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268-278
Deus revelou-se como «o Forte, o Potente» (Sal 24, 8-10), Aquele para quem
«nada é impossível» (Lc 1,37). A sua onipotência é universal, misteriosa, e
manifesta-se na criação do mundo a partir do nada e na criação do homem por
amor, mas sobretudo na Encarnação e na Ressurreição do Seu Filho, no dom da
adoção filial e no perdão dos pecados. Por isso a Igreja dirige a sua oração ao
«Deus onipotente e eterno» («Omipotens sempiterne Deus»).
51. Porque é importante afirmar: «No princípio criou Deus o céu e a terra»
(Gn 1,1)?
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O Filho de Deus encarnou no seio da Virgem Maria pelo poder do Espírito Santo,
por causa de nós homens e para nossa salvação, ou seja: para nos reconciliar a
nós pecadores com Deus; para nos fazer conhecer o seu amor infinito; para ser o
nosso modelo de santidade; para nos tornar «participantes da natureza divina»
(2 Ped 1, 4).
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Significa que a Virgem Maria concebeu o Filho eterno no seu seio, por obra do
Espírito Santo e sem a colaboração de homem: «O Espírito Santo descerá sobre
ti» (Lc 1, 35), disse-lhe o Anjo na Anunciação.
Maria é verdadeiramente Mãe de Deus porque é a mãe de Jesus (Jo 2,1; 19,25).
Com efeito, Aquele que foi concebido por obra do Espírito Santo e que se tornou
verdadeiramente Filho de Maria é o Filho eterno de Deus Pai. É Ele mesmo
Deus.
alve Rainha
A Salve-Rainha é uma saudação que os seus devotos
fazem à Mãe da Misericórdia - Maria - que é a Mãe de Jesus,
aquele que é a Misericórdia por excelência. É também um
louvor, pois Nossa Senhora é tão grande e tão sublime que,
quanto mais a louvamos, mais nos resta a louvar.
Se seu Filho é Rei do universo, também do universo
Maria é Rainha. É a Rainha da misericórdia, a mulher inclinada a
alcançar a piedade e o perdão para os pecadores.
Maria é vida e doçura nossa. É nossa vida. Ela nos
obtém do Filho a graça da justificação, a graça da perseverança;
suavisa a morte a seus servos, confortando-os; é auxílio no
tribunal divino. É Maria Santíssima a esperança de todos os
homens, porque é a fonte de todo nosso bem, é guia de nossa
peregrinação, riqueza das nossas misérias, liberdade das nossas
cadeias e a esperança da nossa salvação. É, às vezes, a última
esperança dos pobres pecadores.
Nossa Rainha ajuda, pronta, alegre e eficazmente, em
todos os apuros da vida, quando a ela bradamos, nós, os
degredados filhos de Eva. O poder dessa Mãe-Rainha é tão
grade que o inimigo de Deus e das almas tem medo. Não só do
céu e dos santos Maria Santíssima é Rainha, mas também do
inferno e dos demônios, porque os venceu valorosamente com
suas virtudes. Já desde o princípio do mundo tinha Deus predito
à serpente infernal a vitória e o império que sobre ela obteria
nossa Rainha. "Eu porei inimizade entre ti e a mulher; ela te
esmagará a cabeça." (Gn 3,16)
A intercessão da Santíssima Virgem é útil e santa, por
issoa Ela suspiramos, gemendo e chorando neste vale de
lágrimas.
Quando suplicamos à Virgem Mãe, não é que
desconfiamos da misericórdia divina, mas é, justamente, porque
desconfiamos da nossa própria indignidade de ir diretamente a
Jesus.
Quem muito inaltece a mãe, não precisa ter receio de
obscurecer a glória do filho, pois quanto mais se honra a Mãe,
tanto mais se louva o Filho, diz São Bernardo.
A Virgem Rainha é toda poderosa junto de Deus, por isso a
Ela nos dirigimos, dizendo: "Eia, pois, advogada nossa." É
verdade que, sentado agora à direita de Deus Pai, no céu, reina
Jesus e tem supremo domínio sobre todas as criaturas e também
sobre Maria. Todavia, é também certo que nosso Redentor,
quando vivia na terra, quis humilhar-se a ponto de ser submisso a
Maria. "E lhes estava sujeito". (Lc 2,51)
Daí concluímos que são as súplicas de Maria eficacíssimas
para obterem tudo quanto ela pede ainda que não possa das
ordens a seu Filho no céu. Pois os seus rogos sempre são rogos
de Mãe e o grande poder de Maria funda-se na sua dignidade de
Mãe de Deus. Como advogada compassiva Maria defende as
causas mais desesperadas. Ela é a medianeira entre Deus e os
homens, pois reconcilia os pecadores com Deus.
Tem Maria olhos compassivos sobre nós para aliviar nossas
misérias e, por isso, suplicamos a nós volvei esses vossos olhos
misericordiosos. Essa bondosíssima Rainha desce sem cessar à
terra para trazer graças aos homens, e sobe aos céus para obter
favorável despacho às nossas preces.
E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito
fruto do vosso ventre. Um verdadeiro devoto de Maria não se
perde. É impossível que se condene quem se encomenda à
Virgem, e por ela é olhado com amor. Isto São Boaventura
confirma, dizendo: "Senhora, os que vos amam, gozam grande
paz nesta vida, e na outra não verão a morte eterna. Ela socorre e
livra seus devotos no purgatório.
A devoção a Maria é um penhor da bem-aventurança.
Ó, clemente, ó piedosa. A Virgem Rainha é toda
clemência e piedade. Ela é tão cheia de graça e de misericórdia,
que tem como prover a todos, sem nunca ficar desprevenida.
A doce Virgem Maria é suave na vida a na morte. O nome
de Maria não foi encontrado na terra, nem inventado pelo
entendimentos ou arbítrio, como se dá com os outros nomes.
Veio de Deus e foi-lhe imposto por ordem divina, como afirmam
muitos santos. A Santíssima Trindade a ela conferiu o nome de
Maria, que é superior a todo nome, depois do nome de Jesus e
Maria o enriqueceu de tanto poder e majestade, que ao proferi-lo
devem dobrar os joelhos os que estão no céu, na terra e no
inferno.
Por ter-nos uma Mãe tão plena das graças do céu, nunca
nos afastemos dela e sempre peçamos sua intercessão, dizendo:
"Atraí-nos para vós, ó Virgem Maria, para que eu corra
ao odor de vossos perfumes".
(cf. Glórias de Maria - S. Afonso de Ligório)