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ATUALIZADA E MELHORADA
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17a. Edição
Atualizada e melhorada.
/
Petrópolis
1991
(c) 1979, Editora Vozes Ltda.
Rua Frei Luís, 100
25689 Petrópolis, RJ
Brasil
Aprovo e Recomendo
São Carlos, 1º de julho de 1979
+ Constantino Amstalden
Diagramação
- Valdecir Mello
O QUE "ATUALIZAMOS"
Este livro, lançado em 1980, continua sendo muito lido. Por isso,
achamos que merecia ser melhorado.
Algumas expressões foram mudadas. Por exemplo: “celebrante"
por "presidente da Celebração”.
Dois Encontros novos foram acrescentados, a pedido de alguns
leitores. São o Encontro 28: "Ceia Eucarística: Sua Origem" e o 39:
"Eucaristia: dos Apóstolos até nós.
Atualizamos o texto litúrgico, de acordo com o novo Missal.
O livroficou enriquecido e com menos páginas, porque demos uma
enxugada no texto. Tiramos coisas repetidas e, onde havia dois ou
três exemplos semelhantes, deixamos apenas um.
Colocamos também alguns desenhos explicativos de autoria da
Professora Nice Therezinha Gírio Milani.
A supervisão da doutrina é do Cônego Bruno Gamberini e a revisão
literária é da Professora Edna Pellegrini.
O Autor.
EM MEMÓRIA
Ele me ensinoua ir à igreja e a gostar da Missa. Não tinha diplomas
e não fazia discursos, mas crendo me ensinou a crer, e amando me
ensinou a amar. Nunca ficou sem a Missa, mesmo quando chovia.
Ãos 82 anos de idade ( 13/06/1979) encerrou sua caminhada terrena.
A última vez que saiu de casa foi para ir à Missa. Durante a
Celebração, quando o padre proclamava o Evangelho, ele caiu,
precisamente na hora em que eu escrevia o último encontro deste
livro.
A ele, o meu pai, Domingos Cechinato, eterna gratidão!
SUMÁRIO
01. Visão geral sap ronraa arena ra gua uns puta reg 9
02. Pocque A deneias sneeeossrrsrs masmorras ne 18
OS. Gestos o atitudes aquasas-ssssssensanasa es eras 16
04. Posições do COFpO...............sseseereeeees O mamas 19
05. orcanto IITGICO sessacasaesescesanarreneaee rea aos 22
06. O sacerdote, as vestes e o altar
07. Objetos usados na Missa....................ceseeecereereecesserereasenseneensss 29
08. O Sinal da CHE SEND orem ata censo sessao 34
09. Acolhida e saudação ..........iimesesiseseseieeneererererraes 37
a Ato: PERA Ri ses nose Ega Se ICEDIS Eras npc am 40
Tt: Glória a Deus nas Alturas ...............iiseeeeeecesermeneereness eee 43
12. A IaEao "COIGLA! cusamanenescanesrarnascaraceceraioasemmaas ar ureranmraanansmaas 46
13. Liturgia-da Palavra.....semeeresoresmeenrcorearbeitiananpoeasama ars a a 49
14. Ena LONA ESSO. sessao erre Rr poa caes E?
15. Segunda Leitura e Aclamação
16. ig Riso Creu ts E aj PR 58
tz. HOMO. mera ereomeemra sirene mmasarenor àrifirs 61
18: Pratica gude O even erros ses e serena perene 84
19. Grer na IGteja....eesesmesirmsii CE US as 68
20. Oração dos FIG. esses nano cmo masc rp rr ercns RR
El: Etútgia EUCANSHGA .-sepameousesaseeossas asonoavesusassrasarossvarcuzassenosam emas 5
Ze. Procissão das Oferendas.............. eee TB
23. Apresentação do pão € dO VINHO: ssssascermaseaasasasescananas san]
24. Ultimas viagõoes do UfErorio su seca DA
25. Prefácio e Santo ECC EEE ERES EEE EEE EEE TE 87
26. Consagração do pão sido VINHO asus aereas qaaçecas 90
27. "Eis o Mistério da Fé!" eee eeereeaaeaanos
28. Cela Bucal Be asse nanasavarasar eos arara O
24. Eucaristia: dos Apóstolos até NÓS... ii00000:00... 100
30. Orações pela Igreja... eres 104
31. Por Cristo, Com CiiStO spears O?
32. Pai-Nosso.. = SM era en peçá
33. Saudação e Fração do d Pão. asescuerereacagpossepesncanemeszegaas
esc PES
34. Cordeiro de Deus..
35. Comunhão... e. nn
36. A Missa, O Banquete de Deus... avecacennercasncaceenas ren T2S
37. Eucaristia: unidade e fraternidade... 127
38. Rito Final... e
39. O Dia do Senhor... aerea mensal
40. Missas de Formatura €e Defuntos.. e a asa IGO
41. O Ano Litúrgico ........... eres 139
01. VISÃO GERAL
09
coloca o defunto na sepultura, muita gente joga um pouco de terra
sobre o caixão. Esse gesto deve simbolizar uma obra de misericórdia
(sepultar os mortos), mas a maioria nem sabe disso e o faz com um
sentido supersticioso que nada tem a ver com a verdadeira fé.
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ESQUEMA OU ROTEIRO DA MISSA
- Monição ambiental - de pé
- Canto de entrada - de pé
RITOS - Acolhida e saudação - de pé
INICIAIS - Áto penitencial - de pé
- Hino de louvor (Glória) - de pé
- Oração "Coleta" - de pé
- Prefácio e "Santo" - de pé
- Invocação do Espirito Santo - de pé
- Narrativa da Ceia - de joelhos ou de pé
LITURGIA Oração - Consagração do pão e do vinho - de joelhos ou de pé
EUCARÍS- Eucarística - "Eis o Mistério da fé!" - de joelhos ou de pé
TICA ou Anáfora
- Lembra Morte e Ressur. de Jesus - de pé
- Orações pela Igreja - de pé
- Louvor Final (Por Cristo..) - de pé
- Comunicados e convites - de pé
RITOS - Bânção final - de pé
FINAIS - Despedida (Ide em paz!) - de pé
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O CORPO E A ALMA DA MISSA
TESTE
12
02. POR QUE IR À IGREJA?
13
REZAR COM OS OUTROS
A Igreja é o novo Povo de Deus. Com ela Jesus fez a Nova e Eterna
Aliança no seu Sangue. À palavra "Igreja" significa Assembléia. E um
Povo reunido na fé, no amor e na esperança pelo chamado de Jesus
Cristo. Os Apóstolos reuniam a comunidade cristã para ouvir a Palavra
de Deus, orar e celebrar a Eucaristia.
A Missa foi sempre o centro da comunidade e o sinal da unidade,
pois é celebrada por aqueles que receberam o mesmo batismo, vivem
a mesma fé e se alimentam do mesmo Pão. Todos os fiéis formam um
só "corpo". São Paulo disse aos cristãos: "Agora não há mais judeu
nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher. Pois
todos vós sois UM SÓ em Cristo Jesus" (GI 3, 28).
14
VIVEMOS EM SOCIEDADE
TESTE
15
03. GESTOS E ATITUDES
O homem é corpo e alma. Há nele uma unidade vital. Por isso ele
age com a alma e com o corpo ao mesmo tempo. O seu olhar, as suas
mãos, a sua palavra, o seu silêncio, o seu gesto... tudo é expressão
de sua vida. Quando o jogador consegue mandar a bola para o fundo
da rede, ele vibra, pula, abraça, dá cambalhota, ajoelha-se, ergue as
mãos, atira os braços para o alto, saudando a torcida. Por que isso?
Não basta que tenha feito o gol? Não. Ele não está sozinho. O gol é
uma vitória que precisa ser comemorada entusiasticamente com uma
espécie de "celebração" coletiva. Por isso há toda aquela festa e
confraternização. E tem uma coisa: o futebol é algo instável, sem
lógica. Hoje ganha, amanhã perde. Ao passo que, na Missa, torcemos
para um Herói que venceu e nunca será derrotado: é Jesus Cristo,
morto e ressuscitado, vencedor da morte e Senhor da Vida. Ele nos
disse: "Coragem! Eu venci o mundo" (Cf. Jo 16,33).
16
Na Missa fazemos parte de uma grande "torcida": Assembléia dos
filhos de Deus, que tem como herança o Reino dos céus. Porisso, na
Celebração Eucarística, não podemos ficar isolados, mudos, cada um
no seu cantinho. Ou será que há mais razões para comemorarmos a
vitória de um gol do que a Vitória de Cristo Ressuscitado, presente no
meio de nós? A nossa fé, o nosso amor e os nossos sentimentos são
manifestados através dos gestos, das palavras, do canto, da posição
do corpo e também do silêncio.
17
culto divino, a determinação de gestos que saíssem forçados. O gesto
só tem sentido, quando manifesta uma libertação interior. Por isso
entram como normas apenas alguns gestos, que são comuns e
frequentes no comportamento humano: ficar de pé, sentar-se, ajoe.
lhar-se, levantar as mãos, fazer a genuflexão. E, numa celebração, não
pode cada um fazer o gesto que deseja, na hora que quiser. Nesse
caso, o gesto perderia seu sentido de unidade eclesial.
O Missal Romano diz o seguinte: "A posição comum do corpo, que
todos os participantes devem observar, é sinal da comunidade e da
unidade da assembléia, pois exprime e estimula os pensamentos e
sentimentos dos participantes". E, para que haja na missa essa unifor-
midade nos gestos e posições do corpo, existem algumas normas,
Veja o Esquema ou Roteiro da Missa, página 11. Quanto ao significado
dos gestos e posições do corpo, vamos ver isso no próximo Encontro.
TESTE
18
04. POSIÇÕES DO CORPO
19
De joelhos: De início, o cristão ajoelhava-se somente nas orações
particulares. Depois toda a comunidade passou a ajoe-
lhar-se em tempo de penitência. Agora essa posição é
comum diante do Santíssimo Sacramento e durante a
consagração do pão e do vinho. Ajoelhar-se perante
alguém era sinal de homenagem a um soberano. Hoje
significa adoração a Deus. São Paulo diz: “Ao nome de
Jesus, se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo
da terra" (FI 2, 10). Rezar de joelhos é mais comum nas
orações individuais. "Pedro, tendo mandado sair todos,
pôs-se de joelhos para orar" (Cf. At 9, 40).
Genutflexão: É um gesto de adoração a Jesus na Eucaristia. Fazemos
quando entramos na igreja e dela saímos, se ali existe
o sacrário. Também fazemos genuflexão diante do
crucifixo na Sexta-Feira Santa, em sinal de adoração.
(Não é adoração à cruz, mas a Jesus que nela foi
pregado).
Inclinação: Inclinar-se diante de alguém é sinal de grande respeito
É também adoração, diante do Santíssimo Sacramento.
Os fiéis podem inclinar a cabeça para receber a bênção
solene.
Procissão: Na Missa podemos fazer diversas procissões, se forem
convenientes: na Entrada do Presidente, no Evangelho,
no Ofertório, na Comunhão. A História da Salvação
começou com uma "procissão": Abraão e sua família a
caminho da Terra Prometida. As nossas procissões
simbolizam a peregrinação do Povo de Deus para a
casa do Pai. Somos uma Igreja “peregrina”.
Mãos
levantadas: É atitude dos "orantes". Significa súplica e entrega a
Deus. É o gesto aconselhado por Paulo a Timóteo:
"Quero, pois, que os homens orem em qualquer lugar,
levantando ao céu as mãos puras, sem ira e sem con-
tendas" (1 Tm 2,8).
Mãos juntas: Significam recolhimento interior, busca de Deus, fé,
súplica, confiança e entrega da vida. É atitude de
profunda pledade.
20
Prostração: Gesto muito antigo, bem a gosto dos orientais. Estes
se prostravam com o rosto na terra para orar. Assim
fez Jesus no Horto das Oliveiras. Hoje essa atitude é
própria de quem se consagra a Deus, como na
ordenação sacerdotal. Significa morrer para o mundo
e nascer para Deus com uma vida nova e uma nova
missão.
Silêncio: O silêncio tem seu valor na oração. Ajuda o aprofunda-
mento nos mistérios da fé. "O Senhor fala no silêncio
do coração". É oportuno fazer silêncio depois das
Leituras, da homilia e da Comunhão, para interiorizar o
que o Senhor disse. Meditar é também uma forma de
participar. Uma Missa que não tivesse nenhum momen-
to de silêncio, seria como chuva forte e rápida que não
penetra na terra.
TESTE
21
05. O CANTO LITÚRGICO
O CANTO NA IGREJA
22
CANTAR "A MISSA" E NÃO "NA MISSA”
O canto litúrgico não tem o sabor de canto teatral. Deve estar isento
de vaidade e exibição. Convém que se ouça o conjunto todo das
vozes e não apenas uma ou duas vozes que se sobrepõem. Também,
o som dos instrumentos é para ajudar as vozes e não para abafar o
canto. O que se deve ouvir é um povo cantando, a não ser quando
um salmista está fazendo o solo. A Equipe de Liturgia não é para
“substituir” o canto da Assembléia, mas para animá-la a cantar. Não
pode ser um grupo separado, fora do corpo da comunidade, mas uma
"equipe de animação" que leva todo o Povo de Deus a cantar.
Para isso, o Concílio recomenda que se use inteligentemente do
canto religioso popular, que está mais na alma do povo. Mas, se
quisermos que toda a assembléia cante, precisamos ter "paciência".
Não pode haver muitos "lançamentos" de cantos litúrgicos. O povo
não consegue aprender tantas novidades. O canto da Missa fica
“elitizado", cantado só pelos grupinhos especializados. E é mais
bonito ouvir toda a assembléia cantar. Assim diz o Salmista: "Feliz o
povo que vos sabe louvar! Ele caminha na luz da vossa face, Senhor!"
(SI 89 ou 88, 16).
23
CANTAR FAZ BEM
TESTE
1. Que é Liturgia?
2. Que disse o Concílio sobre o canto na Missa?
3. Que tem a vero canto com as partes da Missa?
4. Como os instrumentos se relacionam com o canto?
5. Você canta na Celebração? Por quê?
6. O que está certo ou errado no canto em sua comunidade paroquial?
7. Que solução você apresenta para melhorar?
24
06. O SACERDOTE, AS VESTES E O ALTAR
25
AS VESTES LITURGICAS
O ALTAR
26
Os primeiros altares eram de pedras rústicas. Depois apareceram
os de madeira. Hoje existe ainda preferência pelos altares de granito
ou de mármore. O altar deve ter o sentido de uma mesa de refeição,
para celebrar a Ceia do Senhor.
Com a formação das "Comunidades Eclesiais de Base" (CEBs), a
Missa passou a ser celebrada também em pequenas comunidades,
em escolas, centros comunitários ou casas de família. Com isso são
improvisados muitos “altares”. É bom lembrar que se deve ter o
máximo de consideração com a Eucaristia. Não se pode celebrar a
Missa sobre uma mesa velha e suja, que a família nem usa mais. À
Deus se dá o que há de mais digno.
Sobre o altar vai a toalha, geralmente branca, comprida, com as
pontas quase tocando o chão. Deve ser limpa, condizente com a
grandeza da Ceia do Senhor. Imagine como você prepararia a mesa,
se fosse servir um banquete para ilustres convidados! Pois bem, a
Missa é muito mais que isso.
TESTE
27
2 - Estola
Amito
28
07. OBJETOS USADOS NA MISSA
Deus fez o mundo com muito amor. Ele viu que todas
as coisas criadas “eram boas" (Cf. Gn 1,25). Mas o pecado
original trouxe a morte para a humanidade, além de causar
uma ruptura com Deus e uma desarmonia entre as
criaturas.
Jesus, porém, veio “recriar” o mundo, restituindo a
vida aos homens e reconciliando toda a obra da Criação.
As pessoas que mais se aproximam do amor de Deus
sabem amar todas as criaturas, ao passo que as mais
egoístas continuam depredando tudo. São Francisco de
Assis conseguiu viver a fraternidade até com os animais e
a natureza. Ele dizia "Mãe Terra”, "Irmão Sol”...
29
Patena: É um "pratinho" de metal. Sobre ele se coloca a hóstia
grande.
Água: É água natural. Serve para purificar as mãos do sacer-
dote e ser colocada no vinho (umas gotas só), para
simbolizar a união da humanidade com a Divindade, em
Jesus. Também é usada para purificar o cálice e a
âmbula.
Pala: E uma peça quadrada, dura, (um cartão revestido de
linho). Cobre o cálice.
Sanguinho: E uma toalhinha comprida, branca. Serve para enxugar
o cálice e a âmbula.
Corporal: É uma toalhinha quadrada. Chama-se corporal porque
sobre ela coloca-se o Corpo do Senhor (âmbula e
cálice), no centro do altar.
Galhetas: São como duas jarrinhas de vidro. Numa vai a água,na
outra, o vinho, Elas estão sempre juntas, num pratinho,
ao lado do altar.
Manustérgio: Vem da palavra latina “ manus”, que quer dizer “mao”.
E para enxugar as mãos do Presidente, no ofertório.
Acompanha as galhetas.
Missal: É um livro grosso que tem orito da Missa, menos as
Leituras, que estão num outro livro chamado
Lecionário. Nosso Missal é o "Romano", porque é
aprovado pelo Papa, que tem sua sede em Roma,
embora a Missa seja na língua pátria.
Crucifixo: Sobre o altar ou acima dele deve haver um crucifixo,
para lembrar que a Ceia do Senhor é inseparável do seu
Sacrifício Redentor. Na Ceia, Jesus deu aos discípulos
o "Sangue da Aliança, que ia ser derramado por muitos
para o perdão dos pecados" (Cf. Mt 26,28).
Velas: Sobre o altar vão duas velas. A chama da vela é o sím-
bolo da fé, que recebemos de Jesus, "Luz do Mundo”,
no Batismo e na Crisma. É um sinal de que a Missa só
tem sentido para quem vive a fé.
Flores: Em dias festivos, podem-se colocar flores. O certo não
é "sobre" o altar, mas ao lado dele, pois o altar não é
para pôr "coisas.
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ALGUMAS OBSERVAÇÕES
Dissemos que não se deve pôr muita coisa sobre o altar, sobretudo
quando são objetos grosseiros e pesados. O que fica bem é a
decoração com motivos litúrgicos, como o trigo e a uva, ou o pão e
o vinho, além das velas e o crucifixo. Lembramos também que as
flores são permitidas somente nos dias festivos. Na Quaresma não se
podem colocar flores. No Advento podem-se colocar, mas com
moderação, "para não se antecipar a alegria do Natal”.
Dos objetos mencionados para a Celebração Eucarística nem
todos são necessários. É claro que não pode haver Missa sem pão
ou sem vinho. Também o Missal é necessário, a não ser que o padre
saiba tudo de cor.
TESTE
31
1 - Patena; 2 - corporal: 3 - Pala
33
08. O SINAL DA CRUZ
34
MISSA, A CEIA DE JESUS
35
Esse "sinal" lembra o nosso Batismo, quando o padre nos chamou
cada um pelo nome e nos disse: "Nós te recebemos com grande
alegria na comunidade cristã. Nosso sinal é a cruz de Cristo. Porisso,
eu, teus pais e padrinhos, te marcamos agora com o sinal do Cristo
Salvador!". Em seguida faz o sinal da cruz na fronte do batizando.
Precisamos fazer corretamente o sinal da cruz. É uma coisa muito
significativa. Quer dizer que nós colocamos a nossa vida debaixo da
proteção de Deus e passamos a agir com o poder do Pai, do Filho e
do Espírito Santo. Há gente que faz o sinal da cruz com um sentido
de magia e superstição. Nem fazem direito a cruz; fazem uma
caricatura, como se estivessem espantando moscas. Às vezes o
fazem com vergonha de serem vistos.
Lembramos que não é preciso beijar a ponta da mão nem fazer o
sinal da cruz na hora de comungar, ou quando se faz a genuflexão.
Se vivermos bem o sentido do sinal da cruz, começamos a ser mais
santos.
TESTE
36
09. ACOLHIDA E SAUDAÇÃO
37
SAUDAR: UM GESTO HUMANO
38
grande. É de inspiração divina. Infelizmente, muita gente fica calada
e não responde a essa belíssima saudação. Se uma pessoa nos disser
"bom dia" e a gente não responder, a pessoa pode até sentir-se
ofendida. É uma falta de educação primária.
A mesma coisa a gente diria a respeito da saudação litúrgica,
quando o Presidente da Celebração nos acolhe na casa de Deus,
dizendo-nos: "A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai
e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco!" Não podemos
deixar de responder aquela belíssima frase: "Bendito seja Deus que
nos reuniu no amor de Cristo!"
Às vezes, o Presidente da Celebração “cria” uma saudação
diferente daquela que está no Missal. Ele pode saudar a Assembléia
com palavras suas, adequadas às circunstâncias. Por exemplo:
“Meus irmãos e minhas irmãs,
sejam bem-vindos à casa de Deus para esta Missa!
Nós os acolhemos com alegria
e lhes desejamos o amor do Pai,
a Salvação trazida por Jesus
e a paz do Espírito Santo!”
Mesmo que o padre nos saúde com outras palavras, a resposta
nossa é sempre a mesma. E ela nos lembra que a Missa é uma
Assembléia diferente de todas as outras reuniões: é a reunião dos
filhos e filhas de Deus no amor de Jesus Cristo. Estamos incorporados
ao Cristo, como povo em oração, vivendo uma hora especial da graça
de Deus.
TESTE
1. Qual nossa resposta à saudação do sacerdote?
2. Que significa não responder a uma saudação?
3. Você responde à saudação na Missa?
4. Dê alguns exemplos de saudações bíblicas.
5. Que quer dizer "Shalom'?
6. Você saúda os outros nas ruas e praças?
7. À Missa é diferente de outra reunião? No quê?
8. O padre pode variar a saudação inicial?
LEITURA BÍBLICA: Lc 10, 1-16
39
10. ATO PENITENCIAL
A CONVERSÃO DE VIDA
40
|
O Ato Penitencial não é mera formalidade ou rito externo. Na
oração falamos com Deus, que vê até os nossos pensamentos. Nosso
arrependimento deve ser sincero. É um pedido de perdão que parte
do coração, com um sentido de mudança de vida, como o profeta
Davi, que assim falou a Deus:
"Tem piedade de mim, ó Deus, por teu amor!
Apaga minhas transgressões, por tua compaixão! Ra
Lava-me inteiro da minha iniquidade e er
e puritica-me do meu pecado! 2 a fel
Pois reconheço minhas transgressões EN CARS
e diante de mim está sempre o meu pecado. “O São Caro
Pequei contra ti, contra ti somente, INFIST, A
pratiquei o que é mau a teus olhos” (5/1 51 ou 50, 3-6).
Há um ditado que diz: "Errar é humano; reconhecer o erro é próprio
do santo; permanecer no erro é diabólico". Se soubermos aproveitar
desse momento da graça, que é o Ato Penitencial, sairemos da igreja
melhores do que entramos. Os hebreus, quando se dirigiam para o
Templo de Jerusalém em caravanas, cantando Salmos, assim diziam:
“Felizes aqueles que escolheis, Senhor,
e acolheis para habitar em vossos átrios!
Queremos saciar-nos dos bens de vossa casa,
da santidade do vosso Templo" (Sl 65 ou 64,5).
Ora, em nossas igrejas mora Alguém que é maior que o Templo de
Jerusalém: é o próprio Deus vivo, na Eucaristia. Não estamos apenas
na casa do Senhor, mas com o Senhor da casa. Assim como limpamos
os pés no capacho junto à porta, precisamos pedir que Jesus purifi-
que o nosso coração, para termos parte com Ele, que é o "Santo dos
Santos".
Muita gente pensa que o seu pecado é tão somente uma ofensa a
Deus, ou então é uma questão pessoal, consigo mesmo, sem ter nada
a ver com ninguém. Não é verdade. Todo pecado tem uma dimensão
social. Sempre afeta alguém: ou a esposa, ou o marido, ou os filhos,
ou os vizinhos, ou outras pessoas distantes que a gente nem conhece.
O pecado fere o Projeto de Amor do Criador, que nos pede uma
q1
verdadeira e permanente comunhão, não só com Deus, mas com
todas as pessoas, que são “imagem e semelhança de Deus". São João
escreve: "Se alguém disser que ama a Deus, mas odeia o seu irmão,
é um mentiroso. Pois, quem não ama o seu irmão a quem vê, não
pode amar a Deus a quem não vê" (1 Jo 4,20).
Portanto, a nossa reconciliação é com Deus e com nossos irmãos
É o próprio Jesus quem nos fala: “Se estás diante do altar para
apresentar a tua oferta e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma
coisa contra ti, deixa tua oferta lá diante do altar. Vai primeiro recon-
ciliar-te com teu irmão, depois volta para apresentares tua oferta
(Mt 5, 23-24).
TESTE
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41. GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS!
HINO DE LOUVOR
43
Na Bíblia Sagrada lemos esta recomendação: "Sob a inspiração da
graça, cantai a Deus de todo o coração: salmos, hinos e cânticos
espirituais" (CI 3,16b). O "Glória" é um hino de louvor dos mais antigos.
Vem desde os primeiros cristãos. Certamente foi inspirado no canto
dos anjos que louvaram a Deus no nascimento de Jesus em Belém:
"Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens por
Ele amados" (Lc 2,14).
44
QUANDO SE DIZ O "GLÓRIA"?
TESTE
45
12. A ORAÇÃO "COLETA"
46
presentes. Veja, por exemplo, esta Coleta do Segundo Domingo do
Tempo Comum:
“Deus eterno e todo-poderoso,
que governais os céus e a terra,
escutai com bondade as preces do vosso povo,
e dai ao nosso tempo a vossa paz...
A "Coleta" é rezada de pé e vem logo após o "Glória" (ou após o
Ato Penitencial, nas Missas simples em que não há o Glória). Além da
Coleta, existem mais duas orações oficiais na Missa, proferidas pelo
Presidente, sem falar da Oração Eucarística, que é toda de
competência daquele que preside a Celebração. As outras duas
orações são: a Oração Sobre as Ofertas, no Ofertório, e a Oração
Depois da Comunhão. O Missal Romano diz: "O sacerdote, presidindo
a comunidade como representante de Cristo, dirige a Deus estas
orações em nome de todo o povo santo e de todos os circunstantes”.
Por isso se chamam "orações presidenciais”.
Essas orações proferidas pelo Presidente da Celebração têm três
partes: invocação, pedido e conclusão. Vejamos, por exemplo, como
aparecem distintamente essas três partes nesta Coleta do Segundo
Domingo depois do Natal:
“Deus eterno e todo-poderoso,
esplendor dos vossos fiéis,
irradiai por todo o mundo a vossa glória
e manifestai-vos a todos os povos,
no fulgor de vossa luz!
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo".
Nas duas primeiras linhas está a invocação; nas três do meio, o
pedido; e nas duas finais, a conclusão. As orações são dirigidas ao
Pai em nome de Jesus (que é o nosso MEDIADOR), na unidade do
Espírito Santo.
A MISSA E A VIDA
Estamos falando de uma oração da Missa, que é a Coleta. Mas a
Missa toda é uma grande oração: a oração de Jesus e de sua Igreja,
pois “a Igreja é o Corpo de Cristo que preenche todo o universo"
(Cf.Ef1, 22-23).
47
O certo é irmos à Igreja um pouco antes de a Missa começar, para
nos colocarmos em clima de oração. Dificilmente consegue orar
quem chega atrasado e se põe junto à porta de entrada, de onde fica
"espiando" a Missa. Quando Deus passou pela tenda de Abraão em
Mambré, sob a aparência de homem, disse a Abraão que ele iria ter
um filho dentro de um ano. Abraão levou a sério, mas Sara não
acreditou. Achou gozado e acabou rindo, porque ela estava mais
distante da presença de Deus. Ficou ouvindo a conversa e espiando
por detrás da cortina da tenda. Então Deus a repreendeu
(Cf. Gn 18, 9-15).
Na verdade, pouca gente sabe orar. Muitos nem dão condições
para que Deus lhes fale. E o mais importante na oração não é o que
dizemos a Deus, mas o que Deus tem a nos falar. A oração não é para
que Deus faça a nossa vontade, mas para que nós façamos a vontade
de Deus. O Padre Fulgêncio Piacentini, CP, costuma dizer que, para
ser cristão, a gente precisa "fazer o que Deus quer e querer o que
Deus faz".
TESTE
48
13. LITURGIA DA PALAVRA
49
ANTES E DEPOIS DO CONCÍLIO
A PALAVRA DE DEUS E A FE
50
para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça.
Por ela o homem de Deus se torna perfeito e capacitado para toda
boa obra” (2 Tm 3, 14-17).
São Gregório diz que "a Bíblia é a carta de amor de nosso Pai, &
nós a deixamos fechada no envelope". O próprio Jesus nos fala esta
famosa frase: "Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra
que sai da boca de Deus" (Mt 4,4). Ele diz também que suas palavras
não são apenas palavras como as nossas, mas são "espírito e vida”
(Cf. Jo 6,63).
TESTE
51
14. PRIMEIRA LEITURA E SALMO
Jesus mesmo nos fala que veio, não para abolir o Antigo Testamen-
to mas para cumpri-lo. Ele disse: "Não julgueis que vim abolir a Lei ou
os Profetas. Não vim para abolir mas para cumpri-los plenamente
(Mt5,17). Por isso, os evangelistas, ao narrarem os fatos da vida de
Jesus, lembram que aquilo aconteceu para se cumprir o que estava
predito. Vejam, por exemplo, João, quando escreve que os soldados
dividiram entre si as vestes de Jesus e sobre a sua túnica lançaram
sorte. Ele observa que isto aconteceu para se cumprir o que O
Salmista havia profetizado no Salmo 21 ou 22,19 (Cf. Jo 19, 23-24).
À respeito do cumprimento das profecias sobre Jesus, o famoso
orador Bossuet diz o seguinte: "Os judeus crucificaram Jesus porque
Ele se apresentava como Filho de Deus. E foi matando-O que real-
mente provaram que Jesus era o Messias, pois também Sua morte
estava profetizada tal qual aconteceu”.
O próprio Jesus nos fala que nele se cumpriu o que foi predito pelos
Profetas a respeito do Messias. Naquela tarde, a caminho de Emaús,
quando os dois peregrinos manifestavam dúvidas sobre a
Ressurreição do Senhor, Jesus se pôs a caminhar com eles e foi
dizendo-lhes: "Ô homens sem inteligência! Como sois tardos de
coração para crer tudo o que anunciaram os Profetas! Não era preciso
que o Cristo sofresse tudo isso e entrasse na sua Glória? E,
começando por Moisés, percorreu todos os Profetas, explicando-lhes
O que se achava dito em todas as Escrituras a seu respeito”
(Lc 24, 25-27).
53
O SALMO RESPONSORIAL
TESTE
54
15. SEGUNDA LEITURA E ACLAMAÇÃO
OS LIVROS DA BÍBLIA
55
"Segunda Leitura". No Encontro anterior dissemos que a Primeira
Leitura, em geral, é tirada do Antigo Testamento. Agora dizemos que
a Segunda Leitura, também em geral, é tirada das Cartas. Dissemos
“em geral”, porque há exceções. Às vezes, a Primeira Leitura é de
outro Livro, como dos Atos, por exemplo; e a Segunda Leitura também
pode ser dos Atos, do Apocalipse ou de outro Livro. Alguns chamam
a Segunda Leitura de "Leitura do Apóstolo”, porque, seja das Cartas
ou dos Atos ou do Apocalipse, é sempre escrita por um Apóstolo.
À Liturgia da Palavra é uma verdadeira "Escola Bíblica”, porque, no
decorrer do ano, nos dá uma visão da História da Salvação, recordan-
do quase toda a Bíblia.
56
por ele. O nome da Carta é tirado do autor ou do destinatário da
mesma. Por exemplo: Carta de Tiago e Carta aos Romanos. E, quando
ouvimos a "Carta", ela é para nós e não para os romanos.
O Apocalipse é o último Livro da Bíblia. Foi escrito por Joao, o
Evangelista, por volta do ano 100, quando ele estava exilado na ilha
de Patmos. “Apocalipse” é uma palavra grega. Quer dizer 'revelação”.
É um livro profético. Convida os cristãos a estarem preparados para
o regresso de Jesus que deve ser breve. É uma verdadeira “carta de
encorajamento". Fol escrita para que os cristãos permanecessem fiéis
a Jesus e à sua Igreja no meio das provações, pois estavam sendo
perseguidos, especialmente pelos pagãos.
CANTO DE ACLAMAÇÃO
TESTE
57
16. O EVANGELHO
1)
Assim deve ser ainda hoje, quando se proclama a Boa Nova em
nossas Missas. Toda a Assembléia está de pé, numa atitude de
expectativa para ouvir a Mensagem. E o padre ou o diácono proclama
o Evangelho, junto da estante, num lugar mais elevado, para ser visto
e ouvido claramente por todos.
Essa Palavra, solenemente anunciada, nao pode estar “dividida
com nada: com nenhum barulho, com nenhuma distração, com ne-
nhuma preocupação. É como se Jesus, em Pessoa, se colocasse
diante de nós para nos falar daquilo que mais nos interessa. À Palavra
do Senhor é luz para nossa inteligência, paz para nosso espírito e
alegria para nosso coração. Por isso, essa Palavra do Evangelho deve
ser esperada com fé e alegria. O Canto de Aclamação é uma espécie
de “aplausos” para o Senhor que vai nos falar, Em ambientes devida-
mente conscientizados até se costuma bater palma nessa hora da
Aclamação.
59
OS QUATRO EVANGELHOS
TESTE
60
17. HOMILIA
Amadeu começou a sentir algumas dores pelo
corpo e muito desânimo. Procurou o médico e contou
tudo. O médico pegou um papel e foi ouvindo e escreven-
do ao mesmo tempo. Acabada a consulta, o médico
mandou fazer uma porção de exames no laboratório e
tomar outros tantos remédios.
Na hora Amadeu parece que tinha entendido tudo
Mas, em casa, pegou a receita, leu, releu, e acabou sem
saber que exames fazer e que remédios tomar. A! ficou
com vontade de jogar a tal receita no lundo da gaveta e
esquecer lá. Mas, pensando bem, resolveu ir até a
farmácia para decifrar aquela escrita complicada. O
farmacêutico foi lendo e explicando cada coisa. Era tudo
muito fácil.
Assim pe acontecer a muita gente que tem a Bíblia
nas mãos; lê, mas não entende. Ou acaba guardando o
Livro Sagrado numa estante para nunca mais pegá-lo; ou
pede uma explicação a quem entende, e põe em prática.
uma questão de vida ou morte, como o remédio
receitado.
A ORDEM DE JESUS
51
a parte. O Senhor cooperava e lhes confirmava a palavra com sinais
(Mc 16, 19-20).
Como se vê, a Igreja recebeu pessoalmente de Jesus, de viva voz
a missão de evangelizar os povos. E, desde aquele dia até hoje, ela
vem realizando essa missão. Os bispos são os responsáveis direlos
pela continuidade da obra missionária de Jesus, Com eles trabalham
os padres e os cristãos leigos engajados na pastoral, E Jesus tem
dado prova de que caminha com a Igreja e a sustenta com seuy poder
divino, pois, se ela estivesse por conta somente dos homens, já se
teria acabado hã muito tempo, como todos os reinos do tempo de
Jesus.
FILIPE EXPLICA
62
A homilia é isso: a Interpretação de uma profecia ou a explicação
de um texto bíblico. É difícil entender hoje aquilo que foi dito há muitos
séculos. Cada época tem seus costumes e sua linguagem. No tempo
de Jesus, a mentalidade era outra. E a língua também. Para entender-
mos o que foi dito por Ele, precisamos estudar os costumes e a lingua
daquela época. E só Isso não basta. A Bíblia não é um Livro de
sabedoria humana, mas de Inspiração divina. Precisamos da graça de
Deus. Quem taz a homilia fala oficialmente em nome da Igreja, movido
pelo Espírito Santo, como foi o diácono Filipe.
O sacerdote é esse "homem de Deus". Na homilia, ele “atualiza O
que foi dito há dois mil anos. Diz o que Deus está querendo “hoje com
aquela mensagem proclamada àquela comunidade ali presente. E os
fiéis não devem levar em conta a pessoa do padre, em si, com seus
defeitos, mas o próprio Cristo, que disse a seus discípulos: Quem vos
ouve, a mim ouve; quem vos rejeita, a mim rejeita” (Cf. Lc 10,16).
Nota: O Presidente da celebração Eucarística sempre deve fazer a
homilia, mesmo que seja numa Missa simples. E, durante a homilia, a
Assembléia fica sentada.
TESTE
63
18. PROFISSÃO DE FE
O SÍMBOLO APOSTÓLICO
E
O primeiro vem do tempo dos Apóstolos. Por isso se chama
“Simbolo dos Apóstolos". É um resumo das verdades de fé protessada
pelos primeiros cristãos É também o mais curto e mais recitado nas
Missas. Vamos recordá-lo:
Creio em Deus Pai todo-poderoso,
criador do céu e da terra;
e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado;
desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os morios.
Creio no Espirito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne,
na vida eterna.
Amém!
SÍMBOLO NICENO-CONSTANTINOPOLITANO
56
Símbolo dos Apóstolos, ele é uma sintese das verdades fundamentais
da fé, para manter os cristãos unidos, na medida em que foram se
espalhando pelo mundo. É bom recitarmos sempre o “Creto”, mesmo
fora da Missa, pois ele tem o poder de alugentar O Maligno, assim
como o “Sinal da Cruz”, feito com tê.
Hoje há seitas religiosas modernas que, como o arianismo, afirmam
que Jesus não é Deus. Para as Testemunhas de Jeová, por exemplo,
Jesus é o “Primogênito das Criaturas", mas não é Deus. Ele é criatura
e não Criador. É um homem privilegiado pelo Pai, mas não é Deus
como o Pai.
Tal heresia se basela nesta frase de Jesus: "O Pai é maior que eu”
(Jo 14,28b). Mas é preciso entender que Jesus disse isso como
Homem, na condição de 'servo' de Deus, pondo-se a serviço de nossa
salvação.
Não podemos ficar com uma frase isolada. Temos que ver todo 0
contexto bíblico. Em outros lugares Jesus afirmou que é Deus como
o Pal. Por exemplo: “Eu e o Pai somos UM" (Jo 10,30). Disse também:
Pal, glorifica-me junto de ti, com aquela glória que eu tinha contigo
antes que o mundo existisse" (Jo 17,5).
Negar a divindade de Cristo é erro grave, pois, se Ele não é Deus,
não pode nos salvar. Só Deus salva.
TESTE
67
19. CRER NA IGREJA
O CAMINHO DA DESCRENÇA
ro
Ciências a Igreja pode errar como qualquer outra empresa humana.
A assistência do Espírito Santo é para que a Igreja não erre emassunto
de fé.
Não podemos rejeitar a Igreja por causa dos pecados pessoais de
seus membros. Isso não nega que a Igreja seja divina. Pelo contrário:
prova que ela é sustentada por Deus e não pelos homens, pois se
fosse pelos homens já teria pifado há muito tempo. Quando os judeus
queriam matar os Apóstolos por darem testemunho de Jesus,
Gamaliel achou melhor não matá-los. Ele disse que, se a Igreja fosse
uma obra de Deus, não adiantaria combalê-la; e se fosse obra dos
homens, ela se acabaria por si mesma. (Cf. At 5, 34-42). Pois bem, aí
está a Igreja, atravessando já vinte séculos!
TESTE
71
20. ORAÇÃO DOS FIÉIS
AS PRINCIPAIS INTENÇÕES
72
coletiva E fazemos essas orações confiando em Jesus, que disse
“Pedi e recebereis, buscai e encontrareis, batei e a poria se abrira
Porque todo o que pede, recebe, o que busca, encontra, e a quem
bate se abrirá" (Mt 7,7-8).
Essa Oração dos Fiéis é também chamada "Oração Universal”, ou
mesmo, como dizem alguns, 'Preces da Comunidade”. O Missal
Romano, falando sobre a Oração dos Fiéis, diz o seguinte: 'Na Oração
Universal ou oração dos fiéis, exercendo a sua função sacerdotal, O
povo suplica por todos os homens. Convém que, normalmente, se
faça esta oração nas Missas como povo, de tal sorte que se reze pelas
seguintes intenções:
- pelas necessidades da Igreja;
- pelos poderes públicos e pela salvação de todo o mundo;
- pelos que sofrem qualquer necessidade,
- pela comunidade local.
LITURGIA E VIDA
73
REZAR JUNTOS
TESTE
74
214. LITURGIA EUCARÍSTICA
CEIA E SACRIFÍCIO
75
cal; e. como Sacrifício, renova o ato redentor de Cristo na Cruz. Pois
na Ceia, Jesus deu aos discípulos 0 seu sanque que ia ser "derramado
pela redenção da humanidade. Dai a Íntima ligação da Eucaristia com
o Sacrifício de Jesus, A Missa, porém, mesmo como Sacriticio, não
tem aquele sentido de “morte”, próprio dos sacrifícios dos pagãos Ela
é o Sacrifício de louvor' do Cristo Ressuscitado que venceu a morte
Graças a Deus, hoje temos a “Missa Comunitária”. Ela é para todos.
Ninguém pode ficar “dono” da Missa, Não pode querer que ela seja
só para si ou só para um determinado falecido. O Sacrifício redentor
de Cristo é universal. Destina-se a toda a humanidade. E não é coma
um bolo que, sendo repartido para muitos, reduz o tamanho da fatia
O valor da Missa é espiritual, infinito para todos.
ASSEMBLÉIA CELEBRATIVA
76
a toda a nossa vida, assim como em todos os dias da semana
devemos estar vivendo a nossa Missa, Liturgia não êsóro e palavras
é sobretudo “vida”.
TESTE
77
22. PROCISSÃO DAS OFERENDAS
78
No Início da Missa o Presidente com os Ministros ficam nas
cadeiras em frente do altar. Eles não vão para o altar porque este
representa a mesa da Cela, que começa propriamente na Liturgia
Eucarística. Mas, terminada a Oração dos Fiéis, o Presidente e os
Ministros vão para o altar a fim de prepararem as oferendas
To
senti á
pipa educativo. É um gesto espontâneo e consciente, bem
ngeénco, que deve representar nosso desapego e nossa libertação
Assim está na Biblia: “Cada um dé com liberdade de coração, sem
constrangimento, pois Deus ama a quem dá com alegria (2 Cor97)
Se nossa oferta não for sinalde amor e gratidão, é melhor não darmos
nada. Olhe o que o Senhor nos fala através do Proleta Malaquias:
Quando ofereceis em sacrifício um anima! cego, não é isto um
mal? E quando trazeis um animal coxo ou doente, isto não é mai?
Vamos, oferecei-o ao vosso governador para ver se ele ficará con-
tente convosco e vos dará, de bom grado, a recompensa!” (MI 1,8)
Outra condição para Deus aceitar a nossa oferia é que estejamos
em paz com nossos irmãos. A [é não pede apenas a minha comunhão
com Deus, mas também com os irmãos. Jesus disse:
“Se ao apresentares a tua oferenda ao altar, aí te lembrares de que
teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa aí a tua oferta diante do
altar e vai primeiro reconciliar-le com teu irmão. Depois vem e
apresenta a tua oferenda” (Mt 5, 23-24).
TESTE
si
O President “ta Celebração recebe as ofertas da comunidade e as
apresenta a Deu: Um povo de fé não traz apenas pão e vinho mas
no pão e no vinho, oferece a sua vida Um dia o pão foi uma semente
que 0 lavrador semeou na terra e cultivou com amor e esperança.
Depois colheu com alegria o fruto de seu trabalho e o colocou sobre
o altar, Deus pega nossa olerta e a transforma em “pão da vida e vinho
da salvação”.
52
desce de
O povo pensa que a bênção é sempre alguma coisa que
ão
Deus para os homens. Mas não é só Isso. No sentido bíblico, à bênç
de
pode subir dos homens para Deus, em forma de louvores e ação
graças. Abençoar é bendizer. Então o homem bendiz ou abençoa à
Deus, porque em vão seria o seu trabalho de semear e cultivar a terra.
se Deus não fizesse a semente nascer e a planta crescer.
Nós bendizemos a Deus nessa hora, não só porque Ele fez cair a
chuva e produzir trigo e uva, mas, sobretudo, porque Ele faz o milagre
de mudar o nosso pão e o nosso vinho no Corpo e no Sangue do
Senhor. Nós bendizemos a Deus porque o pão comum que
oferecemos val se tornar para nós o “Pão da Vida”, e o vinho vai se
tornar “Vinho da Salvação”. Essa é a grande dádiva: nós recebemos
incomparavelmente mais do que aquilo que oterecemos. Por isso
bendizemos.
Nota: O vinho deve ser puro, de uva. E as hóstias também devem
ser de trigo puro, não fermentado. Antes da consagração, as hóslias
são simplesmente pão, como qualquer outro pao sem mistura.
O cálice com vinho e a âmbula com as hóstias para a comunidade
ficam sobre o corporal, no centro do altar, junto da hóstia grande do
Presidente, que é colocada sobre a patena.
TESTE
83
24. ÚLTIMAS ORAÇÕES DO OFERTÓRIO
Adão e Eva tiveram muitos filhos e filhas. À Biblia
menciona especialmente dois: Caim e Abel, pela seguinte
razão: o primeiro representa o mal, O segundo representa
o bem,
Caim era agricultor e Abel era pastor de ovelhas.
Certo dia eles ofereceram sacrifícios a Deus. Abe!
ofereceu uma ovelha e Caim ofereceu frutas. Deus aceitou
o sacrifício de Abel e ndo aceitou o de Caim, certamente
porque Abel ofereceu a ovelha com alegria e Caim
ofereceu suas frutas com má vontade. Porisso, Caimlicou
revoltado. O seu coração se encheu de ciime e de ódio
contra seu irmão. Tanto é que um dia ele acabou malando
Abel com uma paulada.
84
“De coração contrito e humilde, sejamos, Senhor, acolhidos por vos,
e seja o nosso sacrifício de tal modo oferecido que vos agrade,
Senhor, nosso Deus!" Essa oração é tirada do Livro de Daniel. Depor-
tado para Babilônia, o Povo de Israel estava longe do Templo e não
podia oferecer a Deus os sacrifícios de cordeiros e bois. Então Azarias
fez essa bela oração, oferecendo a Deus o seu sacrifício espiritual.
TESTE
87
O PREFÁCIO
O "SANTO"
SR
nas Missas dominicais e recitado nas Missas simples do meio da
semana,
O "Santo" é tirado do profeta Isalas (6,3), o qual teve a seguinte
visão: Serafins, no Templo, aclamavam em alta voz: "Santo, Santo,
Santo é o Senhor Deus dos exércitos! Toda a terra está cheia de sua
glória!” A repetição, dizendo três vezes “Santo”, é um reforço de
expressão para significar o máximo de santidade. É como se dissesse
que Deus é “Santíssimo”.
O que o profeta Isaías deixa bem claro, nessa passagem, é que ele
é um homem de lábios impuros, indigno de falar em nome de Deus,
e que, no entanto. viu a glória do Senhor no templo. Por isso estava
atemorizado e dizia: “Ai de mim, estou perdido!” Então veio um anjo
e purificou os seus lábios com uma brasa viva. Esta passagem & uma
lição para nós, que participamos da Eucaristia. Também nós somos
pecadores, de lábios impuros, e estamos nos preparando para
receber o Corpo do Senhor em nossa boca. Não nos esqueçamos de
que Deus é “três vezes Santo”, isto é, Santíssimo, Senhor do céu e da
terra, e que em seu nome vem a nós o Cristo, a quem devemos
bendizer: “Bendito o que vem em nome do Senhor!"
TESTE
B9
26. CONSAGRAÇÃO DO PÃO E DO VINHO
ASSIM É NA CONSAGRAÇÃO
80
estivesse pessoalmente presidindo a Celebração. Tanto é que o padre
diz “Isto é o meu corpo, e aquele pão não se torna o corpo do padre,
mas o Corpo de Cristo. Porque ele celebra por ordem Jesus. que
disse: “Fazei isto em memória de mim" (CI. Lc 22,15).
ORAÇÃO EUCARÍSTICA
91
inclinação de cabeça no momento em que o Presidente eleva a hóstia
e o cálice. O texto escrito com letras malúsculas constitui propria-
mente a Consagração. Aí é que o pão e o vinho se mudam no Corpo
e no Sangue do Senhor. Nessa hora deve haver silêncio total. Nada
de “fundo musical”. As palavras da Consagração não podem ficar
divididas com nada,
"FAZELISTO!"
TESTE
93
DIANTE DA NATUREZA
A PRESENÇA DO MISTÉRIO
sq
RT
aceitam o Mistério, outros só “acreditam” no que estão vendo com os
não
olhos e apalpando com as mãos, como Tomé. Por isso, a Missa
diz nada para algumas pessoas. E tais pessoas saem da igreja dizen-
do: “Acho a Missa uma colsa tão vazia, tão chocha'
O fato é que estamos diante do Mistério de Deus. E o Mistério so é
aceito por quem crê. À presença real de Jesus no Pão e no Vinho
consagrados é o Mistério dos mistérios. O Presidente da Celebração
oapresenta à Assembléia à manelra de um desafio à té: 'Eis o Mistério
da fá!”
Há um canto eucarístico muito bonito, que se intitula Deus de
Amor, O qual diz assim:
"No Calvário se escondia tua divindade,
mas aqui também se esconde tua humanidade:
creio em ambas e peço, como a bom ladrão,
no teu reino, eternamente, tua salvação!”
Essa é a verdade: na Cruz se via a divindade de Jesus, mas se via
a sua humanidade. Na Eucaristia, porém, não se vê nem a divindade
nem a humanidade do Senhor, mas apenas as aparências do pão e
do vinho, que por milagre são o Corpo e o Sangue de Jesus.
TESTE
85
28. CEIA EUCARÍSTICA: SUA ORIGEM
26
na lua cheia da primeira semana da Primavera, no hemistério Norte).
Isto em cumprimento de uma ordem que Deus havia dado, nodeseno
do Sinai, no segundo ano da saída do Egito, no primeiro mês”. Assim
falou o Senhor a Moisés: "Celebrem os filhos de Israel a Páscoa, no
tempo determinado. No dia catorze deste mês, no crepúsculo
(Cf. Nm 9, 1-5).
E foi dentro dessa Ceia Pascal Hebraica que teve origem a Ceia
Eucarística, celebrada por Jesus com os Apóstolos. Por isso, vamos
ver resumidamente como era (e é até hoje) a Ceia Pascal dos judeus.
E uma Ceia suculenta, muito mais que a nossa Ceia de Natal. Sua
celebração atravessa a noite. Termina ao surgir a primeira estrela da
manhã. Dela participa toda a família, incluindo as crianças. Não é uma
Ceia feita simplesmente de comida e bebida. Nela, toda a História da
Salvação é recordada e vivida, de pai para filho,
97
dos libertados daquela noite, pols, se não fizer assim, quer dizer que
ainda continua escravo. E uma história viva, Inacabada, que passa
pelos judeus de hoje e para seus filhos como coisa do presente e não
de um passado que se foi.
Um dos momentos bastante significativos da Ceia Hebraica é 3
queima do pão velho. O chefe da família, que preside o riual da Ceia,
percorre todas as partes da casa com uma vela acesa na mão,
bendizendo a Deus e queimando todo resto de pão fermentado que
encontrar. Ele diz: "Senhor, se houver alguma coisa escondida dentro
de mim, que ainda não encontrei ou que eu ignore, faça-a desaparecer
de meu interior". Porque comer do pão velho significa voltar a ter parie
na escravidão do Egito.
A CEIA EUCARÍSTICA
98
realizar
salvação” (Cf. Jo 6,35-69). E, quando se aproximava a hora de
promessa, Ele mandou Pedro e João prepararem a sala, no
a sua
“andar superior, para a Cela, dizendo-lhes: "Eu desejei ardentemente
comer esta Páscoa convosco” (Lc 22,15).
Como se vê, a Ceia Pascal já existia antes de Cristo, Jesus lhe deu
um novo sentido, introduzindo nela a 'novidade' do seu Corpo e do
seu Sangue. A Ceia Pascal Hebralca deu lugar à Ceia Eucarística. Os
evangelistas não contam como era a Ceia Hebraica porque era
demais conhecida no seu tempo. Eles apenas escrevem o que foi
acrescentado por Jesus, isto é, a novidade do Corpo e do Sangue do
senhor.
Outra coisa: assim como a Páscoa dos judeus unia passado,
presente e futuro, também a Eucaristia tem essas três dimensões. Pois
recorda o que Jesus fez e o torna presente sobre o altar, enquanto
esperamos a sua vinda”.
Lembramos que "Eucaristia' não é sóo Pao e o Vinho consagrados,
mas toda a Celebração ou Missa.
TESTE
99
29. EUCARISTIA: DOS APÓSTOLOS ATÉ NÓS
100
Fiéis: porque era feita pelos batizados, não pelos catecumenos. Era
101
vida e os milagres de Jesus, para que vissem com os olhos o que não
entendiam com os ouvidos. Passou-se da “escuta” da Palavra pata a
imaginação de cada um.
4. As orações particulares: foram colocadas orações no início da
Missa, ao pé do altar, e no final da Celebração, além das devoções
individuais. como o terço, as novenas e leituras piedosas. Com isso
o sentido Pascal da Eucaristia diminuiu, e cresceu o sentido sacrifical
nem sempre bem entendido,
5. Os altares laterais, sobre os quais cada sacerdote rezava
separadamente a sua Missa, fizeram desaparecer mais ainda o sen-
tido da Assembléia na Eucaristia. O coroinha passou a fazer a vez da
Assembléia.
6. Em 1415, o Concllio de Constança definiu que a Comunhão
eucarística fosse dada somente sob a espécie do pão e não do vinho,
o que velo empobrecer o sentido dos "sinals" sacramentais.
7. Finalmente, o Conclio de Trento, realizado em 1542, quis dar
uma resposta aos problemas de seu tempo, considerando mais a
“validade” dos Sacramentos do que o sentido dos “sinais' sacramen-
tais, muito importantes para a Igreja Primitiva. Com isso, a Eucaristia
perdeu bastante de sua vitalidade. Aquele sentido original de
“experiência de Cristo Ressuscitado" deu lugar a um rito muitas vezes
frio e formalístico, com mais sabor de sacrifício do que de exultante
Ação de Graças.
Não queremos desprezaras Missas daquele tempo, nem dizer que
aquele povo não era pledoso. Cada época tem suas virtudes e suas
falhas. Nós também temos as nossas. Estamos apenas olhando
historicamente e vendo como a poeira do tempo apagou aquele brilho
original da Eucaristia, a fim de resgatarmos o que foi perdido.
RENOVAÇÃO DA LITURGIA
102
1. Tirou as coisas secundárias, introduzidas no decorrer dos
séculos. como as orações ao pé do altar, o último Evangelho e as
Ave-Marias no final da Missa.
2. Recuperou a participação da Assembléia, fazendo a Missa na
lingua de cada país, como padrede frente para a comunidade, tirando
os altares laterais, valorizando o altar central e as Missas con
celebradas.
3. Resgatou alguns sinals, como a Comunhão sob as duas espécies
em circunstâncias especiais. (Nas comunidades Neocatecumenais,
todos comungam o Pão e o Vinho).
4. Deu mais importância à Celebração Eucarística do que à Bênção
com o Santíssimo e orações diante do sacrário.
5. Igualmente insistiu na Comunhão dentro da Missa, deixando a
comunhão fora da Missa para os doentes.
6. Resgatou o Abraço da Paz, embora não tenha ainda alcançado
o sentido original, porque os participantes da Missa não formam
verdadeira comunidade.
7. Introduziu a Oração dos Fiéis e procurou tirar da Missa as
devoções e orações paralelas, como o terço, as novenas e leituras
piedosas.
TESTE
103
30. ORAÇÕES PELA IGREJA
ASSIM É NA IGREJA
104
gloriosa e triunfante. Entre todos os membros dessa Igreja, que está
no céu e na terra, existe a intercomunicação da graça ou Comunhão
dos Santos. Uns oram pelos outros, pois somos todos irmaos,
membros da grande Familia de Deus.
105
PELOS FALECIDOS
TESTE
106
31. POR CRISTO, COM CRISTO...
Certa vez foi raptado o filho de um homem muito rico
Era um menino que o pai amava imensamente. Para aquele
pai, não tinha mais sentido a sua vida. Estava tudo
acadabo. Só havia um jeito de restituir-lhe a felicidade: a
volta de seu filho para casa.
Os sequestradores conheciam bem a siluação da-
quela família: a Imensa riqueza que o pai possuía e O
grande amor pelo filho. Então mandaram um recado
sigiloso ao pai do menino: "Dê-nos a quantia de duzentos
mil dólares e nós devolveremos o menino. Se não os der
dentro de 24 horas, o menino será morto”.
Nem precisaria dizer nada. O pai se virou e arrumou
os duzentos mil dólares rapidamente. E o menino foi res-
gatado com vida.
107
diz: "E Ele (Jesus) a pedra que vós, os construtores, rejeitastes e que
se tornou a pedra principal. Pois não há sob o céu outro nome dado
aos homens pelo qual devamos ser salvos" (At 4,11-12). Aliás,
queremos lembrar que a própria palavra "Jesus" quer dizer “Deus
salva”.
São Paulo fala de maneira clara sobre essa mediação de Jesus
entre nós e o Pal, Diz que pelo pecado de um só homem entrou no
mundo a morte, mas por meio de um só homem, Cristo, entrou a
Graça e, pela Graça, a Vida. Por um homem veio a escravidão, e por
um homem veio a liberdade. Por Isso, aqueles que com Cristo morrem
para o pecado, com Cristo ressuscitarão para a Vida. Assim como
pela desobediência de um só veio o pecado para todos, assim
também, pela obediência de um só, Cristo, veio a santidade para
todos (Cf. Rm 5, 17-19).
108
E Jesus não é nosso Mediador somente na cruz, mas em todo O
nosso relacionamento com Deus. Sem Ele, simplesmente não existe
salvação, como lemos em Atos 4,12: “Não há sob o céu outro nome
dado aos homens pelo qual devemos ser salvos”. É por meio de Jesus
que damos graças e louvores ao Pai. Ele é nosso Pontífice, isto ê a
nossa “ponte” entre o céu e a terra, como Ele mesmo disse: * Eu sou
o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por
mim” (Jo 14,6), Por isso encerramos a grande Oração Eucarística ou
Análora, proclamando solenemente: “Por Cristo, com Cristo e em
Cristo...”
Esse ato de louvor é dito de pé, sendo que o Presidente da
Celebração levanta a Hóstia e o cálice. E um louvor solene,
proclamado pelo Presidente. A participação da Assembléia estã no
“Amém!", que pode ser cantado. O Missal Romano mudou um pouco
a ordem das palavras. Agora é assim:
Presidente: Por Cristo, com Cristo e em Cristo,
a vós, Deus Pai todo-poderoso,
na unidade do Espírito Santo,
toda honra e toda a glória,
agora e para sempre!
Assembléia: Amém!
TESTE
108
E Jesus não é nosso Mediador somente na cruz, mas em todo |
nosso relacionamento com Deus. Sem Ele, simplesmente nao existe
salvação, como lemos em Atos 4,12: “Não há sob o ceu outro nome
dado aos homens pelo qual devemos ser salvos”. E pormelo de Jesus
que damos graças e louvores ao Pal. Ele é nosso Pontífice, isto é a
nossa “ponte” entre o céu e a terra, como Ele mesmo disse. " Eu sou
o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por
mim” (Jo 14,6). Por isso encerramos a grande Oração Eucarística ou
Anáfora, proclamando solenemente: “Por Cristo, com Unsto e em
Cristo...”
Esse ato de louvor é dito de pé, sendo que o Presidente da
Celebração levanta a Hóstia e o cálice. E um louvor solene,
proclamado pelo Presidente. A participação da Assembléia está no
“Amém!", que pode ser cantado. O Missal Romano mudou um pouco
a ordem das palavras. Agora é assim:
Presidente: Por Cristo, com Cristo e em Cristo,
a vós, Deus Pai todo-poderoso,
na unidade do Espírito Santo,
toda honra e toda a glória,
agora e para sempre!
Assembléia: Amém!
TESTE
109
32. PAI-NOSSO
tio
vosso Reino e não venha “a mim”: Digo o pão “nosso”, não o pão
“meu”. É Impossível alguém rezar o Pai-Nosso somente para si.
Portanto, para eu comungar o Corpo do Senhor na Eucaristia,
preciso estar em “comunhão” com meus Irmãos, que são os membros
do Corpo Místico de Cristo. No Pai-Nosso, Jesus nos ensinou a pedir:
“Yenha a nós o vosso Reino". Pois bem, o Reino de Deus é um Reino
de amor e de paz, de justiça e de perdão. Devemos afastar O egoismo
com todas as suas formas de manifestação: o orgulho, a vaidade, a
falsidade, a mentira, o ciúme, a discórdia, o Ódio, a vingança.
"DÍVIDAS" E OFENSAS
1
encher o estômago, mas de reunir a família e partilhar a vida. Se
alguém bate à porta nessa hora, é só lhe dizer: “Eles estão
almoçando”, e a visita volta mais tarde. A maior tristeza para os pais
é verem os filhos brigando nessa hora, comendo como gato e cachor-
ro, ou cada um no seu cantinho.
De maneira semelhante é a hora da Comunhão na Missa. Como
poderá cada um tomar a sua Hóstia e sair para o seu cantinho,
alimentando ciúme, inveja, mágoa, revolta e inimizade? Será que
existe um Deus para cada um. Não seria isto destruir o sentido da
Eucaristia, que é o "Pão da unidade fraterna”? Como poderá ser o
“alimento para a vida eterna"? Pois “nós passamos da morte para a
vida porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte
Todo aquele que odela seu irmão é homicida, e sabeis que nenhum
homicida possui dentro de sia vida eterna” (1 Jo 3, 14-15).
O Pai-Nosso é recitado de pé, com as mãos erguidas, na posição
de orante. Pode ser recitado ou cantado, mas sem alterar sua fórmula.
Conforme o costume, pode-se também rezá-lo dando-se as mãos.
TESTE
112
33. SAUDAÇÃO E FRAÇÃO DO PÃO
3
|
Depois do Pai-Nosso, o Presidente reza uma oração, pedindo a
Deus que nos livre de todos os males. Porque só quando estamos
libertos do mal é que podemos experimentar a paz e dara pa? Assim
como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem está em
comunhão com Deus é que pode comunicar a seus Irmãos a paz.
Antes da saudação, o Presidente recorda as palavras de Jesus
fazendo este diálogo com a Assembléia:
Presidente: Senhor Jesus Cristo,
dissestes aos vossos Apóstolos:
Eu vos deixo a paz,
eu vos dou a minha paz.
Não olheis Os nossos pecados,
mas a fé que anima a vossa Igreja;
dai-lhe, segundo o vosso desejo,
a paz e a unidade.
Vós, que sois Deus, com o Pai
e o Espírito Santo.
Assembléia: Amém!
Presidente: À paz do Senhor esteja sempre convosco!
Assembléia: O amor de Cristo nos uniu.
Aí o Presidente convida a Assembléia para que se saúdem uns aos
outros no amor de Cristo.
FRAÇÃO DO PÃO
114
como há um único pão, nós, embora sendo muitos, formamos um só
corpo, porque todos nós comungamos do mesmo pão”
(1Cor 10, 16-17).
Hoje, não temos maisa necessidade de quebrar o pão em pedaços,
na hora da comunhão, porque usamos as hóstias, feitas já em tama-
nho pequeno, para cada pessoa. Mas, mesmo assim, o Presidente
repete o gesto da "fração do pão” partindo a Hóstla grande pelo meio.
Este gesto lembra duas coisas: que Jesus partiu o Pão e o deu aos
discípulos na Ceia e que os discípulos de Emaús reconheceram Jesus
no momento em que partiram o pão em sua casa,
Depois o Presidente põe um pedacinho da Hóstia no cálice. Quan-
to a isso, existem diversos simbolismos. Antigamente, alguns
disseram que significava a descida de Jesus na sepultura. Hoje, há
quem diga que representa a união do Corpo e do Sangue do Senhor
num mesmo Sacrifício e mesma Comunhão. Tudo isso, porêm, não
passa de simbolismo. É coisa sem muita Importância.
TESTE
115
34. CORDEIRO DE DEUS...
HUMILDADE E FÉ
dama
na
Neste Encontro vamos falar do Corpo do Senhor, que é apresen-
tado a todos os que desejam recebê-lo. Logicamente que só poderão
recebê-lo aqueles que estiverem devidamente preparados, isto é, em
estado de graça ou em paz com Deus e seus irmãos. Pois o Corpo de
Cristo é incomparavelmente mais santo que a Arca da Aliança. Ele não
é apenas um objeto de respeito, mas o próprio Deus Vivo. Quem
ousará recebê-lo em pecado grave?
Enquanto o Presidente da Celebração coloca dentro do cálice um
pedacinho da Hóstia, ele reza em voz balxa: “Esta união do Corpo e
do Sangue de Jesus, o Cristo e Senhor, que vamos receber, nos sirva
para a vida eterna!" Ao mesmo tempo, a Assembléia recita ou canta
o “Cordeiro de Deus". Embora no Ato Penitenclial todos já se tenham
purificado, ao aproximar-se o momento da Comunhão os liéis sen-
tem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais
uma vez, dizendo:
118
“Cordeiro de Deus, que lirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós!
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós!
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
dai-nos a paz!"
Enquanto isso, o sacerdote se inclina diante do Santissimo
Sacramento e pede a Jesus que aquela comunhão seja para a sua
salvação. Ninguém se atreva a receber o Corpo do Senhor indigna-
mente. Imagine se acontecesse de cada país. a quem comunga
levianamente o que aconteceu com Oza! Quanta gente poderia cair
morta diante do altar!
Terminado o “Cordeiro de Deus", o Presidente levanta a Hostia
consagrada e a apresenta à Assembléia, dizendo:
“Felizes os convidados para a Ceia do Senhor!
Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo!”
E a Assembléia responde:
"Senhor, eu não sou digno
de que entreis em minha morada,
mas dizei uma palavra e serei salvo.
Esta resposta da comunidade é lirada da resposta que aquele
oficial romano, o centurião, deu a Jesus: "Senhor, eu não digno de
receber-te em minha casa. Basta que digas uma palavra e o meu servo
ficará curado" (Mt 8,8). Na verdade, ninguém é digno de comungar.
É só por bondade de Jesus que Ele vem até nós. Por isso, nós nos
aproximamos da Comunhão com fé e humildade. A comunhão
eucarística não é um “prêmio” para os justos que já se libertaram de
todos os pecados, mas um Alimento que fortalece os pecadores na
sua caminhada em busca da libertação de todo o mal.
117
como um cordeiro conduzido ao matadouro" (Cl. Is 53,7). João
Batista, ao ver Jesus que la passando, disse aos seus ouvintes: “Eis
o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1,29). O
Apóstolo São Paulo disse: “Cristo, nossa Páscoa, foi imolado”
(1Cor.5,7b). De fato, na hora em que Jesus morria na cruz, era imolado
no Templo o cordeiro Pascal para os judeus comemorarem a Páscoa.
E você certamente se lembra das palavras de São Pedro, o qual disse
que não fomos resgatados pelo preço vil de ouro ou de prata, mas
“pelo sangue precioso de Cristo, o Cordeiro sem mancha”
(Cf.1Pe1,18-19).
De fato, Jesus é o verdadeiro Cordeiro Pascal. O cordeiro imolado
pelos hebreus no Egito foi um sinal de libertação. O seu sangue nos
batentes das portas das casas dos judeus livrara os primogênitos da
morte. Assim também o sangue de Jesus na cruz foi o preço do nosso
resgate. Pelo seu sangue fomos salvos. Jesus é nosso Libertador.
Dele nos aproximamos com alegria. Por isso, o Presidente da
Celebração nos convida para a Comunhão dizendo: “Felizes os con-
vidados para a Cela do Senhor!"
TESTE
119
O MODO DE COMUNGAR
120
indignamente comunga para sua condenação e não para à salva ção
Ora, Jesus nos deixou a Eucaristia para a vida e não para a more
Assim Ele nos falou: “Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram
o maná do deserto e morreram. Este é o pão que desceu do céu, para
que todo aquele que dele comer não morra. Eu sou O pão vivo que
desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá eternamente. E o
pão que eu vou dar é a minha carne, para a vida do mundo
(J0.6,47.51).
Muitos que ouviram Jesus fazer essa promessa ficaram escan-
dalizados. Começaram a salr, dizendo: "Esta palavra é dura. Quem
pode acreditar nisso?” E Jesus não retirou a sua palavra. Pelo
contrário, Ele lançou um desafio, dizendo aos Apóstolos: Vocês
também não querem ir embora?" Então São Pedro respondeu-lhe:
“Senhor, a quem iremos nós? Tu tens palavras de vida eterna. Nós
cremos e sabemos que tu és o Messias" (Cf. Jo E, 60-69).
Essa descrença de alguns judeus trouxe um benefício para a nossa
fé na presença real de Jesus no Pão consagrado. Pois, se Jesus
estivesse falando em linguagem figurada, na hora em que começaram
a duvidar e Ir embora, Ele teria dito: "El gente, podem voltar! Não
fiquem escandalizados, não! Eu estou falando uma linguagem
figurada.
TESTE
121
Modo certo de comungar Hodo certo de comungar
122
36. A MISSA, O BANQUETE DE DEUS
123
vidados que desprezaram o convite. Um val experimentar a moto,
outro vai polir o carro, outro vai fazer uma cerca na casa de campo,
outro val à prala... Na hora da Comunhão, o padre levanta a Hóstia é
apresenta-a solenemente, dizendo; "Felizes os convidados para a
Ceia do Senhor!" E pouca gente se interessa por aquele presente
divino.
Imagine se, em vez de ser o Corpo do Senhor, fosse uma moeda
de ouro! Quanta gente iria correndo buscar. Horas antes da Missa já
haveria uma fila esperando na porta, estendendo-se até a praça
Muitas mães iriam pedir para seus filhos guardarem o lugar na fia
Acho que até seria necessário a colaboração da polícia para pór
ordem na multidão. E, se pudesse repetir, muitas pessoas iriam
diversas vezes à Missa no mesmo dia, para pegar quantas moedas
fossem possíveis.
Ora, eu pergunto: será que Jesus vale menos que uma moeda de
ouro? Onde está minha fé? Sou cristão ou sou pagão?
AS PRIMEIRAS COMUNIDADES
124
ê
A posição da Assembléia durante a Comunhão é sentada. Não
preciso ficar de joelhos. A Comunhão é o "banquete divino”. E a
posição de quem está à mesa da refeição é sentado.
Outra coisa: não tem muito sentido uma pessoa comungar por
alguém. Há gente que comunga pelo esposo falecido ou pelo filho
que não val à Igreja. É mais ou menos como alguém almoçar por outra
pessoa. O certo é rezar por alguém.
Finalmente, gostaria de dizer que a Comunhão não deve ser
recebida por tabela". Deve ser buscada por causa de simesma e não
de outras intenções. Por exemplo: há quem faz uma novena de
comunhão para consequir um emprego. Depois que termina a
novena, não volta mais à Igreja, nem mesmo para as Missas
dominicais. Será que essa pessoa entendeu o que é a Eucaristia? Tem
sentido tal novena de comunhões?
TESTE
125
A LENDA DO AMOR
Era uma vez o amor...
O amor morava numa casa assoalhada de estrelas
e toda enfeitada de sóis.
Mas não havia luz na casa do amor,
porque a luz era o próprio amor.
E uma vez o amor queria uma casa mais linda para si.
- Que estranha mania essa do amor!
E fez a terra,
e na terra fez a carne, e na carne soprou a vida,
e na vida imprimiu a imagem da sua semelhança.
E a chamou de homem.
E, dentro do peito do homem, o amor construiu sua casa,
pequenina, mas palpitante,
inquieta e insatisfeita como o próprio amor.
E o amor foi morar no coração do homem
e coube todinho lá dentro
porque o coração do homem foi feito para o infinito.
Uma vez... o homem ficou com inveja do amor.
Queria para si a casa do amor, só para si,
Queria para si a felicidade do amor,
como se o amor pudesse viver só.
E o homem sentiu a fome torturante e comeu!...
O amor foi-se embora do coração do homem.
O homem começou a encher seu coração:
encheu-o com as riquezas da terra e ainda ficou vazio.
E o homem, triste, derramou suor para ganhar a comida.
Ele sempre tinha fome e continuava com o coração vazio.
E uma vez... resolveu repartir o seu coração inútil
com as criaturas da terra.
O amor soube... Vestiu-se de carne
e veio também receber o coração do homem.
Mas o homem reconheceu o Amor e O pregou numa cruz.
E continuou a derramar o suor para ganhar a comida.
O amor então teve uma idéia:
vestiu-se de comida, disfarçou-se de pão e ficou quietinho.
Quando o homem faminto ingeriu a comida,
o amor voltou à sua casa, no coração do homem.
E o coração do homem se encheu de plenitude.
Côn. Ápio Pais Campos Costa
126
37. EUCARISTIA: UNIDADE E FRATERNIDADE
127
Por isso, devemos afastar da Missa tudo aquilo que tem o fermento
da divisão. Por exemplo: na homilia, não tratar de política partidária,
de críticas e assuntos polêmicos que criam a confusão e a divisão;
não dizer piadas, ou coisa parecida, que possam escandalizar as
pessoas; não carregar a homilia de coisas negativas, mas dar mais
destaque à mensagem positiva do Evangelho; acolher bem, em nome
do Senhor, todos os que vêm à Missa, pois, na verdade, são con-
vidados de Deus mais do que convidados nossos. Quanto possível,
tratar Igualmente a todos, sem desprezar ninguém; que a saudação
da paz não seja mera formalidade, com a frieza da ponta da mão, mas
um gesto de irmão que reconhece o irmão na alegria da fraternidade
fundamentada no amor de Jesus Cristo e não em nossas simpatias e
antipatias.
OS SINAIS DA UNIDADE
O MANDAMENTO NOVO
Vimos um defeito que surgiu na comunidade de Corinto. Mas
poderíamos citar muitos outros exemplos positivos das comunidades
primitivas da Igreja, sobretudo da Comunidade de Jerusalém, da qual
128
está escrito: “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma
Ninguém considerava seu o que possula, mas tudo era em comum
entre eles" (At 4, 32). Eles puseram em prática, radicalmente, o
Mandamento do Senhor: “Dou-vos um Mandamento Novo: que vos
ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também uns aos
outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se tiverdes
amor uns pelos outros” (Jo 13, 34-35).
O Mandamento Novo está na homilia que Jesus fez na Ceia. O clima
da Ceia do Senhor é a unidade no seu amor, tanto para os doze
Apóstolos como para nós. Essa unidade é condição para que o
mundo creia em Jesus. Assim orou o Senhor ao Pai, na hora da Ceia:
"Não rogo somente por eles (Apóstolos), mas por todos aqueles que,
por meio de sua palavra, hão de crer em mim: a lim de que todos
sejam um. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam
em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste (Jo 17, 20-21).
TESTE
129
38. RITO FINAL
130
BENÇÃO FINAL
Antes da bânção, o Presidente da Celebração saúda a Assembléia,
dizendo: "O Senhor esteja convosco!" E todos respondem: Ele esta
no meio de nós". Nesta hora, se a comunidade estiver sentada, deve
levantar-se. Aí vem a bênção, que pode ser com uma fórmula simples
ou solene. Por exemplo, uma fórmula simples é esta: “Abençoe-vos
Deus toto-poderoso, Pal, Filho e Espírito Santo!". E todos respondem
“Amém!". Ao dar a bênção, o padre traça uma cruz sobre a
Assembléia, e todos podem Inclinar a cabeça. Existem outras
fórmulas de bênçãos mais solenes, de acordo com a festa litúrgica.
Eis, por exemplo, a bênção que o Missal Romano traz para o primeiro
dia do ano:
Presidente: Que Deus todo-poderoso, fonte e origem de toda à
bênção, vos conceda a sua graça, derrame sobre
vós as suas bênçãos e vos guarde sãos e salvos
todos os dias deste ano!
Assembléia: Amém!
Presidente: Que vos conserve íntegros na fê, pacientes na es-
perança e perseverantes até o fim na caridade!
Assembléia: Amém!
Presidente: Que Ele disponha na sua paz os vossos atos e vos-
sos dias, atenda sempre vossas preces e vos con-
duza à vida eterna!
Assembléia: Amém!
Presidente: A bênção de Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espíri-
to Santo, desça sobre vós E permaneça para sem-
pre!
Assembléia: Amém!
O Presidente pode também abençoar com outas palavras, de
acordo com as circunstâncias. Liturgia é vida. O próprio Deus man-
dou o sacerdote Aarão abençoar os filhos de Israel com as seguintes
palavras:
"O Senhor te abençoe e le guarde;
o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti
e le seja benigno;
o Senhor mostre para tl a sua face
& te conceda a paz" (Cf. Nm 6, 22-27).
131
COMO RECEBER A BENÇÃO
TESTE
132
39. O DIA DO SENHOR
UM DIA DE DESCANSO
133
“abençoou e santilicou" esse dia. Não adianta trabalhar no domingo
para ganhar mais dinheiro. Esse dinheiro, mais tarde, será gasto em
remédio, para consertar o desgaste do corpo e da mente. E nunca
mais se recupera a saúde perdida. Deus não faz leis para prejudicar
a vida, mas para protegê-la e ajudar o homem a viver feliz.
SÁBADO OU DOMINGO?
Alguns dizem: "Se Deus mandou guardar o sábado, por que a Igreja
guarda o domingo?" Explico. O sábado era o dia que lembrava a
Aliança de Deus (Javé) com seu povo Israel (Cf. Ex 31, 16-17). Jesus,
porém, é a plenitude da Lei e da Aliança. E ele ressuscitou no
domingo. Ora, a Ressurreição do Senhor é o acontecimento máximo
na História da Salvação. Por isso, ficou sendo o dia festivo dos
cristãos. Era o dia em que eles se reuniam para celebrar a Eucaristia,
que é o centro da piedade crista.
Já no tempo dos Apóstolos o domingo passou a ser o dia principal
da semana, o dia em que se celebrava solenemente a Eucaristia.
Lemos no Livro dos Atos: "No primeiro dia da semana, estando nós
reunidos para partir o pão” (At 20,7a). No começo, os cristãos quar-
davam o sábado e celebravam a Missa no domingo. Depois O
domingo passou a ser o dia do Senhor.
Santo Inácio de Antioquia, que viveu no primeiro século da Igreja,
escreveu: “Os judeus, que chegaram à nova esperança, não celebram
mais o sábado, mas observam o dia do Senhor, no qual, através de
Cristo, surgiu a vida". E um famoso escritor pagão chamado Plínio,
escrevendo ao imperador Trajano (98-117), diz: "Os cristãos reúnem
se num dia determinado, o que lembra a Ressurreição de Cristo”.
Outro documento antigo, chamado Didascália siríaca ensina: "Não é
permitido jejuar no primeiro dia da semana, porque é minha
Ressurreição". Já no ano 321, o imperador Constantino oficializou O
domingo como sendo o dia do descanso.
Jesus mesmo disse que Ele era "Senhor do sábado" (Cf. Mt 12,8).
E São Paulo escreve: “Portanto, ninguém vos julgue por questões de
comida e de bebida, ou a respeito de festas anuais ou de lua nova ou
de sábados, que são apenas sombra das coisas que haviam de vir,
sendo que a realidade é o Cristo" (Cl 2, 16-17). Dar mais importância
134
ao sábado do que à Ressurreição do Senhor é dar mais importância
à sombra do que ao corpo que projeta a sombra.
TESTE
135
40. MISSAS DE FORMATURA E DEFUNTOS
ASSIM E NA MISSA
136
MISSAS DE AÇÃO DE GRAÇAS
137
E sabemos que a Oração tem efeito retroativo, isto é, vale lambém
para O passado. Podemos rezar hoje para que uma pessoa falecida
há dez anos tenha encontrado o perdão junto de Deus na hora de sua
morte. À oração não está presa ao lempo. Ela vale para o passado.
para o futuro e para o presente. À mãe pode orar hoje para que o seu
filho que lez vestibular ontem tenha passado. O exame não será mais
alterado, Já foi entregue. Mas podemos rezar para que 0 moço tenha
acertado as questões,
Sem dúvida, rezar pelos defuntos é certo e bom. Mas tem uma
coisa: O mais importante é a nossa vida. Precisamos estar “em dia
com a nossa vida, para que, na hora em que Deus nos chamar,
estejamos preparados para partir em paz. Está escrito: “Bem-aven-
turados os mortos que morrem na paz do Senhor. Sim, diz o Espirito,
que descansem de suas ladigas, pois suas obras os acompanham'
(Ap 14, 13). Diz ainda o Senhor a todos nós que ainda caminhamos
na terra: “Eis que venho em breve, e trago comigo a recompensa para
dar a cada um segundo as suas obras" (Ap 22, 12).
Creio firmemente no poder da oração, mas não sei se alguém que
viveu como pagão, desprezando a graça de Deus, será salvo com
Missa de sétimo dia e aquela cruz sobre sua sepultura.
TESTE
138
41. O ANO LITÚRGICO
139
chamado Tempo Comum, O Ano Litúrgico começa com o Primeiro
Domingo do Advento e termina com o último sábado do Tempo
Comum, que é na véspera do Primeiro Domingo do Advento A
sequência dos diversos tempos” do Ano Litúrgico é a seguinte:
ADVENTO
NATAL
140
QUARESMA
PÁSCOA
TESTE
141
ESQUEMA DO ANO LITÚRGICO
142
; MG, Julz de Fora
135013) A. Espirrto Santo, Bhs
(032/72 15-8D61
Vozes
Tel:
O
Tol.: (032/211-7652
MATRIZ AS, Porio Alegre
RJ, Petrópolis (90210) R. Ramiro Barcelos, 150
(25689) RA Frei Luis, 100 Tel. (0512)]21-6522
Cama Postal, 90023 (50010) A. Fuachucio, 1280
Tel: (0242/43-5112 Tal: (0512/26-3911
Fax: (0242/42-D692
AS, Novo Hamburgo
(93310) A. Joaquim Nabuco, 343
FILIAIS Tol: (0512)53-8143
AS, Pelotas
(38010) Rua 7 de Sotembro, 145
AJ, Rio de Janeiro Tol,: (0532/22.5341
(20031) A. Senador Dantas, 118-|
Tol: [021)220-6445 DF, Brasilia
CLR'None. OQ. 704
A. Joaquim Palhares, 227 (70730) Bloco A, N, 15
(20260) Estácio de Sá Tol.: (D61]223-72436
Tel, (021]273-3156
GO, Golânia
A Joana Angélica, 63 (740D0) A, 3, N. 231
(22420) Ipanema
Tol,: (QEe)22s-3077
Tel.: (021)267-5397
A Moura Brito, 30, loja C
PE, Recife
(50050) R, do Principe, 482
(20520) Tijuca Boa Vista
Tel.: (021)248-1061
Tel.: (081)221-4100
SP, São Paulo (50020) R, da Concórdia, 167
(01006) A. Senador Feijó, 158 e 168 Tol.: (DB1)224-3524
Tels.: (011)35-7144 o 36-2288
PA, Curliiba
(01414) R. Haddock Lobo, 360 (80230) A. 24 de Maio, 55
Tel.: (011)258-0511 Tol.: (D41j233-1392
(03031) À. Thiers, 310 - Pari (80020) À. Voluntários da Pátria, 39
Tal.: (011]229-9578 Tol.: (041)223-6059
SP, Bragança Paulista S€, Blumenau
(12900) Av. 5. Francisco de Assis, 218 (89010) AR. 15 de Novembro, 963
Tel.: (011)433-3675 Tel.: (D473)22-3471
(12900) A. Cal, Teólilo Lomo, 1055 CE, Fortaleza
Tol.: (011/433-3675 (60015) Av. Tristão Gonçalves, 1158
SP, Bauru Tol.: (085)231-9321
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No meio do caminho havia uma pedra. Aparentemente uma simples
pedra Os que passavam tropassavam
nela. E ela la rolando
para
frente e para trás. Um dia alguém parou, pegou aquela pedra e a
limpou da poeira. Então viu que era uma pedra preciosa.
À Missa é semelhante a essa pedra. Não qua ela esteja suja, mas 05
nossos olhos estão cobertosda poeira da Ignorâncouiado
preconceito, o que nos impede de vera Missa tal qual ela é, na pureza
de sua origem divina e na beleza de seu mistério.
A Missa, vivida segundo o pensamento de Deus, tem a força de
transformar a nossa vida. Ela deixaria de ser um desgastado preceito
para se tomar a pérola rara de que fala o Evangelho. Mas, ninguém
ama o que não conhece. Por isso, está aí este livro, que poderá
ajudá-lo muito no conhecimento e na vivência da Missa.
O Autor; Luiz Cechin-ato
Padre e Jornalista. Nasce
em Leme,
u SP,
Bos 27-07-1991. Estudou no Seminário Diocesano de São Carlos, SP,
e no Seminário Central do Ipiranga, em $ão Paulo. Fol ordenado
Presblero sos 24-12-1961. Fol Pároco de Borborema, SP
(1962-1972), Pároco de Barr, SP, e de ltaju, SP (1972-1981).
Atualmente é Pároco da Catedral de São Carlos, SP, e Vigário Geral
da Diocese. Pela Editora Vozes publicou os livros: O Reino de Deus,
Pueblaao Alcancede Todo
A Quems,
Iremos, Senhor? O Sacramento
da Confirmação, Reconcilia-vos, Conheça Melhor a Bíblia, A
Bondade Faz Maravilhas, Caminhando com Jesus, Valorizando a
Vida o Tia Alta.
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