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ÍNDÍCE GERAL

1ª parte - INTRODUÇÃO
A música.......05

A arte...........06

As propriedades da música...07

O som e o ouvido......08

O estudo da música......09

2ª parte - NOTAÇÃO MUSICAL


O pentagrama....12

As claves......14

Introdução a leitura rítmica....24

Figuras de tempo....25

Compassos.....28

Leituras rítmicas.....30

Variações rítmicas......31

Compassos compostos.....33

Subdivisão rítmica......35

3ª PARTE – HARMONIA e MORFOLOGIA


Escala cromática......37

Intervalos........38

Escalas maiores com#......39

Escalas maiores com b....40

Escalas menores.....41

Acordes........42

Campo harmônico......43

Estrutura básica.............46

Tipos de iniciação.......47
1) A MÚSICA

2) A ARTE

3) AS PROPRIEDADES DA MÚSICA

4) O SOM E O OUVIDO

5) O ESTUDO DA MÚSICA

6) QUESTIONÁRIO
1- É a arte com os sons. Origem da palavra vem de ”a arte das musas” dos gregos, a
mais de VII A.C.

2- Atividade estritamente humana, tal como a conhecemos, desenvolvida a mais de 8


mil anos, provavelmente com as festas e rituais religiosos. Um dos primeiros
testemunhos da arte musical foi encontrado na gruta de Trois Frères, em Ariège,
França. Ela mostra um tocador de flauta ou arco musical. A pintura foi datada como
tendo sido produzida em cerca de 10.000 a.C.¹

3- O filósofo suíço Jean Jacques Rousseau (1712-1778) em sua obra intitulada ensaio
sobre a origem das línguas, argumenta que a música nasceu com a linguagem (fala)
emprestando a esta toda a carga emotiva.

4- Em seu primeiro livro O nascimento da tragédia no Espírito da Música, escrito


em 1871, o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) vai mais sobre a origem da
música. Ele defende que a origem da música europeia se encontra nas tragédias gregas
e que estas seriam a confluência de duas formas de pensar a arte; o apolíneo e o
dionisíaco.

5- Ao longo do nosso curso de música, iremos aprender a ler e a escrever partitura, e


podemos desde já pensar a partitura como sendo um tipo de ”matematização” da
música, pois, o pulso e os intervalos melódicos são exemplos disto. Também a
simetria e a proporcionalidade são assuntos matemáticos presentes a todo tempo na
construção musical.

6- No meio musical existe o que podemos chamar de linguagem musical, isto é, a


percepção e o domínio do instrumento estão tão bem apurados, que o músico refaz
qualquer trecho musical ao vivo e, além disso, ele improvisa em cima do tema ou
propõe um.

7- A música a qual iremos estudar tem seu inicio na idade média (sec. V) e nasce na
igreja cristã europeia. ²O papa Gregório desenvolveu o canto gregoriano, o monge
Guido D'Arezzo (992-1050), iniciou a notação musical, dando origem a toda uma
tradição musical que veio sofrendo transformações até os dias de hoje, e é essa
cultura musical (e um pouco de outras) que iremos estudar.

¹ CANDÉ, Roland de (2001). História Universal da música. 2 volumes. São Paulo: Martins
Fontes.

²BENNETT, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – introdução - 05


1- A arte é um estado de espirito, é um momento em que a pessoa se permite
deslumbrar-se com o objeto portador da arte. O objeto portador da arte nos revela a
beleza, a perfeição, o justo, o prazer, nos toma de sobressalto, parece que aquilo era
tão obvio, mas ninguém percebia até então, só o artista a nos revelar.

2 - Arte (do latim ars, significando técnica e/ou habilidade) geralmente é entendida
como a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética ou comunicativa,
realizada a partir da percepção, das emoções e das ideias, com o objetivo de estimular
essas instâncias da consciência e dando um significado único e diferente para cada
obra. A arte se vale para isso de uma grande variedade de meios e materiais, como a
arquitetura, a escultura, a pintura, a escrita, a música, a dança, a fotografia, o teatro e
o cinema.

3 - Considera-se que no início da civilização a arte teria principalmente funções


mágicas e rituais, mas ao longo dos séculos e das diferentes culturas tanto conceito
como função mudaram de maneira importante, adquirindo componentes estéticos,
sociológicos, lúdicos, religiosos, morais, experimentais, pedagógicos, mercantis,
psicológicos, políticos e ornamentais, entre outros.

4 - O conceito de arte continua hoje em dia objeto de grandes debates, e permanece, a


rigor, indefinido. A palavra também é usada para designar simplesmente uma
habilidade ou talento especial, como a "arte médica", a "arte da pesca", etc, mas na
bibliografia especializada designa geralmente atividades que têm características
criativas e estéticas.

5 - O conceito de arte é extremamente subjetivo e varia de acordo com a cultura a ser


analisada, o período histórico ou até mesmo indivíduo em questão.

6 - Tanto Platão quanto Aristóteles viam, na mimesis, a representação da natureza.


Contudo, para Platão toda a criação era uma imitação, até mesmo a criação do mundo
era uma imitação da natureza verdadeira (o mundo das idéias). Sendo assim, a
representação artística do mundo físico seria uma imitação de segunda mão. Já
Aristóteles via o drama como sendo a “imitação de uma ação”, que na tragédia teria o
efeito catártico. Como rejeita o mundo das idéias, ele valoriza a arte como
representação do mundo. Esses conceitos estão no seu mais conhecido trabalho, a
Poética.

7 – a arte também se caracteriza por não ter uma ultilidade direta, ou seja, qualquer
coisa pode ser feita sem arte, a vida pode ser levada sem a arte (os animais), mas a
arte parece ser um algo a mais, um supra sentido.

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – introdução - 06


A música, a principio, pode ser percebida com três propriedades: melodia, harmonia e
ritmo.

1- Melodia = notas tocadas ou pensadas sucessivamente, ex.: a melodia das músicas.

2- harmonia = notas tocadas ou pensadas simultaneamente ex.: os acordes.

3- ritmo = tema feito de ruídos que perpassa o trecho musical, ex.: o samba.

4 - A melodia é o elemento constituinte musical mais importante, por se tratar da


propria música em questão. Contudo, pode não ser a mais interessante, é o caso da
bossa nova, onde a harmonia e o rítmo são mais marcantes. A melodia, neste estilo
musical, segue os padrões rítmicos e harmônicos. Existem estilos musicais que até
dispensam a melodia, é o caso do rap. Porém no canto gregoriano só existe melodia.

5 - Abaixo temos um exemplo das três propriedades juntas:

O estilo rítmico é a bossa nova, perceba que a harmonia e o rítmo estão fundidos.

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – introdução - 07


1 - O som é a propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda mecânica; é
uma onda longitudinal, que se propaga de forma circuncêntrica, apenas em meios
materiais (que têm massa e elasticidade), como os sólidos, líquidos ou gasosos.1

Os sons naturais são, na sua maior parte, combinações de sinais (harmônicos) , mas
um som puro monotónico, representado por uma senóide pura, possui uma
velocidade de oscilação ou frequência que se mede em hertz (Hz) e uma amplitude ou
energia que se mede em decibéis. Os sons audíveis pelo ouvido humano têm uma
frequência entre 20 Hz e 20.000 Hz. Abaixo e acima desta faixa estão infrassom e
ultrassom, respectivamente. 2

O som, matéria prima da música, tem quatro propriedades além da fonte geradora:
Duração, intensidade, altura e o timbre.

2 - O ouvido é dividido em três partes:


Ouvido externo – onde está o canal auditivo.
Ouvido médio ou cavidade timpânica – onde se encontram o tímpano, a bigorna, o
martelo e o estribo.
Ouvido interno – onde se concentram o estribo, o nervo auditivo e o caracol (também
conhecido por cóclea).

Ao atingir o ouvido externo, as ondas sonoras percorrem o canal auditivo até chegar
ao tímpano. Este, por sua vez, vibra quando identifica variações de pressões mesmo
muito pequenas, causadas pelas ondas sonoras.
As vibrações do tímpano avisam a dois ossos da cavidade timpânica (martelo e
bigorna) que existe um som e estes, então, acionam outro osso (o estribo) que repassa
essa informação ao ouvido interno.
Ao passarem por cada um desses obstáculos, as ondas sonoras são amplificadas e
chegam ao caracol do ouvido.
O ouvido interno é composto pela cóclea que apresenta forma de caracol. Esta contém
pequenos pelos que vibram quando há uma propagação do som. Essa propagação
ocorre de forma fácil em virtude de um líquido existente dentro do ouvido interno,
que estimula as células nervosas do nervo auditivo enviando esses sinais ao cérebro,
fazendo com que tenhamos a percepção do som.

1. “Som e sua propagação”, no site SoFísica.com.br acessado a 5 de agosto de 2009


2. Knobel, Marcelo (UNICAMP) "Física da Fala e da Audição"

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – introdução - 08


Num primeiro momento se busca duas coisas:

1) O desenvolvimento da musculatura e,

2) a noção de simetria. Esses dois elementos conquistados e unidos chamamos de


coordenação motora.

Num segundo momento buscamos desenvolver uma interpretação do som, que


começa por distinguir sons longos, curtos e médios (duração), volumes (intensidade),
agudos, médios e graves (altura) e saturações (texturas sonoras).

Parece que não, mas só a partir de agora poderemos começar a entender os


instrumentos, como acontecem seus sons, suas posições e recursos. Pode-se agora
começar a entender os primeiros conceitos teóricos musicais, como leitura de
partitura, cífra, harmonia, etc.

Então começa a se desenvolver a noção de estética (o belo), que se constitui um tipo


de inteligência.

Deixa-me voltar ao início para explicar melhor. O aluno tem, a princípio, a ideia de que
a sua música (a música que ele gosta) é bonita (e até o dado momento é), então ele
quer aprender aquela música ou músicas. Porém no curso ele se depara com outra
coisa, que é o método.

O método é analítico e busca, por princípio, a autonomia do aluno e, por conseguinte


estimular sua capacidade crítica-criativa. Ou seja, que ele (o aluno) seja capaz de por si
só aprender qualquer música, modifica-la, critica-la ou/e reinventa-la. O método é
aplicado contendo em sua estrutura: o raciocínio lógico, a metodologia cientifica, a
dialética histórica, o contexto social, o incentivo ao improviso e a pesquisa, sempre
procurando a síntese e uma compreensão holística no fazer musical.

Composição e Arranjo
Prática instrumental e

História e Estética
Percepção

Harmonia e
vocal

Morfologia

Notação musical

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – introdução - 09


1) O que é a
música?________________________________________________________________

2) O que é linguagem
musical?________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

3) O que o objeto portador da arte nos


revela?_________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

4) Qual a utilidade direta da


arte?__________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

5) quais são as propriedades da


música?________________________________________________________________

6) Escreva sobre a bossa nova e as propriedades


musicais?_______________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

7) Qual é a matéria prima da música?________________________________________

8) O ouvido é dividido em quantas partes? Quais são


elas?___________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

9) Num primeiro momento, o que se busca no estudo da


música?_______________________________________________________________

10) O que o método busca, a principio, desenvolver no aluno?


Explique?_______________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – introdução - 10


1) PENTAGRAMA

2) AS CLAVES

3) FIGURAS DE TEMPO

4) LEITURA RÍTMICA

5) COMPASSOS

6) QUIÁLTERA, SÍNCOPE E
CONTRATEMPO

7) VARIAÇÕES RÍTMICAS

8) COMPASSOS COMPOSTOS

9) SUBDIVISÃO RÍTMICA
O PENTAGRAMA
1- É a pauta onde escrevemos a música na partitura, todos os instrumentos e o canto
podem ser escritos na partitura.

2 - Formado por cinco linhas (5 L.) e quatro espaços (4 E.), onde cada linha e cada
espaço representam uma nota ou uma peça de percussão.

3 - Sua ordem é contada de baixo para cima: 1ª linha, 1º espaço, 2ª linha, 2º espaço, 3ª
linha, 3º espaço, 4ª linha, 4º espaço e 5ª linha.

4 - A ordem do pentagrama vai se relacionar com a sequência das notas naturais:

Do, ré, mi, fá, sol, lá, si.

1ª L. 1ª E. 2ª L. 2ª E. 3ª L. 3ª E. 4ª L. 4ª E. 5ªL.

AS LINHAS E ESPAÇOS COMPLEMENTARES


5 - Elas são a continuação do pentagrama.

Mm mklnnnnkl

1ª E.C.S. 1ª L.C.S. 1ª E.C.I 1ª L.C.I.

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – N. Musical - 12


VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – N. Musical - 13
1- São figuras que indicam a posição das notas no pentagrama.

Existem três claves:

2- As claves funcionam da seguinte maneira; onde ela iniciar, ali se tem a nota de seu
nome.

A clave de Sol inicia-se apenas na 2ª linha.

A clave de Fá na 4ª e 3ª linhas.

A clave de Dó assina-se em todas as linhas, exceto na 5ª linha.

3- TODAS ESTAS POSSIBILIDADES EXISTEM PARA QUE QUALQUER NOTA SEJA ESCRITA
EM QUALQUER LINHA OU ESPAÇO NO PENTAGRAMA.

A clave de sol é a mais usada, preferível para os sons agudos e médios.

A clave de fá é usada para registros graves, baixos, a mão esquerda ao piano,


trombone, etc.

A clave de Dó é pouco usada, trombone em C e a viola de arco são os instrumentos


que a usam. Antigamente cada uma das quatro vozes do coral usava uma clave de DÓ.

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O processo para ler partitura consiste em três etapas:

1ª - Leitura rítmica = tempo + nota.

2ª - Leitura Métrica = tempo + nome de nota.

3ª - Solfejo = tempo + altura de nota.

Para iniciarmos a leitura rítmica usaremos uma notação alternativa, onde:

Tempo=palma= (traço em pé).

Nota= “tá” da voz= (traço deitado).

EXERCÍCIOS

1)

2)

3)

4)

5)

6)

7)

8)

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – N. Musical - 24


1 – São signos que indicam a duração dos sons (notas e ruídos).

2 – As figuras não têm valor absoluto e sim relativo.

3 - Cada figura vale a metade de sua antecessora, sendo assim, o dobro da sucessora.

SEMIBREVE MÍNIMA SEMÍNIMA COLCHEIA SEMICOLCHEIA FUSA SEMIFUSA

4 – Cada figura tem sua respectiva pausa, com o mesmo tempo, sendo que em
silêncio.

5 - As figuras podem aparecer invertidas:

6 - As partes das figuras são: cabeça haste colchete

7 - As figuras podem aparecer juntas:

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COPIE E INDIQUE OS VALORES

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – N. Musical - 27


COMPASSOS
1 – É a organização dos tempos da música em partes iguais.

2 – São três os tipos de compassos mais usados: binário, ternário e quaternário.

3 – O binário tem 2tempos, ternário 3t e o quaternário 4t.

4 – Sempre o 1º tempo é forte e os demais fracos.

COMPASSO = PULSO + ACENTO

5 – Na partitura os compassos são delimitados por barras perpendiculares ao


pentagrama. Ex.:

Compasso 1 compasso2 compasso 3 compasso 4 etc. barra dupla =fim

FÓRMULA DO COMPASSO

Geralmente é uma fração colocada no começo do trecho musical, onde o numerador indica o
tipo e o denominador o valor da semibreve. Ex.:
Binário = cada compasso só pode ter 2tempos

Semibreve 4tempos

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – N. Musical - 28


PREENCHA OS COMPASSOS

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PRIMEIRAS LEITURAS RÍTMICAS

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VARIAÇÕES RÍTMICAS

1 – Nem todos os tempos nos compassos têm a mesma importância.

Ex.:

1 e 2 e

1 e 2 e 3 e

1 e 2 e 3 e 4 e

2 – O primeiro tempo (nº1) é chamado de tempo forte, e os demais tempos (nº 2, 3 e 4) são
chamados de tempos fracos.

3 – As metades de tempo (“e” 2ª metade do tempo) são chamadas de parte de tempo fraco, e
os números (“1, 2, 3, 4” 1ª metade do tempo) de parte de tempo forte.

CONTRATEMPO
Quando uma nota é tocada no tempo fraco ou na parte do tempo fraco, ficando o tempo forte
ou parte do tempo forte em pausa. Ex.:

SÍNCOPE
Quando uma nota é tocada no tempo fraco ou na parte do tempo fraco, se prolongando até o
tempo forte ou parte do tempo forte em pausa. Ex.:

Perceba que a ligadura prolonga (soma) o tempo da nota.

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – N. Musical - 31


LEITURAS RÍTMICAS 2

O PONTO DE AUMENTO
1 – Ponto colocado ao lado direito da figura, aumentando o valor desta mais a sua
metade.

2 – Existe o ponto do ponto do ponto do ponto etc. que vale sempre a metade do
ponto antecessor. Ex.:

LEITURA RÍTMICA COM CONTRATEMPO, SÍNCOPE, LIGADURA E


PONTO DE AUMENTO.

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – N. Musical - 32


COMPASSOS COMPOSTOS

Existem dois tipos de pulsos:

1) simples- tempo dividido em metades.

2) composto – tempo dividido em terços.

Os pulsos simples geram compassos simples, já os pulsos compostos geram compassos


compostos.

FÓRMULA DOS COMPASSOS COMPOSTOS


Para formamos as fórmulas dos compassos compostos, multiplicamos o numerador do simples
por 3 e o denominador por 2.

Ex.:

OBS.: As informações contidas nas fórmulas dos compassos compostos são em relação aos terços de
tempo, então no 6/8 cada compasso tem 6/3, e a semibreve vale 8/3.

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – N. Musical - 33


LEITURAS RÍTMICAS 3

QUIÁLTERAS
É a mudança de concepção da divisibilidade do tempo. Ex.:

FAÇA A LEITURA RÍTMICA

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – N. Musical - 34


SUBDIVISÃO RÍTMICA

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – N. Musical - 35


1) ESCALA CROMÁTICA

2) INTERVALOS

3) ESCALAS MAIORES COM #

4) ESCALAS MAIORES COM b

5) ESCALAS MENORES

6) ACORDES

7) CAMPO HARMÔNICO

8) ESTRUTURA BÁSICA

9) TIPOS DE INICIAÇÃO
ESCALA CROMÁTICA
1 - É a reunião de todas as notas que a música ocidental tradicional utiliza.

2 – Formada por 12 notas: 7 naturais e 5 alteradas.

3 – Os instrumentos são construídos com base nela.

4 – As notas estão em intervalo de ½ tom.

C# D# F# G# A#
C- Db
-D- Eb
-E-F - Gb
-G - -A- -B-C ...
Ab Bb

CÍFRA - É a representação das notas por letras:

A/lá – B/si – C/dó – D/ré – E /mi – F/fá – G/sol

SINAIS DE ALTERAÇÃO
Sustenido (#) = + ½ tom

Bemol (b) = - ½ t.

Dobrado sustenido ( X) = + 1T

Dobrado bemol (bb) = - 1t.

Bequadro anula o efeito dos demais sinais.

ENARMONIA
Quando uma nota tem dois ou mais nomes:

C#=Db F#=Gb Bb =A#

D#= Eb G#=Ab C=B#

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – HARM. MORF. - 37


INTERVALOS

1- É distância, em termos de altura, entre as notas.

1TOM = 2 SEMITONS

EXERCÍCIOS
Indique a quantidade de tons e semitons entre:

Ascendente

E-G= C-B= A-Bb= G#-C= G- C#=


D-A= D#-A= Bb-G= F-D= F-B=
C-F= E-G= C-E= E-C= E-A=
B-A= F-Eb= B-D= D-B= D-G#=
G-E= G-D= A-F= C-A#= C-F=

Descendente

C-G= D-B= A-B= A-C= G# -A=


F-A= D-A= Bb-G= F-D= F-B=
C-F= E-G= C#-E= E-C#= Eb-A=
B-A= F-E= G-D= D-B= Db-G=
G-Eb= G-D= A-F= C-A= C-F=

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – HARM. MORF. - 38


38387
ESCALAS MAIORES COM #

Para encontrarmos as escalas maiores com sustenido, fazemos duas contagens:

1) partindo da escala modelo de C (do, ré, mi, fá, sol, lá, si, do8ª), contamos 5 (cinco)
notas.

2) dentro desta nova escala, contamos 7 (sete) notas para por o #.

Lembrando que os # vão se acumulando de uma escala para outra, até chegar à sétima
escala, onde todas as notas serão #.

MOD. DO -RE - MI - FA - SOL - LA - SI - DO8ª

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – HARM. MORF. - 39


ESCALAS MAIORES COM b

1 - Para acharmos as escalas com bemol, fazemos apenas uma contagem; 4 notas.

2 – Põe-se o bemol na 4ª nota da escala.

3 - Esta quarta nossa será a próxima escala.

4- Tudo partindo da 1ª escala com bemol; de fá maior.

1ª FA - SOL - LA - SIb - DO - RE - MI - FA8ª

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – HARM. MORF. - 40


ESCALAS MENORES

1 – Se originam do 6º grau das escalas maiores, utilizando destas as suas notas.

2 – Enquanto as escalas maiores servem para fazer música “alegre”, as escalas


menores servem para fazer músicas “tristes”.

3 – Existem três tipos de escalas menores; primitiva, harmônica e melódica. Por


enquanto só veremos as primitivas.

1 do – re – mi – fa – sol – la - si - do8ª La – si – do – re - mi -fa -sol – la8ª


2

10

11

12

13
14

15

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – HARM. MORF. - 41


ACORDES

1 - Acordes são três ou mais notas tocadas ou pensadas simultaneamente.

2 - Sua função inicial é dar suporte a melodia, porém pode conduzi-la.

3 - Os acordes são formados por terças sobrepostas.

4 - Existem quatro tipos de acordes; maiores, menores, aumentados e diminutos.

5 - O primeiro grau das escalas maiores geram acordes maiores, o primeiro grau das
escalas menores geram acordes menores.

C = DO –MI – SOL Am = la – do - mi

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – HARM. MORF. - 42


CAMPO HARMÔNICO
1 - São os acordes que se formas nas escalas.

2 - A princípio, as músicas são tocadas com as notas do campo harmônico, por


exemplo, se o tom da música for lá maior, usamos a escala de lá maior e seu campo
harmônico.

MAIOR MENOR MENOR MAIOR MAIOR MENOR DIMINUTA MAIOR


C Dm Em F G Am B dim C

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – HARM. MORF. - 43


ESTRUTURA BÁSICA

PULSO

COMPASSOS

FRASES

PERÍODOS

1 – Pulso é a marcação.

2 -Compasso é a união de pulsos.

3 - A frase,também chamada de quadratura, é composta por 2 até 6 compassos.

4 – O período é a junção de 2 ou mais frases.

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – HARM. MORF. - 45


TIPOS DE INICIAÇÃO

As frases musicais podem começar de três formas:

1 – ACÉFALO – quando a melodia começa depois do compasso e da harmonia.

2 – TÉTICO – quando melodia, compasso e harmonia começam juntos.

3 – ANACRUZES – quando a melodia começa antes do compasso e da harmonia.

VOZ ATIVA – ANÁLISE MUSICAL 1 – HARM. MORF. - 46


4ª PARTE
ÍNDICE
1) A CANOA VIROU – 49

2) O BALÃO DO JOÃO – 50

3) TENGO, TENGO,TENGO – 51

4) BELA PASTORA –

5) FUI PASSAR NA PONTE –

6) TEREZINHA DE JESUS -

7) SEU TENENTE -

8) AURA LEE -

9) CAN’T HELP FOWLLING IN LOVE –

10) PÃO, PÃO, PÃO

11) SAMBA LÊ LÊ

12) PASSA, PASSA GAVIÃO

13) O MEU BOI MORREU

14) LAVADEIRA

15) O CRAVO BRIGOU COM A ROSA

16) GREENSLEEVES

17) CARRUAGEM DE FOGO

18) BAMBALALÃO

19)O BAÚ

20)CAPELINHA DE MELÃO

21) CARANGUEJO

22) LAGARTA PINTADA

23) A MACHADINHA

24) PAI FRANCISCO

25)VAMOS, MANINHA VAMOS

26) O PIÃO

27) OH! SINDÔ LÊ-LÊ


49
1. O Ba - lão do Jo - ão
2. Tá fe - liz o pe - tiz
3. Fi - ca en – tão o Jo - ão

50
51
VOZ ATIVA ESCOLA DE MÚSICA

CADERNO DE CANÇÕES

52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
O PIÃO

Pi - ão Pi - ão

- ão Pi - ão Pi - ão

Pi - ão Pi - ão Pi - ão

66
1) – Jazz 1

2) – Jazz 2

3) – Jazz 3

5
4) – Blues 1

5) – Blues 2

6) – Blues 3

7
7) – Pop Rock 1

8) – Pop Rock 2

9) – Pop Rock 3

9
10) – Rock 1

11) – Rock 2

12) – Rock 3

11
13) – Funk 1

14) – Funk 2

15) – Funk 3

13
16) – Samba 1

17) – Samba 2

18) – Samba 3

15
19) – Samba Reggae

20) – Baião 1

21) – Baião 2

16
22) – Ijexá 2

23) – Maxixe 1

24) – Maxixe 2

17
25) – Maracatu 4

26) – Lambada

27) – Vaneirão

18
28) – Son Clave 2-3

◦ 157 – – Son Clave 2-3 (Lento).mp3


◦ 158 – Son Clave 2-3 (Moderado).mp3
◦ 159 – Son Clave 2-3 (Rápido).mp3

29) – Son Clave 3-2

30) – Rumba Clave 2-3

20
31) – Afrocubano

32) – Cáscara

33) – Mambo

21

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