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CERIMONIÁRIOS -

MESTRE DE CERIMÔNIA

Formação de
como marcar e manusear o
missal romano

@cerimoniarios12
Como marcar e manusear o
missal romano
Para conseguir marcar e manusear o missal, antes é preciso saber e entender a
divisão da missa e aquilo que é próprio da celebração eucarística.

Na Missa ou Ceia do Senhor, o povo de Deus é convocado e reunido, sob a


presidência do sacerdote que faz as vezes de Cristo, para celebrar o memorial do
Senhor ou sacrifício eucarístico. A esta assembleia local da santa Igreja se aplica
eminentemente a promessa de Cristo: “Onde estiverem dois ou três reunidos em
meu nome, aí estou Eu no meio deles” (Mt18, 20). Com efeito, na celebração da
Missa, em que se perpetua o sacrifício da cruz, Cristo está realmente presente:
na própria assembleia congregada em seu nome, na pessoa do ministro, na sua
palavra e, ainda, de uma forma substancial e permanente, sob as espécies
eucarísticas¹.

A Missa consta, por assim dizer, de duas partes: a liturgia da palavra e a liturgia
eucarística. Estas duas partes, porém, estão entre si tão estreitamente ligadas
que constituem um único ato de culto. De fato, na Missa é posta a mesa, tanto da
palavra de Deus como do Corpo de Cristo, mesa em que os fiéis recebem
instrução e alimento. Há ainda determinados ritos, a abrir e a concluir a
celebração².

Entendemos a missa como memorial da Paixão, morte e ressureição de Cristo,


único e mesmo sacrifício do calvário. As duas partes mais importantes são a
liturgia da palavra e eucarística, estas são acompanhadas pelos ritos iniciais e
finais que tem sua importância e não são separáveis, o que isso significa? Que
mesmo a missa sendo única, é dividida em quatro partes e que cada parte tem
sua importância e fundamental realização, não podendo ser substituído ou
suprimido.

¹INTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO, texto oficial da teceria edição típica, 2023. p.21, n.27
²INTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO, texto oficial da teceria edição típica, 2023. p.21, n. 28

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Compreender as partes da missa é entender que mesmo que a liturgia do dia seja
diferente para cada dia (Ex. missa de Nossa Senhora; tempo comum; tempo do advento;
quaresma e etc.), o que é próprio do rito não muda, assim, a marcação do missal sempre
será a mesma.

Até aqui, compreendemos que a missa é composta de quatro partes e que são
inseparáveis entre si, mas no missal como funciona?

Toda missa tem:

1. Oração inicial – Coleta


2. Oração sobre as oferendas
3. Prefácio (que antecede a oração eucarística)
4. Oração eucarística
5. Rito da comunhão
6. Oração pós-comunhão
7. Benção final (solenidades e festas)

Segunda parte
Na formação anterior, compreendemos a estrutura da missa e sua divisão e que mesmo
contando com quatro partes distintas, estas são inseparáveis e nunca podem ser
substituídas ou suprimidas. Com esse entendimento, vimos que mesmo que a liturgia do
dia seja diferente para cada dia, a estrutura da missa em geral não muda e que a
marcação do missal sempre contará com aquilo que é próprio da celebração.

A liturgia é diferente para cada dia do ano, porque ao longo dos doze meses a igreja
recorda os feitos da vida de Cristo e dos santos através das leituras e ritos próprios de
cada período do ano litúrgico. Saber disso é essencial para marcar o missal, o mal de
muitos servidores hoje é chegar para servir e não saber nem qual será a liturgia do dia,
mesmo que existe tantos meios para acompanhar a vida do ano litúrgico.

A expressão "próprio do tempo" na liturgia católica romana refere-se às leituras, orações


e ritos específicos associados a diferentes períodos litúrgicos ao longo do ano litúrgico.
O ano litúrgico é dividido em várias estações e tempos litúrgicos, cada um com suas
próprias características teológicas e espirituais.

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Os principais períodos litúrgicos na liturgia católica romana são:

1. Advento: O tempo de preparação para o Natal, que começa no domingo mais


próximo de 30 de novembro ou em 1 de dezembro e dura quatro semanas.
2. Natal: Celebrando o nascimento de Jesus Cristo, do dia 25 de dezembro até a Festa
do Batismo do Senhor, que ocorre em janeiro.
3. Tempo Comum (I e II): Períodos entre o Natal e a Quaresma, e entre Pentecostes e
o Advento, quando a liturgia não está associada a eventos específicos da vida de
Jesus.
4. Quaresma: Um tempo de penitência e preparação para a Páscoa, que dura 40 dias
(sem contar os domingos) e começa na Quarta-feira de Cinzas.
5. Semana Santa: A semana que precede a Páscoa, começando com o Domingo de
Ramos e incluindo o Tríduo Pascal, que celebra a paixão, morte e ressurreição de
Jesus.
6. Páscoa: A celebração da ressurreição de Jesus, que dura 50 dias, até o
Pentecostes.
7. Tempo Pascal: O período que vai da Páscoa até o Pentecostes.

Cada um desses tempos litúrgicos possui suas próprias leituras específicas da Bíblia,
orações e rituais que refletem o significado teológico daquele período. O "próprio do
tempo" é um conjunto de elementos litúrgicos designados para cada tempo específico,
contribuindo para a riqueza espiritual e o significado da celebração ao longo do ano
litúrgico.

Assim, é lógico que compreendo o tempo litúrgico que estamos vivenciando ou o dia
específico de tal liturgia, saberei o que devo marcar no missal.

Nunca que no período do natal irei marcar no missal o prefácio da quaresma ou no


período da quaresma o prefácio do domingo do tempo comum e assim por diante, saber
qual é a liturgia do dia é saber o que marcar no missal e na hora do manuseio durante a
celebração saber qual fita passar e ter certeza que está correta.

A dica é: tudo que deve ser marcado no missal, acompanha o tema da liturgia em que
será rezado.
Exemplo:
Tempo comum: próprio do tempo comum, prefácio do tempo comum, oração eucarística,
rito da comunhão, benção final do tempo comum.

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Terceira parte
Na formação passada, aprendemos que para marcar o missal é preciso antes saber qual
liturgia será rezada naquele dia e que tudo que deve ser marcado no missal acompanha
o tema da celebração. Hoje, entraremos na estrutura do missal, já que para servir com
tal objeto, antes é preciso conhecê-lo.

Estrutura do missal romano

O Missal Romano é o livro litúrgico utilizado pela Igreja que contém as orações e
instruções para a celebração da Missa. Ele está dividido em várias partes, cada uma
destinada a uma parte específica da celebração. A divisão geral do Missal Romano inclui
as seguintes partes:

1. Próprio do tempo: Leituras específicas, orações e antífonas designadas para cada


tempo litúrgico. P. 95 - 427.

Tempo do advento
Tempo do natal
Tempo da quaresma
Semana Santa
Sagrado tríduo pascal
Tempo pascal
Tempo comum
Solenidades do Senhor no tempo comum.

2. Ordinário da missa: p. 430 - 655

Ritos iniciais
Liturgia da palavra
Liturgia eucarística
Prefácios
Oração Eucarística I
Oração Eucarística II
Oração Eucarística III
Oração Eucarística IV
Oração Eucarística V
Rito da comunhão
Ritos finais
Bênçãos no fim da missa e orações sobre o povo.
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Apêndice ao Ordinário da missa:

Oração Eucarística sobre a reconciliação I


Oração Eucarística sobre a reconciliação II
Orações eucarísticas para diversas circunstâncias:
I. A igreja a caminho da unidade
II. Deus conduz sua igreja no caminho da salvação.
III. Jesus, caminho para o Pai.
IV. Jesus que passa fazendo o bem.
Orações eucarísticas para missas com as crianças:
Oração eucarística para missas com crianças I
Oração eucarística para missas com crianças II
Oração eucarística para missas com crianças III

.3. Próprio dos Santos: Leituras e orações específicas para as festas dos santos e
solenidades ao longo do ano.

Vai de Janeiro até Dezembro, p. 659 - 884

4. Missas dos comuns: Leituras e orações para os santos que não têm uma festa
própria, p. 887 - 959

Comum da dedicação de uma igreja


Comum da bem-aventurada Virgem Maria
Comum dos mártires
Comum dos pastores
Comum dos doutores da igreja
Comum das virgens
Comum dos Santos e Santas

5. Missas rituais, p. 961 - 1052

Na celebração dos sacramentos da iniciação cristã


Na celebração da unção dos enfermos
Na celebração do viático
Na celebração das ordenações
Na celebração do matrimônio
Na bênção de um Abade ou uma Abadessa

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Na consagração das virgens
Na profissão religiosa
Na instituição de leitores e acólitos
Na dedicação de igreja e altar

6. Missas e orações para diversas necessidades ou circunstâncias, p. 1055 - 1128:

Pela santa igreja


Pelas circunstâncias da vida pública
Em diversas necessidades

7. Missas votivas, p. 1131 - 1164:

Santíssima Trindade
A misericórdia de Deus
Nosso Senhor Jesus Cristo, sumo e eterno, sacerdote
O mistério da Cruz
Santíssima Eucaristia
Santíssimo Nome de Jesus
Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo
Sagrado Coração de Jesus
Espírito Santo
Bem-aventurada Virgem Maria
Santos anjos
São João Batista
são José
Todos os santos Apóstolos
Santos Pedro e Paulo, apóstolos
São Pedro, apóstolo
São Paulo, apóstolo
Um santo apóstolo
Todos os santos.

8. Missas pelos defuntos, p. 1166 - 1201:

Nas exéquias
No aniversário
Para diversas comemorações
Orações diversas pelos defuntos

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9. Apêndices, p. 1204 - 1253

Essas divisões permitem que o sacerdote e os servidores encontrem facilmente as


orações apropriadas para a celebração de acordo com o tempo litúrgico, festa ou
intenção específica. Assim, essa formação complementa a formação anterior quando
afirmei que para marcar o missal é preciso saber qual liturgia será rezada naquele dia
para assim poder procurar dentro dessas divisões o formulário das orações, como as
demais marcações que exige a missa.

Quarta parte

Nas últimas três formações aprendemos o seguinte:

1.A liturgia mesmo sendo diferente para cada dia, a estrutura da missa é sempre a
mesma e que sempre a marcação do missal será a mesma com aquilo que é próprio da
celebração.
2.Para marcar o missal, antes é preciso saber qual liturgia será rezada naquele dia para
marcar o que é próprio daquele dia ou tempo.
3.A divisão do missal e assim onde procurar cada liturgia segundo o próprio do tempo ou
demais celebrações.

Vamos simular algumas marcações para real compreensão da parte teórica explicada.

O missal, como explicado na formação anterior, apresenta o próprio do tempo onde tem
as diversas orações para cada tempo litúrgico:

Tempo do Advento (p. 96-124);


Tempo do Natal (p. 126-160);
Tempo da Quaresma (p. 163-231);
Sagrado Tríduo Pascal (p. 246-312);
Tempo da Páscoa (p. 313-380);
Tempo Comum (p. 383-416)
Solenidades do Senhor no tempo comum (Santíssima Trindade, santíssimo corpo e
sangue de Cristo e Sagrado Coração de Jesus) (p. 417-427)

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Para cada dia do Advento, do Natal, da Quaresma e do tempo pascal, o missal contém a
oração da coleta, oração sobre as oferendas e a oração depois da comunhão, e ainda as
respectivas antífonas de entrada e da comunhão.
Durante o tempo comum, as orações e as antífonas próprias para cada domingo,
repetem-se depois nos dias da semana até o próximo domingo.

Como aprendido na formação número dois, toda a marcação do missal acompanha o


tema da liturgia do dia, vamos a alguns exemplos:

Tempo do advento:
Primeiro domingo do advento, prefácio do advento, bênção final do advento.

Tempo da quaresma:
Terceiro domingo da quaresma, prefácio da quaresma (quando não é proclamado o
evangelho tema do prefácio que acompanha o formulário, se usa os prefácios da
quaresma I ou II), oração sobre o povo no formulário próprio da liturgia do dia.

Tempo da Páscoa:
Quarto domingo da páscoa, prefácio da páscoa, bênção final da páscoa.

Tempo comum:
Sétimo domingo do tempo comum, prefácio dos domingos do tempo comum, benção
final do tempo comum
Dias da semana do tempo comum: formulário do domingo que corresponde a semana do
domingo comum, prefácio comum, benção final do tempo comum.

Apenas alguns exemplos para compreensão real da formação até aqui, vimos então que
em toda missa sempre a marcação estrutural do missal sempre será a mesma e que o
tema da liturgia que será rezada que corresponderá a marcação do missal.

Quinta parte
O próprio dos Santos, p. 659 - 884

No próprio dos santos está o conjunto de formulários próprios para as solenidades, as


festas e as memórias dos santos desde o dia 2 de janeiro a 31 de dezembro, como
também algumas solenidades do Senhor.

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Nela se encontram as mesmas orações presentes no próprio do tempo, ou seja, oração
da coleta, oração sobre as oferendas, oração depois da comunhão, cada uma dessas
orações vem com o texto apropriado ao santo que se celebra.

Quando ocorrer de o santo ter somente a oração da coleta, caberá marcar as demais
orações que falta usando os formulários dos “missas dos comuns”. O próprio formulário
do santo, indica onde procurar as orações que falta, basta estar atento e verificar
corretamente.

Exemplos:

São Sebastião, 20 de janeiro: Oração da coleta ( não tem as demais orações, porém
o formulário do santo indica onde está as demais orações ( comum dos mártires:
para um mártir), prefácio dos mártires (se o santo é mártir, logo é prefácio dos
mártires, aqui entra a minha dica nas formações anteriores, toda a liturgia segue o
mesmo tema) Benção final na festa de um santo.
Conversão de São Paulo, 25 de janeiro: Formulário próprio do santo (tem todas as
orações próprias), Prefácio dos Apóstolos (santo apóstolo = prefácio dos apóstolos),
benção final da festa de um santo.

Nos dois exemplos, vemos a diferença na marcação do missal, no primeiro seria


necessário marcar dois formulários, já que um é incompleto. No segundo, o formulário é
completo contendo todas as orações que tem em toda missa.
Assim, entendemos mais um aspecto a ser observado na marcação do missal nas
missas dos santos.

Missas dos comuns:


Orações para os santos que não têm uma festa própria, p. 887 - 959

Exemplo:
São Tarcísio: comum para um mártir, prefácio dos mártires, benção final para a festa de
um santo.

Missas Rituais, p. 961 - 1052


São Missas próprias para a celebração dos sacramentos e para algumas outras
celebrações de grande importância e comemorações de aniversário dos mesmos.

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Exemplo:
Missa de ordenação de bispo: formulário próprio no próprio das missas rituais, prefácio
próprio que acompanha o formulário, benção solene própria que acompanha o mesmo
formulário da missa ritual.

Missas votivas, p. 1131 - 1164

Exemplo:
Sagrado Coração de Jesus: formulário no próprio das missas votivas, prefácio próprio
que acompanha o mesmo formulário, oração sobre o povo.

Missas pelos defuntos, p. 1166 - 1201

Exemplo:

Exéquias: formulário próprio, prefácio dos defuntos, benção final da celebração pelos
fiéis defuntos.

Alguns exemplos para compreender que é muito mais fácil marcar o missal do que se
pensa, basta:

Saber qual a liturgia que será rezada no dia


Saber que toda missa tem as partes fixas que não muda: oração da coleta, oração
sobre as oferendas, prefácio, oração eucarística, rito da comunhão, oração depois da
comunhão, benção final.
O tema da liturgia do dia define as demais marcações.

Sexta parte
Como marcar o missal

Antes de começar marcar o missal, é preciso tirar todas as fitas para fora, assim evitará
que as fitas fiquem trançadas/travessadas no missal, evitando o aspecto feio e o risco de
estragar o livro.
Tendo tirado as fitas para fora e com base nas formações anteriores, vamos marcar o
missal com aquilo que é próprio de toda missa:

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A 1ª fita você colocará na missa do dia (o próprio do tempo), como dito em uma das
formações, antes de marcar o missal é preciso saber qual será a liturgia que será rezada
naquele dia, para assim marcar o formulário das orações e as demais partes próprias
que acompanha o tema da liturgia, no caso de dúvida em qual será a liturgia do dia,
pode verificar na liturgia diária.

A 2ª fita você colocará no Ordinário da Missa (é importante marcar o ordinário para caso
o padre solicite o uso de uma monição ou outra oração que não seja do costume dele ou
para padres recém ordenados que ainda não gravaram as orações)

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A 3ª fita colocará no prefácio segundo o tempo, segundo o dia, por exemplo, prefácio
dos domingos do tempo comum se for um domingo do tempo comum, o prefacio da
virgem Maria se for dia de nossa senhora, assim por diante, se tiver dúvida, o livrinho de
liturgia diária, ou folheto podem te auxiliar.

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A oração eucarística não precisa marcar com fita, pois tem as etiquetas que indicam
cada oração eucarística e devem ser usadas, senão, não teriam as marcações. Assim, é
preciso saber com o padre antes qual oração eucarística ele vai usar e assim memorizar
para que na hora, possa abrir na página certa.

Importante: Nunca use a etiqueta para puxar a folha que vai abrir, use a etiqueta para
saber qual oração e use o dedo entre as páginas para abrir o missal, pois se puxar a
oração pela etiqueta e com o peso das folhas do missal corre o risco de arrancar a
etiqueta e estragar o livro.

O rito da comunhão não precisa marcar com fita, pois é a ultima etiqueta das principais
orações eucarísticas que marcam o rito da comunhão.
Dica: a etiqueta do rito da comunhão é a segunda logo abaixo da etiqueta da oração
eucarística número III

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A quarta fita use para marcar a benção final, caso o padre solicite a bênção, já está
marcado.

As outras duas fitas que sobram


e não serão usadas, podem deixar
no canto do missal

Ah, mas como saber qual fita usar


se são todas da mesma cor?

Basta deixar as fitas posicionadas na


ordem de uso durante a celebração. A
primeira fita mais em cima, a terceira
fita (prefácio) mais em baixo.
E as demais fitas mais para o canto do
missal.

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Observações: nunca use a fita para abrir o missal, pois assim correrá o risco de
perder a fita na hora de abrir ou da fita rasgar a folha do livro. Use a fita para
abrir brevemente e os dedos entre as folhas para abrir totalmente na página
certa.
Esse exemplo que eu mostrei é para o próprio do tempo e que serve também
para a missa dos santos, a diferença que a ordem das fitas mudará conforme a
disposição do formulário próprio daquele dia.

Sétima parte

Como marcar o missal para a missa de algum santo


Antes de começar marcar o missal, é preciso tirar todas as fitas para fora, assim
evitará que as fitas fiquem trançadas/travessadas no missal, evitando o aspecto
feio e o risco de estragar o livro.

Tendo tirado as fitas para fora e com base nas formações anteriores, vamos
marcar o missal com aquilo que é próprio de toda missa. Irei usar um exemplo
onde precisará marcar dois formulários da missa.

A penúltima fita do missal (que será a primeira fita a ser usada) você colocará
no próprio do santo ( neste caso como dito, estarei usando um exemplo que
precisa marcar dois formulários, pois nesse caso o próprio do santo tem somente
a oração da coleta)

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No próprio formulário do santo, indica onde
está as demais orações que falta para a
missa, aqui recordo mais uma vez que a
estrutura da missa não muda e assim toda
missa tem: oração da coleta, sobre as
oferendas e oração depois da comunhão,
entende-se, portanto, que sempre que for
marcar o missal para uma missa de algum
santo que não tem as demais orações, deve
marcar o que falta seguindo a própria
orientação do livro.
A última fita do missal (que será a segunda fita de uso na missa), colocará no
“missas comuns” onde se encontra o formulário com as demais orações para
missas de santos que não tem o próprio ou que o próprio do santo falta as
demais orações. Como o exemplo é da missa de Santa Luzia, Será o comum
para uma virgem Mártir, indicado pelo próprio missal.

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A quarta fita do missal (que será a última fita a ser usada) deverá marcar a
benção final para a festa de um santo.

A terceira fita do missal (que será a terceira fita de uso na missa) deverá
marcar o prefácio que será das Santas Virgens e religiosos

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A oração eucarística não precisa marcar com fita, pois tem as etiquetas que
indicam cada oração eucarística e devem ser usadas, senão, não teriam as
marcações. Assim, é preciso saber com o padre antes qual oração eucarística
ele vai usar e assim memorizar para que na hora, possa abrir na página certa.
Importante: Nunca use a etiqueta para puxar a folha que vai abrir, use a etiqueta
para saber qual oração e use o dedo entre as páginas para abrir o missal, pois
se puxar a oração pela etiqueta e com o peso das folhas do missal corre o risco
de arrancar a etiqueta e estragar o livro.

O rito da comunhão não precisa marcar com fita, pois é a ultima etiqueta das
principais orações eucarísticas que marcam o rito da comunhão.
Dica: a etiqueta do rito da comunhão é a segunda logo abaixo da etiqueta da
oração eucarística número III

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A segunda fita deve
marcar o ordinário da
missa

Ah, mas como saber qual fita


usar se são todas da mesma
cor?
Basta deixar as fitas
posicionadas na ordem de uso
durante a celebração. A
primeira fita de uso mais em
cima, a segunda fita de uso
pouco mais a baixo e assim
por diante.
E as demais fitas mais para o
canto do missal.

Observações: nunca use a fita para abrir o missal, pois assim correrá o risco de
perder a fita na hora de abrir ou da fita rasgar a folha do livro. Use a fita para
abrir brevemente e os dedos entre as folhas para abrir totalmente na página
certa.
Esse exemplo que eu mostrei é para o próprio do tempo e que serve também
para a missa dos santos, a diferença que a ordem das fitas mudará conforme a
disposição do formulário próprio daquele dia.

| @Cerimoniarios12
Oitava parte
Ordem de uso do missal:

1. Oração da coleta
Primeiro momento de uso do missal, o libriféro deve abrir o livro no formulário de
oração da missa que está sendo rezada. A ordem da fita pode variar de acordo a
disposição desse formulário no missal, exemplo: tempo comum: primeira fita; Missa
de Nossa Senhora Aparecida: quinta fita. Por isso, é importante saber qual a liturgia
que esta sendo rezada no dia, para saber qual a fita.

2. Oração sobre as oferendas


O segundo momento de uso do missal é na apresentação das oferendas. Aqui volta
a mesma fita que foi usada no primeiro momento da missa. Como dito, toda missa
tem um formulário e neste consta as três orações que serão usadas na mesma
missa.

3. Prefácio
Logo em seguida a oração sobre as oferendas, segue o prefácio. Aqui o librífero tem
alguns segundos para passar as folhas, da oração sobre as oferendas para a página
do prefácio. O prefácio sempre acompanha o tema da oração que esta sendo rezada
a missa, assim, nunca que em uma missa de Nossa Senhora o prefácio vai ser da
quaresma, entender isso é evitar que se erre, tanto na marcação do prefacio como
na hora de passar a fita na missa e mostrar para o padre.

4. Oração eucarística.
Terminado o prefácio e começado o cântico do Sanctus, segue a oração eucarística.
Esta não precisa marcar com fita, pois já vem com as etiquetas. É importante nunca
usar a etiqueta para abrir na página, pois o peso das folhas do livro e o puxar da
etiqueta pode arrancar a mesma, use a etiqueta para saber a oração eucarística e
use o dedo entre as páginas para abrir na página certa.

Dica: Se o padre tem o costume de usar a sugestão de oração eucarística que vem
no folheto ou liturgia diária, nestes já vem com a página onde esta a oração
eucarística e até mesmo o prefácio. Caso o padre não siga essas sugestões que
vem no folheto, pergunte ele antes da missa qual oração eucarística que ele vai usar
para poder marcar no missal.

| @Cerimoniarios12
Uma outra coisa a se observar é que agora que aumentaram as folhas que contém
as orações eucarísticas, o librífero tem como obrigação acompanhar em SILÊNCIO a
oração eucarística para passar as folhas no momento certo para que não tenha
interrupção na oração que o padre esta rezando. Sempre que for passar as folhas,
nunca faça de modo que o braço bloquei a visão do padre, mas sempre de modo
que evite situações desagradáveis. Também deve estar atento aos comunicantes
próprios que tem nas orações eucarísticas e que deve ser usadas nos dias e
momentos próprios.

5. Rito da comunhão
Terminada a doxologia, segue o rito da comunhão que é a última etiqueta do missal
logo a baixo da oração eucarística terceira ( ver formações anteriores) . Terminado o
rito da comunhão o librífero pode retirar o missal com o suporte.

6. Oração depois comunhão


Terminada a distribuição da eucaristia para os fiéis, o padre reza a última oração do
formulário próprio da missa que foi rezada. Esta oração se encontra na mesma fita
que foi usada na oração da coleta e sobre as oferendas.

7. Benção final.
Aqui se marca com uma fita a benção final que sempre esta depois do rito da
comunhão. A benção final acompanha a liturgia que foi rezada no dia, Exemplo:
Missa do tempo comum = benção final do tempo comum; Missa de algum santo=
benção final própria para festa do santo. Aqui reforço a importância de saber o que
esta sendo rezado no dia para bem marcar o missal.

| @Cerimoniarios12
Esquema das fitas

Oração da coleta Única fita


Oração sobre as oferendas ( no próprio dos santos que tem
somente a oração da coleta, será
Oração depois comunhão
duas fitas - ver formações
anteriores)

Prefácio Segunda fita

Alguma das
Oração Eucarística
etiquetas

Última etiqueta , logo a


Rito da comunhão baixo da oração
eucarística III

Bênção final Terceira fita

| @Cerimoniarios12
Ordem de uso:

Primeira fita.
Oração da coleta
oração sobre as oferendas
formulário próprio
do dia

Segunda fita. Usada


Prefácio
somente uma vez.

Oração eucarística Etiqueta. Usada uma


única vez

Etiqueta. Usada
Rito da comunhão
somente uma vez.

Primeira fita usada.


Oração depois da comunhão
formulário próprio
do dia

Terceira fita. Usada


Bênção final
uma única vez.

| @Cerimoniarios12
Momento de tocar o
carrilhão ou sineta
O primeiro toque do carrilhão se da na pronunciação das palavras de
benção e santificação das oferendas:

Oração eucarística I: “Dignai-vos, ó Pai, aceitar, abençoar e santificar estas


oferendas...”

Oração eucarística II: “Santificai, pois, estes dons...”


Oração eucarística III: “Por isso, ó Pai, nós vos suplicamos: Santificai...”
Oração eucarística IV: “Por isso, nós vos pedimos, ó Pai, que o
mesmo Espírito Santo santifique estas oferendas...”

Oração eucarística V: “mandai o vosso Espírito Santo...”

Outras orações eucarísticas ( menos usadas)


Oração eucarística sobre reconciliação I: “Olhai as oferendas do
vosso povo e derramais sobre elas a força do vosso Espírito...”

Oração eucarística sobre reconciliação II: “E agora, celebrando a


reconciliação que Cristo nos trouxe, vos pedimos: santificais estas
oferendas pela efusão do vosso Espírito...”
Oração eucarística para diversas circunstâncias I: “Por isso, nós
vos suplicamos, Pai de bondade: enviais o vosso Espirito Santo...”

Oração eucarística para diversas circunstâncias II: “Por isso, nós


vos suplicamos, Pai de bondade: enviai o vosso Espirito Santo...”
Oração eucarística para diversas circunstâncias III: “Por isso, nós
vos suplicamos, Pai de bondade: enviai o vosso Espirito Santo...”
Oração eucarística para diversas circunstâncias IV: “Por isso, nós
vos suplicamos, Pai de bondade: enviai o vosso Espirito Santo...”
| @Cerimoniarios12
Oração eucarística para missas com crianças I: “Pai Santo, para vos
agradecer, trouxemos este pão e este vinho; pela ação do espírito
Santo fazei que eles se tornem...”

Oração eucarística para missas com crianças II: “O Deus, nosso


Pai, enviais vosso Espírito Santo...”

Oração eucarística para missas com crianças III: “Ó Pai, vós que
sois tão bom, mandai vosso Espírito Santo...”

Como apresentar o livro


O Missal Romano (e qualquer livro litúrgico) deve ser apresentado ao celebrante nessas
direções:

À esquerda de quem o lê.


Na altura ideal de leitura para o padre
De maneira que ele leia e não você
Postura reta e segura
Evitar que a fita fique na frente da oração
Evitar que as folhas passem

Portanto, o librífero não deve ficar em frente ao Celebrante e nem apresentar o livro de
outro modo que não seja à sua frente

Use o braço que tem mais força e segurança para sustentar o peso principal do livro e o
outro braço de apoio para evitar que o livro escorregue ou que as folhas passem
sozinhas pelo vento. Quanto mais próximo do corpo o braço que estiver com o peso
principal do livro estiver, evitará que fique trêmulo, desde que essa posição não afete a
visão do padre para a leitura.

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Uma outra maneira de apresentar o missal e a mais tradicional e indicada é esta que
esta :
Diante do librífero que o porta, à altura de sua cabeça. Porém, essa forma requer mais
força nos braços e dado ao peso do atual missal é um desafio maior.

Principais páginas que devo memorizar

Ordinário da missa: p. 430


Rito da comunhão: p. 569
Renovação das promessas batismais: p. 308
Alma de Cristo: p. 1249
Fórmulas de orações universais: p. 1232

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