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Apontamentos sobre a Primeira Aula - 9/08/2019

Keith Swanwick

Pesquisador e educador musical de nacionalidade britânica que,


inspirado indiretamente pela obra de Piaget, propôs a teoria sobre o
desenvolvimento musical de crianças e adolescentes, e investigou
diferentes maneiras de ensinar e aprender música. Segundo a Teoria
Espiral do Desenvolvimento Musical, proposta por Swanwick, o homem
se desenvolve por etapas, como em uma espiral: Praticamente toda a
base teórica da pesquisa de Swanwick, organizando o desenvolvimento
do indivíduo em etapas, é semelhante à de Piaget. Não havendo,
porém, em suas obras citação clara a Piaget.
Vida Acadêmica
Professor emérito do Instituto de Educação da Universidade de Londres,
Swanwick é formado pela Royal Academy of Music, em Londres, um dos
mais aclamados conservatórios musicais do mundo.

O modelo C(L)A(S)P
 Composição
 Literatura (Literary Studies - Estudos literários)
 Apreciação
 Técnica (Skills - Habilidades)
 Performance
Propõe uma aprendizagem musical baseada na vivência das suas três
formas práticas - composição musical, apreciação musical e execução
musical - complementadas ao lado de atividades de "suporte",
desenvolvimento técnico e literário-musical. Esta vivência deverá
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abarcar a música existente e a criada pelos próprios alunos, ao contrário


de estar centrada na aprendizagem de conceitos abstratos onde a
música é utilizada para exemplificar a música do outro, e o que o
professor está ensinando. Em outras palavras, o que se propõe é que
o aluno esteja sempre se relacionando com música e não somente
com o conhecimento sobre música. Que aprenda música,
musicalmente.
Observação: Alguns teóricos e estudantes pensaram na tradução desse
modelo para T(E)C(L)A - Técnica, Execução, Composição, Literatura e
Apreciação. Esta tradução, porém, não é recomendada para o
entendimento do modelo, pois a ordem das letras já encerra em si um
significado filosófico e psicológico, demonstrando que a Composição
musical e a Performance devem ser prioritariamente aplicadas,
mediatizadas pela apreciação. A tradução proposta sugere uma
prevalência do estudo técnico e físico, em detrimento de uma educação
musical que equilibre os processos de performance e composição
através do ouvir música.

Propriedades do som

O som é produzido por corpos quando colocados em vibração. Essa


vibração transfere-se no ar de molécula a molécula até alcançar nossos
ouvidos.
A música é a arte de combinar os fenômenos sonoros. Ela consiste na
disposição do som e do silêncio no espaço e no tempo.
O silêncio é a ausência do som.
O som tem quatro propriedades básicas, que são: duração, intensidade,
altura e timbre.
 Duração: é o tempo de produção do som.
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 Intensidade: é o volume de som, que da a sensação de forte e


fraco.
 Altura: é o que nos faz perceber se um som é grave ou agudo
(grosso ou fino).
 Timbre: é o que caracteriza os diversos sons que reconhecemos.
Por exemplo, é o que nos permite diferenciar o som de um violão
com o de uma guitarra a voz de uma pessoa para outras.

As principais partes que constituem a Música são:


Melodia: É a combinação dos SONS SUCESSIVOS (dados uns após
outros). É a concepção horizontal da Música.
Harmonia: É a combinação dos SONS SIMULTÂNEOS (dados de uma
só vez). É a concepção vertical da Música.
Contraponto: É o conjunto de melodias dispostas em ordem
simultânea. É a concepção ao mesmo tempo horizontal e vertical da
Música. É uma técnica usada na composição onde duas ou mais vozes
melódicas são compostas levando-se em conta, simultaneamente: o
perfil melódico de cada uma delas e a qualidade intervalar e harmônica
gerada pela sobreposição das duas ou mais melodias. O Cânone é um
tipo de contraponto. Chama-se cânone a forma polifônica, em que as
vozes imitam a linha melódica cantada por uma primeira voz,
entrando cada voz, uma após a outra, uma retomando o que a outra
acabou de dizer, enquanto a primeira continua o seu caminho: é
uma espécie de corrida onde a segunda jamais alcança a primeira.
Ritmo: É a combinação dos valores em tempos.

A escala musical

História
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A partir da descoberta de artefatos musicais da antiguidade, supõe-se


que a primeira escala desenvolvida tenha sido a escala de cinco sons ou
pentatônica, o que é confirmado pelo estudo de sociedades antigas
encontradas contemporaneamente.
As escalas de 7 notas foram prováveis desenvolvimentos da escala
pentatônica e tem-se o registro de sua utilização pelos gregos, apesar
de que qualquer tentativa de resgate da sonoridade dessas escalas
tratar-se-á de exercício puramente especulativo.

Tipos de Escalas
 Escala cromática: todos os tons e semitons.
 Escala maior: do, ré, mi, fá, sol, lá, si (ocidental, sete notas).
 Escala menor: do, ré, mib, fá, sol, lá, si (ocidental, sete notas).
 Escala pentatônica ou chinesa: cinco notas.

Exercícios de solfejo (escala maior).


Música Haio (exemplo de utilização da escala pentatônica).

Duração dos sons musicais

Os valores que representam a duração dos sons musicais são


chamados de FIGURAS. Os que representam as ausências de sons são
chamados de PAUSAS.
A unidade de medida da música é o TEMPO. Cada tempo corresponde
a uma PULSAÇÃO.
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Figuras de tempo: A Semibreve, atualmente, é a FIGURA musical de


maior duração. Por esse motivo é tomada como UNIDADE na divisão
proporcional dos valores. Assim sendo, a Semibreve é a única figura
que compreende todas as demais:

Assim, temos que, se considerarmos o valor da semibreve sendo de 4


tempos, teremos:

 Semibreve: 4 tempos

 Mínima: 2 tempos

 Semínima: 1 tempo

 Colcheia: 1⁄2 tempo

 Semicolcheia: 1⁄4 tempo

 Fusa: 1⁄8 tempo


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 Semifusa 1⁄16 tempo

Podemos observar que os valores das figuras musicais são diretamente


proporcionais.
Como existem as figuras que representam som, existem também as
figuras musicais que representam pausas (silêncio). E para cada nota
existe uma pausa de valor idêntico.

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