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SERMÕES
MISSIONÁRIOS

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SERMÕES
MISSIONÁRIOS
01| Janeiro | As Três Epapas dsa Vida de Jonas 33
02| Fevereiro | Unir, Integrar, Consolidar 36
03| Março | Concluir a Missão Para Ver Jeus Voltar 40
04| Abril | Duplas Missionárias e a Grande Comissão 44
05| Maio | Unidade, o Maior Sonho de Deus para Sua Igreja 48
06| Junho | Uma Família Missionária 53
07| Julho | Uma Dívida Com o Mundo 56
08| Agosto | Quem Tem Ouvidos Para Ouvir, Ouça 60
09| Setembro | A Sua Casa Está Limpa? 64
10| Outubro | A Missão da Igreja 67
11| Novembro | Manifestando a Glória de Deus 72
12| Dezembro | A Missão do Povo de Deus no Tempo do Fim 78
01 | JANEIRO

AS TRÊS ETAPAS NA
VIDA DE JONAS
Jonas 1-4

Introdução: A missão salva o perdido e também o missionário.


Hoje aprenderemos um pouco mais sobre a história do profeta Jonas. Essa é
uma das histórias mais conhecidas da Bíblia, as crianças conhecem e o que mais
se destaca é o grande peixe. Mas a história não é sobre o peixe, a história é sobre
Jonas e Nínive.
NÍNIVE – Vejamos algumas curiosidades acerca de Nínive:
Mencionada como GRANDE CIDADE 4 VEZES (Jonas 1:2; 3:2,3 e 4:11).
Fundada pelo bisneto de Noé – Ninrode.
Tinha cerca de 600 mil habitantes.
Uma das principais cidades do Império Assírio.
Construída a beira do rio Tigre.
Cidade muito rica
Conhecida por sua crueldade (empalavam, decapitavam e amontoavam os
crânios nos portões da cidade, quando guerreavam matavam crianças e bebês).

DO QUE TRATA O LIVRO DE JONAS?


Não é somente a história de um grande peixe (mencionado 4 X).
Nem de uma grande cidade (mencionada 8 X)
Não é de um profeta desobediente (mencionado 18 X)
O livro trata de um Deus misericordioso (mencionado 36 X)
Quais são as 3 etapas da vida de Jonas?

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I – Primeira ETAPA – Jonas fugindo de Deus. – Jonas 1:1-3
Jonas pensou que Deus lhe pediu algo impossível. Jonas talvez pensasse que
aquela cidade nunca se arrependeria de seus pecados, que seria um trabalho em
vão, ou mesmo que não seria recebido, consequentemente perseguido e morto.
A) Quem nunca teve medo? Vejam alguns exemplos de homens de Deus que
tiveram medo;
a. Moisés – Não sei falar.
b. Jeremias – Não passo de uma criança.
c. Amós – Sou apenas um vaqueiro.
d. Jonas teve medo, entrou no barco e dormiu tão profundamente que nem
a tempestade o acordou.
B) Como alguém pode dormir sem ter a consciência pesada pelo fato de estar
desobedecendo a Deus?
Mesmo quando tentamos fugir Deus vem ao nosso encontro. Em meio ao sono
profundo, Deus busca Jonas para falar com ele. Mas Deus não estava falando através
de Sua Palavra. Ele usou Suas obras – o Mar, o Vento, a Chuva, o Trovão e até o
grande Peixe, todos obedeceram a Deus, menos Jonas. Deus falou com ele através
dos marinheiros pagãos.
Aplicação: Deus, para mudar o rumo de nossa vida; Fala conosco. Fala de todas
as formas; pela consciência, pela natureza, por um amigo, por um animal, por um
ímpio, mas principalmente pela Palavra. Para mudar o rumo de nossa vida Deus fala.

II – Segunda ETAPA – Jonas andando com Deus – Jonas 3:1-3


A) Agora Deus, quer conduzir Jonas a seu Plano.
Então os marinheiros jogaram Jonas ao mar porque queriam ser salvos –
Jonas é que estava sendo salvo.
B) Porque Deus usou um peixe? Porque o Grande Peixe era uma das divindades
dos ninivitas, (quando Jonas contasse sua história eles correlacionariam com
o grande peixe).
C) No capítulo 1 Jonas é tratado como uma carga perigosa e é jogado fora do
navio.
D) No capítulo 2 Jonas é tratado como uma substância estranha para o grande
peixe e é Jogado fora do Peixe.
Para Deus nos conduzir ao Seu Plano e nos salvar, Ele nos lança para fora;
fora do mundo, fora dos grupos de amigos, fora da velha vida, fora.
E) Jonas atendeu o chamado do Senhor e pregou para os ninivitas.

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III - Terceira ETAPA – Jonas querendo saber mais do que Deus – Jonas
4:1-3
A) Deus perdoa o povo e Jonas se entristece.
Jonas cumpriu a Missão e Deus alcançou aquele povo, mas tem um problema.
Qual problema? Jonas não se alegra e entra em um estado de ira e logo de depressão.
B) Fica chateado, revoltado e pede a própria morte.
C) Deus revela Seu amor.
Vs 4 – Você tem alguma razão para essa fúria?
Vs 9 - Você tem alguma razão para estar tão furioso por causa da planta?
Mas o Senhor lhe disse: “Você tem pena dessa planta, embora não a tenha
podado nem a tenha feito crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu.
11 Contudo, Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem nem
distinguir a mão direita da esquerda[a], além de muitos rebanhos. Não deveria eu ter
pena dessa grande cidade?”

CONCLUSÃO
Jonas tentou fugir de Deus indo para o lugar mais distante possível. Jonas
se reencontra com Deus e compreende que não importa o desafio da missão, Deus
sempre é conosco. Por fim, Jonas aprende que a mensagem aos perdidos é tão
importante quanto o amor demonstrado por eles.

APELO:
Em que etapa da vida você está?
Por que continua dormindo como se nada estivesse acontecendo?
O que está esperando para obedecer ao Senhor e mudar de vida?

Pr Francisco Coelho MNeM

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02 | FEVEREIRO

UNIR
INTEGRAR
CONSOLIDAR
ATOS 5:42

Tese: A integração das unidades de ação e Pequenos grupos fortalece


o discipulado

INTRODUÇÃO
Um dos exemplos de integração no mundo dos esportes aconteceu em 2002,
quando dois países (Coréia do Sul e Japão) se uniram para realizar pela primeira
vez a Copa do Mundo de Futebol. No mundo corporativo, a integração ou fusão
entre os bancos Itaú e Unibanco aprovada em 2010 tornou esse grupo o maior
banco privado do Brasil. Na área política vários países europeus formaram um bloco
econômico e político (hoje são 27 países), com uma só moeda e regras comerciais, a
famosa União Europeia. Além desses poucos exemplos, há várias experiencias bem
sucedidos de integração visando o alcance de objetivos comuns.

Seria possível algo semelhante na área religiosa? Seria possível integrar os


pequenos grupos e as unidades da Escola Sabatina? Quais seriam as vantagens
dessa integração? Existe algum fundamento bíblico para essa integração?

I - NO TEMPLO E DE CASA EM CASA


As Escrituras, em Atos 5:42 afirmam que a Igreja Cristã Primitiva tinha a prática
de adorar em público (no templo) e de maneira privada (nas casas). O mesmo grupo
de discípulos que participavam das reuniões no templo assistiam os encontros nos
lares. Nesse aspecto eles eram diferentes de nós. Hoje em dia, os cristãos, em sua
maioria, valorizam as atividades nos templos, mas muitos, infelizmente, não tem
interesse nas reuniões nos lares.

O capítulo 2 de Atos diz que, diferentes dos atuais, os cristãos daquela época
“diariamente perseveravam unânimes no templo” e “partiam pão de casa em casa”.
(At 2:46)

Wilson Paroschi afirmou que “de acordo com o verso 46, o ensino era conduzido
na maioria das vezes, no templo, enquanto a comunhão acontecia nos lares. O pátio

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do templo era ladeado por dois pórticos cobertos que eram frequentemente usados
para instrução rabínica. Jesus fez uso desses pórticos (Lc 19:47; 21:37; Jo 10:23),
bem como os apóstolos (At 3:11;5:12, 21, 25, 42) [...] os cristãos se reuniam
diariamente não apenas no templo, mas também nos lares, onde partilhavam
refeições, celebravam a Santa Ceia e oravam (2:42; 46; 5:42; cf 12:12)” Depois da
destruição do templo e exclusão dos cristãos das sinagogas, “as igrejas nas casas
permaneceram como os únicos lugares cristãos para cultos religiosos”, embora eles
continuassem pregando publicamente em outros ambientes (At 16:11-16).

Dois capítulos do livro de Atos exemplificam a integração dos primeiros cristãos


em suas atividades eclesiásticas. Um exemplo típico é o de João e Pedro. No capítulo
3 de Atos, está escrito eles “se dirigiam ao templo para a oração da hora nona” (At
3:1). Ali Deus operou um grande milagre na vida de um coxo. Os líderes judeus,
por esta causa, prenderam os apóstolos e os interrogaram. Depois de ameaça-los,
soltaram-nos (At 4:1-.3) Já no capítulo 4, a Bíblia diz que os apóstolos “procuraram
os irmãos” nos lares para testemunhar o que havia acontecido e, ao oraram juntos,
“tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e,
com ousadia, anunciavam a Palavra de Deus”. (At 4:3-31) Ao que tudo indica o
sucesso inicial da Igreja foi essa feliz combinação entre reuniões públicas e privadas.
Paulo seguiu o mesmo modelo pregando nas sinagogas dos judeus e nas igrejas
lares do primeiro século (At 13:14; 14:1; 20:20). Em sua despedida, o apóstolo
dos gentios disse aos presbíteros que jamais havia deixado de “anunciar o que fosse
proveitoso e de ensinar publicamente e também de casa em casa” (At 20:20). Esse
texto é um poderoso testemunho do método empregado pela Igreja Primitiva.

II - A COMUNHÃO CRISTÃ
Essa integração foi fruto da comunhão entre os apóstolos e seus conversos.
“A palavra comunhão vem do grego koinonia, da raiz grega koinos, que significa
“comum”, “compartilhado” e “mútuo”. Refere-se a algo mantido em comum entre
as pessoas. koinonia era usada no grego antigo para descrever a proximidade,
o compromisso, os laços mútuos do matrimônio. Inclui conceitos de associação
estreita em que há um compartilhamento mútuo e boa vontade manifesto quando
compartilhamos. Em Atos 2, a comunhão cristã é retratada como tempo, atividade,
missão e posses compartilhados. O fundamento de tudo isso era o relacionamento
daqueles cristãos com Cristo.

Ellen White, mensageira da Igreja Adventista do Sétimo Dia, escreveu: “A união


é força; a divisão, fraqueza. Quando se acham unidos os que crêem na verdade
presente, exercem poderosa influência. Satanás bem compreende isso. Nunca se
achou mais determinado do que agora, para tornar de nenhum efeito a verdade de
Deus, causando amargura e dissensão entre o povo do Senhor.” Ela escreveu ainda
que o “mundo é contra nós, as igrejas populares são contra nós, as leis da Terra em

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breve serão contra nós. Se já houve tempo em que o povo de Deus devesse unir-se,
é agora esse tempo.”

Sendo a unidade algo tão essencial para o povo de Deus nos últimos dias,
precisamos avaliar a necessidade de tornar esse princípio uma de nossas prioridades.
Atualmente, um modelo integrado entre as reuniões nos lares (pequenos grupos) e
nos templos (unidades da Escola Sabatina) trariam inúmeros benefícios.

III - VANTAGENS DA INTEGRAÇÃO PEQUENOS GRUPOS E UNIDADES DE


AÇÃO
1. Unificação dos grupos. O grupo formado e atuante na sexta será a unidade
de ação no sábado pela manhã, com pessoas que já se conhecem e tem
afinidade.
2. Pastoreio. O Líder do pequeno grupo passará mais tempo com seus
liderados e a visão de pastoreio será melhor. Nesse caso, o professor da
Escola Sabatina pode ser o líder associado do PG.
3. Planejamento. Segundo o pastor Daniel Carvalho o planejamento conjunto
trará mais facilidade para executar os planos, pois “qualquer plano
evangelístico que a igreja realizar não irá correr por duas estruturas paralelas,
mas por uma Unidade Integrada”.
4. Senso de comunidade. É preciso mais do que um encontro semanal
para criação de uma comunidade. Portanto, dois encontros na semana
proporcionarão a condição dos membros sentarem juntos, orarem e
planejarem, além de avaliarem.
5. Valorização dos Pequenos Grupos. A unidade de ação sendo a mesma
composição do PG será a confirmação para o membro da igreja de que os
departamentos existem para servir a base, que é o PG, e que as atividades
do sábado pela manhã são continuação da vida em PGs, ou sua celebração.
6. Envolvimento de um número maior de pessoas. Com a unificação, ambos os
grupos podem ser beneficiados. Isso pode gerar um maior envolvimento dos
membros na missão e envolver um maior número de pessoas da comunidade.
7. Dinamismo e vida. O PG com sua alegria, cor, dinamismo, grito de guerra,
bandeira, hino; trará mais vida à Unidade de Ação , que enfatiza o aspecto
cognitivo.
8. Consolidar os pequenos grupos. Segundo Humberto Moura, a implantação
dos Pequenos Grupos na Igreja Adventista estará consolidada quando estes
estiverem integrados às classes da Escola Sabatina.
9. Fidelidade a revelação. Segundo Moura, “quando Ellen White sugere que
os membros da igreja devem se reunir em grupos pequenos e trabalhar por

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sua vizinhança, já tendo instruído que a igreja deveria funcionar em classes
de Escola Sabatina, em grupos pequenos, pode-se, então, perceber um
evidente elo coerente entre Escola Sabatina e Pequenos Grupos” . Praticá-lo
hoje, seria retomar a orientação profética da serva do Senhor.
10. A integração funciona. Várias experiencias em diferentes lugares comprovam
a eficácia do projeto de integração. No Nordeste Brasileiro, por exemplo, ele
já está consolidado. Foi iniciado a 15 anos e tem demonstrado um grande
resultado.

CONCLUSÃO
A Igreja Cristã Primitiva vivenciava a fé em dois ambientes diferentes: as reuniões
públicas (geralmente no Templo) e nas casas, gerando a consolidação e expansão
do Cristianismo. Essas duas atividades principais eram geradas pela comunhão
espiritual entre eles. Atualmente, algo similar poderia acontecer com a integração
dos pequenos grupos com as unidades de ação. A seguinte história pode ilustrar a
importância dessa unidade:

Um cachorro e um galo eram bons amigos e estavam viajando. Em uma noite,


estavam em uma mata fechada e procuraram um abrigo. O galo voou para um galho
de uma árvore e o cachorro entrou em uma abertura em seu tronco. Quando o dia
começou a clarear, o galo, muito ruidosamente, começou a cantar alegremente por
um bom período. Passando por perto, uma raposa ouviu o cantar do galo e logo
concluiu que seria um bom “café da manhã” para ela. Aproximou-se e colocou-
se bem abaixo do galho onde estava o galo. Virando-se para cima a raposa lhe
disse: Estou encantada com sua magnífica voz. Seria, para mim, uma grande honra
poder aproximar-me de você para conhecê-lo melhor e para cumprimentá-lo.” Este,
desconfiado da “cortesia” da raposa, falou: “Senhora, eu gostaria que me fizesse o
favor de rodear a árvore até a entrada de minha casa. O porteiro lhe abrirá a porta
para que possa entrar.” Quando a raposa bateu junto ao buraco do outro lado, o
cachorro deu um salto sobre ela, rasgando-a em pedaços.

APELO
Você está disposto viver como o galo e o cachorro, caminhando junto a seus
irmãos na jornada cristã? Você reage como o galo, em uma situação de perigo? Você
confia em seu irmão? Poderia proteger seu irmão, como fez o cachorro? Finalmente,
está disposto a cooperar no plano de integração dos pequenos grupos e unidades de
ação? Gostaria de convidar os líderes de pequenos grupos e professores da Escola
Sabatina e convidar todos que desejam todos aqueles que desejarem cooperar com
esse plano, para levantar e orarmos.

Pr. Ribamar Diniz - MPA

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03 | MARÇO
CONCLUIR A MISSÃO
PRA VER JESUS
VOLTAR
MATEUS 24:14

A proclamação mundial é um claro sinal de que Cristo está voltando.

Introdução
Os impactos da pandemia da COVID-19 têm reverberado em todas as camadas
da sociedade. Esses impactos provocaram um renascimento no século XXI. Esse
momento de crise global alcançou dimensões sem precedentes, quase a totalidade
da população foi afetada de alguma forma não apenas na área profissional, mas
também na educacional, ou religiosa.

As comunidades cristãs tiveram que se adaptar há uma nova realidade sem


estarem devidamente preparadas, as possíveis e maiores mudanças na igreja local
foram a migração veloz do culto presencial para adoração virtual e a adaptação nos
hábitos religiosos.

As congregações tiveram que se adaptar a um longo período com os templos


fechados, de isolamento social e distanciamento físico, ocorreu uma mudança
conceitual na forma religiosa praticada. A perspectiva missionária e a rotina da
religião sofreram uma pausa e transformações com efeitos permanentes.

Essa crise global descrita em Mateus 24 forma um cenário cada vez mais atual.
Quando os discípulos perguntam a Cristo: “Quando sucederá a Sua vinda?”, Cristo
descreveu sinais na natureza, mundo político, mundo religioso e moralidade humana,
no entanto o último sinal descrito é a proclamação do evangelho de forma global.

O versículo de hoje traz uma realidade severa para nós: que o fim virá após o
evangelho do reino ser pregado por todo o mundo. É uma realidade severa, pois
remete-nos a responsabilidade de anunciar o evangelho do reino ao mundo para
testemunho à todas as nações.

Como podemos entender a relação atual da proclamação mundial de Mateus


24:14 com o segundo advento de Cristo?

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Ilustração
Conta-se que certa vez José Wolff, o grande pregador do início do século passado,
havia ido ao Oriente Próximo com o propósito de pregar a Segunda Vinda de Cristo
entre as tribos maometanas do deserto. Uns beduínos (povo que habita aquele lugar)
o surpreenderam enquanto avançava por sobre a areia quente e, já que se tratava de
um cristão, prenderam-no e o fizeram comparecer perante seu chefe. Este teria que
decidir que espécie de castigo devia receber o afoito infiel. O sheik, líder do grupo,
não querendo condenar um homem sem ouví-lo, deu oportunidade a José Wolff de
se defender.

Este missionário aproveitou a oportunidade para falar ao sheik e seus homens


do infinito amor de Deus, do sacrifício de Cristo feito pela humanidade, de todas
as coisas maravilhosas que Deus está preparando para os que O amam, e falou
com tanto fervor e com tanto amor que, quando terminou seu discurso, as lágrimas
molhavam as faces morenas dos habitantes do deserto.

O sheik então pronunciou sua sentença. “– Deixem este homem livre – disse – é
um crente em Deus!”

Pregue de Jesus, com intrepidez, sem qualquer acanhamento.

Desenvolvimento
I - A PROCLAMAÇÃO MUNDIAL É UM SINAL CLARO DE QUE A VINDA DE
CRISTO ESTÁ PRESTES A OCORRER

A relação da proclamação mundial com a comissão dada por Cristo é direta, a


ordem de alcance do evangelho é para todos e quando isso acontecer Cristo estará
às portas (Mateus 24:14).

“E disse-lhes: Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem
crer e for batizado será salvo, quem, porém, não crer será condenado.” Marcos 16:15

O verbo pregar é uma palavra favorita no livro de Marcos. Ela é encontrada


quatorze vezes nesse evangelho, enquanto só aparece nove vezes em Mateus e
Lucas. Cristo agora ordena seus discípulos a pregarem em todo o mundo.

O propósito de Deus é o evangelho todo, por toda a igreja, em todo o mundo e a


todas as criaturas. O evangelho deve ser pregado a todas as nações (Marcos 13:10),
em todo o mundo, a toda criatura (Marcos 16:15). A igreja precisa ser uma agência
missionária. Ela precisa ser luz para as nações. Uma igreja que não evangeliza
precisa ser evangelizada. A igreja é um corpo missionário ou um campo missionário.

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A missão é uma tarefa intransferível, imperativa e impostergável, o mundo
precisa do evangelho e salvação do evangelho precisa ser oferecida livremente a
toda humanidade.

• “E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados,


em todas as nações, começando por Jerusalém.” Lucas 24:47

Jesus nessa passagem dá a grande comissão aos que são testemunhas de sua
ressureição, aqueles que tiveram seu entendimento aberto para compreenderem as
escrituras e são comissionados a pregar no nome de Cristo arrependimento para
remissão de pecados a todas as nações, a partir de Jerusalém. Essa pregação era
mais do que simplesmente a proclamação; era, também um testemunho (Lucas
24:48). Isso está de acordo com que o próprio Lucas registra na introdução do livro
de Atos (Atos 1:8).

• “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me
enviou, também eu vos envio a vós.” João 20:21

Jesus oferece aos discípulos a paz e dá a eles um comissionamento. Assim como


Jesus havia sido comissionado pelo seu Pai, ele também comissiona seus discípulos.
O mandato de Cristo não é apenas para fazer a sua obra, mas para fazer a obra
da mesma maneira que ele havia feito. Jesus veio do céu não para trazer-nos uma
mensagem divorciada de sua vida. Ele se fez carne, habitou entre nós e inseriu-se
em nossa cultura. Tornou-se um de nós, exceto no pecado. Assim também devemos,
no cumprimento da missão, aproximar-nos das pessoas para amá-las, servi-las e
lhes compartilhar a mensagem da salvação. Concordo com D. A Carson quando ele
diz que os apóstolos receberam a comissão de continuar a obra de Cristo, e não de
começar outra obra.

II - TODA A HUMANIDADE TERÁ A OPORTUNIDADE DE ATENDER AO


CONVITE DE CRISTO
• “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia;
mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que
todos venham a arrepender-se. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no
qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão,
e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.” 2 Pedro 3:9,10

Os escarnecedores não compreendem a natureza eterna de Deus nem sua


misericórdia. Deus adia a segunda vinda de Cristo, porque deseja dar aos pecadores
perdidos a oportunidade de serem salvos. A demora da segunda vinda de Cristo
está relacionada à longanimidade de Deus. Cada dia que passa significa que Deus
está dando ao pecador mais uma oportunidade de arrependimento. Na verdade,
Deus não tem prazer na morte do ímpio (Ezequiel 33.11). Ele deseja que todos
os homens sejam salvos (I Timóteo 2.4). Não quer que nenhum pereça, mas que
todos cheguem ao arrependimento. É claro que esse texto não está apontando para

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um universalismo. Pedro deixa claro que os falsos mestres e escarnecedores serão
condenados e estão diante da destruição.

Nesse texto Pedro se dirige ao povo da aliança. Deus está aguardando até que
o último filho seja chamado e a última ovelha, por quem Cristo deu sua vida, se
entregue aos braços do Supremo Pastor.
Depois de refutar as falsas declarações dos escarnecedores, Pedro reafirma a
certeza da vinda do Dia do Senhor. O Dia do Senhor virá e não tardará. A aparente
demora da segunda vinda de Cristo, porém, não nos pode levar ao relaxamento
espiritual. Não podemos ser imprudentes como as cinco virgens néscias que estavam
sem azeite em suas lâmpadas. Tanto Jesus (Mateus 24.:43; Lucas 12:39) quanto
os apóstolos Pedro (3:10) e Paulo (1 Tessalonicenses 5:2) afirmaram que o Dia do
Senhor virá como ladrão, inesperadamente. Não será um dia óbvio. Não é possível
marcar datas. Precisamos estar alertas e preparados. Somos filhos da luz e, por isso,
esse dia não nos pode apanhar de surpresa. Precisamos vigiar e aguardar a volta do
Senhor. Precisamos amar a vinda do Senhor (2 Timóteo 4:8).

III - Conclusão
Ellen White é assertiva: “Dando o evangelho ao mundo, está em nosso poder
apressar a volta de nosso Senhor” (O Desejado de Todas as Nações, p. 633). Por
isso, quem ama a volta de Cristo prega o evangelho, busca o poder do Espírito Santo,
vence a vergonha ou acomodação e se levanta para testemunhar. Não espalha
uma mensagem de condenação e medo, mas um convite de esperança e salvação.
Afinal, condenação é uma consequência da rejeição e nunca o objetivo principal da
mensagem bíblica.
O “evangelho do reino” é a volta de Jesus, e o convite para sua proclamação está
nas mãos de um povo que nasceu pregando Sua vinda e sofreu por ela, que carrega
essa mensagem em seu nome e no centro de suas crenças fundamentais. É um
chamado especial para cada adventista do sétimo dia.
Não podemos perder o foco. É importante conhecer os detalhes da COVID 19 e
suas consequências, estudar sobre tragédias, catástrofes e outros sinais gerais, mas
sem que isso se torne mais importante do que a pregação do evangelho. Apenas
quando colocarmos todo o coração no cumprimento da missão a história de dor e
sofrimento deste mundo terá seu ponto final.

Apelo
Gostaria você de se alistar no exercito do mestre e continuar a obra de pregação
de CRISTO a fim de que o mundo conheça a esperança da salvação e em breve
cumpramos a missão e vejamos Jesus Voltar?

Pr João Batista ANPa

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04 | ABRIL

DUPLAS
MISSIONÁRIAS E A
GRANDE ALEGRIA DA
GRANDE COMISSÃO
Lucas 10:1-11

Tese: Jesus estabeleceu as Duplas Missionárias para o cumprimento da


grande comissão.

INTRODUÇÃO
Quando D. L. Moody retornou de sua triunfante campanha britânica em 1875,
com a idade de trinta e oito anos, ele alcançou eminência incomparável. Muitos
se perguntaram como ele se sairia agora. A resposta veio rapidamente quando ele
realizou um mês de reuniões no Brooklyn com multidões transbordando. Em uma
única noite, o The New York Herald estimou que aproximadamente 20.000 pessoas
estavam presentes. A imprensa reconheceu que Moody manteve em silêncio e
profundamente comovido algumas das maiores assembleias a que qualquer orador
se dirigiu na América.

Quando ele ministrou na Filadélfia (de novembro de 1875 a janeiro de 1876) no


depósito de carga desativado da ferrovia da Pensilvânia, cerca de 12.000 pessoas
enchiam o corredor uma hora e meia antes do tempo. Viajando para Princeton
para um dia de reuniões, ele teve uma recepção tal que exclamou: “Não vi nada
na América que me agradasse tanto quanto o que vi em Princeton. Eles têm um
reavivamento do Espírito Santo ali. O diretor da faculdade me disse que nunca tinha
visto nada parecido em Princeton”.

Em seguida, veio uma campanha de três meses em Nova York, onde seu comitê
leigo (incluindo membros como os famosos financistas Pierpont Morgan e Cornelius
Vanderbilt, Jr.) havia feito um brilhante trabalho de organização. Moody alugou o
“Grande Hipódromo Romano” de P. T. Barnum (onde fica o Madison Square Garden),
reuniu um coro de mil pessoas e, após meia hora cantando, subiu na plataforma.
De acordo com James M. Gray: “... ele parecia cobrir o espaço entre a porta e o
púlpito em um passo! ... O Sr. Moody era um meteoro. Ele estava na pequena grade
em frente, sua mão levantada, nossas cabeças inclinadas em oração e todos nós
dizíamos “Amém” quase antes de percebermos. Como ele era ágil, flexível e alegre.
Quão cheio de vida e espírito”!

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A história de Moody é uma das grandes histórias de sucesso ministerial. É uma
história de muitas alegrias no ganho de almas.

Através das Duplas Missionárias Jesus proveu pra seus discípulos um meio de
cumprir a Grande Comissão e assim experimentar a grande alegria de encaminhar
pessoas para a salvação em Cristo Jesus.

O envio de mensageiros de dois em dois era comum não somente entre os cristãos
mas também entre os judeus. Isto provia companheirismo, proteção, encorajamento
e credibilidade ao testemunho, conforme descrito em Dt 17:6; 19:15.

II - DESENVOLVIMENTO
Para que as Duplas Missionárias sintam a alegria de levar pessoas aos pés de
Jesus, elas devem saber que:

a) Devem preparar o caminho para uma grande campanha de colheita - (Lc


10:1)
As Duplas Missionárias deveriam ir antes aos locais aonde Jesus tivesse que ir,
como um meio de preparar as pessoas para a visita de Jesus. O trabalho das Duplas
Missionárias era preparar os ouvintes para a pregação que Jesus faria. Desta forma,
as Duplas Missionárias amadureciam os frutos para a grande colheita que Jesus
faria.

b) Devem clamar a Deus por mais trabalhadores, porque a Seara é grande.


Temos poucos trabalhadores para a grande comissão. A obra é de Deus,
mas a tarefa é nossa - (Lc 10:2)
Deve-se conquistar entre os membros da igreja novos ceifeiros para formar
novas Duplas Missionárias, a fim de conquistar nossos discípulos, e fazer destes
novos ceifeiros para a grande seara. As Duplas Missionárias podem ser formadas na
congregação, nas unidades de ação da Escola Sabatina, nos Pequenos Grupos e etc.

c) Devem enfrentar muitas dificuldades. A tarefa de pregar o evangelho não é


fácil - (Lc 10:3)
Através dessa expressão “cordeiros em meio de lobos”, Jesus adverte as Duplas
Missionárias sobre os desafios que elas enfrentariam. Os lobos são os inimigos
naturais dos cordeiros. Não se sabe ao certo que dificuldades as Duplas Missionárias
enfrentariam, mas pode-se deduzir que, elas teriam oposição dos judeus, assim
como hoje, as Duplas Missionárias podem enfrentar a oposição de membros de
outras igrejas evangélicas e etc.

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d) Devem manter o foco e confiar inteiramente em Deus - (Lc 10:4)
Os cordeiros são animais indefesos e dependentes do seu pastor. Da mesma
forma, é desejo de Jesus que as Duplas Missionárias dependam inteiramente de
Deus para sua subsistência. Não percam o foco se preocupando com outras coisas
que possam desviar sua atenção da obra de salvação de pessoas.

e) Devem se familiarizar com as pessoas e criar amizade com elas - (Lc 10:7)
As Duplas Missionárias deveriam permanecer na mesma casa durante sua
estadia na cidade, não mudando de casa, comendo como os seus anfitriões, para
assim criar amizade e familiaridade com as famílias.

Do mesmo modo, as Duplas Missionárias atualmente devem criar amizade e


familiaridade com os seus estudantes, através de serie de estudos bíblicos contínuos,
momentos sociais e de companheirismo.

f) Devem atender as necessidades das pessoas que elas desejam conquistar


para o reino de Deus - (Lc 10:9)
As Duplas Missionárias deveriam curar os enfermos que houvessem na casa onde
estavam hospedados, atendendo a necessidade de cura da pessoa enferma daquela
família. Isso mostra que as Duplas Missionárias têm como papel também atender as
necessidades dos seus interessados, tais como: comida, roupa, medicamentos e etc.
Assim a Dupla Missionária conquistará confiança dos seus ouvintes.

g) Devem realizar uma obra de juízo - (Lc 10:10-12)

A obra realizada pelas Duplas Missionárias também trazia juízo para os ouvintes.
Se a reposta fosse de aceitação, esses ouvintes seriam salvos e receberiam o reino,
mas caso a reposta fosse de rejeição, os ouvintes seriam condenados e lançados
fora do reino.

Então, o trabalho das Duplas Missionárias proporciona as pessoas a possibilidade


de salvação e de condenação. Ao evangelizar alguém as Duplas Missionárias podem
estar levando salvação ou condenação a depender da resposta que será dada aos
seus apelos.

h) Elas têm como Galardão o seu nome escrito no céu. Esta deve ser sua
Grande Alegria - (Lc 10:17-20)
As Duplas Missionárias voltaram cheias de alegria, porque exerceram o poder
do reino sobre os demônios como Jesus havia feito. Mas Jesus disse que isso
não deveria ser a razão para a alegria deles, mas sim o fato de que seus nomes
estivessem inscritos no livro dos céus.

46
Portanto, as Duplas Missionárias não devem se vangloriar de suas conquistas e
sucesso, porque estes são méritos do Senhor, mas a sua alegria deveria estar no fato
de que, trabalhando pela salvação de outras pessoas, confirmassem seus nomes no
livro da vida.

ILUSTRAÇÃO
Em 2010 o pastor Adalberto Costa foi realizar um batismo na igreja de Estiva
em São Luís, quando ele estava subindo a escada do tanque, percebeu um jovem
chorando copiosamente.

Este jovem era um dos anciãos da igreja. Esta cena lhe chamou atenção. Então
ele desceu alguns degraus e perguntou ao jovem ancião o que estava acontecendo.
O jovem ancião respondeu dizendo que suas lágrimas eram de alegria, porque aquele
jovem que o pastor Adalberto Costa iria batizar era fruto do seu trabalho missionário.

CONCLUSÃO
Se desejamos essa alegria, devemos ter certeza de que conhecemos a Cristo. Não
pode haver alegria se nossos nomes não estiverem escritos no céu. Cristo olha para
nós e nos considera seus tesouros. Não somos de nós mesmos - fomos comprados
por um preço. Nós somos dEle e ele é nosso!

Se você é rico, não se alegre com sua riqueza, porque ela irá voar embora. Em
vez disso, alegre-se porque seu nome está escrito no céu. Se você é uma pessoa
erudita, agradeça a Deus por isso e use-o para sua glória. Mas não faça disso sua
fonte de alegria. Em vez disso, alegre-se por seu nome estar escrito no céu. Você
tem uma posição de liderança na igreja de Cristo? Agradeça a Deus e glorifique-o
nisso. Mas primeiro regozije-se porque seu nome está no Livro da Vida. Você tem
ótimos presentes? Você é um meteoro entre muitas estrelas? Deus usou você? Ele
está usando você agora? Mas regozije-se antes de mais nada: seu nome está escrito
no céu. Como Dwight Moody disse no Natal antes de sua morte: “Ver sua estrela é
bom, mas ver seu rosto é melhor.”

APELO
Você gostaria de formar uma Dupla Missionária com um amigo (a) para
contribuir com o cumprimento da Grande Comissão e experimentar a alegria de
encaminhar pessoas para o reinos dos céus e confirmar seu nome no livro da vida
e do cordeiro?

Pr Wellington Lopes – AMA

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05 | MAIO

UNIDADE: O MAIOR
SONHO DE DEUS
PARA SUA IGREJA
ATOS 1: 4-8

Tese: A unidade da Igreja de Deus é uma condição para que mundo


aceite à Cristo como Salvador.

I - INTRODUÇÃO
Em nosso texto-base encontramos Jesus trazendo suas últimas palavras
dadas aos discípulos antes de ascender aos céus. Evidentemente que diante desta
despedida, os discípulos ficaram grandemente entristecidos (Jo 14:1). Imagine Jesus
ficando em sua cidade três anos e meio, convivendo com você, em sua partida a
tristeza seria certa, porém, Jesus prometeu que Seus discípulos não seriam deixados
como órfãos (Jo 14:18), ou seja, no tempo aprazado o Espírito Santo seria derramado
sobre eles e Este Lhes acompanharia até a consumação dos séculos (Mt 28:20).
Esta promessa cumpriu-se, todavia até que este tempo chegasse, os discípulos de
Jesus enfrentaram grandes problemas causados pela equivocada expectativa do
Ministério terrestre do Messias.

II - DESENVOLVIMENTO

1.1. Contexto
No primeiro século, os judeus aguardavam um Messias Imponente, politicamente
falando, que dominaria a Palestina e a Galileia, e finalmente devolveria o apogeu que
Israel teve nos dias de Davi e Salomão. Que triste pensamento! Eles não esperavam
um Salvador da alma, eles esperavam um salvador da pátria. Esperavam um rei
terreno montado em um cavalo, com seu arsenal, com uma coroa de ouro e cetro
para reger as nações. Para se ter noção, Mateus foi o evangelista que endereçou
seu evangelho aos judeus, e este por sua vez, escreveu o termo “Reino dos Céus”
33 vezes, o autor que mais repetiu esse termo só para dar um recado: “ei, vocês
que esperam um reino terrestre, vos digo não! O reino que Jesus viera inaugurar é o
Reino dos Céus. Para que fiques mais chochado, não foram apenas os que tiraram
a vida de Cristo que foram contaminados por este pensamento distorcido, um grupo
que seguia Jesus de perto também fora, os discípulos. “Basta lembrar do pedido da
mãe de Tiago e João (Mt 20:20-21) quando a mesma em sua ambição pediu que um

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ficasse à sua direita e outro a sua esquerda. Ela anelava por posições assim como
os demais discípulos”. (DTN, p. 549).

1.2 Os cinco problemas capitais dos discípulos.

Em Lucas capítulo 9, encontramos as principais falhas dos seguidores de Cristo


de forma sequencial.

Problema 1 - Lc 9:37-43: Os Discípulos não conseguiram expulsar o demônio


do jovem possesso. Primeiro grande problema dos discípulos; eles não conheciam a
Jesus de fato e de verdade. Eles seguiam a Jesus, mas o coração deles estava longe
dos ensinamentos do Mestre.

Eles não tinham autoridade espiritual.


Deixa-me contar-lhes um pequeno testemunho. Era o meu segundo ano como
adventista do sétimo dia, na cidade de São Luís, Maranhão. Estava sem poder ir para
igreja porque estava adoentado, mas graças a Deus estava tendo comunhão com
o Senhor por meio do Estudo das Escrituras, da oração e estava assistindo muito
a TV Novo Tempo. Certo dia, meu vizinho, um garotinho, subiu até o primeiro piso
da minha casa gritando que um vizinho nosso estava muito mal. Mesmo fragilizado,
desci com toda pressa, ao chegar em sua casa, o vi ajoelhado, espumando e gritando
muito. Ele dizia: “ele vai me matar, ele vai me matar”. Meu vizinho estava possesso.
Neste instante e eu me aproximei dele e disse: está repreendido em nome de Jesus!
Queridos, para honra e glória de Deus o espírito mau deixou aquele meu vizinho.
Amigos, se estivermos verdadeiramente ligados à Cristo, Ele nos dará Sua autoridade
para vencermos as forças do mal.

(Para o pregador) - Conte uma experiência de vitória que Deus te deu sobre as
forças satânicas.
Aplicação: É possível que eu esteja 10, 20, 30, 40, 50 anos na igreja, e corra o
risco de não conhecer Jesus de forma pessoal como os discípulos.
Problema 2 – Lc 9:44-45: Eles não conheciam a missão de Jesus. Quem não é
espiritual, não conseguirá entender as coisas espirituais. Leia Mt 16:21-23.
Problema 3 – Lc 9:46-48: Eles lutavam entre si para saber quem seria o maior
no Reino dos Céus.
Aplicação Homilética: Eles lutavam por posições. Na mentalidade deles Jesus
seria o presidente mundial, logo o maior entre eles, seria o vice-presidente mundial.
Note, toda luta por posições é desgastante. Existem lutas em nossa igreja para se
obter o cargo de primeiro ancião, diretor jovem etc. Agora veja se existe uma luta
para saber quem vai dar um estudo bíblico em um local distante? Pedro foi um
cortador de orelhas, Tiago e João eram filhos do trovão, evidentemente que nesta
luta por posições instabilidades e rivalidades foram travadas pelos discípulos.
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Problema 4 – Lc 9:49-50: Eles possuíam egoísmo espiritual. Um grupo que
seguia Jesus estava conseguindo expulsar demônios, porém os discípulos pediram
para Jesus os repreender porque eles não faziam parte do grupo dos doze. Perceba,
o que eles não conseguiam fazer, outros estavam conseguindo.

Aplicação: Uma das piores tragédias que podem acontecer dentro da igreja é ver
um grupo disposto ao trabalho sendo menosprezado por um grupo descomprometido.

Problema 5 – Lc 9:51-56: Os discípulos não tinham compaixão e amor pelo


semelhante. Jesus fora rejeitado em Samaria, com isto, Tiago e João pediram para
que o episódio do Carmelo se repetisse (v. 54), ou seja, para que fogo caísse do céu
afim de que os samaritanos fossem destruídos, Jesus os repreendeu dizendo que o
Filho do Homem não veio para destruir a alma dos homens, mas para salvá-las (v.
55).

Note, se a mensagem fosse interrompida aqui, enxergaríamos apenas esta parte


obscura daqueles homens. Agora um detalhe importante: todos nós estamos sujeitos
a vivermos também os mesmos problemas. Mas, diante de tudo isto, estes mesmos
homens passaram por uma mudança radical, fantasticamente extraordinária.

Em atos 1:14, é dito que os discípulos bem como as mulheres estavam reunidos
unânimes em oração. Ellen White, em seu livro Atos dos Apóstolos, p. 35, nos diz
que este momento em que eles oraram com todo fervor e fé no cenáculo reclamando
a bênção do derramamento do Espírito Santo, foi um momento muitíssimo solene,
pois “humilharam o coração em verdadeiro arrependimento e confessaram sua
incredulidade”. Ah, como foi lindo este momento. Pedidos de desculpas surgiram,
abraços foram dados, e lágrimas foram derramadas. A partir de então os discípulos
se uniram como nunca antes (At 2:1-4; 42-47). Milagres extraordinários passaram
agora a acompanhar estes homens. Àqueles que não conseguiam ter autoridade
espiritual, agora expulsavam demônios, pregavam com autoridade (At 4:13) e
pregaram o evangelho com força em todo mundo (Cl 1:23). Estima-se que a igreja
primitiva levou aos pés de Jesus mais de 6 milhões de almas só no primeiro século.
A sombra de Pedro curava os enfermos, pregações eram feitas e multidões eram
batizadas (At 2:14:36). Agora uma pergunta pertinente surge: Por que mudaram
tanto? O que aconteceu para que esta mudança fosse uma realidade?

A RESPOSTA É SIMPLES: ELES ABRAÇARAM A UNIDADE.

Veja o que diz a autora norte-americana EGW: “Havia nesses primeiros discípulos
frisante diversidade. Eles deviam ser ensinadores do mundo e representavam
amplamente variados tipos de caráter. Para conduzir com êxito a obra para a qual
haviam sido chamados, esses homens, diferindo em características naturais e em
hábitos de vida, necessitavam chegar à unidade de sentimentos, pensamento e ação.

50
Esta unidade Cristo tinha por objetivo assegurar. (AA, p. 20). Queridos, por mais que
eles fossem diferentes uns dos outros, eles passaram a ter um só propósito: ver
Jesus voltar. Como seguidores de Cristo modernos, devemos imitar nossos líderes
da Igreja Primitiva.

III - CONCLUSÃO

Esta mensagem nos ensina a preciosidade da unidade dentro da Igreja Deus.


Somos o corpo de Cristo, e para que o mesmo funcione bem, precisamos estar
todos bem ajustados sendo promovedores da unidade, e fugindo de toda e qualquer
situação de contendas e divisões.

Quero concluir com a seguinte indagação? Por que Jesus ainda não voltou? A
resposta lógica é a que está em Mateus 24:14: o evangelho ainda não foi pregado no
mundo inteiro. A reposta está certa, porém ela em si é uma causa secundária. Ellen
White no Livro Eventos Finais, afirma que quando a chuva serôdia for derramada,
com duas a três palavras proferidas, milhares de pessoas hão de converter-se à
Cristo. Então isto me dá um sinal de alerta. Não é a pregação do evangelho em si
que está impedindo Jesus de voltar, mas sim, o despreparo da igreja de Deus para
receber a chuva serôdia. Os discípulos me ensinam isto. Enquanto vivam desunidos
com interesses egoístas, eles não possuíam o poder de Deus, mas uma vez que se
uniram e rasgaram vossas almas diante do Senhor o Espírito Santo foi derramado e
no poder dEle o Evangelho Eterno foi pregado em todo mundo. Ainda sobre a iminente
volta de Jesus, Ellen White destaca que Jesus poderia ter voltado na Assembleia de
Mineápolis, todavia isto não ocorreu porque os líderes do século 19 não se uniram
como os discípulos se uniram no cenáculo.

Ilustração:
Pegue um simples cubo de linha de máquina. Tire um fio apenas. Force as
extremidades e a linha facilmente irá quebrar, afinal, é apenas uma simples linha
de algodão. Agora, junte 12 dobras (12 discípulos), e use a mesma força que você
usou para quebrar a linha com apenas uma dobra. A dobra de 12 linhas não poderá
quebrar-se. Moral da história: se insistirmos no individualismo, a igreja de Deus não
terá poder para resistir aos ataques malignos, todavia, se nós nos unirmos, o Diabo
pode até tentar destruir a igreja de Deus, mas ele sempre será mal-sucedido, porque
a igreja de Deus unida no poder do Santo Espírito é uma igreja invencível. Louvado
seja Deus!!!

51
APELO
Portanto, meus amados irmãos, reitero: sejamos promovedores da unidade.
Amemos a todos, vivamos unidos, tenhamos paciência uns com os outros, toleremos
uns aos outros. Clamemos todos os dias pelo derramamento da Chuva Serôdia sobre
todos nós. Não esqueça: “A unidade é a força da Igreja” (Mensagens Escolhidas,
v. 1, p. 182). Jesus nos convida a vivemos isto aqui: “Da multidão dos que creram
era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma
das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum”. (Atos 4:32). Que Deus te
abençoe ricamente. Se é o seu desejo ser a igreja dos sonhos de Deus, fique de pé
para juntos orarmos ao Senhor.

Oração: Senhor Deus, a oração de Jesus de João 17 foi em prol da unidade


dos seus discípulos, mas ele orou por nós também (João 17:20). Os discípulos
foram transformados por Tua Graça Salvadora, nos transforme também, em nome
de Jesus, amém!

Pr. Afonso David

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06 | JUNHO

UMA FAMÍLIA
MISSIONÁRIA
Josué 24:15

INTRODUÇÃO:
Problemas familiares.
1. Crises nos lares - As estatísticas de divórcios estão aumentando a cada dia.
2. Educação dos filhos - A rebeldia dos filhos assusta os pais e educadores.

Necessidades das famílias.


1. Materiais – Neste contexto há ainda os que sofrem necessidades de coisas
básicas da vida como roupas e alimentos.
2. Espirituais – “Há um vazio com a forma de Deus em nossos corações,
porém muitas pessoas tentam enchê-lo com outras coisas” (desconhecido).

I - UM GRANDE CONFLITO NAS FAMÍLIAS


Vivemos um momento de crise nas famílias. A crise cultural de nossos dias,
é apenas sintomática de uma crise espiritual profunda que continua a corroer os
fundamentos de valores sociais outrora considerados comuns...Quer percebamos ou
não, nós seres humanos estamos envolvidos em um conflito espiritual cósmico entre
Deus e Satanás, e o casamento e a família são áreas de suma importância onde são
travadas batalhas espirituais e culturais. Se, portanto, a crise cultural é sintomática
de uma crise espiritual subjacente, a solução também deve ser espiritual, e não
apenas cultural. (Andreas J. Kostenberger - Deus, Casamento e Família)
Tendo consciência desse cenário, que envolve cada um de nós, entendemos o
porquê de todas as famílias enfrentarem lutas, problemas e dificuldades de toda
ordem. É o desenrolar do drama do grande conflito que atinge a todos com o objetivo
claro de nos fazer desanimar na fé, e desconfiar do amor e cuidado de Deus por seus
filhos. Somente uma família bem ordenada poderá formar o caráter e entregar ao
mundo uma geração de homens e mulheres capazes de amar e viver a missão da
pregação do evangelho. Uma família bem ordenada amplia as fronteiras da salvação

53
para o mundo. Por isso, a família tem se tornado o alvo da ira do inimigo para
destruir o Plano de Deus. (Fundamentos do Lar Cristão cap. 1, Ellen White)
Em um contexto bem desafiador Josué nos ensina a grande lição de que tanto ele
como sua casa serviriam ao Senhor, a despeito do que os outros escolhessem fazer
(V. 24). Hoje, diante do cenário que vivenciamos podemos escolher servir a Deus
envolvendo nossa família na salvação de pessoas.

II – CUMPRINDO A MISSÃO EM FAMÍLIA


O senhor quer usar famílias para salvar outras famílias. Quando Ele fez o
chamado a Abraão o propósito era que através de sua casa todas as famílias da terra
fossem abençoadas (Gen. 12:2-3). Hoje mais do que nunca, há necessidade de nos
envolvermos com a multidão, fazer algo por ela. Famílias estão sendo destruídas
por falta de amor, vícios e conflitos. O senhor faz um chamado para cada família se
envolver na missão (TEM).
A. Agir em prol dos menos favorecidos da sociedade. “...todo aquele que, entre
vós, quiser tornar-se grande, seja vosso servo” Mt 20:26. Há milhares de
pessoas sem ter o que comer. Podemos trabalhar com a ideia de que somos
uma família especial, uma família que Deus escolheu para representá-Lo em
nosso bairro, na escola, na cidade e na igreja; como dignos representantes
Seus, não apenas pensaremos em nosso bem-estar, mas destinaremos tempo
e oportunidades para criar momentos especiais para os que necessitam do
amor de Jesus em sua vida. Imagine o impacto que seria para uma pessoa
humilde e solitária o convite de uma família para uma deliciosa refeição? (At
2:46).
B. A família espiritual adora unida e pode estar junta no momento de pregar
a palavra de Deus: Podem abrir as portas de sua casa para realizar um
pequeno grupo (At 5:42), e dessa maneira poderão pregar o evangelho aos
familiares, amigos e vizinhos; poderão realizar uma classe bíblica em família,
ou ainda como casal, formar uma dupla missionária (Lc 10:1).
C. Mesmo em meio aos momentos mais difíceis da vida, as crianças que
crescem em um ambiente familiar com essas características se mantêm
identificadas com o serviço ao longo da vida. E ainda mais, as famílias
missionárias, as que fazem do serviço um estilo de vida, são mais felizes,
porque alcançam a satisfação de fazer a outros felizes. Vale a pena declarar
hoje, como Josué, “Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR” (Josué
24:15)

III - FAMILIA: UM CELEIRO DE MISSIONÁRIOS


Os melhores missionários podem ser preparados nos lares
A. Estudar a bíblia - ao estudarmos a Bíblia (Lição da Escola Sabatina) e
oramos diariamente para nos fortalecer e nos preparar para as ciladas,

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ataques e enganos do inimigo. A leitura da Bíblia nos aponta os tempos,
os caminhos, as armas do adversário e como podemos nos defender nessa
guerra e conhecer a vontade do Senhor. (Mateus 22:29 e João 5:39).
B. Suplicar pelo batismo diário do Espírito Santo - Ele é quem nos conduzirá em
meio ao mundo de pecados, enganos e mentiras. O Santo Espírito é quem
nos mostrará qual a verdade de Deus (João 16:5-11).
C. Envolver-se na obra do Senhor - ser um missionário vivo, uma testemunha
do amor e da salvação que o Senhor oferece. “Aqueles que são cristãos no
lar, serão cristãos na igreja e no mundo.” (Minha Consagração Hoje, p. 94.)
D. O lar desse preparar os missionários - “os missionários do Mestre preparam-
se melhor para a obra lá fora em lares cristãos, onde Deus é temido, onde
Deus é amado, onde Deus é adorado, onde a fidelidade se tornou segunda
natureza, onde não se permite dar aos deveres domésticos descuidosa e
casual atenção, onde a tranquila comunhão com Deus é considerada
essencial ao fiel cumprimento dos deveres diários” (O Lar Adventista, p. 35).

CONCLUSÃO
“Um lar cristão bem-ordenado é poderoso argumento em favor da realidade da
religião cristã – argumento que o incrédulo não pode contradizer. Todos podem ver
que há na família uma influência em atividade, a qual afeta os filhos, e que o Deus de
Abraão está com eles. Se os lares dos professos cristãos tivessem um molde religioso
correto, exerceriam uma poderosa influência para o bem. Seriam na verdade a luz do
mundo” (O Lar Adventista, p. 36).

Ao longo da história bíblica temos exemplos de famílias que estavam envolvidas


na missão: Noé e família, Abraão e familia, a Familia de Jesus, Filipe e suas filhas,
Marcos e sua mãe, Priscila e seu esposo, o centurião e sua casa, O carcereiro e sua
casa, Timóteo e sua avó.

APELO
O Senhor em breve virá buscar a família humana, por esse motivo devemos nos
preparar em família, e uma excelente maneira de nos prepararmos é cumprindo
a missão que nos foi confiada. Deseja você e sua família se colocar como um
instrumento para a salvação de outras famílias? E como Josué dizer “Eu e minha
casa serviremos ao Senhor”?

Pr Valleide Maximus – MSMa

55
07 | JULHO

UMA DÍVIDA
COM O MUNDO
Romanos 1: 14-17

Introdução:
Paulo, depois de haver pregado a justiça divina em lugares como Jerusalém, centro
religioso do mundo, onde fora cercado pela multidão enfurecida (At 21.31; 22:22-
23). E depois de haver pregado em Atenas, centro intelectual do mundo, onde fora
covardemente zombado (At 17.32), agora tem como alvo a cidade de Roma, onde mais
tarde seria martirizado (2Tm 4.6). Apesar de tudo isso, o apóstolo já se dizia ansioso
para pregar o evangelho. Com toda disposição e empolgação, Paulo faz três declarações
pessoais impactantes:

“...sou devedor...” (v. 14)

“...estou disposto...” (v. 15)

“...não me envergonho...” (v. 16)

Por que que essas declarações são tão importantes? porque elas contrariam a
posição de muita gente na igreja hoje sobre a evangelização. A evangelização não é uma
opção extra, como muitos pensam, nem um favor que realizamos a Deus; Paulo se refere
à evangelização como uma obrigação na vida cristã. Enquanto muitos relutam em fazer
o trabalho de Deus, as três declarações de Paulo demonstram disposição e entusiasmo.
Enquanto muitos se envergonham do evangelho, Paulo diz não se envergonhar dele (v.
16).

Humanamente, Paulo até tinha razões para relutar e se envergonhar do evangelho,


pois ele estava indo para uma região que era símbolo do orgulho e do poder imperial. A
performance de Roma era intimidadora. Muitos queriam pelo menos uma vez na vida, vê-
la e admira-la. Agora, quem era Paulo para visitar a capital não como turista, mas como
um evangelista? Quem era Paulo para pensar que tinha algo a dizer que Roma precisasse
ouvir? De onde vinha tanta presunção? Segundo a tradição, Paulo era um feio e corcunda,
de pernas tortas, careca, nariz de gancho, vista fraca e sem grandes qualidades oratórias.

56
O que ele esperava conseguir diante do poder e orgulho de Roma Imperial? Não seria
mais conveniente ele ficar calado, fechar o bico, para não ser expulso da cidade?

Paulo não pensava assim. Pelo contrário, ele disse: “...sou devedor...”; estou
disposto...e não me envergonho.” Por que Paulo era tão entusiasmado em pregar o
evangelho? Ele mesmo apresenta duas razões principais:

I - Primeira Razão: O Evangelho é uma Dívida para com o Mundo (14-15).


1. Entre as tantas maneiras de alguém se endividar, destacarei duas delas: a
primeira, é quando pego dinheiro emprestado com alguém, logo, enquanto eu não pagar,
sou devedor daquela pessoa; a segunda, é quando alguém me repassa o dinheiro para
entregar a outra pessoa, enquanto eu não passar o valor ao destinatário, sou devedor
tanto daquele que me passou como daquele que deveria receber o valor.

No primeiro caso eu estaria endividado por ter tomado emprestado. No segundo


caso, a pessoa que me passou o dinheiro, me colocaria em dívida com a pessoa que
deveria receber.

2. Quando o Paulo diz “...sou devedor...”, se referente ao segundo. Paulo não


pediu nada emprestado aos romanos que tivesse que devolver. Mas foi Jesus quem
lhe repassou o evangelho para que o mesmo pudesse passar para eles. Em várias
declarações ele afirma isso, dizendo: “...[que] lhe foi confiado...” (Gal 2:7), e de como ele
foi “encarregado” (1Tm 1:11) de anunciá-lo. Jesus fez de Paulo um devedor quando deu
a ele o evangelho. A dívida de Paulo era exclusivamente com os romanos. Foi movido
por esse senso de dívida para com os romanos que Paulo escreveu: “Por isso eu estou
disposto a pregar o evangelho também a vocês que estão em Roma” (15).

“Por ocasião de sua conversão, Paulo foi inspirado com seu incontido desejo de
ajudar seus semelhantes a comtemplar a Jesus de Nazaré como filho do Deus vivo
poderoso para transformar e salvar. [...] Seu grande coração de simpatia abrangia todas
as classes. ‘Eu sou devedor’, declarou, ‘tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios
como a ignorantes’”. (Atos dos Apóstolos, pág. 246).

Qual é a sua dívida? Deus nos fez devedores a partir do momento em que Ele disse:
“...fazei discípulos...” (Mt 28:19). Temos uma dívida alta a pagar com o mundo lá fora.
Enquanto a dívida de Paulo era com Roma, a de outros pode ser um parente, um pai,
uma mãe, um filho, um vizinho, um tio, uma tia, um irmão biológico, uma família amiga,
um povoado, um bairro, ou mesmo uma cidade.

a. - Ninguém pode reivindicar o monopólio do evangelho - At 1:8

b. - Tudo que nos salvou, vindo do evangelho, precisamos comunicar - Jo 4:28-30

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c. - Façamos conhecida as Boas Novas da salvação diante dos homens - 1Tm 2:4

Dever e não pagar, é vergonhoso em qualquer lugar do mundo. Por isso Paulo estava
ansioso em pagar. Pague sua dívida pregando o evangelho eterno aos seus parentes,
vizinhos, amigos e a quem quer que seja. Essa era a primeira motivação de Paulo.

II - Segunda Razão: O Evangelho é o Poder de Deus para a Salvação (16).


1 O verso 16 apresenta o segundo motivo pelo qual Paulo estava ansioso em
pregar o evangelho sem medo ou constrangimento. Alguns estudiosos e especialistas,
acham um absurdo a ideia de que Paulo pudesse se envergonhar do evangelho, e que
a frase “não me envergonho do evangelho”, seria apenas um efeito retórico (lítotes)
que consiste em negar uma coisa ao invés de afirmar outra (como quando alguém diz
“Não achei graça!” em vez de “Estou furioso!”). Um deles, chamado Moffatt, prefere
entender a frase como “Eu me orgulho do evangelho”. Embora todo esse jogo de palavras
seja bonito, é incorreto tentar alterar a afirmação de Paulo quando ele afirma “não me
envergonho do evangelho”. O próprio Jesus foi quem advertiu os discípulos para que não
se envergonhassem dEle (Mc 8:38), e se Ele falou é porque havia essa possibilidade.

2 Não há sentido em afirmar que temos vergonha de alguma coisa, a não ser que
sejamos tentados naquilo. Paulo conhecia bem essa tentação. Ao escrever aos coríntios
disse que foi até eles “em fraqueza, temor e com muito tremor” (1 Co 2:3). Ele sabia que
a mensagem da Cruz era “loucura” para uns e “escândalo” para outros (1Co 1:18,23),
porque ela mina a justificação própria e desafia nossa autoindulgência.

3. Mas, apesar de toda a possibilidade de passar vergonha, Paulo declara que de


fato o evangelho é o poder de Deus. Esse poder que Paulo menciona é distinto, único e
sobrenatural. Sabemos que nos espaços da terra existem estruturas de poder, como por
exemplo:

a. O poder da natureza que é algo incontestável

b. O poder bélico que alguns países esbanjam

c. O poder político que homens exercem

d. E outros poderes que os homens executam com plena liberdade de seu domínio

Porém, nenhum dos poderes mencionados acima transformam os seres humanos


em deuses.

“Para que pudessem ter sucesso em sua obra, deviam eles [discípulos] receber o
poder do Espírito Santo. Não pelo poder humano ou humana sabedoria devia o evangelho
ser proclamado, mas pelo poder de Deus”. (Atos dos Apóstolos, pág. 10).

58
4. Quando Paulo menciona que “evangelho é o poder de Deus”, ele está destacando
o poder que Deus tem como Deus. Poder que:

a. Liberta da culpa e das armadilhas do inimigo

b. Liberta da incapacidade de agradar a Deus

c. Transforma o ser humano em uma nova criatura, libertando-o de si mesmo, e


da geração perversa a qual ele vive

“[Os discípulos] falaram no poder do Espírito Santo; e sob a influência desse poder,
milhares se converteram”. (Atos dos Apóstolos, pág. 13).

“Assim foi na igreja primitiva e, ao ver-se na igreja de hoje que, pelo poder do
Espírito Santo, os membros retirem suas afeições das coisas do mundo e se dispõem a
fazer sacrifícios a fim de que seus semelhantes possam ouvir o evangelho, as verdades
proclamadas terão poderosa influência sobre os ouvintes”. (Atos dos Apóstolos, pág. 39).

Ilustração:
Sugestão: Verificar com antecedência se tem algum interessado preparado para
o batismo. Em seguida, antes do apelo final, (1) pode ser realizado o batismo deste
interessado; (2) então, se poderia contar o testemunho de como o interessado foi
alcançado pelo evangelismo público (pelos Calebes), destacando sua decisão ao lado
de Cristo.

Assim os discípulos, “revelaram, diante dos anjos e dos homens, o transformador


poder do amor que redime”. (Atos dos Apóstolos, pág. 27).

Apelo:
Pagar a nossa dívida (ainda que não consigamos em plenitude), deveria ser nossa
primeira preocupação. Deus nos oferece várias opções como membros de Sua Igreja para
que possamos sanar essa dívida.

Uma dessas opções é fazer parte do grande exército de jovens Calebes evangelistas
em nossa igreja local (veja antes quantos jovens se envolverão na Missão Calebe, depois
desafie os demais a se envolverem também).

A missão Calebe é a oportunidade que Deus nos dá neste mês de pagarmos nossa
dívida com o evangelho e de alcançarmos aqueles que queremos ver na eternidade. Deus
pode contar com você nessa manhã?

Pr. Cledenilson Nascimento – ASPa

59
08 | AGOSTO

QUEM TEM OUVIDOS


PARA OUVIR, OUÇA
Mateus 4:1-9

Tese: Separar tempo diariamente para a comunhão pessoal é o estilo de vida do


cristo.

INTRODUÇÃO
Quem tem ouvidos para ouvir ouça - Marcos 4:9. Este texto é encontrado no
Evangelho de Marcos e também é mencionado 7 vezes nas cartas dirigidas às igrejas do
livro de Apocalipse (cap. 2 e 3).

O nosso tema é: Um coração pronto a ouvir. Quando Jesus diz, quem tem ouvidos
para ouvir, ouça! O que ele está dizendo é que não basta ter ouvidos, é preciso usá-los.

I – A PARÁBOL A DO SEMEADOR – v.1-8


Vamos ler toda a parábola do semeador relatada em Marcos 4: 1 a 9

Quando a semente é lançada, ela cai em quatro tipos de solos:

Beira do caminho, não receptiva; solo rochoso, não cria raízes; Entre espinhos, que
sufocam os ouvidos para ouvir e na boa terra, que são os ouvidos com bom discernimento
e prontos para ouvir.

Perceba que a semente é a mesma, o semeador é o mesmo. A diferença não é a


mensagem e nem o mensageiro. A diferença é o ouvinte; temos ouvidos, mas não o
utilizamos e você sabe que há um prêmio para os ouvintes. Ouve oh Israel! Quando
Neemias encontrou o livro da lei o povo estava atento para ouvir a sua leitura (Neemias
8:1), o evangelho diz: Bem-aventurados os que ouvem (Lucas 11:28).

Os nossos ouvidos não têm pálpebras, foram feitos para ficarem abertos, mas é
incrível como se fecham facilmente porque a verdade é a seguinte: Eu só ouço aquilo

60
que eu quero ouvir; eu seleciono. Estou falando de ouvir com o coração. A bíblia nos
apresenta o exemplo de Pilatos que selecionou o que queria ouvir.

Pilatos ouviu seletivamente. Ele não ouviu a esposa quando disse “não se intrometa
na questão deste justo”. Ele não ouviu Jesus! Ele perguntou o que é a verdade, mas não
ficou para ouvir. Pilatos ouviu seletivamente, ele ouviu a multidão! Pilatos representa os
ouvidos que não ouvem. Então ele também não creu, não teve fé pois a fé vem pelo ouvir.
Como ele não ouviu, nunca encontrou a fé.

Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça.

A minha pergunta para você é: há quanto tempo você checou a sua capacidade de
ouvir a Deus?

II – O EXEMPLO DE JESUS VERSUS NOSSA CONDUTA– v. 9


Quando Deus lança a semente ao seu coração, qual tem sido o resultado?

Quero perguntar mais, quanto tempo faz que você deixou que Deus o colocasse bem
junto de si? Quanto tempo faz que você deu a Ele uma porção não diluída e ininterrupta
de seu tempo para ouvir a Sua voz?
Jesus fazia isso! Jesus se esforçava para dedicar tempo a Deus. E o desafio é ser mais
semelhante a Jesus, mais parecido com Ele. Ele passava bastante tempo na presença de
Deus orando e ouvindo. A Palavra de Deus diz que Jesus se levantava alta madrugada,
retirava-se pelos desertos e ali orava (Lucas 5:16). Se Jesus entendia ser necessário estar
na presença do Pai em oração não seria prudente fazer o mesmo? Jesus separava tempo
para orar e tempo para estudar a Palavra. A grande demonstração de sua intimidade com
a Palavra foi no deserto da tentação com a expressão “Está Escrito”, citando o verso
apropriado. Ele decidiu crescer conhecendo as Escrituras, não deveríamos nós fazer o
mesmo?
Nós que somos chamados para ser parecidos com Jesus devemos ter ouvidos que
ouçam a voz de Deus; imitando Jesus em orar e ler a Palavra de Deus.
Mas atenção: alguns tentam se desviar desta mensagem! Temos procurado fazer isso.
Não temos tempo de parar para ouvir a voz de Deus”. Temos horário muito apertado,
estamos muito ocupados, são muitas coisas para fazer, então sabe o que a gente faz ao
invés de gastar tempo com Deus ouvindo Sua voz? vamos em busca de um substituo
espiritual. Vamos em busca de alguém que tenha esse relacionamento com Deus e possa
me dizer o que Deus quer me falar. Os pregadores ou pastores fazem isso. Eles passam
tempo na presença de Deus. Então vamos ler o que eles escrevem, vamos ouvir o que
eles têm para nos dizer. Afinal! Não é para isso que existem os pregadores, os pastores?
Vou aprender com eles.
Esta, porém, não é a vontade de Deus. Quando você faz isso está terceirizando sua
comunhão pessoal. Isso significa que você está vivendo um Cristianismo de segunda
mão, um cristianismo da experiência do outro. Sua própria experiência está em segundo
plano.

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Então me ouça. Para quais coisas na sua vida você manda um substituto?

Férias! Chegaram as suas férias, você manda outro no seu lugar? Você não manda.
Namorar! Oh coisa chata, é namorar! Então mande alguém no seu lugar!
Pois é, você não manda ninguém no seu lugar. Para comer você também não manda
ninguém no seu lugar, né? É chato!
Por que você não manda alguém tirar as suas férias no seu lugar, ou comer no seu
lugar? Porque existem coisas que ninguém pode fazer por você. E uma delas é dedicar
tempo a Deus. Ouvir a Deus é uma experiencia que você precisa desfrutar por você
mesmo!
Quando Ele pede sua atenção, Ele não quer um substituto, Ele quer você!
Ele convida você para tirar férias na presença da Sua majestade, ele convida você
para sentir o toque da Sua mão. Ele convida você para se banquetear à mesa dEle. Ele
quer dedicar tempo a você e desfrutar esse tempo com você.
Quando você começar a fazer isso, seu tempo com Deus passará a ser a melhor
parte do dia!

III – OUVIDOS PARA OUVIR


Eu quero lhe apresentar 4 ferramentas para começar a ouvir:

A) Primeira ferramenta: Tempo determinado! Tem que separar tempo. Dedique um


momento do seu dia. Para alguns será pela manhã, pela madrugada.
A Palavra diz: os que me buscam de madrugada me acharão (Provérbios 8:17)!

Para outros: à tarde! Como disse o Salmista: Subo a minha oração como sacrifício
da tarde (Salmo 141:2)

Ou pode fazer melhor, como sugere o Salmo 55: de tarde, de manhã e ao meio-dia
orarei e clamarei. Você pode ter seus momentos a sós com Deus pela manhã e pela
tarde.

Quanto tempo? Não sei. O tempo deve ser suficiente para você dizer o que deseja e
para que Deus diga o que Ele quer dizer a você!

A primeira ferramenta para aprender a ouvir a Deus: TEMPO

B) Segunda ferramenta para aprender a ouvir a Deus: Ter um lugar habitual:


Embaixo de uma árvore, na cozinha, no escritório, no quarto, em um canto da
sala.... Um cômodo separado da casa!

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Vá sempre para o mesmo lugar! E separe tempo! Agora leve a Bíblia.
C) A terceira ferramenta para aprender a ouvir a Deus: Uma Bíblia aberta!
Deus fala conosco através da Sua Palavra! Ore e peça a direção dEle. A Bíblia não
é um jornal, mas uma Mina que deve ser explorada, examinada! Leia, estude, medite!

A lição da Escola Sabatina é um guia seguro no estudo da Bíblia. Com temas


diferentes a cada trimestre estudamos a Bíblia de forma sistemática e completa quando
usamos a lição da Escola Sabatina. Aqui cabe mais uma pergunta, você tem a assinatura
da sua lição? Este é o MANÁ que Deus envia para seu povo a cada manhã.

E nunca saberemos tudo. Sempre teremos mais a aprender. Após o primeiro dia de
aula, quando uma menina retornou para casa, sua mãe lhe perguntou: “Você aprendeu
tudo?”

A menina disse: “acho que não!”, terei que voltar amanhã e depois de amanhã e
depois de amanhã!

É assim também com a Palavra de Deus! Um pouco cada dia, a cada manhã do
alimento para a vida!

D) A quarta ferramenta: um coração que ouça. Um coração pronto para ouvir é ter
disposição para aplicar em sua vida diária as recomendações divinas. Aquele
que tem ouvidos para ouvir, ouça! Isso é ouvir com o coração! E sabemos que
temos ouvido o que Deus tem nos dito quando o que lemos da Bíblia coincide
com o que as outras pessoas veem em nossa vida! É por isso que Paulo instruiu
o que aprendestes, recebestes! O que vistes, vistes! Isso fazei! Filipenses 4:9

CONCLUSÃO
Lembre-se: um tempo determinado, um lugar habitual, uma bíblia aberta (Com a sua
lição), um coração pronto para ouvir. Permita que Deus o tenha bem junto de Si. Permita
que Ele o ame e não fique surpreso se sua vida seguir por um caminho diferente. É que
você está andado com o Senhor.

APELO
Quer vir aqui orar comigo? Quer que Deus esteja pertinho de você? Quer permitir que
Ele o ame?

Chegue mais perto que eu quero orar por você. Amém!

Pr Fabio Tavares - ASPa

Adaptado de Max Lucado

63
09 | SETEMBRO

A SUA CASA
ESTÁ LIMPA?
Lucas 11:24 e 26

Tese- A sua casa deve ser habitação do Espírito de Deus.

I – INTRODUÇÃO
1 Ter uma casa bonita e limpa é tudo que as pessoas querem na vida.
2 Há uma satisfação quando encontramos uma casa bem arrumada mesmo
que seja simples.
3 No passado nossos pais tinham alegria de arrumar a casa, tomávamos água
naquele copo de alumínio brilhando, tínhamos as panelas também brilhando,
e a casa com tudo no lugar.
4 O perigo é nos preocuparmos tanto com a casa e seus cuidados e esquecermos
da parte principal que é preenchê-la do que realmente importa.
5 Às vezes podemos ser como Marta que cuidava da casa e esquecia da
importante presença de Jesus, ou Jonas que estava tão preocupado com as
coisas que perdeu de vista que as pessoas eram mais importantes.

II - DESENVOLVIMENTO
1- A casa estava Limpa- Isso significa que teve um grande esforço para que
tudo estivesse no lugar. Muitas vezes as mulheres sofrem para colocar tudo
no lugar. Manter uma casa limpa não é fácil.
2- Ornamentada- Tudo que era de bom que alguém precisasse tinha naquela
casa. Os desejos do coração foram preenchidos. Se a casa fosse como nos
dias de hoje, talvez tivesse uma Tv 80 polegadas, Home Theater, poltrona
reclinável, toda no porcelanato líquido, piscina, área gourmet e playground.
A casa tinha tudo de bom. Tudo para que o orgulho e o egoísmo pudessem
ser saciados.

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3- A casa era de quem? - Segundo o relato a casa era do maligno. Ele disse
que voltaria para casa dele. Ele tinha sido o antigo dono. E parece que nada
havia mudado.
3.1- Estava vazia- Hoje com problemas de moradias que temos no Brasil
e no mundo, casa vazia com certeza vai ser invadida. Aquela casa seria
invadida pelo pior inquilino do mundo. O Ex-dono que conhecia tudo
dela. Hoje temos muitas pessoas com grandes casas, mas estão vazias.
Hoje o número de pessoas se sentindo vazias é enorme. A Depressão
está assolando as pessoas com um vazio existencial.
3.2- Tudo era em vão. Se não colocarmos a pessoas certas para morar
em nossa casa tudo será em vão.”Se o Senhor não edificar a casa
em vão trabalham os que edificam”.(Sl 127.1). Muitas pessoas estão
trabalhando em vão em suas construções pessoais. Estão correndo atrás
de ornamentar suas vidas, mas seus filhos estão sendo entregues a sorte,
aos maus hábitos, às influências malignas.
3.3- Sua casa habitada- Quando uma casa é habitada por uma pessoa
e esta a deixa, o dono faz uma reforma geral para que outra pessoa
habite. Quando Deus habita em nossa vida, Ele se encarrega de fazer
uma reforma em nossa vida, e tira tudo do lugar, e troca a chave. A
nossa casa agora tem dono. Ele conhece tudo de nossa vida. Ele não está
preocupado com o que nós temos, mas se interessa com o que iremos
nos tornar. As coisas para Ele não são o mais importantes. O importante
para Ele é reunir com você em sua casa, e mostrar todos os dias que
alguém está habitando essa casa.
4- A metáfora da casa- A casa representa o seu e o meu coração. Que segundo
a Bíblia é mal, enganoso mais que todas as coisas e corrupto. Em outras
palavras, o maligno habitava em nosso coração e colocava nele seus desejos
mais sórdidos. (Jr.17.9)
4.1- Precisamos guardar o coração- Porque dele depende todas as nossas
escolhas. (Pv 4.23)
4.2- Dar a Deus o primeiro lugar –Fazer uma constante busca pela presença
de Deus. Não deixar espaço vazio em nosso tempo. E tudo nos será
acrescentado. (Mt 6.33)
4. 3- Você é responsável- Só permanece em sua casa quem você permite.
Você é o sacerdote de seu lar. A salvação de seus filhos depende de
você. Por isso, Josué disse: Eu minha casa serviremos ao Senhor. ( Josue
24.15)
4.4- Você é habitação do Senhor- O Espírito santo deseja fazer morada
permanente na sua vida e da sua família. Porque somos templos do
espírito Santo de Deus. (1 Coríntios 6.19)

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4.5- Pais que fazem a diferença- Lembra do que fazia Jó toda madrugada? Se
levantada antes de amanhecer e apresentava os filhos a Deus, nome por nome, e
intercedia por eles. Seja um intercessor em sua casa e sua casa será sempre do
Senhor. ( Jó 1.5)

III - CONCLUSÃO
1- Não permita que sua vida seja preenchida por moveis, imóveis e automóveis
a ponto de o inimigo tomar conta de sua vida e te fazer de escravo novamente.
Ele vai lutar para ter o controle de novo de seu coração.
2- Uma vida dedicada a Deus é o grande remédio para expulsar o inimigo de
nossas almas para bem longe de nossa vida.
3- Seus filhos precisam entender que a casa que você está construindo está
sobre a rocha que é Cristo Jesus. Seu amor é pela causa no Mestre e seu
propósito é fazer de seu lar uma casa de benção.
4- Seja um intercessor e se apresente em sacrifício diário a Deus por sua família
e o diabo fugirá de você. Resista-o pela intercessão. (Tiago 4.7)
5- Precisamos levantar uma geração de intercessores.
6- O grande prêmio é preparar essa geração para o encontro com Deus em
glória e majestade. Então, prepare sua família para serem intercessores.

APELO
1- Você gostaria de fazer de sua casa um lugar de salvação e de intercessão
para sempre?
2- Você está disposto a colocar toda sua energia na salvação de pessoas e
especialmente da sua família como fez aquele jovem endemoniado depois
que foi curado por Jesus e enviado a pregar para os seus?
3- Você se sente escolhido para preparar uma geração para encontrar com
Jesus e ser uma benção dentro de sua casa?
Se este é o seu desejo, fique em pé, para firmarmos um compromisso com Deus
diante do altar do Senhor.
OBS - Prepara um altar e coloca alguma coisa para firmar o compromisso com
eles. Pode dar um livro. Pode ser um papel em branco simbolizando o compromisso
e coloca no altar. Pode ser um coração. Mas, prepare o altar. É importante para que
haja comprometimento.

Pr Sósthenes Andrade – UNB

66
10 | OUTUBRO

A MISSÃO DA
IGREJA
Apoc. 14: 6-12

Tese: As 3 mensagens do apocalipse prepararão o povo para encontrar-se com


o Senhor.

INTRODUÇÃO
Ao longo da História, todas as épocas têm suas singularidades. A época atual
é marcada pela violência, imoralidade e desespero que se multiplicam em todos
os níveis da sociedade. Portanto homens e mulheres são chamados por Deus para
esse tempo especial da História, a fim de conduzir pecadores ao arrependimento,
proporcionando-lhes esperança em meio às suas lutas.

AS TRÊS ÚLTIMAS MENSAGENS DE DEUS PARA O MUNDO


Ao analisar o capítulo 14 de Apocalipse, veremos que Deus tem três últimas
mensagens de para o mundo antes da gloriosa volta de Jesus. Essas mensagens são
a forma de um Deus de amor clamar para que os Seus filhos não escolham receber o
sinal da besta. No grande conflito não podemos ficar neutros: ou aceitamos a Deus
ou o rejeitamos. Não há meio termo (Apocalipse 3:15 e 16).

O capítulo 14 de Apocalipse pode ser divido em pelo menos três partes:

A primeira parte menciona a vitória dos que foram salvos por Cristo e perseveram
em segui-Lo até o fim (versos 1-5);

A segunda parte apresenta as Três Últimas Mensagens de Deus à Humanidade


(versos 6-12);

A terceira parte trata da volta de Jesus, para recompensar os fiéis e punir os


infiéis (versos 13-20).

67
A seguir, estudaremos de maneira breve a segunda divisão do apocalipse 14.

I. PRIMEIRA MENSAGEM
“… teimei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai
aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” Apocalipse 14:7.

Deus nos avisa que “é chegada a hora do seu juízo”. Isto se refere à primeira fase
do juízo que já começou, no Céu. Este juízo é conhecido como juízo investigativo e
serve para:

(1) mostrar ao universo que os filhos de Deus realmente O aceitaram como


Salvador e, portanto, são dignos da salvação e

(2) condenar o poder representado pelo “chifre pequeno” de Daniel 7, que


corresponde ao poder representado pela besta em Apocalipse 13:1-10.

Em seguida, os seres humanos são convidados a ADORAREM “aquele que fez o


Céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”. Veja que o desfecho final entre o bem
e o mal envolve a ADORAÇÃO (isto pode ser visto claramente em Apocalipse 13).

Não é por acaso que as últimas palavras de Apocalipse 14:7 são as mesmas de
Êxodo 20:11. Veja:

“… fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”. Apocalipse 14:7

“porque em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles
há, e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o
santificou” Êxodo 20:11.

Ao apresentar a razão pela qual devemos guardar o Sábado, deixando de lado as


atividades cotidianas, os dois textos, juntos, estão dizendo: porque Deus criou todas
as coisas em seis dias, vocês devem guardar o Sábado. Portanto, ADOREM a Deus
no Sábado, dando sinal de que lembram dEle como Criador!

Conectando os dois textos podemos ver que a primeira mensagem de Apocalipse


14 é para que guardemos o Sábado em atitude de ADORAÇÃO.

II. SEGUNDA MENSAGEM


“Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo: caiu, caiu a grande Babilônia que tem
dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição” Apocalipse
14:8.

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O termo “Babilônia” significa “confusão” e está relacionado com o momento
em que Deus confundiu a linguagem humana, quando pessoas rebeldes queriam
construir a torre de Babel em uma atitude de desafio ao Criador (ver Gênesis 11:1-9).

No Apocalipse, “babilônia” se refere a toda confusão religiosa que há no mundo.


Hoje, existem milhares de religiões e seitas diferentes o que tem confundido muitos,
que se perguntam: “no meio de todas essas doutrinas, onde está a verdade?”

O “vinho” de babilônia são suas doutrinas falsas: observância do domingo,


crença na existência de um espírito ou alma que sai do corpo por ocasião da morte,
tormento eterno dos ímpios, adoração e veneração de imagens, etc.

A mensagem de Deus é: “um dia esta confusão religiosa (Babilônia) irá terminar”.
Logo, “haverá um rebanho e um pastor” (João 10:16, última parte).

III. TERCEIRA MENSAGEM


“Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz: se alguém
adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão,
também esse beberá do vinho do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura,
do cálice de sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos
anjos e na presença do cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos
séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da
besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome. Aqui está
a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em
Jesus” Apocalipse 12:9-12.

Na terceira e última mensagem angélica Deus adverte: se alguém adorar a besta


e receber a sua imagem, ou seja, se aceitar o “falso sábado”, será castigado no lago
de fogo e enxofre. Deus está dando um sério aviso para que não deixemos de lado
a observância do Sábado da criação para seguir mandamentos de homens (Mateus
15:3, 9).

E o lago de fogo?

Convém destacar que o lago de fogo não existe hoje. Este texto nos mostra que
os injustos serão lançados no lago depois que Jesus voltar para dar a recompensa
àqueles que aceitaram o sinal da besta.

A crença de que os maus “estão num lugar de tormento” hoje, não é bíblica. Veio
do paganismo e é baseada em equivocadas interpretações dos textos bíblicos em
que aparecem as expressões “inferno” e “tormento eterno”.

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Veja que os ribeiros de Edom não estão queimando até os nossos dias para que a
sua fumaça suba “eternamente”. Portanto, a conclusão a que podemos chegar é que
a expressão “fumaça que sobe pelos séculos dos séculos” simboliza, na linguagem
bíblica, a completa e definitiva destruição dos ímpios. Além disso, não devemos
esquecer que, o fato de a Bíblia apresentar a morte como sendo um sono sem
sonhos, indica que os mortos estão inconscientes até o dia da ressurreição (ver o
Salmo 6:5, 13:3, 115:17, Eclesiastes 9:5, 6 e 10, João 11:11-14, 1ª Tessalonicenses
4:13, etc.).

Já a expressão “fogo eterno” se refere ao um fogo eterno em suas conseqüências,


ou seja: a pessoa será destruída e nunca mais ressuscitará. Ver Mateus 25:46.
“Fogo eterno” não se refere a duração do castigo (Leia Mateus 11:21, 22 e perceba
que há graus de castigo). Um exemplo bíblico de que a palavra “eterno” nem sempre
significa um “período sem fim” encontramos em 1 Crônicas 28:4 e 29:27. O verso
4 afirma que Davi seria rei em Israel eternamente e, o verso 27 do capítulo 29, diz
que a expressão eternamente equivalia 40 anos!

CONCLUSÃO
Meus amados as três últimas mensagens de Deus para o mundo são:

• Adore a Deus no Sábado;

• Não faça parte da confusão religiosa (babilionia) que existe no mundo;

• Guardar o domingo como dia santo representará ter a marca da besta

Essa mensagem precisa ser pregada, anunciada a todos os cantos desta terra,
o livro de Mateus 24:14 diz: “E será pregado este evangelho do reino por todo o
mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”. Qual será a sua
resposta a Deus? Você gostaria ser instrumentos nas mãos do Criador para anunciar
as três últimas mensagens que Deus deixou para a todos nos?

A “foice” na mão de Jesus simboliza a colheita que Ele fará no fim dos tempos:
Cristo recolherá em seu “celeiro” os bons frutos, símbolo apropriado para os filhos
fiéis (Mateus 13:30).

“Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus


e a fé em Jesus” (Apocalipse 14:12).

Quer você fazer parte desse povo? Aceite o convite de Deus e guarde em seu
coração as três últimas mensagens de Deus apresentadas em Apocalipse 14. Jesus

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está voltando. Nosso Pai Celestial quer o seu bem e deseja muito que você aceite o
Seu amoroso convite para habitar no lar eterno. E, lembre-se: A escolha é sua!

“Aquele que dá testemunho destas coisas diz: “Sim, venho em breve!” Amém.
Vem, Senhor Jesus!” Apocalipse 22:20 (Nova Versão Internacional).

Pr. Evelio Vargas – MPA

71
11 | NOVEMBRO

MANIFESTANDO
A GLÓRIA DE DEUS
Isaías 66

Tese: Os Salvos em Cristo buscam outros para salvar.

INTRODUÇÃO
O profeta Isaías desenvolveu seu ministério profético em um período conturbado.
Tanto para Judá quanto para Israel era uma época de perigo e crise. O povo de
Deus estava trilhando os caminhos do pecado. Sob o governo de Azarias (Uzias), em
Judá, e Jeroboão II, em Israel, ambas as nações tinham se fortalecido e prosperado.
Porém, a prosperidade material trouxe o declínio espiritual. Isaías advertiu o povo
de que isso não podia mais continuar. Yahweh abandonaria Seu povo que, embora
professasse buscar a justiça, seguia os caminhos do mal. Isaías afirmou que o
mundo inteiro era governado por um só Deus, um Deus que exigia justiça, não
apenas dos hebreus, mas de todas as nações da Terra, e que julgaria todos os povos
que persistissem na maldade.

A mensagem apresentada em Isaías 66 mostra um Juízo iminente que deve


ser precedido pela manifestação da glória de Deus para o mundo através dos seus
mensageiros, os salvos, e a exaltação do nome dos salvos que proclamaram a glória
do SENHOR. Em Isaías 66 vemos claramente que os salvos em Cristo buscariam
salvar outros.

Vejamos cada um desses pontos apresentados:

I – O JUÍZO ANUNCIADO – v.15, 16


A - O profeta Isaías declara que Deus fará Juízo:

Os juízos divinos cairiam sobre a Assíria e Babilônia, sobre a Filístia e o Egito,


sobre Moabe, Síria e Tiro. Por fim, o mundo todo seria arruinado por causa da sua
iniquidade. Apenas Deus seria exaltado, e Seu povo O adoraria num novo mundo de
perfeita alegria e paz.

72
O profeta trás reiteradas mensagens de advertências ao povo de Deus e também
aos povos de outras nações. Assim como no passado, muitos hoje vivem como se
suas ações não tivessem consequências e ignoram as constantes mensagens atuais
de advertência; mas é certo que Deus trará juízo.

B - O juízo na bíblia é sinônimo de salvação para o povo de Deus


Embora o tema do Juízo seja apresentado pelo profeta Isaías e por tantos outros
profetas ao longo da bíblia. Os filhos de Deus não deveriam temer o momento do
Juízo. Em realidade, no livro do Apocalipse somos convidados a Temer a Deus e
dar-Lhe glória pois a chegada do juízo é boa nova de salvação para o povo de Deus.
Em Isaias 63:4 o Senhor declara que na hora da vingança, que é representada pelo
Juízo, Ele irá redimir o seu povo.

C - O juízo é a garantia de Deus de que o mal não prevalecerá


No salmo 73 o salmista Davi estava angustiado por ver os maus prosperando e
por não enxergar ninguém que pudesse conter sua maldade. Mas no verso 17 ele
declara: “Até que entrei no santuário e vi o fim o fim deles”. No juízo Deus coloca um
ponto final a toda a maldade

É assim que Ellen White descreve o fim do mal: “O Grande Conflito terminou,
pecado e pecadores não mais existem, o universo inteiro está purificado, Daquele
que tudo criou emana vida, luz e alegria. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos
mundos todas as coisas animadas e inanimadas declaram em sua serena beleza que
Deus é amor”. (G.C, p. 678)

Deus é amor e não permitirá que nenhum habitante do mundo enfrente o juízo
sem que antes tenha tido a oportunidade de comtemplar a sua glória, de conhecer
os seus planos, de ouvir do evangelho e tomar a decisão de receber a salvação. E é
este o aspecto apresentado na segunda parte da mensagem de Isaías 66.

II – DEUS QUER MANIFESTAR A SUA GLÓRIA PARA O MUNDO – v.18


No verso 18 o profeta declara o expresso desejo de Deus de manifestar sua glória
para o mundo. Afinal, pelas próprias características do seu amor, Deus deseja se
manifestar para o máximo de filhos possível. E esse sempre foi o propósito de Deus
como podemos ver a partir do chamado de Abraão.

A - Deus chamou Abraão com o desejo de a partir dele abençoar todas as famílias
da terra.

73
“Então o Senhor disse a Abrão: Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e
da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei [...] e por meio de você
todos os povos da terra serão abençoados”. (Gn. 12:1-3)

No chamado que DEUS faz a Abraão há um propósito: mostrar ao mundo a glória


do Senhor para abençoar todas as famílias da terra.

B – O povo de Israel deve cumprir o papel de tornar o nome de Deus conhecido


ao mundo.
Êxodo 19:5 e 6 diz: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a Minha voz e
guardardes a Minha aliança, então, sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos
os povos; […] vós Me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras
que falarás aos filhos de Israel”.

Após o dilúvio muitas nações se desenvolveram nas terras agora conhecidas


como Oriente Médio. Deus estava dirigindo os eventos em direção ao cumprimento
de Seu grande plano para a humanidade. Ele tinha um mundo a salvar e uma
mensagem a ser proclamada.

C - Contemplar a glória do Senhor trará um novo sentido a vida (Isaías contemplou


e mudou de vida)
No capítulo 6:1, o profeta Isaías tem um vislumbre da glória do Senhor, ele fica
com medo pois a glória do Senhor revela um contraste entre a santidade de DEUS e
a pecaminosidade do homem. Mas no verso 6, o profeta que continua contemplando
a glória de Deus recebe um vislumbre da graça de Deus, recebe perdão dos pecados
que vem através da purificação dos seus lábios e um novo sentido na vida através
da missão dada por Deus.

Esta manifestação da glória divina ocorreu quando Isaías visitava os sagrados


recintos do templo. Deus pretendia que Isaías tivesse uma visão mais ampla do que
aquela proporcionada pelo contexto político. Deus queria que ele soubesse que a
despeito de todo o poder da Assíria, que assolava o mundo, Ele era supremo em Seu
trono e estava no controle de tudo.

Quando Deus manifesta sua glória a Isaías, e o purifica, o transforma, Ele faz
um chamado ao profeta através da pergunta: “Quem há de ir por nós”? Isaías agora
transformado e revestido da justiça de Deus aceita o chamado respondendo: “Eis-
me aqui, envia-me a mim”. Semelhante ao que aconteceu com o Isaías, Deus deseja
usar a todos aqueles que já tiveram um encontro com Ele, já foram salvos por ele,
para “proclamar as virtudes dAquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa
luz”. Nos versos 19 e 20 do capítulo 66 Isaías profetisa que os salvos hão de sair
em busca de outros para revelar a glória do Senhor.

74
III – DEUS USARÁ OS SALVOS PARA SALVAREM OUTROS – 19 e 20
Ellen White declara que “aquele que se torna um filho de Deus deve, daí em
diante, considerar-se como um elo na cadeia descida para salvar o mundo, um com
Cristo em Seu plano de misericórdia, indo com Ele buscar e salvar os perdidos”. — A
Ciência do Bom Viver, 105

Em Isaías 66:19,20 vemos o povo que foi salvo saindo em busca de outros para
salvar e isso acontece porque “Os Salvos em Cristo buscam outros para salvar”. Pois
Deus tem um sonho para sua Igreja, o sonho de ver Todos Envolvidos Na Missão.

A - O grande amor de Deus gera gratidão no coração dos salvos que vão em
busca dos seus irmãos.

Todos aqueles que foram resgatados da condenação, aqueles que teriam um


fim triste no juízo não fosse a graça maravilhosa de Deus, estes que no Juízo foram
poupados, eles têm um coração transbordante de alegria e essa gratidão pelo que
DEUS fez por eles os motiva a sair em busca dos perdidos.

Sobre o desejo de apresentar a glória de Deus ao mundo, EGW diz:

“No momento em que uma pessoa aceita Cristo em seu coração nasce um
desejo de apresentar aos outros o precioso amigo que encontrou em Jesus Cristo;
a verdade salvadora e santificadora não pode ficar escondida em seu coração. Se
estivermos revestidos da justiça de Cristo e cheios da alegria que seu espírito produz,
será impossível nos contermos”. (Caminho a Cristo, p.78)

B - Os salvos irão aos lugares próximos e distantes para proclamar a glória do


SENHOR.

“Todo Verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como misionário” - EGW

O profeta Isaías diz que os salvos o Senhor enviará a nações distantes, indo os
primeiros para Tarsis. Ainda outros vão aos líbios e lídios (“Pul e Lude”) que são
povos africanos (Gn 10.6); O profeta continua dizendo que os salvos são enviados
a Tubal que são os tibereanos, que viviam na região do Cáucaso Ez 27.13). Os de
Javã são os moradores da Grécia, e os habitantes das “terras do mar mais remotas”
são os países litorâneos e ilhas do Mediterrâneo. Em relação a todas essas nações é
verdade que não ouviram falar da fama do Senhor, nem viram a Sua glória; elas não
O conhecem. Para elas, Ele enviará os “que foram salvos”, e eles tomarão conhecida
a glória do Senhor.

75
Ao mesmo tempo através da palavra do profeta Isaías o Senhor está fazendo um
chamado para mim e para você, nós que um dia O aceitamos e somos salvos em
Jesus. Ele nos convida a irmos apresentar Sua glória as pessoas da nossa rua, do
nosso bairro, da nossa escola, no nosso prédio, da nossa família; aos de perto e aos
de longe.

Podemos fazer isso entregando um livro missionário e convidando-as para


estarem na igreja. Podemos fazer isso entregando uma cesta de alimentos e
convidando-as para o nosso PG. Podemos fazer isso oferecendo um curso gratuito
da bíblia. Podemos fazer isso, de maneira presencial, ou de maneira virtual através
da plataforma Zoom, instagran, chamada de vídeo pelo whatzap, etc...

Podemos fazer de muitas maneiras, só não podemos deixar de fazer.

C - O resultado do trabalho dos salvos é visto nas milhares de pessoas que


voltam para Jerusalém

O profeta contempla o retorno dos salvos trazendo outros que viram a glória do
Senhor e também foram salvos. E não são poucas pessoas, pois elas vem em vários
meios de transporte.

Como resposta, as nações trarão os judeus da Diáspora de volta a Jerusalém


“por oferta ao Senhor”, isto é, tendo sido convencidos da Sua grandeza, elas O
honrarão. A enumeração de todos os meios de transporte - cavalos, liteiras, mulas,
dromedários - serve para dar uma impressão forte do grande número de pessoas
que retornará, e da ansiedade com que os gentios colocarão à disposição deles
todos os meios à mão. A imagem da oferta é ampliada na comparação com as
ofertas de manjares. A frase “em vasos puros” indica que as ofertas de manjares, e
semelhantemente os judeus que estão voltando, são um sacrifício puro que agrada
ao Senhor.

Muitas vezes vemos muitos obstáculos em nossa frente que nos impedem de
ir. Para alguns é a vergonha de fazer um contato pessoal, para outros o medo de
não saber como começar um estudo bíblico, ou ainda a dificuldade em deixar a
zona de conforto; mas um coisa é certa, a recompensa vem e nos fará transbordar
de alegria, pois como diz o salmo 126:5,6 “Aquele que semeia com lágrima, com
alegria colherá os frutos. E o que semeia a semente andando e chorando, voltará,
sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus feixes”.

76
IV – O NOME DE TODOS OS SALVOS ESTARÃO PARA SEMPRE DIANTE DO
SENHOR – v. 22
No verso 22 o profeta acrescenta a certeza de que da mesma forma que os
novos céus e a nova terra permanecerão, também o nome e a descendência de Israel
“estarão diante de mim” diz o Senhor, portanto, durarão para sempre.

A recompensa de contemplar a glória do Senhor e compartilhá-la com outros


será manifesta na alegria do cântico dos remidos. Nas mansões eternas então
perceberemos que tudo valeu a pena. Sempre seremos lembrados por toda a
eternidade como aqueles que foram o alvo do supremo amor de Deus. Ele tem
nossos nomes escritos no seu coração e jamais nos esquecerá.

Agora, gostaria de convidá-lo a pensar nas pessoas a quem você manifestou a


glória do Senhor, àquelas que poderiam ter tido um fim triste no Juízo, que poderiam
ter sido eternamente esquecidas, mas que foram salvas através de você e que
serão eternamente lembradas. Ouça-as entoarem palavras de gratidão ao cordeiro
primeiramente, mas também a você:

“Quando os portais daquela linda cidade lá do alto se revolverem nos seus


luzentes gonzos, e nela entrarem as hostes que observaram a verdade, coroas de
glória ser-lhes-ão colocadas sobre a cabeça, e eles atribuirão a Deus honra, glória e
majestade. E naquela ocasião alguns se aproximarão de vós, dizendo: “Não fossem
as palavras que me proferistes bondosamente, não fossem vossas lágrimas, súplicas
e diligentes esforços, e eu nunca teria visto o Rei na Sua formosura.” Eventos Finais,
294

CONCLUSÃO
Hoje Deus te convida para manifestar aos seus amigos, vizinhos e parentes
a Sua Glória, afinal, Os Salvos em Cristo buscam outros para salvar”. Lembre-se que
Deus tem um sonho para sua Igreja, o sonho de ver Todos Envolvidos Na Missão.

APELO
Gostaria você de se colocar em pé como demonstração de que aceita o chamado
de Cristo de apresentar a glória de DEUS as pessoas?

Pr Daniel Carvalho UNB

77
12 | DEZEMBRO
A MISSÃO DO POVO
DE DEUS NO TEMPO
DO FIM
Apocalipse 14:6-12 (textos-chaves: Ap 14:6, 7)

Tese: A principal missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia é pregar o “evangelho


eterno.

INTRODUÇÃO:
O capítulo 13 de Apocalipse descreve as estratégias e ataques de Satanás e suas
aliadas (“a besta do mar e a besta da terra”) e ressalta sobre a grande preparação
para a crise final da história desta terra. Por sua vez, o capítulo 14 descreve as obras
de Deus através do Seu “remanescente fiel”, que como mensageiros da Palavra,
advertem o mundo com a pregação do evangelho eterno e convidam as pessoas para
adorarem somente a Deus (Ap 14:6, 7).

A “tríplice mensagem angélica” de Apocalipse 14:6-12 é o último convite e fio de


esperança de Deus para o pecador. Conforme a escatologia bíblica, estas mensagens
darão o último grito de misericórdia na Terra. Ou seja, elas são as últimas mensagens
de Deus para a humanidade. As três mensagens angélicas são mensagens especiais
que o povo de Deus deve compartilhar no fim dos tempos.

Antes de apresentar as últimas mensagens de Deus para o mundo, João apresenta


a existência de um “remanescente fiel”, que são aqueles que resistem ao conflito
final e permanecem leais a Cristo até o fim (Ap 14:1-5).

• “O monte Sião” (Ap 14:1) - em cumprimento da profecia de Joel (Jl 2:32),


João vê um grupo de pessoas em pé no monte Sião, todos invocavam o
nome do Senhor.
• O remanescente de Deus são os mesmos vistos por João em Ap 7 (“os 144
mil”). Só que aqui (Ap 14), João os identifica como “os redimidos” (Ap 14:4,
5). Eles estarão selados (“na fronte”) com o nome de Deus o Pai (Ap 14:1).
• João mostra que os “remidos do Cordeiro” estão em adoração a Deus (Ap
14:2, 3). O “cântico” que eles cantam, só eles conhecem, pois é o cântico
dos salvos, daqueles que foram “comprados da terra”.

78
Conheçamos as três mensagens angélicas e suas aplicações para hoje (Ap 14:6-
12).

As mensagens são trazidas e anunciadas por um “anjo voando”. O verbo voar traz
a ideia de rapidez e agilidade. Sentido de urgência e abrangência universal (“sobre
toda a terra, cada nação, tribo, língua e povo” - Ap 14:6).

“O anjo simboliza os santos de Deus envolvidos na tarefa de proclamar o


evangelho eterno. Também é verdade que anjos ajudam seres humanos na tarefa
de proclamar o evangelho, mas esta não é a ideia predominante aqui“ Comentário
Bíblico Adventista, volume 7, p. 915.

Esse anjo (mensageiro) representa um “movimento profético-escatológico” do


remanescente fiel de Deus para o tempo do fim. João mesmo declara que movimento
é esse: “Os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap 14:12).

• Em 1846, o pioneiro adventista Thiago White escreveu um pequeno


panfleto com o título “Uma Palavra ao Pequeno Rebanho”. Essa é a primeira
publicação adventista que identifica o movimento adventista do sétimo dia
como o remanescente de Deus.
• Mas foi somente no início da década de 1870 que a IASD entendeu que a
mensagem deveria ser pregada a todo o mundo.
• A pregação das três últimas mensagens angélicas pelo “remanescente fiel de
Deus”, será antes da “vinda do Filho do Homem nas nuvens” (Ap 14:14).

I – PRIMEIRA MENSAGEM - “Um chamado para adorar a Deus” - Ap 14:6,


7.
O verso 6 especifica o campo missionário desse anjo:
Os que se assentam sobre a terra;
A cada nação;
Tribo;
Língua;
Povo.

A - O evangelho eterno tem alcance universal.


Talvez seja o último apelo e a última oportunidade dada para o arrependimento
das nações da Terra. A mensagem do “evangelho eterno” é anunciada em alta voz
(Ap 14:9-11, 15, 18), de modo que todos os habitantes da terra possam ouvir. O

79
anjo traz o anúncio do “evangelho eterno”, destacando a natureza bíblica e teológica
das “boas-novas”.

A primeira mensagem angélica tem o objetivo de convidar as pessoas para


“adorarem ao Deus Criador” (Ap 14:7). “Temei a Deus” significa reverenciar ou
respeitar (Sl 111:10; Pv 3:7; 9:10). Mas também, pode expressar o “medo” por
parte daqueles que não levam Deus a sério (Ap 6:15-17).

B – A missão da Igreja Adventista


A principal missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia é pregar o “evangelho
eterno”. Conforme Ellen G. White, “a igreja é o instrumento apontado por Deus para
a salvação dos homens. Foi organizada para servir e sua missão é levar o evangelho
ao mundo.” Atos dos Apóstolos, p. 9.

“No Capítulo 14 de Apocalipse, os homens são convidados a adorar o Criador; e


a profecia revela uma classe de pessoas que, como resultado da tríplice mensagem,
observam os mandamentos de Deus. Um desses mandamentos aponta diretamente
para Deus como sendo o Criador. O quarto preceito declara: “O sétimo dia é o
sábado do Senhor teu Deus... porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, o
mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o
dia do sábado, e o santificou.” (Êx 20:10, 11).” O Grande Conflito, p. 437.

A primeira mensagem angélica declara-nos que somente o Deus Criador é digno


de ser adorado e exaltado. E que a verdadeira adoração está em conexão direta com
a obediência aos Seus santos mandamentos (incluindo a guarda do sábado, Êx 20:3-
17) e o cuidado do “templo do Espírito Santo” (o “corpo”, 1Co 10:31).

II – SEGUNDA MENSAGEM - “Um anúncio da queda da Babilônia” - Ap


14:8.
Aqui, o anjo deixa claro que Babilônia (espiritual e corrupta - Gn 11:1-9; Is 14:12-
14; Dn 4:30-32; Ap 17:1-13; 2Ts 2:3, 4) cairá no tempo do fim. É uma certeza
profética da futura destruição final de Babilônia (que representa o sistema religioso e
político contra a verdade de Deus). Na profecia, Babilônia é símbolo do pecado e da
contrafação contra Deus e Sua verdade.

A queda da Babilônia é uma consequência resultante de sua incredulidade e


rejeição à última mensagem de Deus (Ap 14:6, 7).

“A mensagem do segundo anjo de Apocalipse, Capítulo 14, foi primeiramente


pregada no verão de 1844, e teve naquele tempo uma aplicação mais direta às
igrejas dos Estados Unidos, onde a advertência do juízo tinha sido mais amplamente

80
proclamada e em geral rejeitada, e onde a decadência das igrejas mais rápida havia
sido. A mensagem do segundo anjo, porém, não alcançou o completo cumprimento
em 1844. As igrejas experimentaram então uma queda moral, em consequência
de recusarem a luz da mensagem do advento; mas essa queda não foi completa.
Continuando a rejeitar as verdades especiais para este tempo, têm elas caído mais
e mais. Contudo, não se pode ainda dizer que “caiu Babilônia, ... que a todas as
nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição.” Ainda não deu de beber
a todas as nações. O espírito de conformação com o mundo e de indiferença às
probantes verdades para nosso tempo existe e está a ganhar terreno nas igrejas de
fé protestante, em todos os países da cristandade; e estas igrejas estão incluídas
na solene e terrível denúncia do segundo anjo. Mas a obra da apostasia não atingiu
ainda a culminância.” O Grande Conflito, p. 389.

A segunda mensagem angélica declara-nos que a Babilônia espiritual terá o seu


fim. Não mais levará os homens a adorarem o que não é Deus.

III – TERCEIRA MENSAGEM - “Uma advertência contra os que adoram a


besta e recebem sua marca” - Ap 14:9-12.
Temos aqui, uma mensagem para aqueles que rejeitarem a mensagem do
primeiro anjo, que faz um apelo para que os homens adorem o único e verdadeiro
Deus (Ap 14:7). Os homens citados nessa terceira mensagem, preferem “adorar a
besta e a sua imagem e receber a sua marca” (Ap 14:9).

A recompensa desses “falsos adoradores” será o “privilégio” de “beber do vinho


da cólera se Deus” (Ap 14:10). Uma alusão ao juízo de Deus sobre os infiéis (Ap
14:10; 16:19; 19:15; Rm 2:8; Sl 75:8).

“Em contraste com os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de


Jesus, o terceiro anjo indica outra classe, contra a cujos erros profere solene e terrível
advertência: “Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua
testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus.” Apocalipse
14:9, 10. Para a compreensão desta mensagem é necessária uma interpretação
correta dos símbolos empregados. Que se representa pela besta, pela imagem e
pelo sinal? A cadeia de profecias na qual se encontram estes símbolos, começa
no Capítulo 12 de Apocalipse, com o dragão que procurava destruir Cristo em Seu
nascimento. Declara-se que o dragão é Satanás (Apocalipse 12:9); foi ele que atuou
sobre Herodes a fim de matar o Salvador. Mas o principal agente de Satanás, ao
fazer guerra contra Cristo e Seu povo, durante os primeiros séculos da era cristã, foi
o Império Romano, no qual o paganismo era a religião dominante. Assim, conquanto
o dragão represente primeiramente Satanás, é, em sentido secundário, símbolo de
Roma pagã.” O Grande Conflito, p. 438.

81
A terceira mensagem angélica declara-nos que os “incrédulos”, ou seja, os que
adoram a besta e recebem a sua marca serão destruídos para sempre.

CONCLUSÃO:
No tema abordado, vimos que existem três mensagens angélicas:

1a “Um chamado para adorar a Deus” – Ap 14:6, 7;

2a “Um anúncio da queda da Babilônia” – Ap 14:8;

3a “Uma advertência contra os que adoram a besta e recebem sua marca” – Ap


14:9-12.

A missão do povo de Deus (o remanescente fiel) nestes últimos dias da história


desta Terra é unicamente anunciar a mensagem de amor, esperança, juízo e salvação
que vem de Deus. Sempre convidando as pessoas para aceitarem a Jesus Cristo
como Senhor e Salvador pessoal.

Apocalipse 14:6 e 7 apresentam o convite universal de Deus para que todas as


pessoas O adorem como o único Deus Criador. Essa mensagem final é chamada por
João de “EVANGELHO ETERNO” (Ap 14:6; 2Co 5:14-19).

Aceitemos e preguemos o evangelho eterno. Façamos parte do movimento


missionário de Deus para o mundo. E então, estaremos salvos e em pé no dia da
Volta de Jesus. Pois o apóstolo João declarou: “Aqui está a perseverança dos santos,
os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”(Ap 14:12).

APELO:
Quantos aceitam o chamado divino para serem Seus mensageiros na proclamação
das três mensagens angélicas?

Pr. Jhonathan James de Sousa – MPA

82
DICAS DE
LEITURA

83
SERVIÇO CRISTÃO

Ellen White, Casa Publicadora Brasileira, 2004, 284 p.

Esta obra é resultado de um vasto exame dos escritos de Ellen White, onde se
extraiu seus principais textos que falam sobre missão. Na leitura desse livro você
encontrará instruções que tratam especificamente da necessidade, importância,
método e recompensa do esforço missionário fervoroso e consagrado. Dada a
importância e abrangência de seu conteúdo, Serviço Cristão poderia apropriadamente
ser denominado uma Enciclopédia do Serviço Missionário. Assim, o conteúdo desse
livro é indispensável para todo obreiro cristão que deseja ser fiel a Grande Comissão
de fazer discípulos.

COMUNIDADE DE AMOR

James A. Cress, Casa Publicadora Brasileira, 2010, 175 p.

Como lidar com os novos membros? Agora você pode descobrir respostas bíblicas
colocadas em prática em uma igreja local. Este livro desafiador apresenta diretrizes
e métodos que funcionam na vida real. Os novos membros, assim como crianças
recém-nascidas, precisam de cuidados. Precisam ser treinados, equipados e usados
no serviço do Senhor para se tornarem verdadeiros discípulos. Fazer discípulos é
tarefa da igreja local. É algo que não pode acontecer em nenhum outro lugar. Leia
este livro e transforme sua igreja em uma comunidade de amor.

DISCÍPULOS MODERNOS

Russell Burrill, Casa Publicadora Brasileira, 2006, 144 p.

Este livro ensina como formar cristãos participantes ativos, não apenas
expectadores passivos, no cumprimento da Grande Comissão. Ele propõe nada
menos que uma reestruturação do pensamento sobre como fazer evangelismo.
A implementação desta visão discipuladora resultará em igrejas amadurecidas,
responsáveis por seu próprio crescimento espiritual e numérico. Os pastores terão
mais liberdade para disseminar o evangelho e plantar novas congregações. Essas
ideias podem ser consideradas novidade, mas têm precedentes na igreja cristã
primitiva do Novo Testamento. Imagine o que acontecerá quando a igreja redescobrir
o segredo do poder! Imagine o segundo pentecoste!

84
MEU TALENTO. MEU MINISTÉRIO

Jair Miranda, Casa Publicadora Brasileira, 2017, 160 p.

Quando colocamos em prática a comissão evangélica de fazer discípulos de todas


as nações, estamos exercitando os dons que foram concedidos por Jesus. Ocupados
no serviço da compaixão, vivemos o evangelho e o comunicamos ao próximo de
modo real, audível, visível e palpável. Quem se engaja ativamente na missão coloca
a compaixão do Salvador à disposição do próximo, de maneira visível e concreta.
Leia este livro e descubra como ser útil e relevante para a obra de Deus ao usar seus
talentos, habilidades e hobbies para comunicar o evangelho de Cristo.

TODOS ENVOLVIDOS NA MISSÃO

Alejandro Bullón, Casa Publicadora Brasileira, 2018, 106 p.

É Tempo de o Povo de Deus (...) trabalhar. O mundo é


o nosso campo de ação, e devemos esforçar-nos para dar
ao mundo a última mensagem de misericórdia. - Ellen G.
White

Todos Envolvidos na Missão segue o desafio de Cristo


a todo crente: “Ide por todo o mundo.” Mais do que um
chamado ao serviço, esta obra apresenta maneiras simples
e práticas para cada membro da igreja participar do trabalho
de Deus, seja em outro país ou do outro lado da rua.

Este livro traz um desafio que envolve homens, mulheres,


jovens e crianças, todos chamados a se comprometer com
a proclamação da verdade de Deus. Os membros da igreja
devem se unir aos pastores e líderes. É isso que significa
Todos Envolvidos na Missão - cada um fazendo alguma
coisa por Jesus - seja você um voluntário, pastor, homem,
mulher, jovem ou criança. Que Deus abençoe de todas as
maneiras possíveis o esforço evangelístico em favor do
mundo, mediante o poder do Espírito Santo. Jesus voltará
em breve!

85
ANEXO I

PESQUISA –
ENVOLVIMENTO
MISSIONÁRIO DOS
MEMBROS

86
NOME

IDADE IGREJA FONE

1. Atualmente, você está participando de alguma atividade missionária?

( ) Sim ( ) Não

Se sua resposta foi positiva, mencione qual atividade missionária você está
realizando:

( ) Faço parte de uma dupla missionária.

( ) Sou líder, anfitrião ou líder associado de um PG.

( ) Sou instrutor bíblico.

( ) Coordeno uma classe bíblica.

( ) Distribuo regularmente literaturas e DVDs missionários.

( ) Realizo séries de conferência evangelística.

( ) Outra: ____________________________________

2. Você participa de algum ministério na igreja focado em servir a comunidade


e alcançar pessoas para Cristo? Ex.: ministério nos presídios, feiras de saúde, etc.

( ) Sim ( ) Não

Se sua resposta foi positiva, mencione o ministério que você tem atuado:

___________________________________________________________

3. Você está estudando a Bíblia com alguém, no momento?

( ) Sim ( ) Não

Se sua resposta foi positiva, mencione a quantidade de pessoas: ______________

87
4. Que dons ou talentos você tem que poderiam ser usados para pregação do
evangelho? Pense naquilo que você sabe fazer bem!

____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

5. Você sente fortemente que deve servir em um determinado ministério ou ajudar


um determinado grupo de pessoas que ainda não conhece o evangelho? Comente:

____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

6. Na sua opinião, por que alguns membros não se envolvem ativamente na


pregação do evangelho?

____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

88

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