saber
Cuide do futuro, aprenda a ler e escrever

Entre na escola para ganhar conhecimento


Tem divertimento, tem cultura e tem lazer
Quem tem letramento hoje em dia ta com tudo
Além de tudo o estudo dá prazer.

-2-
SUMÁRIO

1 – Apresentação .......................................................................................................................... 2
2 – 1ª Lição – Definição de Música ............................................................................................. 5
3 – 1ª Aula prática – Aprendendo a segurar a flauta da maneira correta ..................................... 5
4 – A família da Flauta Doce ....................................................................................................... 6
5 – Postura correta ....................................................................................................................... 7
6 – Posição certa e errada (fotos) ................................................................................................ 8
7 – Nomenclatura da Flauta Doce Soprano ................................................................................ 9
8 – Numeração dos dedos e dos furos da flauta ......................................................................... 10
9 – Nomes da Flauta Doce em idiomas diferentes ..................................................................... 10
10 – Respiração ......................................................................................................................... 11
11 – Os Lábios e a Sonoridade .................................................................................................. 12
12 – A Língua ............................................................................................................................ 13
13 – A Sílaba TÊ e a Respiração ............................................................................................... 14
14 – 2ª Lição – Pauta ou Pentagrama – Claves ......................................................................... 15
15 – Aprenda a dizer: DÓ RE MI FA SOL LA SI DÓ ............................................................. 15
16 – 3ª Lição – Nome das Notas no Pentagrama ...................................................................... 16
17 – Vamos Imitar o Professor ................................................................................................. 16
18 – 4ª Lição – Linhas Suplementares ...................................................................................... 17
19 – 5ª Lição - As notas – Escala de DÓ Maior ........................................................................ 17
20 – Vamos aprender a tocar em grupo – ESTRELINHA .......................................................... 18
21 - 6ª Lição - Notas Suplementares .......................................................................................... 18
22 – 7ª Lição – A Ovelha de Maria ........................................................................................... 18
23 – 8ª Lição – A nota RÉ – Asa Branca ................................................................................... 19
24 – Vamos Aprender as NOTAS agudas: MI FA SOL LA ..................................................... 19
25 – Músicas: Com o Meu Martelo – A Treze de Maio e O Cravo Brigou com a Rosa ........... 20
26 – 9ª Lição - Exercício de Revisão 1 ...................................................................................... 21
27 – 10ª Lição – VALORES – Notas e Pausas .......................................................................... 22
28 – 11ª Lição – COMPASSO .................................................................................................. 23
29 – 12ª Lição – Exercício para divisão 1 – tá – te - ti .............................................................. 24
30 – 13ª Lição – LIGADURAS ................................................................................................. 25
31 – 14ª Lição – PONTO DE AUMENTO ............................................................................... 26
32 – 15ª Lição – TONS E SEMITONS NATURAIS – Graus da Escala .................................. 27
33 – 16ª Lição – GRAUS Conjuntos e Disjuntos ...................................................................... 28
-3-
CONTINUAÇÃO - SUMÁRIO
34 – 17ª Lição – ACIDENTES – Sinais de Alteração ............................................................... 28
35 – 18ª Lição – Vamos Aprender a Tocar com Sustenidos e Bemóis ...................................... 29
36 – 19ª Lição – ACIDENTES: Fixos, Ocorrentes e de Precaução ........................................... 30
37 – 20ª Lição – Semitom Cromático e Semitom Diatônico ...................................................... 31
38 – 21ª Lição – ENHARMONIA e NOTAS ENHARMÔNICAS ............................................ 31
39 – 22ª Lição - Exercício de Revisão 2 ..................................................................................... 32
40 – 23ª Lição – SÍNCOPE – CONTRATEMPO – 23ª Lição - QUIÁLTERAS ....................... 33
41 – 25ª Lição - QUIÁLTERAS AUMENTATIVAS e DIMINUTIVAS .................................. 34
42 – 26ª Lição – ARTICULAÇÃO – LEGATTO e STACCATTO ........................................... 35
43 - 27ª Lição – FERMATA ....................................................................................................... 35
44 - 28ª Lição – LINHA DE OITAVA ....................................................................................... 36
45 - 29ª Lição – ANDAMENTOS .............................................................................................. 36
46 - 30ª Lição – METRÔNOMO ................................................................................................ 37
47 - 31ª Lição – SINAIS DE INTENSIDADE ........................................................................... 37
48 - 32ª Lição – SINAIS DE REPETIÇÃO ................................................................................ 38
49 - 33ª Lição - SINAIS DE ABREVIATURAS ........................................................................ 38
50 - 34ª Lição – ESCALAS COM SUSTENIDOS ..................................................................... 39
51 - 35ª Lição – ESCALAS COM BEMÓIS .............................................................................. 39
52 – 36ª Lição – ORNAMENTOS .............................................................................................. 40
53 - 37ª Lição – EXERCÍCIOS PARA DIVISÃO 1 ................................................................... 41
54 - 38ª Lição – EXERCÍCIOS PARA DIVISÃO 2 ................................................................... 42
55 – 1ª VALSA ........................................................................................................................... 43
56 – ATIREI O PAU NO GATO - MARCHA SOLDADO - MARCHA DOS SANTOS.......... 44
57 – ACALANTO - CRIANÇA FELIZ ..................................................................................... 45
58 – BOM NATAL – NOITE FELIZ ........................................................................................ 46
59 – TEMA DO TITANIC – 9ª SINFONIA DE BETHOVEN ................................................. 47
60 – HINO DE SÃO FRANCISCO – HINO DE SÃO SEBASTIÃO ...................................... 48
61 – QUADRO DAS POSIÇÕES DAS NOTAS NA FLAUTA DOCE (G e B) ..................... 49
62 - QUADRO DAS POSIÇÕES DAS NOTAS NA FLAUTA DOCE (G e B) ...................... 50
63 - QUADRO DAS POSIÇÕES DAS NOTAS NA FLAUTA DOCE (G e B) ..................... 51
64 - QUADRO DAS POSIÇÕES DAS NOTAS NA FLAUTA DOCE (G e B) ..................... 52
65 - QUADRO DAS POSIÇÕES DAS NOTAS NA FLAUTA DOCE (G e B) ..................... 53
66 – ORAÇÃO DO ARTISTA ................................................................................................. 54
67 – BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 55
-4-
1ª Lição
MÚSICA: É a arte de combinar os sons simultânea e sucessivamente, com ordem, equilíbrio e
proporção dentro do tempo.

• É a arte de manifestar os diversos afetos de nossa alma mediante o som.

As principais partes que constituem a MÚSICA são:

1) MELODIA – É a combinação dos SONS SUCESSIVOS (dados uns após outros). É


a concepção horizontal da Música.

2) HARMONIA – É a combinação dos SONS SIMULTÂNEOS (dados de uma só


vez). É a concepção vertical da Música.

3) CONTRAPONTO – É o conjunto de melodias dispostas em ordem simultânea. É a


concepção ao mesmo tempo horizontal e vertical da Música.

4) RÍTMO – É a combinação dos valores tempo.

Aula Prática

Aprenda a dizer: => DÓ – RE – MI – FA – SOL – LA – SI - DÓ

Obs.: Depois que o professor passar a 1ª Lição no caderno, fala um pouco sobre o instrumento e
ensina o aluno a segurar a Flauta Doce da maneira correta:

Primeiro passo: Mão ESQUERDA na parte superior da Flauta com o polegar no registro.

Segundo passo: Ensinar o aluno emitir o SOM na posição da nota SI da 3ª linha, depois descer até a
nota DÓ central. Só depois ensina o DÓ do terceiro espaço.

DÓ SI LA SOL

FA MI RE DÓ

-5-
-6-
POSTURA CORRETA

Aproximadamente
45 graus
As bochechas
A ponta da
devem estar
flauta doce
relaxadas.
deve ser
colocada
levemente
na boca. A coluna
~-- ereta.
Braços
separados Não encostar
do corpo. 1-+1+-- a coluna no
encosto da
cadeira.
Os pés devem
ser colocados
totalmente no
chão.

Estando de pé Estando sentado

Sempre coloque sua mão esquerda em cima!

Polpa do Dedo.
Pressione de Preste atenção
maneira natural, na posição do
para que o polegar polegar.
I se mova facilmente.

Mão esquerda (acima) Mão direita (em baixo)

Não obterá um bom som se soprar muito forte.


Recorde-se que deverá SOPRAR SUAVE PORÉM CONSTANTEMENTE.

-7-
CERTA ERRADA
POSiÇÃO

ERRADA

-8-
Altura da Flauta Cabeça Muito Erguida Cabeça e Flauta Muito Baixas
e Dedos Certos. e Flauta Muito Alta. e Dedos Forçados.

Os braços devem estar relaxados, ligeiramente afastados do corpo.


Os orifícios são fechados com a polpa dos dedos e não com as pontas.
O polegar da mão esquerda é destinado a tapar e abrir o furo de trás e o da direita tem a importante tarefa
de apoiar a flauta também por trás, apoio este conjugado com a própria embocadura.
O dedo mínimo da mão esquerda não é usado em hora alguma.
Os ombros bem à vontade, as costas eretas e a cabeça em posição natural.
A flauta deve ser colocada num ângulo de 45 graus (entre a flauta e o tórax).
NOMENCLATURA DA FLAUTA DOCE (SOPRANO)
ABERTURA
\ m .CHANF~ADURA • _.;. DE SOPRO
J:::~:::\ FI L • •• I BICO OU PONTA

E EMBOCADURA
PARTE DE
CI MA OU
BISEl
JANELA
JANELA

EMENDA PARA
AFINAÇAO E
EMENDA LIMPEZA
MÃO ESQUERDA MAO ESQUERDA :::::::::::::::
I~:~:~~ POLEGAR INDICADOR

-9-
•.•• MEDIO

::
· .: =
.. :...g r - ANULAR
MAO DIREITA

INOJCADOR
Ii~tfn~ PARTE DE
MAO DIHEIT A _fir:::::::::::1 BAIXO OU
POLEGAR ~itmIf CORPO DA
M~DIO
SOMENTE PARA FLAUTA
APOIO POR TRAS
ANU LAR

MfNIMO

VISTA DE PERFIL VISTA POR TRAS VISTA DE FRENTE


FLAUTA SOPRANO EM Do NUMERAÇAO DOS DEDOS NUMERAÇAO DOS FUROS

GERMANICA BARROCA

~'

1.0
MÃO ESQUERDA
2,·
MÃO DIREITA .1 . . . 1.0 FURO
4.·
. . . . . 2,° FURO

. ' +- 3.· FURO


MÃO DIREITA

4.· FURO -'1_


5.° FURO ~ •

6.· FURO - . •

7.· FURO ....

- 10 -
NOMES DA FLAUTA DOCE NOS SEGUINTES IDIOMAS

ESP ANHOL .... .. . . FLAUTA DULCE


FRA NC~S ..... . ... . FLüTE DOUCE
ITALIANO ... . .... . FLAUTO DOLCE
INGLÊS ... . ....... . RECORDER
ALEMÃO ....... . . . BLOCK FL6TE
PORTUGUÊS . .... . FLAUTA DOCE
JAPONtS . . . .. . . . . TATEBUÊ

"OI CERTO ERRADO O'

Embocadura colocada nor - Embocadura colocada dema-


malmente na boca e lábios siadamente na boca e lábios
normais. forçados.
RESPIRAÇÃO

A Respiração é primordial para o sopro do executante de «Flauta


Doce».
Assim como o cantor se obriga a usar o seu diafragma como
controlador do ar, esta mesma técnica é aplicada pelo flautista.
O diafragma é um músculo largo que separa o tórax do abdómen.
Ele não só controla o ar, como contribui também para produzir a tosse, o
soluço, o riso, o bocejo, etc.
São dois os movimentos de Respiração:

INSPIRAÇÃO - Entrada do ar.

- 11 -
EXPIRAÇÃO - Saída do ar.

Inspiração
Inspirando o perfume de uma flor.

A Respiração é feita automaticamente pelo nariz e pela


boca.
Em inspirações rápidas, usa-se mais freqüentemente pela
boca. Para soltar o ar dosadamente, jamais esqueça a ajuda
do diafragma. Este ar, soprado no bico da flauta e passando
por seus orifícios, produz os sons musicais.
O flautista deve ter sempre uma reserva de ar que seja
suficiente para cada frase musical.
A Inspiração é feita no final de cada frase e não no meio Expiração
dela, para não quebrá-la. Soprando as pétalas de uma flor.
OS LÁBIOS
o bico da flauta deve ser colocado levemente
entre os lábios, apoiando a parte chanfrada no lábio
inferior e cobrindo a de cima com o superior. Evite
que os lábios apertem fortemente o bico e que este
não toque nos dentes.
Não o coloque demasiadamente dentro da boca,
mas apenas o suficiente para que os lábios possam
rodeá-lo completamente, para que não deixe escapar
o ar por lado algum.

- 12 -
Soprando o Candelabro.

A SONORIDADE

Com o diafragma controlando a coluna de ar,


com muita regularidade no sopro, obter-se-á um som
doce e aveludado.
Portanto, lembre-se sempre ao tocar suas peças
na sua DOCE FLAUTA DOCE, que o segredo de uma
bela sonoridade, consiste na observação rigorosa de
uma perfeita Respiração. Soprando Bolas de Sabão.
A LINGUA
FORTE
Os passarinhos e as o,reLhas
espantaram-se com a aspereza do som.

A articulação da língua é essencial nos instru-


~~~ mentos de sopro.
~~~ Ela atua como se fosse uma válvula. Usando a
~~)J sílaba TÊ, notamos que a ponta da língua atinge a
parte anterior do céu da boca, próxima aos dentes
/~--~~".. superiores.
ti· r . ~
Cada som será obtido golpeando levemente a lín-
gua contra a parte anterior do céu da boca.

- 13 -
Quando a ponta da língua abaixa, ela deixa o ar
passar para que este entre no bico da flauta.
Antes de entrarmos na parte prática, porém,
deve-se fazer um pequeno exercício sobre a silaba 'rn,
conjugada com a respiração.
Se pronunciarmos fortemente a sílaba ~ o som
sairá feio, estridente e desafinado.
É de suma importância que pronunciemos suave-
mente o TÊ, para conseguirmos um som puro, doce
e de perfeita afinação.
A

A SílABA TE
E A RESPIRAÇÃO

Até agora, tratamos teoricamente da «Flau-


ta Doce». Ela se manteve quieta c silenciosa,
talvez dormindo.
Antes de despertá-la e colocá-la em nossas
mãos, vamos preparar uma perfeüa respiração.
Sopre primeiramente todo o ar contido nos
pulmões e, em seguida, inspire sustentando os

- 14 -
músculos do abdômen.
Assim, conseguirá uma perfeita respiração,
para obter um som SUAVE e não FORTE.
Respire primeiramente e depois pronuncie a
sílaba TÊ bem baixinho, como um sussurro,
mantendo a coluna de ar, soltando-o suavemen-
te, para uma perfeita Expiração. Usa-se também
a sílaba TUT envez de TÊ, ficando esta escolha
à critério do Professor. Há flautistas que usam
o TUT para as notas agudas: depois do Sol do SUAVE
l.u espaço suplementar superior. Os passarinhos e as ovelhas dormiram com a doçura do som.

EXERCíCIO

Inspire n T:f:: TÊ Inspirar T:B: TI: n Inspirar T:B: T.t T.t


primeiro
Expirar Expirar Expirar
2ª Lição

PAUTA ou PENTAGRAMA.

É o conjunto de 5 linhas e 4 espaços horizontais paralelas e eqüidistantes.


e serve para escrever as NOTAS MUSICAIS.

Ex.:

CLAVE:
É o sinal colocado no inicio da pauta, sobre determinada linha, para dar nome às
notas. As Claves são 3 (três):

Ex:

CLAVE DE SOL: &        Escrita na 2ª linha.


Há algum tempo atrás, também era usada na 1ª linha.

CLAVE DE FÁ: ?        É escrita na 3ª ou na 4ª linha.

CLAVE DE DÓ: B          É escrita na 1ª, 2ª, 3ª ou 4ª linha. (A da 3ª linha é a mais usada).

* AULA PRÁTICA

Um pouco de dinâmica e brincadeiras.

Quem aprendeu a dizer? => DÓ – RE – MI – FA – SOL – LA – SI - DÓ

- 15 -
3ª Lição

EXERCÍCIO
AULA PRÁTICA

VAMOS IMITAR O PROFESSOR

Obs. Praticar com todas as Notas da Escala.

- 16 -
4ª Lição

LINHAS SUPLEMENTARES
Além das cinco linhas e dos quatro espaços da pauta natural, existem ainda linhas e espaços
situados acima ou abaixo da pauta para auxiliá-la em sua extensão.

Ex:

5ª Lição

AS NOTAS SÃO SETE: DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI.


Essas sete notas ouvidas sucessivamente formam uma série de sons aos quais dá-se o nome
de escala. (para concluir a escala faz-se a terminação na 8ª nota, que é a repetição da 1ª).

Exemplo: ESCALA DE DÓ MAIOR

* AULA PRÁTICA

Obs.:

Mostrar a ESCALA novamente na FLAUTA

- 17 -
Vamos aprender a tocar em grupo

6ª Lição - NOTAS SUPLEMENTARES

7ª Lição - AULA PRÁTICA

- 18 -
8ª Lição

A Nota RÉ

AULA PRÁTICA
VAMOS APRENDER AS NOTAS: MI – FA – SOL – LA (Agudo)

- 19 -
COM MEU MARTELO

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A TREZE DE MA IO
(Avé Maria)

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O CRA VO BRIGOU COM A ROSA


Flauta Doce Folclore Brasil eiro

11* i J IJ pA I] J J IJ PA lj ]

~r u e Ir J J I] n J J 12 J

- 20 -
9ª Lição

- 21 -
10ª Lição

VALORES

VALORES – São SINAIS que representam a duração do SOM e do SILÊNCIO.

A música é representada pelo equilíbrio de sons e silêncios.


Ambos têm durações diferentes e são representados por sinais denominados valores.
Os valores que representam a duração dos sons musicais são chamados de FIGURAS.
Os que representam as ausências de sons são chamados de PAUSAS.
A unidade de medida da música é o TEMPO. Cada tempo corresponde a uma PULSAÇÃO.

Cada figura de SOM tem sua respectiva PAUSA que lhe corresponde ao mesmo tempo de duração.

Semibreve Mínima Semínima Colcheia Semicolcheia Fuza Semifuza

A Semibreve, atualmente, é a FIGURA musical de maior duração. Por esse motivo é tomada como
UNIDADE na divisão proporcional dos valores. Assim sendo, a Semibreve é a única figura que
compreende todas as demais:

- 22 -
11ª Lição

COMPASSO
COMPASSO – É a divisão de um TRECHO MUSICAL em séries regulares de tempo.

Os compassos de 2 TEMPOS são chamados de BINÁRIO = 2/4


Os compassos de 3 TEMPOS são chamados de TERNÁRIO = 3/4
Os compassos de 4 TEMPOS são chamados de QUATERNÁRIO = 4/4 ou C

 Cada compasso é separado do seguinte por uma linha divisória vertical (TRAVESSÃO).
Ex:

Quando aparece a Barra Dupla, significa final de um trecho

A Barra dupla em negrito significa final da música.

COMO MARCAR O COMPASSO


Marcar um compasso é indicar a divisão dos tempos por meio de movimentos executados,
geralmente com as mãos.
2º Tempo

BINÁRIO 2/4
1º Tempo

3º Tempo

TERNÁRIO 3/4 2º Tempo

1º Tempo

4º Tempo

QUATERNÁRIO 4/4 ou C 3º Tempo

1º Tempo 2º Tempo

- 23 -
Em qualquer compasso, a figura que preenche um tempo chama-se UNIDADE DE TEMPO;
a figura que preenche um compasso chama-se UNIDADE DE COMPASSO.
Os compassos dividem-se em: SIMPLES e COMPOSTOS e são representados por uma
fração ordinária colocada no princípio da pauta, depois da clave.

12ª Lição

EXERCÍCIO PARA DIVISÃO Nº 1

Obs.: Fazer o mesmo exercício com o acorde de DÓ Maior.

 Primeiro o grupo todo toca em uníssono (as mesmas notas)

 Depois divide-se o grupo em 4(quatro) para fazer as notas do acorde

- 24 -
13ª Lição

LIGADURAS

LIGADURA DE PROLONGAMENTO é uma linha curva que colocamos sobre ou sob


duas ou mais notas de mesmo nome e altura para somar-lhes os valores.

Exemplo de Ligadura de Prolongamento:

Fazer outros exemplos na sala de aula.

Ex: (Exercícios da 12ª lição usando a ligadura de prolongamento).

LIGADURA DE EXPRESSÃO OU LEGATO é uma linha curva colocada acima ou abaixo


de um grupo de notas de nomes ou alturas diferentes que serão pronunciadas sem
interrupção na pronuncia dos sons.

Exemplo de Ligadura de Expressão ou Legato:

Fazer outros exemplos na sala de aula.

Ex: (Dar exemplos tocando a escala e músicas).

- 25 -
14ª Lição

PONTO DE AUMENTO
Um ponto colocado à direita de uma figura serve para aumentar a metade do valor de
duração dessa figura. É por isso chamado de PONTO DE AUMENTO.

No exemplo acima a mínima pontuada está valendo uma Mínima e mais uma Semínima
(metade da mínima), uma vez que o PONTO serve para aumentar a metade do valor da figura.

As pausas também podem ser pontuadas:

DUPLO PONTO DE AUMENTO: dois pontos podem ser colocados à direita da NOTA ou
PAUSA. O primeiro ponto acrescenta a metade do valor da FIGURA; o segundo a metade
do valor do primeiro ponto.

- 26 -
15ª Lição

TONS E SEMITONS NATURAIS


ESCALA DIATÔNICA DE DÓ – SUA FORMAÇÃO E SEUS GRAUS

SEMITOM – É o menor intervalo existente entre dois sons que o ouvido humano pode
perceber e classificar.

TOM – É o intervalo existente entre dois sons, formado por dois semitons.

ESCALA DIATÔNICA – é a sucessão de 8 sons por graus conjuntos guardando, entre si,
intervalos de tom ou de semitom.

Ex.:

Os tons e semitons contidos na escala diatônica são chamados de NATURAIS.


A cada uma das notas da escala, dá-se o nome de GRAU.
A escala diatônica possui 8 graus, sendo o VIII a repetição do primeiro.

OS GRAUS DA ESCALA SÃO ASSIM DENOMINADOS:


I grau....................TÔNICA
II grau...................SUPERTÔNICA
III grau.................MEDIANTE
IV grau.................SUBDOMINANTE
V grau..................DOMINANTE
VI grau.................SUPER DOMINANTE
VII grau................SENSÍVEL
VIII grau...............TÔNICA

O primeiro grau da escala é o mais importante. Todos os demais graus têm com ele afinidade absoluta.
É o grau quem dá seu nome à escala e quem a termina de um modo completo, sem nada deixar a
desejar.
Temos, por exemplo, a nota DÓ em função de Tônica. Esta escala é, portanto, chamada de
ESCALA de DÓ ou escala em tom de DÓ.

Depois da tônica, as notas de maior importância são a DOMINANTE (V grau) e a


SUBDOMINANTE (IV grau).

- 27 -
16ª Lição

Os graus podem ser CONJUNTOS e DISJUNTOS.

São CONJUNTOS quando sucessivos, de acordo com sua relação de altura.

Ex:

São DISJUNTOS quando entre ambos vem intercalado um ou mais graus.

Ex:

17ª Lição

ACIDENTES – (Sinais de Alteração)


Dá-se o nome de acidente ao sinal que se coloca antes de uma nota para modificar-lhe a entoação.
A entoação das notas, conforme o sinal de alteração, poderá ser elevada ou abaixada em um
ou dois semitons. São os seguintes:

SUSTENIDO: Eleva um semitom

BEMOL: Abaixa um semitom



DOBRADO SUSTENIDO: Eleva dois semitons

DOBRADO BEMOL: Abaixa dois semitons

BEQUADRO: anula o efeito de qualquer um dos outros sinais anteriores,


fazendo a nota voltar à entoação natural.

- 28 -
18ª Lição - AULA PRÁTICA
Vamos tocar músicas com SUSTENIDO

PARABÉNS PRA VOCÊ


Flauta Doce Mildred J. Hill

# 3 Œ
G D7 G

& 4 Œ œ œ ˙ œ œ ˙ œ œ
œ œ œ œ œ œ

# œ œ œ
G7 C G D7 G

œ œ œ Œ
6

& œ œ œ œ ˙

Agora vamos tocar músicas com BEMOL

MARIA DE NAZARÉ
%
Flauta Doce Padre Zezinho

& b 43 Œ Œ .. œ ˙. œ Œ
F

œ œ
13 Gm

˙ œ
œ œ

&b œ Œ ..
19 C7 F

œ œ ˙ œ ˙. œ œ
Bb B bm

& b .. œ œ œ ˙ œ œ œ œ ˙ œ œ œ ˙ œ
23 F7

œ
Gm

&b œ œ
Dm

œ ˙ œ œ œ ˙ œ
29 F

œ œ œ œ ˙ œ

&b œ Œ .. Œ
35 C7 1. F 2. F

œ œ ˙ œ ˙. œ œ ˙ œ ˙. ˙

& b .. ˙ . ˙ Œ Œ
F Gm

œ œ ˙
42 C7 F

˙ ˙ ˙. ˙ œ ˙ œ

%
Œ .. ˙
Gm

& b ˙. œ ˙ Œ
F F

œ ˙ ˙
50 C7 1. 2.

˙ œ ˙.
Ao

˙. ˙ œ

- 29 -
19ª Lição

ACIDENTES FIXOS, OCORRENTES ou de PRECAUÇÃO

OBS.: Nas notas sustenizadas o dobrado-sustenido eleva um semitom e nas notas bemolizadas o
dobrado-bemol abaixa um semitom.

Os acidentes podem ser FIXOS, OCORRENTES ou de PRECAUÇÃO.

FIXOS
são aqueles que fazem parte da armação da clave. Seu efeito vale por todo o trecho musical

OCORRENTES
são aqueles que aparecem no decorrer de um trecho musical predominando, somente, no
compasso em que são escritos.

DE PRECAUÇÃO
são aqueles que aparecem a fim de evitarem erros na leitura rápida.
Normalmente são grafados entre parêntesis.

- 30 -
20ª Lição
Há duas espécies de semitons.

Semitom CROMÁTICO – Quando formado por duas notas do mesmo nome (entoação diferente).
Semitom DIATÔNICO – Quando formado por duas notas diferentes (sons sucessivos).

21ª Lição

ENHARMÔNIA E NOTAS ENHARMÔNICAS

ENHARMÔNIA é a faculdade que tem a escrita musical de representar com diferentes


grafias um mesmo som.

NOTAS ENHARMÔNICAS são aquelas que possuem grafias diferentes e igual efeito sonoro

- 31 -
22ª Lição

EXERC ÍCIO DE REVISÃO 2 - AULA DE MÚS ICA


Professor: _ _ _ _ _ _ _ _ __ Data: 1_ _ _-'1__-

Aluno(a): _ _ _ _ _ _ _ _ __ Série: _ _ _ _ _ _ _ __

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04 - Coloque o nom e dos Compassos: 2/4


3/4 - - - - -
4/4

- 32 -
23ª Lição

SÍNCOPE
Se uma nota executada em tempo fraco ou parte fraca de tempo for prolongada ao tempo
forte ou parte forte do tempo seguinte, teremos o que se chama de SÍNCOPE.
A SÍNCOPE produz efeito de deslocamento da acentuação natural.
A SÍNCOPE pode ser REGULAR ou IRREGULAR.
SÍNCOPE REGULAR – Quando as notas que a formam têm a mesma duração.
SÍNCOPE IRREGULAR – Quando as notas que a compõem não têm a mesma duração.

CONTRATEMPO
Dá-se o nome de CONTRATEMPO às notas executadas em tempo
fraco ou parte fraca de tempo, ficando os tempos fortes ou partes fortes de tempos
preenchidos por pausas.

24ª Lição

QUIÁLTERAS
Quando as unidades de tempo e de compasso são subdivididas em grupos de notas e esses
grupos de notas têm seus valores alterados, tomam o nome de QUIÁLTERAS.
Usa-se colocar sobre o grupo de QUIÁLTERAS o número de figuras que compõem a
divisão alterada. Sobre esse número é comum colocar-se uma chave abrangendo todo o
grupo de notas ou uma pequena ligadura não sendo, entretanto, imprescindível esse
pormenor.

- 33 -
As quiálteras podem ser constituídas por figuras de diferentes valores, ou ainda por valores
de som e pausas entremeadas.
Há duas espécies de quiálteras: AS AUMENTATIVAS e AS DIMINUTIVAS

25ª Lição

QUIÁLTERAS AUMENTATIVAS
São aquelas que alteram para mais a quantidade
estabelecida pelo signo do compasso.

As quiálteras aumentativas se subdividem em dois grupos:


Quiálteras Aumentativas REGULARES e IRREGULARES.
REGULARES – As que contêm no grupo o número normal de figuras mais a metade. Será
sempre um grupo de número PAR, com exceção de grupo de 3 quiálteras, que é ÍMPAR
REGULAR.

Exemplo:

QUIÁLTERAS DIMINUTIVAS
São aquelas que alteram para menos a divisão normal.
As quiálteras diminutivas são usadas nas unidades Ternárias (figuras pontuadas).

- 34 -
26ª Lição

ARTICULAÇÃO
LEGATTO E STACCATTO

O LEGATTO e o ESTACCATTO são sinais que determinam a articulação dos sons.


ARTICULAÇÃO é o modo de atacar os sons.
O legato, palavra italiana cuja significação é LIGADO, determina que se passe de uma nota
para outra (tocando ou cantando) sem interrupção do som.
O Staccato, palavra italiana, que significa DESTACADO, indica que os sons devem ser
articulados de modo seco.

27ª Lição

FERMATA

É um sinal, que colocado acima ou abaixo de uma nota, indica que se deve prolongar a
duração do som por mais tempo do que o seu valor estabelecido.
A FERMATA não tem duração determinada, isto é, varia de acordo com a interpretação do
executante ou a critério do regente.
Pode-se ainda acrescentar sobre a fermata as palavras LONGA ou CURTA, indicando uma
sustentação maior ou menor do som.

Também se pode colocar a FERMATA sobre uma PAUSA.


Neste caso a fermata passa a chamar-se SUSPENSÃO.

- 35 -
28ª Lição

LINHA DE OITAVA
A linha de oitava (8ª........), quando colocada acima ou abaixo de uma nota ou de um grupo
de notas, indica que as mesmas devem ser executadas respectivamente uma oitava acima ou
abaixo.

29ª Lição
É o movimento rápido ou lento de execução da música, guardando sempre a precisão dos
tempos do compasso.
Conforme a movimentação, mais ou menos rápida, consideram-se três tipos de andamentos:
LENTOS, MODERADOS E RÁPIDOS.
Os andamentos são indicados através de palavras, geralmente italianas.
AS PALAVRAS MAIS USADAS SÃO:

ANDAMENTOS LENTOS:

LARGO – O mais lento


LARGHETTO – Um pouco menos lento
LENTO – Lento
ADÁGIO – Um pouco mais movido que o precedente

ANDAMENTOS MODERADOS:

ANDANTE – Mais movido que o adágio


ANDANTINO – Pouco mais rápido que o anterior
MODERATO – Moderado
ALLEGRETTO – Mais rápido que o moderato.

ANDAMENTOS RÁPIDOS

ALLEGRO – Rápido
VIVACE – Ainda mais rápido
VIVO – Bastante movido
PRESTO – Muito rápido
PRESTÍSSIMO – O mais rápido de todos.

- 36 -
30ª Lição

METRÔNOMO
Tais palavras, porém, têm sentido vago, impreciso e não determinam em absoluto o
ANDAMENTO exato do trecho.
Para determinar com absoluta certeza a duração exata do tempo, os compositores e
executantes usam um aparelho denominado METRÔNOMO.
As oscilações geradas pelo METRÔNOMO devem ser contadas por minuto e são isócronas.
METRÔNOMO é um aparelho inventado pelo mecânico austríaco JOHANN NEPOMUK
MAEZAEL, em princípios do século XIX. Como MAEZEL era amigo de Beethoven, foi ele o
primeiro compositor a usar indicações metronômicas em suas composições.
Originalmente, o metrônomo funcionava com mecanismo de relógio a corda. Era colocado
dentro de uma caixa de madeira em forma de pirâmide e acionado por um pêndulo. A cada
batida do pêndulo se faz corresponder a 1 tempo do compasso. A velocidade do pêndulo vai
de 40 a 208 batidas por minuto. Indica-se assim:

Ex.:

31ª Lição

SINAIS DE INTENSIDADE

A INTENSIDADE do som, isto é, a variação dos sons FORTES e FRACOS, constitui o


colorido da MÚSICA.
Indica-se a intensidade dos sons, quase sempre, por palavras italianas (muitas vezes
abreviadas) e também por sinais gráficos convencionados.
Eis as palavras mais usadas com as respectivas abreviaturas:
PIANO – ( p ) suave
PIANÍSSIMO – ( pp ) suavíssimo
FORTE – ( f )
MEZZO-FORTE ( mf ) meio forte
MEZZO-PIANO ( mp ) meio suave
MORRENDO – desaparecendo o som
DIMINUINDO - ( DIM )
SMORZANDO – (SMORZ ) Extinguindo o som
RINFORZANDO – (RINF) reforçando o som
CRESCENDO – (CRESC) etc...
O crescendo também é indicado pelo sinal < e o diminuindo pelo sinal >
Para acentuar o som de uma determinada nota coloca-se sobre a mesma o sinal ^, > ou -
Para sustentar o som de uma nota coloca-se sobre ela a abreviatura: Ten. ou - De tenuta.

- 37 -
32ª Lição

SINAIS DE REPETIÇÃO – SINAIS DE ABREVIATURA

Os principais sinais para determinar a repetição de um trecho de música são:


“Da capo”, “ritornelo”, e as expressões “1ª e 2ª vez”.
DA CAPO – É uma expressão italiana cuja significação é DO PRINCÍPIO. Indica que se
deve voltar ao início do trecho ou ao lugar em que se coloca D.C.
O “DA CAPO” só é usado para repetir um trecho mais ou menos longo. Também é usado
DA CAPO com as seguintes variantes:

“Da Capo al ” (Da Capo ao segno) - Indica que se deve voltar ao lugar onde se encontra

o sinal , terminando onde estiver a palavra Fim. Temos ainda o sinal “chamado de

sinal de salto”, quase sempre usado em combinação com o Da Capo.

RITORNELLO
Quando um trecho musical tiver de ser executado duas vezes usa-se o sinal chamado
RITORNELLO, palavra italiana que significa retorno.
Expressões 1ª e 2ª vez – Quando um trecho a se repetir não deve terminar perfeitamente
igual na 2ª vez, usa-se colocar sobre os compassos que deverão ser modificados as
expressões 1ª vez e 2ªvez.
Ex.:

33ª Lição

SINAIS DE ABREVIATURAS
Há vários sinais usados para representar a repetição de notas ou de desenhos
melódicos. Esses sinais são chamados ABREVIATURAS. As principais abreviaturas
usadas são:

- 38 -
34ª Lição ESCALA DE DÓ MAIOR

A escala de DÓ Maior é modelo para as demais escalas de MODO MAIOR. Convém lembrar que
nesta escala os intervalos de semitom são encontrados do III grau para o IV e do VII para o VIII.
E assim, pelo mesmo sistema, encontraremos as demais escalas maiores.

ESCALAS COM SUSTENIDOS

Para se formar escalas com SUSTENIDOS, conta-se uma 5ª justa ascendente, a partir da escala de Dó
Maior.
DO MAIOR - - - - - Escala modelo
SOL MAIOR - - - - (Com 1 # - Fá)
RÉ MAIOR - - - - - (Com 2 # - Fá - Dó)
LA MAIOR - - - - - (Com 3 # - Fá - Dó - Sol)
MI MAIOR - - - - - (Com 4 # - Fá - Dó - Sol - Ré)
SI MAIOR - - - - - (Com 5 # - Fá - Dó - Sol - Ré - Lá)
FA # MAIOR - - - (Com 6 # - Fá - Dó - Sol - Ré - Lá - Mi)
DO # MAIOR - - - (Com 7 # - Fá - Dó - Sol - Ré - Lá - Mi - Si).
Eis as armaduras de Clave das escalas Maiores com SUSTENIDOS:

35ª Lição ESCALAS COM BEMÓIS

Seguindo o mesmo sistema, encontraremos as demais escalas maiores formadas com


Bemóis. Essas escalas são encontradas por 5ªs justas descendentes.

DÓ MAIOR - - - - - Escala Modelo


FÁ MAIOR - - - - - (Com 1b - SI)
SIb MAIOR - - - - - (Com 2 b - Si - Mi )
MIb MAIOR - - - - - (Com 3 b - Si - Mi - Lá)
LÁb MAIOR - - - - - (Com 4 b - Si - Mi - Lá - Ré)
RÉb MAIOR - - - - - (Com 5 b - Si - Mi - Lá - Ré - Sol)
SOLb MAIOR - - - - (Com 6 b - Si - Mi - Lá - Ré - Sol - Dó)
DÓ b MAIOR - - - - (Com 7 b – Si -Mi - Lá - Ré - Sol - Dó - Fá).

Eis as armaduras de Clave das escalas MAIORES com BEMOL:

OBS. “Os sustenidos aparecem (a começar do FÁ) por intervalos de 5ªs Justas ascendentes”.
Os bemóis aparecem (a começar do SI) por intervalos de 5ª justas descendente.

OBS.: O professor deverá explicar: ciclo das 5ª s (acendestes e descendentes) e tetracordes.

- 39 -
36ª Lição

ORNAMENTO
ORNAMENTO em Arte – é o desenho acrescentado à obra principal com fins decorativos.
ORNAMENTOS em Música – São notas ou grupos de notas acrescentadas a uma melodia.
Sua finalidade é adornar as notas reais da melodia. NOTAS REAIS são todas aquelas que
fazem parte integrante da melodia.
Desenhos musicais que enfeitam ou embelezam uma melodia ou acorde:
Ornamentos Inteiramente Improvisados – Sem nenhuma indicação no texto.
Ornamentos Indicados na Partitura – Com sinais gráficos.
Ornamentos Grafados Detalhadamente – Com notas exatas.

Os ornamentos são geralmente indicados por notas em formato menor precedendo a nota
principal (nota real) ou por um símbolo colocado acima ou abaixo da nota real.

Na execução, os ornamentos tiram sua duração de notas reais anteriores ou posteriores.


São classificados como ORNAMENTOS:
Apojatura – Arpejo – Glissando – Trinado – Mordente – Floreio Grupetto – Portamento –
Cadência melódica.

EXEMPLO DE ORNAMENTOS:

- 40 -
37ª Lição

EXERCÍCIOS PARA DI VISÃO l


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EXERCÍC IO COM SEM IBREVES

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EXERC ÍCIO COM M ÍN IMAS

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- 41 -
38ª Lição

- 42 -
Exercício para Divisão 3

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- 43 -
ATIREI O PAU NO GATO
Flauta Folclore brasileiro

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MARCHA SOLDADO
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ACALANTO
Flauta Doce Brahms

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CRIANÇA FELIZ

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- 45 -
BOM NATAL
Flauta

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NOITE FELIZ

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- 46 -
TEMA do TITANIC
My Heart Will Go On
Flauta Celine Dion

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9ª SINFONIA DE BETHOVEN
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- 47 -
HINO DE SÃO FRANCISCO
Flauta Doce D. P.

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HINO DE SÃO SEBASTIÃO


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- 48 -
QUADRO DAS PRINCIPAIS POSiÇÕES GERMÂNICAS E BARROCAS
(TODAS USADAS NESTE LIVRO)

- 49 -
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- 53 -
ORAÇÃO DO ARTISTA

Senhor! Tu que és o maior dos artistas,


fonte das mais belas inspirações,
abençoa o meu talento e as minhas obras.
Maravilhoso é o dom que me deste na louvada
missão de servir-te com alegria, e de exercer o
meu trabalho com amor e dedicação.
Por isso agradeço-te
por permaneceres sempre comigo.
Mesmo incompreendido ou diante de desafios,
quero sustentar em minha vocação
a energia de vencer e realizar meus projetos
no imenso cenário da vida.
Dá-me equilíbrio entre a razão e a emoção,
humildade e sabedoria para me aperfeiçoar.
Inspira-me, ó Mestre, à criação do novo e do belo.
Protege, também, todos os artistas
em suas carreiras e gêneros.
Faze com que minhas obras contribuam
para a construção de teu Reino
e que eu prospere, seguindo teus desígnios,
pelos caminhos gloriosos da arte.
Amém!
*******************************************************************************************

- 54 -
BIBLIOGRAFIA

Apostila de Teoria Musical – SECULT/CE. (Jorge Antonio Martins Nobre).

MINHA DOCE FLAUTA DOCE – (Mário Mascarenhas) - © Copyright 1977 by Irmãos Vitale
S/A Ind. E Com. São Paulo – Rio de Janeiro – BRASIL.

MÉTODO DE ENSINO MUSICAL PARA FLAUTA DOCE – YAMAHA © Copyright by


Irmãos Vitale S/A Ind. E Com.

Dedico este trabalho a minha família e a todos os meus alunos.

- 55 -

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