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A IMPORTÂNCIA DA SANTA MISSA NA VIDA DE CADA

CRISTÃO CATÓLICO
Não por obrigação, nem apenas por um mero preceito, muito menos
porque alguém vai estar lá ou porque quem celebra é esse ou aquele padre...!
Como católicos que somos, preparando-nos para receber um sacramento tão
importante como o da Crisma, o sacramento da Confirmação, aquele que
insere em nós o Espírito Santo como força de Deus, precisamos compreender
de verdade o que é e qual a real importância da Santa Missa na nossa vida.
Comecemos, portanto, pelo significado.

- O que é a Missa?
- Qual o mistério nela celebrado?
- Por que participar da Santa Missa deve ser uma constante na vida do
católico?
Essas perguntas precisam ser respondidas claramente, pois não se
pode vivenciar a fé sem antes conhecê-la. O próprio Catecismo da Igreja
Católica (CIC) aponta objetivamente quais são os passos relativos à fé para
nós, católicos. E se trata de 4 (quatro) passos, quatro etapas da fé! O católico
precisa passar por todas elas: A Fé Crida (dimensão privada, individual da fé),
a Fé Professada (dimensão pública da fé, em que se reza a oração do Credo,
por exemplo, a chamada “Profissão de Fé), a Fé Celebrada (dimensão
comunitária da fé, aqui se encontra a realização da Santa Missa, por exemplo)
e a Fé Vivenciada, que se transforma em verdadeira ação cristã, ação
evangelizadora, ação caritativa etc.
Cientes, portanto, da necessidade de se conhecer a fé, passando pelas
etapas que a constroem em nosso interior, procuremos responder às três
perguntas colocadas no início dessa reflexão. Começando pelo conceito da
Missa: o que é a Missa?
A Missa é a renovação do sacrifício de Cristo no calvário, porque
consiste numa celebração em que se separa o corpo do sangue de Nosso
Senhor Jesus Cristo. E separando o corpo do sangue de alguém, esse alguém
morre! Por isso, o momento da consagração (transubstanciação) do pão e do
vinho no Corpo e Sangue de Cristo é, sem dúvida, o momento mais importante
de toda a Missa!

→ A Missa é: - SACRIFÍCIO;
- AÇÃO DE GRAÇAS;
- PÁSCOA!

Sacrifício porque nela se separa o Corpo do Sangue de Jesus Cristo, o


Filho unigênito do Pai que entregou a sua vida para salvar a nossa! Portanto,
se sacrificou por mim e por você. Segundo a Tradição Católica, do alto da
Cruz, Nosso Senhor enxergou cada um de nós individualmente, todos nós que
aqui estamos e todos aqueles que já se foram ou que ainda virão. Podemos
nos perguntar: mas como isso foi possível? Claro que não seria possível se
não fosse Ele o Filho de Deus. Isso porque o Cristianismo apresenta uma
particularidade diante de outras crenças ou religiões: nos muitos credos que se
professa ao redor do mundo, é sempre o homem que busca a Deus, e se
esforça para alcançá-lo. Mas, no Cristianismo, é Deus quem busca o homem,
criatura sua, descendo dos céus na figura de um homem, divino e humano,
Jesus Cristo, que veio para resgatar a humanidade de todo o pecado e de todo
o mal.
A Missa também é uma Ação de Graças, porque nela se realiza o
Sacramento da Eucaristia, que vem do grego (Eucharistia) e significa “Ação de
Graças”. É o maior ato de gratidão que se pode dirigir a Deus, nosso Pai,
porque se faz, precisamente, o que Cristo fez na Última Ceia e mandou que
repetíssemos até a sua vinda gloriosa, no fim dos tempos: "Chegada que foi a
hora, Jesus pôs-se à mesa, e com ele os apóstolos. Disse-lhes: ‘Tenho
desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de sofrer. Pois vos
digo: não tornarei a comê-la, até que ela se cumpra no Reino de Deus’.
Pegando o cálice, deu graças e disse: ‘Tomai este cálice e distribuí-o entre vós.
Pois vos digo: já não tornarei a beber do fruto da videira, até que venha o
Reino de Deus’. Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o
e deu-lho, dizendo: ‘Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em
memória de mim’. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear,
dizendo: ‘Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado por
vós...’” (Lc 22, 14-20).
Por sua vez, a Santa Missa também é a celebração da Páscoa do
Senhor, recordando a cada um de nós que não somos seguidores de um
derrotado. Cristo sofreu a Paixão e Morte na Cruz, mas tão logo venceu a
morte, numa demonstração clara de que era, verdadeiramente, o Filho de
Deus. Recorda São Paulo, na sua Carta aos Romanos, que: “o salário do
pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo
Jesus nosso Senhor” (Rm 6:23). Ou seja, não tendo nenhum pecado, sendo o
verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, não podia o Cristo Senhor sofrer a
corrupção da morte. Portanto, venceu-a no terceiro dia, e a partir daquele
instante, “a morte já não mata mais”, pois se encontra vencida pelo Cristo,
Senhor da vida e da vida em plenitude. Essa dimensão da Missa enquanto
Páscoa é o que dá sentido à sua existência, à sua celebração, afinal de contas,
se Cristo não tivesse ressuscitado dos mortos, “vã seria a nossa fé”, e não
haveria motivo para celebrarmos a Santa Missa. É primordialmente porque Ele
ressuscitou que todo o mistério de amor se concretiza na vida de cada um de
nós.
É preciso, então, que se entenda verdadeiramente o que se passa na
celebração da Santa Missa: Nela, se faz presente, em Corpo, Sangue, Alma e
Divindade, Jesus Cristo, o Filho eterno do Pai, o Deus que se fez Homem e
habitou entre nós, prometendo se fazer presente em cada Missa, em cada
Sacrifício, que se transforma em Ação de Graças e triunfa como Páscoa, como
vitória da vida sobre a morte. Assim precisamos encarar o mistério que a Igreja
celebra todos os dias, por ordem do próprio Cristo, vale ressaltar, com
seriedade, sem nos dispersarmos, porque estamos na presença de Cristo!
O sacerdote, que pode ser um padre ou um bispo, age, durante a Santa
Missa, “in persona Christi” (na pessoa de Cristo), uma vez que os bispos são
sucessores dos apóstolos, e os padres aqueles que auxiliam o bispo, que
trabalham para que a mensagem do Evangelho chegue a toda e qualquer parte
do mundo. Dessa forma, não importa quem seja o padre que preside tal Missa,
naquele instante se faz presente o Cristo, SUMO E ETERNO SACERDOTE,
que reconciliou o mundo consigo, instituindo uma Nova Aliança por meio do
seu sacrifício. A Missa é o sacrifício de Cristo, e não mais aquele sacrifício da
Antigo Testamento, sacrifício de animais, como bois e cordeiros. O sacrifício da
Santa Missa é, portanto, um sacrifício perfeito, porque é a entrega do próprio
Cristo, Deus que se fez homem e nos resgatou do pecado.
Assim, a Missa é um verdadeiro alimento para a nossa alma, e não
simplesmente um acontecimento, um “faz de conta”. Viver a Santa Missa,
participando dela por inteiro, ao menos no Domingo, Dia do Senhor, é um dos 5
(cinco) mandamentos da Igreja, e assim foi constituído para o nosso próprio
bem, para a saúde da nossa alma, do nosso ser, que já possui vida nova pelo
Batismo e que recebe o mesmo Espírito Santo, como força de Deus, na
Crisma.
Por último, e não menos importante, é oportuno ressaltar as posturas
que se deve adotar durante a celebração da Santa Missa, da qual nós
participamos, e não somente assistimos!

- Sentados: posição confortável que favorece a catequese, pois nos dá a


satisfação de ouvir evitando o cansaço, ajudando a meditar sobre a Palavra
que está sendo recebida.
- De pé: posição de respeito e consideração, que indica prontidão e disposição
para obedecer.
- De joelhos: posição de adoração sincera a Deus todo-poderoso, indicando
homenagem e, sobretudo, total submissão a Ele e à sua vontade.
É assim que trilharemos o caminho da fé: crida, professada, celebrada e
vivenciada ao longo da nossa passagem por este mundo. Participar com a
máxima atenção possível da Santa Missa nos transforma e nos cura!

“A Santa Missa é o Céu na Terra”! “Felizes os convidados para a ceia do


Senhor”, porque por meio dela o povo de Deus toma parte na obra da salvação.
Pela Liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja,
com ela e por ela, a obra de nossa redenção.

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