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ENCONTRO DE LITURGIA

A ESPIRITUALIDADE DA SANTA MISSA


A Santa Missa – Segundo São Padre Pio de Pietrelcina.
"A Santa Missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo que, sob as espécies do pão e do
vinho, se oferece por mãos do sacerdote a Deus sobre o altar, memória e renovação do sacrifício da
Cruz." Catecismo de São Pio X.
O que é a Eucaristia?
A Eucaristia é o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para
perpetuar pelos séculos, até seu retorno, o sacrifício da cruz, confiando assim à sua Igreja o
memorial de sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete
pascal, no qual se recebe Cristo, a alma é coberta de graça e é dado o penhor da vida eterna.
Quando Cristo instituiu a Eucaristia?
Instituiu-a na Quinta-feira Santa, "na noite em que ia ser entregue" (1Cor 11,23), celebrando com os
seus Apóstolos a Última Ceia.
Único e mesmo sacrifício, no calvário e no altar.
A Santa Missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, oferecido em nossos
altares, em memória do Sacrifício da Cruz. O Santo sacrifício da Missa é oferecido para adorar e
glorificar a Deus, para obter o perdão dos pecados, para pedir graças e favores pessoais e também
pelas almas do Purgatório. É o Sacrifício da Nova Lei, instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, no
qual são oferecidos a Deus o Corpo e o Sangue de Jesus, sob as aparências do pão e do vinho.

É uma prolongação perene e incruenta (sem derramamento de sangue) do mesmo Sacrifício do


Calvário. Ambos os sacrifícios, o da Cruz no Calvário, e o da Missa em nossos altares, constituem
um único e idêntico sacrifício, pois que a Vítima e o Oferente destes sacrifícios é o próprio Nosso
Senhor Jesus Cristo. O Sacerdote, como "Mediador entre Deus e os Homens" (1 Tim. 2, 5) oferece o
Santo Sacrifício da Missa em nome de Jesus Cristo e da sua Igreja, pela salvação do mundo.
A Paixão de Cristo constitui a essência mesma do Santo Sacrifício da Missa. Por isso, afirmou o
Apóstolo São Paulo: "Todas as vezes que comerdes deste Pão e beberdes deste Vinho, relembrarei
a morte do Senhor, até que Ele venha". (I Cor, 11,26).

A primeira Santa Missa.


As cerimônias, palavras e gestos da Consagração constituem a parte mais importante da Santa Missa.
Ora, essas palavras e gestos verificaram-se pela primeira vez, naquela memorável noite da
primeira de todas as Quintas-feiras Santas, quando Nosso Senhor Jesus Cristo, no Cenáculo de
Jerusalém, celebrou a Sagrada Ceia Pascal com os Seus discípulos. A Sagrada Ceia foi, pois, a
primeira Santa Missa, celebrada por Jesus Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote.

A liturgia da Santa Missa.


O Santo Sacrifício da Missa é a perpetuação do Drama divino do Calvário. Jesus Cristo, Deus e
Homem, padeceu e morreu por minha causa, pela minha salvação. O drama redentor do Calvário é,
pois, o meu drama.
Neste drama se distinguem seis atos principais, nos quais procurarei tomar parte, associando-me ao
Sacerdote celebrante que realiza o Santo Sacrifício em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Sumo
Sacerdote:
1º- Rezar. (Desde o início da Missa até a Epístola/2ª Leitura). - É a voz do homem que fala a Deus.
2º- Escutar. (Desde a Epístola até o fim do Evangelho). - É a voz de Deus que fala ao homem.
3º- Oferecer. (No Ofertório, o Sacerdote oferece, a Deus, a Hóstia que vai ser consagrada). - Oferecer-
me-ei também a Deus Pai, em união com Jesus Cristo, a Vítima divina do altar.
4º- Sacrificar. (O Sacerdote, consagrando o Pão e o Vinho separadamente, significa a efusão do
Sangue sofrida por Jesus na sua Paixão e Morte redentora). - Aceitarei resignadamente os
sofrimentos e sacrifícios de cada dia, unindo-o ao sacrifício de Jesus, na Santa Missa.
5º- Comungar. (A Comunhão é o complemento natural da Consagração, do sacrifício. A Vítima
divina da Nova Lei, depois de imolada, deve ser comungada). - Pela Santa Comunhão, a participação
do fiel ao Santo Sacrifício da Missa se realiza plenamente.
6º- Agradecer. Depois da Comunhão e já ao final do Sacrifício, o Sacerdote reza a oração chamada
Pós-comunhão, agradecendo a Deus os benefícios recebidos no Santo Sacrifício da Missa.

Finalidades da Santa Missa:


A Missa renova misticamente o Sacrifício do Calvário a fim de que em todo o tempo e lugar a Oferta
pura e perfeita de Jesus fosse oferecida a Deus em benefício do povo cristão e da humanidade.
Por quatro motivos Cristo instituiu a Missa:
1º- Adorar e cultuar a Deus, nosso Criador e Pai (sacrifício latréutico).
Para prestar um culto perfeito e total a Deus, onde se reconhece o Seu domínio sobre tudo, a nossa
submissão a Ele e o direito d’Ele sobre as nossas vidas;
2º- Aplacar a sua justiça e obter misericórdia (sacrifício propiciatório).
Para render graças por tudo o que Ele nos dá e louvá-Lo por sua imensidão e majestade;
3º- Dar-Lhe graças pelos benefícios recebidos (sacrifício eucarístico).
Para dar a Deus devida reparação e satisfação à Sua justiça ofendida por nossos pecados e aplacar a Sua
ira sobre nós;
4º- Pedir-lhe favores e graças (sacrifício impetratório).
Para que alcancemos todo o tipo de graças das quais necessitamos, desde que isso sirva para o nosso
bem e não atrapalhe a nossa salvação.
Por ser uma oração perfeita e infinita de Cristo a Deus Trindade, a Missa é um culto de latria, ou
“adoração”. Por ser um louvor sublime, a Missa é um culto eucarístico, ou de “ação de graças”. Por
reparar a Deus ofendido por nossos pecados, a Missa é um culto propiciatório, ou de “reparação”. E
por ser a nossa fonte de graças, a Missa é um culto impetratório, ou para “obtenção de graças”.
Todos estes fins só se cumprem porque a Missa é a renovação da Oferta de Cristo à Trindade
Santíssima. É graças ao culto infinito, perfeito, puro e agradável a Deus que estes fins são atingidos.

Os efeitos da Santa Missa.


Muitos são os efeitos da Sagrada Comunhão, desde que o fiel bem receba este Sacramento.
1º- Aumenta em nós a graça santificante, isto é, a vida divina habitando em nossa alma;
2º- Perdoa-nos os pecados veniais ou leves;
3º- Perdoa as penas devidas ao nossos pecados, pagos nesta vida ou no Purgatório;
4º- Preserva-nos dos pecados futuros;
5º- Aquieta o ardor da carne;
6º- Garante-nos a Vida Eterna e a ressurreição da carne no Juízo Final.
Sobre isso, sabiamente diz Santo Tomás de Aquino:
“Maravilhoso é este Sacramento em que uma inefável eficácia inflama os afetos com o fogo da
caridade. Que revigorante maná é aqui oferecido para o viajante! Ele restaura o vigor dos fracos, a
saúde para os doentes, confere o aumento da virtude, faz a graça superabundar, purga os vícios,
refresca a alma, renova a vida dos aflitos, vincula uns aos outros todos os fiéis na união da caridade.
Este Sacramento da fé também inspira a esperança e aumenta a caridade. É o pilar central da Igreja,
a consolação dos que falecem, e o acabamento do Corpo Místico de Cristo. A fé amadurece, e a
devoção e a caridade fraterna são aqui saboreadas. Que estupenda provisão para o caminho é esta,
que conduz o viajante até à montanha das virtudes! Este é o pão verdadeiro que é comido e não
consumido, que dá força sem perdê-la. É a nascente da vida e a fonte da graça. Perdoa o pecado e
enfraquece a concupiscência. Os fiéis encontram aqui a sua refeição, e as almas um alimento que
ilumina a inteligência, inflama os afetos, purga os defeitos, eleva os desejos. Ó cálice de doçura para
as almas devotas, este sublime Sacramento, ó Senhor Jesus, declara para os que crêem Tuas
maravilhosas obras”.
Obrigação de assistir a Santa Missa.
Apesar de ser uma realidade tão sublime e tão santa, benéfica e necessária, não poucos católicos
parecem desconhecer a divina excelência do Santo Sacrifício da Missa.
Muitos se negariam mesmo a assisti-la. Eis porque a Santa Igreja Mãe, solicita das nossas almas, nos
impõe a todos a assistência à Santa Missa, aos domingos e dias santos.
Eis porque ele nos ordena: - Guardar os domingos e festas; - ouvir a Missa inteira nos domingos e
festas de guarda. (Mandamentos da Igreja).
Todos os Santos Padres, que escreveram sobre o Santíssimo Sacramento, vêem nele o sacrifício do
Novo Testamento. É fora de dúvida que Cristo, instituindo o Santíssimo Sacramento entre as
cerimônias da última ceia, instituiu a santa Missa.
Aviva tua fé na santa Missa e assiste ao santo sacrifício com o maior respeito e com muita
piedade. O cristão reserva uma hora para a celebração eucarística, como núcleo do Domingo e este
valor é fixado no terceiro Mandamento da Lei de Deus. (Guardar domingos e festas).
Uma hora por semana não é muito para quem acredita que sua vida e felicidade pro fluem das mãos do
Senhor. O fato de existir uma obrigação dominical não significa, em si, que não se vá à missa com
e por amor. O preceito é, muitas vezes, garantia contra o próprio relaxamento e descuido.

Então somos obrigados a assistir Missa?


Sim. A Igreja nos obriga a ouvir Missa aos domingos e dias de festa. As Missas rezadas no sábado,
caso sejam de Liturgia de domingo, valem como se fossem de domingo.
Além do preceito dominical, somos obrigados a ouvir Missa nas festas:
Maria Mãe de Deus (1/1), Corpus Christi, Assunção de Nossa Senhora (15/8), Nossa Senhora
Aparecida (12/10), Imaculada Conceição de Nossa Senhora (8/12), Natal de Nosso Senhor (25/12) e no
dia do padroeiro da cidade.
Faltar à Missa nos dias em que somos obrigados a ouvi-la é pecado mortal.
Há aqueles que dizem ir à Missa “só quando têm vontade”. Mas não ter vontade de ir à Santa Missa
é reconhecer que a alma está doente.
Quando o corpo está enfermo, não sentimos sabor e perdemos a fome. Do mesmo modo, a alma que
perde o gosto de assistir à Missa está doente, pois perdeu a vontade do amor a Deus.
Outros respondem que só vão à Missa “porque se sentem bem”, como se a Missa fosse uma terapia, ou
um consultório psicológico. Falso! Ninguém deve ir à Missa só para se sentir bem, porque a obrigação
de assisti-la não serve para satisfazer os “sentimentos” de ninguém.
Os fiéis devem ir à Missa por causa de uma obrigação religiosa, já que Deus merece ser servido pelas
criaturas, e a Missa é o meio de nos unirmos a Deus em adoração com o Seu divino Filho.
Ninguém deve procurar a Missa só para satisfazer seus sentimentos, porque a Missa está muito
acima disso. A Missa é o Céu na terra. Não podemos ser egoístas e só buscar a Deus em benefício
próprio.

Muitos santos manifestaram-se sabiamente sobre a Santa Missa, como veremos a seguir:
Santo Agostinho:
Na hora da morte, as Missas, às quais tiveres assistido serão a tua maior consolação. Um dos fins da
Santa Missa é alcançar para ti o perdão dos teus pecados. Em cada Missa, pois, podes diminuir a
pena temporal devida aos teus pecados, pena essa que será diminuída na proporção do teu fervor. Será
ratificada no céu a bênção, que do sacerdote receberes na Santa Missa. Assistindo-a com devoção,
prestas a maior das honras à Santa Humanidade de Jesus Cristo
Ele se compadece de muitas das tuas negligências e omissões. Perdoa-te os pecados veniais não
confessados, dos quais, porém, te arrependes; preserva-te de muitos perigos e desgraças que te
abateriam. Diminui o império de satanás sobre ti mesmo. Sufraga as almas do Purgatório da melhor
maneira possível. Uma só Missa a que houveres assistido em vida, será mais salutar que muitas a que
os outros assistirão por ti depois da morte, pois pela Missa participas da Paixão, morte e Ressurreição
de Cristo.
São Jerônimo:
Cada Missa a que assistires, alcançar-te-á no céu maior grau de glória. Será abençoado em teus
negócios pessoais e obterás as graças que te são necessárias. Nosso Senhor Jesus Cristo nos concede
tudo o que Lhe pedimos na Santa Missa; e o que mais vale é que nos dá ainda o que nem sequer
cogitamos pedir-Lhe e que, entretanto, nos é necessário."
Santa Matildes:
Todas as Missas tem um valor infinito, pois são celebradas pelo próprio Jesus Cristo com uma devoção
e amor acima do entendimento dos anjos e dos homens, constituindo o meio mais eficaz, que nos
deixou Nosso Senhor Jesus Cristo, para a salvação da humanidade.
São Lourenço:
Nenhuma língua humana pode exprimir os frutos de graças, que atrai o oferecimento do Santo
Sacrifício da Missa.
São Tomás de Aquino:
O Martírio não é nada em comparação com a Santa Missa. Pelo martírio, o homem oferece a Deus
a sua vida; na Santa Missa, porém, Deus dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens.
Se o homem reconhecesse devidamente esse mistério, morreria de amor.
São João Batista Vianney - O Cura D’Ars:
Agradeçamos, pois, ao Divino Salvador por ter-nos deixado este meio infalível de atrair sobre nós as
ondas da Divina Misericórdia.
Ven. Martinho de Cochem:
A Santa Missa é o presente mais precioso e mais agradável que podemos oferecer à Santíssima
Trindade; vale mais que o céu e a terra; vale o próprio Deus.
São Francisco de Assis:
Sinto-me abrasado de amor até o mais íntimo do coração pelo santo e admirável Sacramento da Santa
Missa e deslumbrado por essa clemência tão caridosa e tão misericordiosa de Nosso Senhor, a ponto de
considerar grave falta, para quem, podendo a assistir a uma missa, não o faz.
São Bernardo:
- Fica sabendo, ó cristão, que mais se merece em ouvir devotamente uma só Missa do que distribuir
todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a terra.
- Toda Santa Missa diminui teu purgatório.
São Boaventura:
A Santa Missa é a obra na qual Deus coloca sob os nossos olhos todo o amor que Ele nos tem; é de
certo modo, a síntese de todos os benefícios que Ele nos faz.
São Francisco de Sales:
A Missa é o sol da Igreja.
São João Crisóstomo:
Após a consagração, eu tenho visto esses milhares de Anjos formando a corte real de Jesus, em volta do
Tabernáculo, eu os tenho visto com meus próprios olhos.
Santa Matilde derrama em fervor sua alma de fogo:
Ó bom Deus, eu queria, que a cada momento, e sem cessar, milhares de coros de anjos te louvassem e
adorassem…
Queria ter tantos corações quantas estrelas há no céu, quantos folhas há nas árvores, quantas gotas
d’água há nos mares do mundo, a fim de amar-te sem cessar…
Apareceu-lhe Jesus dizendo: “Toda essa honra podes preparar-me, e mais ainda do que desejas”.
Um momento de “suspense”. “Como?” E com olhos ardentes aguarda a resposta.
Jesus responde: “É só assistir à Santa Missa.” E de braços abertos sobre o altar, Jesus faz correr seu
sangue de todas as chagas: “Eis as chagas que reconciliam a justiça do Pai. Todas as graças que a alma
perdeu por descuido ou relaxamento, poderá recuperá-las plenamente, aproximando-se do Sto.
Sacrifício do Altar, que contém a plenitude das graças.
São Padre Pio:
Se os homens conhecessem o valor da Santa Missa, a Polícia teria que estar sempre às portas das
Igrejas para manter a ordem por causa da grande quantidade de pessoas que a assistiriam.
São Francisco de Sales:
Duas espécies de pessoas devem comungar com frequência: os perfeitos, para permanecerem na
perfeição, e os imperfeitos, para chegarem à perfeição.
Santo Afonso de Ligório:
Uma alma não pode fazer nada que agrada a Deus mais do que comungar em estado de graça.
Santo Afonso de Ligório:
Sem a Missa, a terra já teria sido aniquilada, há muito tempo, por causa dos pecados dos homens.
São Bernardo:
Fica sabendo, ó cristão, que mais se merece assistir devotamente uma só Missa (na igreja), do que
distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a Terra.
Padre Pio:
Ao assistir a Santa Missa você é preservado de muitas desgraças e perigos, pelos quais você seria
abatido!
São Lourenço:
Nenhuma língua humana pode exprimir os frutos de graças, que atrai o oferecimento do Santo
Sacrifício da Missa.
São Pedro Julião Eymard:
Jesus está em cada hóstia consagrada e, se esta for partida, ficará Ele todo inteiro sob cada partícula.
Em vez de dividi-lO, a fração da hóstia O multiplica.

Eucaristia no Catecismo da Igreja.


1407- A Eucaristia é o coração é o ápice da vida da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os
seus membros a seu sacrifício de louvor e de ação de graças oferecido uma vez por todas na cruz a seu
Pai; por seu sacrifício Ele derrama as graças da salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja.
1409- A Eucaristia é o memorial da páscoa de Cristo: isto é, da obra da salvação realizada pela Vida,
Morte e Ressurreição de Cristo, obra esta tornada presente pela ação litúrgica.
1410- É Cristo mesmo, sumo sacerdote eterno da nova aliança, que, agindo pelo ministério dos
sacerdotes, oferece o sacrifício eucarístico. E é também o mesmo Cristo, realmente presente sob as
espécies do pão e do vinho, que é a oferenda do Sacrifício Eucarístico.
1411- Só os sacerdotes validamente ordenados podem presidir a Eucaristia e consagrar o pão e o vinho
para que se tornem o Corpo e o Sangue do Senhor.
1412- Os sinais essenciais do Sacramento Eucarístico são o pão de trigo e o vinho de uva, sobre os
quais é invocada a bênção do Espírito Santo, e sacerdote pronuncia as palavras da consagração ditas
por Jesus durante a última Ceia: Isto é o meu Corpo entregue por vós. (…) Este é o cálice do meu
Sangue (…)
1413- Por meio da consagração opera-se a transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue
de Cristo. Sob as espécies consagradas do pão e do vinho, Cristo mesmo, vivo e glorioso, está presente
de maneira verdadeira, real e substancial, seu Corpo e Seu Sangue, sua Alma e Divindade (Conc.
Trento, DS 1640).
1414- Enquanto sacrifício, a Eucaristia é oferecida também em reparação dos pecados dos vivos e dos
defuntos, e para obter de Deus benefícios espirituais e temporais.
1391- A comunhão aumenta a nossa união com Cristo. Receber a Eucaristia na comunhão traz como
fruto principal a união íntima com Cristo Jesus. Pois o Senhor diz:
Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em mim e eu nele(Jo 6,56). Assim como o
Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, também aquele que de mim se alimenta viverá por mim(Jo
6,57):
1393- A comunhão separa-nos do pecado. O Corpo de Cristo que recebemos na comunhão é entregue por nós, e
o Sangue que bebemos é derramado por muitos para remissão dos pecados. É por isso que a Eucaristia não pode
unir-nos a Cristo sem purificar-nos ao mesmo tempo dos pecados cometidos e sem preservar-nos dos pecados
futuros:
Toda vez que o recebemos, anunciamos a morte do Senhor (1Cor 11,26). Se anunciamos a morte do Senhor,
anunciamos a remissão dos pecados. Se, toda vez que o Sangue é derramado, o é para a remissão dos pecados,
devo recebê-lo sempre, para que perdoe sempre os meus pecados. Eu que sempre peco, devo ter sempre um
remédio. S. Ambrósio, Sacr. 4,28.
1396- Os que recebem a Eucaristia estão unidos mais intimamente a Cristo. Por isso mesmo, Cristo os une a
todos os fiéis em um só corpo, a Igreja. A Comunhão renova, fortalece, aprofunda esta incorporação à Igreja,
realizada já pelo batismo. No batismo fomos chamados a construir um só corpo (1Cor 12,13).
Mensagem das três grandes apariçõ es do sagrado Coraçã o de Jesus

Santa Margarida Maria viveu a experiência de três grandes aparições de Jesus


Cristo.

Primeira Grande Aparição

A primeira grande aparição se deu em 27 de dezembro de 1673, na festa de São João Evangelista Santa
Margarida Maria estava em oração diante do Santíssimo Sacramento, quando se sentiu invadida pela
presença divina.

A exemplo do Apóstolo amado, na última ceia, Jesus da a esta humilde freira a graça repousar por
longo tempo em seu divino peito e lhe revela as maravilhas do seu amor e os segredos de seu Sagrado
Coração.

Jesus Cristo disse Sta. Margarida Maria:

“ Meu coração está tão apaixonado de amor pelos homens, e por ti em particular, que não podendo
mais conter em si as chamas de sua ardente caridade é preciso que as espalhes por teu intermédio e lhos
reveles, para que se enriqueçam com seus preciosos tesouros….”
Enquanto era dada esta mensagem, foi-lhe mostrado o Coração de Jesus.

Apareceu-lhe “como um trono de fogo em chamas, mais brilhante e mais refulgente que o sol e
transparente como cristal. A chaga aberta pelo soldado na cruz aparecia bem visível. Estava cercado
com uma coroa de espinhos e no alto uma cruz, a mostrar desde que este Sagrado Coração foi formado,
que a cruz esteve plantado nele…”

Ao dizer “ Meu coração está tão apaixonado de amor pelos homens e mostrando este mesmo coração”,
Jesus chama-nos a abrir o nosso coração de pedra para que sejamos inundados pelas torrentes de amor
que jorram do Seu Sagrado Coração aberto na cruz.

A Segunda Grande Aparição

Foi em uma primeira sexta- feira do mês de 1674. Sta. Margarida estava novamente diante do
Santíssimo Sacramento, e Nosso Senhor lhe diz que os homens “não têm senão friezas e repulsas por
todo este meu desejo em lhes fazer o bem.”

Jesus pede a Santa Margarida Maria a reparação pela ingratidão dos homens, e deste pedido nasce a
Hora santa, celebrada em muitos lugares na própria primeira 6º do mês.

A hora santa pedida por Jesus nos faz lembrar o momento em que Jesus esteve no Getsêmani vivendo o
momento doloroso da véspera da sua paixão, e os seus discípulos adormecem. E neste momento Jesus
diz em Mt 26,40: “Então não pudestes vigiar uma hora comigo.”
Todo cristão, na medida de sua possibilidade, deveria fazer uma visita semanal ao Santíssimo
Sacramento, como sinal de agradecimento pelas graças recebidas na missa dominical, e também em
reparação por aqueles que já não sentem mais a importância da Eucaristia para as suas vidas, ou
participam da missa de maneira superficial.

Terceira Grande Aparição

Ocorreu em junho de 1675, na oitava da festa do Corpo de Deus.

Na capela, Margarida Maria adorava ao Santíssimo Sacramento. Jesus, subitamente, descobrindo seu
coração divino, disse-lhe:

“Eis o Coração que tanto tem amado os homens, que nada tem se poupado até se esgotar e consumir
para testemunhar-lhes o seu amor; e em reconhecimento não recebo da maior parte deles senão
ingratidões por meio das irreverências e sacrilégios, tibiezas e desdéns que usam para comigo neste
Sacramento de amor. E o que me custa é serem corações a mim consagrados os que assim me tratam.

Por isso, peço-te que a primeira sexta-feira depois da oitava do Corpo de Deus seja dedicada a uma
festa especial, para honrar o meu Coração, comungando neste dia, e dando-lhe a devida reparação
por meio de um ato de desagravo para reparar as indignidades que recebe durante o tempo que fica
exposto sobre os altares.

Eu te prometo que o meu Coração se dilatará, para derramar com abundância as influências do seu
divino amor sobre os que lhe tributarem esta honra e procurarem que outros lha tributem.”
Nosso Senhor indica o sentido desta devoção: estar junto Dele para aprender a viver o amor de Deus e
reparar todo o mal causado pelas ofensas daqueles que o ofendem vivendo uma fé superficial, ou o
entristecem por terem se afastado de Sua amizade.

Como sinal do acolhimento do seu pedido de reparação e amizade pede a Grande Festa da Solenidade
do Sagrado Coração de Jesus, celebrada oito dias após a Festa de Corpus Christi.

Estas aparições do Sagrado Coração são um meio precioso de Nosso Senhor para indicar a todo
batizado a importância da eucaristia. Na Eucaristia esta a presença viva do Ressuscitado, que nos
acompanha na nossa vida quotidiana. A Eucaristia jorrou com o sangue do Coração de Jesus na Cruz.

A grande promessa: a Eucaristia

Entre as muitas e ricas promessas que Jesus Cristo fez aos que fossem devotos de
seu Sagrado Coração, sempre chamou a atenção a que fez aos que comungassem em sua honra as nove
primeiras sextas-feiras do mês seguidos. É tal, que todos a conhecem com o nome da Grande Promessa.

A Devoção ao Coração divino de Jesus Cristo começou a ser praticada, em sua essência, já no início da
Igreja, pois os Santos tiveram muito presente, ao honrar a Jesus Cristo, que tinha manifestado seu
Coração, símbolo de seu amor em momentos augustos. Contudo, esta devoção, em sua forma atual,
deve-se às revelações que o próprio Cristo fez a Santa Margarida Maria (1649-1690), sobretudo quando
em 16 de junho de 1657, descobrindo seu Coração, disse-lhe:
Eis aqui este Coração que amou tanto aos homens, que não omitiu nada até esgotar-se e consumir-se
para manifestar-lhes seu amor, e por todo reconhecimento, não recebe da maior parte mais que
ingratidão, desprezo, irreverências e tibieza que têm para mim neste sacramento de amor.

Então foi quando Jesus deu a sua servidora o encargo de que se tributasse culta a seu Coração e a
missão de enriquecer ao mundo inteiro com os tesouros desta devoção santificadora. O objeto e fim
desta devoção é honrar o Coração adorável de Jesus Cristo, como símbolo do amor de um Deus para
nós; e a vista deste Sagrado Coração, abrasado de amor pelo homens, e ao mesmo tempo desprezado
por estes, nos deve mover a amá-lo e a reparar a ingratidão de que é objeto.

Entre as práticas que compreende esta devoção, conformes com o fim da mesma, sobressai a da
Comunhão das nove primeiras sextas-feiras do mês, para conseguir além da graça da penitência final,
segundo a promessa feita pelo próprio Sagrado Coração a Santa Margarida Maria, para todos os fiéis.

Eis aqui a promessa:

Uma Sexta feira, durante a Sagrada Comunhão, disse estas palavras a sua devota serva:

Eu te prometo, na excessiva misericórdia de meu Coração, que meu amor todopoderoso concederá a
todos os que comungarem nove primeiras sextas feiras do mês seguidos a graça final da penitência; não
morrerão em pecado nem sem receber os sacramentos, e meu divino Coração lhe será asilo seguro
naquele último momento.

O que é necessário fazer para obter esta graça:


Comungar nove primeiras sextas-feiras do mês seguidos em graça de Deus, com intenção de honrar ao
Sagrado Coração de Jesus.

Como pode ser feita:

Pela manhã pode ter a Comunhão geral em boa hora, e à tarde uma função mais ou menos breve e
solene ao Coração de Jesus expondo ao Santíssimo, explicando ou lendo a intenção do mês, o algo
sobre ela, rezando as ladainhas ou algum ato de desagravo ou de consagração. Caso de se poder fazer
isto à tarde, pode ser feito tudo pela manhã na Missa de Comunhão ou na Missa vespertina se houver.

Quando não há função ou culto público ou não se pode assistir a ele, faça-o em particular o que se faz
por outros em público. Para o qual se pode rezar a oração que segue adiante, e além disso as ladainhas
do Coração de Jesus ou alguma consagração ao Coração de Jesus.

Consagraçã o da Família aos Sagrado Coraçã o de Jesus e Maria

Santíssimos corações de Jesus e Maria,


unidos no amor perfeito,
como nos olhais com carinho e misericórdia,
consagramos nossos corações,
nossas vidas, e nossas famílias a Vós.
Conhecemos que o belo exemplo
de Vosso lar em Nazaré foi um modelo
para cada uma de nossas famílias.
Esperamos obter, com Vossa ajuda,
a união e o amor forte e perdurável
que vos destes.

Que nosso lar seja cheio de alegria.


Que o afeto sincero, a paciência, a tolerância,
e o respeito mútuo sejam dados livremente a todos.

Que nossas orações


incluam as necessidades dos outros,
não somente as nossas.
E que sempre estejamos próximos dos sacramentos.

Abençoai a todos os presentes


e também aos ausentes,
tantos os vivos como os defuntos;
que a paz estejam conosco,
e quando formos provados,
concedei a resignação cristã
à vontade de Deus.

Mantende nossas famílias perto


de Vossos Corações;
que Vossa proteção
especial esteja sempre conosco.

Sagrados Corações de Jesus e Maria,


escutai nossa oração.
Amém.

Oferecimento ao Sagrado Coraçã o de Jesus

Meu dulcíssimo Jesus, que em vossa infinita e dulcíssima misericórdia


prometestes a graça da perseverança final aos que comungarem em honra de vosso Sagrado Coração as
nove primeiras sextas feiras do mês seguidos: recordai a vossa promessa, e a mim, indigno servo vosso,
que acabo de receber-vos sacramentado com este fim e intenção, concede-me que morra detestando
todos os meus pecados, esperando em vossa inefável misericórdia e amando a bondade de vosso
amantíssimo Coração. Amém.

Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, tende piedade de nós.


Pai nosso…

Coração de Jesus, rico em todos os que vos invocam, tende piedade de nós.
Pai nosso…

Coração de Jesus, esperança dos que morrem em Vós, tende piedade de nós.
Pai nosso…

12 Ensinamentos de Santa Margarida Maria Alacoque


Por Prof. Felipe Aquino 16 de outubro de 2018 Espiritualidade
1. “É bom caminhar pela força de Seu
amor em sentido contrário às nossas inclinações, sem outro prazer e contentamento senão o de não ter
nenhum, porquanto deve bastar-nos que nosso bom Deus fique contente do modo e forma que lhe
apraz”.

2. “Sou um círio ardente para o Santíssimo Sacramento. Será meu maior desejo de ali consumir minha
vida como um círio diante de meu Bem-amado”.

3. “Ah! como é bom amar tão-somente por amor dele mesmo… pois sem esse amor a vida é dura
morte”.

4. “Jesus Cristo é o único verdadeiro amigo de nossos corações que não foram feitos senão para ele só.
Assim, não podem encontrar repouso, alegria, nem plenitude senão Nele”.

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5. “O diabo me fez furiosos assaltos e mil vezes teria sucumbido, não fora ter sentido um poder
extraordinário que me amparava e combatia por mim”.

6. “Nada confunde tanto Satanás, nem o faz mais impotente a nosso respeito, do que a sincera acusação
de nossas faltas”.
7. “Um espírito estranho, pleno de orgulho e ambição não busca senão
arruinar no instituto o espírito de humildade e de simplicidade que é o fundamento do edifício que
Satanás procura destruir, o que não poderá executar, tendo este sagrado Coração por defensor e esteio”.

8. “No Coração de Jesus quero viver, padecer e agir de acordo com os seus desígnios e é por ele que
quero amar e aprender a sofrer bem”.

9. “Entrego-lhe todas as minhas ações, para que delas disponha conforme sua vontade e repare as faltas
que cometerei”.

10. “Todas as mais amargas amarguras não são mais que doçura neste adorável Coração, onde tudo se
muda em amor”.

11. “Queres dar-Me teu coração para fazer repousar meu amor sofredor que todo mundo despreza?”

12. “Querer amar a Deus sem sofrer por seu amor é ilusão”.

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