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Índice

Curso de Sonorização em Igrejas

A importância do trabalho de sonorização de igrejas ______________________ 03


Organização do louvor nas Igrejas
Grupo de Músicos, Grupo de Louvor e Grupo de Som.

Fundamentos do Áudio______________________________________________ 04
Som, Frequência do Som, Decibel (dB)

Equipamentos Básicos (caminho do som)________________________________ 05

Nível Adequado_____________________________________________________ 06
Som Limpo

Os fatores que influenciam na sonoridade_______________________________ 07

Microfones_________________________________________________________ 08
Tipos de microfone

Utilização de microfones______________________________________________ 09

Alto-falantes_______________________________________________________ 10
Caixa Acústica.

Microfonia_________________________________________________________ 11

Eliminação de ruídos________________________________________________ 12

Equalização________________________________________________________ 13

Mesa de Áudio______________________________________________________ 14

Entradas de microfone e de linha (MIC IN e LINE IN) ____________________ 15


Entrada/Saída INSERT (plugue P10)
Controle de Ganho (GAIN ou TRIM)

Seção de equalização de Agudo, Médio e Grave___________________________ 16


Como equalizar

Vozes, Músicos, Instrumentos Eletrônicos_______________________________ 17


Ouvido – O melhor instrumento

18

Controle de Auxiliar 1 (MON – monitor, Aux Pré)_________________________


Potenciômetro de ajuste de Panorama (PAN)
Chave MUTE (ou MIX ou ON)
Chave PFL (ou SOLO)

Fader de volume de canal_____________________________________________ 19


Compressor

Amplificadores de potência____________________________________________ 20
Sonorização
Conexões e interligações entre em Igrejas - Tel: (21) 3281-3625
equipamentos 2
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Cabos utilizados em sonorização_______________________________________ 21
Cabo Paralelo, Coaxiais, Balanceados, Multicabos
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A importância do trabalho de sonorização de igrejas.


A Fé vem pelo ouvir – Visão ministerial

"De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus." Rom 10:17

E a Bíblia diz como fazer isso: pelo sentido da audição, por ouvir a pregação da Palavra
(seja em um hino, seja pela pregação propriamente dita).

Precisamos entender que o trabalho de sonorização não é meramente aumentar volume


e apertar botões.

Nosso trabalho é salvar vidas para Jesus! E salvar vidas é um trabalho de muita
responsabilidade, que não pode ser feito de qualquer jeito.

Pode e deve ser feito da melhor maneira possível, com todos os recursos que pudermos
dispor, com todo o cuidado.

Organização do louvor nas Igrejas

O louvor é constituído por diversas pessoas, em diversos grupos que interagem entre si.
São 3 os grupos envolvidos com o louvor da igreja:

a) Grupo de Músicos (ou Instrumentistas): responsáveis por tanger os instrumentos.

b) Grupo de Louvor (ou Coral): são os cantores. Usam suas vozes para louvar ao
Senhor.

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c) Grupo de Som: são os responsáveis por operar os equipamentos de som da igreja.


Ajustam os volumes e equalizam os instrumentos e os microfones, para que o resultado
final seja suficiente para todos ouvirem e agradável, harmonioso.

a) Grupo de Músicos (ou Instrumentistas):

Muita das vezes os músicos são os que iniciam os maiores conflitos. Muitos se
empolgam com seu instrumento e elevam o seu volume abafando o volume de outro
instrumentista e isso inicia uma grande disputa.

O operador deve estar atento e reduzir os volumes para que não haja um conflito sonoro
no templo.

Acostume os músicos a guardar tudo o que é relacionado aos seus próprios


instrumentos, pois na maioria das vezes não existe Roadie nas Igrejas.

Organize para passar o som dos instrumentos 30 minutos antes do início do culto.

b) Grupo de Louvor (ou Coral):

O operador deve estar atento com o nível e a qualidade de cada voz, pois muitos
vocalistas e pregadores não sabem a postura correta para a utilização dos microfones,
afinal a maioria das pessoas é voluntária.

Marque com os vocalistas para passar o som 15 minutos antes do culto.

c) Grupo de Som:

O trabalho do técnico de som é "colocar ordem" na casa, ajustando os volumes, fazendo


com que todo o conjunto soe harmonioso. O operador precisa se preocupar em atender
às necessidades dos músicos e cantores, mas também atender ao público. Um dos
trabalhos dos operadores é ensinar ao outros como utilizar os equipamentos da melhor
forma (por exemplo, como segurar o microfone) e até mesmo dizer o que é possível ou
não é possível de ser feito.

Lembre-se que somos servos de Deus, amor em primeiro lugar e em seguida a


técnica.

Os grupos são dependentes entre si. Não há grupo mais importante que o outro.
O trabalho é em conjunto.

Portanto todos devem estar em um só propósito que é servir a Deus. Se uma única pessoa
estiver fora desse foco, toda a equipe estará comprometida e os conflitos começaram a
surgir.

Fundamentos do Áudio

1 - O SOM

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O Som se deve à vibração do ar provocada por uma


fonte sonora (cordas vocais, batida de palmas,
cordas de um violão, etc.).

Estas vibrações nada mais são do que uma variação


da pressão atmosférica gerada na superfície de um
objeto em movimento vibratório.

1.2 - Frequência do Som

É o número de oscilações (vibrações) que um som realiza no ar, em um ponto


determinado, em 1 segundo. A frequência é medida em Hertz (Hz).
Exemplo: se um som tem uma frequência de 200 Hz, significa que ocorrem 200 “vibrações”
(oscilações) a cada segundo.

1.3 - Decibel (dB)

Para medição dos níveis de pressão sonora utilizamos uma unidade de medida que
relaciona um determinado nível de pressão sonora com o outro. Essa unidade de
medida é o decibel (dB).

Quando os valores em decibéis se somam, as intensidades de pressão sonora se


multiplicam de forma que a um acréscimo de 6dB as pressões sonoras dobram de
intensidade e uma subtração de 6dB significa a diminuição da pressão sonora para a sua
metade.

1.4 - Equipamentos Básicos (caminho do som)

Em um sistema eletroacústico (sistema de som), o som passará no mínimo por 3 etapas


básicas: captação ou geração, amplificação e reprodução.

Reprodução
Amplificação
Captação

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Na maioria das vezes, temos várias fontes


de sinal (som) que iremos utilizar
simultaneamente no sistema de som
(vários microfones, teclado, guitarra e
etc.). Para “juntar” todos os sinais e enviar
como um só para o amplificador
utilizamos o master (mesa de som);
“mixar” significa misturar, e é exatamente
isso que uma mesa de som faz, recebe
sinais de várias fontes sonoras, mistura-os
e envia ao amplificador como um único
sinal composto pelo som de todas as
fontes.

2.1 - Nível Adequado

O ouvinte mais afastado do orador deve receber a voz com uma intensidade suficiente
para que ouça sem nenhum esforço o que está sendo falado. Devemos buscar oferecer
aos ouvintes um nível de pressão sonora suficiente para lhes proporcionar uma audição
confortável e de acordo com o tipo de programa musical. Quando o som tem qualidade,
o nível sonoro precisa ser apenas o suficiente.

2.2 – Som Limpo

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Todos os ouvintes devem receber um som “claro” e “definido” (boa sonoridade), como
se estivessem conversando pessoalmente com o orador.
Alcançar boa sonoridade é um dos principais objetivos a projetar um sistema de som
para um ambiente qualquer.

Os fatores que influenciam na sonoridade são:

a) Relação entre sons diretos e campo reverberante (reverberação).

Espaço
Som

b) Posição e alinhamento dos projetores acústicos.

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Figura 1

Figura 2

Na figura 1 o som incide diretamente na parede do fundo, enquanto que a figura 2 vemos o
projetor de som direcionado para a platéia, evitando a incidência diretamente sobre as paredes.

Os fatores determinantes da resposta de frequência são:

a) Acústica do ambiente.
As paredes, pisos e teto de um recinto não absorvem da mesma forma os sons de todas as
frequências. Isso significa que uma sala pode, por exemplo, absorver mais os agudos que os
sons graves e neste caso, para compensar este efeito, precisaríamos reforçar os agudos no
nosso sistema.

b) Projetores de som (caixas acústicas, cornetas e etc.).


Os projetores de som devem responder às necessidades de resposta do programa a ser
reforçado.

3.1 - Microfones

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A função de um microfone é captar energia acústica (som) e transformá-la em sinais


elétricos; o microfone é então um transdutor, ou seja, um conversor de energia. Com
relação à qualidade da voz ou dos instrumentos acústicos reforçados em um sistema de
som, podemos dizer que o microfone e sua correta utilização são fundamentais. De
nada adianta se ter um sistema de boa qualidade se o microfone não estiver produzindo
um sinal de qualidade, pois a única coisa que o sistema fará é “amplificar” o som do
microfone; se for um som de pouca qualidade, é isso que vai sair nas caixas acústicas.

3.1.1 - Tipos de microfone

Quanto ao princípio de funcionamento

Dinâmico:
Utiliza uma bobina móvel e um conjunto magnético para converter o som em sinais
elétricos.
É o tipo mais utilizado de microfone por seu baixo preço e robustez.

Capacitivo:

Utiliza uma membrana metálica de forma circular que se apoia sobre distanciadores
isolantes. Em oposição aos distanciadores, encontra-se uma placa perfurada fixa, também de
forma circular. Esse conjunto forma um capacitor. As variações de pressão causadas pelas
ondas sonoras fazem vibrar a membrana metálica criando uma variação da capacitância do
circuito, gerando uma tensão variável como saída.

São microfones de alta-qualidade e excelente resposta de frequências, produzindo um


som claro e bem definido. Não são frequêntemente utilizados em sonorização por seu alto
preço e fragilidade no manuseio.

Quanto a diretividade

Direcional:
Microfones direcionais são os que captam melhores os sons que vem “de frente” para o
microfone, enquanto que os sons não são captados com a mesma eficiência quando vem dos
lados ou por traz.

Nas figuras abaixo encontramos o diagrama polar de um microfone direcional e uma


ilustração que mostra os sons que são mais e menos captados pelo microfone.

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Diagrama polar de um como os sons


microfone direcional são captados

Omni-direcional:

São os que captam com a mesma eficiência sons que vem de qualquer direção.

diagrama polar de um
microfone omni-direcional como os sons são captados

3.1.2 - Utilização de microfones


Um dos componentes mais importantes para se obter uma boa reprodução da voz é o
microfone. É fundamental que se saiba que a aquisição de um microfone de boa
qualidade é um investimento que trará resultados muito evidentes aos ouvidos dos
ouvintes. É mais importante se ter um bom microfone do que uma mesa de som de 1ª
linha.
Em reforço de voz, a boa performance de um microfone depende muito de quem o está
utilizando. A maior distância que o microfone deve ficar da boca do vocalista é 10cm,
distâncias maiores costumam produzir um som “sem corpo” e fraco, principalmente
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para vozes femininas. Se o vocalista tiver dificuldade de manter uma distância


constante, pode-se utilizar o microfone com a mão apoiada no queixo, desde que o
operador diminua a resposta de graves para compensar o efeito proximidade.

3.2 - Alto-falantes

3.2.1 - Tipos de alto-falantes

Alto-falantes são transdutores eletroacústicos, ou seja, conversores de energia que


convertem energia elétrica em energia acústica (som).

Fisicamente, um alto-falante não consegue reproduzir todas as frequência da faixa de


áudio (20 a 20.000 Hz) pois as características físicas exigidas para que um corpo
vibrante produza sons agudos são opostas às de um corpo que produz vibrações graves.
Todos nós já percebemos que as cordas de um violão são mais finas para as notas mais
agudas e mais grossas para as notas mais graves, um trompete produz sons mais agudos
que uma tuba devido ao fato de ter tubulações mais curtas e assim por diante. Da
mesma forma, um alto-falante precisa ter um cone grande e pesado para que possa
reproduzir sons graves enquanto que para reproduzir sons agudos as dimensões e o peso
do cone devem ser necessariamente menores. Por esse motivo são fabricados alto-
falantes específicos para reproduzir sons graves, médios ou agudos.

3.3 - Caixa Acústica.

Como vimos anteriormente, não existe alto-falante capaz de reproduzir satisfatoriamente todas
as frequências da faixa de áudio, por isso, para que tenhamos um sistema de reforço que
reproduza todas elas, será necessária a combinação de alto-falantes específicos para cada
frequência. Uma das funções de uma caixa acústica é combinar de forma adequada a resposta
dos alto-falantes e sua sensibilidade afim de que a reprodução de todas as frequências seja
alcançada.
Além disso, a caixa acústica interage com os alto-falantes de grave para permitir e “controlar”
a reprodução das baixas frequências.

Um alto-falante de graves fora da caixa acústica, não reproduz as baixas frequências


devido ao cancelamento de fase que ocorre entre as ondas sonoras produzidas pela frente
e por trás do alto-falante. Quando bem projetada, a caixa acústica reforça e controla os
graves naturais do alto-falante.

cancelamento entre caixa acústica


as ondas sonoras de isolando as ondas
frente e de trás sonoras produzidas
por trás do alto-
falante falante
4 – MICROFONIA

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O ganho acústico de qualquer sistema, como a da figura a seguir, pode ser aumentado,
bastando que aumentemos o controle de ganho do amplificador. Mas há um limite no
qual o sistema entra em oscilação regenerativa (microfonia). Isso acontece exatamente
quando o som proveniente das caixas acústicas realimenta o microfone com tal nível
que o sistema passa a reforçar, além do próprio orador, também a si próprio.

O máximo ganho acústico que pode ser obtido do sistema antes que ocorra microfonia é
chamado Ganho Acústico Potencial (PAG). Quanto maior for o Ganho Acústico
Potencial (PAG), mais poderemos aumentar o volume do microfone sem que haja
microfonia.

Os fatores que influenciam no PAG são:

a) Distância entre o projetor de som e o ouvinte mais afastado (D2).


b) Distância entre o projetor de som e o microfone (D1).
c) Distância entre o microfone e a boca do orador ou vocalista (Ds).
d) Distância entre o orador ou vocalista e o ouvinte mais afastado (D0).

distâncias que influenciam o ganho acústico potêncial (PAG)


Distância Quanto maior... Quanto menor...
D0 Menor PAG Mais microfonia Maior PAG Menos Microfonia
D1 Maior PAG Menos microfonia Menor PAG Mais microfonia
D2 Menor PAG Mais microfonia Maior PAG Menos Microfonia
Ds Menor PAG Mais microfonia Maior PAG Menos microfonia
Além dessas distâncias, temos ainda outros fatores que influenciam diretamente no Ganho.
Acústico Potencial. São eles:

a) Diretividade dos projetores de som.

b) Diretividade dos microfones.

A tabela abaixo mostra como estes fatores estão relacionados com o PAG:

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Fator Quanto maior... Quanto menor...

Diretividade dos Maior PAG Menos microfonia Menor PAG Mais microfonia
projetores de som

Diretividade dos Maior PAG Menos microfonia Menor PAG Mais microfonia
microfones

Outros fatores não influenciam diretamente o PAG, mas, são importantes para o controle
de microfonias. São eles:

a) Tempo de reverberação.
b) Quantidade de microfones abertos.
c) Planicidade na resposta de frequência (equalização).

Relação com o fenômeno da oscilação regenerativa (microfonia):


Fator Quanto maior... Quanto menor...

Reverberação (RT60) Mais microfonia Menos microfonia

Quantidade de microfones abertos Mais microfonia Menos microfonia


Planicidade na resposta de frequência Menos microfonia Mais microfonia

A oscilação regenerativa ocorre somente se existir no sistema de som um componente


capaz de “re -captar” o som proveniente dos projetores de som. Além dos microfones,
que são os componentes mais comuns, os captadores de instrumentos eletroacústicos
também podem provocar a microfonia. Por outro lado, se não houver a presença de tais
componentes, simplesmente não haverá a possibilidade de microfonias, como por
exemplo, sistemas de som que reproduzem apenas instrumentos eletrônicos (teclados,
bateria eletrônica, etc...) ou reprodutores de áudio (CDs, Tape-Deck, etc...). Por esse
motivo, para operar um sistema de reforço acústico, devemos ter em mente que o nível
de pressão sonora do programa (“volume do som”) deve, obrigatoriamente, ter os
microfones como referência (“jamais comece ajustar o nível do programa pelos
instrumentos e sim pelos microfones dos vocalistas”).

6 - ELIMINAÇÃO DE RUÍDO

Os ruídos que ocorrem em um sistema de som podem ser principalmente originados por
interferência de RF, ruídos da rede elétrica C.A., ruídos gerados por instrumentos,
equipamentos e cabos com defeito ou de baixa qualidade e instalações precárias do
sistema.

Causas

Plugs oxidados ou com “mau contato”.


Cabos de baixa qualidade ou sem blindagem. Equipamentos com defeito.
Proximidade de estações de rádio ou torres de repetição de R.F.
Aterramento inadequado ou inexistente.

Regiões de Penetração de Ruídos


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A
B C

Prevenção

Utilização de plugs de boa qualidade e revisão periódica dos mesmos com aplicação de
anti-oxidantes adequados.

Utilização de cabos blindados de boa qualidade para conexões entre instrumentos, mesa
de som, amplificadores e etc.

Plugs e cabos bem montados e bem soldados.

Utilização de sistema balanceado para sistemas com muitos instrumentos ou


microfones. Aterrar o sistema de som.

7 - EQUALIZAÇÃO

Como vimos anteriormente, os alto-falantes não reproduzem com a mesma eficiência a


todas as frequências. Outro fato importante é que os ambientes fechados também
respondem de forma diferente às diversas frequências, ou seja, um determinado
ambiente sempre irá reforçar algumas frequências e atenuar outras.

Equalizar significa alterar a resposta de frequência de um sistema para corrigir a


resposta das caixas acústicas e do ambiente ou para criar um efeito específico no timbre
do som.

Um sistema bem equalizado também estará menos propenso à microfonia, pois quando
um sistema apresenta maior resposta em uma determinada frequência, é nessa
frequência que ocorrera primeiramente a oscilação regenerativa.

Outro fato interessante é que o próprio ouvido humano responde de forma diferente as
diversas frequências. A prática de ouvir som muito alto, deficiências no aparelho
auditivo e a idade do indivíduo, acentua ainda mais as irregularidades da audição.

7.1 – Formas Equalização

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Utilizar caixas acústicas com resposta de frequências adequadas (não tentar corrigir
tudo nos equalizadores).
Conhecer os recursos dos equipamentos disponíveis no sistema.
Conhecer a curva de resposta do sistema de som no ambiente: utilização de
equipamento analisador de spectro (“analisador de frequências”).
Operar os equalizadores com a equalização da mesa “FLAT” (sem equalização).
Ajustar os equalizadores até obter a resposta desejada.
Utilizar a equalização dos canais da mesa somente para corrigir diferenças entre
microfones ou para “realçar” o som de instrumentos.

Um sistema de som bem projetado não precisa de equalização para “consertar” o timbre
dos instrumentos e da voz (se tivermos as caixas acústicas certas, na posição certa e num
ambiente adequado acusticamente, o resultado sonoro será o desejado).

Mesa de Áudio

Mic in XLR
Line in P-10
Insert P-10
Gain
High
Mid
Low
Aux. 1 Monitor
Aux. 2 Effect
Pan
Mute
PFL
Basta que você entenda um único IN – Entrada de sinal
canal pois os outros seguem o mesmo OUT – Saída de sinal
padrão
Volume

Finalmente chegamos na mais importante peça de processamento que existe. A mesa de


som, o “centro de comando” de todo o som. É efetivamente a peça mais importante de
qualquer sistema de sonorização, e você terá melhor som quanto melhor sua mesa for.

Visão Geral
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Em termos gerais, a mesa de som é responsável por:

Elevar o nível do sinal que chega à mesa;

Ajustar a equalização (graves, médios e agudos) deste sinal; Acertar a intensidade


sonora (volume) de cada voz ou instrumento;

Possibilitar agrupamento de sinais por tipo, ou qualquer outra característica que o


operador desejar para organizar e simplificar o seu trabalho.

Enviar o sinal já trabalhado ao próximo componente do sistema (compressores,


equalizadores, amplificadores, etc.).

Entradas de microfone e de linha (MIC IN e LINE IN).

Ligue na entrada de microfone (MIC IN): somente microfones, com ou sem fio.

Ligue na entrada de LINHA (LINE IN): tudo o que não for microfone. Instrumentos
diversos, CD-Players, outra mesa de som (sim, é possível ligá-las umas às outras).
Tudo, exceto microfones.

Entrada/Saída INSERT (plugue P10)

O INSERT é muito usado em estúdios de gravação. Ao ligarmos um plugue ali, o sinal


daquele canal é interrompido e enviado para fora da mesa, para ser processado
(equalizador, compressor, módulos de efeitos) e, após esse processamento, ele retorna
para a mesa de som, e segue o caminho normal de volta ao canal.

Cabo de Insert. Um P10


estéreo na mesa, um P10
mono na entrada no
processador, um P10
mono na saída do
processador.

Controle de Ganho (GAIN ou TRIM)

O ajuste dos controles de ganho do canais deve ser feito em conjunto com o ajuste dos
faders dos canais e dos masters. Eu coloco todos os faders a 60% do curso, inclusive os
dos masters. Em mesas com faders com marcação em decibéis, os faders devem ser
colocados na posição 0dB. A partir daí, com o usuário do canal (cantor, músico, etc),
vou abrindo o ganho devagar, com o músico ou cantor tocando ou cantando como se
fosse “para valer”. Vá abrindo até que a luz de pico comece a piscar, e então volte um
pouco, para que a luz não acenda. Esse procedimento vale para qualquer mesa de som,
de qualquer fabricante. Garante o máximo de sinal sem distorções (os profissionais
chamam isso de “melhor relação sinal/ruído”).
Seção de equalização de Agudo, Médio e Grave.
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Na maioria das mesas de som, encontramos 3 controles (faixas de equalização ou


tonalidade) para ajustar o agudo, médio e graves. Algumas mesas mais simples têm só
dois controles, agudo e grave. Alguns mixers têm equalização de 4 faixas: agudos,
médio-agudos, médio-graves e graves.

Dica prática: os pots de equalização se assemelham a um relógio. Faça a seguinte


associação:
7 horas é o potenciômetro todo atenuado, 12 horas é o potenciômetro em flat e 5 horas é
o potenciômetro todo reforçado. É comum, de um técnico de áudio para outro, falarmos “Os
agudos estão em quantas horas?” Ou então “Tira duas horas dos médios”. Facilita muito a
comunicação entre operadores.

Dica prática importantíssima:

Ao equalizar, sempre rode os pots bem devagar, sem mudanças bruscas. Para
acrescentar ou tirar "uma hora", leve vários segundos. Fazendo isso, a “mudança” de
som será mais suave e com menor chance de microfonia. Um reforço de faixa pode
causar microfonia, mas quando você faz bem devagar, a microfonia vai aparecendo aos
poucos, dando tempo de corrigir.

Como equalizar?

Uma dúvida comum a todos que trabalham com som é "como equalizar?". Realmente,
não é uma coisa simples. É possível comparar a equalização do som com o tempero de
um alimento. Se a comida ficar pouco temperada ou muito temperada, todo mundo vai
reclamar. Algumas pessoas até podem gostar de mais ou menos tempero, mas, na
média, as pessoas vão reclamar. Equalizar é encontrar o ponto em que todos vão gostar.

Da mesma forma que não se aprende a ser um excelente cozinheiro da noite para o dia, não dá
para aprender a equalizar em 5 minutos. Tanto quanto cozinhar, equalizar exige treino e testes,
exige experimentar e provar. O técnico precisa escutar músicas, escutar corais e instrumentos,
treinar o ouvido. A melhor hora para treinar e testar é nos ensaios dos músicos e cantores, onde
é possível fazer testes e experimentações sem problemas!

Várias dicas práticas sobre equalização:

- Quando usamos equipamentos de alta qualidade em todos os elos, muitas vezes nem
precisamos equalizar nada! Fica a mesa de som inteira toda flat, mesmo com dezenas
de microfones e instrumentos. A equalização passa a servir para controlar e evitar a
ocorrência de microfonias, em geral atenuando-se a frequência que está em excesso
(que provoca a microfonia).

- Equipamento ruim, por outro lado, serão sempre mais difíceis de trabalhar, exigindo muito
mais ajuste de equalização e demorando mais tempo para encontrar o "tempero certo".
- O "tempero" depende do público a ser alcançado. Da mesma forma que os baianos, em
média, gostam de apimentar mais a comida que os outros brasileiros, um público pode preferir
mais o som de um tipo que de outro. Jovens costumam gostar de um grave bem forte (passando
a sensação de "poder"), mas esses mesmos graves costumam não ser apreciados por pessoas
mais velhas, pois provocam "embolação". Da mesma forma, é natural haver uma perda de

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agudos com a idade, e pessoas mais idosas precisam de uma equalização mais aguda (mais
brilhante).

Vozes

- Quanto as vozes, tente sempre deixá-las o mais próximo possível da voz original da pessoa. É
importante conhecer os cantores e pregadores, nem que seja através de uma conversa rápida
antes do culto ou evento. Talvez o público já conheça a voz da pessoa e vão reclamar se ficar
muito diferente. Mas às vezes um "tempero" pode ajudar muito: conheço um pregador que tem
a voz muito aguda, e sempre coloco bastante graves para dar mais "peso" na sua voz. Um
conhecido é fanho, e tirar médios melhora incrivelmente sua voz quando ele está no púlpito.

- Prefira sempre "atenuar" em vez de "acrescentar". Por exemplo, tirar agudos, não
causa microfonia, mas acrescentar pode causar. Se a voz da pessoa está sem agudos,
por exemplo, talvez seja melhor tirar graves do que colocar agudos.

- Sons agudos ajudam a entender melhor o que está sendo falado (melhora a
inteligibilidade), e sofrem menos com problemas de acústica (reverberações).

Músicos

- Contrabaixos, guitarras e violões elétricos também têm seus próprios controles de


tonalidade, em geral um controle que, se girado para um lado deixa o som mais agudo e
se virado para o outro lado deixa o som mais grave. No início da equalização, deixe
este controle existente no instrumento no meio, faça os acertos na mesa de som e daí
em diante o próprio músico poderá fazer pequenas correções de tonalidade.

Pessoas Leigas

- As pessoas leigas costumam se referir aos agudos como "brilho" e aos sons graves
como "peso". É normal ouvirmos "Coloque mais brilho", ou então "o som está sem
peso". Quanto aos sons médios, as pessoas se referem a eles de várias formas, dizendo
que: "está faltando alguma coisa no som", "o som parece estar dentro de uma caixa de
papelão", "parece com som de lata", "o som está longe", "está faltando presença", etc.

Instrumentos Eletrônicos

- Instrumentos eletrônicos (teclados, baterias, etc) quase não precisam de equalização.


O som já sai bem configurado de fábrica, e a equalização é apenas compensar
deficiências das caixas acústicas. Claro que isso depende da qualidade do instrumento.
Alguns teclados de baixo custo, por exemplo, equipados com alto-falantes próprios,
tem os sons internos ajustados para aqueles falantes, mas precisam de bastaste
equalização quando utilizados ligados a mesas de som.

Ouvido – O melhor instrumento

- Lembre-se, não existe receita de bolo pronta para ser seguida. Cada caso é um caso,
até mesmo as condições climáticas interferem na equalização. Siga sempre seus
ouvidos, eles são os melhores instrumentos para se dizer se a equalização está boa ou
não. Evidente que quanto mais treinado o ouvido, melhor.

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Controle de Auxiliar 1 (MON – monitor, Aux Pré).

Quando o músico toca, o cantor canta, eles querem e precisam ouvir os outros
instrumentos e também a si mesmos. Isso é chamado de "retorno de som". Poderíamos
pensar que eles devem ouvir o som do PA, mas nem sempre é possível ouvir o som das
caixas voltadas para o público, por causa da posição deles em um palco, por exemplo.
Outras vezes, eles não querem ouvir o "todo o som", mas sim sons específicos (seu
próprio instrumento, seu instrumento mais algum, etc).

Repare: eles querem ouvir sons diferentes dos sons que são enviados para os Master
L/R, de maneira independente destes. Então a mesa de som precisa contar com saídas
diferentes, chamadas de Monitor, Auxiliar Monitor ou Aux Pré (pré-fader).

A função do retorno não é providenciar um “show” particular para o músico. É para


que cada músico ouça o mínimo necessário do seu instrumento e de outros, para que
possam tocar em conjunto.

Potenciômetro de ajuste de Panorama (PAN)

Em qualquer aparelho de som doméstico, há um controle chamado Balance. Esse


controle permite mandarmos o som para uma das caixas acústicas qualquer (e não para
a outra) ou mesmo para as duas caixas. Apesar de pouco usado, já que o normal é
termos o mesmo volume de som nas caixas, esse controle nos permite algumas
facilidades. Imagine uma festa na sua casa, onde o dono colocou uma caixa de som na
varanda e outra na sala. Só que na varanda estão os jovens, que gostam de som alto, e
na sala os adultos, que querem conversar (som baixo). O controle de balance permite
exatamente isso: diminuir o som de uma caixa sem atrapalhar o som da outra.

Nas mesas de som, esse controle existe, mas com outro nome – PAN, de Panorama, e
afetará a forma como escutaremos o som (se jogarmos o som mais para a esquerda ou
para a direita). O PAN faz mais que isso, afetará a forma como distribuiremos o som.

Chave MUTE (ou MIX ou ON)

O Mute é um dos melhores amigos do operador de áudio, e deveria ser obrigatório em


todas as mesas de som. Serve para cortar o som do canal (totalmente, inclusive dos
Auxiliares, sejam Pré ou Pós faders). É extremamente útil, pois permite cortar o som
sem precisar fazer ajustes. Não precisa ficar descendo e subindo o fader, é só mutar.

Chave PFL (ou SOLO)

Quando acionamos a chave, o som do canal é enviado para o fone de ouvido.


Poderemos então regular cada canal isoladamente pelo fone, e depois verificando pelas
caixas do PA se o som geral ficou bom. Podemos verificar o funcionamento do canal –
se está chegando sinal, verificar a ocorrência de estalos no cabo, fazer a equalização,
etc, tudo isso com somente o operador ouvindo, mais ninguém. Muito útil para regular
o som em situações em que o local do culto / evento já está cheio.

Dica prática: pelo PFL é possível fazer uma pré-regulagem do som do canal, mas a
equalização geral deve ser feita ouvindo-se as caixas do PA, as mesmas que o público
escuta.

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Fader de volume de canal

Finalmente, chegamos ao volume do canal. Ele nada mais é que um potenciômetro


deslizante, cuja função é aumentar ou diminuir a quantidade de som do canal que vai
para os Masters. Nas mesas de baixo custo, os fabricantes usam faders (pronuncia-se
feiders) de pequeno tamanho, 30 ou 40 milímetros. Isso é muito ruim, pois pequenos
incrementos geram grandes alterações de volume. É comum ver fabricantes de
equipamentos de primeira linha anunciarem suas mesas com faders de 60, 80 ou
100mm. Quanto maior o fader, melhor para trabalhar é. Quanto menor o fader, mais
difícil é o trabalho, exigindo do operador de áudio uma mão mais “leve” e precisa.

Dica prática: nunca trabalhe com os controles de volume muito próximos aos extremos
(mínimo e máximo). É muito difícil trabalhar sem folga para diminuir ou para
aumentar. Contrabaixo, guitarra, violão elétrico e teclado têm volumes no próprio
instrumento, logo é possível pedir para os músicos ajustarem os volumes deles de
forma que você possa manter o volume do canal entre 40 e 60% do curso do
potenciômetro.

Compressor

Os compressores são largamente utilizados em estúdios, rádios e TV. Você já reparou que, por
melhor que sejam seus equipamentos, o som de um hino em CD é muito melhor que o mesmo
hino cantado ao vivo? Em grande parte, isso é porque o som é comprimido, e os músicos e
vozes ficam com volumes mais parecidos (enquanto em sonorização ao vivo é mais comum
vermos “disputas” de quem canta ou toca mais alto).

Em rádios FM, o uso de compressores é facilmente percebido. Uma música de “rock pauleira”
e uma “balada romântica” e até mesmo a voz do locutor tem sempre o mesmo volume médio.
Trabalho do compressor, que aproxima os níveis sonoros, diminuindo a dinâmica, mas
perceba que ela ainda existe, haverá alguns picos e baixos.

Atuação de um limitador. A onda foi limitada a um valor pré-definido. Se fosse um


compressor, a onda ainda ultrapassaria o limite, mas sua amplitude seria bastante reduzida.

Apesar da variedade de fabricantes do aparelho, apresentamos a explicação dos comandos mais


comuns encontrados em um Compressor:

- Threshold – nível limite. Estabelece o nível a partir do qual o compressor começará a atuar
sobre o sinal. Toda vez que o nível de sinal vindo da mesa ou do equalizador ultrapassar esse
limite, ele passará a sofrer compressão. Quando o nível de sinal descer abaixo desse limite, ele
não será afetado pelo equipamento. O valor é dado em dBu, nível de sinal elétrico.

- Ratio – razão, ou taxa de compressão. Aqui se controla o quanto de compressão o sinal


sofrerá (apenas o sinal que ultrapassou o Threshold. O valor é dado como uma razão, por
exemplo, 2:1 (dois para um), 4:1 , 8:1, etc, chegando até mesmo a ∞ : 1 (infinito para um).

Por exemplo, a razão 4:1 significa que se para 4 dBu que o nível de sinal suba, somente um
dBu será acrescentado à saída. Logo, se o sinal subir na entrada, 12 dBu, então a saída só
subirá 3 dBu. Já a taxa de compressão de ∞ : 1 (infinito para um) significa que, por mais que o
sinal suba, o nível de sinal só será elevado em 1 dBu, muito pouco. Na verdade, o nível de sinal
será limitado ao valor do Threshold.

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- Attack e Release (tempo de ataque e tempo de relaxamento). O Attack controla a velocidade


em que o compressor passará a atuar a partir do momento em que detectar a elevação do nível.
Já o Release controla o tempo em que o compressor deixará de atuar. O tempo é dado em
milissegundos (ms). Esses controles são um pouco complicados, e muitos equipamentos atuais
vem com uma chave para controle automático dessas funções.

- Output – nível de saída. Sempre que um sinal for comprimido, haverá uma redução no seu
nível médio. Esta redução será tão maior quanto mais comprimido for o sinal. Assim, com esse
controle recuperamos o nível médio do sinal que tínhamos antes da compressão.

- VU´s meters – leds medidores. Há VU´s para podermos monitorar o nível de sinal.
Funciona igual aos VU´s das mesas de som, inclusive com a luz vermelha de Peak, quando o
sinal estiver alto demais. Nesse caso, diminua o Output.

Em um mesmo equipamento, pode haver vários Threshold, um para o compressor/limitador,


um para o expansor e outro para o Gate. Sempre confira o manual do equipamento.

Dos compressores, não há muito em se falar em prática, erros e casos. São aparelhos com
muitas funções, que exigem leitura atenta do manual e uma boa quantidade de prática para
aprender a utilizá-los bem. Essa explicação apenas é introdutória, serve para entender o
funcionamento, mas deverá ser utilizada somente com o manual do aparelho.

É necessário lembrar que é possível a utilização de um compressor para um instrumento ou


microfone específico, utilizando-se a entrada Insert da mesa de som. Como os compressores
têm dois canais, um aparelho “atende” a até dois canais.

Amplificadores de potência

O amplificador recebe um sinal elétrico de potência mínima, na casa de poucos Volts e


miliWatts, e o transforma (amplifica) em um sinal de nível (tanto em voltagem quanto
em potência – Watts) alto o suficiente para fazer as caixas de som funcionarem.

Este é um componente imprescindível em qualquer sistema de sonorização. Podemos


até mesmo não ter mesa de som, mas sem amplificador não haverá som algum, pois é o
único aparelho que faz as caixas funcionarem.
Painel Frontal de um Amplificador

Componentes presentes em um amplificador:

Chave liga e desliga


Saída de ar (apenas em modelos turboventilados)
Luzes (leds) indicadores de sinal (SIGNAL)
Luzes (leds) indicadores das proteções TEMP/DC – OVERLOAD – CLIP/LIMIT
Atenuadores

Conexões e interligações entre equipamentos

Muita gente com pouca experiência tem dificuldade de fazer as ligações certas entre
equipamentos. O ideal é ler o manual, já que a maioria dos fabricantes monta
“cenários” possíveis. Costumo ensinar a regra OUT-IN, e se baseia no fato que todos os

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fabricantes nomeiam as entradas e saídas de seus equipamentos com IN e OUT ou


Output.

Regra OUT-IN (SAÍDA-ENTRADA).

Primeiro, observe o equipamento disponível e verifique o tipo de entrada e/ou saída:


- Microfones só têm OUT – terão que ser ligados em uma entrada IN

- Instrumentos musicais só têm OUT – terão que ser ligados em uma entrada IN

- Mesas de som têm entradas IN nos seus canais. Logo, ligue microfones e instrumentos
musicais nessas entradas (conforme a correspondência). Já a seção de Masters das
mesas tem saídas OUT, que serão ligadas ao IN do próximo equipamento.
- Pela ordem, o Equalizador. Recebe o sinal da mesa pelo IN e envia seu sinal pelo
OUT, para o próximo equipamento, que é o Compressor. Esse também tem IN e OUT.
A entrada IN receberá o sinal do OUT do equalizador, e o seu OUT enviará sinal para o
IN do amplificador.

- O amplificador recebe o sinal do compressor pela entrada IN e envia o sinal para as


caixas de som pelas saídas OUT, para alimentar as caixas.

- As caixas de som só têm entradas, fechando o circuito.


Não havendo equalizadores ou compressores, a mesa liga-se diretamente ao
amplificador. Este só se conecta às caixas de som. Nunca, nunca conecte as saídas de caixa
do amplificador em nenhum equipamento, porque vai queimar a entrada.

Cabos utilizados em sonorização – parte específica

Os tipos de cabos mais utilizados em sistemas de PA são:

Paralelo
Coaxial Simples
Coaxial Duplo (ou Balanceado ou Blindado duplo ou Blindado Estéreo)

Cabo Paralelo:
O fio paralelo é o tipo mais barato, mas não tem nenhum tipo de blindagem. Basicamente são
dois condutores que são presos juntos, um ao lado do outro (um paralelo ao outro). Esses fios
devem ser utilizados, em sonorização, apenas onde o nível de sinal elétrico seja
suficientemente elevado para que os sinais eletromagnéticos presentes na atmosfera (TV,
rádio, celular, etc.) não apareçam. E níveis elevados de sinal elétrico só são encontrados entre
a saída dos amplificadores e as caixas de som (aproximadamente 25 a 30 Volts).

2
Cabo paralelo com capa protetora (cabo PP), de 2,5mm de bitola.

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Cabos Coaxiais:
Fios coaxiais recebem este nome por serem compostos de dois condutores - um central e outro
que o envolve. Como ambos têm o mesmo centro (eixo axial), recebem o nome co+axial. O
condutor central (que conduz o sinal positivo) é protegido pelo condutor externo, que funciona
como blindagem, e conduz o sinal negativo. O condutor externo também é chamado de malha.
As interferências eletromagnéticas que atingem o fio ficam “presas” no condutor externo,
que só conduz o retorno dos elétrons (sinal negativo).

Cabo Coaxial – repare que o condutor externo envolve totalmente o interno

Cabos Balanceados (ou coaxial duplo ou Blindado Estéreo):


É um tipo de fio coaxial que tem no seu centro não um, mas dois condutores, sempre em cores
diferentes, revestidos por uma malha – o condutor externo. Os condutores internos carregam
os sinais positivo e negativo, e a malha serve como aterramento. Qualquer interferência
captada pelo cabo fica “presa” na malha e vai para o aterramento – não afetando o sinal de
áudio. Essa configuração proporciona uma melhor blindagem do que o fio coaxial, onde a
malha carrega o sinal negativo. Mas isso também o torna um fio mais caro que os outros tipos.

Cabo Coaxial Balanceado. Além da malha, ainda há uma cobertura de papel alumínio.

Multicabos

Medusa montada. Caixa de um lado com conectores fêmea, plugues macho na outra ponta.

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Conectores XLR ou Cânon

Conectores XLR de Linha e de Painel

Pino (terminal) 1 –malha de terra

Pino (terminal) 2 – fase ou positivo

Pino (terminal) 3 – neutro ou negativo

Conectores P10 (ou ¼ “)”.

Conector P10 fêmea

Conector P10 Mono (1/4 “TS) e P10 Estéreo (1/4” TRS).

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Conector Combo

Conector Combo – aceita XLR macho e P10 macho

Conectores RCA

Conector RCA Macho e Conector RCA Fêmea

Conectores Banana

Conector Banana Fêmea, Macho duplo e Macho simples.

- Conector P2

Existe um “irmão menor” do plugue P10 que mantém o mesmo formato, mas
proporcionalmente muito menor em tamanho. É adequado para o uso em aparelhos portáteis,
tais como discmans, MP3 Players, etc. O uso mais comum desses conectores é para os fones
de ouvido desses aparelhos.

Conector P2 estéreo

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Dicas para Utilização do microfone


O microfone está para um sistema de sonorização assim como o ouvido está para o corpo
humano. Ele é o responsável por captar a onda sonora e transformá-la em algo que os
equipamentos eletrônicos (amplificadores, mesas etc) possam entender e usar. O
microfone comporta-se exatamente como o ouvido humano, quando este capta as ondas
sonoras e as transforma em sinais elétricos para que o cérebro as entenda e processe.

Sendo assim, é apropriado que seja adotado todo o cuidado no manuseio do microfone uma
vez que ele é parte sensível do sistema sonoro e, se bem empregado, pode tornar-se um
aliado de quem o utiliza.

De forma contrária, se o microfone é utilizado com descaso poderá tornar-se seu inimigo
durante uma apresentação.

Figura 1 – Constituição do Ouvido Humano

Composição dos microfones

Todo microfone, de uma forma geral, é composto por um diafragma e um elemento


gerador.

O diafragma, assim como o tímpano do ouvido, é responsável por perceber o movimento


das ondas sonoras. O elemento gerador, como os ossos que compõem o ouvido interno
(martelo, estribo e bigorna) – que podem ser vistos na Figura 1 – é responsável por
transformar a variação do diafragma em sinais elétricos proporcionais aos movimentos
das ondas sonoras.
Na Figura 2 você poderá identificar as partes componentes de um microfone.

Figura 2 – Partes que compõem um microfone

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Na figura anterior você pôde identificar o diafragma e os diversos componentes do


elemento gerador: bobina móvel, imã permanente e saída de AF (áudio freqüência).

Microfones: Amigos ou Inimigos?

O que fazer para tornar o microfone um amigo?


Há uma série de cuidados na utilização do microfone que você pode adotar para torná-
lo um amigo. Vejamos alguns desses cuidados. Vou chamá-los de:

“Os 7 Mandamentos do Amigo do Microfone”.

1º Mandamento: Não bata


É muito comum que você, ao segurar um
microfone para utilizar, dê algumas “batidinhas”
nele com o objetivo de verificar se ele está
funcionando. Por favor, não faça isso. Lembra-se
do diafragma e do elemento gerador? Com o
tempo, de tanto apanhar, eles se danificarão
podendo partir-se.
O microfone vítima dessas “batidinhas” passa,
depois de certo período de surras constantes, a
reagir apresentando um som “choco e rachado”.
É a forma que ele encontra para se vingar dos
maus tratos recebidos.

Como você consideraria alguém que, ao se aproximar de você, ao invés de cumprimentá-


lo educadamente fosse logo espancando você? Amigo ou inimigo?!

2º Mandamento: Não assopre


Muitos de nós, também no desejo de verificar se o
microfone está funcionando, temos o hábito de
assoprar o microfone: fu... fu... som... som... Não
é assim que fazemos?
Pois é, de agora em diante controle-se e não faça
mais isso. Ao assoprar o microfone você despeja
alguns mililitros de saliva sobre ele!!! Essa saliva
vai gerar um mau cheiro no pobrezinho do
microfone e ele não pode tomar banho para se
limpar... isso é muito anti-higiênico!!!
Quando você quiser verificar se um microfone está
funcionando, apenas fale...

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3º Mandamento: Não grite

Por favor, não grite... o microfone não é


surdo!!!
A finalidade de um sistema de sonorização é
amplificar o som que você está produzindo.
Sendo assim, não é recomendável que você
atinja o microfone com volume de voz
extremamente alto porque, dependendo de
como foi construído (se for um capacitivo,
por exemplo), o sinal será distorcido. Você
terá sua voz reproduzida de forma
“rachada”.

Isso sem levar em consideração o incômodo


que será causado na audição...

4º Mandamento: Não fale se movimentando

Alguns de nós temos o hábito de falar/cantar


movendo-nos de um lado para o outro diante
do microfone, quando este está fixo. Os
microfones têm uma capacidade “auditiva”
limitada. Eles não são capazes de “ouvir” se
você estiver falando ou cantando muito
afastado dele para as laterais. Você precisa
falar e/ou cantar diretamente em frente a ele.
Aí ele poderá perceber toda a beleza de sua
voz.

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5º Mandamento: Não tenha medo

Muitas pessoas têm medo de microfones e


por isto afastam-se dele demasiadamente.
À medida que você se afasta do microfone,
ele passa a ter dificuldades de “ouvir” você.
Sua voz ficará com excesso de agudos e sem
peso (graves): a conhecidíssima “voz de
taquara rachada”.
Para obter um bom desempenho,
aproxime-se do microfone até cerca de 5
cm. Não se preocupe, ele não morde.

6º Mandamento: Não o engula


Não vá para o evento com fome esperando
engolir alguns microfones: eles dão
indigestão!!!
Na ânsia de fazer uma boa apresentação,
falamos tão próximo ao microfone que quase
o engolimos. A essa distância tão pequena
certamente lançaremos sobre o pobre
coitado aqueles mililitros de saliva, lembra-
se? E também alguns perdigotos (para
quem não sabe o que são, lá vai: germes).
Essa prática prejudica também a qualidade
do som: os microfones direcionais
(usados por nós em 99% das aplicações) têm
uma propriedade chamada “efeito
proximidade”. Este efeito encorpa os graves
à medida que o microfone é aproximado da
fonte sonora. Sendo assim, você terá o som
da sua voz cheio de graves e provavelmente
sem clareza, para não falar do maravilhoso efeito “puf”.
É só lembrar do item anterior: a distância adequada para uma boa captação é cerca de 5
cm afastado da boca e diretamente em frente ao microfone.
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7º Mandamento: Não enrole

Quando seguramos o microfone na mão, temos o hábito de


enrolar o cabo: pare com isto e não enrole, cante!!! Ou
fale!!!
Ao enrolar o cabo do microfone, você provoca alteração
em suas propriedades elétricas e, com o tempo, danifica as
soldagens que o unem aos plugs. O que resulta disto são
chiados e barulhos diversos.
Ao segurar um microfone, deixe o cabo completamente
livre e solto.

Bom, agora que acabei de indicar a você algumas maneiras práticas de evitar problemas com
os microfones e de aumentar sua vida útil, gostaria de dar algumas outras dicas. Lá vai:

Aceite as orientações do técnico de som. Ele está ali para ajudá-lo a obter o melhor
desempenho possível. Se você tiver alguma idéia, discuta-a com ele.

Para evitar o problema de encher o microfone com saliva e minimizar o efeito “puf”,
use espumas de proteção. Elas podem ser encontradas com facilidade no mercado.

Você poderá obter sons mais graves ou mais agudos apenas afastando ou aproximando
o microfone. É só lembrar do “efeito proximidade”, que pode e deve ser usado em seu
favor.

Não passe na frente das caixas acústicas com o microfone apontado para elas. Isto
causará microfonia.

Não envolva o globo do microfone (aquela parte redonda que protege a cápsula) com a
mão. Isto altera o padrão de captação do mic e pode causar microfonia.

Visite seu dentista regularmente de seis em seis meses. Ops... acho que exagerei....

Operação de Som

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Chegamos ao último dos elos, ao mais importante deles. Já aprendemos as técnicas para
uma melhor sonorização, os segredos dos cabos, como evitar microfonias, como
aproveitar melhor os recursos dos equipamentos, como melhorar a acústica.
Tudo isso um bom operador deve conhecer. É obrigação. Mas só técnica não adianta.
Deve-se ter certas qualidades inerentes ao trabalho.
Que são:

Responsabilidade, Dedicação, Compromisso, Pontualidade, Zelo,


Planejamento, Organização, Estudo Atenção.

E a mais importante de todas:

Servir a Deus

Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e


constantes, sempre abundantes na obra do Senhor,
sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.
1 Coríntios 15:58

QUE O SENHOR ABENÇOE SEU MINISTÉRIO

Coordenador:
Robson Fernandes
Operador de Áudio
Nº 14254/RJ DRT 005742/07/91
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