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Sobre a História do Rock Católico

- Trecho retirado de entrevista de Eraldo Matos ao site “Rock Pela Vida” (Fonte:
http://rockpelavida.com.br/eis-a-historia/ )

“Sou Eraldo Mattos e atualmente tenho 66 anos de idade, e já é um tanto bom de história só
pra começar. Comecei na música católica em 1973, tocando em missa, grupos e encontros de
jovens. Em 1974 participei de uma experiência de oração e entrei para a Renovação
Carismática e continuei tocando em missa, grupos, encontros, aprofundamentos. Em
1978/1979 conheci o Padre Jonas e em 1980 fui para a Cachoeira Paulista para montar a Rádio
Canção Nova, fui o primeiro a aportar com essa bandeira por lá e fiquei lá até o ano 2000. Em
1990 montei a Codimuc, a primeira ‘gravadora leiga’ de música católica, porque até então só
existiam gravadoras religiosas, e como um leigo montei e comecei a gravar vários estilos
musicais e o primeiro foi um disco de rock, que na verdade não era um disco, pois começamos
a gravar músicas da minha autoria e da autoria do Boy, que eu conhecia, e dali foi nascendo
um disco e dele nasceu a Banda Cristoatividade. Depois em 2000 com o que havia sobrado da
banda nós montamos a banda Anjos de Resgate, da qual faço parte até hoje. Porque fazer
rock? Primeiro porque eu sempre gostei de rock! Eu conhecia o Boy e em 1980, quando eu fui
pra Cachoeira Paulista, tinha uma banda que acompanhava o Padre Jonas em todos os eventos
e essas pessoas éramos eu, o Boy e mais algumas pessoas. E desse grupo foi que surgiu a base
do Cristoatividade, pois a banda nasceu no estúdio. Por gravarmos músicas nossas e isso foi
tomando forma; era uma coisa pra fazer um teste, mas foi ficando legal e chama um pra cantar
uma música, chama outro pra outra. Como era o estúdio de um amigo e naquela época o
Eugênio Jorge estava sempre por lá, todos estavam sempre conosco, assim como também o
Nelsinho Correia, a Gildete e vários outros. As músicas era o que tínhamos de composição,
então gravamos rock porque a gente gostava e porque era o que estava ali composto.Então a
banda nasceu disso, porque as pessoas queriam ouvir aquelas músicas que foram gravadas em
estúdio; como já tinha essa banda que tocava com o padre em todos os lugares, acabamos
ficando mais definidos e então em alguns lugares chamavam o Cristoatividade pra tocar no
louvor e com isso não íamos pra tocar rock e sim pra tocar músicas de encontro, aquelas de
animação e louvor. Porém nós tínhamos na manga também o nosso repertório e se dessem
uma brecha nós tocávamos alguma também. Muitos desses eventos nos chamavam por causa
da ligação com a Canção Nova e às vezes nós chegávamos em um grupo ou em um evento que
a maioria eram pessoas de idade, então não começávamos tocando as nossas músicas,
tínhamos um repertório de bolso, tocávamos as músicas de animação e colocávamos um rock
de vez em quando, mas eu acho que o mais forte de tudo isso foi porque tínhamos um
chamado forte para tocar esse tipo de música. Eu hoje fico muito feliz de ver bandas que estão
tocando rock, eu gosto do som. No Anjos de Resgate a gente tem o Demian que é um baita de
um roqueiro, temos um pouco de peso. Mas o que eu quero dizer é que não toque por tocar
ou pra você se sentir satisfeito, toque porque você acredita que existe alguma coisa a mais na
sua música. O nome Cristoatividade nasceu justamente em uma época como essa que estamos
vivendo, em que tinha tido o acidente com o césio 137, lá em Goiânia, e as pessoas se
contaminavam. Nosso questionamento surgiu então de que só havia então contaminação
ruim, ou não poderia existir uma contaminação boa? E daí surgiu o nome, era um tipo de uma
radiação boa, uma irradiação de Cristo! Então acredite na sua música, acredite no seu
chamado e acredite que enquanto você toca Deus também está tocando pessoas, as coisas
estão acontecendo! Talvez não como de outros estilos, de outras pessoas, de outros
movimentos, mas cada um tem um chamado, cada um tem uma maneira e por onde vai.”

- Trecho retirado do blog “Banda Crucis”

O Brasil tem um dos maiores celeiros do rock cristão do mundo, tendo inclusive sido pioneiro
no uso do hard rock/heavy metal como forma de evangelização na Igreja Católica. É natural se
pensar que o pioneirismo viria de países mais desenvolvidos, mas devido à presença de muitas
Igrejas evangélicas de segmentos mais pentecostais, o rock ganhou um cenário forte no meio
evangélico, e assim se tornando mais propício ao surgimento de um cenário forte de rock
católico no país.O rock católico nada mais é do que uma das maneiras de inculturação da Fé,
direção tomada pela Igreja após o Concílio Vaticano II. Os evangélicos na década de sessenta e
setenta apenas se anteciparam na criação do rock cristão, pois o Espírito Santo soprou
primeiro em sua Igreja, que só não foi pioneira por que teve que enfrentar uma estrutura
muito conservadora, que de certo modo persiste até hoje.

Existe diferença entre rock católico e rock evangélico?

Para iniciarmos, precisamos entender o que é rock cristão (ou white metal). Este nome é dado
às bandas que tem como estilo musical o Rock\Heavy Metal/. Essas bandas geralmente são
católicas ou evangélicas que usam esse estilo musical para promover o crescimento espiritual e
o evangelismo, ou como uma janela para questões de vida e de fé. Não é música gospel, pois
esta é relacionada aos corais das Igrejas americanas. Existem vários estilos diferentes como
Hard Core, Trash, Pop/Rock, Heavy Melódico, Hard Rock, Heavy Metal tradicional, Industrial,
Grunge, Ska e muitas outras. É mais uma estratégia na propagação do nome de Cristo e seu
Evangelho para o mundo.

Este movimento começou nas décadas de 60-70 com os evangélicos, iniciado por algumas
bandas Batistas, dentre elas, Petra e Stryper, se espalhando pelo mundo e chegando a atingir
músicos católicos, dando inicio assim, ao movimento também no meio, tendo como a primeira
banda de rock católica o Cristoatividade (veremos com mais detalhes abaixo), depois nasceram
Cristi, Rosa de Saron, e Eterna, espalhando o movimento no Brasil e no mundo.

A partir disto muitas duvidas surgiram na cabeça de todos que acompanham o movimento,
perguntando se existem diferenças entre o rock católico e o rock evangélico... Basicamente
não há o porquê de existir diferenças, já que existiu apenas um único Cristo, não existiu o
“Jesus católico” e o “Jesus evangélico”, os dois segmentos acreditam na Divindade e
ensinamentos deste Homem... Os dois lados, portanto são cristãos isto não há duvidas...

Mas, é lógico que não podemos ser tão simplórios e ingênuos, de achar que é só isto, ponto e
acabou! Se fosse assim, porque então existem dois segmentos dentro do Cristianismo?
Existem sim diferenças doutrinais, dogmas, que faz com que as pessoas exerçam sua fé de
maneira que mais as lhe convêm, que não nos cabe aqui discutirmos.Estamos tratando do
aspecto musical, e ai meus amigos, a história é diferente!
Dentro do rock as coisas acontecem de uma maneira mais unida, com certeza! Vocês talvez
nunca verão, um padre e um pastor, juntos presentes em um evento, em cima de um altar,
pregando de uma maneira verdadeiramente cúmplice, em total comunhão, mas com certeza
vocês verão (se é que já não viram, pois já aconteceu varias vezes) as bandas de rock\heavy
metal dividirem o mesmo palco, com muita garra e companheirismo, falando a mesma coisa...
Eventos como Christian Metal Fest, o primeiro evento de rock\heavy metal ecumênico que se
tem conhecimento, realizado em 2000, em São Paulo\Santo Amaro, que teve a presença de
bandas com Antidemon, Rosa de Saron, Dracma, Destra, OCB... E também o Tributo ao Stryper,
com União, Eterna, Bélica, Stauros, Oráculo... As duas edições do Metal Lord, que teve entre
outras Seven Angels, Ceremonya... Provam que existem diferenças sim, mas são nelas que se
aprendem a arte do convívio, do amor ao próximo, do respeito acima de tudo, o quanto à
unidade é possível, e que o rock é uma cultura tão rica, que faz com que as diferenças pouco
importem e naturalmente caem por terra!

O início do rock católico passa pela Renovação Carismática, que renovou a espiritualidade da
Igreja de Cristo, pois os diversos ritmos musicais passaram a ser usados de maneira mais
intensa como forma de atrair a atenção do jovem e o povo em geral para dentro da Igreja.
Dentro do rock o grande percussor foi à banda Cristoatividade.

A história desta banda se confundiu, com inicio do rock católico no Brasil. Em maio de 1990, na
época Eraldo Mattos, diretor da recém criada gravadora, Codimuc, e um baixista atuante na
Renovação Carismática Católica, toma os primeiros passos na formação do rock católico,
criando a banda Cristoatividade.

Executando um bom Hard Rock em suas músicas, com influencias de Kansas, Boston, Eagles, e
outras bandas de rock progressivo, a banda era formada por Alexandre “Xandão” Guidini
(bateria), Alexandre Boyna (guitarra), Boy (guitarra e teclados), Eraldo Mattos (baixo e vocal), e
ainda nos vocais Adilson Sabará, Nelsinho Correa, Gildete Leal e Eugenio Jorge, lançam um cd,
auto-intitulado, com músicas que marca o início de uma promissora vertente do rock cristão
no Brasil. Estava aí lançado um cenário que tinha tudo pra crescer, o que aconteceu, contando
hoje Brasil com bandas católicas de rock em muitos estados, do Sul ao Nordeste.

Mas como acontece com a maioria das bandas do estilo, por exemplo, vimos isto acontecer
com o Petra na edição anterior, de imediato, eles encontraram muita resistência da igreja ao
rock cristão, mas não demorou muito, o grupo mostrou ser bastante aceito entre a juventude
cristã católica da época, “O grupo foi muito revolucionário... Lidar com os extremos acho que
foi o nosso diferencial! Às vezes a gente chegava num lugar, e só tinha pessoas de mais idade...
Ai nós atacávamos inicialmente com corinhos, coisas mais levinhas... Ai sim depois,
mostrávamos algo com a nossa cara! Mas às vezes era exatamente o contrario, o publico era
muito maluco! E ai, a gente fazia rolar muito som instrumental, pesado”.Diz Eraldo.

A banda infelizmente durou pouco mais de dez anos, mas tocou por todo pais, para grandes
públicos em grandes eventos da igreja, e por onde passou, deixou sempre um ar de “quero
mais”.Seu único registro, em termos de produção ficou muito a desejar, mas musicalmente
existem muitos destaques, como por exemplo, a musica que abre o disco, “Céu na terra”,
interpretada de maneira emocionante pelos músicos, com uma performance incrível de seus
guitarristas, que fazem um dueto constante, do inicio ao fim da musica (!), também podemos
destacar as musicas “Contaminação”, “Cristoativado”, “Plano Fatal”, “Medo”, “Olhos Vidrados”
e “Sangria”, esta ultima se tornou um verdadeiro hino do rock católico, sendo executada por
oito entre dez bandas do meio. Num total de 19 faixas, todas em português, com mensagens
bem diretas, foi também o primeiro trabalho lançado da promissora gravadora Codimuc, que
mais tarde também seria responsável pelo lançamento no mercado de bandas como Rosa de
Saron e Eterna, e é até hoje é bem requisitado nas lojas especializadas.

A banda terminou “mas cumpriu sua missão que era abrir novas portas dentro da musica
católica e mostrar a sua juventude, que se pode comunicar com Deus das maneiras mais
naturais possíveis!”, comenta Eraldo.

Hoje em dia cada um de seus ex-integrantes tem outras ocupações; Xandão é policial
rodoviário federal, e toca em uma banda pop católica, o Anjos de Resgate; Boyna também toca
com uma cantora do meio; o Boy é arranjador e produtor autônomo do meio, este um
verdadeiro revolucionário da musica guitarristica cristã, uma verdadeira mistura de Joe Satriani
e Geddy Lee, e já teve um álbum instrumental lançado também pela Codimuc, intitulado
Apocalipse, e ainda este ano, deve lançar um álbum duplo, de forma independente chamado
Gethsemane; o Adilson trabalha na Codimuc, e esta lançando um trabalho solo; Gildete é
apresentadora de TV em Rondônia; Nelsinho Correa se tornou diácono da comunidade Canção
Nova; Eugenio é pregador e líder de uma banda e comunidade; Eraldo é dono\diretor da
Codimuc e também toca no Anjos de Resgate.

Foi realizada uma apresentação especial da banda, no mega evento Jesus is the rock!, que teve
a duração de dois dias e que reuniu bandas de todo o pais, em julho de 2005, em Cachoeira
Paulista, SP. Foi o show mais que especial do Cristoatividade, que há sete anos não tocavam
juntos. Não foi a formação original, mas foi como se fosse. Publico e músicos das bandas ali
presentes, foram tomados pela emoção ao resgatarem o seu primeiro chamado, vendo ali os
ícones de um movimento novo, porem já forte e respeitado em toda cena roqueira. "Somos
vitoriosos porque a vitória já foi ganha pelo Grande Vencedor" disse Eraldo, em um dos
momentos de poucas palavras, já que o som rolou solto! O show durou relativamente pouco,
mas foi marcado pelo incrível peso tirado dos instrumentos e pela execução dos grandes hinos
do rock católico! Emocionante!

“Foi uma grande confraternização, e não um retorno!”, nos garante Eraldo. É uma pena!

(Texto ORIGINAL retirado do site www.anjosdavida.org.br)

- Texto retirado do site http://rosadesaron.no.comunidades.net/

No final da década de 1980, o grupo inicialmente tocava durante as missas e no grupo


de jovens na Comunidade católica Menino Jesus de Praga, no bairro Cambuí, em
Campinas, São Paulo. Em meados dos anos 1990, os integrantes da banda Rosa de
Saron decidiram usar o rock pesado para evangelizar e de certa forma alavancarem o
circuito do rock católico. Nesta fase a banda era formada por Marcelo "Tchelão"
Machado (vocal), Alessandro (bateria), Eduardo "Duzinho" Faro (guitarra), Alex Nozaki
Mota (guitarra), Rogério "Cazuza" Feltrin (baixo) e Eduardo Bortolato (teclados). Em
1994 foi gravado o primeiro álbum da banda, o Diante da Cruz. O disco possui nove
faixas e é considerado o primeiro CD de Heavy Metal/Hard Rock católico do mundo[1],
por isso este disco tornou-se um referencial no meio religioso. Suas letras falam de
fatos presentes no cotidiano de muitos, como "Mentiras da Agulha" (sobre as drogas),
"Latas Retorcidas" (que fala sobre os pegas e rachas de automóveis), "Diante da Cruz"
e "Sangria" que, ainda hoje é tocada praticamente em todos os shows. Este disco
despertou a atenção no meio católico e também no meio secular. Este álbum foi
lançado de forma independente em vinil e cassete em 1995. No ano de 1996, com a
fundação da Codimuc, o trabalho foi relançado, agora em CD e distribuído de maneira
mais ampla, dando muita força à banda. Iniciava-se então uma importante parceria
entre a Codimuc e a Banda Rosa de Saron. Após este CD, Alex Nozaki deixara a banda,
e Welington Greve (Grevão) assume a bateria no lugar do Alessandro. Em 1997 a
banda lança o disco Angústia Suprema. Apesar de ser o segundo trabalho da banda foi
o primeiro a ser gravado em um esquema totalmente profissional, com bateria
acústica e com a produção de Daniel Stiling, um dinamarquês especializado em som
pesado e que além de produzir auxiliou também na criação de muitos arranjos. Esse
trabalho trouxe novidades e principalmente qualidade em termos de áudio naquela
época, além de contar com um belo trabalho gráfico. Possui dez faixas, entre as quais
estão "Olhos Vermelhos", "Chance", "Século I", "Anjos das Ruas" (sobre as populações
que vivem nas ruas das grandes cidades) e "Angústia Suprema". Há ainda a faixa
"Carregue os Feridos", versão de uma música do Tourniquet. Em 1998, a banda
comemorou seus 10 anos de estrada. Um ponto marcante desta comemoração foi um
show no Parque do Taquaral, em Campinas, onde foi realizado o primeiro festival de
rock católico da história, além da presença da Banda Rosa de Saron, estiveram Eterna,
L.O.V.E e Cristoatividade. [carece de fontes?] Neste mesmo ano Eduardo Bortolato
deixou a banda para iniciar um trabalho de dance music, o Heavens Dance. A partir de
1999 começam a ocorrer mudanças no som da banda, além do metal a banda passou a
admitir outras vertentes do rock. Foi nesse ano que eles gravaram o primeiro single
católico, o Olhando de Frente, que teve um pré-lançamento em um show da banda na
Canção Nova, em Cachoeira Paulista, em 25 de junho de 1999. Este CD é raríssimo,
pois foi lançado apenas em uma edição especial e rapidamente sua tiragem foi
esgotada. Pouco tempo depois Marcelo Machado deixa o Rosa de Saron para
continuar seu trabalho com o The Flanders, pois já estava ficando difícil conciliar os
compromissos com ambas além dos compromissos pessoais. Inicia-se assim um
trabalho de seleção de um novo vocalista, esta árdua tarefa durou meses até que
houvesse a escolha do Guilherme de Sá. A banda ficou um bom tempo sem lançar um
novo trabalho, pela fase de transição que ela passava e também pelo tempo que os
seus integrantes dispunham. Já havia na banda diferentes influências em relação ao
último disco Angústia Suprema, que unidas às influências do Guilherme, resultou em
um disco que narra um tempo de provação e reencontro, o Depois do Inverno, lançado
em 2002. Este álbum contou com a presença de Paulo Faganello nos teclados, e conta
com 12 faixas como "Tudo o que Não Soube Ver", "No Meu Coração", "Parusia",
"Muitos Choram" e "Apenas Uma Canção de Amor". Este disco consagrou a banda no
cenário católico, marcando a nova fase do Rosa de Saron. Carregando uma grande
quantidade de carga emocional de uma forma nunca vista na história da banda. Em
2005, a banda lança o Casa dos Espelhos, um outro disco de sucesso e que garantiu à
banda o topo de várias paradas de sucesso com "Obrigado por Estar Aqui" e "Dores do
Silêncio". O lançamento do CD ocorreu no Hopi Hari e contou com a participação de
vários nomes da música católica. O CD é um pouco mais pop que os anteriores, mas
não deixou de lado a pegada rockeira. Em 2006 era esperada a gravação do primeiro
DVD da banda, e que provavelmente seria lançado no primeiro semestre de 2007. Este
DVD seria lançado em formato acústico, e o projeto já estava em andamento. Mas
devido a uma reestruturação em todas as áreas da Codimuc, o sonho teve que ser
adiado, não cancelado. Como narrado mais à frente, a gravação viria realmente a
acontecer em 2008, em comemoração aos 20 anos da banda. Em fevereiro de 2007, a
banda Rosa de Saron entrou em estúdio para gravar um CD acústico pela gravadora
Codimuc. Com produção musical de Guilherme de Sá, direção de voz de Karla
Fioravante e produção executiva de Eraldo Mattos, o CD conta a com participação
especial da cantora Eliana Ribeiro, da Comunidade Canção Nova, na música Anjos das
Ruas. Novamente a banda vem inovando o cenário de música católica brasileira,
lançando o primeiro álbum acústico. O CD conta apenas com uma música inédita,
"Monte Inverno" e outras 13 regravações de grandes sucessos da banda. Dia 16 de
Abril de 2008, na cidade de Valinhos, interior de São Paulo, no Auditório da TV Século
XXI, foi gravado o DVD "Rosa de Saron - Acústico e ao Vivo". O DVD conta com 19
faixas, entre versões acústicas de vários sucessos da banda (13 canções do CD
"Acústico" regravadas ao vivo, e mais 3 que não estavam no CD de estúdio), uma
versão do clássico "Te Louvo em Verdade", de Martin Valverde, e duas músicas
inéditas: Rara Calma e Como eu te vejo. Participaram como convidados especiais:
Eugênio Jorge (Mensagem Brasil), Aura Lyris (Beatrix), Demian Tiguez (ex-Ceremonya,
atual Anjos de Resgate) e Rafael Almeida, cantor e ator da Rede Globo que é fã
confesso da banda. Em julho do mesmo ano, Rogério Feltrin, baixista e fundador da
banda, publicou o livro Rock, Fé e Poesia, no qual conta a história dos 20 anos do Rosa
de Saron e de cada música da banda. Em janeiro de 2009, a Som Livre, gravadora
pertencente às Organizações Globo, passou a distribuir o DVD "Acústico e ao Vivo" em
parceria com a Codimuc, iniciando assim uma nova fase na carreira da banda, com
expressiva divulgação no meio secular. Após a veiculação de comercial na TV, as
músicas da banda passam rapidamente a alcançar os primeiros lugares em famosas
rádios virtuais e vários sites de cifras e letras da internet. Em dezembro de 2009 foi
lançado o álbum da banda chamado Horizonte Distante. Neste novo trabalho foi
montado um repertório que explora toda a carga emocional vivida pelo Rosa nesses
últimos 3 anos, sem deixar de lado as características marcantes que consagraram o
grupo.O disco trás uma proposta madura e moderna com arranjos semelhantes aos do
pop rock americano, onde destacam-se as músicas "O Sol da meia-noite", "Mais que
um mero poema", essa última faz um retrato dos problemas sociais vividos em função
das escolhas e atitudes erradas que o homem toma através do seu livre arbítrio,
"Mesma brisa",a música que mais anima os shows da turnê, "Menos de um segundo" e
ainda as agradáveis "Folhas no Chão" e "Velhos outonos", essa última uma balada
muito bem composta, gravada com a participação dos familiares dos integrantes do
Rosa de Saron. O sucesso desse trabalho rendeu ao grupo o seu terceiro disco de ouro
e ainda a indicação para concorrer ao Grammy Latino na categoria "melhor álbum
cristão em português".

- Trecho retirado de entrevista a Rogério Feltrin pelo site Paracatu.Net

Rosa de Saron é uma belíssima figura de linguagem. O termo é tirado do livro de


Cântico dos Cânticos, do Antigo Testamento. Saron é uma região desértica da
Palestina, logo uma flor que nasce no deserto simboliza a vida que vence a morte, a
esperança e a força que superam as adversidades. Escolhemos esse nome porque essa
sempre foi exatamente a proposta da banda: ser sinal de vida e esperança em
situações onde elas se perderam. A banda começou em 1988, dentro do movimento
de Renovação Carismática da Igreja Católica. Nos juntamos para tocar nos encontros,
retiros e eventos da Igreja. Em pouco tempo começamos a fazer nossas próprias
músicas e inscrevê-las em festivais. Sempre pegávamos as primeiras colocações, isso
foi nos motivando a investir mais seriamente no trabalho autoral e também a divulgar
mais a banda. Complementando, a banda sofreu poucas alterações nesse tempo todo,
a mais séria foi a troca de vocalista em 2001, quando o Guilherme passou a ser nosso
Vocalista. Nunca negamos que temos influências de música secular, principalmente de
bandas gringas, mas citar nomes fica impossível por vários motivos: primeiro porque
em 20 anos dá tempo de você gostar de muita coisa diferente, dá pra curtir de Turma
do Balão Mágico até Victor e Léo (risos). Além disso, somos quatro pessoas diferentes
e cada um agrega com suas próprias influências. O que dá para dizer é que a gente
curte do POP ao Metal, somos ecléticos pra caramba... dentro do rock (risos)

Fonte: https://paracatu.net/view/2442-conheca-um-pouco-mais-da-banda-rosa-de-
saron

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