História do Missal Romano antes do Concílio Vaticano II:
1. Em 1223: Missal segundo a revisão franciscana. 2. 1227: aceito para a Igreja de Roma. 3. 1474: Missale Romanum - Organização do Missal segundo o uso da Cúria Romana – publicado em Milão. Surgem várias edições com variantes. 4. Antes do Concílio de Trento (1570): muitos livros usados na liturgia católica (sacramentários; antifonários; lecionários; etc.) 5. Surge, então, o Missale Plenum (junção dos vários livros) MISSAL ROMANO História do Missal Romano antes do Concílio Vaticano II: 1. 1570: Missal Romano de São Pio V – Concílio de Trento 2. 1604: Clemente VIII – Nova Edição Típica 3. (Típico: texto que deve ser seguido pelas traduções) 4. 1634: Urbano VIII – Nova Edição Típica 5. 1884: Leão XIII – Nova Edição Típica 6. 1920: Pio X – Bento XV – Nova Edição Típica 7. 1955: Revisão feita por Pio XII 8. 1961: João XXIII – Nova Edição Típica MISSAL ROMANO História do Missal Romano depois do Concílio Vaticano II: 1. 1969-1970: Primeira Edição Típica – S. Paulo VI 2. 1975: Segunda Edição Típica – S. Paulo VI 3. 2000-2002: Terceira Edição Típica – S. João Paulo II 4. Traduções para o vernáculo com aprovação do DCDDS 5. 2008: Bento XVI fez pequenas correções 6. Traduções: grega (2006); inglesa (2011); italiana (2019); portuguesa (2022). 7. 2023: Publicação da tradução para o português do Brasil MISSAL ROMANO Tradução para o português do Brasil da 3ª Edição Típica: • A tradução brasileira do Missal, incorporando as alterações de 2008, demorou dezenove anos para ser concluída. • Os trabalhos de tradução, revisão e aprovação do conteúdo do Missal foram coordenados pela Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (CETEL), órgão vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). • O texto final foi aprovado pela CNBB na sua 59ª Assembleia Geral e encaminhado, em dezembro de 2022, ao Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. MISSAL ROMANO Aspectos exteriores: • Tamanho: 27,5 cm x 19 cm • Peso: 3,450 kg • Páginas: 1264 • Acabamento: capa da Espanha; caixa da Holanda; 6 fitas • Papel do miolo: pólen natural ecológico • Não há uma “versão luxo” do Missal MISSAL ROMANO Composição 1: Prolegômenas • Promulgação • Confirmação do DCDDS • Apresentação feita pela Comissão Episcopal para a Liturgia • Decretos: 1ª edição / 2ª edição / 3ª edição • Constituição Apostólica Missale Romanum – Paulo VI • Instrução Geral sobre o Missal Romano • Carta Apostólica sobre o Ano Litúrgico e o Calendário Romano • Calendário Romano Geral e próprio do Brasil MISSAL ROMANO Composição 2: Instrução Geral sobre o Missal Romano Proêmio 1. Importância e dignidade da Celebração Eucarística 2. Estrutura, elementos e partes da Missa 3. Funções e ministérios na Missa 4. As diversas formas de celebração da Missa 5. Disposição e ornamentação das Igrejas para a celebração da Eucaristia 6. Requisitos para a celebração da Eucaristia 7. Escolha da Missa e de suas partes 8. Missa e orações para diversas circunstâncias e missas dos defuntos 9. Adaptações que competem aos bispos e suas conferências MISSAL ROMANO Composição 3: O Missal 1. Próprio do Tempo: Advento, Natal, Quaresma, Semana Santa, Tríduo Pascal, Páscoa, Tempo Comum e Solenidades do Senhor no Tempo Comum. 2. Ordinário da Missa: 1. Ritos iniciais 2. Liturgia da Palavra 3. Liturgia Eucarística: Prefácios; Orações Eucarísticas (I a V); e Rito da Comunhão 4. Ritos Finais (Bênçãos e orações sobre o povo) 5. Ordinário da Missa da qual participa um só ministro (“ajudante”) * Apêndice ao Ordinário da Missa: OE Reconciliação (1 e 2), Diversas Circunstâncias (A a D); Crianças (1, 2 e 3). MISSAL ROMANO Composição 3: O Missal 3. Próprio dos Santos 4. Missa dos Comuns: Dedicação de uma igreja; Bem-Aventurada Virgem Maria; Mártires; Pastores; Doutores da Igreja; Virgens; Santos e Santas. 5. Missas Rituais: Sacramentos da Iniciação à Vida Cristã; Unção; Viático; Ordenações; Matrimônio; Bênção de Abade ou Abadessa; Consagração de Virgens; Profissão Religiosa; Instituição de Leitores e Acólitos; Dedicação de igreja e altar. 6. Missas e orações para diversas necessidades e circunstâncias: santa Igreja; circunstâncias da vida pública; diversas necessidades. MISSAL ROMANO Composição 3: O Missal 7. Missas Votivas: Ssma. Trindade; Misericórdia de Deus; Jesus Cristo, sumo e eterno sacerdote; O mistério da Santa Cruz; Ssma. Eucaristia; Ssmo. Nome de Jesus; Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo; Sagrado Coração de Jesus; Espírito Santo; Bem-Aventurada Virgem Maria; Santos Anjos; São João Batista; São José; Todos os Santos Apóstolos; São Pedro e São Paulo; São Pedro, Apóstolo; São Paulo, Apóstolo; Um santo Apóstolo; Todos os Santos; 8. Missas pelos defuntos: Nas exéquias; No aniversário; Para diversas comemorações; Orações diversas pelos defuntos. MISSAL ROMANO Composição 3: O Missal 9. Apêndices: 1. Cantos do Ordinário da Celebração Eucarística 2. Rito para a bênção e aspersão da água (dominical) 3. Designação ad hoc de um MESC 4. Bênção de um cálice e patena 5. Fórmulas de orações universais 6. Preparação para a Missa 7. Ação de graças depois da Missa. MISSAL ROMANO Mudanças do 3ª Edição Típica (brasileira): 1. No Próprio do Tempo: 1. Formulários completos para as Missas feriais do Tempo do Advento e do Tempo da Páscoa. 2. Missa da Vigília da Epifania do Senhor. 3. Orações sobre o povo, ao final da Missa, desde a Quarta-feira de Cinzas até a Quarta-feira da Semana Santa. 2. No Ordinário: 1. Foram acrescentados 12 prefácios: Depois da Ascensão do Senhor; Domingos do Tempo Comum X; Matrimônio; Virgem Maria III, IV e V; Mártires II; Santos Pastores II; Doutores da Igreja I e II; Comum VII, VIII e IX. MISSAL ROMANO Mudanças do 3ª Edição Típica (brasileira): 2. No Ordinário: 2. Revisão acurada das Orações Eucarísticas para ficar mais fiel ao latim. 3. Inclusão de São José nas OE II, III e IV. 4. Mudança no Confesso: “por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa”. 5. Nova conclusão da Oração Coleta: “Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos” 6. Acréscimo de fórmulas alternativas no Memento pela Igreja. MISSAL ROMANO Mudanças do 3ª Edição Típica (brasileira): 2. No Ordinário: 7. Na Doxologia: “por todos os séculos dos séculos”. 8. Acréscimo do 7º convite ao Pai Nosso (tradição Ambrosiana). 3. Próprio dos Santos: 1. Acréscimos: S. Cristóvão Magalhães e c.m. (México); S. Agostinho Zhao Rong e c.m. (China); S. Charbel Makhluf (Líbano). 2. Brasil: a. Santos André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, presbíteros, Mateus Moreira e c.m.; b. Santa Dulce Lopes Pontes, virgem; c. Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, presbítero. MISSAL ROMANO Mudanças do 3ª Edição Típica (brasileira): 4. Nas rubricas: 1. Do Lava-pés: de “os homens escolhidos” a “as pessoas escolhidas”. 5. Calendário Litúrgico: 1. Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja; 2. Santos Marta, Maria e Lázaro; 3. Santa Maria Madalena: festa; com prefácio próprio; 4. Bem-Aventurada Virgem Maria de Loreto; 5. São Gregório de Narek, d.I.; 6. São João de Ávila, d.I.; 7. Santa Hildegarda de Bingen, d.I.; 8. São João XXIII; 9. São Paulo VI; 10. São João Paulo II; 11. Santa Faustina Kowalska. MISSAL ROMANO Na escolha de uma Missa: 1. Observar a ordem de precedência, segundo a Tabela dos dias litúrgicos: 1. Primeiro grupo: Tríduo Pascal; Natal do Senhor, Epifania, Ascensão e Pentecostes; Dias de semana da Semana Santa; Dentro da Oitava da Páscoa; Domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa; Quarta-feira de Cinzas; Solenidade do Senhor, da BAV Maria e dos Santos; Comemoração dos fiéis defuntos; Solenidades próprias (padroeiro principal e dedicação da igreja). 2. Segundo grupo: Festas do Senhor; Domingos do Tempo do Natal e do Tempo Comum; Festas da BAV Maria e dos Santos; Festas próprias; os dias de semana do Advento de 17 a 24/12; dias dentro da Oitava do Natal; dias de Semana da Quaresma. 3. Terceiro grupo: Memórias em geral. MISSAL ROMANO Na escolha de uma Missa: 2. Observar a importância da celebração: a. Solenidade: glória e credo; leituras próprias b. Festa: glória; leituras próprias c. Memórias: com leituras próprias ou não. d. Memórias facultativas; e. Comemorações: defuntos; memórias durante a Quaresma.
3. Manter a coerência interna entre cor litúrgica, formulários.
4. Como escolher o formulário e a cor para a Celebração de Crisma?
5. Como celebrar o novenário do Santo Padroeiro:
MISSAL ROMANO Algumas orientações para a AOR: 1. O ideal seria que todos as igrejas, ao menos a Igreja Matriz, tivessem uma pequena estante, diante da cadeira presidencial, onde se pudesse colocar o Missal, para que o presidente da celebração pudesse utilizar as várias possibilidades de fórmulas. Como não temos o livro conosco, nós nos sujeitamos àquelas poucas fórmulas que recordamos. 2. Existem 8 fórmulas para a saudação inicial. Há 9 fórmulas para a introdução do Ato Penitencial. Há 3 fórmulas principais para o Ato Penitencial, além de várias fórmulas alternativas para os diversos tempos: 5 para o TC; 3 para o TA; 2 para o TN; 3 para o TQ; e 5 para o TP. Há 4 fórmulas para o Orai, irmãos. A partir do Ofertório, é tranquilo, pois o Missal já está sobre o altar. MISSAL ROMANO Algumas orientações para a AOR: 3. Seria também proveitoso que houvesse um pedestal de coluna para que o presidente fique com a liberdade de realizar os gestos próprios, especialmente os braços abertos ou estendidos.
4. Encontrei alguns problemas com o uso da cruz do altar. A IGMR
pede uma “cruz do altar”, sem sobreposição de cruzes. Regra básica da liturgia católica é a economia. Assim, se há um crucifixo na parede de fundo ou no altar-mor, ou suspenso acima do altar, pode-se considerá-lo “cruz do altar”. Se estiver muito distante, é possível utilizar uma outra cruz em cima do altar ou ao lado (processional), mas nunca as duas últimas concomitantemente. MISSAL ROMANO Algumas orientações para a AOR: 5. O diácono ou o presbítero que proclama o Evangelho tem duas opções: beijar o livro ou trazê-lo ao bispo. Isso deve ser combinado antes. Se houver bênção sobre o povo, o bispo beija o livro e abençoa o povo. Orientar o povo sobre a bênção com o livro: é hora de persignar-se, não de bater palmas. O livro deve ser reposto sobre o ambão ou sobre a credência (IGMR 175), nunca sobre o altar, exceto numa ordenação de diácono ou bispo. 6. Quando começa o Aleluia (Aclamação), todos se levantam (IGMR 212). TODOS. Exceto o bispo, pois ainda vai colocar o incenso no turíbulo e abençoar o diácono. 7. É tarefa do diácono – ou do presbítero que exerce função de diácono naquela celebração – cuidar do Missal e do Cálice. Isso não é tarefa de coroinha. A partir do Prefácio, os coroinhas não devem estar junto ao altar, mas de joelhos, como todos os outros leigos e leigas. MISSAL ROMANO Algumas orientações para a AOR: 8. Para a incensação do Corpo e Sangue do Senhor, na elevação, os coroinhas não devem entrar em procissão pelo centro da igreja, nem há a necessidade de tochas e campainhas. Não há procissões durante a Oração Eucarística. Entram discretamente, pela lateral, o navetário e o turiferário. Associa-se a eles o diácono, se houver.
9. O modo de proferir a Oração Eucarística (IGMR – 218): “As partes
que são proferidas conjuntamente por todos os concelebrantes e, sobretudo, as palavras da consagração, sejam ditas em voz tão baixa, de tal forma que se ouça claramente a voz do celebrante principal”. MISSAL ROMANO Algumas orientações para a AOR: 10. Para a celebração do Sacramento da Crisma: 1) No crachá esteja só e somente o primeiro nome do crismando em letra Times New Roman, maiúscula, fonte 36; 2) os crismandos sejam organizados ao lado dos seus padrinhos, para facilitar o rito da imposição das mãos; 3) se o número for grande, já estejam sentados em seus lugares antes do início da celebração.
11. Não se pronuncia nenhuma palavra para a bênção do incenso e
da água que será posta no cálice. MISSAL ROMANO Algumas orientações para a AOR: 12. A doxologia, quando rezada, pode ser acompanhada pelos concelebrantes; quando cantada, deve sê-lo somente pelo presidente. 13. Já é hora de reintroduzirmos a saudação de paz, ao menos nas Missas Dominicais e seguindo as orientações do Papa Francisco: “não é a hora do recreio”. 14. Não há “concelebração” de coroinhas e MESC’s. São convocados somente os que terão função naquela celebração específica. MISSAL ROMANO Algumas orientações para a AOR: 15. Como tem insistido o Papa Francisco, numa Missa em que há muitos ministros ordenados, estes, e não os MESC’s, devem distribuir prioritariamente a Eucaristia. Outra insistência do Papa é com o silêncio: no Ato Penitencial, depois do Oremus, depois da Homilia e depois da Comunhão.