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PROJETO
Almenara
MINAS GERAIS
FORMATIVO
SEMINÁRIO
SÃO JOÃO BATISTA
Diocese de
Almenara
MINAS GERAIS
Projeto
Formativo
SEMINÁRIO
SÃO JOÃO BATISTA
DIOCESE DE
ALMENARA - MG
Índice
4 1. Apresentação: A natureza e missão do sacerdócio ministerial
8 2. Introdução
8 2.1. Objetivo Geral
8 2.2. Objetivos Específicos
13 5. Pastoral Vocacional
13 5.1. Definição
14 5.2. Objetivos específicos
16 7. Etapa do Propedêutico
16 7.1. Definição
16 7.2. Dimensão Humana
17 7.3. Dimensão Espiritual
17 7.4. Dimensão Intelectual
17 7.5. Dimensão Pastoral-missionária
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agentes de formação, tudo aquilo que vai “alavancando” a vocação, o
discipulado. Nota-se ainda os três verbos que indicam essa busca, esse
desejo por conhecer Jesus para melhor servi-Lo: FORAM, VIRAM
e PERMANECERAM, ou seja, o sacerdócio ministerial se renova
dia-a-dia numa constante formação permanente, na busca constante
pela pessoa de Jesus Cristo, deixando-se “moldar” por Ele, compro-
meter-se com Ele, ser seu amigo íntimo, “estar com Ele”: “Conviver
com Jesus, ser seu amigo, estar unido a Ele, esta é a identidade primeira
do presbítero. Depois vem a missão, mesmo porque ‘Sem mim, nada
podeis fazer’(Jo15,5); “estar com”, o “conviver”, é recíproco: os discí-
pulos estarão com Jesus e Jesus com eles. A união com Jesus é o núcleo da
identidade presbiteral” (Cf. Cipollini Pedro, 2014, p.26, apud D.Apda,
ANO, n.191). Essa busca se dá no silêncio da oração fecunda, na ado-
ração, na leitura orante de sua Palavra, na celebração eucarística bem
celebrada, tal como define o Documento Conciliar Presbyterorum
Ordinis, que afirma que o presbítero é homem da oração, da adoração,
da pregação da Palavra e do sacrifício eucarístico. É justamente aí que
se dá o encontro, a descoberta sempre nova da Pessoa de Jesus Cristo
e consequentemente, descobri-Lo em cada irmão e irmã: “Renovai em
vós o dom recebido” (Cf. 2Tm 1,6).
A partir dessa experiência, dessa descoberta de coração para coração,
nasce uma profunda alegria na vida do sacerdote, alegria essa que é fruto
dessa presença amorosa do Senhor que dá um sentido todo especial em
sua vida e o remete com muita força, ânimo e unção, para a missão: “Eu
vos disse isso, para que minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja
completa” (Jo 15,11). O sacerdote, como evoca a etimologia do termo:
sacer (do latim: sagrado; e de dhos-ts, do indoeuropeu: aquele que faz),
é, portanto, alguém que tem a consciência clara que é um “escolhido
de Deus”, consagrado para o serviço Dele. Karl Rahner, um dos gran-
des teólogos do Concílio, escreveu: “Tu nos chamastes, chamaste-nos
pelos lábios da tua Igreja e pela voz do coração e não pelo que já somos
ou viremos a ser, porquanto chamas os sem nome, por teu chamado
fazendo deles o que desejas” (Rahner, 37). Se é Deus quem chama, Ele
capacitará, dia-a-dia os seus chamados, como fez com inúmeros profetas
que, diante dos desafios da missão, muitos apresentaram justificativas,
“desculpas” para não assumir a tal missão, mas Deus nunca as aceitou:
“Não tenhas medo”, “Eu estou contigo”, “Sou eu que falarei”, “Porei em vós
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o meu espírito”. São expressões de confiança, de ânimo da parte de Deus
para encorajar os seus escolhidos. Precisa-se aprender com o Apóstolo
Paulo a depositar em Deus toda confiança no exercício do Ministério
Sacerdotal: “tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4,13). Cristo
alcançou Paulo no caminho de Damasco, agora é Paulo que corre para
alcançar Cristo, se comparando a um verdadeiro e disciplinado “atleta”
(1Cor 9,24).
Quando se fala em “natureza” do sacerdócio, não se pode perder
de vista uma forte dimensão subjacente a essa natureza que é a dimensão
“vitimária” do sacerdócio. Um venerando Bispo fazia essa constatação:
“Dizem os seminaristas: ‘estou estudando para ser sacerdote’. Com que
frequência diz um seminarista, ou mesmo pensa: ‘estou estudando para ser
um sacerdote-vítima” (do livro: O sacerdote não se pertence, p. 47). Ser
“vítima”, oferecer-se juntamente com o Cordeiro Imolado no altar da
eucaristia, como hóstia viva, constitui a verdadeira natureza do sacerdócio,
sem a qual, as demais dimensões ficam comprometidas: O Senhor Jesus
Cristo não quer mais o sangue dos touros ou dos bodes, mas aqueles
que “tenham crucificado a natureza, com todas as suas paixões, todos
os seus impulsos” (Gl 5,24). São João Paulo II, citando o que o Concí-
lio sublinhou, afirma: “O dom espiritual que os presbíteros receberam na
ordenação não os prepara para uma missão limitada e restrita, mas, pelo
contrário, para uma imensa e universal missão de salvação até aos últimos
confins da terra, dado que todo e qualquer ministério sacerdotal participa
da mesma amplitude universal da missão confiada por Cristo aos Apósto-
los” (Cf. S. João Paulo II, 2001, n.05). É por isso que, no dizer de Santo
Agostinho, “o sacerdócio é difícil, sacrificado e perigoso” (Cf. Ep. 21,1; Pl
33,88). “É mais fácil ser sacerdote num sacrifício onde Jesus é a vítima,
do que ser a vítima num sacrifício onde Jesus é o sacerdote”, dizia um
sábio Bispo italiano, ou seja, é fácil estar atrás de um altar celebrando
a eucaristia, ofertando a grande Vítima que é Jesus do que fazer–se de
vítima no “altar” da missão, do tempo dedicado à pastoral, enfrentando
tempos difíceis e, diante de tantas propostas e produtos sedutores que
o mundo moderno oferece, escolher a melhor parte, o essencial que é
Jesus Cristo. São João Paulo II dizia que “há uma fisionomia essencial
do sacerdote que não muda: o padre de amanhã, não menos que o de hoje,
deverá assemelhar-se a Cristo (JOÃO PAULO II. Pastore Davo Vobis –
nº 5, 1992)” .
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Que a tão Boa e Querida Mãe, Maria Santíssima, interceda pelos
sacerdotes, seminaristas e pelos jovens da Diocese de Almenara que
pensam na vida sacerdotal, ela que correspondeu, mais do que qualquer
pessoa, ao apelo vocacional de Deus, fazendo-se de serva e discípula da
Palavra que a fecundou na carne e no coração, gerando, assim, o Eterno e
único Sacerdote. A exemplo dela todos são chamados a esta atitude dócil
ao Espírito Santo para que sua “sombra” paire sobre os presbíteros para
gerar realidades novas na vida de Igreja.
“Maria,
Mãe de Jesus Cristo e Mãe dos sacerdotes recebei este preito que
nós Vos tributamos para celebrar a vossa maternidade e contem-
plar junto de Vós o Sacerdócio do vosso Filho e dos vossos filhos,
ó Santa Mãe de Deus.
Mãe de Cristo, ao Messias Sacerdote destes o corpo de carne
para a unção do Espírito Santo a salvação dos pobres e contritos
de coração, guardai no vosso Coração e na Igreja os sacerdotes, ó
Mãe do Salvador.
Mãe da fé, acompanhastes ao templo o Filho do Homem, cumpri-
mento das promessas feitas aos nossos Pais, entregai ao Pai para
Sua glória os sacerdotes do Filho Vosso, ó Arca da Aliança.
Mãe da Igreja, entre os discípulos no Cenáculo, suplicastes o Espí-
rito para o Povo novo e os seus Pastores, alcançai para a ordem dos
presbíteros a plenitude dos dons, ó Rainha dos Apóstolos.
Mãe de Jesus Cristo, estivestes com Ele nos inícios da Sua vida e
da Sua missão, Mestre O procurastes entre a multidão, assististe-
-Lo levantado da terra, consumado para o sacrifício único eterno,
e tivestes perto João, Vosso filho, acolhei desde o princípio os
chamados, protegei o seu crescimento, acompanhai na vida e no
ministério os Vossos filhos, ó Mãe dos sacerdotes. Amen! (Or. De
São João Paulo II)”.
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2. Introdução
À luz da Ratio fundamentalis institutionis sacerdotalis, de 2016, e
das Diretrizes para a formação dos presbíteros da Igreja no Brasil (Doc -
110), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de 2019,
o Seminário São João Batista da Diocese de Almenara, por meio de sua
equipe de formadores, composta pelo bispo diocesano Dom José Carlos
Brandão Cabral; Pe. Aleandro Santos Vieira – reitor do Seminário Maior;
Pe. Rafael de Oliveira Pereira – reitor do Propedêutico; Pe. Alexandre
Pereira Gomes – promotor vocacional; Pe. Cláudio Eduardo Cordeiro –
Coordenador Diocesano de Pastoral e Vigário Geral e Pe. João Amaral
Rocha – Paróquia Nossa Senhora do Desterro (Jordânia – MG), acolhe a
desafiante missão de elaborar esse Projeto Formativo que deverá ajudar
na formação dos futuros presbíteros num caminho pedagógico e integral
com a realidade pastoral/missionária da Diocese, evitando improvisos
que possam comprometer o processo formativo dos mesmos.
O Projeto Formativo (educativo) ajuda os seminaristas a reconduzir
a Cristo todos os aspectos da sua personalidade, de modo a torná-los,
conscientemente, livres para Deus e para os outros. De fato, é somente em
Cristo crucificado e ressuscitado que este percurso de integração ganha
sentido e atinge o seu cumprimento; n’Ele se recapitulam todas as coisas
(Ef 1,10), a fim de que “Deus seja tudo em todos.” (1Cor 15,28) – (Ratio
Fundamentalis n. 29, 2016, p.14)
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a) Buscar a docilidade do Espírito Santo, ler a sua vida e a sua história à
luz da fé e precisa cada vez mais abrir-se ao crescimento;
b) Estimular maior comunhão e unidade com a Igreja. Em tempos de
desafios, construir um caminho cada vez mais envolvente.
c) Propiciar maior integração das dimensões formativas (Humana, Es-
piritual, Intelectual, Pastoral-Missionária).
d) Estimular maior gradualidade no processo formativo. Quem é o padre
a partir da nova Ratio Fundamentalis? O padre a partir da nova Ratio
é aquele que se encanta com Jesus (Etapa do Propedêutico), que se
torna discípulo de Cristo (Etapa do Discipulado), que busca configu-
rar-se a Cristo (Etapa da Configuração) e que busca ser testemunha do
Cristo Bom Pastor (Estágio Pastoral - Permanente). É esse o itinerário,
o caminho para o Presbítero à luz da nova Ratio.
e) Promover maior integração da formação inicial com a formação
permanente. O Seminário não dá todas as respostas, por isso, é
importante a formação permanente. Isto é, permanente porque
não finaliza no seminário, nem muito menos na conclusão do curso
acadêmico.
3. Histórico Pastoral
da Diocese de Almenara
e suas urgências
A Diocese de Almenara foi criada no ano de 1981, desmembrada
das dioceses de Araçuaí e de Teófilo Otoni. A caminhada pastoral que
predominou nesta diocese possui fortes influências da vizinha Araçuaí
principalmente pelo fato de que a maior parte do seu território pertencia,
antes, a ela. Os primeiros padres diocesanos foram formados naquela
diocese.
Uma característica geográfica que, de certa forma, influenciou no
perfil pastoral foi o fato de estar limitados, ao norte, pela Arquidiocese
de Vitória da Conquista-BA, e, a leste, pelas Dioceses de Eunápolis-BA
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e de Teixeira de Freitas-BA. A influência da cultura baiana é perceptível
na religiosidade popular.
Devido ao fato de estar localizados na região do Baixo Jequitinho-
nha, na dimensão social destaca as características: de região empobrecida,
a concentração de renda nas mãos de poucos, o latifúndio e o descaso
político. Estas características influenciaram também na religiosidade
popular. É uma Igreja que historicamente assumiu a opção preferencial
pelos pobres como fundamento pastoral.
Além disso, é uma diocese predominantemente rural. As paró-
quias são redes de comunidades eclesiais missionárias formadas em
sua maioria na área rural, de um povo simples, mas muito acolhedor,
sedento do Evangelho e com uma grande disposição em caminhar
como Igreja viva.
Sob o aspecto da evangelização, a presença de congregações
e ordens religiosas, tanto masculinas quanto femininas exerceram
bastante influência no processo de formação da identidade católica
desta região.
Tem ainda grande influência de missionários estrangeiros que dei-
xaram um pouco de seu jeito de ser Igreja. Pode destacar, nesse aspecto, a
presença da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos), que por mais de
100 anos de missão na cidade de Jequitinhonha contribuíram em muito
nessa dimensão. Ressalta aqui a presença de frades holandeses. Outros
grupos de missionários também presente nestas terras foram: dos padres
da Sociedade Fidei Donum (da Itália) e a Congregação do Verbo Divino,
com muitos padres poloneses, indonésios e filipinos.
Todas essas características sociais, econômicas, políticas e culturais
foram determinantes para a formação da consciência e identidade pasto-
ral. É impensável ser Igreja aqui sem levar em conta toda essa realidade.
A Diocese de Almenara é essencialmente missionária, profética, com-
prometida com as angústias e as esperanças do povo, testemunhando o
Reino de Deus rumo à plenitude.
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4. Seminário Diocesano
São João Batista
4.1. Definição
Primeiramente, faz-se necessário esclarecer sobre o que é
seminário, sua identidade e missão da casa de formação.
O Seminário é uma COMUNIDADE educativa a caminho. O
tempo da formação inicial é um espaço privilegiado para a formação de
presbíteros missionários. Segundo o (Doc. 110, CNBB, 2018, n. 41, p.
33), o seminário é o coração da diocese que anseia formar:
» Presbítero – homem experimentado na vida;
» Pastor – segue o exemplo de Jesus, o Bom Pastor;
» Profeta – anuncia e testemunha a Palavra de Deus;
» Servo – é constituído para servir e não ser servido;
» Missionário – ser uma missão e não ter uma missão;
» Padre – dom da paternidade espiritual;
» Sacerdote – dom sagrado de Deus para o seu povo;
» Esposo – chamado a reviver o amor de Cristo esposo, em sua relação
com a Igreja esposa;
» Perito em humanidade – homem de relações dentro e fora da Igreja;
» Homem da proximidade – estar junto tanto de Deus como dos dramas
da humanidade;
» Homem da misericórdia – cuidado especial em relação aos pobres e
marginalizados;
» Homem de oração – íntimo das coisas divinas, místico e mistagogo;
» Homem de sacrifício – consumir-se em generosidade e sacrifício pelo
povo de Deus;
» Irmão universal – chamado a construir relações com irmãos separados,
fieis de outras religiões e com as pessoas de boa vontade.
4.2. Histórico
Quando a Diocese de Almenara foi criada ficou com apenas três padres
diocesanos, Monsenhor Antônio Soares, Monsenhor Lydio de Miranda
Murta e Pe Valdir Brito Alves. Monsenhor Soares, de idade avançada, já
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estava aposentado. Por muitos anos ele atuou em Almenara e nas quase
paróquias de Bandeira, Mata Verde e Divisópolis. Monsenhor Lydio, assim
que a Diocese foi criada, mudou-se para Belo Horizonte para ocupar um
cargo na Secretaria Estadual de Educação e se firmou na Arquidiocese
de Belo Horizonte. Pe Valdir, ordenado em 1980 pelo Papa João Paulo II
quando veio pela primeira vez ao Brasil, assumiu a recém-criada Paróquia
São Pedro Apóstolo, tendo Mata Verde como comunidade e ainda dava
assistência em Jordânia e Bandeira. É claro que se contava com a presença
significativa de religiosos e religiosas atuando em outras paróquias.
Padre Valdir foi o responsável pela animação vocacional no início
da Diocese. Havia uma equipe de religiosas para a promoção vocacio-
nal mista. Em 1983 foi o Ano Vocacional no Brasil com o tema: “Vem e
segue-me”. A oração vocacional que já ficou tradicional, é rezada ainda
hoje. Nessa ocasião, houve uma grande movimentação na Diocese. Havia
encontros com grande número de jovens para o despertar vocacional.
Outro acontecimento marcante foi o festival de música vocacional em que
fez nascer muitas canções religiosas. Ficou marcante a canção “Vocação”,
composição de Pe Valdir e Ir Fidália, das Irmãs Franciscanas Penitentes
Recolentinas. Muitos jovens eram acompanhados por Pe Valdir, alguns
chegando a morar na casa paroquial de São Pedro Apóstolo, inclusive
Padre João Amaral é fruto dessa campanha vocacional.
A partir de 1987, ingressaram no seminário São José, da Diocese
de Araçuaí. Dom Enzo o idealizador de um Curso de Ensino Médio
e Filosofia, sendo ele mesmo o principal professor de Filosofia. Nesse
período, muitos jovens da Diocese de Almenara passaram pelo processo
formativo, vindo a desistir por outras opções de vida.
Deu-se início o processo de formação em Diamantina em 1993. Os
padres que chegaram a ordenar, que participaram da formação em Dia-
mantina: Pe. João Amaral, Pe Newton, Pe Nery, Pe Gilmar e Pe Aleandro. A
partir de 2006, inicia-se a formação propriamente assumida pela Diocese de
Almenara com uma casa de formação e a designação de um presbítero para
acompanhar os seminaristas na formação presbiteral em Belo Horizonte.
Padre Newton foi o primeiro reitor. A princípio em uma casa cedida pela
Congregação dos Missionários Sagrado Coração, até a compra com a ajuda
dos Irmãos da Congregação de Nossa Senhora de Lourdes e de um casal
de empresários, da atual casa no Bairro Camargos. Os estudos de filosofia
e teologia eram no ISTA, Instituto Santo Tomás de Aquino. Com o passar
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do tempo, Dom Hugo firmou uma parceria com a Arquidiocese de Belo
Horizonte, que concedeu bolsa integral aos estudantes, motivo pelo qual
os seminaristas foram transferidos para a Puc Minas.
Embora os estudos acadêmicos e da formação pastoral seja em
Belo Horizonte, os seminaristas são orientados a manter os olhos fixos
em Jesus Cristo e o “olhar do coração” voltado para o povo na Diocese,
que deposita muita esperança e reza pela perseverança dos futuros pres-
bíteros da Diocese.
A Diocese de Almenara propõe como objetivo formar presbíteros
como verdadeiros pastores, constantes no seguimento a Jesus Cristo, a
serviço do povo de Deus e em sintonia com a proposta de evangelização
da Diocese. Uma formação em que o formando seja protagonista do seu
processo, se dispondo a uma avaliação constante de sua caminhada, ilu-
minados e questionados constantemente pela Palavra de Deus para uma
resposta consciente ao chamado, tendo como princípios fundamentais a
liberdade, a confiança e a responsabilidade.
Portanto, a Diocese de Almenara na formação dos futuros presbí-
teros, procura incentivar os seminaristas para que estejam em sintonia
com Cristo a partir do olhar atento ao chão da realidade da Diocese,
comprometendo-se com as lutas e os desafios vividos pelo povo nas
comunidades.
Pe João Amaral Rocha
5. Pastoral Vocacional
5.1. Definição
“A vocação sacerdotal é um dom de Deus, que constitui certamente
um grande bem para aquele que é o seu primeiro destinatário. Mas é tam-
bém um dom para a Igreja inteira, um bem para a sua vida e missão. A
Igreja, portanto, é chamada a proteger este dom, a estimá-lo e amá-lo: ela
é responsável pelo nascimento e pela maturação das vocações sacerdotais
(Pastores Dabo Vobis, n.41, 1992, p.16)”. Visando a tal preciosa missão,
a pastoral vocacional, alma de toda a evangelização e de toda a pastoral
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da Igreja, surge como um serviço que deve favorecer o encontro com o
Senhor daqueles que ouvem Seu chamado e vão até Ele (cf. Mc 3, 13).
6. Etapas da Formação
e suas dimensões
6.1. Definição
As características do processo formativo são: A formação para
o discipulado de Jesus; formação que é configuração a Cristo Cabeça,
Pastor e Servo; formação que acolhe a pessoa em sua complexidade;
formação que se traduz em programa de vida e acompanhamento. Suas
linhas pedagógicas-mistagógicas são: Integralidade – responsabilidade –
comunhão – atualização – acompanhamento.
Seus dispositivos pedagógicos devem ser: a Casa de Formação – o
Cotidiano da Formação – a Presença dos Formadores, despertando a
consciência da diocesaneidade no processo formativo.
O Período primeiro do discernimento é a Pastoral Vocacional que
deve ter um plano de acompanhamento ao jovem antes do ingresso no
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Propedêutico. Depois vem as etapas da formação inicial que são: Pro-
pedêutico; Discipulado; Configuração; Síntese Vocacional; Permanente
(Estágio Pastoral) e suas dimensões (Humana, Espiritual, Intelectual,
Pastoral-Missionária).
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7. Etapa do Propedêutico
7.1. Definição
Essa primeira etapa, Propedêutico, que também deve ser caracte-
rizada como etapa da complementação e aprofundamento do processo
da Iniciação à Vida Cristã e preparação de caráter introdutório com vistas
à sucessiva formação presbiteral ou, ao invés, da decisão de trilhar outro
caminho de vida (Doc. 110, CNBB, 2018, n. 125, p.73). Essa etapa não
pode ser inferior a um ano e nem superior a dois anos (Ratio Fundamen-
talis, L’osservatore Romano, n. 59, 2016, p. 29).
Seus principais objetivos são: Conhecer bem a realidade da Diocese,
o perfil e as demandas pastorais; criar uma boa base para a vida espiritual,
favorecendo um maior conhecimento de si para o crescimento pessoal.
Para esse amadurecimento da vida espiritual é necessário levar o jovem
à oração através da vida sacramental, da liturgia das horas, da familia-
ridade com a Palavra de Deus, do silêncio, do estudo do Catecismo da
Igreja Católica. É um tempo propício para o discernimento vocacional
e vivência comunitária.
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7.3. Dimensão Espiritual
» Objetivo geral: Deter-se diante do mistério de Cristo e da Igreja e da
possível opção pela vocação sacerdotal.
» Objetivos específicos:
a) Despertar os jovens para o gosto da Oração da Liturgia das Horas,
Adoração ao Santíssimo Sacramento e a Eucaristia diária.
b) Valorização das orações de devoções populares: Ofício Divino das
Comunidades, reza do terço, e outros.
c) Ter com meta retiro espiritual anual.
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8. Etapa do Discipulado
(Filosofia)
8.1. Definição
O discípulo é aquele que é chamado pelo Senhor a ficar com Ele (Cf
Mc 3,14), segui-lo e tornar-se missionário do Evangelho. Ele aprende a
entrar cotidianamente no Reino de Deus, vivendo uma relação profunda
com Jesus. O estar com Cristo torna-se um caminho pedagógico-espiri-
tual, que transforma a existência e permite tornar-se testemunha do Seu
amor no mundo (Ratio Fundamentalis, L’osservatore Romano, 2016,
n. 61, p. 30). Essa etapa se caracteriza por seu caminho de formação
que empenha e compromete não só a pessoa do seminarista, mas toda
a comunidade em que ele tem participação na vida comum (Doc. 110,
CNBB, 2018, n. 145, p. 81).
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8.3. Dimensão Espiritual
» Objetivo geral: Conhecer os objetivos da vida espiritual e começar a
empregar os meios oferecidos pela casa de formação.
» Objetivos específicos:
a) Motivar o seminarista a estar mais perto do Mestre, para que possa
ouvi-lo, aprender e criar verdadeiros laços de amor e de amizade com
Ele. Assim sendo, é essencial ao seminarista cultivar esses laços de
amor com Deus, os quais se darão por meio de sua vida espiritual;
b) Despertar a consciência de que o caminho da formação espiritual
ocorre pelas etapas de iniciação, de amadurecimento, de aperfeiçoa-
mento e de aprofundamento. Assim, espera-se que o seminarista do
Discipulado, uma vez iniciado no caminho espiritual, próprio da vida
de seminarista no Propedêutico, conclua o seu processo de iniciação,
por meio da dinâmica própria do Seminário Maior e busque, por
diversos meios, amadurecer a sua relação com Deus;
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e) Fazer acompanhamento individual com diálogo aberto e sincero para
acolher as dificuldades do seminarista e procurar ajudá-lo a sanar tal
dificuldade;
f) Procurem, os seminaristas, assumir com total responsabilidade suas
obrigações acadêmicas dentro e fora da faculdade, respeitando e va-
lorizando a pessoa do professor.
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a sua vida estando sempre disponível para servir onde seja necessário,
também na missão ad gentes (Doc.110, CNBB, n. 232, p. 124);
e) Despertar no seminarista o gosto pelo COMISE, Conselho Missio-
nário dos seminaristas;
8.6. Itinerários
a) Primeiro ano, atitude de “permanecer atento”;
b) Segundo ano, atitude de “livrar-se de”;
c) Terceiro ano, atitude de “livrar-se para tomar decisão”.
9. Etapa da Configuração
(Teologia)
9.1. Definição
A vida de um presbítero é toda ela uma formação contínua desde
o momento da sua chamada: a formação do discípulo de Jesus, dócil à
ação do Espírito Santo para o serviço à Igreja. A pedagogia da formação
inicial, desde os primeiros anos do Seminário, visa, antes de tudo, fazer
o candidato inserir-se na sequela Christi (seguindo a Cristo); ao final desta
etapa, dita do discipulado, a formação se concentra sobre o configurar
do seminarista a Cristo, Pastor e Servo.
Esta configuração exige um mergulho profundo na contemplação
da Pessoa de Jesus Cristo, Filho predileto do Pai, enviado como Pastor do
Povo de Deus. Tal configuração torna a relação com Cristo mais íntima
e pessoal, e, ao mesmo tempo, favorece o conhecimento e a assunção da
identidade sacerdotal. A etapa dos estudos teológicos, ou da configura-
ção, é orientada de modo particular, para a formação espiritual própria
do presbítero, em que a configuração progressiva a Cristo torna-se uma
experiência que suscita na vida do discípulo os próprios sentimentos e
comportamentos do Filho de Deus (Ratio Fundamentalis, L’osservatore
Romano, 2016, n.68/69, p. 32/33).
Nessa etapa é importante rever algumas atitudes: no primeiro ano:
“Virtudes teologais”, pode ser admitido às ordens sacras; segundo ano:
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“Conselhos evangélicos”, pode ser instituído ao ministério de Leitor;
terceiro ano: “Caridade pastoral e prioridades presbiterais”, pode ser
instituído ao ministério de Acólito; quarto ano: “Atitudes presbiterais”.
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do ministério ordenado, é enviado pelo Pai, configurado ao Filho e
atua pela força do Espírito Santo. É cristocêntrica, porque vive mais
intimamente o mistério pascal de Cristo, assumindo a Cruz, na doação
total de si por amor a Cristo e a sua Igreja. É eclesial, por se tornar
responsável por reunir todo o povo de Deus, Corpo de Cristo, na
função de presidência ministerial. O ministério é um serviço eclesial;
b) Deve-se cultivar:
- uma espiritualidade encarnada percebendo qual Deus está rezan-
do, sem deixar de considerar a sua história de vida, social, cultural,
psicológica, familiar, etc, acolhendo com espontaneidade e amor as
orações da Igreja: Liturgia das Horas, Eucaristia diária, Adoração ao
Santíssimo Sacramento, devoção autêntica à Virgem Maria e a São
José, Ofício Divino das Comunidades, e outras;
- disponibilidades para os exercícios espirituais anual e mensais;
- a vivência do amor fraterno entre os irmãos do seminário, aos pres-
bíteros, ao bispo diocesano e ao povo de Deus;
- a fidelidade à direção espiritual;
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verdades teológicas. Nesse sentido, é fundamental que a experiência,
vivida na sala de aula, seja transportada para a vida espiritual, de modo
a se tornar matéria de oração;
c) Devem estar explícitos nos ensinos acadêmicos teológicos a sua
finalidade: o serviço ao povo de Deus. Logo, os ensinos teológicos,
correspondentes à etapa da Configuração, devem estar em harmonia
com os ensinamentos da Tradição da Igreja e do Magistério vivo,
especialmente do Concílio Vaticano II. Ele deve dialogar com as
correntes filosóficas de toda a história da filosofia, sobretudo com
as mais incidentes na cultura contemporânea, a fim de realizar sua
hermenêutica e atualização do mesmo “Jesus Cristo, ontem, hoje e
sempre”. Por isso, o seminarista desta etapa deve estar atento, além
dos estudos de Teologia, aos temas recorrentes na sociedade, na
política, nos meios culturais, no cotidiano das pessoas com quem
convive, de modo a ser capaz de expressar os critérios de Cristo e
dialogar com o mundo;
d) Estar atento, a pessoa do formador como educador solícito, à assidui-
dade e à aplicação dos formandos. Mantenha contato frequente com
a direção e os professores do IFTDJ – PUC minas no qual os semi-
naristas estudam. Torne possível, segundo adequados procedimentos
pedagógicos, o acompanhamento personalizado dos seminaristas,
acolhendo por meio do diálogo, as suas dificuldades e demandas
acadêmicas, para que haja progressiva maturidade intelectual (Doc.
110, CNBB, n. 284, p. 148);
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dimensão pastoral-missionária proposta pelo projeto formativo, uma
vez que se espera do seminarista uma coerência entre sua vivência no
cotidiano do Seminário e nos espaços de atuação pastoral (paróquias
e grupos pastorais);
b) Trabalhar o papel dos seminaristas nessa dimensão:
- acolher o espírito missionário e tomar consciência da prioridade
da evangelização que precisa cuidar dos não batizados e também
dos batizados que somente participam ocasionalmente da vida da
comunidade (Doc.110, CNBB, n.232, p. 125);
- Vivenciar a comunhão com a vida do povo, com as comunidades
de fé, com agentes de pastoral, consagrados (as) e com o presbitério
(Doc.110, CNBB, n.232, p.125);
- Ter a consciência de que ele não é um mini-padre, mas um irmão
de caminhada com o povo a serviço do povo nos trabalhos mais
simples possíveis. Ele deve ter a capacidade de elaborar projetos
pastorais juntamente com a comunidade ou grupo pastoral no qual
está colaborando;
- Abertura para o diálogo com várias expressões religiosas, católicas e
não católicas, ter amadurecimento das responsabilidades de pastor e
ser fermento de transformação da sociedade pelo testemunho e ação
solidária, na promoção da justiça, da fraternidade e da paz;
- Ter espírito de liderança nas ações pastorais e missionárias do semi-
nário como: missões e outras atividades organizadas pelo seminário;
- Viver uma pastoral positiva é um dos critérios para avançar no pro-
cesso formativo, como o diaconato, por exemplo;
9.6. Itinerários
a) Primeiro ano: Virtudes Teologais;
b) Segundo ano: Conselhos Evangélicos;
c) Terceiro ano: Caridade Pastoral e prioridades presbiterais;
d) Quarto ano: Atitudes presbiterais;
e) Admissão às ordens sacras: metade do segundo ano;
f) Ministério de Leitor: final do segundo ano;
g) Ministério de Acólito: final do terceiro ano.
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10. Atividades (meios)
do Seminário Maior
(discipulado e configuração)
Algumas atividades que são de suma importância para que haja
uma convivência harmônica e responsável na casa de formação, princi-
palmente por parte dos formandos.
10.1. Convivência
Esporadicamente, a comunidade se reúna, se possível, com o seu
formador, para participar de uma atividade lúdica ou cultural (como
assistir a um filme, jogar ou passear – momentos recreativos), não só
para a interação da mesma, como também para a sua formação cultural,
que pode ser enriquecida pelo debate, muitas vezes, suscitado por essas
interações.
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10.4. Atividade física
Ao menos duas vezes por semana, os seminaristas devem fazer
uma atividade física (caminhada ou outra), de acordo o horário da casa.
Além dos benefícios físicos imediatos, a atividade física propõe ainda o
cuidado com o corpo, ferramenta fundamental para o futuro ministério,
autoconhecimento e convivência comunitária.
10.5. Eventos
O nosso Seminário se dispõe de uma casa ampla e bem localizada,
por isso, é importante aproveitá-la no sentido de abri-la para momentos
de interação com outras casas de formação (dioceses/congregações),
confraternizações, jogos, etc. E com as comunidades onde os seminaristas
fazem pastoral, Missas/confraternizações para iniciar e/ou finalizar os
semestres.
10.7. COMISE
Conselho Missionário de Seminaristas. Seu objetivo é a formação
e animação missionárias no interior do Seminário. Todos os seminaristas
devem fazer parte.
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10.9. Férias
Nas férias do meio do ano junho/julho os seminaristas passarão
uma semana nas paróquias, conforme a disponibilidade e abertura dos
padres. Este tempo é oportuno para que os seminaristas tenham uma
maior convivência com o pároco e o povo. Cada padre pode se oferecer
para acolher um de nossos seminaristas, ou o Seminário indicará qual
paróquia o seminarista ficará, com a permissão do pároco, é claro.
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10.13, Direção espiritual
O Seminário dispõe de um Diretor Espiritual que acompanha o
grupo periodicamente, mas o seminarista além do Diretor da casa, pode
também ter o seu próprio Diretor Espiritual, desde que tenha o conhe-
cimento e o aval do reitor.
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11.2. Objetivo geral
Segundo o (Doc. 110, CNBB, n. 297/297, p. 156) o grande objetivo
desse ano “é oferecer ao futuro presbítero uma oportunidade para a sín-
tese vocacional-pessoal e um espaço de preparação prática e sistemática
no campo da ação evangelizadora e missionária, como expressão de
autêntica caridade pastoral” (Doc. 110, CNBB, n. 297, p. 156). “A Etapa
Pastoral está orientada para a inserção na vida pastoral e a preparação
mais intensa às ordens sacras, em vista da configuração prática a Jesus
Cristo. Requer um acompanhamento atento, planejado e personalizado”
(Doc. 110, CNBB, n. 299, p. 157).
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i) Viver o sentido comunitário da vida e o exercício do ministério, in-
corporando-se, de um modo dinâmico e progressivo, à fraternidade
presbiteral, na realidade específica e imediata de uma Igreja concreta.
j) Realizar uma síntese vital, em chave pastoral, de todo o processo
formativo, na condição de ser humano e homem de fé.
k) Exercitar, de forma mais operativa, sua capacidade de viver o ministério
presbiteral, dado que, atualmente, o período de maturação psicológica
e afetiva tende a prolongar-se.
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b) O sujeito da formação permanente seja o próprio presbítero; nada
poderá substituir seu empenho;
c) O método fundamental é a reflexão sobre o exercício do ministério, a
partir das experiências cotidianas da vida, à luz da Palavra de Deus, em
busca do seguimento de Jesus Cristo, por meio da constante conversão,
no aprofundamento do discipulado, no revigoramento da missão, na
prática da comunhão e na amizade presbiteral;
d) A participação ativa na vida do presbitério por intermédio das reuniões,
encontros fraternos ou festivos, celebrações, exercícios espirituais,
encontros de oração em comum, estudo e reflexão é ambiente privi-
legiado de formação permanente. Instrumentos eficazes de formação
e exercício comunitário do ministério são também as associações e
fraternidades presbiterais;
e) O ambiente pastoral no qual no qual o presbítero é chamado a ser
discípulo-missionário-servidor, especialmente a vida das comunidades
eclesiais, é lugar privilegiado da formação permanente;
f) A diocese deve oferecer a todos os presbíteros estímulos e oportuni-
dades de atualização, períodos sabáticos, sob diversas formas, tendo
em conta necessidades e possibilidades. Para isso, com a cooperação
dos organismos da CNBB;
g) Seja estimulada, motivada e promovida a prática da direção espiritual
e do acompanhamento espiritual entre os sacerdotes, pois tais práti-
cas espirituais reforçam a aliança de vida entre os sacerdotes de um
mesmo presbitério e representam uma grande riqueza em favor da
perseverança ministerial dos presbíteros;
h) Sejam motivadas e implantadas iniciativas que favoreçam a frater-
nidade entre os presbíteros e o zelo amoroso pelo cuidado com os
irmãos de presbitério, especialmente por iniciativas pastorais conjuntas
entre as comunidades paroquiais próximas, tornando a fraternidade
e comunhão para com todo o Povo de Deus;
i) Seja apoiada a recuperação de presbíteros que apresentam “compor-
tamentos que requeiram acompanhamento especial”.
j) Valorização da pastoral presbiteral. A pastoral presbiteral, entendida
como ação planejada da Igreja, incentivada pela CNBB e motivada
pelos Encontros Nacionais de Presbíteros (ENPs), é o cuidadoso
acompanhamento pessoal e comunitário, integral e orgânico da Igreja
Particular aos seus presbíteros, devendo neles estimular a alegria de
32
serem discípulos missionários de Jesus Cristo, servidores do povo,
segundo o exemplo do Bom Pastor (Doc. 110, CNBB, 2018, n. 373,
p. 186 ).
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13.2. A saúde psíquica
Será, por norma, de evitar a admissão no Seminário de quantos so-
fram e qualquer patologia, manifesta ou latente (esquizofrenia, paranoia,
distúrbio bipolar, parafilias, etc.), que seja capaz de minar a discrição
do juízo da pessoa e, por consequência, a sua capacidade de assumir os
compromissos e empenhos da vocação e do ministério (Ratio Funda-
mentalis, L’ossevartore Romano, 2016, n.191, p.81).
13.3. A demissão
Em qualquer momento do percurso da formação de um semi-
narista, se a comunidade formativa concluir ser necessário demiti-lo,
uma vez consultado o Bispo, tal ato deve, em geral, ser feito mediante
documento escrito a ser oportunamente conservado, contendo uma ex-
posição prudente, mesmo que sumária, mas suficientemente indicativa
das circunstâncias que lhe hajam servido de motivo, a título de síntese do
discernimento realizado (Ratio Fundamentalis, L’ossevartore Romano,
2016, n.197, p.83)
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no propedêutico, com o intuito de uma adaptação à realidade, antes de
ingressar no Seminário Maior.
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15. Referência
Bibliográfica
CIPOLLINI, Pedro. Permanecei no meu amor. EDIÇÃO. EDITO-
RA: cidade da editora, ANO, p.26. In:D.Apda. Título da obra. Edição.
Cidade da editora: Editora, ANO. p. 191.
Documento Conciliar Presbyterorum Ordinis, Concílio Vaticano II:
Paulus, 1962 - 1965.
CNBB. Carta aos presbíteros - Documento 75. 1ª Edição, Paulus, 2004, p.75.
CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Diretrizes para
a formação dos presbíteros da Igreja no Brasil - Documento – 110. 1ª
Edição. Aparecida - SP: CNBB, 2019.
Ratio fundamentalis institutionis sacerdotalis. Cidade do Vaticano: L’Os-
servatore Romano, 2016. 92 páginas.
JOÃO PAULO II. Pastore Davo Vobis – Exortação Apostólica, Pós-
-Sinodal, Roma, 1992.
RAHNER, Karl. Novo Sacerdócio. EDIÇÃO. Cidade da editora: EDI-
TORA, ANO, p. 37).
Bíblia de Jerusalém, Paulus, 2002, São Paulo - SP.
36
Diocese de
PROJETO
Almenara
MINAS GERAIS
FORMATIVO
SEMINÁRIO
SÃO JOÃO BATISTA
Diocese de
Almenara
MINAS GERAIS