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Guia Completo para Ministério de Louvor – Devocionais e Estudos

17/02/2009Dário EstevãoDeixe um comentárioIr para os comentários

Olá Personas,

Depois dos Guias Completos para Músicos, Sonoplastas e Vocalistas, venho agora disponibilizar o maior coleção de
artigos/devocionais e estudos sobre o Ministério de Louvor. A maior parte desta coleção está no Portal Adorando
(www.adorando.com.br). A outra parte já foi disponibilizada em nosso próprio blog.
Este Guia Completo para Ministério de Louvor foi dividido em duas partes: Dicas para Líderes e Devocionais para todos
os participantes do ministério de louvor/adoração. Ao todo são mais de 60 artigos,   de diversos autores, reunidos em
um só lugar para você.
Se você conhecer algum artigo interessante e deseja compartilhar conosco, entre em contato através dos comentários.
Teremos o maior prazer em compartilhar com todos os leitores do blog Adoração sem Limite.

Para acessar os demais guias para ministério de louvor, clique no link abaixo:

http://adoracaosemlimite.wordpress.com/ministerio-de-louvor/
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Email”, no canto superior direito.
Espero que gostem e compartilhem com todos os interessados. Que estes artigos venham trazer qualidade para os
nossos cultos e que nosso louvor suba “como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus”.
DICAS PARA LÍDERES E MINISTROS DE LOUVOR
Clareza no Louvor
A Disciplina no Louvor
Por Ramon Tessmann
O desafio de ser pioneiro
Por Adhemar de Campos
Uma equipe ou várias?
Atitude é Tudo
Manipulação no Louvor
Por Equipe Vineyard Music
Aprendendo a Liderar Adoração – 1ª Parte
Aprendendo a liderar adoração – 2ª Parte
Por Brent Helming – Vineyard Music
Um “doce” de equipe de louvor
Tornando a equipe musicalmente flexível
Por Terry Butler
Liderando louvor em uma igreja pequena
Liderando louvor em uma igreja pequena – 2ª Parte
Por Larry Myers
Interação Pastor x Músico
Por Ronaldo Bezerra
Preparação e execução de um período de louvor
Por Andy Park
Herança ministerial
Por Gerson Ortega
Investindo na Equipe de Louvor
Por Joel Balin
Escolha de músicas para iniciantes
Por Larry Levy
Preparação para a liderança
Por Brian Doerksen
O som de sua vida: o líder de louvor e seu caráter
Por Dan Wilt
Para líderes: 11 dicas para sua equipe
Por Terry Butler
O Ministério de música na Igreja
Por Silas Palermo
Adoradores ou Alienados?
Duarte Henrique
DEVOCIONAIS E ESTUDOS
Adorando ao Deus que Amamos
Chamados para Servir em Amor
Princípios para uma Ministração Abençoadora
Verdadeiro Sentido do Louvor e Adoração
Ministração do Louvor no Culto
Significados de “Louvor”
4 Princípios de um verdadeiro servo
Qualificações para atuar no ministério de música 
Buscando Adoradores
O Ministério da Verdadeira Adoração
Ministros de Deus ou Profissinais do Púlpito?
Artistas ou Adoradores?
30 Erros que um Ministro (de Louvor) não pode cometer
Música Gospel: Padrões de Deus ou padrão do mundo?
Por Ronaldo Bezerra
Adoradores injustiçados!
Robôs adoradores
Zumbido de adoração: Não é moda não!
Ministrando a Deus ou aos homens?
Por Ramon Tessmann
Adoração ou Tradição
Adoração ou Tradição – 2ª Parte
Deus é musical?
Caminhos da Adoração
Por Adhemar de Campos
Meditações sobre a verdadeira adoração
Para Ser um Bom Ministro de Cristo 
Chamado de um adorador
Por Asaph Borba
Adoração: Fato ou sensacão
Os hábitos Essenciais dos Adoradores
O ministério secreto do adorador
Por Jeremy Cook
O coração de adoração
O que realmente importa no Ministério de (Louvor ou) Adoração?
Por Darlene Zschech
Os princípios de Davi – 1ª Parte 
Os princípios de Davi – 2ª Parte 
Por Daniel Souza
Quando Tudo começou
Adoração é a arte de expressar o seu coração
Por David Quinlan
Puro e Impuro
Por Gerson Ortega
Facilitadores: Privilégio e responsabilidade
Por Roberto Azevedo
Restaurando a adoração bíblica
Por N. T. Wright
Vida de Louvor
Por Ana Paula Valadão Bessa
Vida de Louvor
Por Autor Desconhecido
Em busca da autenticidade
Por John Eldredge
O Supremo Valor da Adoração
Por Peter Fitch
Conduzindo o perfeito louvor
Por Lígia Rosana Borba
O Selo da Adoração
Por Milton Lucas
A Linguagem Secreta da Intimidade
Por Kim McMechan
A Paixão e a Música
Por David Ruis
Adoração e sacrifício
Por Peter Davids
Unção e fraqueza
Por João A. de Souza Filho
Enriqueça sem dores!
Por Evaristo Fernandes
Jesus Unindo Gerações – Tudo é vosso
Por Luciana Lacerda
Dependência de Deus. A maneira certa de adorar! 
Por Samir Machado
Técnica X Unção
Por Luciana Pinheiro Torres
Música
Por Jorge Jesuino
O Maior dos Artistas
Por Daiana Barros

Blessing
Dário
Guia completo para Músicos e Sonoplastas

11/02/2009Dário EstevãoDeixe um comentárioIr para os comentários

Olá Personas,

O Portal Adorando (www.adorando.com.br) disponibiliza uma série de dicas relacionadas a área musical e nós do
Adoração sem Limite não poderíamos deixar de compartilhar com vocês. Alguns desses artigos já foram
disponibilizados em nosso blog.
Esta primeira série de dicas é para músicos e sonoplastas. Nesta série é apresentado um acervo de artigos onde

contém uma linguagem simples e de forma direcionada/específica para cada área.


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Abaixo a coleção de artigos que o Adoração sem Limite disponibiliza para os interessados. Espero que gostem e que
estes artigos venham trazer qualidade para os nossos cultos e que nosso louvor suba “como cheiro de suavidade e
sacrifício agradável e aprazível a Deus”.
DEVOCIONAIS:
Violão e Vida
O Caráter do Músico Cristão – 1ª Parte
O Caráter do Músico Cristão – 2ª Parte
O caráter do músico cristão – 3ª Parte 
Por Asaph Borba
17 Super dicas para músicos e ministros de Louvor
Formando a Visão dos Músicos
O músico comprometido com Deus
Interação Pastor x Músico
Por Ronaldo Bezerra
Carta aos Instrumentistas
Problemas com Ensaio
Por Ramon Tessmann
Sinalizando para a banda
Ensaio de Domingo
Por Equipe Vineyard Music
Sinais de que o músico está correndo perigo
Organizando os ensaios
Por Daniel Souza
Técnica e Unção 
Técnica e Unção – 2ª Parte 
Por Luciano Manga
Habilidade Musical: Dom ou Talento? – 1ª Parte
Habilidade Musical: Dom ou Talento? – 2ª Parte
Por Luciana Lacerda
O comportamento no ensaio
Por Bruce Ellis
Atuação profética do músico na Sociedade
Por Gerson Ortega
A Importância de Qualidade Musical Na Igreja
Por Raquel Emerick
Serviço “Expressão de Adoração”
Por Christie Tristão
Ministério Musical
Por Alexsandro S. Castro
ARTIGOS TÉCNICOS SOBRE BATERIA:
Peles para Tons – Bateria
Como Escolher as Baquetas
Fortalecendo o Groove
Por http://www.batera.com.br
O uso da bateria na adoração
Por Márcio Miguel
Auxílio ao baterista
Por Ramon Tessmann
Bateras – Atitudes Profissionais
Por Renato Siqueira
Microfonando a Bateria
Por Samuel Matos
Metrônomo
Por Joel Jr
Bateria – Aprenda sobre afinação
Por http://www.vidanovamusic.com.br
ARTIGOS TÉCNICOS SOBRE INSTRUMENTOS DE CORDAS:
Um Bom Guitarrista
Por Raphael Costa
O papel do guitarrista na equipe de louvor
Cuidado com as cordas
Por Samuel Fratelli
O mercado dos Violões
Por http://www.musicaemercado.com.br
Violão acústico
Por Michael Frye
Como limpar ou encerar instrumentos com acabamento fosco natural?
Por Edmar Luighi
Contra-baixo – Algumas considerações
Por Amauri Muniz
Dicas para baixo-elétrico
Por Daniel Souza
Dicas para músicos – violino
Por http://www.ameprod.com.br
ARTIGOS TÉCNICOS SOBRE TECLADOS:
Distribuição de Acordes no teclado
Distribuição de acordes menores no teclado
O papel do tecladista na equipe de louvor
Por Luciana Fratelli
Técnicas de acompanhamento para piano 
Por Abraão Lincoln
O Poder do Teclado
Por Paulo Lira
ARTIGOS TÉCNICOS SOBRE SONOPLASTIA:
A qualidade do som na igreja
Microfone da voz no culto
O Uso do Microfone
Por Abner Borba
Equalizando
Mesas Digitais
Por Samuel Matos
O mi(ni)stério da técnica de som
Por Amauri Muniz
Microfonia: O que é? Como combatê-la?
Por David Fernandes
A Sonorização
Por Pollyana Mattos
Microfonia 
Por http://www.ameprod.com.br
OUTROS ARTIGOS TÉCNICOS:
Dica para os músicos: Ciclo de quartas
Música traz Benefícios à Saúde 
Por http://www.ameprod.com.br
Cuidado com os Ouvidos 
Por Samuel Matos
Metrônomo para Todos
Por Gerson Ortega
A gaita diatônica Integral
Por Fernando Xavier
Abaixando os tons
Por Equipe Vineyard Music
Blessing
Dário
Guia completo para Vocalistas/Cantores e Backing Vocal
16/02/2009Dário EstevãoDeixe um comentárioIr para os comentários

Olá Personas,

Mais uma vez venho compartilhar com todos um Guia Completo, agora para vocalistas/cantores.

Estes artigos estão disponíveis no site www.adorando.com.br e apresenta uma série de dicas sobre técnica vocal.
Nestes artigos encontramos vários voltados para a área de louvor, que neste guia chamaremos de devocional. No final
deste estará os artigos relacionados a técnica vocal.
Se você conhecer algum artigo interessante e deseja compartilhar conosco, entre em contato através dos comentários.
Teremos o maior prazer em compartilhar com todos os leitores do blog Adoração sem Limite.

Para acessar os demais guias para ministério de louvor, clique no link abaixo:

http://adoracaosemlimite.wordpress.com/ministerio-de-louvor/
Espero que gostem e compartilhem com todos os interessados. Que estes artigos venham trazer qualidade para os
nossos cultos e que nosso louvor suba “como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus”.
DEVOCIONAIS PARA VOCAL:
Manual do Cantor Adorador
Manual do Cantor Adorador II
Tudo quanto tem fôlego II
Tudo quanto tem fôlego II – continuação
Por Luciana Fratelli
O uso de backing vocal na adoração
Por Jessie Clarke
Tudo quanto tem fôlego
Por Nívea Soares
Como cantar em grupo
Por Vivian Veríssimo
ARTIGOS TÉCNICOS:
Vocalises para aquecimento
Aquecimento Vocal II
Aquecimento Vocal III
A respiração e o Som
Apoio Diafragmático
Apoio Diafragmático – Exercícios Vocais
Harmonia Vocal
Contralto – harmonia vocal e solos
Problemas de fôlego curto
Articulação
Ressonância
Por Luciana Fratelli
Afinação
Técnica Vocal: Como estudar em casa
Por Marivone Lobo

A voz como Instrumento


Por Greta Lira
Canto: Postura corporal 
Por Almir de Almeida
Blessing
Dário
Clareza no Louvor – Item Essencial
A ADORAÇÃO — 3 DE JULHO DE 2012 8:52 PM 

por: Ramon Tessmann
Introdução
Em um estudo anterior eu comentei sobre os ritmos musicais que utilizamos para louvar a Deus. Apesar de mostrar que os gostos
musicais estão relacionados com o lugar onde nascemos e crescemos (cultura), defendo veementemente a clareza que nós, como
músicos cristãos, devemos ter em nossos cânticos.
A questão da clareza dos cânticos que entoamos nas comunidades tem sido um assunto polêmico, como muitos outros. Eu vou tentar
através de alguns tópicos, esclarecer melhor estes temas para que os irmãos venham a ter um maior entendimento sobre assuntos
muitas vezes não são encontrados nas Escrituras.
Bem, muita gente têm questionado sobre a clareza de estilos musicais como o Heavy Metal o Rock pesado, etc, e eu muitas vezes
assim o faço. É difícil imaginar que alguém consiga louvar a Deus num ambiente tão barulhento, bagunçado e infelizmente em alguns
casos violentos. Muitas igrejas têm se transformadas em casas de shows que se assemelham em muito com às do mundo. Isto sem
contar o volume da música e às vezes a qualidade instrumental e qualidade dos músicos que é muito baixa.
Bem, se alguém, ao ler este estudo, achar que estou sendo duro demais ou tendo a “mente fechada”, te convido a irmos às Escrituras
Sagradas. A Bíblia relata que quando Moisés descia do monte com as tábuas da lei, ele e Josué ouviram um cântico que criou confusão,
e que trouxe dúvidas ao próprio Josué. Ele não conseguiu compreender o cântico naquele momento: “Ouvindo Josué a voz do povo que
gritava, disse Moisés: há um alarido de guerra no arraial. Respondeu-lhe Moisés: Não é alarido dos vencedores nem alarido dos
vencidos, mas alarido dos que cantam é o que ouço. Logo que se aproximou do arraial, viu ele o bezerro e as danças; então,
acendendo-se-lhe a ira, arrojou das mãos as tábuas e quebrou-as ao pé do monte…? ·
Sabe o que foi que aconteceu nesta história? Moisés não conseguiu discernir o que era aquela algazarra, por causa do barulho e da
bagunça que estava acontecendo. Eles só conseguiram entender quando se aproximaram do arraial. Moisés não poderia dizer se aquilo
era louvor a Deus ou não. Eu te pergunto: Será que isto está acontecendo em nossos dias? Querido irmão, poderia a Bíblia ser mais
clara?
Se você deseja louvar a Deus ou evangelizar um público não cristão, pelo menos use a tua música com clareza para atingir o teu
propósito. Certa vez, um irmão me disse: “Nós também podemos nos divertir depois que aceitamos Jesus”. Concordo, mas cantar
músicas em ritmo pesado com a finalidade de buscar diversão não é louvar a Deus, na verdade você estará atrás de prazeres para você
mesmo! E acredite, você não estará evangelizado se a mensagem da música que você estiver cantando não for clara. Ninguém dará
ouvidos à música e sim às batidas da bateria, aos solos e aos gritos do vocalista.
Conclusão
Como eu sempre digo, todos os ritmos estão disponíveis a nós, mas nem todos nos ajudarão a evangelizar ou a criar um ambiente de
louvor a Deus. Temos liberdade para utilizarmos todos os ritmos, mas nem todos serão apropriados para determinadas ocasiões. É
neste ponto que os músicos devem ter sabedoria para ouvir a voz de Deus e pedir direção a Ele.
Um abração em Cristo Jesus e até a próxima,
Ramon Tessmann

A disciplina no (Ministério de) Louvor


Olá Personas,
Indico este artigo escrito pelo Ramon Tessman para os Líderes de Louvor e adoração. Neste é tratado a forma de
disciplinar a sua equipe. Muito bom o artigo.
Ramon Tessman nos cedeu autorização de publicar seus artigos em nosso blog e espero que gostem bastante, assim
como eu, de seu trabalho.
Ramon Tessman é músico, dirigente de louvor, conferencista na área de adoração e avivamento da Igreja Vida Nova de
Criciúma/SC e têm diversos artigos, estudos, palestras, seminários, cds e livros e espera que através deles igrejas e
comunidades possam despertar para prestar uma adoração a Deus “cada vez mais intensa e verdadeira.”

Leiam por completo. Vale a pena.


A disciplina no (Ministério de) Louvor

É de praxe vermos equipes musicais enfrentando uma série de problemas com seus integrantes.
Problemas causados por mau comportamento (mau testemunho), pecado, mágoa, inveja, fofocas, contendas, falta de
dedicação, falta de compromisso, e outros, obrigam líderes e pastores a se questionarem no fato de como podem ou
devem exortar e disciplinar os levitas de suas comunidades. Muitos têm tentado, com sucesso, realizar este árduo
trabalho, outros tentam, sem sucesso, mas com sincero esforço, buscar a melhor maneira de aconselhar um músico.
Infelizmente, ainda vemos igrejas tratando os problemas do ministério de música de forma errada (às
vezes são excessivamente liberais, às vezes excessivamente rígidos), trazendo conseqüências desastrosas às pessoas
envolvidas. Histórias envolvendo líderes e liderados descontentes uns com os outros não são difíceis de se encontrar. O
primeiro tópico que quero tratar (a seguir) é o problema da disciplina rígida e a liberal, antes de tratar de bons
conselhos concernentes à exortação e aconselhamento. Bem, vamos adiante!
A disciplina rígida
Alguns grupos cometem o erro de disciplinar (julgar ou exortar) os seus membros de forma tão rígida
que esta atitude acaba, em alguns casos, se tornando uma grande injustiça. Por exemplo, eu conheço uma igreja que
não permitiu que alguns de seus músicos trabalhassem no culto por eles estarem estudando a noite, o que os fazia
estar disponíveis para ensaios apenas nos finais de semanas. Sei que alguns destes músicos eram bastante dedicados,
tinham o coração voltado a Deus e acima de tudo, eram preparados musicalmente e espiritualmente para desempenhar
a tarefa.
Como outro exemplo, cito o caso de um guitarrista que no início de sua vida cristã há alguns anos
atrás, acabou partindo para a agressão física com outra pessoa, por um motivo qualquer. Um presbítero (hoje
desviado), ao ver esta cena disse aos brados: Você nunca mais pisará o pé num púlpito para tocar guitarra! Felizmente
este guitarrista é hoje uma bênção na casa de Deus, e aquela maldição proferida não surtiu efeito, glória a Deus! É
triste ver que alguns líderes e pastores têm tratado os seus músicos como se eles fossem inimigos da igreja, esperando
ansiosamente para castiga-los, humilha-los, para dizer que são preguiçosos, que não possuem musicalidade, etc.
Muitos ainda os comparam com os músicos de outras igrejas, rebaixando os seus e exaltando os outros. Depois
reclamam que Deus não envia músicos para a sua comunidade. A verdade é que o líder deve saber agir com amor,
paciência e com alguma rigidez, dependendo do caso, mas sempre sabendo controlar os seus sentimentos. Sabemos
que os músicos são pessoas difíceis de lidar, e às vezes leva tempo para que eles tenham uma visão madura. Com
certeza, a falta de flexibilidade pode trazer várias conseqüências desagradáveis ao grupo de louvor.

A disciplina liberal
Um outro erro que observamos é o dos líderes que não dão a mínima para o grupo de louvor que Deus
pôs em suas mãos. A cegueira faz com que os dirigentes deixem os músicos fazerem a maior algazarra no grupo, onde
qualquer um faz o que quer, e o que bem entende. Ás vezes, é engraçado, e de certo modo triste, vermos músicos
tendo mais autoridade que seus líderes, mandando e desmandando aonde querem.
Certamente a bagunça não é algo que Deus tem prazer em ver dentro de sua casa. É necessário
também tocar no assunto da santidade. É com pesar no coração que vemos igrejas permitindo que seus músicos vivam
e continuem a viver no pecado. Amiúde encontramos instrumentistas e cantores cristãos vivendo em adultério, em
vícios, envolvidos em contendas, fofocas, etc. Ou músicos que não se dedicam, que não têm compromisso com Deus,
etc. Nos espantamos ao ver algumas pessoas se defenderem dizendo: Todos são pecadores! É verdade que todos
somos pecadores, mas devemos buscar a santidade dia após dia, fugindo do pecado. De outra forma, não seremos sal
da terra, luz para o mundo, e não também não poderemos ministrar na casa de Deus!

Como disciplinar
O primeiro ponto a se olhar no que se concerne à disciplina, é cuidar para não ser liberal ou rígido
demais. Sabemos que sem santidade, uma pessoa não deve nem subir no púlpito para servir. Concluímos então, que
quando um músico comete um pecado em público, ele deve ficar no banco até se consertar com Deus e com os
membros do grupo. Nós, do Ministério Vida Nova e vários outros grupos de louvor, adquirimos esta regra: Quem está
em pecado perante a igreja nunca é chamado para trabalhar. O tempo de disciplina varia de caso para caso, e isto é o
líder do ministério de música quem decide.
Antes de aconselhar, exortar ou disciplinar, o líder deve ter uma conversa séria e sincera com o músico.
Costumo pensar que muitos dos problemas existentes nos grupos de louvor de hoje, poderão ser resolvidos na
conversa, sem exigir medidas drásticas. Um exemplo que se encaixa perfeitamente nisto é o caso do músico que já tem
seu sustento próprio (vida profissional), mas não está devolvendo o seu dízimo ao Senhor. Neste caso, uma boa
conversa deve bastar. Infelizmente, em alguns casos de erro, uma boa conversa resolve o problema, mas não resolve
as conseqüências, pois as mesmas só se apagarão com o tempo. Cito como exemplo o caso de dois músicos que se
agridem fisicamente, em público. Como sabemos, eles poderão se perdoar no mesmo dia, mas como a briga foi em
público, levará um certo tempo até “baixar a poeira”. Neste caso, algum tempo de disciplina não fará mal a estes dois
músicos. Ao se exortar, vários fatores devem ser levados em conta. Se um músico estiver envolvido numa fofoca ou
contenda, a primeira coisa a fazer é ouvir este levita, ouvir as pessoas envolvidas, constatar se não há segundas
intenções no coração de quem proferiu as fofocas, etc. Assim estaremos cortando o mal pela raiz, sabendo realmente
de quem foi erro e qual o tipo de aconselhamento que deve ser dado.
Outra questão a ser tratada é a da preguiça espiritual ou musical. Quase todas as igrejas enfrentam o
problema do instrumentista ou cantor que não se dedica à obra em que foi chamado, ou não é compromissado com
Deus e o grupo. Nestes casos, os líderes devem ter paciência para ensiná-lo e deixar claro que dali para frente haverá
uma maior cobrança no que se refere à dedicação e esforço pessoais.
Conclusão
Amados, sei que cada caso é diferente do outro. Situações e pessoas diferentes são envolvidas em cada
um deles, mas é bom ter cuidado para não haver rigidez ou liberdade em excesso. Por fim, digo que a atitude mais
importante e óbvia a se fazer, é pedir direção de Deus para cada situação. Creio que Deus revolverá cada problema e
colocará no coração do líder as palavras certas para a exortação, o aconselhamento ou à disciplina de um músico!
Lembre-se sempre: Deus é quem está no controle!
Um abração em Cristo Jesus
Ramon Tessmann
http://www.ramontessmann.com.br
ramon@vidanovamusic.com
Referência: http://www.vidanovamusic.com/artigos.asp?nart=30
Blessing
Dário
O DESAFIO DE SER PIONEIRO
Por Adhemar de Campos
A palavra desafio é uma palavra forte e extremamente necessária. Acredito
que sem desafios é praticamente impossível viver. O Senhor Jesus aceitou o
desafio de resgatar a humanidade e o resultado está aí. "O trabalho da sua
alma ele verá e ficará satisfeito", profetizou Isaías.
No meu caso, recebi de Deus um forte chamado em 1974 e desde então
abracei o desafio de viver para sua glória e cumprir a missão que me foi
confiada. É interessante destacar que eu não tinha a menor idéia da dimensão
daquilo que o Senhor tinha para fazer em mim e através de mim. Nada do que
aconteceu foi planejado, pensado, pesquisado ou algo assim; pelo contrário, ia
caminhando conforme a luz que o Pai me dava.
Naquela época, meados dos anos 70, não tínhamos nenhuma visão e
experiência de louvor espontâneo. A parte musical no culto girava em torno
dos "conjuntos musicais e corais" que se apresentavam para a igreja. Eu
entendo que num certo sentido, era para ser assim pelo fato de não dispormos
de nenhuma referência, nenhum modelo. Porém, como Deus tem tudo sob
controle, com o passar do tempo algo novo começou a acontecer em nós e
entre nós. Era uma presença divina que nos quebrantava e nos tocava de uma
maneira nunca experimentada antes.
Esse mover acontecia ao mesmo tempo em outras regiões do país como Porto
Alegre, Goiânia, entre outras cidades, produzindo um despertamento espiritual
sem precedentes e espalhando-se por toda a nação. Sinto-me privilegiado por
ter participado do início desse processo, uma semente plantada por Deus cujos
frutos são colhidos até hoje.
Por onde vou, seja no Brasil ou no exterior, encontro queridos irmãos que
tiveram suas vidas marcadas pelo Senhor. As reuniões dos "Encontros de
Paz", no CPP (Centro do Professorado Paulista), um evento de louvor e
adoração que a Comunidade da Graça realizava toda segunda-feira aqui em
São Paulo, foram minha verdadeira escola, onde fui "formado" como ministro
de louvor. Jamais esquecerei os milagres que testemunhei naquele lugar, onde
a glória de Deus era palpável. Foi ali que em 1987 fizemos a primeira
gravação de louvor ao vivo no Brasil, o LP Testemunhos de Louvor. Uma
experiência humanamente inexplicável.
Tudo isso tem sido maravilhoso e animador, porém o preço pago tem sido
elevadíssimo. Estou falando das lutas, tentações, decepções, calúnias, ataques
pessoais e familiares, risco de morte, injúrias, desertos, solidão, muitas
lágrimas, orações e jejuns. Algumas vezes pensei em desistir porque a pressão
era muito forte. Contudo, em nenhum momento o Senhor me desamparou;
pelo contrário, ele sempre me curava com sua palavra e me inspirava a
compor novos cânticos.
Se ser um cristão pioneiro inclui sofrer por amor e para a glória de Jesus, eu
quero ser eternamente um, pois o preço do meu resgate pago por Ele, a nada
se compara. Minha vida pertence ao Senhor, ao reino e à Igreja. Tudo que sou
e tenho entrego a Ele. Essa é a minha melhor adoração (Atos 20:24).
Adhemar de Campos é músico, cantor, compositor e pastor auxiliar da
Comunidade da Graça. Autor de aproximadamente 400 canções. É casado
com Aurora e pai de Rodrigo, Mariana e Juliana.
Fonte: www.vineyardmusic.com.br
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Lidando com os erros e dificuldades

Lidando com os erros e dificuldades


Escolhi este assunto para compartilhar com vocês porque vejo muitos músicos com o
"talento enterrado", desviados do seu chamado em Deus porque não souberam lidar com
seu erros e dificuldades ao longo do caminho. Espero que esta meditação edifique e
ajude a você principalmente que está passando por um tempo de desânimo e desvio de
rota no alvo estabelecido por Deus para sua vida.
Todo aquele que lida com a arte é por natureza mais sensível e tem necessidade de
reconhecimento, essas duas características inerentes ao artista sem a atuação do Espírito
Santo podem se tornar um grande inimigo do mesmo. É muito comum encontrar
músicos frustrados nas igrejas porque não tiveram elogios, ou porque sofreram alguma
crítica no meio do caminho, ou até mesmo porque cometeram algum erro e não se
perdoam por isso. O ser humano tem uma dificuldade muito grande de conviver com
seus erros e de entender primeiramente o perdão de Deus, e que a perfeição (plenitude)
está em Nele e é construída por Ele em cada um continuamente. O apóstolo Paulo fala
disso em sua carta aos Filipenses no capítulo três, se referindo à um estado permanente
de busca do cumprimento do propósito de Deus. Precisamos entender que somos seres
humanos carentes da graça, amor e misericórdia do Senhor em todo o tempo, e que é
Ele quem nos capacita, unge e estabelece no Seu propósito.
Porque temos tanta dificuldade de lidar com nossos erros e dificuldades e porque nos
medimos sempre com um padrão tão rigoroso? Vejo pessoas promissoras paralisadas
pelo medo de errar novamente. Ao escrever este texto sinto em meu coração que o
Senhor deseja curar e levantar pessoas que estão com suas vidas e histórias estagnadas
por questões insignificantes.
Veja alguns exemplos disto:

 Tenho dificuldade de guardar letra de música;


 Não consigo me igualar ao nível dos músicos do meu grupo;
 À vezes tenho um "branco" e me esqueço do arranjo ensaiado;
 Mostrei a canção que compus para meus amigos e eles não deram importância;
 Fiz uma sugestão ao meu líder e ele não me deu ouvidos;
 A minha voz não tem potência é muito fraca;

Nós vivemos numa era onde buscamos sempre o caminho mais fácil. Fugir, e não
encarar as dificuldades e nos esconder na timidez, nos fazendo muitas vezes de vítimas
é muito fácil também. Porém sabemos que toda escolha e decisão gera um resultado e
quando não enfrentamos os nossos erros e não aprendemos com eles nos desviamos do
propósito final.
Lembrei-me agora de quando meus filhos eram pequenos e da forma como eles
aprenderam algumas lições valiosas que foram fundamentais para o crescimento e
amadurecimento através de seus erros. Muitas vezes eu tentei alertá-los de algumas
coisas por já ter vivido um pouco mais e eles não deram ouvidos, mas quando
enfrentaram dificuldades e tiveram que lidar com erros aprenderam muito e seguiram
em frente. Os nossos erros e dificuldades não existem para nos paralisar, muito pelo
contrário, existem sim para nos levar para frente e nos fazer crescer.
Precisamos aprender a encarar e não fugir dos nossos erros. Se tenho dificuldade em
guardar letra de música, preciso desenvolver uma maneira de me aprimorar nesta área.
Se tenho dificuldade em cantar afinado, posso ver também uma forma de melhorar
nisto. Muitas vezes na busca de corrigir um erro descobrimos novos horizontes e
conseguimos alçar voos mais altos que os anteriores. Deus nos deu inteligência, saúde,
capacidade e acima de tudo isso nos tornou Sua morada. Ele habita em nós, aquele que é
perfeito nos aperfeiçoa continuamente.
O orgulho é a principal causa da paralisação pelo erro. Precisamos ser humildes para
aprendermos com os nossos erros, para recebermos uma disciplina e continuarmos com
mais força prosseguindo para o alvo. "Em vindo a soberba, sobrevém a desonra, mas
com os humildes está a sabedoria." Provérbios 11: 2
Conclusão: Primeiramente o erro faz parte da vida, da história, pois não nascemos
perfeitos. Porém somos aperfeiçoados em Deus, Nele está o perdão, a sabedoria, a
capacidade e a força para acertarmos e prosseguirmos para o alvo. Se vivermos na
dependência de Deus, a dificuldade se torna solução, precisamos ser humildes o
suficiente para entendermos que somos completamente dependentes de Dele e Nele
somos aperfeiçoados.
Aplicação: Gostaria de sugerir a reflexão em grupo deste texto acima citado, e um
momento de apresentação de situações pessoais e coletivas relacionadas aos erros
vivenciados por cada um individualmente e em grupo. Analisar os erros do grupo e
buscar juntos soluções para melhoria. 
Sugiro também um tempo para relatos e testemunhos de pessoas que através de seus
erros e da graça de Deus alcançaram crescimento e aprendizado. 
Ao final sugiro a reflexão deste texto bíblico: "Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação;
visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos,
nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do
mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para
envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as
desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que
ninguém se vanglorie na presença de Deus." 1Coríntios 1: 26-29
Deus abençoe. 
Christie Tristão.
Unidade constituída por Deus

Christie Tristão - Série Ministério de LouvorUnidade constituída por Deus

Escolhi este tema para compartilhar com vocês hoje, porque creio que este é um assunto
de extrema importância dentro do contexto Ministério de Louvor. Quando falamos de
Ministério de Louvor, estamos nos referindo a um grupo de pessoas reunidas para
cumprir um propósito. A respeito do propósito já compartilhamos nos artigos anteriores,
e hoje iremos tratar de alguns pontos referentes aos relacionamentos dentro das equipes.

Um dos grandes desafios que enfrentamos na igreja de um modo geral, em relação ao


cumprimento do propósito (a grande comissão) é a falta de unidade. No livro de João
capítulo 17 em sua oração Jesus intercede ao Pai em relação à unidade com uma
finalidade: "Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão
em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai como tu estás em
mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me
enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos
um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo
saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste." João 17: 20-24

Como igreja, corpo de Cristo nós temos uma missão a cumprir na terra. Fomos
alcançados pela salvação, pelo amor de Deus e assim nos tornamos parte de um todo
sobre o qual o cabeça é Cristo. A nossa conversão à Cristo significa renunciar o meu
"eu" e me encher Dele. "Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou mais eu quem
vive, mas Cristo vive em mim." Gálatas 2:20 A nossa missão será cumprida de fato,
quando entendermos que para alcançar o propósito precisamos nos esvaziar de nós
mesmos e nos render à vontade de Deus, assim como Jesus nos ensinou. "Seja a atitude
de vocês a mesma de Cristo Jesus, que embora sendo Deus, não considerou que o ser
igual a Deus era algo que devia apegar-se; mas esvaziou a si mesmo, vindo a ser servo,
tornando-se semelhante aos homens." Filipenses 2: 5-7

Caminhar em unidade, renunciar o "eu", tomar a nossa cruz, só se torna possível pela
obra e graça de Deus em nós em resposta à nossa decisão pessoal de nos render ao
senhorio Dele. Uma das grandes dificuldades que enfrentamos no grupo de louvor é
referente aos relacionamentos de um modo geral. Toda equipe é formada indivíduos
diversos, que trazem consigo uma bagagem (emocional e espiritual) distinta e pessoal.
No caso do ministério de louvor, a equipe é formada por músicos que têm no seu DNA
natural mais sensibilidade, necessidade de reconhecimento dentre outras características.
Estas características sem a cruz de Cristo, elas se tornam grandes problemas e até
mesmo um impedimento para o cumprimento do propósito que é servir à Deus e as
pessoas. Um grupo de músicos cheios de si mesmo não chega a lugar nenhum, pode
aprender a executar com beleza e arte a música, mas não passa disto.
Fomos chamados por Deus para vivermos o sobrenatural e irmos além de uma boa
música. Temos um chamado para proclamarmos uma mensagem viva que transmite
vida às pessoas. Só alcançaremos este propósito se decidirmos renunciar a nós mesmos
e buscar de fato viver em unidade em Cristo Jesus.

Eu poderia enumerar vários problemas que acontecem comumente em nossas equipes


em detrimento da falta de unidade, mas eu não teria como te apontar soluções humanas
estratégicas que poderiam de fato solucionar os mesmos. A verdadeira solução não virá
através de estratégias humanas, reuniões de unidade, ou qualquer outra atividade que
não estiver respaldada e alicerçada nos princípios de Deus. Vejo em muitos lugares
líderes cansados e desanimados pela falta de unidade dentro de suas equipes, tenho
encontrado também pastores frustrados e desencorajados com a equipe de louvor, por
outro lado existem queixas das equipes em relação ao relacionamento com os pastores e
líderes. Enfim, onde há pessoas, há problemas, e onde há Deus há soluções. Eu gostaria
de encerrar esta reflexão citando um texto maravilhoso que traz resposta para esta
questão:

"Portanto, lembrem-se de que anteriormente vocês eram gentios por nascimento e


chamados incircuncisão pelos que se chama circuncisão, feito no corpo por mãos
humanas, e que naquela época vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de
Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no
mundo. Mas agora em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados
mediante o sangue de Cristo. Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a
barreira, o muro de inimizade, anulando em seu corpo a Lei dos mandamentos expressa
em ordenanças. O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem,
fazendo a paz, e reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual
ele destruir a inimizade. Nele vocês também estão sendo edificados juntos, para se
tornarem morada de Deus por seu Espírito." Efésios 2: 11-16, 22

Conclusão: Só cumpriremos de fato o propósito se caminharmos em unidade, se


compreendermos este caminho de renúncia, esvaziamento do "eu" e enchimento de
Deus. A verdadeira unidade é constituída por Deus e não por homens.

Aplicação: Gostaria de sugerir um encontro com o seu grupo para a reflexão deste tema
e a partir daí definir um tempo de oração, jejum, e consagração em busca da unidade
que é gerada por Deus.

Deus os abençoe.

Christie Tristão
Estabelecendo um modo de comunicação
Deus é perfeito e tem um plano maravilhoso para cada um de nós nesta jornada, e com
certeza vale a pena buscar viver no centro da vontade do Senhor. Ele cuida de cada
detalhe e tem um propósito muito definido para cada vivência e circunstância que Ele
mesmo prepara para nós.
Estou no ministério itinerante há aproximadamente dezoito anos, e ao longo destes anos
tenho vivido diferentes estações. Em alguns anos viajei basicamente todos os fins de
semana ministrando, em outros momentos parei com as viagens por período de seis
meses, um ano, enfim, nestes últimos anos tenho viajado pouco e por isso tenho tido a
alegria e honra de estar mais presente nas reuniões da minha igreja. Como já citei
anteriormente, em toda situação Deus tem um propósito muito claro e definido, e neste
tempo tenho aprendido muito observando diferentes ministros da minha igreja em sua
condução do louvor e adoração com a igreja. Essa experiência tem me proporcionado
um grande aprendizado e me acrescentado muito como ministro de louvor.
Nos artigos anteriores, procurei tratar de alguns assuntos que considero fundamentais
em relação ao Ministério de Louvor, tais como: Ministério (serviço), o Ministro (servo),
a identidade do Ministro (sacerdote da nova aliança). Hoje eu gostaria de compartilhar a
respeito de algumas questões bem práticas, para que possamos pensar juntos e avaliar se
estamos de fato servindo à Deus e às pessoas adequadamente através da música.
O nosso papel como Ministros de Louvor é inspirar a congregação a amar, adorar,
venerar e buscar o conhecimento de Deus. Precisamos encontrar a melhor maneira de
comunicarmos essa mensagem à nossa congregação, e portanto é necessário falarmos a
mesma língua. Por isso, é necessário identificarmos alguns pontos cruciais relacionados
à identidade e direcionamento que Deus tem dado à nossa congregação. Vou deixar aqui
algumas questões básicas que podem nos ajudar a estabelecer uma maneira mais
adequada de nos comunicarmos com a congregação.
1. O ministro precisa ser parte integrante da comunidade. Uma situação muito
comum nas igreja é o afastamento do grupo de louvor do restante da
congregação, o que chamamos de "panelinha". Este afastamento traz um prejuízo
muito grande para todos. O Ministério de louvor deve estar integrado com toda a
congregação, para que quando se referir à ela seja de fato uma voz para a mesma.
2. O Ministério deve caminhar em unidade com a visão da liderança da igreja.
Essa é uma outra situação muito comum que tem provocado muitos problemas
nas igrejas, quando o ministério de louvor se torna um competidor da liderança
da igreja. Precisamos nos lembrar sempre, de que somos servos do Senhor e nos
submetemos a uma liderança estabelecida por Deus. E que o nosso papel é servi-
los cooperando para que a mensagem que o Senhor tem comunicado à mesma,
seja reforçada através das canções ministradas no momento do louvor e adoração.
Somos um só corpo.
3. Liderar é influenciar, e por isso, não nos esqueçamos de que a nossa vida deve
ser uma carta viva escrita pelo Espírito Santo, e que o nosso testemunho seja o
respaldo do nosso discurso.
4. Precisamos compreender a linguagem musical da nossa igreja. É necessário
identificarmos qual é o estilo musical que inspira a igreja a se unir ao grupo de
louvor em uma só voz ao Senhor. Em nossas igrejas temos crianças, jovens,
adultos e idosos que se reúnem com o propósito de cultuar a Deus. Vivemos em
um país diversificado em estilos musicais, cada região tem uma linguagem
peculiar. Como ministros (servos) o nosso objetivo não é o de tocar o estilo que
mais nos agrada e sim o que inspira a igreja. Muitos ministros tentam
implementar seu estilo pessoal e por isso "perdem o povo", ficam frustrados e
julgam a igreja como se ela não fosse uma igreja adoradora. Deixo essa
observação aqui para se pensar.
5. Precisamos também identificar as estações espirituais e momentos pelos quais
a igreja está passando. E utilizar as canções para reforçar isso, sempre pensando
em somar e agregar.
6. No momento específico da ministração do louvor, evitar a famosa "colcha de
retalhos", isto é, traga uma mensagem clara através do repertório escolhido.
Associe textos bíblicos que reforcem a mensagem e que, se necessário, sejam
utilizados para uma melhor comunicação com a congregação. Porém precisamos
estar cientes de que não somos o pregador da reunião, portanto, sejamos
conscienciosos com a quantidade de falas entre as canções. É importante buscar
um ponto de equilíbrio nisto. Existem alguns ministros que falam tanto entre as
canções que impedem o fluir de Deus.
7. Relacionamento com Deus é um ponto imprescindível ao exercício com
excelência do ministério. Estamos ali em nome de Deus, falando das coisas de
Deus e inspirando as pessoas a buscar e cultuar à Deus. Portanto, é
importantíssimo termos uma vida de intimidade e dependência com Deus.
Prepare-se previamente para montar a lista de canções a serem utilizadas nas
reuniões. Pare para ouvir a voz de Deus, e siga as instruções do Senhor. 8.
Durante a ministração, é necessário discernir e estar sensível ao Espírito Santo e
à resposta da congregação também, nunca nos esqueçamos que somos humanos e
estamos sujeitos a errar. Algumas vezes é necessário mudar o rumo da
ministração por um direcionamento de Deus, estejamos abertos a isso.
9. Objetivar sempre a glória de Deus, a presença de Deus. Não estamos ali para
dar um "show"ou para atrair a atenção das pessoas à nossa arte ou a nós mesmos.
Estamos num momento santo, cultuando a um Deus que é santo e digno de toda a
honra, glória de louvor.
10. Ao término do período de louvor, continuar conectado à congregação e
cultuando a Deus. Muitos músicos só se ligam no momento do louvor e depois
que descem da plataforma se desligam completamente de tudo. Alguns saem para
fora da igreja, outros ficam ligados em outras coisas como se não estivessem ali
dentro. Não podemos nos esquecer de que o nosso papel é o de honrar a Deus
primeiramente com a nossa vida, e depois com a música. Deus não está à procura
de bons músicos e sim de verdadeiros adoradores.
Conclusão: Enfim, estes são alguns detalhes que nos ajudam a exercer o ministério em
honra a Deus e a nossos irmãos. Somos parte de um todo, exercendo uma função
específica que deve ser direcionada pelo espírito e assim alcançar o máximo de pessoas.
A música é uma ferramenta poderosa criada por Deus para abençoar vidas.
Aplicação: Tente identificar com seu grupo alguns pontos importantes relacionado a sua
comunidade, tais como: Qual é a visão de sua liderança? Estamos alinhados à esta visão,
caminhando para a mesma direção? De que maneira podemos servir a nossa liderança
reforçando ou cooperando com o que Deus tem comunicado a eles? Qual é a identidade
musical da nossa congregação? Estamos falando a mesma língua?
Gostaria de incentivá-los a abrir uma discussão dentro deste assunto e juntos buscar
como equipe a melhor solução para o cumprimento do chamado de Deus no Ministério.
Deus os abençoe.
Christie Tristão

Sacerdócio Real
Escolhi este tema, para dar continuidade ao nosso último estudo da série Ministério de
Louvor intitulado: Músico ministro. Creio que é de extrema importância entendermos
de fato princípios espirituais, que nos orientam ao exercício da nossa função no
Ministério.
Este texto não se aplica somente àqueles que foram chamados para o Ministério de
Louvor e sim a todos os cristãos nascidos de novo, concidadãos do Reino de Deus.
Antes de sermos músicos, cantores, servos, somos filhos de Deus, um povo escolhido
para oferecer sacrifícios espirituais aceitáveis à Deus e anunciar a Sua grandeza.
Quem somos nós? 
"Ministros de uma Nova Aliança, a qual é fundamentada no amor, graça e justiça de
Deus. Como ministros da Nova Aliança exercemos o sacerdócio de todos os cristãos,
nos tornando aptos a nos apresentar diante Dele, adentrar em Sua presença e ministrar
diretamente a Deus através de Jesus. Desta maneira cumprimos o serviço na casa do
Senhor, inspirando e edificando a vida dos nossos irmãos através da nossa conduta,
palavra e canções." Christie Tristão
Texto base 1 Pe 2:4,5...9 
 "À medida que se aproximam dele, a pedra viva - rejeitada pelos homens, mas
escolhida por Deus e preciosa para ele - vocês também estão sendo utilizados como
pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio
santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus
Cristo...Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo
exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz. Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo
de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam."
Considerações gerais: 
· No A.T., Deus ordenou um sacerdócio que representasse seu povo diante de Deus. Este ministério
envolvia uma série de rituais e cerimônias, que eram símbolos de realidades espirituais futuras. Hb 10:1
· O ministério sacerdotal de Cristo preencheu todos os tipos ou símbolos implícitos do sacerdócio do A.T.
Ele é o cumprimento de todos os protótipos simbólicos. Hb 7:20-28
· Os sacerdócio levítico e araônico foram suplantados por um novo sacerdócio. Hb 7:11-18 
· A palavra "sacerdote" sig. "aproximar-se." Nos termos da Lei, é usada com relação a alguém que pode
apresentar-se da Presença Divina. Ex 19:22; 30:20.
· Atribuições do Sacerdócio no A.T. : Nm 16:5
1. Separados para Jeová.
2. Santos.
3. Ordenados a se aproximarem de Deus.
· Nos termos da Nova Aliança Jr 31:31-33, todo crente é ordenado para ser um sacerdote a Deus. Não
oferecemos sacrifícios de animais, como os sacerdotes da Antiga Aliança ofereciam. Somos chamados
para sermos "um sacerdócio santo e para oferecermos sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por meio
de Jesus Cristo." 1 Pe 2:5.
· O sacerdócio no Novo Testamento:
1. Através da morte de Jesus o véu do templo foi rasgado. Mt 27:51
2. Era chegada a hora do sacrifício definitivo. O caminho do Santo dos Santos foi aberto através do
sangue de Jesus. Jesus é o nosso Sumo sacerdote. Hb 9:12, 24-25 ; Hb 10:19-22.
3. Jesus o único mediador entre Deus e os homens. 1 Tm 2:5-6
4. Todos os cristãos tem acesso direto à Deus através de Cristo.
· Através do sangue do cordeiro de Deus, nós podemos entrar em Sua presença; Hb 4:14-16; 9:24-28;
10:19-22;
· Jesus o único mediador entre Deus e os homens. 1 Tm 2:5-6;
· O caminho para a presença de Deus está aberto.
5. Todos os cristãos são semelhantes em Cristo. Não há hierarquia 
mencionada na bíblia. Somos um reino de "sacerdotes cristãos" com 
responsabilidades diante de Deus e das pessoas, tais como:
1. Adoração:
· Oferecer a nossa própria vida. Rm 12:1;
· Louvor. Hb 13:15;
· Oferecer os nossos bens. 1 Co16:1
· Oração.
· Serviço.

2. Testemunho:
· Proclamação das "Boas novas do Evangelho";
· Viver as "Boas novas".
Conclusão: 
Deus tem nos chamado para estarmos ministrando diante Dele em todo o tempo, seja
através de nossas atitudes, do nosso falar, do nosso caminhar, das nossas canções,
enfim, o exercício do Ministério parte deste princípio: "Porque Dele, por Ele e para Ele
são todas as coisas, a Ele seja a glória para sempre ! Amém." Rim 11:36
E agora? O que você está esperando? Ofereça o seu excelente dentro do seu contexto de
vida, independente de qual seja o seu dom ou o seu chamado ministerial. É tempo de
ouvirmos claramente as ordens do cabeça e oferecermos à Ele o que o agrada em
obediência e amor.
Aplicação: 
A palavra de Deus nos é muito clara sobre quem e de que maneira ministramos com
excelência diante de Deus e dos homens, agora eu deixo algumas perguntas para vocês
conversarem a respeito com sua equipe.
 1. O que você pensa de si mesmo? (O que nós pensamos terá um grande impacto no
que fazemos).
2. Quem você é em seu caminhar com Deus? 
3. "Santos"... "em Cristo"... "sacerdotes"? 
4. Você tem funcionado com um sacerdote?
Uma equipe ou várias
UMA EQUIPE OU VÁRIAS?
Por Equipe Vineyard Music
Uma boa pergunta
Você me fez uma boa pergunta: por que temos várias equipes de louvor diferentes ao invés
de uma só. Há uma boa razão para fazermos isso.
Os benefícios são:
1 - Cada banda se acostuma a tocar junta - estilos de comunicação, amizade, entendimento
musical e muitas outras conexões tangíveis e intangíveis pode ocorrer.
2 - Cada banda pode desenvolver seu próprio som e repertório
3- Facilidade de marcar ensaios - cada banda faz do seu jeito, um jeito que funcione para
todos
4- Cada equipe pode desenvolver novas canções e estilos. Se for uma boa expressão de
adoração, as outras equipes frequentemente começam a copiá-la. Isto estimula a
criatividade em todo o ministério de adoração.
5 - As equipes podem ter de pessoas com gostos similares ou que estejam vivendo
momentos parecidos na vida (casados, solteiros, jovens, etc)
6 - Há muitas canções que são ótimas músicas de adoração. Mas nem todos os líderes de
louvor gostam de todas as músicas. Se você tem equipes diferentes, as outras equipes
podem tocar as outras músicas que você prefere não tocar.
Isto encoraja competição?
Outra ótima pergunta. Uma competição doentia entre as bandas não tem sido um problema
entre nós. É bom estar sempre atento a isso, assim como a outros pecados que permeiam a
igreja e as artes criativas. Mas, assim como é bom ouvir outras bandas de fora da igreja, por
que não ter diferentes expressões dentro da própria igreja? Vale a pena o risco, desde que
haja cuidado pastoral entre os membros das equipes.
Estas cartas são trechos de notas, e-mails e conversas de líderes de louvor experientes para
aqueles que estão começando.
Fonte: www.vineyardmusic.com.br

Atitude é tudo

Atitude é tudo
Por Equipe Vineyard Music

Cartas para um líder de louvor jovem*

Eu quero dar a você a chave da liderança que separa grandes líderes de louvor dos bons líderes de louvor – se
resume em uma palavra “atitude”. Como líderes de louvor, é importante que lembremos de estar prontos para
qualquer coisa nos domingos ou no preparo de qualquer período de louvor, e que preparemos nosso coração
antes de chegar ao local onde vamos liderar.
Se você tirar um tempo para adorar e orar pessoalmente antes de começar o seu domingo, o seu tempo
devocional vai valer ouro na experiência de liderar o louvor neste dia. Nós estaremos mais calmos, mais
centrados e mais atentos ao que Deus está fazendo à medida que cumprimos a tarefa que nos foi designada.

Mantenha a paciência se as coisas derem errado. Deus vai usar tudo para o bem. Quando perdemos a paciência
ou nos distraímos com as coisas que deram errado, isso nos tira dos trilhos como líderes de louvor.

Mantenha sua equipe rindo e se alegrando por estarem juntos, mesmo no meio do trabalho. Faça e diga
pequenas coisas que os lembre que eles não têm que estar ali; eles precisam estar ali. Alguém disse uma vez:
´Sua atitude determina sua altitude´.  Eu vou um passo além e digo: ´Sua atitude determina a atitude de sua
equipe e a atitude da adoração naquele dia´. Você e eu podemos escolher nossa atitude. Cada vez que você for
liderar a adoração, escolha bem.

Se as coisas que você faz derem errado no palco (problemas no som, equipe de som não comparece, checagem
de som leeeenta, membros da equipe atrasados, música perdida, músicos perdidos, músicos que esqueceram o
que ensaiaram etc), lembre-se de novo: Deus pode usar estas coisas para o bem. Se você deixar sua frustração
e sua raiva crescerem no seu coração, então você estará com problemas. Ganhe as pessoas e cumpra sua
tarefa. Você pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo, mesmo que isso requeira muito esforço.

Finalmente, procure manter a atitude focada em Deus e na adoração que você está liderando. Quando as coisas
se tornarem frustrantes, ore mais e fale menos. O resultado pode ser menos tangível, mas se a oração não
mudar as circunstâncias, no mínimo irá mudar você.

Revendo: se sua atitude te arruinar, você afundará. Fique no topo de sua atitude e force seus pensamentos em
direção a Deus e em direção às pessoas.

Você não vai perder se sua escolha for firme e se você mantiver seu coração em direção de uma atitude boa.
Estou logo atrás de você, por todo o caminho, meu amigo.

*Estas cartas são trechos de notas, e-mails e dicas de líderes de louvor experientes para aqueles que estão
começando 

24.07.2010LER TODOS ARTIGOS

Liderando louvor na Vineyard

Por Eddie Espinosa


     
Liderar a adoração não é simplesmente liderar o cântico das músicas, os refrões, ou um culto musical. No entanto, seria mais propício
definir alguém com esta capacidade como um líder ou “diretor musical”. Seguindo este modelo o diretor musical seria um intermediário
entre os músicos e as outras pessoas.
   
Normalmente a função dele seria preencher os interlúdios entre os segmentos do culto com música, para entreter e preparar a
congregação para o sermão. Aqueles músicos que viajam com evangelistas ou palestrantes de seminários, normalmente servem como
a apresentação de abertura. Muitas vezes eles fazem recomendações ao seu público como: “Vamos nos levantar. Vamos erguer nossas
mãos ao Senhor”. O seu trabalho é preparar o povo para ouvir o pregador.
    
A escolha das canções pode ser um pouco arbitrária. O seu propósito é cantar algumas canções cristãs, hinos ou corinhos. Eu não
quero dizer que isto tudo é ruim. Há um lugar para isto, mas isto não é a mesma coisa que liderar a adoração. Liderar a adoração vai
muito além de fazer o povo cantar.
   
Liderar a adoração não é ficar obrigando as pessoas a cantarem, mesmo que estas canções sejam cheias de conteúdo de adoração.
Este modelo dá ao líder a função de ser responsável por dizer à congregação quando e como adorar e louvar durante a música.
Freqüentemente isto é acompanhado de mini-sermões, testemunhos, ou o uso da música “certa”.
    
Informalmente, nós, na Vineyard, temos percebido que muitas vezes a exortação que o povo precisa é, simplesmente, testemunhar o
ato de adoração oferecido por parte do líder de adoração. Basicamente, ele se torna alguém que exorta através de seu próprio exemplo
–uma pregação antes do pregador. Liderar a adoração não é adorar a Deus para as pessoas assistirem. É como comer diante de uma
pessoa faminta. Imagine esta cena comigo: Eu te convido para um banquete em minha casa. Eu digo, “vamos jantar por volta das 19h.
Vamos nos divertir muito”. Quando você chega , você encontra todos sentados ao redor da mesa, mas o único prato com comida é o
meu. Então eu começo a comer. E digo que está muito bom. Você pode observar pelas minhas expressões que estou saboreando cada
garfada. “Puxa vida, estas batatas estão ótimas! E o peru então, está maravilhoso!” Só de olhar para mim você percebe que estou
aproveitando cada minuto daquilo.
   
Às vezes, líderes de louvor agem desta forma. Normalmente isto é algo inconsciente porque eles não entendem seu propósito
verdadeiro; pensam: “Eu vou adorar a Deus porque foi para isto que eu vim aqui”. Agindo assim, eles se esquecem de serem sensíveis
ao que está acontecendo no corpo. Como líder de louvor, você também é um servo. Seu trabalho é levar pessoas à adoração. Liderar a
adoração não é tocar enquanto outros adoram. Vamos voltar ao jantar em minha casa. Desta vez a mesa está servida com muita
comida para todos, menos para mim. Alguém me pergunta, “Eddie, você não vai comer?” E eu respondo, “Não, pode deixar que eu
como mais tarde”. Neste caso eu perdi a benção da alimentação por crer de forma errada, que é suficiente prover comida para os
outros.
   
Eu quero enfatizar que, como líder de louvor, você deve ter seu próprio tempo com Deus, além dos momentos que você está liderando a
adoração. Da mesma forma que pastores devem gastar tempo estudando a Palavra e orando quando não estão no púlpito. Os líderes
de louvor também devem dedicar tempo para estarem exclusivamente com Deus. O que é liderar a adoração? Liderar a adoração é ao
mesmo tempo ser capaz de adorar a deus e atrair outros para que eles também adorem. Liderar a adoração é nos sentarmos todos
juntos naquela mesa de banquete e comermos ao mesmo tempo. Ninguém vai se sentir deixado de lado. Eu te encorajo a comer e você
também faz o mesmo por mim. Existe uma sensação de comunhão.
   
É como servir como um diácono em um casamento. O diácono não se assenta no primeiro banco e fica gritando para as pessoas que
estão no fundo para entrarem e tomarem seus lugares. Nem leva os convidados à força para os seus assentos. Somente alguém muito
inconveniente agiria assim. O diácono vai até a pessoa e individualmente a acompanha até o seu lugar. Da mesma forma o trabalho do
líder de louvor é entender onde o povo está, ir até ele, e acompanhá-lo até a presença de Deus. Nesta posição, o líder posiciona-se
entre Deus e seu povo. A base de sua liderança é entender para que direção o Espírito Santo está levando as pessoas naquele
momento específico.
   
O líder de adoração deve estar sensível à congregação, mas não deve exortá-los diretamente. Se ele tiver de parar a cada três ou
quatro músicas para encorajar o povo, ele já deixou de ser aquele gentil diácono. Simplesmente lembre-os que eles estão ali para
adorar, e então leve-os a esta experiência. Se as músicas foram bem escolhidas elas vão convidar o povo para a adoração. A
expectativa do Líder deve ser de que a adoração não seja meramente ocupar o tempo, ou alegrar as pessoas, mas um encontro
amoroso e responsivo com Deus sem interrupções. A posição de líder deve ser ocupada por alguém que adora. antes de liderar
qualquer coisa a pessoa deve dominar a si própria. Para ser mais frutífero, os líderes devem primeiro tornar-se adoradores. O Salmista
escreveu, “Engrandecei o SENHOR comigo, e todos, à uma, lhe exaltemos o nome” (Salmo 34:3). Esta passagem enfatiza o todo, a
expressão conjunta de louvor, ação de graças e adoração a Deus.
    
Por isto é importante que o líder também saiba adorar enquanto lidera. O líder de louvor deve ser alguém que adora continuamente.
Toda segunda-feira, eu liderava louvor em um grupo de estudo bíblico. Na terça, eu liderava o louvor em um grupo caseiro. Na quarta,
para outro grupo de estudos. Na quinta, eu substituía outros líderes em grupos caseiros. Na sexta, eu me reunia com amigos que
normalmente pediam para levar o violão e termos um tempo de louvor. Depois de manter este ritmo por um tempo, eu comecei a
perguntar a Deus porque meu coração estava ferido; porque me sentia seco? Quando Ele me respondeu que eu não estava adorando
eu não entendi. Eu estava liderando louvor de segunda a sexta. Ele me disse que o problema era que eu estava liderando, mas não
estava gastando tempo íntimo com Ele. Ele estava feliz com o que eu estava fazendo, porém eu precisava voltar para a fonte para matar
minha sede. Então comecei a vasculhar a Bíblia, e entendi que ela me encoraja a adorar a Deus continuamente. Hebreus 13:15 diz, “Por
meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome”. Eu entendi
que posso adorar enquanto estou no chuveiro, dirigindo meu carro, lavando louça, brincando com meus filhos, e aí por diante.
    
Todos nós podemos adorar a Deus enquanto fazemos outras coisas. Como o Salmista escreveu, “Bendirei o SENHOR em todo o
tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios” (Salmos34:1). Um líder de adoração deve ser alguém que adora no decorrer do dia
porque ele é um líder e também um adorador. Vivendo desta forma, eu tenho alimentado minha capacidade de responder a Deus.
Então, quando estou liderando louvor em um grupo e o Senhor me diz para me ajoelhar, eu obedeço.
   
Antes de me juntar à Vineyard, eu freqüentava uma igreja onde a filosofia sobre o louvor era bem diferente. A idéia geral era que Deus
habita no meio dos louvores do seu povo – o que é verdade – todos deveriam louvar e adorar porque a presença de Deus viria. Havia
uma grande pressão para que todos “adorassem” a Deus. O pastor andava pelos corredores e ele mesmo levantava as mãos das
pessoas. Era um esforço sincero. Práticas como esta são muito comuns em muitas igrejas. Coagir as pessoas desta forma raramente
vai levá-las a oferecer reais “sacrifícios de louvor” que a Bíblia recomenda. O líder de adoração deve ser alguém que lidera. O Espírito
Santo, é nosso conselheiro e guia, Ele dirige a adoração através do líder. Deus usa pessoas comuns como você e eu.
    
Ele dirige a adoração através do líder de adoração, que por sua vez lidera o povo até a presença de Deus. Quando Moisés guiou os
filhos de Israel, para onde eles foram? Eles eram um povo andando sem rumo no deserto? Não, Deus estava dirigindo-os. Deus os
guiava através da nuvem durante o dia, e através da coluna de fogo à noite, mesmo quando aparentemente eles estavam tomando um
caminho inesperado.Da mesma forma, o líder de louvor é chamado para liderar o povo na direção que Deus deseja levá-los.
    
Tudo isto requer certo planejamento, mas o mesmo deve estar sob a direção do Espírito Santo. Planejar não significa decidir qual seria
a melhor música para se começar, qual canção vai fazer as pessoas levantarem, qual vai fazê-los sentirem-se melhor, e assim por
diante. Deve-se considerar estes aspectos físicos, mas esta não deve ser sua primeira preocupação. Planejar significa orar, e não
somente cinco minutos antes de começar. Uma vez que você se comprometeu a liderar a adoração, você se consagrou a Deus. Isto
pode significar que algumas coisas em sua vida talvez terão que mudar.
   
Na Bíblia, lemos sobre o chamado de um Levita. A tribo de Levi era a tribo separada para Deus. Sua herança era o Senhor, não a terra.
Seu trabalho era servir a Deus no templo e servir ao seu povo. Isto é muito parecido com o chamado de um líder de louvor hoje em dia –
um chamado para estar em comunhão com Deus e servir a seu povo. Todos nós precisamos estar mais atentos à nossa consagração.
Você deve ser liderado pelo Espírito Santo. Liderança significa servir. Nós não somos os líderes espirituais da igreja ou mesmo de
pequenos grupos; este é o trabalho do pastor. Através dos anos tenho conhecido vários líderes de louvor com as mesmas reclamações.
“Sabe Eddie, o pastor da minha igreja não entende o que é adoração. Ele quer que eu toque só três músicas. Eu não sei o que fazer.
Estou frustrado.
   
Domingo passado, eu fiz meia-hora de louvor. Ele veio conversar comigo três vezes dizendo que não quer tanto tempo de louvor. Eu só
estava fazendo o que pensei que Deus estava me mandando fazer.” Este tipo de situação não é correta. O líder de louvor deve seguir
as orientações de seu pastor. Submeter-se a sua autoridade, e demonstrar respeito. Mesmo que você esteja cem por cento correto, sua
atitude esta mostrando sementes de rebelião. Ore por ele, converse com ele, e seja seu amigo. Compartilhe com ele as coisas que você
tem aprendido. Ele pode até sentir-se ameaçado, mas se você demonstrar respeito, ele pode começar a confiar em suas decisões.
   
Você deve liderar tendo em mente as necessidades espirituais do povo. Às vezes ouço comentários dizendo que precisamos mais de
um ou outro tipo de música, ou que não cantamos uma certa canção há muito tempo. Eu ouço a todos estes pedidos, mas eu faço
minha decisão final baseado no princípio, se aquela é a necessidade geral do povo naquele momento e local. O líder de adoração deve
conhecer a presente situação espiritual do seu público. Eu oro regularmente pelo louvor em minha igreja. É parte do que se espera do
meu trabalho.
   
Em uma situação de um grupo pequeno, é também muito importante ouvir o que as pessoas estão compartilhando durante a reunião.
Sobre o que eles estão falando? O que Deus está fazendo entre eles? Houve profecias no grupo? Qual foi o conteúdo dos ensinos
recentes? Alguma destas preocupações tem alguma coisa a ver com adoração? O Senhor usa formas diferentes para nos mostrar onde
as pessoas estão, e onde Ele deseja levá-las. Por isto, é vital que você converse com as pessoas, para se identificar com elas. Você
não pode saber onde elas estão espiritualmente se ignorá-las. Se você chega cinco minutos antes da reunião do grupo caseiro começar,
e for embora logo que ela termina, como você pode entender o estado espiritual destas pessoas? Como eles podem te conhecer e
confiar em você como líder e amigo?
   
Líderes de adoração precisam saber quando Deus está presente. Alguma vez você chegou atrasado em um culto ou reunião, onde as
pessoas já haviam começado a adoração? Como é? Há uma sensação da presença de Deus. Se Deus habita no meio dos louvores de
seu povo, então quando você o adora, Ele está entronizado em nossos louvores. No antigo há várias figuras da maravilhosa presença
de Deus. Em Isaías 6 vemos o profeta tremendo diante da Sua presença. A nuvem havia enchido o local de tal forma que ele sentiu-se
dominado por sua falta de dignidade. Mas Deus o tocou. É assim muitas vezes durante a adoração. Isto não acontece somente em
grandes reuniões, mas também em pequenos grupos de oito ou dez pessoas adorando. Não use o tempo de louvor congregacional para
cuidar de suas próprias necessidades. Se você precisa de arrependimento, arrependa-se antes de começar. Se você precisa de
encorajamento, busque isto antes de chegar.
    
Normalmente isto significar buscar estas coisas no próprio Deus. Cura, libertação e salvação são coisas que aconteciam quando Jesus
entrava em uma cidade ou casa. Ele chegou e anunciou a chegada do Reino. Maria Madalena arrependeu-se aos seus pés. Quando ele
chegava em uma cidade, os leprosos eram purificados, e os demônios fugiam. Por quê? Porque a presença física de Jesus naqueles
dias, e sua presença espiritual em nossa adoração fazem estas coisas possíveis. Nós deveríamos ter a expectativa destes mesmos
milagres acontecendo conosco.
    
Líderes de louvor são servos. Primeiro, sirva a Deus com todo o seu coração, alma e forças. Você precisa estar comprometido com o
cumprimento da vontade de Deus, e obedecê-lo em todas as áreas de sua vida. Ser um servo no Reino de Deus não envolve só
dificuldades, mas há sim um certo aspecto de humildade e até humilhação que deve ser visível em nós. A alegria verdadeira está no
servir. O apóstolo Paulo nos exorta, “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros
superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. Tende em
vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Filipenses 2:3-5). Egoísmo, ambição e preocupações fúteis são coisas
que não podem fazer parte da vida de um líder. Uma coisa que acontece quando você se torna um líder de louvor é que isto começa a
impactar todas as áreas de sua vida. Sermões e textos bíblicos que não eram aplicáveis, agora devem ser.
    
Um líder de louvor deve ser comprometido a atrair outros para a adoração, alguém que serve o povo sendo sensível às suas
necessidades. Você serve a Deus e também serve a Seu povo quando coloca seus próprios gostos musicais de lado, para que o povo
possa estar mais próximo do Senhor. Se alguma vez você já se pegou falando, “Eu estou fazendo aquilo que Deus me chamou para
fazer; não interessa o que as pessoas querem”, sua visão está errada. Você é um servo de Deus, mas também é um servo do povo de
Deus. Lembre-se, o povo pertence a Deus e você também pertence a Ele. O chamado do Levita era para o templo, para Deus, e para o
povo de Deus. 
    

Preparação Espiritual Mantenha seu coração correto diante de Deus. Salmos 27:8 é um de meus versículos favoritos: “Ao meu coração
me ocorre: Buscai a minha presença; buscarei, pois, SENHOR, a tua presença.” Eu creio que este verso sumariza tudo o que adoração
é para mim. É o convite de Deus ao seu povo para “buscar minha presença”. O outro lado responde: “Sim Senhor, eu responderei teu
convite para me tornar mais próximo e íntimo, para compartilhar contigo aquilo que sinto a teu respeito”. Salmos 51:10,17 diz, “cria em
mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.....sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito
quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus”. Deus deseja um coração quebrantado e contrito. Isto é o que
Ele nos pede. Isto significa que você vai sempre agir como se estivesse com o coração quebrado? Não, porque Deus restaura, renova e
revigora. Não confunda o significado de coração quebrantado e contrito com a necessidade de estar sério o tempo todo.
     
Não há espaço para pecados ocultos na vida de um líder de louvor. Você deve confessar-se diante de Deus regularmente. Números
32:23 diz que mais cedo ou mais tarde seu pecado vai te encontrar. O pecado sempre vem à tona, e afeta seu ministério. Alguns sentem
que se estão em pecado, Deus ainda assim vai usá-los. É verdade que Deus pode te usar por causa do povo. Se Ele usou uma mula
(veja Números 22, a estória de Balaão), Ele vai usar qualquer um por causa do seu povo. Isto justifica estar em pecado? Não, Deus te
usa por causa do povo, mas isto não significa que você está sem pecado diante dele. Seja sensível a liderança de Deus, e mais
importante, obedeça. É fácil ouvir a voz de Deus, mas é difícil obedecer. Obedecer significa que você está disposto a assumir as
responsabilidades por suas ações. “Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias
ovelhas e as conduz para fora. Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe
reconhecem a voz... as minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (João 10:3-4, 27). Esta última frase
contém o que é importante para o líder de louvor. Quando ler este versículo, substitua “ovelha” por “líder de louvor”. “Meu líder de louvor
ouve minha voz; eu o conheço, e ele me segue”. Como líder de louvor, você deve ouvir a voz de Deus, conhecê-lo, e permitir que ele o
conheça. Gaste mais tempo com ele, e obedeça-o em todo tempo.
    
Deposite suas motivações e seu ego nas mãos de Deus. “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar
será exaltado” (Mateus 23:12). Novamente “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus,
dando por ele graças a Deus Pai... Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração” (Col 3:17, 23). Você pode se envolver em muitos
problemas servindo a si mesmo, mas não tem jeito de errar servindo a Deus e seu povo. Jesus Cristo é o centro de nossa atenção.
Fique atento ao que Deus está fazendo no grupo que você está liderando. Isto acontece através da oração, e então abrindo os olhos
durante o louvor para ver o que esta acontecendo.
     
Na Vineyard somos ensinados a manter nossos olhos abertos quando oramos por alguém, para vermos o que está acontecendo, e
procurarmos sinais de alguma atividade do Espírito. Prepare os corações do povo. Quando cheguei a Vineyard, eu só tocava músicas
sobre intimidade. Eu havia saído de uma igreja que só enfatizava a alegria e celebração do louvor, e estava procurando por um estilo
alternativo. O que faltava em minha vida de adoração era intimidade. Então, quando comecei a liderar o louvor, esta foi a direção que
escolhi. Eu não gostava de saber que havia pessoas na congregação que estavam famintas por uma adoração com mais celebração,
como um prelúdio para a intimidade. Minha própria necessidade prejudicou minha capacidade de ver as necessidades gerais. A
celebração tem um propósito parecido com o aquecimento e alongamento, antes de uma corrida. Prepare os corações das pessoas que
você está liderando até a presença de Deus. Nós já falamos sobre a necessidade de sua própria preparação para a adoração.
     
Também existe a necessidade de preparação para o povo que você está liderando. Prepare seus corações. Se o Senhor estiver
mostrando a necessidade de arrependimento, use canções de arrependimento. Se o Senhor estiver mostrando que é necessário
celebração, inicie com músicas de celebração. Aqui estão alguns temas que podem ser úteis: - A majestade de Deus - Intimidade com
Deus - O nome de Deus - Perdão - Unidade e sentimento de família Uma coisa importante de se ter em mente quando estiver
escolhendo as músicas, é que precisamos de equilíbrio na seleção.
    
Não decida de acordo com suas próprias experiências. Às vezes lideramos sem realmente nos 
preocuparmos com o resto do corpo. Devemos considerar o nível espiritual do povo, bem como as circunstâncias que eles estão
vivendo. Então é possível alternar boa música com poderosa intercessão. Lidere através de seu próprio exemplo. Nós nunca devemos
manipular o povo, para que eles façam algo que não querem. Por exemplo, quando eles levantam suas mãos somente porque alguém
disse para fazerem isto, isto é somente uma expressão exterior, não do coração. 
  
O entendimento que temos é que a postura corporal, os movimentos, e expressões, são, de forma geral, sinais exteriores do que está
acontecendo no interior. Quando você se prostra, você esta mostrando reverência a Deus. Quando você levanta suas mãos, você está
se submetendo a Deus. Quando você se ajoelha, você esta dando respeito, reconhecimento, e honra a Deus. Quando você aplaude,
expressa alegria. É assim que eu encorajo as expressões exteriores da adoração do coração. Eu começo a cantar músicas que falam
sobre levantar as mãos. É difícil cantar algo assim sem levantar as mãos. Mas as pessoas ainda têm sua liberdade de escolha: Se eles
quiserem levantar suas mãos, eles podem. Se não, tudo bem. O importante é sabermos que Deus não se imporá se alguém levanta ou
não suas mãos. Deus vê o coração. A chave é a escolha.
   
Quando Deus pediu que Abraão sacrificasse Isaque, ele tinha o direito de escolher. E escolheu obedecer livremente. A adoração deve
ser uma resposta voluntária. Deixe que a inspiração de Deus transforme-a em um sacrifício de louvor da pessoa que está oferecendo, e
não seu. A questão não é você colocar um grande grupo, todos com suas faces no chão, para poder dizer, “Olha o que eu fiz”. Ao invés
disso é a resposta pessoal de cada um mediante ao dom gratuito de Deus.
   
Modelos para liderar o louvor Abaixo estão três modelos e sugestões de períodos de louvor para serem desenvolvidos musicalmente: -
O modelo do Salmo 95
  
1 Vinde, cantemos ao SENHOR, com júbilo, celebremos o Rochedo da nossa salvação.
  
2 Saiamos ao seu encontro, com ações de graças, vitoriemo-lo com salmos.
   
3 Porque o SENHOR é o Deus supremo e o grande Rei acima de todos os deuses.
   
4 Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes lhe pertencem.
   
5 Dele é o mar, pois ele o fez; obra de suas mãos, os continentes.
   
6 Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR, que nos criou.
    
7 Ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas de sua mão.... Você pode perceber que esta passagem contém elementos de
regozijo (v.1), ações de graça (v.2), louvor (vs.2-5), e reverência (vs. 6-7) 
  
O modelo do Salmo 100 – o caminho até o Santo dos Santos.
  
1 Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras.
 
2 Servi ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico.
 
3 Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio.
 
4 Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome.
  
5 Porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade. Este Salmo mostra o
processo de adoração que os judeus tinham no Templo.
  
A seguir fiz um guia, para você escolher as músicas para este modelo de louvor. Progressão do Caminho / Tipo de Música -Acampado
fora do Templo / -Músicas que geram alegria;
  
Entrando pelas portas com Gratidão / -Músicas de ações de graças;
  
Entrando em Seus átrios com louvor / -Músicas ainda alegres cheias de louvor ;
  
Entrando no Santo Lugar / -Músicas de adoração ;
  
Entrando no Santo dos Santos / -Músicas de intimidade ;
  
O modelo relacional para planejar o louvor Finalmente, aqui está uma sugestão diferente das anteriores para a progressão do louvor.
  
Estágio / Tipo de Música -Chamado para Adoração / -Músicas que nos lembram o porque de estarmos juntos ;
   
Envolvimento / -Músicas que aproximam a congregação de Deus ;
  
Expressão / -Músicas que glorificam a Deus, magnificando-o ;
  
Adoração / -Músicas de amor -Intimidade / -Músicas que falam de momentos a sós com Deus ;
  
  
Eddie Espinosa é compositor de algumas das canções mais populares da Vineyard como “Change My Heart Oh God”. Também
participou da gravação de vários CDs da série “Father`s Heart”. Ele e sua esposa, Elsie, residem em Anaheim, Califórnia, com seus dois
filhos Eden e Eduardo.

21.02.2011LER TODOS ARTIGOS

Recebendo novos membros na equipe de louvor

Qual é o principal requisito para incluir alguém em minha equipe de louvor? Como devo proceder para convidar alguém para
fazer parte de minha equipe de louvor? E se a pessoa não estiver musicalmente pronta para a tarefa?

Constantemente nos deparamos com essas e outras perguntas em nossos seminários de treinamento. Essas são dúvidas comuns aos
nossos líderes de equipes de louvor. Quem nunca teve que lidar com uma pessoa musicalmente despreparada ou um grande músico de
caráter duvidoso?  
      

  
A verdade é que preferimos, às vezes, abaixar o volume do microfone de uma pessoa que desafina muito a ter que dizer não a ela
quando ela nos diz: “Irmão, eu tenho um chamado para louvor. Deus já me falou isso. Você pode me incluir na escala?”
    

Ou então preferimos suportar as falhas de caráter de alguém simplesmente porque precisamos muito de seu talento.
    

Vamos colocar dessa maneira: Para fazer parte de uma equipe de louvor, a primeira coisa que a pessoa precisa é talento musical. Isso
não quer dizer que o caráter não é importante. Mas nosso trabalho é essencialmente musical. Existem diversas outras tarefas na igreja
que uma pessoa de bom caráter e nenhum talento musical pode realizar. Se incluirmos essa pessoa no ministério de louvor,
podemos  estar privando-a de fazer parte daquilo que Deus realmente a criou para fazer.
    

Fato é que a equipe de louvor é “desejada” por sua exposição na principal reunião da maioria das igrejas – o culto de domingo. Por isso
devemos estar atentos.
    

Um experiente líder de louvor e amigo meu uma vez me disse: “Fabiano, tenha cuidado em incluir pessoas em sua equipe, pois é muito
fácil colocar, mas incomparavelmente mais difícil tirar”. Com o tempo descobri que ele tinha razão.
   

Seguem então algumas dicas para ajudá-lo nesse processo. Elas não garantem 100% de acerto. Eu mesmo já me arrependi por ter
trazido algumas pessoas para minha equipe. Contudo, aos poucos, vamos ganhando discernimento no Senhor para essa tarefa tão
difícil, porém tão importante.
   

ANTES DE TUDO, CERTIFIQUE-SE DE QUE O CANDIDATO ESTEJA SENDO PASTOREADO


   

Em nossa comunidade, o pastoreamento costuma acontecer no contexto do que chamamos de grupos caseiros (pequenos grupos de
discipulado e comunhão). Talvez você não tenha informações suficientes sobre a vida do “candidato”, mas o líder dele pode   ajudar com
isso. Então use esse recurso. Se essa pessoa não está engajada em um processo de discipulado e pastoreamento em sua igreja, meu
conselho é que você não assuma o risco sem que antes saiba algumas questões importantes sobre ela como: desejo de servir,
capacidade de trabalho em grupo, submissão à liderança, coração para adoração etc.
    

FAÇA UMA AUDIÇÃO MUSICAL


   

Se o candidato já canta ou toca em algum outro contexto, vá ouvi-lo e vê-lo em ação. Se não, marque uma audição com ele. Você pode
ter um músico experiente ao seu lado para ajudá-lo. Ouça a pessoa com carinho e atenção. A partir dessa audição, você pode lhe dar
três respostas diferentes: “Você está pronto”, “você tem talento, mas precisa estudar mais” ou “acho que música não é a sua aptidão”.
Sei que isso é delicado. Dependendo da resposta, o “candidato” pode ficar muito triste com você. É possível que algumas pessoas
passem a sentir raiva de você. Simplesmente faça sua parte, tratando do assunto com a maior demonstração de   carinho e amor
possível. E entregue o resto a Deus. Esteja tranquilo sobre o fato de que você irá ser muito mais útil ao “candidato” se for sincero com
ele. Incluir uma pessoa musicalmente despreparada pode se tornar uma situação constrangedora para sua equipe, para a igreja e, o
pior, pode expor o “candidato” a situações desconfortáveis  por causa das suas limitações.
   

INCLUA DE ACORDO COM A NECESSIDADE DA EQUIPE


   

Para que você não tenha dificuldade em organizar suas escalas, inclua pessoas apenas nos lugares onde você está precisando.
Cuidado para não desequilibrar sua equipe, por exemplo, com um número muito grande de cantoras em relação aos cantores e
músicos. Tenha em mente quantas vagas você tem para cada área (baterista, baixista, guitarrista, vocal masculino, vocal feminino etc.)
e trabalhe dessa maneira.
   

PREPARE A SUA EQUIPE PARA RECEBER NOVOS MEMBROS


   

Cuide para que a logística de funcionamento da equipe não funcione apenas para músicos extremamente experientes porque, se agir
assim, você nunca terá lugar para novos.
   

Há alguns anos tínhamos uma equipe pequena, mas formada por músicos experientes. Uma banda de adolescentes nasceu no meio da
igreja e logo me vi diante do desafio de trazê-los para nossa equipe. Porém a estrutura era desapropriada para receber novos membros.
Um exemplo disso era o repertório, formado por um número imenso de músicas e, muitas delas, muito antigas. Os “meninos” teriam
muita dificuldade em assimilar todo aquele repertório. Minha decisão foi reduzi-lo. Junto com os outros ministros de louvor da igreja,
diminuí consideravelmente nosso repertório, e assim o tornei mais acessível aos novatos. Essa e outras medidas podem ser tomadas
para tornar sua equipe acessível. Outra medida que tomamos foi a de pedir para que os ministros de louvor enviassem a lista de
músicas a serem executadas no culto pelo menos com três dias de antecedência.   Essa medida também facilitou para os novos. Com
isso eles tinham mais tempo para se preparar.
   

Concluindo, gostaria de encorajá-lo a ser um líder inclusivo. Essa é uma tarefa desafiadora, talvez a mais difícil para um líder de louvor,
mas extremamente necessária e recompensadora. Esteja atento, pois Deus estará levantando pessoas especiais a sua volta o tempo
todo. É preciso reconhecer isso e ser suporte para o que Deus quer fazer através de outros.
   

Deus o abençoe.
   

Fabiano Alves
04.08.2010LER TODOS ARTIGOS

Liderando uma banda

Por Terry Butler


A. O líder é quem faz o arranjo
1. Explique o que você espera daquela música, para sua equipe.
a. detalhe aquilo que você está ouvindo, o que cada músico/cantor está fazendo na canção
b. tente coisas diferentes com a música, e lembre seu pessoal que neste estágio, nada é definitivo ainda. Quanto mais experientes
forem seus músicos/cantores, mais eles lhe ajudarão neste processo!
c. Tenha certeza de que todos conhecem a semântica de uma banda, para que todos possam acompanhar o processo. (ex. “toque sem
sobrecarregar” significa simplificar sua parte na música)
d. Ritmo/tempo – o metrônomo é seu amigo!
  
2. Explore ao máximo o potencial dos instrumentos e vozes que estão à sua disposição.
a. Arranje a música com sons e padrões sonoros etc. Diga aos seus músicos onde você espera que sejam tocadas notas únicas, ao
invés de acordes completos. Isto permitirá que música respire.
b. Saiba quais combinações vocais funcionam. Saiba quem são os tenores, altos e sopranos, e quem canta melhor com quem.
  
Desenvolva seu ouvido para prevenir as “colisões” (vocais que trombam entre si, ou com os instrumentos)
  
3. Seja modelo e ensine a arte da auto-edição 
a. Menos é mais! Procure encontrar maneiras de demonstrar como é que uma banda equilibrada toca, e como cada instrumento está
participando deste processo. Tocar demais e a falta de dinamismo impedem a adoração congregacional.
b. Quando tiver dúvidas, procure ajuda 
 
4. Relembre sua banda constantemente de que o propósito e alvo do que vocês fazem é facilitar a adoração da igreja. Lembre-os que, o
que eles tocam, e a forma que eles tocam, afeta dramaticamente a adoração congregacional.
  
5. O metrônomo é seu amigo. Tocar no “tempo” permite que tanto a banda quanto a igreja, se expresse com mais confiança na
adoração!
  
B. O papel do líder durante o momento do louvor.
1. Ensine e seja modelo, do que é estar sensível ao Espírito Santo.
a. Eles sabem o que fazer em momentos de adoração espontânea?
b. Eles sabem o que fazer se o líder começa cantar uma música que não estava na lista?
c. A equipe precisa ter tanto o coração quanto os olhos abertos, especialmente durante os momentos que o Espírito de Deus está se
movendo de forma mais evidente.
  
2. Ensine a banda a conhecer suas tendências.
a. Linguagem corporal e sinais com as mãos 
b. Eles devem estar sensíveis e atentos a você durante todo o louvor, para receberem as suas orientações.
  
C. Lembre aos músicos qual é o papel deles na adoração
a. Eles são ferramentas poderosas nas mãos de Deus para atrair outros à adoração.
b. Se eles se entregarem, juntamente com seus talentos ao Pai, Ele vai receber a glória, e eles sentirão a alegria do Pai em tê-los como
servos.
c. Somos evangelistas – proclamação (Salmo 2:7, 9:11)
Estamos combatendo os poderes das trevas, quando levantamos o nome do Senhor, nossa Luz na escuridão (João 1);
Ajudamos as pessoas chegarem até a presença de Deus
Atraímos outros à celebração, contemplação, meditação e 
arrependimento.
  
Eu constantemente estou encorajando e lembrando a equipe de louvor que eles são uma parte importante na igreja. Se cada um estiver
crescendo musicalmente e espiritualmente, aquela parte do corpo de Cristo é beneficiada, e Deus recebe mais glórias! Este é o coração
da adoração congregacional. 
A função do back vocal

Por Jessie Lane Clarke


  

Eu tenho sido backing vocal em equipes de louvor e em outras áreas por dez anos. É tanto tempo que
isso se torna espantoso. Eu me lembro que sempre quis ser cantora – rodando pelo meu mundo com a
minha escova de cabelo, colher, ou escova de dente, cantando totalmente fora do tom, não importando o
que estivesse sendo tocado no rádio.
  
Quando éramos crianças, minha irmã e eu nos deitávamos na cama imitando as canções – uma tentando
convencer a outra que aquela era a música que tínhamos ouvido no radio – e aminha irmã ficava brava,
pois ela estava cantando uma música e eu a interrompia cantando outra música, mais alto ainda. Hoje em
dia é o meu marido Darren que fica chateado comigo quando eu começo a cantar no meio das nossas
conversas – isto é muito desagradável, não é? Eu estou tentando melhorar.
  
Entretanto, a verdade é que Deus me planejou com esta paixão – quando eu canto, eu sinto a satisfação
do Senhor. Isso me faz perceber que Deus tinha um plano ao usar a minha voz, e todos esses anos
depois eu olho para trás e louvo mais ainda a Deus por todas as oportunidades que ele tem me dado. Por
algum tempo foi difícil para eu crer que o Senhor não estava brincando sobre o meu amor por cantar.
  
Ao perceber que Ele havia colocado esse desejo em mim com um propósito, isso me trouxe muita alegria
e liberdade, e é claro me fez querer cantar ainda mais. Eu sou muito grata a Deus por este dom. Desde
que eu percebi que Ele havia me dado este dom com um propósito, eu tenho me conscientizado que
Deus está investindo em mim e está me ensinando sobre a adoração, e também me livrando das
situações desagradáveis do caminho.
   
Eu continuo cantando como uma backing vocal, e em certas ocasiões eu também conduzo o louvor. Eu
penso que o segredo para ser um bom cantor de backing vocal é entender que a nossa voz é um
instrumento e um dom.
   
Você tem a oportunidade e o potencial de ter um dom, e trazê-lo ás pessoas.
 
• Em primeiro lugar, a sua adoração é uma oferta ao Senhor. Como membro de uma equipe de louvor,
constantemente eu tenho que estar certa que esta é a minha motivação principal, pois Deus merece nada
menos do que isso. É muito fácil mudar de direção em relação a isso. Mas quando os nossos corações
estão no lugar certo, existe pouca pressão e há muita alegria. Deus então é glorificado.
  
• Como uma cantora de backing vocal você é um suporte vital para o líder de louvor.
  
• Você também é um exemplo para toda a congregação seguir. Se eu fosse transmitir as lições que eu
tenho aprendido, seja através dos meus próprios erros ou através da graça de aprender com os erros dos
outros, eu diria o seguinte: Ouça bastante! Ouça a banda e tudo o que estiver acontecendo. Preste
atenção e esteja aberto a qualquer coisa que Deus queira falar ou fazer. Deixe de lado seus interesses e
aprenda a ceder Seja sensível ao líder de louvor – obedeça à liderança dele ou dela – e siga o fluir do que
Deus está fazendo. Esteja certo de que você não está “tomando a frente” ou travando uma batalha com o
líder de louvor, seja musicalmente ou por causa dos temas. Isto é crucial se você está fazendo as coisas
de boa vontade. Também seja sensível aos outros membros da sua equipe e ao que eles estão fazendo.
    
Os choques ocorrem com muita facilidade. Lembre-se que há momentos para cantar, e há momentos
para permanecer em silêncio. Faça muitas perguntas Preste atenção ao que líder deseja em termos de
improvisação, ás liberdades que devem ser tomadas e ás contribuições proféticas – o que ele/ela querem
e precisam de sua parte?
    
Proteja os seus relacionamentos dentro da sua equipe de louvor. Seja um encorajador. Não subestime o
poder da unidade e dos relacionamentos que honram ao Senhor. Se você está cantando com outros
vocalistas, tenham um tempo para orarem juntos. Isto tem feito muita diferença para mim todas às vezes.
    
Lembre-se que a sua voz é um instrumento. Não menospreze sua parte. Aproveite o tempo para trabalhar
as partes e as harmonias. Um bom vocal é crucial. As pessoas seguem aquilo que elas estão
conseguindo ouvir. Seja criativo com as suas harmonias Procure não ficar preso a uma rotina. Entretanto,
esteja ciente de que “ser mais criativo” não significa “melhor”. Lembre-se de pensar no som como um
todo, não apenas na sua voz individualmente – você não está cantando sozinho – você é parte de uma
equipe. Ter essa sensibilidade fará com que você se diferencie como uma cantora de backing vocal.
   
Saiba que o backing vocal é uma habilidade diferente do vocal principal. Só porque você é capaz de fazer
uma dessas habilidades bem, não significa que automaticamente você pode fazer a outra (mas sabendo
como fazer uma, isso pode lhe ajudar a fazer a outra bem). Reconheça a diferença entre essas duas
habilidades. Isso pode soar comum, mas muitas pessoas pensam que só porque tem uma grande voz –
afinação perfeita, paixão, entonação – elas serão grandes cantoras de backing vocal. Não
necessariamente. Pessoas distraídas, fora de lugar, e que planejam atrair a atenção para si mesmas são
péssimas cantoras de backing vocal.
    
Ser Backing Vocal de um grupo de louvor é diferente de ser Backing Vocal de uma banda “normal” Você
não é uma estrela. Você não está se apresentando. Você é um exemplo. Então, seja um bom exemplo de
adorador no púlpito e fora dele. Demonstre uma vida de adoração, envolva-se. Quando o líder disser
“vamos dançar”, ou “vamos entoar um cântico ao Senhor’, o seu papel é fazer isso! Faça o que tem que
ser feito. Dependendo de seu humor, isso pode ser difícil porque você quer ser real ali... mas a sua
prioridade é servir e liderar pelo exemplo”.
   
Proteja o seu instrumento Cuide da sua voz. Mas seja sensível, não se tornando um chupador de
pastilhas psicótico, ou um inimigo dos produtos feitos de leite, ou um fanático que “deve sempre ter um
humidificador de ambientes” que perdeu todo o senso de perspectiva. É sempre bom ser equilibrado!
Procure conhecer a sua voz, entender o que é bom, o que te auxilia e o que não te faz bem – e se doer –
PARE.
   
Uma palavra final Não se perca na adoração a ponto de não saber o que está acontecendo ao seu redor
(deixas, etc), mas ao mesmo tempo não fique tão preso à música a ponto de perder o seu objetivo
principal – adorar. Seja você mesmo, mas seja profissional, e eu tenho que dizer... vista- se com
moderação. Lembre-se que todos não estão te olhando como você imagina. Tente abrir os seus olhos
ocasionalmente e você verá que todos NÃO estão olhando para você! Não exija muito de si mesmo;
relaxe e sinta a presença de Deus, sinta a alegria de Deus sobre o Seu povo, veja o que Ele está fazendo
com o Seu povo –é como se o Céu estive aqui na Terra.
   
Jessie Clarke nasceu e foi criada na Inglaterra, mas se mudou para costa central da Califórnia aos 19
anos. Jessie começou a cantar aos 16 anos, na sua Igreja natal, a the St. Albans Vineyard, e começou a
cantar com Matt Redman & Graham Ord no final da adolescência. Desde então ela tem cantado em
muitas gravações da VM (USA) com Darren Clarke and Ryan Delmore, entre outros. Os Clarkes tem
escrito várias canções de adoração, incluindo ‘I love Your Presence’ .

25.07.2010LER TODOS ARTIGOS
Dicas para escoha do repertório

Por Larry Levy

1. Escolha algumas músicas que proclamem os grandes temas da fé cristã: glória, amor e santidade de
Deus; a cruz de Cristo; a graça de Deus; o reino de Deus entre nós. A intimidade na adoração cresce à
medida que verdadeiramente entendemos os atributos do Deus a quem estamos expressando o nosso
amor. 
 
 
2. Em primeiro lugar, selecione músicas conhecidas. Se, por exemplo, você for cantar seis músicas,
precisa ter três músicas que sejam muito bem conhecidas, duas que sejam familiares e uma música que
seja nova. Nunca houve tantas músicas de louvor como agora! Existem as composições dos músicos em
nossas igrejas. Eu creio que existe uma rica reserva de hinos que podem ser adaptados ao nosso estilo, e
que poderiam fazer uma conexão com as igrejas históricas. Lembre-se: ao cantar uma música nova, faça
isso por algumas semanas até que as pessoas se familiarizem com ela. 
 
 
3. Escolha algumas músicas com letras e nas melodias simples. Tudo está se envolvendo
constantemente, sempre partindo do simples para o complexo, e então voltando ao simples. Essa é uma
verdade em todas as músicas, e se torna verdadeiro quando a música de adoração é composta. As
pessoas realmente precisam de músicas simples, músicas que elas não tenham que ficar se esticando
para ler a próxima linha da transparência, e que possam deixar o lado esquerdo do cérebro descansar um
pouco. 
 
 
4. Selecione músicas que tenham o mesmo 'fluir'. Muitos temas diferentes tornam a coisa confusa.
Mudanças em tonalidades descendentes podem auxiliá-lo (ex: C para D para G). Tente passar de uma
música para a outra sem interrupções. Não se preocupe se acontecer um período de silêncio e reflexão
antes de iniciar a próxima música. 
 
 
5. Escolha músicas que proporcionem momentos de adoração espontânea ao final. Isso pode se tornar
algo inapropriado se fizermos em todas as músicas, mas no tempo certo reforça o que estamos fazendo.
O objetivo não é atravessar as músicas, mas conduzir as pessoas em adoração para que a Noiva (a
Igreja) e o Noivo (Jesus) possam se beijar e se abraçar mutuamente. Como você deve ter percebido, nós
não falamos nada sobre andamento, ritmo, tamanho ou talento da equipe de louvor, entre muitos outros
aspectos. 
 
 
A minha esperança é que todas essas sugestões o ajudem a realizar aquilo que considero o maior evento
do mundo: a adoração íntima e apaixonada ao Pai.
23.07.2010LER TODOS ARTIGOS

A guitarra no período de louvor

Por Raphael Costa


  

A guitarra definitivamente conquistou  seu espaço. Hoje a guitarra está presente em quase todos os


estilos musicais, do jazz ao rock e do reggae ao funk. Apesar disso, a guitarra ainda é considerada um
instrumento relativamente novo. A cada dia novas maneiras de se tocar são inventadas, fazendo da
guitarra um instrumento cada vez mais versátil.

   Para ser um bom guitarrista nos dias de hoje não basta apenas fazer solos 'mirabolantes'. Um bom
guitarrista é aquele que se preocupa com a sua sonoridade (timbre), que tem um bom conhecimento de
harmonia e que sabe exatamente qual é a sua função dentro de uma banda.

  

Guitarra x violão

Muita gente me pergunta se existe diferença entre guitarra e violão. Existe, e muita! Apesar de
teoricamente o violão e a guitarra serem 'iguais' (possuem seis cordas, mesma afinação, mesmos
acordes), na prática eles tem funções completamente diferentes. O violão é usado (principalmente no
contexto de louvor) como instrumento de base, enquanto a guitarra é um instrumento de detalhes, a
'cobertura do bolo'. É claro que existem momentos em que a guitarra faz a base, mas no geral,
principalmente se você tiver um piano ou um violão (ou os dois!), sua função será de preencher os
espaços deixados pelos outros instrumentos. Uma boa dica seria ouvir o que os outros músicos estão
tocando antes de decidir o que você vai tocar.

 Base x solo

Na verdade, essa história de ter uma guitarrista somente para base e outro apenas para solo
praticamente não existe mais. O guitarrista moderno tem que estar preparado para fazer bem as duas
funções. Dificilmente alguém vai chamar um guitarrista apenas tocar apenas solo. Lembre-se: a palavra
chave para o guitarrista de hoje é versatilidade. Um bom solo é mais do que saber qual escala usar é
preciso entrar no clima da música, captar a idéia e fazer o que a música está querendo comunicar. Por
exemplo: se você fizer um solo na música 'Me Derramar', é melhor ir por um caminho mais melodioso em
vez de querer mostrar todas as suas habilidades técnicas em oito compassos, entendeu?

Segredos do bom guitarrista

Existem pessoas que tem maior facilidade em aprender um instrumento do que outras, porem uma coisa
que todo bom músico tem em comum são muitas horas de estudo. Não existe fórmula mágica para
aprender um instrumento, portanto minha dica é que todo estudo seja acompanhado por um bom
professor que vai saber direcionar corretamente as técnicas que você deverá aprender no momento certo.
Outra coisa importante é ter humildade para saber que sempre temos muito que aprender com os outros.
Humildade é essencial para se desenvolver como músico.

 A seguir, algumas dicas práticas para chegar lá:


 1) Ouça muita música - Compre um bom fone de ouvido, vá para seu quarto, apague a luz e ouça com
muita atenção;

 2) Ouça de tudo – Não tenha preconceito com algum estilo musical, amplie seus horizontes. Em todos os
estilos musicais você vai encontrar música boa e música ruim;

 3) Invista no seu equipamento – É muito melhor você ter apenas  uma boa guitarra, um bom amplificador
e um bom pedal delay do que ter um monte de equipamento ruim que só vai ‘te dar dor de cabeça’.

 4) Estude, estude, estude - Procure um bom professor, bons músicos, freqüente cursos, clínicas e
workshops sempre que possível, mantenha-se atualizado;

  5) Divirta-se - Nada disso faz sentido se tocar guitarra não for algo prazeroso. Mantenha seu coração
perto do Pai e o adore com sua guitarra e com sua vida.

 Raphael Costa é músico, arranjador e produtor. Ele assina a produção do álbum Mais que Paixão do
ministério Vineyard Music Brasil ao lado de Amauri Muniz, entre outros projetos já realizados.

25.02.2011LER TODOS ARTIGOS

Os valores e prioridades da Vineyard

 por Andy Park


 

É 10:05 de uma manhã de domingo o culto de adoração na Vineyard está começando. O líder de louvor faz uma pequena oração,
convidando a presença de Deus, e convocando a congregação a focalizar seus pensamentos no Senhor. Ele então, dá início ao louvor
com um pequeno aceno para a banda, fechando seus olhos ele começa a tocar e cantar novas canções de adoração, amor e louvor ao
Pai. Ocasionalmente ele vai fazer outra oração entre as músicas e através de sinais ele vai guiar os músicos nas transições de canções.
O líder de louvor fala pouco para a congregação; praticamente todas as suas palavras são dirigidas ao céu.

    

Há pequenos interlúdios quando nenhuma música é cantada; a banda continua tocando enquanto o povo espera silenciosamente no
Senhor em uma atitude de adoração. O ritmo vai variar da alegria, até a gentil contemplação. Mesmo sendo óbvio que houve
planejamento e preparação por parte dos músicos, ainda assim há uma expôntaneidade natural conforme o líder de louvor vai abrindo
seu caminho, naquele período de meia hora.

    

O que molda este estilo de liderar o louvor? O líder de louvor somente esta deixando as coisas acontecerem casualmente, ou há uma
filosofia por trás do que ele está fazendo? Isto é uma forma arbitrária de encher tempo que antecede o sermão, ou um plano intencional
que expressa um sistema de valores definidos?

DESGASTADOS E MESMO ASSIM COM OS OLHOS EM DEUS

Mais ou menos a 18 anos, Deus reuniu um grupo em Yorba Linda, Califórnia, que entendiam sua grande necessidade por Ele. Eles não
possuíam força emocional para muitas outras coisas além de buscar a Deus, para ouvirem sua voz e receberem seu conforto. Eles
derramaram seus clamores por ajuda juntamente com suas orações.
    
A partir desta experiência de tocar e ser tocado por Deus de uma forma profunda, um movimento de igrejas nasceu, e uma distinta vida
e teologia sobre adoração começou a ser desenvolvida. Através dos anos os limites da Vineyard têm se expandido, mas os valores
principais que foram formados naqueles anos iniciais ainda permanecem intactos. O estilo e forma de expressão continuam envolventes,
mas a visão e o propósito permanecem consistentes.
    

Para mantermos o chamado que Deus nos deu como Vineyard, nós devemos explicar e afirmar estes valores inegociáveis, bem como
observarmos se nossa vida pratica expressa estes valores. Se o capitão de um navio estabelece uma rota mas se esquece de olhar seu
compasso, ele, sem perceber, irá desvira-se do curso e tomar um caminho errado. Há muitas coisas que podem nos desviar do caminho
correto; uma delas é a tendência de querermos ser o centro do show. Outra é simplesmente nos desviarmos das orientações e heranças
que Deus nos deu como igreja. Nós devemos manter nossos olhos no compasso se queremos permanecer no rumo certo e cumprirmos
nossos chamados.
    

Além da Vineyard existem muitas formas e estilos de adoração que são válidas e certamente bíblicas. A Vineyard não é o centro de
tudo. Nós respeitamos e apoiamos todas as denominações e movimentos que exaltam a Cristo seguem a doutrina do Cristianismo. Ao
mesmo tempo, nós sentimos a responsabilidade de andarmos de acordo com o padrão que Deus colocou em nossos corações.
   

Grande parte da minha versão dos valores da adoração na Vineyard, é baseado em uma mensagem de John Winber sobre este
assunto. Eu acrescentei algumas coisas ao ensino do John, baseado em minhas próprias experiências pessoais, como pastor e líder de
louvor na Vineyard. Seis valores básicos são a fundação e guia para uma ampla variedade de prioridades e práticas que eu vivo. Cada
um destes valores foi gerado por ordenanças bíblicas sobre adoração e devoção a Deus.
   

1.A ADORAÇÃO É DADA SOMENTE PARA A GLÓRIA E HONRA DE DEUS.

Não há nada tão poderoso do que estar face a face com a presença de Deus durante um louvor congregacional. Algumas vezes é de
tirar o fôlego – nós podemos verdadeiramente “provar e ver que o Senhor é bom.” A experiência de tocar diante de grandes grupos
enquanto o Espírito Santo está ministrando sempre me desfia a manter meus pensamentos puros.

A BATALHA EM NOSSAS MENTES: QUEM VAI RECEBER A ADORAÇÃO?

As vezes me pego alimentando pensamentos como este: “Como é maravilhoso isto que está acontecendo.... puxa vida como minha voz
está bonita.... eu tenho realmente um dom.” Após alguns segundos eu percebo o que estou fazendo, então rapidamente levo meus
pensamentos pelo caminho inverso. Para poder focalizar minha atenção completamente Naquele que é a única fonte de dons e unção
para a adoração.
   

Foi este tipo de erro que levou Lúcifer à queda. Em Ezequiel 28, a profecia contra o Rei de Tiro pode ter um sentido duplo como uma
indicação do que teria acontecido com Lúcifer, o líder das hostes angelicais. Ele era um ser angelical com dons e unção que tinha
acesso direto ao trono de Deus (Versículos 13,14). Mas por causa de seu orgulho e desonestidade (Versículos 2, 17-18), ele foi deposto
de sua posição de Querubim.
    

Enquanto querubim ele era adornado de com jóias belas e preciosas, Deus adorna líderes de louvor com dons musicais que brilham sob
as luzes do Espírito Santo. Permanecer constantemente sob a liderança do Espírito é essencial para mantermos puras nossas
motivações e apresentações. Cercado pela gloriosa luz de Deus e a adoração de outros seres angelicais, o coração de Lúcifer tornou-se
escuro e então ele já não estava contente de ser um adorador. Ao invés disso, ele passou a desejar ser aquele que receberia a
adoração. Com as tentações e modelos que o mundo oferece, no que diz respeito a música, todo líder de louvor deve ficar atento ao
apelo que existe de que ele se torne “um deus,” ao invés de ser um puro canal de adoração.
    

Evitar o exibicionismo é essencial para resistirmos a atitudes egoístas na liderança. Nós podemos ser apaixonados, expressivos e até
mesmo agressivos na forma que lideramos o louvor, mas se estas coisas não forem uma atitude de adoração, elas irão somente chamar
atenção para nós mesmos.
   

Ocasionalmente e escorrego no erro do exibicionismo por um momento, e eu sinto isto instantaneamente porque a atitude por trás da
ação não foi correta. Quando isto acontece, eu procuro me corrigir e conscientemente tentar voltar a estar na sob a liderança do Espírito
Santo. É muito bom que nós temos o Espírito Santo, que é como um guardião que nos diz quando estamos “seguros” e quando estamos
“fora.” Se ouvirmos seus sussurros, e as direções de nossos pastores, estaremos seguros.
    

Por outro lado, quando falamos sobre este assunto precisamos tomar cuidado para não começarmos a criar regras que limitem quão
expressivo um líder de louvor pode ser. O mesmo solo instrumental, ou arranjo vocal pode ser inspirado em um momento, mas
inapropriado em outro. Precisamos ser cuidadosos para não repetirmos o erro de Mical, a esposa de Davi, que desprezou sua dança
diante do Senhor (II Sam. 6:16).
   

Nós não podemos conhecer a integridade do coração de adoração de alguém, com uma breve análise de suas expressões vocais ou
corporais. Se você está se perguntando neste momento, quão expressivo você pode ser quando liderar o louvor, deixe o Espírito Santo
ser seu guia. E no caso de você precisar re-interpretar o que Ele disse, certamente se pastor lhe ajudará!
   

Outro fundamento essencial da adoração na Vineyard é: o primeiro e principal propósito da adoração é agradar (abençoar) a Deus.
Você pode freqüentemente sentir-se abençoado por Deus fisicamente, emocionalmente ou espiritualmente quando você adora, mas isto
não deve ser algo esperado ou previsível, nem um direito seu como filho de Deus.
   

Uma pesquisa feita na Vineyard de Anaheim por uma grande universidade secular, revelou que experimentar Deus durante a adoração
foi uma das razoes principais que as pessoas juntaram-se a igreja. Os entrevistados apresentaram todo tipo de revelações e outras
experiências legais que tiveram durante a adoração.
    

Quando pediram para que uma pessoa descrevesse os seus sentimentos durante a adoração, eis o que uma pessoa disse: “Eu sei que
estou tocando o céu, e que o céu está ali conosco. Deus me toca no coração. Ele me liberta e libera de toda ansiedade, medo e stress.
Eu tenho a oportunidade de expressar meu profundo amor e gratidão a Deus e Seu Filho, Jesus... Deus é tão bom.... eu o amo tanto!”
    

Uma outra pessoa respondeu a esta mesma pergunta da seguinte forma: “Isto é difícil de descrever. Eu me coloco diante do meu
salvador face-a-face. Nós conversamos, nos tocamos, dançamos. As visões que tenho recebido são na maioria das vezes durante a
adoração. Eu sinto que ela é como ter um gostinho do céu.”
   

Estas historias são maravilhosas, mas nem todos nós temos histórias maravilhosas assim para contar. Para algumas pessoas estas
coisas acontecem muito raramente, se acontecerem! Isto faz com que estas pessoas sejam menos espirituais? Não necessariamente.
     

Além do mais, existem miríades de razões que podemos pensar, de por que a adoração em uma semana pode ser mais ungida do que
em outra. Eu fico imaginando se Deus propositalmente não retém o mover do Seu Espírito para que nós possamos nos manter com os
olhos Nele, ao invés de ficarmos maravilhados com a experiência da adoração.
   

Como adoradores, nós experimentamos Deus em uma grande variedade de maneiras. Alguns têm experiências mais dinâmicas que
podem ser combinadas com uma liberação emocional. Outros normalmente têm experimentam de forma muito gentio a paz de Deus.
Experiências de êxtase não são o alvo da nossa adoração. A quantidade de fenômenos sobrenaturais não pode ser um barômetro da
espiritualidade do adorador. O propósito de nossa adoração é expressarmos nosso amor e compromisso com Deus. Conforme fazemos
isto, também nos abrimos para receber o que quer que seja que Ele tem para nós. Como um resultado disso vamos conhece-lo melhor
(Filipenses 3:7-10).
    

Se você sente que “não está recebendo nada em troca” quando adora, lembre-se que Deus nunca prometeu euforia. Seu alvo é agradar
a Deus (Salmo 103) declarando sua aliança e devoção a Ele. Conforme você faz isto, sua mente é renovada com a doce lembrança de
sua majestade. Quando ouvimos a Ele, certamente seremos transformados (II Co. 3:18). Mas muitas vezes esta mudança não é
dramática ou acompanhada de um fenômeno visível.

   

2.NÓS DEVEMOS SER ÍNTIMOS COM DEUS E NOS EXPOR DIANTE DELE.

Se existe algo que caracteriza a adoração na Vineyard é este valor. Quando você experimenta o “espírito de sabedoria e revelação” que
o apóstolo Paulo menciona, então você vê uma pontinha da largura, profundidade, altura e extensão do amor de Deus Ef. 3:18). Isto não
é uma afirmação cerebral da doutrina do amor de Deus, nem é uma experiência emocional. É experimentar o poder do amor de Deus
(Ef. 3:17-19). Paulo mesmo diz que este amor excede o conhecimento, mas ele mesmo ora por seu povo para que eles recebam um
pouco do conhecimento! É óbvio quando olhamos os escritos de Paulo, que ele experimentou um profundo conhecimento de Deus, e
que ele espera que isto seja uma norma em suas igrejas.Conforme nos aproximamos de Deus na adoração, Ele nos responde através
de Sua visitação. Vimos um protótipo disto nos tempos de Moisés, quando Deus prometeu visitar os Israelitas em resposta aos seus
sacrifícios de adoração. “E habitarei no meio dos filhos de Israel e serei o seu Deus. E saberão que eu sou o SENHOR, seu Deus, que
os tirou da terra do Egito, para habitar no meio deles; eu sou o SENHOR, seu Deus.”
   

Você já recebeu uma grande revelação sobre Deus, enquanto cantava uma canção que já havia cantado dezenas de vezes no
passado?
   

Isto aconteceu comigo uma vez enquanto canta a música, “É o seu sangue” (It`s Your Blood). Eu estava maravilhado com uma nova
percepção da profundidade do amor de Deus por mim. Era como se eu tivesse acabado de descobrir pela primeira vez que ele
derramou seu próprio sangue para minha salvação! De repente a revelação de Deus veio sobre mim – este é o “espírito de sabedoria e
revelação” sobre o qual Paulo fala (Ef. 1:17).
    

O fruto da intimidade não limita-se a sentimentos de amor. Outro resultado é o arrependimento do coração. A visão que Isaías teve do
Senhor (Is. 6) Exaltado em seu trono é uma das passagens clássicas que ilustram como deve ser a experiência da adoração. Aí vemos
seres angelicais clamando “Santo, santo, santo,” enquanto o próprio templo era abalado e cheio com fumaça. Esta imagem simboliza o
poder e revelação que podem ser liberados em momentos de adoração.
     

Quando nós, humanos mortais temos contato com o transcendente, e santo Deus, haverá inevitavelmente momentos em que
clamaremos como fez Isaías: “Ai de mim, porque sou um homem de impuros lábios e habito no meio de um povo de impuros lábios” (V.
5).
    

Alguma vez você estava cantando uma canção, e suas próprias palavras geraram convicção sobre sua vida? E quando cantamos algo
como: “Jesus.... a ti entrego todas as coisas” ou “Jesus, você é tudo para mim” e então percebi que aquilo não era completamente
verdade para mim? Este momento quando recebemos este tipo de entendimento é o ideal para consagrar sua vida a Deus novamente,
e re-alinhar sua vida àquilo que a letra da música dizia. Esta também é uma expressão de intimidade com Deus em adoração. Se não
estivemos dispostos a sermos honestos com Deus, nossa adoração não vai significar nada. Ele responde a um coração quebrantado e
contrito (Salmos 51:17).
    

“Não terás outros deuses diante de mim.” Este foi o primeiro mandamento que Deus deu a Moisés. Este é um tema permanente nas
letras das músicas da Vineyard. Nós cantamos isto com nossos lábios para nos lembrarmos constantemente, que devemos tirar do
nosso caminho todas as coisas que podem diluir nossa devoção por Jesus.
    

Quando cantamos canções ao Senhor, somos muitas vezes confrontados pelas nossas próprias palavras. Foi esta a intenção de Deus
quando deu o cântico de Deuteronômio 32. Ele disse a Moisés: “Escrevei para vós outros este cântico e ensinai-o aos filhos de Israel;
ponde-o na sua boca, para que este cântico me seja por testemunha contra os filhos de Israel.” (Dt. 31:19). Deus sabia que quando
entrassem na terra prometida, eles se voltariam para outros deuses e os adorariam. Este cântico tinha o propósito de mantê-los no
caminho correto.

     

3. NÓS ESPERAMOS QUE TODA A CONGREGAÇÃO POSSA PARTICIPAR DA ADORAÇÃO, POR ISSO NOS TENTAMOS FAZE-LA
ACESSÍVEL A TODOS.
   

Todo Cristão tem acesso ao trono de graça e deveria cultivar seu relacionamento com Deus. A adoração pública é a oportunidade da
igreja de expressar corporativamente aquilo que seus membros praticam individualmente.
    

Como os líderes podem facilitar isto? Em primeiro lugar, nós olhamos o culto de domingo com o entendimento que a maioria das
pessoas presentes entendem que adorar a Deus é a coisa certa a se fazer – e por isso elas vêm à igreja. O líder de louvor não precisa
gastar tanto tempo interagindo-se com o povo – eles já sabem o que fazer porque o conceito de adoração íntima já foi ensinado ali
várias vezes. Conforme o líder vai concentrando sua atenção em Deus, esperamos que o povo entenda este conceito. Esta também é a
melhor forma para os iniciantes aprenderem sobre como se aproximarem de Deus diretamente e de forma pessoal. Adoração no
Espírito é uma daquelas coisas que são “mais entendíveis do que ensináveis”.
   

Conforme o líder se entrega à adoração, o povo sente-se estimulado pelas canções e seu próprio entusiasmo. A energia do líder para a
adoração vem do fato d`ele estar na presença de Deus. Isto não é uma técnica estabelecida para gerar uma resposta específica na
congregação.
   

Para mim não há nada mais legal do que ver um pouquinho da glória de Deus durante a adoração. Diante disso qual reação seria mais
apropriada do que um louvor cheio de paixão? Temos muitos exemplos bíblicos de expressões intensas de louvor. Davi dançando
diante da arca (II Sam. 6) é um bom exemplo de uma exuberante adoração que veio direto do coração e gerou uma oportunidade de
outros a seguirem.
    

Há momentos e lugares adequados para muitas formas de se liderar o louvor – a correta depende do momento. Em tempos de grande
celebração, o líder pode levar a congregação a expressar gritos de louvor. Ocasiões especiais, como conferencias são perfeitas para
este tipo de adoração.
     

Nestes momentos, a ousadia do Espírito Santo enche o líder, e ele pode propositalmente incitar as pessoas a tais ações. De forma
geral, no entanto, a atenção do líder deve estar voltada para o Senhor e o resto do povo vai seguindo este modelo. De certa forma o
Espírito Santo é quem realmente lidera a adoração. Ele toca nossos corações segundo o exemplo da equipe de louvor. Comparando
isso ao casamento: Ninguém precisa me exortar a beijar minha esposa. Eu gosto de fazer isto! Se nossas vidas são devotadas a Ele, o
louvor de nossos lábios é uma resposta natural.
    

ESCOLHENDO CANÇÕES QUE CONECTAM

    

Para facilitar a participação de todos, o líder deve escolher canções que têm letras e melodias simples o suficiente para serem cantadas.
Um bom líder deve conhecer a resposta da igreja para cada música. É besteira continuar usar uma música que as pessoas não
conseguem pegar, mesmo depois de ouvirem várias vezes.
   

Lembre-se: o líder de louvor deve agir como uma parteira, trazendo as pessoas diante de Deus e ajudá-las a nascer na adoração. Se as
pessoas não conseguem acompanhar uma música, não a use.
   

Existem muitas outras que certamente podem funcionar.


   

Este é um bom exemplo do papel de servo do líder de louvor. Nosso negócio não cantar canções que abrem uma oportunidade de
explorar nossas habilidades artísticas. Nós escolhemos músicas que gostamos e também nos expressamos artisticamente, mas
somente para facilitar a interação entre Deus e Sua igreja. Adoração não deve ser um esporte praticado diante de um público. Nós
podemos convidar solistas, mas isto deve ser somente uma pequena porção de nossa adoração musical.
    

As maiorias dos líderes não escolhem propositalmente fazer um “show” durante o louvor. O problema mais comum, é que ele se perca
no rio da espontaneidade, que pode ser muito significativa para ele, mas pode abandonar todo o resto da congregação. Curtos
interlúdios quando o líder vai cantar espontaneamente pode ser ótimo, mas se a sua congregação não embarcar com você, não use
este veiculo muitas vezes.
    

Algumas igrejas respondem bem à adoração espontânea, enquanto outras têm muita dificuldade. Sirva sua igreja e liderança dando a
eles “comida que eles possam digerir” durante os momentos de adoração.
    

A parte musical da adoração em um culto da Vineyard, dura aproximadamente 30 minutos. Esta quantidade de tempo é intencional e
ininterrupta, pela mesma razão que o casal não fica ligando para casa a cada 10 minutos quando saem sem as crianças – eles estão
concentrando todas suas forças no que é prioridade: ter um tempo de qualidade com seus amados. Uma conversa íntima torna-se mais
profunda e intensa se houver um tempo sem interrupções.

    

RECONHECENDO OS MOMENTOS DA ADORAÇÃO.

    

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu”. Este versículo de Eclesiastes aplica-se
diretamente à adoração congregacional. Na vida da igreja, existem ocasiões quando um período curto de louvor é mais apropriado, e
outros tempos quando temos liberdade de ir bem mais longe. Em qualquer caso, o líder de louvor tem a mesma tarefa que qualquer
outro líder na igreja: ser parte de uma equipe.
   

Ser parte de uma equipe significa que não vamos ficar reclamando que o louvor teve de ser mais curto por causa de outro evento, como
a dedicação de uma criança. Mais importante ainda, é que a visão do líder de louvor esteja alinhada com a visão geral para cada culto,
que o pastor da igreja tem.
    

Na Vineyard de Anaheim, os líderes de louvor entendem os “sabores” diferentes que cada um dos cultos tem, e por isso tentam
obedecer os limites de cada um. O culto de domingo de manhã é caracterizado por uma adoração majestosa que enfatiza a intimidade,
com poucas músicas agitadas. O Domingo a noite é mais de celebração, com mais energia nas músicas. Em eventos especiais nós
normalmente temos um período mais longo de adoração. E os outros cultos da igreja, encontraram sua própria personalidade, que
depende do pastor que o dirige e da idade das pessoas que o freqüentam. Para realmente facilitarmos a adoração congregacional,
temos que deixar de lado nosso próprio querer e servir as necessidades do corpo como um todo, em cada um de seus ajuntamentos.

     

4. NÓS CONSIDERAMOS BEM VINDO O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO SANTO, PARA MOVER-SE DA FORMA QUE ELE DESEJAR
ENTRE NÓS.

   

Um valor básico na Vineyard é “fazer o que o Pai está fazendo” (Jo 5:19-20). Jesus estava sempre sintonizado naquilo que o Seu Pai
estava fazendo. Para seguir o exemplo do Senhor, eu não posso me apoiar demais nos planos que fiz para um determinado momento
adoração.
   
Normalmente eu sigo a maior parte da programação que planejei, mas eu sei que minha habilidade em ouvir a voz de Deus é imperfeita,
e as vezes eu acabo mudando meus planos no meio do caminho. Mesmo tendo sentido uma direção na escolha das músicas, uma
delas pode parecer fora de lugar quando chega o momento de toca-la. Muitas vezes eu apresso as coisas enquanto o Espírito Santo
está batendo em meu ombro e dizendo, “Por que você não tenta fazer desta forma?”.
  

Quando nós tentamos fazer a coisa do nosso próprio jeito, ao invés de permitirmos Deus fazer da forma que Ele quer, o resultado será
sempre, menos unção. E ninguém gosta disso, especialmente quem está liderando o louvor. Vale a pena ouvir e obedecer as direções
do Senhor durante o louvor.
  

LIDERANDO O LOUVOR DE FORMA PROFÉTICA

   

O princípio deve ser o mesmo, “fazer o que o Pai está fazendo”, mas podemos aplicar isto da seguinte forma: “dizer o que o Pai está
dizendo”. Devemos entender que existe um elemento profético no louvor. Conforme dirigimos nossas palavras a Deus, proclamando
Sua natureza e poder, Ele transforma estas palavras em uma espada poderosa que penetra nossos corações.
   

Isto pode ter muitas formas durante o louvor, incluindo músicas cantadas por todos, músicas especiais preparadas previamente,
cânticos espontâneos, orações e exortações. Se toda a equipe estiver sensível, Ele vai fazer com que estas palavras penetrem nossos
corações. O resultado disso será fortalecimento, encorajamento, e conforto. Quando cantamos canções como “Father I Want You to
Hold Me” (Pai eu quero que você me abrace), Ele atira suas flechas de amor em nossos corações. O poder de Suas palavras nos
transforma, e saímos da reunião diferente da forma que chegamos.
   

A presença de Deus no louvor gera uma grande oportunidade para ministrarmos uns aos outros. Louvor com músicas e momentos de
oração caminham juntos, porque em ambas atividades temos que estar receptivos a Deus e permitir que Ele faça o que desejar.
   

Arrependimento, cura e enchimento de poder no altar de oração podem ser facilitados, se houverem músicas que falam sobre este
tema. O pastor e o líder de louvor trabalham juntos, alternando orações, canções e instruções sobre como responder de forma correta
ao convite que Deus está fazendo naquele momento.

    

CONSTRUINDO PERÍODOS DE LOUVOR QUE SÃO MAIS EFETIVOS

    

E o processo de preparar um tempo de louvor? Eu percebo que o contexto do momento de louvor determina a quantidade de tempo
necessária para a preparação. Há muito mais trabalho envolvido para preparar o louvor de domingo com a banda, do que me preparar
para liderar sozinho o louvor de meu grupo caseiro. Há algumas razoes para isto.
   

Primeiro, a quantidade de músicas que podem ser usadas no domingo, é bem menor do que as que posso usar na reunião caseira, que
é específica para músicos. Segundo, é bom que os músicos tenham tempo de passar as músicas antes de toca-las no domingo. E isto
não é necessário quando toco sozinho. Quando não tenho outros músicos me seguindo, eu posso mudar de direção rapidamente, e
trabalhar sem uma lista de canções previamente escolhidas. Muitas vezes estes períodos que não foram planejados, são muito ricos.
   

Em momentos assim, eu procuro ouvir as instruções do Senhor, mas também estou tirando vantagem do fato que já lidero louvor há
vinte anos. O Espírito Santo pode nos dizer o que fazer com três dias de antecedência, ou com três horas de antecedência, ou três
minutos. Ele também pode nos dizer o que fazer imediatamente antes de cada canção, conforme estamos liderando.

     

5. PORQUE A ADORAÇÃO É NOSSA MAIS ALTA PRIORIDADE, NÓS INVESTIMOS TEMPO, ENERGIA E DINHEIRO PARA
GARANTIR QUE VAMOS TER QUALIDADE EM NOSSA ADORAÇÃO.

    

Em nossos dias, estamos cercados por música que é tocada e produzida profissionalmente. A música é uma forma poderosa de tocar e
moldar a vida das pessoas. Por isso, é uma ferramenta que pode ser usada para ganhar os corações dos Cristãos e Não-Cristãos.
Analisando as coisas neste contexto, torna-se óbvio que a excelência em nossa música, faz diferença na qualidade de nossa adoração.
  

Porém muitas igrejas não compartilham desta mesma visão. Alguns sentem que espontaneidade é tudo o que precisamos – se sabemos
os acordes e as letras, a gente se vira.
   
O que a Bíblia diz sobre isto? No Antigo Testamento, há o precedente dos músicos do templo sob a liderança de Davi. Ele designou
homens para supervisionar e levantar um grande grupo de músicos e cantores, que trabalhavam de tempo integral na adoração (I Cron.
25).
   

No Novo Testamento, nós quase não encontramos nenhuma menção do uso das artes na adoração. Mas sabemos que a igreja primitiva
utilizava-se do livro de Salmos como uma fonte de hinos. Também temos exemplos de outros “hinários” usados pela igreja primitiva,
como os “Cânticos de Salomão”. Mesmo diante do silêncio do Novo Testamento sobre o uso de instrumentos, quando olhamos para o
Antigo Testamento e para nossa própria experiência, que música de boa qualidade é muito melhor para a adoração do que uma música
pobre!
   

A maioria de nós não tem condições de montar bandas profissionais nas igrejas locais. Mas sem ensaio, nenhum músico pode
aproveitar todo seu potencial, independentemente de seu nível de habilidade. Por que não dar a Deus e a igreja o melhor que
podemos? “Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilo” (Salmos 33:3).

    

EXCELÊNCIA INCLUI PREPARAÇÃO E SISTEMAS DE SOM

    

Para mim é muito fácil perceber quando eu e minha banda estamos bem preparadas, e quando não estamos. Preparação sólida é um
firme fundamento para espontaneidade e criatividade. Quando toda a banda sabe o que deve fazer, há uma sensação de segurança e
relaxamento, o que possibilita que os músicos também adorem com mais liberdade.
  

Se acontecerem muitos erros, a moral e fé dos músicos sofrem. Mas se todos estão caminhando bem e juntos, os músicos podem
relaxar e adorar, ao invés de esperar pelo próximo furo.
   
 

Se a adoração é um dos nossos mais altos valores, isto significa que devemos investir em bons instrumentos e sistemas de som. Com o
advento do rock balada na adoração, a necessidade de P. A.s multiplicou, diante do que é necessário, se usamos somente piano e
violão.
   

Nós não precisamos de um equipamento “obra de arte” para termos uma boa qualidade de louvor, mas devemos adquirir o melhor
possível com o dinheiro disponível. O preço de um bom P. A. pode ser assustador, bem como a qualidade obtida com um sistema ruim.
Uma corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco, e o P.A. é um elo essencial na adoração contemporânea.
   

6. NÓS ESTAMOS COMPROMETIDOS COM UM ESTILO DE VIDA DE INTEGRIDADE.

     

As vidas particulares dos líderes deveriam refletir as canções e orações que eles fazem publicamente. Podemos resumir a adoração
pública como um “ensaio para a vida”. A adoração do domingo deveria ser um flash da caminhada diária do líder.
   

Para qualificar-se como líder de um ministério de louvor, homens e mulheres deveriam enquadrar-se nos requisitos citados em I Timóteo
3 e Tito 1. A única exceção que eu faria, é para o líder de louvor em um grupo caseiro; ele não precisa necessariamente ser super-
maduro. Muitas vezes, um jovem e zeloso crente é um bom candidato para liderar em uma situação assim.
   

No uso do dinheiro e nos relacionamentos com a família, empregados, patrões e lideranças na igreja, a vida de um líder de louvor deve
ser exemplar. Seria hipócrita cantar canções de devoção, sem uma vida devota. Se realmente amamos a Deus, vamos amar uns aos
outros.
    

O Fruto do Espírito deveria ser evidente na vida do líder de louvor. A forma que o líder trata os músicos e as pessoas do som deveria
demonstrar o coração de servo, tanto quanto a forma que ele trata o seu pastor.
   

O líder de louvor deveria desenvolver uma vida pessoal de oração e estar bem preparado nas escrituras (ou pelo menos estar
caminhando nesta direção).
  

No fim de tudo, o líder deve ser um discípulo de Jesus, e um servo da igreja. Sem um coração assim, o líder poderá até fazer um bom
trabalho liderando a parte musical, mas não estará realmente liderando a adoração, porque sua própria vida não estará passando ao
povo a mensagem correta.
   
Quando estamos em uma posição de liderança, nós somos sempre olhados como o exemplo. Nós discipulamos as pessoas mesmo
quando não sabemos que estamos fazendo isto. Eles farão tudo o que fazemos – bom ou não.
   

A lista de valores e prioridades é somente uma tentativa de destacar alguns de nossos marcos em nossa peregrinação da adoração.
Igrejas e líderes certamente vão usar uma grande variedade de “veículos” para percorrerem esta estrada. Temas como o estilo musical,
a forma de usar os instrumentos e o volume do som, são coisas secundárias.
    

Estes valores são elementos baseados no que é essencial, mas podem variar de igreja para igreja. Uma igreja formada somente por
jovens pode usar músicas que seriam descritas como “irritantes” pela geração mais antiga da Vineyard. Mas mesmo assim serem
tocadas pelos mesmos valores de adoração. Se vamos alcançar gerações diferentes, culturas e grupos étnicos com as boas novas de
Jesus, nós teremos que aceitar estilos que podem ser diferentes de nossas preferências pessoais.
   

Um ministério de louvor vibrante e disciplinado vai fazer muito mais do que trazer renovo ao nosso próprio relacionamento com Jesus.
Também vai ajudar a alcançar os perdidos, curar os enfermos e dar crescimento saudável a discípulos e igrejas.
     

Este é o fruto final da adoração feita em espírito e verdade. Enquanto soubermos que fazemos parte de algo maior e tivermos em
nossos corações os valores bíblicos que Deus nos deus, vamos nos manter no caminho da maturidade em Cristo através da adoração.
    

Andy Park, é um dos pastores da igreja Vineyard de Anaheim. É líder de louvor em igrejas Vineyard há 19 anos. É o autor de muitas
canções da Vineyard, incluindo "We Exalt Your Name" e "Yahweh".

03.08.2010LER TODOS ARTIGOS

Menos é Mais

Por Paulo Lira

Desde que comecei a tocar em uma equipe de louvor, percebi que nem tudo o que eu tocava era bom. E olha que eu tentava aplicar
tudo o que sabia, como encaixar “aquele acorde” que havia aprendido naquela semana em praticamente todas as músicas. Era como se
houvesse muito glacê para pouco bolo. Mas o que estava dando errado? Tenho certeza de que eu tentava dar o melhor de minha
música para Deus. Mas o que define o que é “o melhor”? Quanto mais dissonante e repleta de extensões for a harmonia, e quanto mais
“quebradeira” e contra-tempos tiver um arranjo, mais rica esta música será, certo? Nem sempre.
     
Simplicidade sem mediocridade
Com o tempo e conselhos de músicos mais experientes, notei que uma boa música era aquela em que todos na banda encontravam
seu lugar, como se pudessem falar e ser respondidos, fazendo assim com que a música respirasse. O grande desafio aqui é o de dar
para cada instrumento que compõe sua equipe algo distinto e simples para tocar (ou não tocar). No final, avalie se o arranjo permite que
todos estejam sendo ouvidos, respeitando sempre a dinâmica da música, sendo esta intensa ou não.
É importante ter como referência, por exemplo, um arranjo feito para orquestra. A maioria das pessoas acha uma grade algo muito
intrigante e complexo, mas se você escutar cada instrumento individualmente, vai perceber que alguns deles tocam somente algumas
notas durante uma peça de dez minutos. Cada um tem seu momento de aparecer ou de compor um naipe. No final, você escuta algo
rico e muito claro.
   
Por que simplificar?
Cada vez que escuto um arranjo de alguma música que faz sucesso percebo que ela é mais simples do que o que eu teria feito.
Melodias nas pontes que soam como assinaturas, acordes abertos e puros com ritmos previsíveis. Simplificar uma música, além de dar
a ela uma identidade, é torná-la acessível ao público. Uma melodia que possa ser assobiada por qualquer um, é uma música acessível.
Isso também facilita ao ser reproduzida por uma banda. Acordes fáceis colocados no lugar certo, baixo tocado com um bumbo
acentuando a levada, tonalidade acessível para a maioria dos cantores... Ah, os cantores! Enfim, uma música simples é uma música
que não chama atenção para si mesma e permite que as pessoas atentem para o que realmente é importante. No caso da Igreja, a
adoração a Jesus.
     
Músicos experientes x músicos iniciantes
O conhecimento musical, como já disse antes, não é o único responsável por uma boa música, mas saber aplicá-lo sim. E este
amadurecimento leva tempo. Em uma equipe de louvor procure providenciar uma boa estrutura para todos os músicos, experientes ou
iniciantes, tais como cifras, partituras, ensaios, gravações das músicas que serão tocadas no culto etc. Alguns músicos têm mais
facilidade lendo, outros tirando uma música de ouvido. Procure nivelar sua equipe pelo básico. Nem muito profissional, nem muito
amador, respeitando a fase de amadurecimento musical em que cada integrante se encontra, mas deixando claro onde você quer que
ele chegue, estimulando e encorajando-o.
   
A importância do ensaio
Há pessoas que acreditam que o ensaio prejudica a espontaneidade do período da adoração, tornando-o algo frio e mecânica. Mas, ao
contrário disso, a prática do ensaio não só promove a união entre os músicos envolvidos, como também cria um ambiente de
aprendizado mútuo e proporciona mais segurança na execução das músicas. O que gera mais liberdade e espontaneidade no período
da adoração, dando para o músico condições de se expressar melhor, sabendo qual o seu papel. Particularmente, vejo o ensaio como
um passo prático de adoração a Deus, entregando a Ele um período de adoração com preparo, dedicação e excelência.
 
Dinâmicas para improvisação
O que fazer durante um período instrumental no louvor? Ou o que tocar quando o dirigente simplesmente aponta para você executar um
solo durante uma ponte ou o refrão da música? Improvisação é a arte de expressar algo espontâneo, inspirado no momento, algo
singular. Improvisação também é algo para ser praticado durante os ensaios, pois requer conhecimentos mínimos de escalas,
harmonias e estilos, além de amadurecimento musical. Músicos que já improvisam com facilidade costumam tocar séries intermináveis
de arpejos seguidos de escalas cromáticas e diatônicas, ascendentes ou descendentes, e o mais rápido possível.
  
O alvo aqui seria o de, com uma ou poucas notas, expressar um sentimento tão profundo quanto o de uma escala formada por um
grupo de semi-fusas. Lembre-se: MENOS É MAIS. A atenção não deve estar focada no solo, mas no inspirador dele. Afinal, quem tem
sido sua inspiração musical? Procure observar o que o Pai está fazendo naquele momento, e traduzir isto em notas. Não tenha medo de
errar, arrisque! Se você sente que Deus está ministrando para seu povo sobre misericórdia, com fé, toque arrependimento. Enfim,
improvisar também é entoar um cântico novo. Miles Davis, um dos maiores gênios do jazz, uma vez disse: “Eu já sei tocar todas as
notas, agora num solo procuro a ausência delas”.
    
Como harmonizar as vozes
Ah, finalmente os cantores. O grupo mais importante dentro da equipe de louvor, e ainda assim o grupo de menor preparo musical na
maioria das igrejas (afinal, todo mundo sabe cantar, certo?) Não posso deixar de enfatizar o quanto é importante que as pessoas que se
propõem a cantar na equipe de louvor busquem treinamento técnico nesta área. A voz é o instrumento mais complexo e mais perfeito
que existe. Necessita de muito cuidado e preparo.
   
O estudo técnico da voz ajuda na pronúncia ou articulação das palavras como também na respiração, dinâmica e afinação da voz, além
de dar embasamento prático e teórico para harmonização vocal. Harmonização vocal é a adição de uma ou mais vozes diferentes da
melodia, baseadas na harmonia ou acordes de uma música. Sempre que um arranjo vocal for feito, procure respeitar a dinâmica natural
da música. Portanto, onde houver mais tensão, geralmente no refrão, acrescente vozes à melodia, enchendo o arranjo com mais
harmonia. Porém, onde a música não pedir tensão, geralmente nas estrofes, deixe a melodia sozinha, com menos harmonia.
  
Se você está montando um backing vocal (e não um coral), as vozes que o compõem o podem ser simples. No coral você pode ter
várias vozes por naipe. Por exemplo: 4 tenores, 4 baixos, 4 contraltos e 5 sopranos. No backing vocal é suficiente ter 1 contralto, 1 tenor
e uma voz masculina ou feminina cantando a melodia, como que um reforço nos momentos de maior tensão apoiando o solista ou
dirigente.
  
Ensaie sempre, tire todas as dúvidas que aparecerem durante o ensaio. Não menospreze a sua parte no vocal, por menor que ela seja.
Procure pensar no arranjo como um todo, e não apenas a sua parte microscopicamente. O mais importante é que quando você estiver
cantando, sua função é a de adoração para que as pessoas possam te seguir sem distrações. Este não deve ser um momento de
performance vocal, mas de apontar para Jesus.
    
Paulo Lira, é tecladista, produtor musical, casado com Greta Lira e atulamente mora e trabalha em Atlanta, USA. 

31.07.2010LER TODOS ARTIGOS

Liderando louvor com o violão

Por Fabiano Alves

O violão talvez seja o instrumento mais popular e prático que existe, pelo menos no Brasil. É fácil encontrar alguém que saiba tocar
alguns acordes no violão. Creio que é exatamente a praticidade que faz dele o instrumento mais tocado pela galera. Com um violão na
mão você pode fazer uma festa. Ele é harmônico e ao mesmo tempo percussivo. Com o violão você pode conferir à música não apenas
o tom no qual ela será executada, mas também a rítmica. Isso faz do violão um instrumento ótimo para ser usado quando você não tem
uma banda completa. Mas existem diferenças entre o uso do violão em uma banda e em um grupo pequeno, e isso é uma grande
dificuldade que vejo entre “violeiros” que encontro por aí.
 
Usando o violão em uma banda
Em banda, “menos é mais”. Cada músico precisa procurar o seu lugar, e preencher o espaço que cabe a ele, sem atropelar todo mundo.
Não é diferente com o violão. Muitas vezes uma grande dificuldade é assimilar o princípio de que em determinados momentos você
pode até mesmo parar de tocar. Geralmente, o violonista começa treinando sozinho, ou em grupos pequenos. Isso confere a ele a
sensação de que a música sempre depende do preenchimento do violão com levadas cheias e repetidas. Fato é que o violão
geralmente é o instrumento que oferece a base para a música, mas o piano (órgão, pads, etc...) e a guitarra também podem fazer isso
muito bem.
 
Como isso pode funcionar na prática? Diminuindo o número de batidas e acrescentando sonoridade. Diminua as batidas e permita que
seu violão soe os acordes. Agora, aonde você vai tirar é uma questão de ouvir o resto da banda e procurar seu espaço. Se você não
consegue perceber o espaço deixado pela banda, peça ajuda a um músico mais experiente.
  
Às vezes ouvimos bandas “de um arranjo só”. O que seria isso? Aquela em que o violão sempre começa a música. Isso geralmente
acontece quando o líder de louvor toca o violão. Para que nossa equipe de louvor não seja “de um arranjo só”, precisamos dar espaço
para diversas introduções, mesmo que para isso o violão precise estar de fora.
  
Quando estávamos produzindo a música “Amo a Ti”, do CD Atitude, perguntei para o produtor Paulo Lira: — “Como será o violão nessa
música?” Ele me disse: — “Acho que não precisa nem de violão. Já está lindo assim”. Pra mim era um conceito novo. Mas não é que
estava lindo mesmo! 
 
Um banquinho e um violão
Mesmo antes de me converter, minhas primeiras apresentações em público com um violão aconteceram em reuniões religiosas. Eu
tocava um Tonante (meu primeiro violão) e minha mãe liderava o período de cânticos de uma reunião de grupo caseiro da igreja, há 12
anos. Apesar de eu não gostar muito daquela experiência difícil, eu sabia que de alguma forma estava contribuindo para o serviço
daquele grupo. E as pessoas também reconheciam isso. No final da reunião, as senhoras até me davam pastéis a mais por eu ser o
músico da equipe. Minha mãe, como uma boa cristã, arrastava as músicas ao máximo que elas podiam ser arrastadas. Era duro de
acompanhá-la. Aprendi muito com aquele pequeno grupo de pessoas que insistiam em fazer do meu trabalho o mais difícil possível. Por
exemplo, aprendi que as músicas que funcionam melhor em grupos caseiros são as médias. Se você toca uma música lenta demais, ela
praticamente não anda. Se você toca uma rápida, ela se tornará uma média e perderá a característica. Se você usa uma música média,
terá uma boa chance de sucesso. Além disso, gostaria de compartilhar algumas coisas que hoje tento aplicar quando estou à frente de
um grupo pequeno, tocando meu violão, seja liderando louvor ou não.
  
Tocando em um grupo pequeno, use toda a sua criatividade para conferir à música dinâmicas diferentes, e não permitir que ela fique
monótona. Não seja um músico de uma levada só. Busque formas diferentes para se tocar uma música. No que diz respeito também à
dinâmica, é necessário pesar a mão ou maneirar de acordo com a tensão que você deseja dar à música. 
  
Muitas vezes, percebo também pessoas querendo executar apenas com o violão arranjos que foram montados para uma banda inteira.
Não caia nessa, porque você corre um sério risco de deixar a música sem sentido, e até mesmo dificultar para as pessoas que não
entendem de música como você. Busque introduções simples. Ao invés de ditar frases, dê às pessoas a segurança da tonalidade em
que a música será executada. Em um grupo pequeno você pode acrescentar também instrumentos básicos de percussão como ovinho,
pandeiro e o djembe (que é muito indicado por sua variedade de sons graves e agudos). Isso é uma grande ajuda em grupos como
aquele da igreja em que eu tocava, que nunca acompanhava o ritmo das músicas.
  
Uma dica também importante — e que pode até parecer ridícula — é sobre a afinação. Afine seu violão SEMPRE antes de um período
de louvor ou ensaio. As cordas do violão são sensíveis à mudança de temperatura, e por isso tanto o frio quanto o calor podem
desafiná-lo. E também alguns violões têm dificuldade para manter a afinação. Não confie no seu ouvido somente. Invista em um
afinador eletrônico. Se o seu afinador tiver calibragem, não se esqueça que o padrão (ou diapasão) é 440hz.
  
Violão para principiantes
O tipo de violão depende do estilo musical que você pretende executar. Por exemplo, na Vineyard hoje, o estilo que mais é tocado é o
folk-rock. Para esse estilo, violões de nylon não combinam. Mas isso não quer dizer que o violão de aço é sempre melhor. Um dedilhado
ou um “swing à brasileira” em um violão de nylon também tem o seu lugar. Depende do estilo que sua igreja e sua banda estão
acostumados a usar. Em se tratando de um grupo pequeno, em que você precisa tocar sem amplificação alguma, o de aço é mais
recomendado por causa do maior volume de som em relação ao violão de nylon. São dicas simples, mas que fazem diferença.
   
Violão avançado
Hoje está na moda o uso do capotraste — que muita gente conhece como abraçadeira. Eu estava assistindo a um DVD de adoração
super moderno de um evento que acontece nos EUA, e oito entre 10 músicas foram tocadas com capotraste. Particularmente, eu aderi a
essa moda. Há quem diga que capotraste é coisa de preguiçoso, que não gosta de fazer pestana. Mas fato é que o capotraste confere a
mobilidade de executar a música em um mesmo tom com timbres dos mais variados. Use o capotraste e execute a mesma seqüência
de acordes em formatos diferentes (Ex: G em foma de D). Isso funciona mais ou menos assim: com um conhecimento básico a respeito
de escalas, você transpõe o tom da música para o formato que você deseja usar, subindo no braço do violão o número de casas
correspondente ao número de tons ou semi-tons que formam o intervalo entre o tom da música e o acorde que você vai utilizar, e toca
como se tivesse encurtado um pedaço do braço do violão.
  
Se também em alguma música você tem todos os acordes em formato de pestana e não quer mudar o tom original, use o capotraste.
Principalmente em um período de louvor em que você precisa executar cinco ou seis músicas consecutivas, pegar no meio uma música
cheia de pestanas pode ser uma experiência dolorosa. 
  
Tocando com o coração
Como em qualquer outra atividade no Reino ou, mais especificamente, em uma equipe de louvor, nós músicos devemos lembrar que
nosso papel é servir. Facilitar que as pessoas se conectem com o Pai é o princípio de onde deve partir nosso bom senso para todas as
nossas idéias musicais. Meu coração pende para dois lados: como músico, anseio por uma música cheia de qualidade e com
diversidade de ritmos; como líder de louvor, olho para as pessoas a minha frente e penso em como eu posso ajudá-las a se encontrar
com o Pai. 
  
O grande desafio é somar essas coisas. O violão tem sido para mim um companheiro diante de Deus. Se o meu violão falasse, e fosse
fofoqueiro, eu teria sérios problemas! Ao invés de usar a praticidade do violão para se exibir em rodas de pessoas, use-o diante de
Deus. 
  
Fabiano Alves é um dos líderes de louvor da Vineyard em Piratininga (SP) e é o coordenador de treinamento da Vineyard Music Brasil.
A bateria na adoração

Por Márcio Miguel


 
     
Muita gente afirma que existem duas classificações para as pessoas que tocam algum instrumento: os
músicos e os bateristas. Outros afirmam a mesma idéia dizendo que o baterista é o cara que gosta de
andar com os músicos. Bateristas são geralmente taxados de rebeldes, barulhentos, pessoas indomáveis.
Foram e até hoje são alvos de muita observação dentro das igrejas. O pessoal mais jovem tende a
admirá-los, porém os mais idosos têm o profundo pavor e resistência quanto a sua inclusão na equipe de
louvor. No entanto, o que nós, bateristas, podemos fazer para nos tornarmos mais agradáveis e contribuir
de uma forma construtiva com a igreja onde servimos? Existem diferentes pontos de vista em relação ao
uso ou não do instrumento na igreja. Muito embora eu seja baterista, em alguns casos acho dispensável o
uso da bateria,devido a fatores como a acusticas do salão onde são realizadas as runiões, o número de
pessoas que freqüentam os cultos,além de, muitas vezes, a falta de habilidade das pessoas que tocam -
que em diversos casos iganoram a necessidade do estudo do instrumento. A seguir, gostaria de citar
alguns pontos que, a meu ver, são determinantes para o uso adequado da bateria no contexto
congregacional.
   
CONHECIMENTRO E DOMINÍO TÉCNICO - O primeiro passo para alguem ingressar no ministério de
louvor - depois de ter o aval de seu pastor - é dominar tecnicamente a área em que pretente
atuar.Ninguem confia a construção de um prédio a um médico, economista ou advogado, pois não têm
conhecimento técnico para isso. Da mesma forma, não cabe uma pessoa que não tem habilidade com um
determinado instrumento desejar cupar a função de músico.Infelizmente, isso acontece muito dentro das
igrejas. É imprescindível que o baterista busque o acompanhamento de um professor experiente, que lhe
dará amplas condições de conhecer o instrumento, suas técnicas, rudimentos, leituras, levadas
etc.Existem informações disponíveis de várias maneiras, através de lições retiradas da internet, revistas
especializadas, métodos, vídeos e clínicas com músicos de altíssima qualidade. Enfim, hoje em dia não
há justificativas para o baterista não estudar.
  
NA MEDIDA CERTA  - Sem duvída, o bom - senso é o grande diferencial de um músico disciplinado.É
muito bom ver bateristas perfeitos tecnicamentes tocar de maneira simples, valorizando a nitidez da
levada, mantendo o andamento sem variações, tocando com dinânica, economizando notas e viradas e,
consequentemente, deixando a música soar da maneira como ela pede.Em alguns casos, ter bom senso
é não tocar, pois algumas músicas pedem para que se substitua a bateria por um simples chocalho.Ter
bom senso é escolher até o tipo de baqueta que deve ser usada em uma determinada reunião. Antes de
começar a tocar, procure verificar qual é a real necessidade daquele momento. Será que a reunião com
15 pessoas requer que a beteria seja tocada? Será que um salão com telhados de folha de zinco e com
fiso frio, suporta uma bateria com 10 tambores, oito pratos e microfones em todas as peças? Ter bom
senso, no contexto que falamos, vai além de como tocar e abrange toda a concepção de alguem que
pretende servir às pessoas com sua música.
  
ESPÍRITO DE EQUIPE  - O baterista precisa saber qual é a sua função dentro de um time. Durante o
período de louvor, as pessoas da congregação precisam ouvir nitidamente a voz de quem está dirigindo a
música, ou seja, da pessoa que está cantando a melodia da música. A função do baterista, juntamente
com o baixista, é dar suporte para a banda; tocar de maneira que a pessoa que está cantando possa ser
ouvida por toda a congregação; dar ritimo para que todos toquem e cantem juntos. O baterista pode ser o
melhor músico da banda, porém se ele não for capaz de cumprir seu papel, com certeza o máximo que
poderá fazer com todo seu talento será atrapalhar a banda toda.
   
O MÚSICO BATERISTA  - Outra dica que me ajudou muito - e que geralmente funciona com os
bateristas, segundo seus próprios depoimentos - se refere ao fato de como estudar um outro instrumento
harmônico pode contribuir para o seu melhor desempenho. Particularmente, posso dizer que estudar
harmonia e tocar piano (mesmo que não muito bem!) me ajudou a compreender as diferentes formas
musicais, os estilos e pulsações, as diferentes faces da dinâmica - isto é, quando suavizar; quando
colocar mais notas; e quando deixar soar. Trocando em miúdos, a harmonia e a percepção me auxiliam
muito na hora de tocar. Aprender a ler partitura foi outra grande conquista que me possibilitou
compreender rapidamente o que o arranjador está querendo. Fica mais fácil falar a mesma língua dos
pianistas, violonistas, baixistas, guitarristas e qualquer outro músico quando sabemos exatamente o que
eles estão dizendo em relação a compassos, duração das notas, ligaduras e coisas desse tipo.
   
CUSTO X BENEFÍCIO  - Escolher a bateria ideal e cuidar de sua manutenção são outras dificuldades dos
bateristas. Nem sempre os produtos importados significam garantia de boa compra. Muitos fabricantes
nacionais têm buscado a excelência - com êxito, em diversos casos - dos produtos importados. Hoje é
muito comum ver pratos " made in Brazil" com a mesma sonoridade e acabamento dos pratos
internacionais que estamos acostumados a comprar. E o melhor: por um preço muito inferior. Portanto, o
maior desafio não é escolher qual marca comprar, qual a procedência do material, mas sim escolher o
instrumento que irá se adequar à estrutura do local onde será utilizado. Procure otimizar o som do
instrumento que você tem. Muitas vezes uma simples troca de peles ou o uso de abafadores externos
proporcionam grandes avaços na busca pelo som ideal. Em salões pequenos, geralmente utilizamos
baterias com polegadas menores, por serem mais simples de afinar e proporcionarem volumes mais
equilibrados. Em grandes templos, onde centenas de pessoas se reúnem, o mais adequado seria ter uma
bateria com tambores maiores, " microfonadas" por um técnico de som profissional, que realmente
entenda o que está fazendo. Em alguns casos, com revestimento acrílico para impedir que os microfones
da baterias interfiram nos vocias e vice-versa.
   
Finalizando, gostaria apenas de ressaltar a necessidade de entendermos qual é o nosso papel dentro do
Reino de Deus. Todo artista é influenciador e formador de opinião pelo fato de estar em evidência. Essa
realidade gera um grande compromisso de entender qual é o nosso verdadeiro chamado dentro do
ministério, pois através do nosso exemplo podemos edificar tanto quanto destruir a vida de muitas
pessoas que nos observam. Precisamos entender que não estamos na igreja apenas para tocar, para ser
notados, nem para ter prestígio com as pessoas, mas sim para abençoar o próximo e cooperar para
aedificação da igreja. O fato de tocarmos bateria (ou qualquer outro instrumento) é apenas um talento
muito especial que Deus colocou em nossas mãos para servirmos às pessoas com alegria e gratidão.
   
Marcio Miguel, casado, é baterista da equipe de louvor da Comunidade Vineyard de Piratiniga (SP) e
participou de todas as produções do Ministério Vineyard no Brasil.
    
Contato: www.mwmiguel.blogspot.com

O poder dos teclados

Por Paulo Lira

Apesar de ser impossível precisar quando o primeiro sintetizador foi criado, o instrumento que inspirou a
criação dos teclados atuais foi o órgão de tubos pela sua semelhança estrutural. Provavelmente, o
primeiro instrumento que daria origem a história dos ´synths´ foi o Telhamonium, inventado em 1897 pelo
engenheiro Thadeus Cahill, que pesava 200 toneladas e ocupava todo um andar de um prédio em Nova
York. 
 
 
Hoje podemos encontrar teclados que carregam em si mesmos um estúdio de gravação completo,
podendo até gravar sons acústicos e organizá-los em um seqüenciador interno com poderosos recursos
de edição. A verdade é que atualmente os teclados são instrumentos tão comuns em nosso meio que a
impressão que temos é de que eles sempre existiram. São instrumentos extremamente úteis nas mãos de
produtores musicais, arranjadores, professsores e, claro, músicos. 
 
 
VERSATILIDADE E PRECISÃO
 
 
Os teclados são tão versáteis que podem ser tocados sozinhos como instrumento de solo ou
acompanhamento, como também podem interagir com uma banda completa preenchendo espaços na
música com sons de efeitos. Apesar de o teclado ser tão útil por causa de sua versatilidade e abrangência
de sons diferentes, isso pode se tornar um grande revés nas mãos de um músico amador e, até mesmo,
de um pianista profissional. Saber como utilizar o teclado em uma banda vai depender de vários fatores
que devem ser considerados, tais como: estilo musical de sua banda, estilo ou arranjo da música em
questão e se sua banda tem um ou mais instrumentos harmônicos além do teclado como, por exemplo, o
violão.
 
Se sua banda tiver um segundo instrumento harmônico além do teclado, procure observar o que os outros
instrumentos harmônicos estão fazendo antes que você acabe tocando por cima deles e tornando seu
papel na banda algo redundante. Por exemplo, se o violão já está fazendo a ´levada´ da música, com
acordes abertos, procure tocar com um timbre que soe distinguível do violão e que não precise ser tocado
o tempo todo. Desta forma seu timbre somará ao do violão e permitirá que a música respire.
 
Caso os outros instrumentos harmônicos deixem para os teclados o papel de fazer a ´levada´ da música,
procure usar um timbre como o do piano e deixe que a banda preencha os espaços, permitindo assim que
a música respire.
 
Tocar o tempo todo, além de prejudicar a dinâmica de uma música, desgasta o frescor do som de seu
instrumento. Tocar apenas se for necessário tornará suas idéias musicais mais ricas e possibilitará que
todos sejam ouvidos.
 
Tome cuidado com o que você faz com a sua mão esquerda, especialmente se sua banda já tiver um
baixista. Deixe o baixo para ele, pois desta forma o que o contra-baixo fizer vai soar limpo e claro. A
alternativa é usar a mão esquerda para tocar parte da harmonia distribuída nas duas mãos.
 
Quanto aos timbres que devem ser usados, isso é uma questão de gosto e não há regra, a não ser o
bom-senso. Caso você use tim¬bres derivados de instrumentos acústicos como o de uma flauta, por
exemplo, procure observar o que um flautista faz com o seu instrumento para que você não saia por aí
fazendo acordes com seu som de flauta — não que haja algo de errado em fazer isso, mas procure fazer
com que sua imitação soe realística.  
 
 
O BOM USO DOS PEDAIS
 
 
Ao tocar uma música com o timbre do piano, procure usar o pedal de sustain, pois todo piano possui um e
usá-lo faz parte do instrumento. Se você não souber usá-lo, procure a ajuda de um professor de piano
para que o som não fique picado ou embolado.
 
Pedais de expressão ou de volume também são muito úteis para obter realismo na execução e podem lhe
dar mais liberdade, pois libera o uso das mãos em controles que podem ser efetuados pelos pés.
 
Muitos tecladistas usam o pedal de expressão para controlar o som do segundo layer (som que fica por
baixo, como uma segunda camada). Ao usar um timbre combinado como o piano mais pads, por
exemplo. O piano é tocado o tempo todo, mas o pads só aparece quando o pedal de volume é acionado,
proporcionando mais dinâmica e realismo a sua execução. Também é uma excelente ferramenta se
utilizado com tim¬bres de órgão.
 
COMO ESCOLHER UM INSTRUMENTO
 
 
Mesmo na hora de adquirir um teclado essas coisas devem ser levadas em conta. Procure comprar um
teclado que possua: (a) entrada para pedal de sustain; (b) teclas sensitivas (teclas que respondem a
intensidade do toque); (c) entrada e saída MIDI (MIDI IN/MIDI OUT); (d) timbres básicos que o agradem
como os de piano acústico, piano elétrico (tipo Rhodes), órgão e pads (Warm Pads).
 
Quanto à marca e modelo, procure comprar algo que seja acessível e que atenda as suas necessidades,
pois nem sempre o mais caro é o melhor. Mas dê preferência às marcas que têm mais tradição no
mercado — Korg, Roland, Yamaha, Kurzweil e Casio —, pois até a disponibilidade de assistência técnica
deve ser considerada. 
 
Você vai encontrar teclados de segmen¬tos e propostas distintas, e por isso é impor¬tante que você
identifique o propósito de seu uso (veja quadro ´Escolha o perfil do seu instrumento´). 
 
 
TECLADOS X ARRANJOS
 
 
Devido à facilidade de poder ouvir e criar seqüências de timbres de toda espécie é que vemos mais e
mais arranjadores usando os teclados para produzir, e mais tecladistas se tornando arranjadores e
produtores. O processo de experimentação não tem limites. Contudo, é de extrema importância que o
tecladista faça suas experiências baseadas em seus conhecimentos musicais. 
 
No caso de um produtor ou arranjador que toque outro instrumento diferente do teclado ou piano, é
necessário que ele saiba tocar algum instrumento harmônico, como o violão. Portanto, é necessário que
ele possua conhecimentos de harmonia, arranjo, estilos e formas musicais, além de uma boa noção do
papel que os instrumentos que ele vai utilizar ocupam e como devem ser executados. O estudo musical
para quem quer se dedicar à música como instrumentista, arranjador ou produtor deve fazer parte de sua
vida — e não tem fim. Quanto mais você conhece, mais você descobre que tem mais para aprender.
 
 
O LÍDER DE LOUVOR TECLADISTA
 
 
Liderar louvor e tocar teclado ao mesmo tempo não é uma tarefa fácil. Admiro os músicos que fazem isso
e, na verdade, tive a oportunidade e a honra de conhecer dois tecladistas-cantores que se tornaram
referência de músicos profissionais e de pessoas que dedicam suas vidas e tudo o que fazem para o
Reino de Deus: Gerson Ortega e Nilson Ferreira. Estes dois ministros de música me mostraram que não
só é possível tocar teclado e cantar ao mesmo tempo, mas é possível fazer isso muito bem. Uma vez
perguntei ao Nilson como ele conseguia cantar o tenor e tocar teclado ao mesmo tempo, e ele me disse
que para ele era só imaginar o som que você gostaria de ouvir dos dois instrumentos (teclado e voz)
como produto final e deixar seu corpo (mãos e voz) fazerem o resto.
 
Isso exige muitas ´horas de vôo´ e uma grande independência entre as funções dos dois instrumentos em
questão. Contudo, isso não é impossível e, na realidade, liderar louvor com um instrumento nas mãos
torna mais fácil para conduzir sua equipe, pois a harmonia e as indicações das seções musicais — refrão,
estrofe etc. — estão em suas mãos. Mas se em algum momento o instrumento atrapalhar sua li¬derança
no louvor, sugiro que você pare de tocá-lo naquele momento e passe a liderar mais sua equipe, pois o
período de louvor não deve ser usado como um momento de estudo pessoal.
 
MAIS DE UM
 
 
Em equipes ou bandas que têm dois (ou mais) tecladistas, procure fazer como no caso do violão. Se um
teclado estiver tocando com timbre de piano, toque com qualquer outro timbre, exceto piano. Parece
óbvio, mas já vi equipes de louvor em que os músicos estavam tão concentrados em tocar seu próprio
instrumento que se esqueceram de que estavam tocando em um grupo, e não individualmente. 
 
Não toque o tempo todo, e se for possível planeje com antecedência o que os dois teclados devem fazer
em cada música. Lembre-se que quanto mais instrumentos sua banda tiver, menos você vai tocar. Afinal,
a banda deve soar como um instrumento só, cada um no seu lugar, mesmo que para isso seja necessário
que você não toque em determinado momento. Não tem problema. O importante é somar aonde for
necessário somar.
 
 
ESTUDO E PRÁTICA
 
 
Além do estudo musical formal, como o co¬nhecimento teórico e a leitura de partituras, o estudo ´popular´
também é importante. O músico completo é aquele que domina toda a linguagem musical, seja através de
partituras, cifras ou simplesmente a identificação das notas pelo ouvir — o famoso ´tocar de ouvido´.
Quanto mais o músico aprimorar todas as facetas da linguagem musical disponíveis, melhor será sua
própria compreensão musical como também sua comunicação com outros músicos, sem falar de sua
versatilidade como instrumentista ou produtor musical-arranjador.
 
A música é uma arte que usa o sentido da audição para ser propagada, compreendida e assimilada,
portanto, antes de qualquer coisa, a música deve ser algo criado para ser ouvido — e não debatido.
Músicos que não têm interesse em desenvolver seu ouvido musical e se prendem a simplesmente ler o
que está escrito, estão limitando algo que a arte veio para liberar: a criatividade.
 
Da mesma forma, quem só consegue tocar o que soa bem mas nem faz idéia do que está fazendo, fica
limitado por não ter segurança nenhuma, uma vez que o que ele toca não tem fundamento algum. Pode
até estar correto, mas lhe falta direcionamento, pois seu conhecimento se baseia apenas em sua
experiência. 
 
É importante, sim, estudar a riqueza da música documentada em partituras, pois é a origem do
conhecimento da história musical da humanidade, assim como é importante não ficar preso a isso e um
dia perceber que o tempo passou, mas sua musicalidade está quatro séculos atrasada. 
 
Portanto, procure tocar tudo o que você escutar: jingles do rádio, vinhetas de TV, temas de filmes,
músicas de CDs, vinis, fitas cassetes, a música que toca em sua cabeça etc. Procure também ler tudo
que estiver ao seu alcance: exercícios técnicos, peças eruditas, peças populares, temas folclóricos,
hinários e uma infinidade de materiais disponíveis. Lembre-se: o mundo musical é muito maior do que
podemos imaginar e não dá para prendê-lo na caixinha da comodidade, da miséria e da ignorância. 
 
 
´O´ INSTRUMENTO
 
 
O teclado é um instrumento completo, pois com ele você pode tocar a harmonia, o contra-baixo e a
melodia de uma música qual¬quer ao mesmo tempo, independentemente do estilo. Por essa razão muitos
compositores usam o piano ou os teclados para compor ou arranjar suas canções, mesmo aqueles que
não são pianistas ou tecladistas.
E é exatamente por isso que o teclado é um instrumento de fácil utilização e adaptação em qualquer
situação: sozinho ou em banda.
 
 
Ao mesmo tempo que o teclado é um instrumento que pode resolver o problema sozinho, lembre-se que
quanto mais instrumentos uma banda tiver, menos você vai tocar. Em alguns casos, é melhor nem
mesmo tocar. Nestes momentos, procure olhar para seu teclado como um processador de efeitos sonoros
— aquele som que aparece não se sabe de onde e nem para onde foi, mas que acrescenta novidade ao
arranjo de forma discreta e original. A cereja no bolo! 
 
Procure desenvolver na música que você toca a essência do conceito ´menos é mais´. Este é um grande
diferencial especialmente para os tecladistas que fazem parte de equipes de louvor. Portanto, gaste
tempo com seu instrumento pesquisando novos sons, experimentando e criando novos timbres; Lembre-
se que é você quem determina o limite de sua música — pois para a música, criada por Deus, através de
Deus e para Deus, não há limites.
 
 
ESCOLHA O PERFIL DO SEU INSTRUMENTO
 
 
TECLADOS ARRANJADORES (conhecidos como teclados inteligentes). São teclados que praticamente
dispensam a banda, pois neles, com o aperto de um botão, você consegue um arranjo completo com
bateria, contra-baixo, guitarra, orquestra etc. Tudo em um único instrumen¬to. È o ´teclado faz tudo´! São
bastante comuns em restaurantes, bailes de formatura e escolas de teclado. Porém a qualidade de seus
timbres deixam um pouco a desejar.
 
SAMPLERS São teclados que possuem uma função bastante específica — criar amostras de sons
gerados por uma fonte externa. São ´copiadores de sons´. Se você estiver pensando em usar seu teclado
em um estúdio, esta seria sua melhor opção, pois estes teclados podem copiar com fidelidade e alta
qualidade qualquer som externo. Sons de automóveis, instrumentos acústicos, animais, sons da natureza,
sua própria voz etc. Porém seu uso é bastante técnico e pouco prático se você precisa das coisas feitas
sem perder tempo, como trocar de timbre, por exemplo.
 
WORKSTATIONS são teclados que possuem ótimos timbres em grande quantidade (às vezes milhares
de sons). Os sons são, em sua maioria, produzidos sinteticamente, e não acusticamente como é o caso
do sampler. Porém, hoje são tão realísticos quanto estes. Além disso, são mais fáceis de operar ao vivo
por serem organizados em grupos — pianos, cordas, baixos, sopros etc. — e possuem um seqüenciador
interno que possibilita gravar dezesseis ou mais canais de sons internos disponíveis nele. Desta forma,
você faz seus próprios arranjos para as músicas, desde a linha melódica até o arranjo de bateria. Tudo
nota por nota. É muito usado por produtores musicais e arranjadores por serem teclados com recursos
bastante profissionais e, por isso, têm um custo bem alto.
 
SINTETIZADORES São teclados que simplesmente possuem timbres que podem ser editados e
armazenados em uma memoria RAM interna do instrumento. São extremamente fáceis de usar por serem
dedicados ao público que toca ao vivo e que não pode perder tempo com programações feitas na hora no
palco. Geralmente, seus parâmetros para edição são de fácil acesso e visualização. Por não terem
seqüenciador, ritmos prontos com orquestra, nem o recurso de copiar amostras de sons externos é o
instrumento de menor custo hoje no mercado. No entanto, nem todos os modelos possuem timbres de
alta qualidade. 
 
 
Paulo Lira é músico profissional, arranjador e produziu os  álbuns ´Entrega´ ,’Grande Deus´ e ‘Meu
Respirar – Piano’ da VM Brasil. É casado com Greta Lira e atualmente mora na cidade de Atlanta, USA.
Aprendendo a Liderar Adoração - 1ª Parte

Aprendendo a Liderar Adoração - 1ª Parte


Por Brent Helming - Vineyard Music 

Aqueles que estão começando a maravilhosa jornada de líderes de adoração


provavelmente já descobriram que isto envolve muito mais do que simplesmente levar as
pessoas a cantarem algumas canções. Eu me lembro de como me senti sobrecarregado
durante o primeiro ano em que liderei adoração. Eu me perguntei muitas destas questões.
Como posso efetivamente ajuntar as pessoas como um corpo no inicio? Como posso
facilitar a liberação dos dons no momento apropriado, as orações e respostas do povo? É
possível liderar uma adoração cheia do Espírito sem fazer com que os visitantes ou novos
convertidos sintam-se excluídos? Eu gostaria de saber como formar uma equipe de louvor.
Como líderes de adoração, nós precisamos fazer, e recebermos as respostas para estas
perguntas. Vamos considerá-las uma de cada vez.
Como os líderes podem transformar as pessoas em um corpo no início da
adoração?
A princípio pode parecer uma pergunta sem importância. No entanto, tenho percebido que
uma "convocação para adoração" é altamente significante na determinação do caminhar
que leva a um tempo de adoração poderoso, relevante e ungido.
É importante que tenhamos em mente as palavras de Isaías, "este povo se aproxima de
mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de
mim". Neste versículo, Isaías está nos lembrando que a adoração não é meramente a
atividade física de cantar uma canção, mas que envolve nossos corações, mentes, corpos,
emoções e desejos. Esta admoestação é exatamente o que chamamos, e o que define a
"convocação para a adoração".
Como líder de louvor, você entende que sua preparação para a adoração começa muito
antes do toque do primeiro acorde na primeira canção da ministração. Começa quando
você chega à igreja várias horas antes do início do culto e passa um tempo em oração,
ensaio e adoração com sua equipe de louvor (se você ainda não está fazendo isto, então
eu recomendo que é muito importante que você comece).
Infelizmente, minha experiência tem me ensinado que a maioria da congregação não teve
a oportunidade de colocar o foco de seus corações em Deus, antes de entrarem pelas
portas da igreja e encontrarem seus assentos. Muitos deles estão apenas felizes por terem
conseguido chegar a igreja sem matar um dos filhos (ou cônjuges!) durante a confusão de
preparar todos para irem a igreja. Por isto, uma significativa "convocação para adoração"
torna-se apropriada e necessária.
Não há uma receita santa para liderar esta convocação para a adoração. A chave é ajudar
as pessoas a diminuir o rítimo, deixarem as distrações do dia para trás (ou mesmo da
semana) e voltarem a atenção para Deus. Aqui estão várias formas diferentes que tenho
usado para começar o período de adoração:
1) Eu normalmente começo com uma saudação amigável, como por exemplo, "Bom dia a
todos! Vamos terminar rapidamente este último cafezinho (nós sempre temos café
disponível na igreja) e achar um lugar para nos sentarmos." Peço que todos se levantem e
começamos com uma oração.
Algo mais ou menos assim: "Pai celestial, nós olhamos para Você nesta manhã gloriosa e
pedimos que Você venha rapidamente encher este lugar com a Sua presença. Pai, nós te
convidamos para estar conosco nesta manhã. Nós não queremos somente cantar canções
ou ouvir mais um sermão ou termos mais uma reunião. Mas Senhor nós queremos ter um
encontro contigo neste dia. Pai queremos deixar de lado toda distração e impedimentos
que possam nos separa de você. Nós estamos aqui para te adorar. Estamos aqui para te
dar toda a glória e honra e louvores."
Terminada a oração eu os encorajo a pararem por alguns instantes (de forma silenciosa) e
"acertar as coisas com Deus." Neste pequeno intervalo, minha expectativa é que eles
estejam orando conforme eu pedi. Depois disso eu dou o sinal para a banda e começamos
a primeira canção programada.
2) Não há uma forma estabelecida para começar com as musicas escolhidas, devemos os
depender muito da direção que Deus estiver mostrando. Eu normalmente começo com
canções mais animadas como, The Lord Almight Reigns, Give Him Praise ou Jesus Lead
on. Mas me lembro de muitas ocasiões quando senti realmente Deus movendo-se de
forma especial entre a congregação então eu começo com canções que enfatizam mais a
intimidade como, Let Your Glory Fall, You Are Worthy of My Praise, Who Is Like Our God?
Ou We Exalt You.
3) Outra forma de começar a reunião ou culto é que a banda toque uma música que já
contém esta convocação para a adoração. Boas canções que funcionam desta forma são,
Will You Worship?, We welcome You, Come and Fill This Place e Meet Us.
4) Ainda outra forma de se começar, é que a banda comece tocando de forma suave e
então ler uma porção da Palavra como sendo esta convocação para a adoração. Isto
funciona de forma ainda mais efetiva quando o Senhor já colocou em seu coração, ou em
um dos pastores um texto ou tema específico (por exemplo, uma passagem que fale sobre
cura, pureza, santidade, gratidão, a fidelidade de Deus e assim por diante...).
Como os Líderes de Louvor podem facilitar a liberação dos dons, orações e
respostas apropriadas das pessoas?
A palavra chave nesta questão é "apropriadas". Cada igreja tem seu próprio estilo de
adoração. Este estilo inclui um conjunto de restrições e permissões. Qualquer estilo é o
resultado da combinação de vários fatores: a visão do pastor chefe, a tradição da
denominação, a média de idade da congregação e o sopro do Espírito naquele momento
específico da história da igreja (um mover de santidade, evangelismo, renovo, assim por
diante...). Como líder de louvor, é o seu trabalho conhecer o estilo da igreja e entender os
limites que formam este estilo.
O que vou mostrar a seguir são exemplos de perguntas que os líderes de louvor deveriam
fazer aos seus pastores.
1. O que devo fazer se alguém tiver uma palavra profética ou um texto para compartilhar
durante a adoração?
2. Em quais reuniões da igreja isto seria apropriado? Quando não seria?
3. E sobre dança durante a adoração? Existe alguma diretriz estabelecida para a
congregação?
4. É apropriado termos períodos de ministração durante a adoração? Se for, como deveria
ser feito?
Cultos ou reuniões diferentes terão uma organização e ênfase diferentes. Por isto, os
parâmetros do que é apropriado vão variar (culto matinal de domingo vs. culto no domingo
a noite, ou uma reunião de oração vs. Um culto evangelístico). Tendo discutido estas
coisas com seu pastor você estará muitos quilômetros a frente no entendimento de como
facilitar a expressão dos dons, orações e respostas. Outra chave para entendermos como
facilitar o uso dos dons em adoração é ter um coração pastoral. O que quero dizer é que o
líder de louvor deve estar sensível as necessidade espirituais do povo. Muito
freqüentemente, os líderes de louvor ficam animados e fazem a escolha das músicas pelos
lançamentos mais quentes, ou baseados nas canções de sua própria preferência, ao invés
de colocar a necessidade da congregação em primeiro lugar. O que vou dizer a seguir, são
três maneira de ajudar a você manter sua atenção na necessidade do povo:
1. Passe um tempo em oração pedindo a Deus um entendimento específico das
necessidades do povo e Suas direções para a ministração. Eu ainda não experimentei um
dia que Deus não respondesse minha simples oração pedindo direção.
2. Converse com a congregação. Eu normalmente faço isto através de buscar conhecer
muitas pessoas. É incrível o nível de entendimento que Deus vai te dar par o louvor
congregacional e expressão de Seus dons quando você construir relacionamentos com as
pessoas e ajudar a pastoreá-las.
3. Pergunte ao seu pastor e equipe de liderança se eles têm alguma direção específica do
Senhor. Como líder de louvor você é parte de uma equipe. O pastor é o capitão enquanto
o líder de louvor e outros líderes chave dentro da igreja formam o time principal. No
entanto faz muito sentido perguntar ao capitão qual é o plano de jogo. Outra boa razão
para perguntar a opinião de outros líderes é que eles podem lhe ajudar a ver a igreja de
forma mais ampla e manter o louvor conectado com outros elementos da reunião ou culto.
Como os líderes de louvor podem liderar uma adoração cheia do Espírito sem que
os visitantes ou novos convertidos sintam-se excluídos?
O coração desta pergunta nos leva a um debate, se é possível alguém lideram um período
de adoração ungido, cheio do Espírito e ainda assim atrair visitantes ou mesmo não
convertidos. Independentemente do que você pensa sobre este assunto, eu sei de uma
coisa com certeza. Tanto os que nós classificamos como "sedentos" (aqueles que estão
buscando algo) ou "visitantes", desejam conhecer a verdade e experimentar o Deus vivo e
verdadeiro. A pergunta que eles estão fazendo é: "Posso encontrar Deus em sua igreja?"
Que oportunidade maravilhosa nós, como líderes de louvor, temos todos os domingos
temos o privilégio de apresentar pessoas ao Deus vivo e verdadeiro através da adoração a
Ele. Francamente, eu não vejo como podemos viver sem uma adoração ungida e cheia do
Espírito.
A pergunta então é como entramos nesta adoração sem alienar os "visitantes" e
"sedentos". Uma das formas mais importantes para fazer isto é construirmos pontes de
entendimento.
Um pastor amigo meu disse uma vez "as pessoas precisam ter um claro senso de
entendimento e contexto quando lidamos com as coisas de Deus. Sem isto, eles terão
dificuldade em aceitar qualquer coisa que o líder queira passar".
Trazendo isto para o contexto do louvor, as pessoas vão se sentir mais confortáveis e por
isso, estarão mais abertas a participarem quando entenderem o que esta acontecendo ao
seu redor. Por exemplo, se você estiver liderando um período de adoração e sentir que a
congregação deve cantar coisas espontâneas e aguardar no Senhor, a maioria de nós, iria
simplesmente dar um passo atrás do microfone e permitir que isto aconteça.
No entanto, uma forma mais apropriada de facilitar estas canções espontâneas ou esperar
no Senhor seria explicar de forma breve à congregação o que você esta sentido de Deus.
Dê a eles o contexto do que esta acontecendo ao seu redor. Em outras palavras, construa
uma ponte de entendimento.
A princípio pode parecer arriscado porque poderia quebrar o fluir natural da adoração e/ou
sufocar o Espírito. Porém minha experiência tem sido o contrário. Eu tenho percebido que
o Espírito Santo é muito tolerante a minha iniciativa de dar algumas breves instruções
como: "Vamos usar esta melodia para cantar algo ao Senhor.
Não precisa ser nada profundo, simplesmente permita seu coração se expressar agora,
mesmo que seja somente um la-la-la."
Construir uma ponte de entendimento como esta trará encorajamento àqueles que não são
familiares com tais coisas e ajudar os visitantes a entenderem o que está acontecendo ao
seu redor para que eles também participem e não sejam somente expectadores.
Outra forma útil de cobrir a brecha de entendimento para os que são novos ou visitantes, é
acrescentar alguns comentários breves no boletim, explicando o que eles podem esperar
ver e/ou ouvir durante o culto e a adoração de forma geral.
Certifique-se de explicar coisas como a duração do louvor e descrição do estilo de
adoração (mãos levantadas, pessoas se ajoelhando ou prostrando-se, danças, palavras
proféticas e assim por diante...). Seria bom incluir várias referências bíblicas que podem
mostrar por que o culto de adoração acontece desta forma.

Aprendendo a liderar adoração - 2ª Parte

Aprendendo a liderar adoração - 2ª Parte


Por Brent Helming - Vineyard Music 

Quais são os elementos chave na formação de uma equipe de louvor?


Em seu ensino "Montando uma Equipe de Louvor", Andy Park descreve que uma equipe sadia e funcional é feita de
três componentes principais: musical, social e espiritual. Na realidade, uma das funções da equipe de louvor é ser um
tipo de força tarefa espiritual. Cada uma destas características são importantes e precisam estar funcionando
intensamente sem excluir as outras ou perder seu equilíbrio.
A Equipe de Louvor como Grupo Musical
Antes de mais nada , a equipe de louvor tem a oportunidade e responsabilidade de trabalhar duro para obter a melhor
qualidade musical. A razão para isto é muito simples. Liderar louvor também envolve uma apresentação musical.
Normalmente não gostamos de pensar no louvor como uma apresentação musical. Porque isto não parece ser muito
espiritual, na realidade soa como algo bem mundano.
Mas precisamos encarar um fato. Quando lideramos a adoração não podemos negar que esta acontecendo uma
dinâmica apresentação. No entanto, este tipo de apresentação é diferente dos shows seculares (e a maioria das
pessoas na igreja entendem isto) aqui a congregação é quem está se apresentando, a equipe de louvor é quem está
incentivando e Deus é o ponto central. Entendam o que estou dizendo. Eu não estou colocando a apresentação acima
do ato de adoração. Porém, é exatamente o fato de estarmos centralizando nossa adoração em Deus que requer
buscarmos a excelência musical. Andy Park diz claramente, "Aplique-se em fazer o melhor no mundo visível, para ser
um melhor facilitador das bênçãos. Toque bem!" Então como tudo isto se aplica à construção de um grupo louvor?
Primeiro, um grupo musical deve trabalhar muito duro para produzir boa música. Isto significa ensaiar constantemente
(é importante garantir boa vontade no ensaio) es experimentar diferentes arranjos musicais. Também pode ser
necessário organizar testes para ocupação de posições na equipe e não tenha medo de usar a pessoa mais
competente para cada posição. Obviamente, isto aplica-se a igrejas onde podem haver várias pessoas capazes para
um mesmo instrumento. No entanto, mesmo que você esteja em uma igreja pequena que começou a pouco tempo,
não subestime a importância de buscar excelência musical. A chave para isto é ouvir uma confirmação do Senhor,
enquanto você busca o equilíbrio entre incluir todos ou buscar a melhor qualidade dos músicos. O terceiro ponto está
relacionado com o papel pastoral do líder dentro da equipe. Trabalhar com músicos pode freqüentemente ser
estressante quando eles tendem a ser levemente temperamentais. Porém, é de vital importância que o líder de
adoração escolha músicos com um bom caráter moral e espiritual. É bem mais fácil desenvolver a habilidade musical
do que o caráter. Sem mencionar o fato de que é impossível gerar traços positivos em um caráter. Pertencer a equipe
de louvor pode elevar o valor de uma pessoa aos olhos da congregação. Mas é importante o líder ensinar aos músicos
encontrarem a segurança deles no fato de serem amados e aceitos por Deus, e à igreja que devem basear-se em
quem são e não no que podem fazer com seus instrumentos. Quando o músico encontra sua identidade no que ele
pode fazer para Deus, e não em quem ele é em Cristo, um desastre espiritual se aproxima. O líder de louvor não deve
se apressar na seleção dos músicos. Tenha certeza de que há uma confirmação do Senhor antes de impor as mãos
em um músico ou libera-lo para ser parte da equipe de louvor. Lembre-se que: "É muito mais prazeroso impor as mãos
sobre alguém para abençoar do que para a disciplina ou correção".
A Equipe de Louvor Como Grupo de Comunhão
Unidade entre os integrantes é essencial para cultivar um ambiente de amor, a partir do qual flui o ministério. Eu tenho
buscado isto com meu próprio grupo de vária formas. Primeiro, é importante que possamos ser capazes de nos divertir
juntos, mesmo tendo que trabalhar duro. Nós fazemos pequenas piadas, brincamos e as vezes até mesmo cancelamos
algum ensaio para comermos juntos ou assistirmos a um filme. Gostamos muito de trocar a letra de louvores
conhecidos. Para criar uma nova letra que seja divertida. É importante dizer que só fazemos isto em nossos momentos
de ensaio nunca durante um culto!
Outra atividade que gera muita unidade é nos reunirmos como um grupo caseiro. A cada duas semanas cancelamos o
ensaio para estarmos juntos e sabermos como anda a vida uns dos outros, orarmos uns pelos outros e adorarmos
juntos.
Estas reuniões têm sido de longe, a atividade mais frutífera que temos. Também é uma maravilhosa oportunidade dada
por Deus para que eu possa servir minha equipe com um coração pastoral. Confie em mim quando digo que há uma
diferença visível entre um grupo de louvor que se ama e passa tempo junto longe da igreja, e uma equipe que se
encontra somente para cumprir uma tarefa.
A Equipe de Louvor Existe Para Servir
A equipe de louvor existe para servir a igreja. O grupo de louvor deve se empenhar buscando excelência musical e os
líderes devem ser diligentes na seleção e também no pastoreamento de seus membros. Tendo preenchido estes
requisitos, a equipe de louvor esta pronta para cumprir sua função básica: servir o corpo de Cristo.
O trabalho do grupo de louvor é glorificar a Deus através da adoração bem como facilitar o mover do Espírito Santo na
congregação. Nós não seremos capazes de cumprir nosso chamado a menos que cada membro desta equipe seja
capaz de ministrar a partir do entendimento que ele cumpre o papel do servo, e esteja disposto a servir sob a liderança
de sua igreja.
Finalizando
Obviamente há muito mais que poderia e deveria ser dito sobre este assunto, que vimos aqui de forma breve. Por
sorte, há muitos outros bons recursos disponíveis para continuarmos nosso aprendizado sobre como nos tornarmos
líderes de louvor mais efetivos.
Fonte: www.vineyardmusic.com.br

ARTIGOS  
Um doce de equipe de louvor

Um doce de equipe de louvor


Por Terry Butler

Minha sobremesa favorita é a torta de nozes que minha esposa prepara, uma receita que vem de gerações
passadas. Acrescentar os ingredientes corretos a uma torta é essencial. Colocar muito de uma coisa e pouco de
outra é a certeza de um desastre. Montar ou liderar uma equipe de louvor também requer “ingredientes”
(componentes) essenciais para obter um ambiente em que unidade, crescimento e adoração apaixonada sejam
evidentes.
 
Temos de admitir um fato. É assustador liderar um bando de músicos com diferentes idades, formações,
tradições e níveis de habilidade. Alguns de vocês se sentem indubitavelmente desqualificados para esta função,
por uma ou mais razões (tipo de personalidade, habilidade musical etc.). Eu me sinto assim (ainda em muitos
dias), mas Deus tem sido fiel e misericordioso para me mostrar como seguir adiante. Aqui estão alguns
“ingredientes” para fazer um “doce de equipe de louvor”.
  
Uma humilde torta
Tenho certeza que somos iguais e queremos que nossa equipe de louvor seja humilde de coração e aberta para
receber direções e correções. Uma coisa é certeza — se não formos o modelo disso, e vivermos isto de maneira
prática, estaremos impedindo que estas coisas se tornem reais no restante da equipe. Liderar os outros
demanda que eu tenha um coração de servo. Em sua carta aos Filipenses, Paulo nos orienta a não fazer nada
por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sermos humildes e considerarmos os outros
superiores a nós mesmos. Assim era Cristo: ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ser igual a Deus.
  
Minha equipe de louvor me conhece bem. Eles já sabem das minhas fraquezas. Quando admito que preciso de
ajuda, eles respondem. Quando tento me esconder atrás de uma máscara de espiritualidade, as coisas “azedam”
rapidamente. Nada se compara com a alegria de sermos uma comunidade verdadeira, sem nos escondermos em
nossa autoconfiança. Se nos humilharmos, Deus será atraído ao nosso quebrantamento e honestidade. Aí,
estaremos prontos para ir até aonde ele deseja nos levar!
 
Tome cuidado dobrado na cozinha
Certo dia Deus falou comigo sobre um dos membros da minha equipe. Ele disse: “Terry, o Joe (nome fictício) é
o baixista da sua equipe. O que mais você sabe sobre ele?”. “Bem Senhor,” eu disse, “não muita coisa.” Deus
me respondeu: “Procure conhecê-lo mais. Conheça sua família. Ele é mais que um baixista que serve para
preencher uma das vagas em sua equipe.”
 
Mesmo sabendo que tínhamos encontros regulares mensais, eu tive de admitir para Deus que via Joe e outros
membros da equipe somente em uma dimensão. Então, comecei a passar mais tempo com os membros da
equipe e a perguntar coisas sobre suas vidas.
 
Meu amor por eles cresceu. Eu comecei a enviar cartões em seus aniversários (contando com a ajuda
administrativa de outro membro do grupo). Comecei a ligar para eles durante o dia no trabalho, para saber
como estavam as coisas, encorajá-los e até orar por eles ao telefone. Foi algo contagioso. A equipe tornou-se
uma família.
 
Sabe o que este cuidado mútuo faz? Ajuda os membros da equipe a serem menos territorialistas com o “espaço”
que ocupam dentro do grupo. O baterista vai aceitar o “novato”, e encorajá-lo mesmo quando ele for tocar com
a equipe pela primeira vez. O vocalista vai agradecer e abençoar o técnico de som que estiver regulando o
retorno naquela noite. Toda a atmosfera é diferente quando nos importamos e somos graciosos uns com os
outros.
  
Dependência radical de Deus
Há algum tempo, Deus falou algo comigo sobre o ministério de louvor — mas isto é algo que também pode ser
aplicado para qualquer outro ministério — que realmente me ajudou a ter uma perspectiva maior de como ele
deseja que as coisas sejam feitas para o Reino. Ele disse: “Você quer um ministério eficiente ou efetivo?”. Eu já
estava lutando há algum tempo para que as coisas acontecessem de maneira mais suave, mas aparentemente
os problemas e os desafios que apareciam nos relacionamentos com as pessoas eram intermináveis.
  
Diante de tudo isso, eu comecei a pensar sobre o assunto, e cheguei a algumas concluções. A eficiência diz
respeito à forma como as tarefas são realizadas — começamos a prestar mais atenção ao formato do que a
substância das coisas. A efetividade, por sua vez, é a preocupação com o resultado prático das nossas ações na
vida das pessoas — assim, nossa preocupação deixa de ser técnica e fica mais propensa a atender a real
vontade de Deus. Precisamos admitir que não podemos realizar nada sem ele. Temos de estar continuamente
olhando para aquilo que o Pai está fazendo (Jo. 5:19).
  
Jim Cymbala [escritor e pastor da igreja The Brooklyn Tabernacle] expressou isto da seguinte forma: “A obra de
Deus só pode ser feita pelo poder de Deus. A igreja é um organismo espiritual, lutando batalhas espirituais.
Somente um poder espiritual pode fazer com que ela funcione da maneira que Deus ordenou”.
  
Deixe outros ajudarem na cozinha (Isto é, compartilhe a visão e o ministério)
INTERAÇÃO “PASTOR X MÚSICO”
Trataremos neste tema sobre as responsabilidades dos pastores em relação aos músicos e
dos músicos em relação aos pastores.

Assim como muitos músicos tem demonstrado falhas em relação aos pastores, estes
também tem falhado em relação aos músicos, permitindo então, uma “porta aberta” para
que tanto músicos como pastores, tomem decisões precipitadas cometendo atitudes
incorretas, que são injustificáveis em ambas as partes. Lembre-se sempre de algo a ser
considerado: em qualquer ponto de tensão, sempre encontramos dois envolvidos e não
somente um. Se não tivéssemos desentendimentos e discórdias não haveria ponto de
tensão, mas como existe, ambos os lados são responsáveis.

Vamos falar de alguns aspectos no que diz respeito a estas responsabilidades:

RESPONSABILIDADES DOS PASTORES


1- Não separe um músico para o ministério sem que ele receba a devida preparação e contínua orientação (I Cr 25:1).
Não convoque pessoas que não possuem um verdadeiro chamado para atuar no ministério. O fato de “gostar de
música” não significa ter um chamado para o ministério de música. Portanto, cuidado para não criar falsas expectativas
nas pessoas, pois isso acarretará problemas futuros.
2- Ensine a Palavra de Deus constantemente; não somente sobre temas que envolvem a prática musical e dinâmica de
cultos, mas detenha-se em assuntos que forme o caráter do músico; principalmente no início da formação de um
ministério de música. É importante fazer reuniões de estudo da Palavra e discipulado (II Tm 2:15). Ajude seus músicos
a canalizarem seus sonhos e metas na direção correta, dedicando o tempo para o ensino e a comunhão (Pv 27:17).
3- O pastor não precisa ser músico, mas precisa ter a visão a respeito do ministério de música, senão pode acabar
atrapalhando o crescimento dos músicos e da Igreja.
4- Cuide e proteja seus músicos ensinando-lhes a se defenderem contra as armadilhas do inimigo, dando a eles base
na Palavra e em experiências vividas. Cuidar e proteger do que? Da vanglória – Ensine a luz da Palavra que este
caminho é de derrota e destruição (Pv 16:18; 29:23). Das falsas promessas de fama e sucesso -Ajude em amor e
ensine a luz da Palavra qual é o melhor caminho a seguir (I Jo 2:14-17). Das más companhias – Ensine seus músicos
que “as más companhias corrompem os bons costumes” (I Co 15:33), e dependendo do tipo de amizade que eles
cultivarem, poderão trazer boas ou más conseqüências para suas vidas e ministérios (Sl 1:1-6; Pv 1:10). Muitos
músicos perderam seu ministério por causa da influência de más companhias.
5- Algumas maneiras de como um pastor pode apoiar e impulsionar seus músicos é orando, acreditando em seus
ministérios, elogiando, incentivando, ajudando financeiramente, investindo em equipamentos de som e instrumentos
musicais, oferecendo oportunidades para eles estudarem música, fazerem cursos, participarem de congressos,
seminários, enviando-os para realizarem trabalhos em outras igrejas, permitindo contato com outros ministérios para
que haja fortalecimento e crescimento. Com certeza, surgirão os bons frutos desta semeadura.
6- Além da reunião de estudo da Palavra, estabeleça reuniões de oração com alvos bem definidos. Estabeleça um
tempo de comunhão como passeios, churrascos, jantares, cafés-da-manhã, entre outros.
7- Pastoreie seus músicos, pois eles não são “coisas”, mas são pessoas e também são suas ovelhas. Muitos pastores
não conhecem seus músicos porque não se relacionam com eles.
8- Quando for necessário fazer algumas “cobranças”, faça dentro de um equilíbrio, não exija mais do que eles podem
oferecer em termos de tempo, disponibilidade, maturidade etc. Seja cuidadoso e prudente, pois não se pode exigir de
uma criança um comportamento de um adulto. Seja paciente!
9- Um discípulo se faz tendo seu líder como referência. Para aprender é necessário correção. Os músicos precisam
aprender a andar debaixo de autoridade. A autoridade não é imposta e sim conquistada, mas não sendo conquistada
acaba virando “tirania”. Quando for necessário aplicar alguma correção, faça com amor e não “abandone” seu músico,
pelo contrário, traga-o para mais perto. Ore e invista tempo em seu músico para que ele se sinta amado e protegido
(Pv 27:23). Não seja radical e intolerante, mas se coloque à disposição para ouvir e ajudar seus músicos. Muitos
músicos saíram de alguns ministérios porque foram abandonados por seus pastores.
10- Seja um exemplo vivo. Não mande só fazer, faça na frente, mostre como se faz. Não estou dizendo sobre a técnica
musical, mas falo sobre vida, conduta, postura, compromisso, responsabilidade, amor e respeito. O melhor
ensinamento que alguém pode dar é sendo exemplo no que fala! (I Pe 5:2-3; I Tm 4:12-16).
RESPONSABILIDADES DOS MÚSICOS
1- Seja submisso à sua liderança. Submissão é uma das características de alguém que já possui um coração
regenerado. Portanto, esta pessoa é capaz de submeter-se à vontade de Deus, de seus pastores e líderes, e de seus
irmãos (Ef 5:8-21).
2- Tenha disposição para servir. Aprenda a servir com amor sem segundas intenções. O serviço está muito ligado às
nossas motivações e interesses. O músico que é um verdadeiro adorador, tem como motivação principal, servir a Deus,
aos líderes, à família, aos irmãos e aos perdidos. Sendo assim, o verdadeiro adorador é aquele que tem um coração de
servo (Mt 20:26-28; Mc 10:43-45).
3- Seja ensinável, se disponha a escutar, a receber correção e aprender com aqueles que foram colocados como
autoridade sobre sua vida. Aprenda a receber as orientações e críticas com um espírito humilde. Quem não é ensinável
não pode atuar em nenhum ministério (Rm 13:1-2).
4- Seja fiel, que significa ser leal, honesto e íntegro. Não “jogue sujo” e não seja covarde, mas quando o seu pastor
errar, converse com ele de maneira respeitosa, nunca o expondo a outras pessoas. Quem ama protege e cuida. Ame
seu pastor (Sl 105:15).
5- Não haja com “estrelismo”, mas seja fiel na sua palavra, nos compromissos, nos horários, nos ensaios, na oração e
meditação da Palavra. Infelizmente alguns músicos querem caminhar diferente dos outros integrantes no ministério.
Quando percebem que os pastores precisam da ajuda deles, pois não há outra pessoa para ajudar, acabam agindo com
estrelismo faltando nos compromissos, não dando satisfação, não cumprindo as obrigações etc.
6- Seja sensível às necessidades e carências do seu pastor. Se coloque à disposição para contribuir e ajudar (Rm
12:13a). Muitos são rápidos para criticar e lentos para cooperar.
7- Seja unido e comprometido com a visão do seu pastor (Am 3:3). Muitos por não andarem na mesma visão da sua
liderança acabam causando problemas no ministério.
8- Não tome decisões sozinho. Seja prudente, peça ajuda e conselhos ao seu pastor sobre decisões importantes que
você precisa tomar no ministério. Muitos enfrentam problemas no ministério por não escutarem os conselhos dos seus
pastores.
9- Valorize o investimento financeiro do seu pastor no ministério zelando pelos equipamentos e instrumentos, se
dedicando aos cursos, participando dos seminários etc.
10- Cuidado para não semear contenda no ministério por “não concordar com certas orientações” dadas pelo pastor.
Mesmo que você não concorde com os direcionamentos dados, não se rebele, mas ore pelo seu pastor e o abençoe.
Aquele que é fiel no pouco sobre o muito será colocado (Mt 25:23).
Deus abençoe!

Ronaldo Bezerra
(Fale com o Ronaldo pelo email ronaldo_bezerra@hotmail.com)
Ronaldo Bezerra – Contato ( Shows e Eventos )
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Fone1: (011) 2090-1839 (das 10hs as 17:30hs)
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30 Erros que o Ministro de Louvor Não Pode
Cometer
By Pastor Claudio SantilliWednesday April 7, 2010

 (22 votos, media: 4.27 de 5)

30 Erros que o ministro de louvor não pode cometer:


1. Não se preparar musicalmente e espiritualmente para a ministração

 Devemos nos apresentar como obreiros aprovados (II Tm 2:15).

A) Aspecto espiritual

 É necessário oração e leitura bíblica diariamente. A base de todo ministério é a oração e meditação. O que se pode esperar
de alguém que não medita e não ora? A.W.Tozer disse: “Nunca ouça um homem que não ouve a Deus”.
 Um ministro que não ora e não medita, deixa de ser um homem de Deus para ser um profissional do púlpito.
 Se desejamos ter um ministério mais ungido precisamos entender que o endereço da unção está no altar.

B) Aspecto musical

 É preciso realizar ensaios para que haja entrosamento.


 Tenha uma lista definida dos cânticos; quando forem novos, providencie cifras.
 É necessária concentração total durante os ensaios, evitando distrações, brincadeiras e conversas paralelas.
 Estar atento às orientações, arranjos, rítmica, andamento, métricas, etc.
 Estude música. Muitas vezes a congregação “suporta” em amor a falta de técnica e afinação mínima dos que tocam e
cantam.

2. Nunca preparar a ministração

 Devemos ter habilidade para improvisar, porém, isso não deve ser a regra.
 Quando o ministro não faz a “lição de casa” acaba ficando fácil perceber, não há seqüência coerente nos cânticos, há erros
nos acordes e na seqüência da música cantada, não há expressão, há insegurança, etc.
 Os que ministram de improviso, demonstram não levar a sério o lugar que ocupam na obra de Deus (Jr 48:10). O Espírito
Santo não tem compromisso com ociosos, preguiçosos e displicentes.
 Já avaliamos o preço que muitos pagam para estar no culto para participarem da adoração a Deus? Façamos o melhor para
o Senhor!
3. Atrasar nos compromissos sem dar satisfação

 O músico maduro tem conhecimento das suas responsabilidades e procura cumpri-las à risca. Portanto, seja responsável e
chegue aos horários marcados! Se houver problemas ou dificuldades, comunique-se com sua liderança.
 Quando não damos satisfação sobre nosso atraso estamos agindo com irresponsabilidade, e em outras palavras, estamos
dizendo “isso não é importante pra mim!”.

4. Não aceitar as críticas

 Quem não aceita críticas, acaba caindo na mediocridade e se torna um ministro sempre nivelado por baixo. As críticas
servem para não deixar que caiamos no conformismo e paremos de crescer.
 Devemos receber as críticas com um espírito humilde e disposto a aprender. Quem não é ensinável e não gosta de ser
contrariado, não pode atuar em nenhum ministério na igreja.

5. Começar a ministração sem introdução e falar sobre verdades sem nenhuma


demonstração de amor

 Não seja “juiz” das pessoas.


 Mostre a graça de Deus e o amor.
 Não seja grosseiro e indelicado.
 Seja amável e educado. A introdução pode determinar o sucesso de toda a ministração. Esse primeiro contato é “chave”
para uma ministração abençoada e abençoadora.
 Uma boa introdução cativa a atenção das pessoas, desarma as mentes e prepara o caminho para compreensão e recepção
da ministração.
 Uma boa ministração precisa ter um começo, meio e fim.
 Não seja muito prolixo e cansativo na introdução. Deve ser o suficiente para abrir a porta das mentes a fim de que as
pessoas recebam aquilo que Deus tem reservado para cada uma delas.

6. Utilizar o púlpito para desabafar

 Uma mente cansada não produz com qualidade e o estresse pode levar a pessoa a falar o certo, mas no lugar errado.
Púlpito não é lugar para desabafos, é lugar para profecia!
 Tratemos a igreja do Senhor de forma respeitosa (I Pe 5:2-4).

7. Gritaria

 Não confunda “gritaria” com unção, autoridade e poder. Muitos por não terem o equilíbrio e sensibilidade, tornam-se
ministros irritantes, exagerados e em alguns casos, quase insuportáveis.

8. Quem fala deve respeitar a sensibilidade e boa vontade dos que ouvem (I Co
14:40).

 Não é gritando que se alcança o coração das pessoas, mas sim, com unção, habilidade na comunicação e criatividade.
 Há ministros que cantam e falam tão alto e agressivamente, que deixam a impressão de que estão irados com o público.
Quem sabe usar de forma inteligente sua voz e os equipamentos de som disponíveis, com certeza alcançará grandes
resultados.

9. Tocar, cantar ou dançar com outros ministros sem ser convidado

 Se algum ministro de outra congregação for convidado para ministrar em sua igreja, não suba no púlpito para ministrar sem
ter sido chamado e convidado. Isto é falta de educação. Não seja mal educado!
 Muitos, por falta de educação e sensibilidade acabam atrapalhando a ministração daqueles ministros que foram convidados
no culto.
10. Usar muitas ilustrações e dinâmicas durante a ministração

 Muitos querem “pregar” durante o louvor. O exagero de histórias, testemunhos, dinâmicas e ilustrações durante os cânticos,
comprometem a essência e o propósito da ministração. Ministre cantando! Flua!
 Cuidado com manipulações! Não devemos tratar o público como “macacos de auditório”. Não peça para o público repetir
frases feitas o tempo todo, gestos o tempo todo, além de se tornar algo cansativo, o ministro pode cair no ridículo diante do
público.
 Evite deixar “branco” entre um cântico e outro; para isso é indispensável desenvolver um bom entrosamento com os
músicos, combinar sinais, etc.

11. Contar histórias ou piadas fora de hora

 Algumas histórias ou piadas, nunca deveriam ser contadas no púlpito da igreja. Não vulgarize o púlpito. Muitos querendo ser
descontraídos acabam se tornando desagradáveis, fazendo colocações em momentos inapropriados, e por vezes dizem
coisas com duplo sentido.
 Púlpito é lugar de profecia e não palco para piadas. Fomos chamados para ser profetas e não humoristas.

12. Ministrar o tempo todo com os olhos fechados ou olhar só para uma direção

 É importante olhar para as pessoas. Os olhos têm um poder impressionante de captar e transmitir mensagens não verbais.
 É importante transmitir amor, alegria e paz através do nosso olhar. Através de um olhar podemos abençoar as pessoas. Os
que fecham os olhos ao ministrar, nunca vão saber avaliar seus ouvintes, lendo suas expressões faciais.
 Para alcançar a atenção de todos, é necessário olhar em todas as direções. Olhar só para uma direção pode transparecer
que as pessoas não são importantes, ou que não precisam participar daquele momento de ministração.
 Estamos diante de Deus, mas também estamos diante do público. Estamos ministrando a Deus, mas também sendo
instrumentos para abençoar a congregação.

13. Exagerar nos improvisos

 A disciplina e a maturidade musical é algo que todo músico deve buscar. Precisamos entender que pausa também é música.
 Acompanhar um cântico antes de tudo, é uma prática de humildade e sensibilidade. Nas igrejas, geralmente, os
instrumentistas e cantores querem mostrar sua técnica na hora errada. O correto é usar poucas notas, não saturar a
harmonia, inserir frases nos espaços melódicos apenas, e o baterista conduzir. Economize informações musicais!
 Instrumental: Procure tocar o que o arranjo está pedindo, sem se exceder. Todo músico deve aprender a se “mixar” no
grupo, aprender a ouvir os outros instrumentos, afinal, é um conjunto musical.
 Vocal: Procure cantar a melodia, fazendo abertura de vozes e improvisando apenas em momentos específicos, criando
assim, expectativa. Muitas vezes a congregação não consegue aprender a melodia da música por causa do excesso de
improvisos dos dirigentes e cantores.
 Avalie o que está tocando e entenda que o trabalho é em equipe, e não apresentação de seu CD solo.
 Procure gravar as ministrações, para que seja feita uma avaliação e as correções necessárias.
 Tocar e cantar de forma madura e eficiente requer disciplina, auto-análise e constante aprendizado.

14. Não ter expressão durante a ministração dos cânticos

 Não seja um “alienígena” em cima do púlpito. Participe de todos os momentos!


 A entonação da voz também é importante. Não combina, por exemplo, falar sobre alegria com uma entonação e um
semblante triste e melancólico. Você pode contagiar o público através da sua expressão e entonação de voz.

15. Comunicação inadequada ao tipo de público

 Ser sensível ao tipo de público que estamos ministrando e utilizar uma linguagem adequada. A dinâmica de um culto
congregacional é diferente, por exemplo, de uma reunião de jovens, ou crianças, evangelismo, etc. Não trate um público
maduro, por exemplo, utilizando uma linguagem de criança e vice-versa.
 Cuidado com erros de português, vícios de palavras e gírias. Não precisa ser formal, seja natural, sempre observando o
público que você está ministrando.
16. Vestimenta inadequada

 Sua vestimenta deve ser coerente ao tipo de ambiente e reunião que você estará ministrando.
 Cuidado com vestimenta inadequada, tipo roupa justa, cores chamativas, etc.
 Esteja atento a sua aparência – cabelos penteados, dentes escovados, maquiagem leve, usar desodorante, perfume, etc.
Lembre-se que o púlpito é uma vitrine. Quem está ministrando passa a ser alvo de observação em todos os sentidos.

17. Cantar cânticos com o qual não está familiarizado

 Não conhece o cântico, não cante! Não sabe tocar o cântico, não toque!
 Para ganhar confiança do auditório, é preciso demonstrar convicção e certeza sobre o que está ministrando. Conhecer bem
e ter domínio do cântico ministrado, é imprescindível para que o ministro atinja seu objetivo.

18. Cantar fora da tessitura vocal

 A escolha do tom de uma música depende do canto; este deve ser dentro da tessitura vocal e confortável para ela. Mesmo
que o tom escolhido não seja o mais confortável para o instrumentista ele deve executá-lo. Na música onde há o canto, a
ênfase é para a mensagem, portanto, não deve ser interferida por outros elementos.
 Muitas músicas que ministramos na igreja não fluem como poderiam, por causa da escolha errada da tonalidade. Por vezes,
o tom é muito alto e as pessoas não conseguem cantar.
 O tom pode influenciar na sonoridade da música vocal com acompanhamento, bem como causar danos nas cordas vocais.

19. Elaborar um repertório inapropriado ao tipo de reunião

 Elabore um repertório adequado ao tipo de reunião. Por exemplo: reunião de jovens, evangelismo, santa ceia, etc.; o
repertório de um culto dominical é diferente de um lançamento de um CD, por exemplo.
 Elabore uma seqüência lógica no repertório, ou seja, músicas de celebração, músicas de adoração, músicas de comunhão,
etc. A ministração é como um “vôo de avião”, tem um destino.

20. Cantar muitas músicas num período curto de ministração

 Elabore um repertório adequado ao tempo de duração do louvor (conferir com o pastor).


 Dependendo do tempo dado a ministração, não será necessário uma lista extensa de músicas. Esteja atento à maneira
como o louvor está transcorrendo e explore um determinado cântico quando perceber que está fluindo profeticamente.
 Muitos exageram no tempo da ministração dos cânticos e passam do horário estipulado, atrapalhando assim, o andamento
da reunião. Muitos não se importam se estão agradando ou não. Quando excedemos os limites, podemos cansar o auditório,
não atingir os objetivos definidos e forçar a reunião a terminar fora do horário.

21. Ensinar muitas canções num período de ministração

 Para que haja participação do público, procure ensinar durante a ministração, um ou dois cânticos. Procure repetí-los para
que todos guardem bem a letra e melodia.
 Quando se ensina muitas músicas num período de louvor, o público não consegue assimilar as canções, causando uma
dispersão.

22. Cantar sempre as mesmas músicas nas ministrações

 A Bíblia nos estimula a cantarmos um cântico novo (Sl 96:1). Porque cantar um cântico novo? Para cantar com o coração e
não apenas com a mente. Cantar o mesmo cântico em todos os cultos pode se tornar cansativo e enfadonho, e as pessoas
acabam cantando apenas com a mente.
 Cometemos um grande erro quando nunca reciclamos o nosso repertório. Reciclar significa, “atualizar-se para obter
melhores rendimentos”. Os ministros devem sempre estar atualizados, escutando boas músicas, consultando a internet, etc.

23. Cantar canções sem a direção do Espírito Santo

 É o Senhor que sabe qual é o cântico certo para a hora certa.


 Devemos tomar cuidado para não cantarmos cânticos que nos identificamos sem ouvirmos o Espírito Santo (I Co 14:8).
Muitos só querem cantar cânticos que se identificam apenas atrapalhando assim, o fluir da reunião. Estejamos atentos e
sensíveis a voz do Espírito Santo.

24. Não avaliar o conteúdo dos cânticos ministrados

 Muitos estão ensinando canções para a igreja que estão na “moda”, mas que não possuem um conteúdo bíblico correto.
Devemos avaliar biblicamente o que estamos ensinando e cantando dentro de nossas igrejas.
 Cantemos cânticos teologicamente corretos
 Cantemos a Palavra de Deus! A Bíblia é o “hinário” de Deus. Quem canta a Palavra de Deus, amanhã não vai precisar pedir
desculpas pelo que ensinou.

25. Imitar outros ministros

 Cada um de nós tem características diferentes. Deus nos fez assim! Deus quer nos usar do jeito que somos, com os dons,
talentos e as características que Ele nos deu.
 Muitos caem no ridículo quando imitam trejeitos, frases, modo de cantar de outros ministros, etc.
 Cuidado com palavras da “moda”, tipo: “shekiná”, “nuvem de glória”, “trazer a arca”, “chuva”, “noiva”, “abraça-me”; ou então,
expressões com duplo sentido, “quero deitar no seu colo”, “quero te beijar”, “quero ter um romance contigo”, “quando Deus
penetrou em mim, eu fiquei feliz”, “Quero cavalgar contigo”, etc.
 Não quero ser radical e dizer que há problemas em utilizar estas expressões. Porém devemos refletir o que temos cantado
em nossas igrejas. Muitos cantam e compõem canções enfatizando essas expressões, muitas vezes sem saber o significado
e sem nenhum propósito, fazem isso apenas por ser uma expressão do “momento”, ou para dar uma idéia de “intimidade”
com Deus, tornando-se infelizes nas colocações das palavras, até mesmo com um duplo sentido. Cuidado, intimidade sem
reverência vira desrespeito!
 É verdade que Deus nos convida para sermos seus amigos, mas cabe a nós dar a glória devida ao Seu nome! Ele é nosso
amigo, mas é nosso Deus! Não devemos tratar Deus como nosso “coleginha de escola”. Cuidado para que, em nome da
“intimidade”, você não perca o respeito e temor a Deus. (Exemplo: A visão de Isaías no cap. 6 – “Ai de mim…”)

26. Deixar o auditório em pé por muito tempo

 Não canse o povo! Ficar em pé 30 minutos é uma coisa, e outra coisa é ficar em pé 50 minutos. Esteja sensível ao ambiente.
 Um público jovem consegue permanecer em pé por mais tempo, mas um público mais velho acaba se cansando mais
rápido. Não há nenhum problema em adorarmos a Deus sentado.

27. Deixar de participar de outros momentos do culto

 Muitos músicos são irresponsáveis e acabam comprometendo o andamento do culto. Participam apenas do momento dos
cânticos, mas logo após saem do culto para fazerem outras coisas: conversar com amigos, comer, namorar, etc.
 Temos uma grande responsabilidade do culto que está em nossas mãos, por isso não podemos nos dar ao luxo de termos
atitudes egoístas, infantis e irresponsáveis (I Co 3:1-2). Lembre-se: somos ministros de Deus!

28. Não ter um mínimo preparo para atuar na equipe de som

 É importante estudar e conhecer os equipamentos de som para poder utilizá-los da melhor maneira, evitando também danos
nos equipamentos por causa do seu uso inadequado. Existem muitos “curiosos” atuando nesta área.
 Cuidado com o volume dos instrumentos para não saturar o ambiente e provocar incômodo aos ouvintes.
 Lembre-se que o volume das vozes deve ser maior em relação aos instrumentos para que as pessoas entendam o que está
sendo falado ou cantado.
 Sua participação no culto é fundamental. Fique atento! Não fique “viajando”. Concentração total!
 Seja amável e educado quando as pessoas vierem te falar ou orientar algo relacionado ao som.
 Não atrapalhe a ministração. Quando surgir algum problema, seja discreto para poder solucioná-lo.
 Depois de mixado os volumes, não há mais necessidade de ficar mexendo na mesa de som. Portanto, não mexa, pois isso
atrapalha o bom andamento da ministração.
 Cuide dos equipamentos e seja zeloso pelas coisas de Deus.
29. Não ter um mínimo preparo para atuar na equipe de dança

 Muitos são bem intencionados, mas não possuem o preparo suficiente para dançar.
 Expressão: é importante a expressão facial e corporal, e deve ser condizente com a música que está sendo ministrada.
 Roupas: é importante ser prudente e discreto para que não venha causar polêmica e escândalo dentro da igreja. Tomar
cuidado para não tornar a dança algo sensual.
 Técnica e estilo: Todos devem conhecer os vários estilos (balé, street dance, etc), lembrando que cada estilo deve ser
coerente ao tipo de música. O sincronismo entre o grupo é um fator muito importante.

30. Atuar no ministério por obrigação e sem alegria

 Quando realizamos a obra de Deus por obrigação não há alegria, mas se torna peso. Você gosta quando alguém vai fazer
algo para você por obrigação? Será que Deus gosta quando vamos serví-lo por obrigação? Com certeza, isso não agrada a
Deus.
 Se a obra do Senhor tem sido um fardo para nós ou estamos realizando o serviço por obrigação, então é melhor deixarmos
o ministério.
 O nosso serviço deve ser com alegria – “Servi ao Senhor com alegria…” (Sl 100:2).
 Valorize o ministério! Valorize esse instrumento poderoso para a edificação da igreja e veículo de evangelização. Você foi
escolhido por Deus, portanto, leve a sério o ministério!

“Filhos meus, não sejais negligentes, pois o Senhor vos escolheu para estardes diante dele para o servirdes, para serdes seus ministros
e queimardes incenso.”  II Cr 29:11

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