Você está na página 1de 42

 

A Teologia da Música Adventista


A controvérsia sobre o uso de música pop nos cultos religiosos é fundamentalmente teológica,
devido ao fato de que a música é como um prisma de cristal através do qual brilham as verdades
eternas de Deus. A música divide essa luz em um espectro de muitas verdades formosas. Os
hinos cantados e os instrumentos tocados no templo expressam o que a igreja crê a respeito de
Deus, Sua natureza e revelação para nossa vida presente e futura.

A música define a natureza da experiência da adoração ao revelar a maneira e o objeto de culto.


Quando a música está orientada para o gosto pessoal, então, a adoração reflete nosso
posicionamento cultural, como povo, sobre Deus. A tendência hedonista de nossa idiossincrasia
se percebe no incremento popular de diversas formas de música rock utilizadas na igreja,
apenas porque proporcionam cômoda satisfação pessoal.

Muitos cristãos se queixam de que os hinos tradicionais da igreja estão mortos, posto que já não
lhes atraem. Pelo contrário, a música religiosa contemporânea, como o rock, brinda-lhes com
essa "faísca" - uma sensação prazenteira. Entretanto, aqueles que suplicam por música
eclesiástica que ofereça satisfação pessoal, ignoram que isso implica procurar uma estimulação
física egocêntrica em vez de uma celebração espiritual teocêntrica das atividades criativas e
redentivas da divindade.

O crescente número do Igrejas cristãs, em geral, bem como adventistas do sétimo dia, em
particular, que estão adotando novos estilos de adoração onde se incluem diversos estilos de
música rock, sofrem de uma condição que poderia diagnosticar-se como um "empobrecimento
teológico". A principal característica de dita condição é a eleição de música sobre a base do
gosto pessoal e as tendências culturais, em vez de cimentar-se em claras convicções teológicas.

A ênfase em muitas canções religiosas sobre o "a mim", "meu" e "eu", reflete a teologia
egocêntrica que prevalece em nosso tempo. Do mesmo modo, reflete-se nas letras que contêm
só vagas e escuras referências aos assuntos espirituais.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia toma sua inspiração para elaborar sua música de três
principais doutrinas: 1) o sábado; 2) o sacrifício expiatório do Jesus e seu ministério no Santuário
celestial; e 3) a certeza e iminência do retorno do Senhor. Tais crenças nos ajudam a definir a
natureza da adoração e da música adventista.

Infelizmente, o constante debate sobre o uso da música pop na adoração adventista ignora
notavelmente as pressuposições teológicas que deveriam prevalecer na experiência cúltica dos
crentes adventistas. Alguns líderes adventistas em assuntos de adoração, são pressionados a
adotar música pop nos serviços de culto, estritamente sobre a base do gosto pessoal e das
considerações culturais. Não obstante, o estilo da música e a adoração da Igreja Adventista do
Sétimo Dia não se pode cimentar unicamente em gostos subjetivos nem tendências populares. A
missão profética e a mensagem da igreja deve refletir-se em seu estilo de música e adoração.

O estilo da música e adoração da maioria das Igrejas adventistas está apoiado em uma
aceitação acrítica da forma de adorar de outras denominações cristãs. Em seu livro And
Worship Him, Norval Peace, meu antigo professor de adoração na Universidade Andrews,
declarou: "Somos adventistas, e devemos nos aproximar da adoração como adventistas. Um
serviço de culto que supre as necessidades de metodistas, episcopais ou presbiterianos deveria
ser insatisfatório para nós".1

A resposta à renovação da adoração adventista não se encontra na adoção de música rock


religiosa, mas, sim, em um reexame da forma em que nossas crenças adventistas distintivas
devem impactar as diversas partes do serviço eclesiástico, incluindo a música. Um
empreendimento tão ambicioso está além dos limites deste artigo, o qual se enfoca
principalmente nos aspectos musicais do serviço de adoração.

O sábado oferece razões para adorar

Das três principais doutrinas que identificam à Igreja Adventista do Sétimo Dia, o sábado ocupa
um lugar único, pois provê a base da verdadeira adoração a Deus. Essa base se localiza nas
três verdades fundamentais que o sábado contém e proclama, ou seja, que o Senhor nos criou
perfeitamente, que nos redimiu completamente, e que nos restaurará ao final do tempo.

Adorar significa reconhecer e elogiar a dignidade de Deus. Seria o Senhor digno de louvor se
não tivesse criado originalmente este mundo e suas criaturas de maneira perfeita? O serviço de
adoração sabático é uma ocasião para celebrar e regozijar-se na magnitude das ações divinas:
sua maravilhosa criação, sua bem-sucedida redenção da humanidade, suas multiformes
manifestações de amor e amparo. Estes são temas essenciais que devessem inspirar a
composição e a entonação de hinos de louvor ao Senhor.

A celebração da bondade e a misericórdia divina constitui a base para toda música e culto
devotado ao Senhor em qualquer dia da semana. Entretanto, no sábado, a música e a
experiência da adoração alcançam a máxima expressão, já que o dia provê tanto o tempo como
as razões para celebrar com gratidão e alegria o amor criador e redentor de Deus.

Um antídoto para a adoração falsa

A missão da igreja neste tempo, como aparece efetivamente na mensagem dos três anjos de
Apocalipse, é promover a verdadeira adoração do "que fez o céu e a terra, o mar e as fontes das
águas" (Apoc. 14:7). O sábado é um dos meios mais eficazes para promover a restauração da
verdadeira adoração, posto que chama às pessoas a adorar a Aquele que em seis dias "fez o
céu, a terra e o mar, e tudo o que contêm" (Êxodo 20:11).

Como um santuário no tempo, o sábado desafia os crentes a respeitar a diferença entre o


sagrado e o secular, não unicamente no tempo, mas também em tais áreas como a música e a
adoração. Acima de tudo, a música e a adoração constituem um importante aspecto da
observância do sábado.

A diferença entre o sagrado e o secular, que está inserida no quarto mandamento, é estranha
para aqueles cristãos que consideram seu dia do Senhor como um dia festivo em vez de um dia
santo. A mescla de atividades sagradas com seculares facilita a fusão de música sagrada com
secular no serviço de adoração. O fator que contribui mais é a perda do sentido do sagrado
-uma perda que afeta muitas aspectos da vida do cristão contemporâneo.

A adoção de versões modificadas de música rock na adoração é um sintoma de um problema


maior, ou seja, a perda do sentido do sagrado em nossa sociedade. O processo de
secularização, o qual alcançou novas alturas na atualidade, empanou gradualmente a diferença
entre o sagrado e o secular, o reto e o errôneo, o bom e o mau.

O  sábado desafia os crentes a fechar a porta à pressão humanista do relativismo cultural, ao


lhes recordar que a diferença entre o sagrado e o secular se estende a todas as facetas da vida
cristã, incluindo a música e a adoração na igreja. Utilizar música secular para o serviço da igreja
em sábado é tratar ao dia santo como um dia secular, e à igreja como um lugar secular.
Finalmente, não se oferece uma adoração verdadeira a Deus, posto que um culto genuíno
implica reconhecer os limites entre o que é sagrado para o serviço do Senhor e o que é secular
para o uso pessoal.
A música no contexto do Santuário celestial

Para muitas Igrejas cristãs, o culto se centra no que Jesus já cumpriu no passado através de sua
vida perfeita, sua morte expiatória e sua gloriosa ressurreição. Em contraste, a adoração
adventista do sétimo dia se centra não somente nestes acontecimentos redentivos passados de
nosso Salvador, mas também em seu ministério presente no Santuário celestial e em sua futura
vinda para consumar sua redenção. Portanto, estas três dimensões do ministério de Jesus
Cristo - passado, presente e futuro - estão implícitas na adoração adventista.

É notório que as três doutrinas adventistas distintivas - o sábado, o Santuário e a segunda vinda
- compartilham um comum denominador, ou seja, a reunião com o Senhor. No sábado nos
reunimos com o invisível Senhor em tempo. No Santuário celestial nos encontramos pela fé com
o Salvador ministrando em um lugar. Quando Jesus vier. nos reuniremos com o Senhor visível 
no espaço.

Encontrar-se com o Senhor em tempo, em seu dia sábado, em um lugar, em seu Santuário, e
em espaço, em seu glorioso dia, devem constituir os pontos focais da adoração adventista.
Quando os adventistas se reúnem para adorar, seu desejo deve se encontrar com o Senhor.
Pela fé devem desejar estar diante de Deus, não somente na cruz do Calvário, onde ele pagou a
pena de seus pecados, mas também no trono celestial, onde ministra em seu favor.

Do mesmo modo, a música e a adoração na igreja devem receber sua inspiração daquela que
se pratica no Santuário celestial, devido ao fato de que ambos estão unidos pelo culto ao mesmo
Criador e Redentor. Que desafio para a igreja dos últimos dias permitir que a glória e a
majestade da adoração celestial resplandeça através de sua música, suas orações e seu
pregação!

Quando os raios da majestade e a glória do Salvador ressuscitado e Supremo Sacerdote


celestial chegarem através da música e a adoração na igreja, então, não haverá necessidade de
incursionar pelo rock ou "aeróbica cristã" para reavivar o culto. A visão da glória e majestade de
Deus provê todos os ingredientes dramáticos que os crentes poderiam desejar para uma
experiência emocionante de adoração.

No livro de Apocalipse, é-nos descrita uma visão do Santuário celestial. Alguns eruditos
contaram seis, sete ou até onze coros ao longo deste livro profético. Entretanto, o número exato
de hinos e coros em Apocalipse não é tão relevante como seu testemunho da importância da
música na adoração escatológica ao Senhor no Santuário celestial. Os três principais coros que
participam da adoração celestial são: (1) os vinte e quatro anciãos (Apoc. 4:10-11; 5:8-9; 11:16-
18; 19:4); (2) a incontável multidão de anjos e redimidos (Apoc. 5:11-12; 7:9-12; 14:2-3; 19:1-3,
6-8); e (3) a companhia que inclui a toda criatura no céu e a terra (Apoc. 5:13).

Um estudo cuidadoso de vários hinos do Apocalipse revela que apesar de todas as referências
ao sofrimento do povo de Deus, o livro poderia provar ser uma das composições mais felizes
jamais escritas. A música vitoriosa do Apocalipse está inspirada, não pelo tamborilar hipnótico
dos instrumentos de percussão, mas sim pela maravilhosa revelação das ações redentivas do
Senhor para com seu povo. Enquanto os adoradores no Santuário celestial têm o privilégio de
contemplar a maneira providencial como Jesus, o Cordeiro imolado, resgatou a pessoas de
diversas nações, cantam com uma grande emoção uma doxologia em louvor à divindade.

Encarregados da adoração, que, às vezes, estão ávidos por introduzir tambores, violões
elétricos e ritmos agitados para lhe dar um "clima roqueiro" à música na igreja, deveriam notar
que tanto no Templo de Jerusalém como no Santuário celestial não se permitiam instrumentos
de percussão. O único instrumento usado pelos coros celestiais é um conjunto de harpas (Apoc.
5:8; 14:2). A razão, conforme a explica Thomas Seel, é que "...o timbre distintivo da harpa se
mescla harmoniosamente na adoração com as vozes coletivas dos adoradores. Deve-se notar
que o apoio instrumental não suplanta a importância das palavras do texto nem contém uma
mescla de diferentes instrumentos. O conjunto de instrumentos contém um tipo singular de
instrumentos (a harpa) que se harmoniza com a voz." 2

A diferença entre música sagrada e secular que aparece no Santuário celestial também era
evidente no Templo de Jerusalém. Só um grupo seleto de levitas formava o coro do Templo.
Eles tocavam só quatro instrumentos em momentos específicos durante o serviço: trombetas,
címbalos, liras e harpas (1 Crônicas 15:16; 16:5-6). Dos quatro, só os últimos dois, a lira e as
harpas (ambos instrumentos de cordas que se harmonizam com as vozes humanas), eram
usados para acompanhar os cantos.

As trombetas eram utilizadas só para dar alguns acordes, como quando a congregação se
prostrava, ou quando o coro deveria cantar durante a apresentação das oferendas acesas (2
Crônicas 29:27-29). Os címbalos se usavam para anunciar o início de uma canção ou de uma
nova estrofe. Ao contrário do que às vezes se crê, estes instrumentos não eram utilizados para
conduzir a música dando ritmo aos hinos. A razão é que a música do antigo Israel, como
mostrou Anthony Sendrey, carecia de compasso regular e estrutura métrica.

Quem acredita que a Bíblia lhes dá permissão para tocar qualquer instrumento e música na
igreja, ignoram que a música no Templo não se apoiava no gosto pessoal ou nas preferências
culturais. Isto é evidente devido a outros instrumentos, como os tamborins, a flauta e o órgão,
um tipo de flauta, que não eram permitidos no Templo, dada sua associação com o
entretenimento secular. 

Não obstante, é importante mencionar que não há nada moralmente mau com o uso de
instrumentos como o tamborim ou a flauta. A razão por que eram excluídos da orquestra do
Templo era devido ao fato de que se usavam geralmente para o entretenimento. Essa exclusão
se estendia à participação das mulheres no ministério da música do Santuário, posto que sua
música consistia principalmente em danças com tamborins - uma música que não era adequada
para a adoração.

A música era controlada rigidamente na adoração do Templo para assegurar que estivesse em
harmonia com a santidade do lugar. Portanto, é possível tomar quatro lições quanto à música
sobre o modelo do Templo de Jerusalém assim como o Santuário celestial. 

Primeiro, a música na igreja deveria respeitar e refletir a santidade do lugar de adoração. Isto
significa que os instrumentos de percussão e a música de entretenimento que estimula às
pessoas fisicamente devem ser banidos da igreja.

Segundo, a música tanto dos Santuários terrestre como celestial nos ensina que os
acompanhamentos musicais devem usar-se para ajudar à resposta vocal ao Senhor e não
afogar o canto. Isto significa que uma música rítmica e ruidosa que enfatiza o som sobre a letra
é inapropriada para adorar.

Terceiro, a música na igreja devesse expressar o deleite e o gozo de estar na presença de


Deus. Além disso, deve existir equilíbrio entre a parte emocional e intelectual da vida na religião
e a adoração. "A expressão musical na adoração deve ter um aspecto emocional e intelectual
devido a que assim é a natureza do homem, a natureza da música e a natureza da religião. Em
seu melhor momento, a música deve demonstrar sua unidade entre vida-religião-música na
adoração através de uma aproximação à composição bem proporcionado, raciocinado e
sentimental." 3

Quarto, a música na igreja deveria ser reverente, de acordo com a natureza sagrada da
adoração.

A música e a segunda vinda do Jesus

A crença no iminente retorno de Cristo é a principal motivação da adoração e o estilo de vida


adventista. Ser um cristão adventista significa, primeiro de tudo, viver com o olhar posto no
glorioso dia da vinda do Senhor. O anterior significa observar nossa vida presente como uma
peregrinação para uma terra melhor.

A espera da breve volta do Jesus lhe confere  uma especial textura à música e a adoração
adventista. Através do culto, derrubamos a barreira do tempo e o espaço, de modo que
experimentamos uma "amostra grátis" das bênçãos da futura adoração celestial que nos
aguarda quando Cristo venha.

A adoração com os crentes nos capacita para esquecer temporalmente as realidades


desagradáveis da vida presente, além disso, permite-nos nos apropriar das bênçãos do mundo
vindouro.

A música na igreja desempenha um papel vital no fortalecimento e na nutrição da esperança na


vinda do Jesus. Através dos cantos, os crentes ensaiam para o dia no que verão e falarão com
Cristo cara a cara. Por isso, a gloriosa visão da volta do Senhor inspirou a composição de muitos
hinos que enriqueceram o culto dos fiéis ao longo dos séculos. De modo que hoje, os
adventistas necessitam novos cantos que atraiam às gerações jovens, as quais foram cativadas
pelos sons movidos, rítmicos, ruidosos e eletronicamente amplificados da música rock.

Atualmente, nosso desafio é ajudar a uma geração impregnada de rock e outros ritmos a a
capturar a visão do glorioso dia quando poderão ser capazes de experimentar a emoção áudio-
visual maior que se imaginaram - a aparição da Rocha da eternidade! A banda de anjos que o
acompanhará produzirá tal estrondo que este planeta jamais escutou. O esplendor de Sua
presença e as vibrações dos sons de sua voz serão tão poderosos que acabarão com os
incrédulos e trarão uma nova vida aos crentes.

Um evento tão glorioso pode entusiasmar a imaginação dos músicos para compor novos
louvores A. Aragón Glez

Referências:

1. Norval Peace. And Worship Him. Nashville, TN. 1967. pág. 8; 

2. Thomas Allen Seel. A Theology of Music for Worship Derived from the Book of Revelation.
Metuchen, N.J. 1995. pág. 84; 

3. Calvin M. Johansson. Music and Ministry: a Biblical Counterpoint. Peabody, MA. 1986. pág.
67-68.

Música: Sacra ou Profana?

Antes de falar sobre um determinado assunto, é necessário saber sobre ele e não ser apenas
um curioso. Uma experiência simplesmente prática também não dá muito fundamento para se
falar acertadamente sobre determinado assunto. Para se praticar medicina por exemplo: No
início dos séculos como não havia escolas, praticava-se por certos conhecimentos rudimentares
e as vezes controvertidos. Com o passar dos anos foram criadas instituições para regulamentar
a profissão e ter conhecimentos comprovados e se falar com certeza sobre assuntos
relacionados ao corpo humano.

Desde que se conhece humanidade, existe música. Música que começou no Céu. Música se
entende por uma ordenação lógica ou supostamente lógica de sons - como esses sons se
movimentam com certo andamento. Música dos pássaros, animais e de todas as criaturas feitas
pelo Criador. A voz do homem não pode ser considerada música por não ter sons ordenados -
definidos. Logo após a queda, o homem começou a notar que poderia produzir sons a partir
madeiras furadas ou qualquer outro material que viesse a consegui-los. Ai criaram-se vários
instrumentos que serviriam para marcar tempos ou produzir sons.

Um som quando é produzido não soa sozinho. Vamos entender isso. Imagina que sopres numa
flauta um som qualquer. Que seja um som grave. Junto com esse som grave soará vários sons
em conjunto, que as vezes podemos ouvir ou não. Vai depender do material do instrumento e
quanto mais grave mais audíveis esses sons se tornarão. Chamamos isso de série harmônica.

Hoje sabemos que quando tocamos um som, soa a sua oitava, quinta, quarta, terça, segunda,
etc. Com base neste termos cada povo, cada cultura, vez sua própria escala, instrumentos. A
escala que mais se ouve em todas as civilizações é a escala pentatônica. Primeiro vamos
entender o que é uma escala: É uma sucessão de sons, ordenados do grave para o agudo -
todos provenientes da série harmônica - O primeiros homens aprenderam isso intuitivamente.
Construíram instrumentos e fizeram suas composições baseados nisso. Como o ritmo já lhe é
nato, pois para andar precisamos ter ritmo, nosso coração tem seu modo de andar; somos
naturalmente ritmados.

Ele também descobriu que podia também tocas sons simultaneamente e que cada combinação
tinha uma característica própria. Essas combinações de sons expressavam situações ou
sentimentos. Ele passou a verificar que as distancias melódicas - uma nota depois da outra -
também expressavam várias situações ou sentimentos. Verificou-se, também, que as várias
combinações rítmicas expressavam situações ou emoções. O homem com o passar do tempo
foi construindo suas escalas e suas base rítmicas e harmônicas de acordo com o que ele queria
construir.

Com todo o material citado acima temos todos o ingredientes para construirmos o que
quisermos em termos musicais. Suponhamos que eu queira expressar uma floresta. Primeiro
observo o barulho do vento - quais ritmos e sons expressam - ouço o cantar dos pássaros -
quais ritmos e sons expressam. Bom com todo esse material em mãos. Preciso antes de mais
nada, saber muito bem o que cada instrumento musical expressa, saber harmonização,
contraponto e estruturação musical, etc. Aí vou procurar ao máximo reproduzir essa floresta.

Temos algo parecido como as quatros estações de Antônio Vivaldi, quadro de uma exposição de
Mussorguisky, etc. Suponhamos que agora eu queira produzir uma música que expressasse a
vida de boêmia, mulheres, vinho e nada para fazer. Escolheria os intervalos musicais
suspensivos, de Sexta menor e maior, sétimas, quartas aumentados e diminutos, etc.; a rítmica
bem sincopada, deslocamentos dos tempos, a harmonia com acordes suspensivos de sétima e
nona sem resolução. Esta aí, então, uma musica totalmente lânguida feita para boêmios.

E então? Se agora eu quiser fazer uma música para Deus?

Cada música que é composta tem uma finalidade específica. A sua cara. O que ela quer
mostrar. O que se quer fazer sentir. Dizer como pessoas devem proceder - comer, falar, vestir,
etc. - Não digo a música em si, mas o que resultou desta construção.

O maior problema de hoje é que pessoas que só aprenderam a construir casas de madeiras,
queiram construir Catedrais. Pessoas que vieram do mundo, como eu, que aprenderam por
quase toda vida, somente a ouvir construções do mundo, construir coisas para o mundo.
Quando aceitamos a Deus, nossa vida não muda toda de uma vez. É uma mudança diária,
conversão diária de nossos hábitos que herdamos do mundo: quer seja comer, beber, ouvir, etc..
Suponhamos que seja uma pessoa do mundo, que passei grande parte da minha vida ouvindo
música sertaneja e caipira. Todas as minhas percepções musicais estão voltadas para tal
construção. E como, ainda, não ajustei meu viver - gosto, roupa, ações, etc. - é lógico que o que
me agradaria seria ouvir músicas com estruturas sertanejas e caipiras na Igreja ou musicas com
influências nas suas estruturas que me lembrassem tais.

Levando-se em consideração que a grande maioria - mais de noventa por cento - das pessoas
que trabalham com música nas Igreja ou em quaisquer instituições religiosas; conseguiram tais
aptidões por simples repetição. Um determinado cristão que hoje é cantor de tal igreja, pode ser
muito famoso ou não, apenasmente aprendeu a cantar e a formar seu gosto musical ouvindo tal
cantor ou tal grupo. Teve em alguns casos aulas de canto. Estudou alguns rudimentos da
música. Mais nada muito profundo. Hoje se acha grande cantor, formador de opinião, grande
músico. A ponto de opinar os grandes conceitos da música. Sem, no entanto, ter profundos
conhecimentos sobre o assunto. Levando em consideração que sua grande maioria, membro
das igreja, são totalmente leigos no assunto. Então....Isto é um fato.

Se tais pessoas não tem sólidos conhecimentos, como podem dizer se isto ou aquilo é sacro ou
profano! O maior problema da música num contexto geral, é que sua grande maioria aprendeu
por simples repetição. Vejam o caso de Leandro e Leonardo, Sandy e Júnior, cantores e
instrumentistas de Igrejas, em sua grande maioria global. Aprenderam pelo ouvir e repetir. Estas
coisas não fazem de pessoas músicos. São muitos fatores que determinam um músico: Ouvir,
repetir, pesquisar, estudos nesta área, e tudo mais correlacionados com música como um todo.
Hoje, como antigamente, para ser músico é necessário somente ler um pouco de partitura,
arranjar um professor de instrumento e pronto. Esta formado o músico !!?

Retornando a parte de como se constrói músicas. Para ser um bom construtor de casas, é
necessário primeiramente saber interpretar uma planta, saber dispor tijolos, fazer alicerce, etc.
Sabendo-se que cada construtor tem uma especialidade: pequenas casas, mansões, prédios,
castelos, etc.. Do mesmo modo para se construir ou fazer música é necessário saber e ,não
apenas repetir, suas matérias básicas de construções e a função de cada componente
desempenha .

Bastaria um pouco disso para derrubarmos um bando de teorias sem o menor sentido, que
pessoas formulam sobre música. Além do mais, que cada acorde, cada célula rítmica, cada
instrumento, cada intervalo, cada frase, e suas várias combinações. Desempenham um papel
importantíssimo nesta construção. Existem pessoas que foram criadoras do samba, da bossa
nova, da valsa. E todos eles sabem que para se fazer valsa, por exemplo, é necessário saber
sua estrutura.

Um construtor de casas populares não saberá fazer um arranha-céu, pelo fato de não possuir
conhecimentos para tanto. Somente a partir de conhecimentos teóricos práticos é que poderá
construir um arranha-céu. Assim como, como pode alguém que toda a sua vida, tocou e ouviu
bossa nova ou até mesmo compôs, fazer música para Deus ? Primeiro não será necessário,
conhecer a Deus, e toda complexidade da estruturação musical? Saber o que mais Lhe agrada?
Se o louvor é para Deus, alguém já Lhe perguntou o que o Senhor gostaria de ouvir ? Pois o
louvor não é para Ele, A quem mais deveríamos perguntar!? Ao pastor? Ao ancião? ou ao
membro? Deus é quem dever dizer o que Ele gostaria de ouvir e não nós. Tenho que com
certeza que não será bossa nova, ou samba, ou rock, ou outra música mundana qualquer, pois
estas não foram feitas para Deus, se não foram feitas para Ele, para que oferecermos coisas
imundas à Ele. Porventura aceitara isso de nossas mãos?
Não precisamos ir muito longe para fazermos música para Deus. Ler a sua palavra, jejuar, falar
com Ele, Ter um comprometimento com sua causa, amar a Ele acima de todas as coisas e ao
próximo como a nós mesmos. Eis os subsídios textuais para um composição para Deus. Não
precisamos tomar nada emprestado do diabo, influências do rock, samba, ou qualquer outra
coisa que foi inspirada por ele. Se temos sinceramente Deus em nossos corações, Ele nos
mostrará o caminho. A nossa parte precisa ser feita antes, como falei anteriormente, saber os
materiais de se construir músicas e suas funções e expressões.

Usando a escrita eu posso expressar dizendo: Eu amo você - dentro de certo contexto - que a
pessoa entenderá o que eu quero dizer ou expressar. Na música é a mesma coisa. Se quero
dizer que o dia está tenso e estou muito nervoso - usarei acordes, motivos, ritmos,
instrumentação e demais ornamentos que expresse tal situação -. E quando executar tal música
saberão que se trata de tal situação. Daí podemos concluir que a música fala por si só.

Quando se constrói uma estrutura, ela fala por si só. Um murro construído será sempre um
muro, independente dos seus adornos: grande muralha da China, ou o muro de nossas casas.
Quando se cantar música sertaneja, todos saberão que é música sertaneja, independente da
letra que se ponha, quer seja secular ou sacra. A música vai desempenhar a função para a qual
foi construída: dança, diversão, bailes, etc..

Qualquer um que conheça profundamente música e suas estruturações, mais focado para a
área de composição, poderá compor o que bem lhe aprouver. Se conhecer a vida boêmia,
poderá compor canções boêmias, se alguém lhe encomendar um peça fúnebre a comporá, se
para um baile de máscaras também (antes de mais nada ele precisa se dar conta dos faltos que
fazem este ambiente ser o que é). Se este compositor ( que não conhece a Deus) falar com
alguém que conheça a Deus, e lhe explique quem é Deus, e como Deus funciona, etc., fará uma
composição próxima de Deus.

Digo mais, se conhecer Deus em sua vida prática, sendo batizado com o Espírito Santo,
comprometido com a causa de Deus, amando a Deus acima de todas coisas e demais atributos
de um cristão. - Deus dá sabedoria aos que os pedem - O que não fará então !! Com certeza a
sua música será o mais perto do nosso Senhor e Salvador: Jesus Cristo.

Não quis ser bastante técnico, para que o texto pudesse ser entendido por todos.

Martinho Lutero, Bach, assim como vários compositores, pegaram trechos de várias canções
populares ou seculares e fizeram músicas para Deus. Nem sempre uma estrutura musical de
origem profana ou secular desagrada a Deus. Tudo tem haver com sua estrutura, ou seja, de
como a música foi construída. Pelo fato de uma música ser cantada por camponeses, ou num
salão de dança a torna assim. Tudo tem haver com o que ela tem a dizer, música.

Não devemos esquecer que a música teve suas origens nos Céus. Foi satanás quem degradou
tudo, mudou tudo para os seus propósitos. As maiores artimanhas dele para esses últimos dias
é: misturar tudo, profano com letra religiosa. - Vale a pena salientar que os próprios satanistas,
usam o hinário, música para Deus com letras de adoração ao diabo. Para não termos a
compreensão do que estamos oferecendo à Deus, podemos oferecer uma coisa e no entanto
ser outra. Estamos de um lado homenageando à Deus e o diabo ao mesmo tempo ser saber ou
sabendo. Não podemos adorar a dois deuses. Temos que escolher um lado.

Também podemos concluir que o determina se uma música é sacra ou popular, não é a sua
aceitação por determinado pastor, ancião ou comissão; com o passar do tempo ou não. Pois
alguns dizem que tal música que a igreja repudiava, agora se canta no recinto da igreja. Não é o
tempo que santifica a música ou sua letra. E sim o que ele tem a dizer sobre Deus em termos
gerais ou reais.

Mas, o que realmente vem a ser música sacar !? Perguntem a Deus, que ele com certeza vos
responderá. Aqui como simples mortais, caminhando para a imortalidade, podemos ver com que
através de vultos, os sons celestiais.

O Deus de graça e paz, através de Seu Filho, nos conceda a visão para podermos enxergar o
que Ele deseja de nós. Graça e paz para todos. -- F. S. Crispim - Bacharel em Canto -
Universidade de Brasília.

  

O Primeiro Culto dos Remidos no Céu


(Dando asas à imaginação sobre um sonho tão sonhado)

Mário Jorge Lima

Não é errado sonhar. E nem tentar imaginar aquilo que tanto queremos. Gosto muito de deixar a
imaginação fluir e construir um cenário hipotético do que  seria o primeiro culto dos remidos na
cidade santa. Ainda que possa parecer presunçoso, eu me imagino lá, presente, pela graça, tão
somente pela graça de Deus.

Muito provavelmente, é um dia de Sábado. Ao redor do trono, diante do nosso maravilhoso


Deus, com vestes brancas, todos nós salvos, os 144.000, a grande multidão de remidos,
homens, mulheres e crianças, pessoas de todas as épocas, justificados pela graça, santificados
pelo Espírito, glorificados pelo poder do Pai. Estamos circundados pelos exércitos de anjos
celestes, em total reverência, com alegria sem fim no coração. Em nosso pobre planeta lá
embaixo, o mal ainda não terá sido extinto, estamos iniciando o milênio de glória, mas já
estamos livres da presença e dos efeitos do pecado, já sem lembrança de tudo de ruim que
passamos.

O coro de anjos, a orquestra maravilhosa, instrumentos jamais vistos, todos a postos, prontos,
aguardando o início daquele culto especial. A um sinal de Gabriel, o magnífico arcanjo, maestro
maior de todos os coros, erguem-se as vozes celestes e o som da orquestra de anjos.

Perfeição completa, é a música do céu! Finalmente a conhecemos, nós que sobre ela tanto
falamos, discutimos e nos desentendemos em nossa velha terra. Como é diferente de tudo que
pensávamos! Como era pobre nossa imaginação! Falávamos em tantos padrões, culturas,
escolas musicais, gêneros, e a música de Deus agora nos surpreende a todos. Como teria sido
tão melhor ter deixado, lá em nosso velho planetinha, o Espírito falar ao nosso coração, sempre,
acima de qualquer erudição, acima de qualquer preconceito, acima da estratificação de nossas
mentes!

E os músicos celestes nos brindam com um concerto extraordinário de boas vindas aos salvos.
São momentos eternos que passam, que não sentimos, que não nos cansam ou incomodam.
Criação musical coletiva, todos parecem pensar os mesmos acordes e seqüências, e a música
flui espontânea e bela, é mágica, impressiona os corações, alegra a alma dos salvos em Jesus.

De repente, a música muda. Cristo Jesus levanta-se ao lado do Pai, adianta-se. É o Cordeiro
que foi morto desde a fundação do mundo, o Leão da tribo de Judá, o Príncipe da Paz. Para Ele
voltam-se todos os olhares, as mentes e os corações. É para Ele a próxima música do céu. Os
acordes são outros, é outra a cadência, os anjos mal conseguem conter a emoção. A letra, de
poesia perfeita e maravilhosa repete: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e
riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor”. Não dá para descrever o que vai no
coração de todos os presentes. Os remidos choram, mas é um choro de alegria e de
agradecimento. São mais momentos eternos e inesquecíveis.

E agora, um momento especial: a uma modulação maravilhosa, que o mais experimentado dos
músicos terrestres jamais conseguiu sequer imaginar, a orquestra e o coro param. Jesus Cristo
vai solar. Sua voz é completamente harmônica, em alguns momentos suave e doce, a voz do
Bom Pastor; em outras partes é como o som de muitas águas. Dispensa o acompanhamento. A
letra diz, entre outras coisas: “Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos
está preparado desde a fundação do mundo”. A orquestra e o coro de anjos, voltam em
contracanto perfeito, respondem e devolvem a Cristo toda a honra, repetindo: “Digno é o
Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e
louvor”. A participação do Salvador, do Rei dos Reis, é perfeita.

Mas ainda há mais emoção nesse culto inenarrável. Todos os remidos que estão prostrados
diante do trono, agora se levantam. Sim, nós vamos agora cantar. E não vamos fazer feio.
Temos mentes transformadas e corpos glorificados, dons restaurados, alcançamos a perfeição
em Cristo Jesus. E sobre o que cantamos? Ah, com toda certeza, cantamos da experiência
humana, da experiência pessoal de cada um. Cantamos daquilo que vivemos e passamos. E os
outros mundos, habitados por seres superinteligentes e sem pecado, a tudo assistem
maravilhados, sendo que jamais poderão cantar como nós cantamos, pois serão incapazes de
transmitir musicalmente aquilo que não viveram.

E cantamos o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: “Grandes e


admiráveis são as tuas obras, ó Senhor Deus Todo-Poderoso; justos e verdadeiros são os teus
caminhos, ó Rei dos séculos”.

E o grande culto, antecedendo a monumental Escola que virá depois, prossegue todo em
música, alternando coro e orquestra de anjos, solos maravilhosos, coros de remidos triunfantes.
Não existe mais cansaço, não mais tédio, não mais monotonia, o tempo não existe, estamos
enfim na eternidade, vivendo dentro do sonho. No final, a bênção do Pai, o Deus dos Exércitos,
o Criador de todos os mundos, que sobre nós levanta o Seu rosto, e nos dá a paz, a Sua paz,
que excede a todo o entendimento.

Em seguida o início do nosso aprendizado na grande Escola dos céus. Quantas perguntas,
quanta curiosidade, quanta sede de saber e conhecimento. Deus, Cristo Jesus, o Espírito Santo
e os anjos, são nossos Mestres nessa Escola eterna. Ali, sábado após sábado, ouviremos de
Suas bocas santas e sábias, tudo que não entendíamos, e com mente clara agora
compreendemos perfeitamente, sem sofismas, sem enganos, sem dúvidas.

Depois, a ceia dos remidos, com os frutos da árvore da vida, ao lado do rio da água da vida,
tudo encimado por um céu de azul perfeito. Alimento sadio que nos garante a vida eterna, sem
doenças, sem dores, sem sofrimento, sem pecado.

Amigos, quando aqui cantamos o que vivemos, o canto sai livre, verdadeiro, consistente,
autêntico e transmite um prenúncio da atmosfera do céu. Quando aqui estudamos e nos
alimentamos da Palavra de Deus, estamos nos aprimorando no conhecimento de um Deus
maravilhoso e um Salvador justificador. Deus queira, e Ele com certeza quer, que cada ser
humano se arrependa e se salve. O fogo eterno não foi preparado para nós, mas para o diabo e
seus anjos. Aquele culto maravilhoso, de cuja liturgia aqui consegui apenas arranhar um
pouquinho a superfície, nos espera. Não podemos faltar, não podemos chegar atrasados! Deus
nos abençoe, e mesmo em meio a nossas idiossincrasias e desencontros, nos conserve em
união de propósitos e em amor fraterno, sem o que, não estaremos lá naquele dia. Sejam
felizes. 
 
Os Efeitos da Música Rock
Livro "The Christian & Rock Music,"
Dr. Samuele Bacchiocchi
 
(Trechos da Segunda Parte do Capítulo 8)
 
Para melhor entendermos os efeitos da música rock no corpo humano, é importante saber
primeiro como o ritmo musical funciona. O elemento rítmico da música consiste de medidas de
tempo divididos dentro de ciclos de compasso. A mais comum unidade de tempo são grupos de
compassos contendo duas batidas (tempo duplo), três batidas (tempo triplo), ou quatro batidas
(tempo quádruplo). No tempo quádruplo (como tempo de 4/4), a principal queda de acentuação
natural é na batida um (o acento primário) e três (o acento secundário). O acento primário no
um é, logicamente o mais forte dos dois. Podemos ilustrar assim: um, dois, três, quatro. Na
música rock e semelhantes formas, o acento padrão é invertido, de maneira que a batida dois e
quatro são acentuadas ao invés da um e três, assim como vemos a seguir: um, dois, três
quatro. Invertendo a ordem, o rock faz do ritmo a mais importante parte do som e cria um
conflito com o ciclo natural rítmico do corpo. Este efeito, conhecido como "black beat" (batida
negra), causa uma tensão nervosa (a "high") porque vai contra o ritmo cardíaco do coração e
outros ritmos do corpo.
 
O Poder Viciante do Rock
A vibrante sensação causada pelo ritmo irregular do rock aumenta a batida do coração,
enfraquece a força espontânea, e tem um poder aditivo. O Psiquiatra Verle Bell oferece um
gráfico explanatório de como a batida do rock causa adição: "Uma das mais poderosas
libertações de adrenalina do stress nervoso (fight-ou-flight) é a música que é discordante em
suas batidas e acordes. Boa música segue com exactidão regras matemáticas, que causam
conforto à mente, encorajamento, 'segurança.' Músicos têm encontrado que quando eles vão
contra estas regras, o ouvinte experimenta uma alta sensação (calão português altamente, gíria
inglesa high). 
 
Bell continua referindo que "como uma inescrupulosa 'dieta' que é prescrita por um médico, mas
que vicia os seus clientes à anfetamina para assim assegurar sua contínua dependência,
músicos sabem que músicas discordantes como o rock vendem como água. Como em todas as
adições, as vítimas acabam por se tornar tolerantes. A mesma música que uma vez criou um
tinido prazeroso de excitação em pouco tempo já não satisfaz. A música tem que se tornar mais
dissonante, alta e mais discordante. Começa-se com rock suave, então rock'n' roll, a seguir de
heavy metal para cima."
 
John Diamond, um físico de Nova York, tem conduzido numerosos experimentos sobre os
efeitos da música rock. Em 1977, ele serviu como presidente da Academia Internacional de
Medicina Preventiva. Ele descobriu que a música rock é a mais séria forma de poluição sonora
nos Estados Unidos. Particularmente nociva é a música rock que emprega uma batida
"anapestica," onde a última batida é mais alta, por exemplo, "da da DA." De acordo com
Diamond, este tipo de música pode "intensificar o stress e raiva, reduzir o rendimento, aumentar
a hiperactividade, enfraquecer a força muscular e ainda poderá ter um papel na delinquência
juvenil do jovem ouvinte."
 
Corpo Humano sob Stress
Estes comportamentos desordenados ocorrem, de acordo com Diamond, porque a música rock
causa uma quebra na sincronização dos dois lados do cérebro de maneira que a simetria entre
os dois hemisférios cerebrais é perdida. Ele conduziu uma experiência numa fábrica em Nova
York onde a música rock era tocada todo o dia. Quando a música era mudada para outra que
não o rock, Diamond descobriu que a produtividade aumentava 15% enquanto que o número de
erros abaixou para o mesmo número.
 
Diamond publicou suas descobertas no livro Your Body Doesn't Lie (O Seu Corpo Não Mente).
Ele explica que a batida anapestica, característica especialmente da música rock, é rompida
porque é o oposto da batida do coração e assim coloca o ritmo normal do corpo sob stress. Este
resulta em dificuldade percentual e manifestações de stress. Nos jovens estas manifestações
podem incluir diminuição do rendimento escolar, hiperactividade e precário descanso, maior
probabilidade de erros, e ineficiência genérica. Nos adultos os sintomas incluem redução da
capacidade de decisão espontânea no trabalho, resmungo frequente dado ao sentimento de
que as coisas não estão certas, e perda de energia sem razão aparente.  
 
Em seu próprio laboratório, Diamond testou os efeitos da música rock medindo a força do
músculo deltóide do braço. Ele descobriu que um homem normal poderia aguentar uma pressão
de 25 kilos no braço, mas que reduziria em mais ou menos um terço quando a batida
anapestica era tocada de fundo. A proposta da pesquisa de Diamond não era para procurar dar
um fim à música rock, mas para prevenir as pessoas contra o seu perigo. Ele acrescenta: "A
música rock não irá matar ninguém, mas eu realmente duvido que Mick Jagger viva tanto
quanto Pablo Casals ou Segovia."
 
Pesquisadores russos chegaram a conclusões semelhantes. Eles descobriram que a música
rock causa "um tremendo dano no efeito psíquico." Em seu discurso numa reunião de jovens, a
equipe médica que conduziu os experimentos anunciou que a música rock era "como uma série
de sinais de alarmes, causando ondas de energia concentrada que tem que ser libertada em
algum lugar." A energia é canalizada para a incursão de brigas, lutas que, enfatizam os médicos
russos, é comum nos concertos de rock no mundo Ocidental.
 
Mesmo Ruud explica como a música rock alta e ritmada, cria uma necessidade de reacções
musculares e movimentos corporais: "Se o estímulo do som via cerebral e sistema límbico é
inabilitado a expressar-se em termos de movimento físico, poderá resultar num triste sintoma de
stress, que é, um aumento da precaução e alarme na preparação no sistema que não encontra
libertação ou alívio. Vendo que esta condição é dependente da intensidade do estímulo, nós
poderemos entender o porquê de quando as pessoas se expõem ao barulho se inclinarem a
passar por sintomas de stress. Música alta e em estilo síncope irá igualmente estender a
actividade límbica e proporcionar reacções vegetativas e hormonais, ou reacções de stress.
Estas forças poderão ser neutralizadas através da dança." 
 
O Medida do Pulso
Uma importante medição dos efeitos da batida do rock é a sua influência no ritmo do coração,
mesmo sem considerar se o corpo está em movimento ou não. Ann Ekeberg, professora e
pesquisadora da música, envolveu alguns dos seus colegas - professores de música - em
experimentos com seus estudantes. Antes do teste, cada tomada do pulso dos estudantes foi
registrada. Então tocou-se durante 5 minutos um rock pesado. Durante o teste, os estudantes
permaneceram quietos em seus assentos. No final do teste, o pulso foi visto novamente e a
media foi registrada. O resultado mostrou um aumento do pulso de 7-12 por minuto enquanto a
música rock foi tocada.
 
Estas 6 colunas representam a contagem média dos pulsos de todos os participantes da
experiência de Ekeberg. As colunas cinzas representa a média do pulso antes da música rock
ser tocada e as colunas brancas a média do pulso dos estudantes após escutarem a  música
durante 5 minutos.

 
Para testar a validade do resultado de Ekeberg, eu conduzi meu próprio teste com meus
estudantes na Escola Secundária Adventista do Sétimo Dia em Bergen, na Noruega. Nós
gravamos a média do aumento do pulso de 10 batidas por minuto quando os estudantes
escutaram o "Hell's Bells" (Os Sinos do Inferno) pelo grupo AC/DC. Quando tocamos "Air" (Ar) e
Bach, o pulso desceu a 5 batidas por minuto, abaixo da média normal. A diferença de 15 batidas
do coração por minuto é muito significante. É justo acrescentar que usei músicas diferentes.

Importante notar que os estudantes que eram fãs do AC/DC tinham mais fortes respostas do
que aqueles que não gostaram da música. O teste prova que vários tipos de música nos
afectam fisicamente de formas diferentes. O excesso de energia gerado pela batida do rock
causa a aceleração das batidas do coração, mesmo quando a pessoa está sentada. Isto pode
explicar o porquê dos fãs de rock acharem difícil estar sentados, estáticos enquanto escutam
uma música que acelera suas pulsações. A sua energia acumulada reclama algum tipo de
alívio.

O Norueguês professor de música Even Ruud conduziu semelhantes testes sobre os efeitos da
música rock no Instituto de Música de Karajan em Salzburg. Ele descobriu que: "Ritmos
síncopes são especialmente habilitados a causar batidas sistólicas extras (que causam
contracção do coração), batidas que surgem muito cedo. É também possível aumentar a
pulsação por mudanças dinâmicas, como crescendo e decrescendo o ritmo da bateria....
Reacções psicológicas são dependentes do tipo de música que está sendo tocada. Tipos de
música para danças ou marchas tendem a proporcionar respostas com movimentos, enquanto
outras formas parecem causarem mudanças na respiração e pulsação."

Aumento na Produção de Adrenalina 


Roger Liebi, um músico Suíço e especialista em linguagens bíblicas, assegura que a média do
batimento do pulso também aumenta a pressão sanguínea. Como resultado, leva ao aumento
na produção de adrenalina. Este processo é um mecanismo de defesa contra o stress, que
ajuda a manter o corpo em alerta ao aumentar o fluxo sanguíneo nos músculos e facilitar a
entrada de oxigénio.
 
Se o stress (aumento) do pulso continua, como com a intensidade dos concertos de rock, sons
altos e dissonantes, um excessivo montante de adrenalina é produzido, mas que as enzimas do
corpo não poderão dispor. O resultado será algumas mudanças da adrenalina que por sinal
passará a ser outro químico chamado adrenocromo (C 9H9 O3 N). Isto na verdade é uma droga
psicodélica similar ao LSD, mescalina, STP, e psilocibin. Adrenocromo é contudo uma
composição mais fraca que as outras, mas testes mostram que ela cria uma dependência
semelhante às outras drogas. "Não é de admirar quando o público nos concertos de rock ou
discotecas entram em transe ('get high') ou perdem o controle do que fazem."
 
O aumento da secreção dos hormónios causados pela música rock é confirmado por outros
estudos. David Noebel, um médico pesquisador, explica: "Estando sob a influência da música
rock, a secreção de hormónios é mais acentuada... os quais causam um balanço anormal no
sistema do corpo, diminuem o açúcar no sangue, o nível de cálcio e prejudicam o julgamento."
Ele cita pesquisas médicas que indicam que "As frequentes vibrações baixas da guitarra baixo,
em conjunto com a bateria, afectam o fluido cerebrospinal, que por conseguinte afectam a
glândula pituitária, que dirige as secreções dos hormónios do corpo."
 
As reacções humanas à música rock é tão grande que neurologistas têm sido incapazes de
suprir  a resposta física aos ritmos. Experimentos têm sido feitos para dopar cada metade do
cérebro ou várias áreas simultaneamente, mas ainda assim o paciente ainda responde à batida
do ritmo."
 
Efeitos das Luzes
O estímulo rítmico da música rock pode ser intensificado através das luzes intermitentes. Por
exemplo, laser e luzes que piscam continuamente usadas em discotecas e em concertos de
rock intensificam e amplificam a manipulação rítmica. Jean-Paul Regimbal, um pesquisador
Canadense, explica como o fenómeno funciona: "Luzes que mudam suas cores constantemente
e intensidade, reduzem a capacidade de orientação e os reflexos naturais. Quando a mudança
da luz para a escuridão toma lugar seis a oito vezes por segundo o senso de surdez é
seriamente prejudicado. Se isso acontece 26 vezes por segundo as ondas alfa do cérebro
mudam, e a habilidade para se concentrar é enfraquecida. Se a frequência da mudança entre a
luz e a escuridão exceder isto e por último por um considerável período de tempo, o controle
sobre os sentidos poderá cessar completamente. Por esta razão não é exagero afirmar que o
rock combinado com efeitos de luzes resulta em uma inequívoca captura da consciência da
vítima."
 
Um Barulho Ensurdecedor
O volume é o mais importante elemento da música rock. Grande quantidade de equipamento é
necessário para produzir o montante de amplificação em ordem de fazer o impacto físico
desejado. O volume é a marca registrada do rock. Lemmy Kilminster, da popular banda de rock
"Motorhead," disse no programa Hit Parader que seu grupo queria ver "sangue vindo para fora
dos ouvidos de todos, se possível. Nada de perigoso, só o bastante para sabermos que eles
estão se divertindo." Se a música rock tem de ser tocada tão alto para causar a saída de
sangue dos ouvidos das pessoas para assegurar que "eles estão se divertindo," então
dificilmente se poderá dizer que "nada há de perigoso" nisso. Pelo contrário, numerosos estudos
científicos têm mostrado que o alto nível de barulho da música rock pode danificar o corpo de
várias formas.
 
Fabricantes de sistemas de som sabem muito bem dos efeitos que a amplificação do som tem
nas pessoas. Geoffrey Marks, director do Cerwin Vega, um produtor de altifalantes/colunas em
Los Angeles, reconhecem que os testes mostram que a pessoa poderá se tornar excitada
sexualmente quando dançar uma música que esteja nos níveis de volume 100-120 decibéis.
Quando perguntado se a música de discoteca poderá ter um efeito similar, ele disse,
"absolutamente! Se a performance do sistema de som está bem ajustado nós poderemos
manipular isto de maneira que as pessoas se sintam sexualmente estimuladas. Mas o volume
tem de estar bem ajustado. É também importante que o baixo (graves) tenha o efeito correcto.
O baixo é na verdade o que governa e direcciona os nossos sentimentos. Ele penetra o nosso
corpo e interfere nos nervos. Nós temos testado o volume em particular nas pessoas e temos
visto como elas respondem com um rápido estimulo sexual. Parece que eles acham difícil de
resistir. As baixas frequências dos graves têm uma poderosa influência no corpo e emoções."
 
Conclusão 
Investigações científicas têm mostrado que a música afecta o coração, respiração, pressão do
sangue, digestão, balanço hormonal, funcionamento da rede neural do cérebro, ritmos do corpo
humano, atitudes, emoções e sentimentos. A enorme influência da música nos aspectos físico,
mental e emocional do nosso corpo deve ser de grande preocupação para o Cristão que aceita
o compromisso de viver uma vida consagrada sendo como um "sacrifício vivo, santo e aceitável
a Deus" (Rom. 12:1)
 
A constante repetição, batida incessante, e a avalanche de decibéis faz da música rock capaz
de explodir as emoções e a mente. Por danificar o funcionamento da mente, a música rock faz
com que seja impossível uma reflexão honesta da verdade, honestidade, integridade, e mais
que tudo, oferecer um "culto racional" (lógico em Grego). Rom. 12:1. 
 
Sendo a música rock incompatível com o evangelho e a prestação de louvor a Deus e
meditação pessoal para a elevação espiritual, continuaremos indiferentes à música que ouvimos
em nossas casas e igrejas?  

 
 
 Perspectiva da Música Cristã Contemporânea 
 
Acorrente controvérsia nos campos académicos e igrejas sobre o recente estilo de música
adoptada na maioria das igrejas cristãs, tem levado muitos a questionar a legitimidade destas
composições dentro do estilo tradicional sacro. Muitos apontam a questão cultural como sendo
a primordial nesta questão, outros dizem que não existe música que possa influenciar a ligação
pessoal do ser humano com Deus. Outros ainda afirmam que depende de cada um, e que a
música "rock ou contemporânea ritmada" nada influenciará na mente e decisão das pessoas. 

O resultado destas argumentações nem sempre tem sido construtivo levando mesmo muitos
músicos conceituados a nem terem o trabalho de responderem a estas questões, pois elas
parecem nunca ter fim, é algo sem saída devido aos inúmeros conceitos e diferentes opiniões
de cada pessoa. 

Contudo o facto permanece, o mundo cristão está de forma acentuada adoptando a música
Rock em todas as suas formas e em todos os seus estilos, desde o mais pesado Heavy Metal
até à mais romântica e/ou suave composição. Aceitar normas e conceitos de música que o
mundo usa e dizer que tudo é muito natural e que esta prática é inevitável, poderá ser
convincente para aqueles que nunca possuíram a luz que os adventistas possuíram. Tais
posturas poderá convencer aqueles que estão amarrados aos conceitos pagãos e padrões do
mundo, mas não convencerá o verdadeiro Adventista do Sétimo Dia que luta por trilhar o
caminho estreito da santificação.

Os Dez Mandamentos são o mais alto padrão de santidade do ser humano e é defendido e
praticado pelos Adventistas do Sétimo Dia como padrão obrigatório de prova de fé genuína.
Dentro desta perspectiva espiritual como poderemos cantar as mesmas músicas de Babilónia?
Como poderemos usar as mesmas melodias, ritmos, harmonias dos que não conhecem
genuinamente a Deus?

Não teremos inevitavelmente que ter uma mensagem diferente dos que estão nas trevas?
Acreditamos que sim! Então obviamente devemos encontrar respostas para estas questões
acima, não poderemos nos conformar com o ritmo da maré ou opiniões infundadas. 

Infelizmente, hoje, esta questão chegou ao mundo adventista, mas a verdade é que nunca
deveria ter chegado, o que era claro a pouco tempo atrás hoje é ponto de controvérsia, mas
porque?. Será realmente legítimo colocarmos uma letra sacra em uma música pop/mundana?
Acreditamos que não, porque os efeitos da música na mente humana são maiores quando
ouvimos a instrumentação do que quando seguimos a letra. Nós naturalmente ao ouvirmos uma
música poderemos não lembrar a letra, mas repetiremos com assobios as notas com precisão...

E porque não acrescentar que em nossas letras de hinos que tanto cantamos e vendemos
(adventistas), nada há de diferente das letras de outros grupos de outras denominações? O
factor venda, infelizmente não nos permite compor uma letra que fale das doutrinas que nos
diferenciam das outras denominações! Apesar disso ainda muitos afirmam que estamos
passando a mensagem ao mundo, mas que mensagem é essa se nada difere das doutrinas de
outras igrejas?

Se nossa mensagem musical está condicionada a um mercado onde todos se concordam,


então, ou os outros grupos de outras igrejas estão pregando a mensagem adventista de última
advertência ao mundo, ou os grupos adventistas estão pregando a mensagem das outras
igrejas, que nada mais é que: "Jesus te ama e estamos todos salvos," duas frases das mais
lindas, mas que hoje até Satanás as usa para enganar até mesmo os escolhidos de Deus.
A questão crucial da música cantada hoje na igreja adventista estará relacionada
inevitavelmente  com o entendimento dos feitos da música ritmada na mente daquele que
pretende obter uma ligação permanente com as coisas espirituais. Se realmente houver efeitos
da instrumentação usada sobre a mente humana, se for comprovado então poderemos
estabelecer um padrão musical que transporá a barreira da cultura, opinião e gosto pessoal.
Poderemos compor novas músicas que sigam uma linha estritamente sagrada e ao mesmo
tempo bonita. 
 
Nosso desejo é que você possa usufruir de momentos de louvor ouvindo a música que eleva
seus pensamentos a Cristo, ao invés de simplesmente estar gozando de um momento de
descontracção e relaxamento. 
 
Que Deus possa nos ajudar.
Jaime D. Bezerra

 
 
Efeitos da Música Ritmada na Mente Humana 
É a música instrumental algo neutro? 
Pode a instrumentação ritmada (bateria) alterar o pensamento e a reacção nervosa de cada um
de nós? 
Poderá o estilo de música que ouvimos influenciar a nossa relação espiritual com Deus?
(Trechos do livro "The Christian & Rock Music," Dr. Samuele Bacchiocchi)
Este capítulo (8) é desenvolvido pelo músico adventista Tore Sognefest, Norueguês,
músico profissional e pianista. Autor do livro "The Power of Music." 
 
(Nota: O tradutor tentou buscar a melhor expressão para se adequar à intenção do autor,
contudo considere que o autor usou linguagem técnica e que o tradutor não é músico e que
várias expressões musicais não se encontram nos dicionários tradicionais. Qualquer correcção
neste sentido será bem vinda)
Acorrente controvérsia sobre os efeitos da música ritmada/rock é grandemente baseada em
conceitos estéticos, sociais, religiosos, e/ou políticos ao invés de num estudo científico dos
efeitos mentais e físicos no ser humano. Avaliações subjectivas da música podem levantar
controvérsias infinitas, porque elas são baseadas em gostos pessoais e/ou considerações
culturais.

Relembramos a tentativa que Hitler fez para eliminar o "primitivo" Negroids, influências da
música negra, estabelecendo normas para determinar o que constituía a música ideal para o
povo Alemão. Entre outras coisas o Terceiro Reich decretou: "As tão conhecidas composições
de jazz não poderão conter mais do que 10% de síncope. O resto terá de consistir de um natural
e fluente legato completamente vazio de ritmo histérico, tão típicos da música das corridas dos
bárbaros com apelos a instintos tão estranhos à corrida alemã ('riffs')."

É evidente que o Terceiro Reich não foi bem sucedido em eliminar "os ritmos histéricos" porque
em poucos anos, após a queda de Hitler a música rock veio à existência com ritmos mais
pesados do que a batida do jazz. Hoje os efeitos do rock são objecto de crítica de políticos,
pregadores, e analistas sociais, mas também de reconhecidos músicos.

Por exemplo, o bem conhecido Norueguês concertista-pianista Kjell Bekkelund, declarou que:
"A cultura pop representa uma básica mentira humana. Porque apresenta o ser humano sem
problemas e restrições, sonhando com novas conquistas sexuais, carreiras sociais, e aceitação
da sociedade VIP. É culpada da ilimitada degradação da mulher, considerando-a somente como
um objecto sexual. O objectivo da indústria pop em minha opinião, é que parece criar indivíduos
que não precisam pensar."

A Influência da Música
Leis naturais governam a química do corpo e mente bem como os efeitos da música na parte
física e mental. Estas leis têm sido estudadas com experimentos científicos e cuidadosas
observações. Quando se medem os efeitos da música e o estímulo, pesquisadores procuram
por respostas fisiológicas que provem a contagem do pulso e resistência eléctrica da pele. É
lógico, uma experiência expontânea da música envolve muito mais do que uma medida da
resposta física. Contudo, é a presença física do som que influencia nossas reacções.

Muitas pessoas não prestam atenção às leis da música e ignoram o impacto que a música tem
na sua saúde física, social, e mental. Hoje a escolha da música é grandemente determinada
pelo gosto pessoal. Esta orientação reflecte a tendência consumista de nossa sociedade em
que muitas pessoas escolhem para si mesmas sem ponderarem, a "comida barata" que causa
inúmeras desordens psicológicas e físicas, como a falta de concentração e inabilidade para
aprender principalmente entre as crianças e jovens estudantes. A mesma falta de ponderação e
senso crítico é encontrada na atitude da escolha pela música inferior e nociva.

Ondas Sonoras e o Cérebro


Para entendermos os efeitos da música, temos de estar atentos quanto aos processos básicos
que tomam lugar no ouvido perante o som da música. As ondas sonoras (vibrações) ao alcançar
o tímpano do ouvido são transformadas em substâncias químicas e impulsos nervosos que
registram em nossa mente as diferentes qualidades de sons que estamos ouvindo. O que
muitos não sabem é que "as raízes dos nervos acústicos - o nervo do ouvido - são mais
extensamente distribuídas e possuem mais extensas ligações do que qualquer outro em todo o
corpo... (devido ao extenso programa de comunicação) dificilmente haverá uma função do corpo
que não seja afetada pela pulsação e combinação harmónica dos tons musicais." (The Christian
& Rock Music - Um Estudo Bíblico Sobre os Princípios da Música, pág. 237)
 

Em Whashington D.C. em 1944 o The Music Research Foundation, um centro de pesquisas


sobre a música fundado pelo governo americano para tratamento dos veteranos da Segunda
Guerra, fiz uma importante descoberta. Os pesquisadores descobriram que a música registrada
na parte do cérebro que normalmente é estimulada pelas emoções, passa por cima das áreas
centrais que lidam com a inteligência e a razão. Ira Altschuler, um dos pesquisadores, explica
que "música que não depende ou não passa pela área central da razão e que ganha entrada no
organismo, pode ainda elevar-se na forma de tálamo - a área estacionária que reveza todas as
emoções, sensações e sentimentos. Uma vez que este estímulo alcance o tálamo, a área
mestre do cérebro (razão) é automaticamente invadida." (Idem, pág. 238)

O que isto nos diz é que a "música ataca o sistema nervoso directamente," passando a parte
central da razão. Estudos têm revelado que o impacto da música no sistema nervoso e nas
variações emocionais trazidas pelo tálamo directamente ou indirectamente
afectam semelhantes processos cardíacos como, batida do coração, respiração, pressão
sanguínea, digestão, balanço hormonal, e temperamentos e atitudes. Isto ajuda-nos a entender
o porquê da implacável batida do rock afectar tão grandemente a parte física e emocional do
ouvinte.

Música e a produção Hormonal


É muito conhecido o facto de que o sistema endócrino regula não somente as funções dos
órgãos internos, como o coração e os órgãos respiratórios, mas também as glândulas
endócrinas. Estas glândulas são controladas pelo tálamo que é de perto conectado com as
nossas emoções. Mary Griffiths, uma psicóloga, explica que "o hipotálamo controla a excreção
(evacuação) da glândula tiróide, a camada externa da glândula supra renal, e as glândulas
sexuais. Com isto influencia a corrida do metabolismo... bem como a produção de hormonas
sexuais.... o hipotálamo tem um efeito marcante na libertação de respostas autónomas
consequentes do medo, raiva, e outras emoções." (Idem)

Ruud aponta para uma recente pesquisa que prova que a música poderá influenciar o ciclo
mensal da mulher. Um estudo tem também revelado que foi encontrado um aumento de
hormonas lutenizante (LH) enquanto se ouve música. Outros estudos indicam que por causa da
música o ouvinte liberta adrenalina e possivelmente outras hormonas, que também influenciam
a resistencia eléctrica da pele do corpo que, por sinal afectará os governos do corpo e reacções
da pessoa (pág. 239).

Enquanto é verdade que a resposta do ouvinte possa variar com cada indivíduo, tornando com
isso difícil de generalizar seus efeitos, resta o facto de que a indústria da música e o mundo dos
negócios sabem como usar a música para assim criar ou mudar os temperamentos e vender o
seu produto.

Os Efeitos do Ritmo
O cientista russo, Ivan P. Pavlov, conduziu experimentos sobre os efeitos da música nos cães.
Ele publicou os resultados de sua experiência no começo do século. Sua pesquisa contribuiu
significativamente para desenvolver o campo do comportamento psicológico na América. Pavlov
conduziu testes de reflexo nas reacções de cães perante o ritmo. Ele descobriu que quando ele
tocava ritmos rápidos, os seus cães reagiam com excitação; no entanto, ritmos vagarosos
resultava em  efeitos calmos nos cães. Quando exposto aos ritmos sincopáticos, o sistema
nervoso dos cães parecia estar sendo manipulado, e eles pareciam estar confusos e não
sabiam como reagir. Os ritmos assincrónicos fizeram-nos ficar muito confusos, desnorteados...
 
Consonância ou Dissonância ?
Críticos da música rock geralmente apelam aos nocivos efeitos físicos dos ritmos que passam
por cima da letra e da melodia. Eles explicam que uma boa música deveria consistir de uma
combinação e balanço entre cinco elementos diferentes:
 
- Melodia: Tons, timbres arranjados para fazerem uma entoação, melodia.
- Cor do Tom: A qualidade do som produzido pelo instrumento ou voz.
- Harmonia: Reunião e de tons em comum.
- Ritmo: Uma específica divisão de tempo de uma nota ou sílaba num verso e uma medida de
tempo de uma composição musical.
- Tempo: A velocidade do ritmo em que uma canção deve ser tocada ou cantada.
 
Cada um destes cinco elementos consiste de vibrações e/ou ciclos de ritmos. Cada nota vibra
em uma frequência específica. Um meio "A" vibra 440 vezes por segundo. A "cor do tom" é
dependente da combinação das vibrações dos tons secundários inerentes a cada nota. A
harmonia tem a ver com a combinação das notas numa relação vertical. Intervalos como
terceiros, ou sextos parecem ao que escuta como harmónico ou consonante, comparado com
segundos de sétimos que soam discordantes por causa da frequente relação entre as notas.
 
Um perfeito quinto e uma perfeita oitava soa muito harmónico devido à simples matemática
presente em suas relações. Se misturarmos outras notas de frequências  variadas, outras
combinações e qualidades de som parecerão tanto na direcção da consonância como
dissonantes. Expor-se a uma música com ritmos "harmónicos" reforça os ciclos do ritmo do
corpo humano, sincronizando mensagens dos nervos, ganhando assim coordenação, e
harmonizando por fim as sensações e emoções. 
 
Em contraste, expor-se a uma música com ritmos "desarmónicos" seja de um ponto em 'tensão'
causado pela dissonância ou 'ruído' ou de um balanço não natural de ritmos mal acentuados, no
síncope, poli-ritmos, ou inapropriado tempo - pode resultar em variadas mudanças incluindo:
uma alteração da batida do coração em conjunto com a pressão sanguínea; uma excessiva
estimulação de hormonas (especialmente narcóticos ou endorfinas) causando uma alteração de
estado de consciência de uma mera alegria, liberdade, para um estado inconsciente; e digestão
imprópria.
 
A associação do nosso corpo com a música é tão profunda, que num cérebro quase totalmente
entorpecido/anestesiado, neurologistas não puderam suprimir a habilidade rítmica.
Entorpecendo ambos os lados do cérebro, ou muitas regiões de uma vez, ainda deixa o
paciente em condições de contar e ritmar com o pé no tempo certo. Os estudos dos efeitos dos
ritmos "desarmónicos" no corpo humano ajuda-nos a entender melhor o porquê do forte ritmo da
música ligeira (rock) exercer tanta influência hipnótica nas vidas de tantas pessoas hoje.
 
Ritmo Musical e Ritmo Corporal
Música com um forte ritmo causa uma reacção senso-motora no corpo humano. Van de Wall no
seu livro "Music in Hospitals" explica que: "Vibrações de sons que actuam através do sistema
nervoso dão choques em sequência rítmica nos músculos, os quais causam contracções e ao
mesmo tempo colocam em movimento os nossos braços, mãos, pernas e pés. Por causa desta
reacção automática muscular, muitas pessoas fazem alguns movimentos quando escutam
música; para estas ficarem imóveis requeria uma retenção muscular consciente" (Idem, pág.
242).
 
Elementos rítmicos estão definidamente presentes no corpo humano e em outros organismos.
Carole Douglis declara: "Nós somos essencialmente criaturas rítmicas. Tudo, desde o ciclo das
ondas do nosso cérebro às batidas do coração, nosso ciclo digestivo, ciclo do sono, tudo
trabalha com ritmos. Nós somos uma massa de ciclos empilhados um em cima do outro, de
maneira que somos organizados tanto para gerar como para responder ao fenómeno rítmico"
(Idem).
 
Todo o ser humano funciona de acordo com o ritmo do tempo. Isto está parcialmente
relacionado com o ritmo do coração, que tem entre 60 a 120 batidas por minuto. Um pulso
normal tem entre 70 a 80 batidas por minuto. Alguns estudos indicam que pessoas parecem
funcionar melhor quando se associam com pessoas que têm um ritmo "tempo" semelhante. Nós
somos inclinados a reagir desfavoravelmente às pessoas que são muito aceleradas ou muito
vagarosas. (Idem, pág. 243)
 
Este ritmo ou ciclo pode ser observado em todos os níveis da organização biológica. Dentro de
um organismo, os processos parecem que não são só acidentais e controlados por si próprios,
mas também auto amplificados e essenciais para a vida, como as actividades do cérebro, a
batida do coração, e o ciclo respiratório. Todos estes ritmos importantes para a vida estão
sincronizados com outras actividades e cooperam harmoniosamente com todas as outras
funções do corpo. 
 
Problemas ocorrem quando nos intrometemos nos ciclos e ritmos do corpo. Isto é um facto bem
conhecido na medicina. Quando o corpo é exposto a muitos e contínuos estímulos
desarmónicos, vários mecanismos de stress do nosso corpo são postos em estado de alerta. Se
estes mecanismos defensivos são excessivamente solicitados, a harmonia natural do ritmo
biológico é perturbada. Assim causa desarmonia e pode levar ao colapso. A menos que o
balanço seja restaurado, a situação de  stress pode resultar numa desordem patológica
considerável.
 
Pesquisadores têm observado uma ligação entre um distúrbio do ritmo do corpo e semelhantes
doenças como, diabetes, câncer, e indisposição respiratória. Como a maioria dos mecanismos
reguladores são neutros em sua origem, não é surpresa que muitas alterações patológicas
possam também ocorrer nas estruturas neutras. No caso das células do cérebro, esta
"desordem" pode manifestar-se não somente no estado físico dos neurónios mas também na
harmonia do seu funcionamento. Consequentemente, o comportamento do organismo pode se
tornar seriamente afectado. (Idem, pág. 243)
 
O pesquisador David A. Noebel diz que o ritmo da música rock cria uma alta anormalidade de
hormonas sexuaisl e adrenalina e pode causar mudanças nos níveis de açúcar no sangue e
montantes de cálcio no corpo. A partir do momento que o cérebro recebe alimentação do açúcar
do sangue, a sua função diminui quando o açúcar do sangue é dirigido para outras partes do
corpo para estabilizar o balanço hormonal. Neste momento quando insuficiente açúcar do
sangue alcança o cérebro, os julgamentos morais são grandemente afectados ou mesmo
completamente destruídos. Isto é o que acontece quando o ritmo da música rock muda os níveis
de açúcar no sangue do corpo. (Idem Pág. 243)
 

50 Dicas de Ellen G. White Sobre Música


1. O que diz EGW sobre a perversão e o emprego correto da música?  

"A música, muitas vezes, é pervertida para servir a fins maus, e assim se torna uma dos poderes
mais sedutores para a tentação.  Corretamente empregada, porém, é um dom precioso de
Deus, destinado a erguer os pensamentos a coisas altas e nobres, a inspirar e elevar a alma."
(Ed. pág. 166)

2. Mencione 5 dos poderes que a música possui.

"Poder para: (1) subjugar as naturezas rudes e incultas; poder para (2) suscitar pensamentos e
(3) despertar simpatia, para (4) promover a harmonia de ação e (5) banir a tristeza e os maus
pensamentos, os quais destroem o ânimo e debilitam o esforço." (Ed. pág. 167)

3. Que tipo de música deve ser cantado no lar?

"Que haja cântico no lar, de hinos que sejam suaves e puros, e haverá menos palavras de
censura e mais de animação, esperança e alegria." (Ed., pág. 167)

4. Que relação existe entre o canto e a oração como partes do culto?

"Como parte do culto, o canto é um ato de adoração tanto quanto a oração" (Ed., pág. 167)

5. Em que aspecto é a música um dos mais eficientes meios?

"O canto é um dos meios mais eficientes para impressionar o coração com verdades espirituais."
(R.H., 6 de Junho de 1912)

6. O que é capaz de fazer o cântico quando glorifica a Deus?

"Vi que o cântico que glorifica a Deus afasta, com freqüência,  o inimigo e que louvar o Senhor o
derrotaria e nos daria a vitória." (Carta 5, 1850)

7. Como Jesus usava a música?

(1) Para livrar-Se da tentação. (Ev. pág. 498)


(2) Para saudar a luz matinal.

(3) Para alegrar Suas horas de labor.

(4) Para levar alegria celeste ao cansado e ao abatido. (CBV., pág. 52)

(5) Para expressar o contentamento que Lhe ia no coração.

(6) Para Louvar e dar graças a Deus.

(7) Para manter comunhão com o Céu.

(8) Para animar os companheiros que se queixavam da fadiga do trabalho.

(9) Para banir os anjos maus.

"Dir-se-ia que Seu louvor bania os anjos maus e, como incenso, enchia de fragrância o lugar em
que Se achava. O espírito dos ouvintes era afastado de seu terreno exílio, para o lar celestial."
(DTN., pág. 73)

8. Porque que os Israelitas repetiam o cântico junto ao mar durante suas viagens?

Para animar os corações e acender a fé dos viajantes peregrinosAssim, elevavam-se seus


pensamentos acima das provações e dificuldades do caminho; abrandava-se, acalmava-se
aquele espírito inquieto e turbulento; implantavam-se os princípios da verdade na memória; e
fortalecia-se a fé. A ação combinada ensinava ordem e unidade, e o povo era levado a um
contato mais íntimo com Deus e com outros." (Ed., pág. 39)

9. Analise o contraste que há entre o antigo costume e os usos a que muitas vezes é a
música hoje dedicada?

"Fazia-se com que a música servisse a um santo propósito, a fim de erguer os pensamentos
àquilo que é puro, nobre e edificante, e despertar na alma devoção e gratidão para com Deus.
Que contraste entre o antigo costume, e os usos a que muitas vezes é a música hoje dedicada!
Quantos empregam esse dom para exaltar o "eu", em vez de usá-lo para glorificar a Deus!" (PP.
12ª ed., de 1991, pág. 637)

10. O que leva os incautos a se unirem com os amantes do mundo?

"O amor pela música leva os incautos a unir-se com os amantes do mundo nas reuniões de
diversões aonde Deus proibiu a seus filhos irem." (Ibid.)

11. Para que Satanás emprega a música?

Para distrair a mente do dever e da contemplação das coisas eternasAssim aquilo que é uma
grande bênção quando devidamente usado, torna-se um dos mais bem sucedidos  fatores pelos
quais Satanás distrai a mente, do dever e da contemplação das coisas eternas." (Ibid.)

12. Qual deve ser nosso esforço no que diz respeito a nossos cânticos de louvor?

"... Devemos esforçar-nos, em nossos cânticos de louvor, por nos aproximar tanto quanto
possível da harmonia dos coros celestiais (Ibid.)

13. O que ocorre quando cantamos com o espírito e a compreensão?


"Quando seres humanos cantam com o Espírito e a compreensão, músicos celestes apreendem
os acordes e unem-se no cântico de louvor (Testimonies, Vol. 9, págs. 143.)

14. Com que intenção deve-se gastar tempo no cultivo da voz?

"Aquele que nos tem concedido todos os dons que nos capacitam a ser coobreiros com Deus,
espera que Seus servos cultivem suas vozes, a fim de que possam falar e cantar de modo que
todos compreendam. Não é necessário um cântico ruidoso, mas entoação clara, pronúncia
correta e expressão vocal distinta.  Que haja tempo para o cultivo da voz de modo que o louvor
a Deus possa ser entoado em tons claros e suaves, não com aspereza  e estridência que
ofendem o ouvido." (Ibid.)

15. Por que é difícil disciplinar os cantores e mantê-los em forma ordeira?

"Mas às vezes é mais difícil disciplinar os cantores e mantê-los em forma ordeira, do que
desenvolver hábitos de oração e exortação. Muitos querem fazer as coisas à sua maneira. Não
concordam com deliberações, e são impacientes sob a liderança de alguém. No serviço de Deus
se requerem planos bem amadurecidos. O bom senso é coisa excelente no culto do Senhor."
(EV., pág.  505)

16. O que não é música? Quais as duas características do bom cântico?

"Pensam alguns que, quanto mais alto cantarem, tanto mais música fazem; barulho, porém, não
é música. O bom canto é como a melodia dos pássaros - dominado e melodioso." ( EV., pág. 
510)  

17. Qual seria a característica de solos inadequados?

"Tenho ouvido em algumas de nossas igrejas solos que eram de todo inadequados ao culto da
casa do Senhor. As notas longamente puxadas e os sons peculiares, comuns no canto de
óperas, não agradam aos anjos." (Ibid.)

18. Que tipo de cânticos os anjos unem-se a  nós em cantar?

"Eles (os anjos - pois esta nota é continuação da anterior)se deleitam em ouvir os simples
cantos de louvor entoados em tom natural. Os cânticos em que cada palavra é pronunciada
claramente, em tom harmonioso, eis os que eles se unem a nós em cantar. Eles tomam o
estribilho entoado de coração com o Espírito e o entendimento." (EV., págs.  510 e 511)

19. Que tipo de cântico é preferível para os serviços de adoração a Deus?

O canto congregacional. "Nem sempre poucos devem tomar parte no serviço de canto. Tanto
quanto possível que toda a congregação se una em louvor." (Testimonies, vol. 9, pág. 144).  "O
canto não deve ser feito apenas por uns poucos. Todos os presentes devem ser estimulados a
tomar parte no serviço de canto." (EV., pág.  507)

20. Que critérios devem ser usados na escolha do canto para o culto divino?`

(1)  Devemos nos esforçar para aproximar-nos o mais possível da harmonia dos coros celestiais.

(2)  Usar vozes educadas.

(3)  Escolher hinos com música apropriada para a ocasião.


(4)  Melodias alegres, mas solenes.

(5)  Voz modulada, suavizada e dominada.

"A música forma uma parte do culto de Deus nas cortes do alto. Devemos esforçar-nos em
nossos cânticos de louvor, por aproximar-nos o mais possível da harmonia dos coros celeste.
Tenho ficado muitas vezes penalizada ao ouvir vozes não educadas, elevadas ao máximo
diapasão, guinchando positivamente as palavras sagradas de algum hino de louvor. Quão
impróprias essas vozes agudas, estridentes, para o solene e jubiloso culto de Deus! Desejo
tapar os ouvidos, ou fugir do lugar, e regozijo-me ao findar o penoso exercício. Os que fazem do
canto uma parte do culto divino, devem escolher hinos com musica apropriada para a ocasião,
não notas de funeral, porém melodias alegres, e todavia solenes. A voz pode e deve ser
modulada, suavizada e dominada." (EV., págs. 507 e 508)

21. Do que Deus não se agrada (Em termos de música)?

"Vi que todos devem cantar com o espírito e com o entendimento também. Deus não se agrada
de algaravia e desarmonia (dissonância) .  O correto é sempre mais grato que o errado."
(Testimonies, Vol. 1, pág. 146 ;  TS. Vol. 1, pág. 45)

22. Quais os resultados quando o povo de Deus aproxima-se do canto correto,


harmonioso?

Deus é glorificado, a igreja beneficiada e os incrédulos favoravelmente impressionados.

"E quanto mais perto o povo de Deus puder aproximar-se do canto correto, harmonioso, tanto
mais é Ele glorificado, a igreja beneficiada, e os incrédulos favoravelmente impressionados."
(Ibid.)

23. Como eram as músicas executadas na reunião campal de Indiana em 1900 segundo
relatado por Testemunhas oculares?

(1) Acompanhadas por instrumentos musicais tais como: órgão, contrabaixo, rabecas, flautas,
tamborins, cornetas e um grande surdo.

(2)  Muito altas a ponto de não se poder ouvir a voz da congregação ao cantarem.

(3)  São musicas dançantes com letra sagrada.

(4)  Não usavam o hinário que os Adventistas da época usavam.

(5)  Eram ritmadas.

24. Como seriam as músicas imediatamente antes da terminação da Graça? Por que seria
assim?

Com gritos, tambores e dança. Porque os sentidos dos seres racionais ficarão confundidos.

"As coisas que descrevestes como tendo lugar em Indiana o Senhor revelou-me que haviam de
ter lugar imediatamente antes da terminação da graça. Demosntrar-se-á tudo quanto é estranho.
Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão
confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas." (ME. Vol. 2, pág. 36)

25. A quem haveriam de atribuir o tipo de música que ocorria antes da terminação da
Graça?

"E isto será chamado operação do Espírito Santo (Ibid.)

26. Por que métodos o Espírito Santo nunca Se revela?

"O Espírito Santo nunca se revela por tais métodos, em tal balbúrdia de ruído." (Ibid.)

27. Com que intenção Satanás criaria tal tipo de música?

"Isto é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito
da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo." (Ibid.)

28. O que seria melhor do que usar o tipo de música usada na Campal de 1900?

"É melhor nunca ter o culto do Senhor misturado com música do que usar instrumentos músicos
para fazer a obra que, foi-me apresentado em Janeiro último, seria introduzida em nossas
reuniões campais. A verdade para este tempo não necessita nada dessa espécie em sua obra
de converter almas.  Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se
devidamente dirigido, seria uma bênção." (Ibid.)

29. O que Satanás fará da música?

"Essas coisas que aconteceram no passado hão de acorrer no futuro. Satanás fará da música
um laço pela maneira por que é dirigia." (ME. Vol. 2. pág. 38)

30. Como não sermos enganados pelos ardis de Satanás?

Lendo, estudando e dando ouvidos à Palavra de Deus e aos Testemunhos do Espírito de


Profecia.

"Deus convida Seu povo, que tem a luz diante de si na Palavra e nos Testemunhos, a ler e
considerar, e dar ouvidos. Instruções claras e definidas tem sido dadas a fim de todos
entenderem." (Ibid.)

31. Que tipo de música não se ouviam nas Escolas dos Profetas?

Valsas frívolas ou canções petulantes.

"A arte da melodia sagrada era diligentemente cultivada. (na Escola dos Profetas) Não se
ouviam valsas frívolas ou canções petulantes que elogiassem o homem e desviassem de Deus
a atenção; ouviam-se, porém, sagrados e solenes salmos de louvor ao Criador, que
engrandeciam Seu nome e relatavam Suas obras maravilhosas." (FEC.pág. 97)

32. Que tipo de música, e o que havia na espécie de social descrita em CPPE. na pág.
306?

"Tem havido em____________uma espécie de reuniões sociais inteiramente diversas em seu


caráter, reuniões de prazer, que tem sido um opróbrio às nossas instituições e à igreja. Essas
reuniões estimulam o orgulho do vestuário, orgulho da aparência, a satisfação do próprio eu, a
hilaridade e frivolidade. Satanás é recebido como hóspede de honra e toma posse dos que
promovem essas reuniões.

"A visão de que um desses grupos me foi apresentada -  grupo em que se achavam reunidas
pessoas que professavam crer na verdade. Uma delas achava-se a um instrumento de música,
e cantava canções que faziam chorar os anjos da guarda; Havia ruidosa alegria, havia riso
vulgar, abundância de entusiasmo e uma espécie de inspiração; mas a alegria era daquela
espécie que unicamente Satanás é capaz de produzir." (CPPE. pág. 306)

33. Que tipo de música se adequam ao gosto dos jovens?

"Foi-me mostrado que a juventude deve assumir um padrão elevado e fazer da Palavra de Deus
seu conselheiro e sua guia. Solenes responsabilidades repousam sobre os jovens, às quais
consideram levianamente. A apresentação de música em seus lares em vez de conduzir à
santidade e espiritualidade tem sido um meio para afastar as mentes da verdade. Canções
frívolas e música popular do dia parecem adequadas ao seu gosto. Os instrumentos de música
tem tomado o tempo que deveria ser devotado à oração." (Testimonies, vol. 1, págs. 496 e 497)

34. Descreva a atitude dos anjos diante de um grupo de cristãos que cantam músicas e
canções frívolas?

"As coisas eternas tem pouco peso para a juventude. Anjos de Deus choram quando registram
palavras e atos de professos cristãos. Adejam anjos em torno de uma habitação além. Jovens
estão ali reunidos; ouvem-se sons de música em canto e instrumentos. Cristãos acham-se
reunidos nessa casa; mas que é que ouvis?  Um cântico, uma frívola canção, própria para um
salão de baile. Vede, os puros anjos recolhem para si a luz, e os que se acham naquela
habitação são envolvidos pelas trevas. Os anjos afastam-se da cena. Tem a tristeza no
semblante. Vede como choram! Isto vi eu repetidas vezes pelas fileiras dos observadores do
sábado, e especialmente em _____________." (Testimonies vol. 1, pág. 506)

35. O que é música para muitos professos observadores do sábado?

"A música é o ídolo adorado por muitos professos cristãos observadores do Sábado. Satanás
não faz objeções à música, uma vez que a possa tornar um caminho de acesso à mente dos
jovens  (Ibid.)

36. Que tipo de música não se harmoniza com o gosto de jovens cristãos professos?

"Jovens reúnem-se para cantar e, se bem que cristãos professos, desonram freqüentemente a
Deus e sua fé por frívolas conversas e a escolha que fazem da música. A música sagrada não
está em harmonia com seus gostos. Minha atenção foi dirigida aos positivos ensinos da Palavra
de Deus, que haviam sido passados por alto. No juízo todas essas palavras da Inspiração hão
de condenar os que não lhes deram ouvidos." (Ibid.)

37. O que produz as diversões teatrais?

"Entre os mais  perigosos lugares de diversões, acha-se o teatro. Em vez de ser uma escola de
moralidade e virtude, como muitas vezes se pretende, é um verdadeiro foco de imoralidade.
Hábitos viciosos e propensões pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses
entretenimentos. Canções baixas, expressões e atitudes licenciosos depravam a imaginação  e
rebaixam a moralidade. Todo jovem que costuma assistir a essa exibições  se corromperá em
seus princípios. Não há em nosso país influência mais poderosa para envenenar a imaginação,
destruir as impressões religiosas e tirar o gosto pelos prazeres tranqüilos e as realidades sóbrias
da vida, que as diversões teatrais. O amor a essas cenas aumenta a cada condescendência,
assim como o desejo de bebidas intoxicantes se fortalece com seu uso  (CPPE., pág. 302)

38. Como Balão conseguiu trazer o desagrado de Deus sobre os Israelitas?


"...Aconselhou Balaque a proclamar uma festa idólatra em honra a seus deuses, e persuadiria
os israelitas a assistirem-na de modo que se deleitassem com a música, e então, as mais belas
mulheres midianitas seduziriam os israelitas levando-os a transgredir a lei de Deus e a se
corromperem e também influenciariam a sacrificar aos ídolos. Este conselho satânico foi muito
bem sucedido." (Spiritual Gifts, vol. 4, pág. 49)

" Iludidos pela música e dança, e seduzidos pela beleza das vestais gentílicas, romperam sua
fidelidade com Jeová (PP., pág. 479)

39. EGW. Fala de música secular aceitável cantada pelos músicos do navio onde se
encontrava. Que características possuíam?

"Por cerca de uma hora a neblina não se dissipava e o sol não conseguia penetrá-la. Os
músicos (no navio), que deviam desembarcar naquele local, entretinham os impacientes
passageiros com música bem apresentada e bem selecionada. Ela não feria os sentidos como
na noite anterior, mas era suave e realmente gratificante aos sentidos porque era harmoniosa."
(Carta 6b, págs. 2 e 3 . Escrita ao desembarcar na Nova Zelândia em Fevereiro de 1893)

40. A formação musical do irmão "S"se adequava mais a quê?

"O irmão S possui bom conhecimento musical, mas sua formação em música foi do tipo a
adequar-se mais ao palco do que ao solene culto de Deus (Manuscrito 5, 1874)

41. Qual a opinião de EGW, sobre os movimentos corporais na música para o serviço
religioso?

"Movimentos corporais são de pouco proveito. Tudo o que está ligado, de alguma forma, com o
serviço religioso deve ser digno, solene e impressivo....Pode-se dizer o mesmo do canto.
Assumis atitudes não dignas. Podes todo o volume e potência de voz que podeis. Abafais os
acordes mais suaves e as notas de vozes mais harmoniosas que a vossa. Esse movimento
corporal e a voz alta e estridente não faz harmonia àquele que ouvem na terra e aos que ouvem
no Céu (Ibid.)

42. Do que Deus não se agrada em Ministros que professam ser representantes de culto?
Por quê?

"Deus não se agrada quando ministros que professam ser representantes de Cristo,
representam-No tão mal como se fossem arremessar o corpo em atitudes de representação,
gesticulando de modo indigno e vulgar, apresentando movimentos grosseiros e reles. Tudo isso
diverte e despertará a curiosidade daqueles que desejam ver coisas estranhas, empolgantes e
bizarras, mas não elevará a mente e o coração daqueles que as testemunham." (Ibid.)

43. O que não apresenta o côro dos anjos? Por quê?

"O coro dos anjos não apresenta notas estridentes e gesticulações. Seu canto não irrita o
ouvido. É suave e melodioso e flui sem o esforço que eu tenho presenciado. Não é forçado e
estridente exigindo exercícios físicos (Ibid.)

44. Quando há movimentos grosseiros durante o canto o que ocorre com alguns?

"Alguns não conseguem reprimir pensamentos não sagrados e sentimentos de leviandade ao


ver os movimentos grosseiros durante o canto." (Ibid.)

45. A exibição e contorções do corpo, a aparência desagradável da melodia forçada


pareciam tão fora de lugar para onde? O que produziam?

"A exibição e contorções do corpo, a aparência desagradável da melodia forçada pareciam tão
fora de lugar para a casa de Deus,  tão cômicas, que as solenes impressões produzidas nas
mentes foram removidas. Os pensamentos daqueles que crêem na verdade não permanecem
tão elevados como antes do canto." (Ibid.)

46. Por que foi muito difícil tratar com o irmão "S "?

"Tem sido muito difícil lidar com o caso do irmão S.. Ele tem se portado como uma criança
indisciplinada e deseducada. Quando seus atos são questionados, em vez de tomar a
reprovação como uma bênção, ele deixa que seus sentimentos o julguem melhor, torna-se
desencorajado e não faz nada. Se ele não puder fazer tudo como quiser, do seu modo, não
ajudará de modo nenhum (Ibid.)

47. Qual a origem da música?

"A música é de origem celeste. Há grande poder nela." (Ibid.)

48. É suficiente conhecer os rudimentos do canto? Por quê?

"Não é suficiente conhecer os rudimentos do canto; porém, aliado ao conhecimento, deve haver
tal ligação com o Céu que anjos possam cantar através de nós." (Ibid.)

49. O irmão "S" cantava na igreja mas seu canto em realidade era oferecido a quem?

"Tendes cantado mais para os homens do que para Deus (Ibid.)

50. Qual era o árduo trabalho do irmão "S"?

"Tem sido um árduo trabalho para vós superar vossos hábitos naturais e viver uma vida santa e
abnegada." (Ibid.)

Fonte: http://www.iaec2.br/pessoais/jorgemario/musica/ellenwhite.htm 

 
Citações de Ellen G. White sobre a Música na Igreja

1. O PROPÓSITO DA MÚSICA - Fazia-se com que a música servisse a um santo propósito, a


fim de erguer os pensamentos àquilo que é puro, nobre e eficiente, e despertar na alma devoção
e gratidão para com Deus. Que contraste entre o antigo costume, e os usos a que muitas vezes
é a música hoje dedicada! Quantos empregam esse dom para exaltar o "eu", em vez de usa-lo
para glorificar a Deus! O amor pela música leva os incautos a unirem-se com os amantes do
mundo nas reuniões de diversões aonde Deus proibiu a sus filhos irem. Assim aquilo que é uma
grande bênção quando devidamente usado, torna-se um dos mais bem sucedidos fatores pelos
quais Satanás distrai a mente, do dever e da contemplação das coisas eternas.

A música faz parte do culto de Deus, nas cortes celestiais, e devemos esforçar-nos, em nossos
cânticos de louvor, por nos aproximar tanto quanto possível da harmonia dos coros celestiais. O
devido adestramento da voz é um aspecto importante da educação, e não deve ser
negligenciado. O coração deve sentir o espírito do cântico, a fim de dar a esse a expressão
correta. – Patriarcas e Profetas, pág. 594

2. "Guinchando" as palavras sagradas de hinos de louvor - A música forma uma parte do


culto de Deus nas cortes do alto. Devemos esforçar-nos em nossos cânticos de louvor, por
aproximar-nos o mais possível da harmonia dos coros celestes. Tenho ficado muitas vezes
penalizada ao ouvir vozes não educadas, elevadas ao máximo diapasão, guinchando
positivamente as palavras sagradas de algum hino de louvor. Quão impróprio essas vozes
agudas, estridentes, para o solene e jubiloso culto de Deus! Desejo tapar os ouvidos, ou fugir do
lugar, e regozijo-me ao findar o penoso exercício. Os que fazem do canto uma parte do culto
divino, devem escolher hinos com música apropriada para a ocasião, não notas de funeral,
porém melodias alegres e todavia solenes. A voz pode e deve ser modulada, suavizada e
dominada. – Sign of the Times, 22 de junho de 1882 (Evangelismo, pág. 507 e 508)

3. Sem algaravia ou dissonância – Vi que todos devem cantar com o espírito e com o
entendimento também. Deus não se agrada de algaravia (confusão de vozes, vozearia,
algazarra, berreiro) e dissonância (sucessão de sons desarmônicos). O correto é sempre mais
grato que o errado. E quanto mais perto o povo de Deus puder aproximar-se do canto correto,
harmonioso, tanto mais Ele é glorificado, a igreja beneficiada, e os incrédulos favoravelmente
impressionados. – Testemonies, vol. 1, pág. 146 (1857)

4. Uma balbúrdia de ruídos que confundem os sentidos – As coisas que descrevestes como
tendo lugar em Indiana, o Senhor revelou-me que haviam de ter lugar imediatamente antes da
terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores,
música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se poderá
confiar neles quanto a decisões retas. E isto será chamado operação do Espírito Santo. O
Espírito Santo nunca se revela por tais métodos, em tal balbúrdia de ruídos. Isto é uma invenção
de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera,
elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo. É melhor nunca ter culto ao
Senhor misturado com música do que usar instrumentos musicais para fazer a obra que, foi-me
apresentada em janeiro último, seria introduzida em nossas reuniões campais. A verdade para
este tempo não necessita nada dessa espécie em sua obra de converter almas. Uma balbúrdia
de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção.
As forças das instrumentalidades satânicas misturam-se com o alarido e barulho, para se ter um
carnaval, e isto será chamado de operação do Espírito Santo. Nenhuma animação deve ser
dada a tal espécie de culto. – Carta 132, 1900 a S. N. Haskell (Mensagens Escolhidas, vol. 2,
pág. 36 e 37)

4. Música aceitável se não for adequadamente conduzida será uma armadilha de Satanás -
...Satanás opera entre algazarra e confusão de tal música, a qual devidamente dirigida, seria um
louvor e glória para Deus. Ele torna seu efeito qual venenoso aguilhão da serpente. Essas
coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço
pela maneira por que é dirigida. Deus convida o Seu povo, que tem a luz diante de si na Palavra
e nos testemunhos, a ler e considerar, e dar ouvidos. Instruções claras e definidas têm sido
dadas a fim de todos entenderem. Mas a comichão do desejo de dar origem a algo de novo dá
em resultado doutrinas estranhas, e destrói largamente a influência dos que seriam uma força
para o bem, caso mantivessem firme o princípio de sua confiança na verdade que o Senhor lhes
dera. – Carta 132, 1900 a S. N. Haskell (Publicada em Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 37 e
38)

5. Como atingir os que estão lá fora? - Há pessoas que estão prontas para fazer uso de
qualquer coisa estranha, que possam apresentar como surpresa ao povo... nunca devemos
rebaixar o nível da verdade, a fim de obter conversões, mas precisamos elevar o pecador
corrupto à alta norma da lei de Deus. Evangelismo, pág. 137

6. O ritmo - De todos os elementos musicais é o ritmo o que provoca a mais forte reação física.
Os maiores êxitos de Satanás são freqüentemente obtidos pelo seu apelo à natureza física.
Demonstrando atilado conhecimento dos perigos que há neste apelo à juventude, Ellen White
afirmou: "Eles têm um ouvido aguçado para a música, e Satanás sabe qual o órgão excitar,
incitar, absorver e fascina a mente de modo que Cristo não seja desejado. Desvanecem-se os
anseios espirituais da alma por conhecimento divino, por crescimento em graça." Testemonies,
vol. 1 pág. 497. esta é uma forte indicação da maneira pela qual a música pode ser usada em
direta oposição ao plano de Deus. Os estilos "jazz", "rock" e formas híbridas semelhantes são
notórias em criar reações sensuais nas multidões.

7- É necessário estudar - "Mas elevado do que o sumo pensamento humano pode atingir, é o
ideal de Deus para com os seus filhos." – Educação, pág. 18. Os que se esforçam por alcançar
este elevado ideal e os que dirigem as apresentações da juventude acharão orientação através
do piedoso estudo da música com o auxílio do Espírito Santo.

8. O ritmo, segundo a Associação Geral - "Além do problema do ritmo, há outros fatores que
afetam as qualidades espirituais da música":

Tratamento vocal: o estilo estridente comum ao "rock", o estilo insinuante, sentimental, cheio
de sopros ao jeito dos solistas de ‘boate’ e outras distorções da voz humana devem ser
terminantemente evitados.

Tratamento da harmonia – deve-se evitar música saturada com acordes 7a., 9a., 11a., e 13a.
bem como outras sonoridades extravagantes. Estes acordes quando usados com restrição,
produzem beleza, mas usados em excesso desviam a atenção do conteúdo espiritual do texto.

Apresentação pessoal – não deve ter lugar nas apresentações qualquer coisa que chame
indevidamente a atenção para o cantor ou executante, como movimento excessivo e afetado do
corpo, ou traje inadequado.

Volume do som – deve-se ter muito cuidado em evitar excessiva amplificação do som, quer
instrumental, quer vocal. O volume do som deve ser adequado às necessidades espirituais dos
que apresentam a mensagem musical, bem como dos que a recebem. Deve-se selecionar
cuidadosamente os instrumentos cujo som será amplificado.

Apresentação – toda apresentação de música sacra deve ter o objetivo supremo de exaltar a
Cristo, em lugar de exaltar o músico ou promover entretenimento." Associação Geral – IASD ,
1972

9. A Igreja x O mundo- "A missão da igreja é, não copiar o mundo em seu estilo de vida ou
preferência musical mas oferecer-lhe um modelo superior de vida e gosto artístico, que, de
algum modo, reflita a vida e a música do céu." S. J. Schwantes

10. No passado - Nas fronteiras de Canaã, a um passo da Terra Prometida, por conselho de
Balaão, as prostitutas moabitas atraíram os filhos de Deus. "Iludidos pela música e a dança, e
seduzidos pela beleza das vestes gentílicas, romperam sua fidelidade para com Jeová. Unindo-
se-lhes nos folguedos e festins, a condescendência para com o vinho anuviou-lhes os sentidos,
e derrubou as barreiras do domínio próprio. A paixão teve pleno domínio; e havendo
contaminado a consciência pela depravação, forma persuadidos a curvar-se aos ídolos.
Ofereceram sacrifícios sobre os altares gentílicos e participaram dos mais degradantes ritos."
(Patriarcas e Profetas, pág. 479)

11. No final do tempo - Aproximando-nos do final do tempo, ao achar-se o povo de Deus nas
fronteiras da Canaã celestial, Satanás redobrará, como fez antigamente, os seus esforços para
os impedir de entrar na boa terra. Arma suas ciladas a toda alma." (Idem, pág. 483)

12. Como se livrar de Satanás e suas tentações -"Aqueles que não querem ser presa dos
ardis de Satanás devem guardar bem as entradas da alma; devem evitar ler, ver, ou ouvir aquilo
que sugira pensamentos impuros." (Patriarcas e Profetas, pág. 486)

13. Quando Deus hoje observa as tendências da música na Igreja, pendendo para ritmos e
balanços da sensual música fenícia moderna, solenemente ainda diz: "Tenho contra ti que
toleras Jezabel! Apoc. 2:20".

14. Em relação a música, em que o mundo difere de nós e vice-versa? Só na letra das
músicas que cantamos? "... A conformidade aos costumes mundanos converte a igreja ao
mundo; jamais converte o mundo a Cristo" (O Grande Conflito, pág. 512)

15. "Músicas ritmadas e histeria provocada – Eu assisti à reunião campal em setembro de


1900, que se realizou em Municie, onde presenciei em primeira mão o excitamento fanático e as
atividades destas pessoas. Havia numerosos grupos de indivíduos, espalhados pelo
acampamento, ocupados em discutir, e, então, quando os fanáticos conduziram os serviços em
um grande pavilhão, envolveram-se em um alto grau de excitamento pelo uso de instrumentos
musicais tais como: trompetes, flautas, instrumentos de corda, tamborins, um órgão e um grande
surdo. Eles gritavam e cantavam suas músicas ritmadas com o auxílio de instrumentos musicais
até que se tornavam realmente histéricos. Muitas vezes, após essas reuniões matinais, ao se
dirigirem para a tenda-refeitório, eu os vi tremerem completamente como se tivessem contraído
paralisia." – Relatório de Burton Wade a A L. White, 12 de Janeiro de 1962 – Conselhos sobre
Música, pág. 26-27

16. Quando Satanás toma conta – tem havido em .... uma espécie de reuniões sociais
inteiramente diversas em seu caráter, reuniões de prazer, que têm sido um opróbrio às nossas
instituições e à Igreja. Essas reuniões estimulam o orgulho do vestuário, orgulho da aparência, a
satisfação do próprio eu, a hilaridade e frivolidade. Satanás é recebido como hóspede de honra
e toma posse dos que promovem essas reuniões. A visão de um desses grupos me foi
apresentada – grupo em que se achavam reunidas pessoas que professam crer na verdade.
Uma delas achava-se a um instrumento de música, e cantava canções que faziam chorar os
anjos da guarda; Havia ruidosa alegria, havia riso vulgar, abundância de entusiasmo e uma
espécie de inspiração;mas a alegria era daquela espécie que unicamente Satanás é capaz de
produzir. É com entusiasmo e uma absorção de que os que amam a Seus se envergonharão.
Preparam os que deles participam para pensamentos e ações profanos. Tenho motivos para
pensar que alguns dos que tomaram parte naquela cena arrependeram-se sinceramente do
vergonhoso ato. – Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, pág. 306.

17. Os jovens tem uma solene responsabilidade - "...Foi-me mostrado que a juventude deve
assumir um padrão elevado e fazer da Palavra de Deus seu conselheiro e sua guia. Solenes
responsabilidades repousam sobre os jovens, às quais consideram levianamente. A
apresentação de música em seus lares ao invés de conduzir à santidade e espiritualidade tem
sido um meio para afastar as mentes da verdade. Canções frívolas e música popular do dia
parecem adequadas ao seu gosto. Os instrumentos de música têm tomado o tempo que
deveria ser devotado à oração (...) Testemonies, vol 1, págs. 496 e 497".

18. O perigo dos entretenimentos mundanos – não é seguro para os obreiros de Deus tomar
parte em diversões mundanas. Considera-se um dano para os guardadores do sábado
associar-se com o mundo na música. Todavia alguns estão em terreno perigoso. Desse
modo, Satanás leva homens e mulheres a se extraviarem ganhando o controle do inimigo que
não se suspeita dos seus artifícios, e muitos membros da igreja tornam-se mais amantes dos
prazeres do que amantes de Deus – Manuscrito 82, 1900 – Conselhos Sobre Música, pág. 36

19. Não temos tempo para fazermos somente o que nos agrada - "Não temos tempo agora
para gastar em buscar as coisas que agradam unicamente aos sentidos. É preciso íntimo
esquadrinhar do coração. Necessitamos, com lágrimas e confissão partida de um coração
quebrantado, aproximar-nos mais de Deus; e Ele se aproximará de nós. – Review and Herald,
14 de novembro de 1899 (Evangelismo, pág. 510)

20. "Aparelhamento faustoso, ótimo canto e música instrumental na igreja não convidam o coro
angelical a cantar também. À vista de Deus estas coisas são como galhos da figueira infrutífera,
que só mostrava folhas pretensiosas. Cristo espera frutos, princípios de bondade, simpatia e
amor. Estes são os princípios do céu, e quando se revelam na vida de seres humanos, podemos
saber que Cristo, a esperança da glória, está formado em nós. Pode uma congregação ser a
mais pobre da Terra, sem música nem ostentação exterior, mas se ela possuir esses princípios,
os membros poderão cantar, pois o gozo de Cristo está em sua alma, e esses canto podem eles
oferecer como uma oblação a Deus. – Manuscrito 123, 1899 – Conselhos sobre Música, pág.
40)

21. "Qualquer coisa excêntrica no canto deprecia a seriedade e caráter sagrado do serviço
religioso. Movimentos corporais são de pouco proveito. Tudo o que está ligado, de alguma
forma, com o serviço religioso deve ser digno, solene e impressivo. Deus não se agrada quando
ministros que professam ser representantes de Cristo, representam-No tão mal como se fossem
arremessar o corpo em atitudes de representação, gesticulando de modo indigno e vulgar,
apresentando movimentos grosseiros e reles. Tudo isso diverte e despertará a curiosidade
daqueles que desejam ver coisas estranhas, empolgantes e bizarras, mas não elevará a mente
e o coração daqueles que as testemunham. Pode-se dizer o mesmo do canto. Assumis atitudes
não dignas. Pondes todo o volume e potência de voz que podeis. Abafais os acordes mais
suaves e as notas de vozes mais harmoniosas que a vossa. Esse movimento corporal e a voz
alta e estridente não faz harmonia àquele que ouve na Terra e aos que ouvem no Céu. Este
canto é". deficiente e não aceitável a Deus como melodia suave, doce e perfeita. Não há tais
exibições entre os anjos como as que tenho visto algumas vezes em nossos cultos. O coro dos
anjos não apresenta notas estridentes e gesticulações. Seu canto não irrita o ouvido. É suave e
melodioso e flui sem o esforço que eu tenho presenciado. Não é forçado e estridente exigindo
exercícios físicos. (...) A exibição e contorções do corpo, a aparência desagradável da melodia
forçada pareciam tão fora de lugar para a casa de Deus, tão cômicas, que as solenes
impressões produzidas nas mentes foram removidas. Os pensamentos daqueles que crêem na
verdade não permanecem tão elevados como antes do canto." (Conselhos Sobre Música, págs.
44-45)

22. Antes de discordar, pense no que vai fazer - "Sempre houve uma classe que, mostrando-
se embora muito piedosos, ao invés de prosseguir no conhecimento da verdade, fazem consistir
sua religião em procurar algum defeito de caráter ou erro de fé naqueles com quem não
concordam. Tais pessoas são a mão direita de Satanás." (O Grande Conflito, pág. 524,
quadragésima edição 1990)

23. Para quem ainda tem dúvidas, há um caminho - "Apenas um caminho há a seguir, para
quantos desejem sinceramente livrar-se das dúvidas. Em vez de questionar e cavilar com
relação àquilo que não compreendem, atendam à luz que já resplandece sobre eles, e
receberão maior luz. Cumpram todo dever que já se lhes fez claro à compreensão, e estarão
aptos a compreender e cumprir aqueles sobre os quais estão agora em dúvida. Satanás pode
apresentar uma contrafação tão parecida com a verdade, que engane aos que estão dispostos a
ser enganados, aos que desejam excluir a abnegação e o sacrifício exigidos pela verdade;
impossível lhe é, porém, reter sob o seu poder uma só alma que sinceramente deseje conhecer
a verdade, custe o que custar. Cristo é a verdade, e a "luz que alumia a todo o homem que vem
ao mundo." S. João 1:9. O Espírito da verdade foi enviado para guiar os homens em toda a
verdade. E pela autoridade do filho de Deus se acha declarado: "Buscais, e encontrareis." "Se
alguém quiser fazer a vontade dEle, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus." S.
Mateus 7:7; S. João 7:17". (O Grande Conflito, pág. 533, quadragésima edição 1990)

24. "Satanás está bem ciente de que a mais débil alma que permaneça em Cristo é mais que
suficiente para competir com as hostes das trevas, e que, caso ele se revelasse abertamente,
seria enfrentado e vencido. (...) Ninguém, sem oração, se encontra livre de perigo durante um
dia ou uma hora que seja. Especialmente devemos rogar ao Senhor sabedoria para
compreender a Sua Palavra." (O Grande Conflito, pág. 535, quadragésima edição 1990)

25. "A linha de separação entre cristãos professos e ímpios é agora dificilmente
discernida. Os membros da Igreja amam o que o mundo ama, e estão prontos para se unirem a
ele; e Satanás está resolvido a uni-los em um só corpo, ....". (O Grande Conflito, pág. 593,
quadragésima edição 1990)

26. "Satanás se esforça constantemente por atrair a atenção para o homem, em lugar de Deus.
Induz o povo a olhar para os bispos, pastores, professores de teologia, como seus guias, em vez
de examinarem as Escrituras a fim de, por si mesmos, aprenderem seu dever.

Então, dominando o espírito desses dirigentes, pode influenciar as multidões a seu bel-
prazer." (O Grande Conflito, pág. 601, quadragésima edição 1990)

27. "Apesar de achar-se a Bíblia cheia de advertências contra os falsos ensinadores, muitos há
que estão prontos a confiar ao clero a guarda de sua alma. Existem hoje milhares de pessoas
que professam ser religiosas, e no entanto não podem dar outra razão para os pontos de sua fé,
a não ser o haverem sido assim instruídas por seus dirigentes espirituais. Passam pelos ensinos
do Salvador, quase sem os notar, e depositam implícita confiança nas palavras dos ministros.
São, porém, infalíveis os ministros? Como poderemos confiar nossa alma à sua guia, a menos
que saibamos pela Palavra de Deus que são portadores de luz? A falta de coragem moral para
sair da trilha batida do mundo, leva muitos a seguirem as pegadas de homens ilustrados;
e, pela relutância em examinarem por si mesmos, estão-se tornando
desesperançadamente presos nas cadeias do erro. (...) Embora a razão e a consciência
estejam convencidas estas almas iludidas não ousam pensar diferentemente do ministro; e seu
discernimento individual, os interesses eternos, são sacrificados à incredulidade, ao orgulho e
preconceito de outrem.(...) a ignorância não é desculpa para o erro ou pecado, quando há
toda a oportunidade de conhecer a vontade de Deus. Um homem está a viajar, e chega a um
lugar em que há várias estradas, e uma tabuleta indicando aonde cada uma delas leva. Se
desatende à indicação da tabuleta, tomando qualquer caminho que lhe pareça direito, poderá
ser muito sincero, mas encontrar-se-á com toda a probabilidade no caminho errado." (O Grande
Conflito, págs. 602-603, quadragésima edição 1990)

28. "Não basta termos boas intenções; não basta fazermos o que se julga ser direito, ou o
que o ministro diz ser correto. A salvação de nossa alma está em jogo, e devemos examinar
as Escrituras por nós mesmos. Por mais fortes que possam ser nossas convicções, por maior
confiança que tenhamos de que o ministro sabe o que é a verdade, não seja este o nosso
fundamento. Temos um mapa dando todas as indicações do caminho, na jornada em direção ao
Céu, e não devemos estar a conjeturar a respeito de coisa alguma." (O Grande Conflito, pág.
604, quadragésima edição 1990)

29. "Um dos motivos por que muitos teólogos não têm compreensão mais clara da Palavra de
Deus é o cerrarem os olhos às verdades que não desejam praticar. O compreender a verdade
bíblica não depende tanto do vigor do intelecto posto à pesquisa como da singeleza de
propósito, do fervoroso anelo pela justiça." (O Grande Conflito, pág. 605, quadragésima edição
1990)

30. "O ministro que sacrificara a verdade a fim de alcançar o favor dos homens, percebe
agora o caráter e influência de seus ensinos. É evidente que os olhos oniscientes o estiveram
acompanhando enquanto se achava ao púlpito, enquanto andava pelas ruas, enquanto se
confundia com os homens nas várias cenas da vida. Toda emoção da alma, toda linha escrita,
cada palavra pronunciada, todo ato que levava os homens a descansar em um refúgio de
falsidade, esteve a espalhar sementes; e agora, nas infelizes e perdidas almas em redor dele,
contempla a messe." (O Grande Conflito, pág. 660, quadragésima edição 1990)

31."Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do Meu pasto. ...Eis que visitarei
sobre vós a maldade de vossas ações." "Uivai, pastores, e clamai, e rebolai-vos na cinza,
principais do rebanho, porque já se cumpriram os vossos dias para serdes mortos. .... E não
haverá fugida para os pastores, nem salvamento para os principais do rebanho." Jeremias 23: 1
e 2; 25: 34 e 35.

32. "O povo vê que foi iludido. Um acusa ao outro de o ter levado à destruição; todos, porém, se
unem em acumular suas mais amargas condenações contra os ministros. Pastores infiéis
profetizaram coisas agradáveis (...)."(O Grande Conflito, pág. 661, quadragésima edição 1990)

OBS. As citações de O Grande Conflito estão nos capítulos intitulados: "Os Ardis de Satanás",
"O Maior Perigo para o Lar e a Vida" e "Nossa Única Salvaguarda"

E lembrem-se irmãos, em toda a história de Bíblia, não se encontra um só momento em


que a maioria estava com a razão. Não é de parar para pensar?

Compilação de: Nereida Rodrigues, pianista da Igreja Central Salvador

Por Que o Adventista Não Pode Cantar e Dançar Como Davi?


 

Horrorizamo-nos com a idéia de sacrificar criancinhas sobre os braços de ferro em brasa


de algum deus cananita como Moloque, ou em altares a Baal, mas não nos horrorizamos
em abandonar nossas crianças diante de TVs, FMs, e sofisticados "sons" para apreciarem
fantásticos "shows" de música diabólica, desenvolvendo nelas desde cedo um gosto que
as excluirá da vida e da música celestes. Enchemos nossas discotecas de discos, fitas e
vídeos de música popular, religiosa ou não, cujo gosto as levará ao fogo da destruição. -
Dario Araújo

"A crise que o povo de Deus atravessa tem múltiplos aspectos. O estado laodiceano resulta da
falta de interesse no ponto de vista de Deus. A queixa divina no passado era: "O Meu povo não
entende" (Isa.1:3). O entendimento, a compreensão, porém, eram deficientes não porque Deus
não houvesse esclarecido, mas porque o povo não se interessou em aceitar a luz. De tanto
rejeitar a luz divina, o discernimento humano se obscureceu.  

Hoje não é diferente. Em tempo algum da História o povo de Deus teve mais luz sobre todos os
aspectos da vida como atualmente. Esta luz (I TS, 488) Deus concede porque nunca os perigos
que ameaçam a Igreja foram tão grandes. Se somos demasiado carnais para bem discernir tudo
(I Cor. 2 :14, 15), a culpa não é de Deus por não ter esclarecido, mas nossa por estarmos mais
inclinados a prosseguir seguindo nossas próprias idéias, nosso próprio apetite e nosso gosto
pervertido, sem levar em consideração o que Deus diz.
Especificamente no aspecto da música que os adventistas estão praticando, usando e criando
dá-se o mesmo.
 
A situação em certas igrejas e lares se tem tornado tão grave que alguém que ainda tenha
discernimento sente-se incapaz de adorar a Deus e receber benefícios espirituais pela péssima
qualidade de música praticada, ou seja, música "Popular Religiosa" como se fosse "Sacra".
Embora, às vezes, seja apresentada com o nome de Sacra Contemporânea, Música Jovem,
Música Moderna, etc., etc., na realidade não passa de música popular que serve apenas para
reviver a interpretação dos ídolos da música popular dentro da igreja, sem cogitar no que Deus
pensa sobre o assunto.  

Mesmo tendo já a Organização Superior do Movimento Adventista tomado sua posição de


acordo com os princípios divinos das Escrituras e do Espírito de Profecia, ainda há os que se
esforçam para produzir, traduzir, praticar, divulgar e explorar a música popular religiosa. Poucas
pessoas que são responsáveis pela música nas Igrejas, nos Colégios e Seminários Teológicos
têm tido a coragem de tomar posição firme ao lado da música correta, praticada com
discernimento. O resultado é o avanço audacioso e pretensioso de tudo o que destrói a boa
música verdadeiramente sacra" (todo este trecho introdutório foi extraído do Prefácio que
fizemos ao Música na Igreja – Torres).

É bem verdade que quem quer que assuma a posição de firmeza pelos princípios poderá ser
ridicularizado, ou considerado como sendo da "linha dura", "lei seca", "quadrado", "cafona",
"superado", etc. Mas uma coisa é manter a linha correta e outra coisa é não ter linha nenhuma.
É preferível examinar a linha que Deus propõe na Bíblia, nos escritos de E. G. White e no
Manual da Igreja. Isto é o que faremos.  

Quando Lúcifer foi criado, conforme lemos em Ez. 28:12-19, além de uma preciosíssima
cobertura de pedras coloridas e rutilantes engastadas em ouro, foi ele dotado de capacidade
musical, pois tinha "em si seus tambores e pífaros". Som e ritmo, harmoniosamente combinados,
capacitavam-no a ser o dirigente do coral celeste (Espírito de Profecia, págs. 28 e 29).

O fato de ele ser "perfeito em sabedoria e formosura", ou como diz na Bíblia Viva, "Você era
absolutamente perfeito em beleza e sabedoria", indica que a música que ele compunha e
ensaiava co o coral dos anjos era perfeitamente bela, perfeita na forma ou estrutura musical,
perfeita na maneira de interpretar, perfeita em alcançar o objetivos de adoração e auto
realização segundo os padrões divinos.

Infelizmente nós não somos perfeitos para fazer tudo isto Temos, porém, a certeza de que
dentro de pouco tempo poderemos fazê-la no céu, se estivermos com nosso gosto devidamente
preparado Para Satanás não há mais esta esperança após sua queda, pois dele Deus diz:
"Nunca mais serás para sempre". A música que Satanás agora inspira perecerá com ele, mas a
perfeita será eterna.

Evidentemente Adão e Eva aprenderam a cantar com o anjos no Jardim, como já mencionamos
anteriormente. O cunho da perfeição repousava sobre seus cânticos até que o pecado pôs fim
esta perfeição. Compete-nos agora, porém, procurar tornar nosso cânticos tão perfeitos que se
aproximem das harmonias angelicais (PP 637).

Outro lance musical da Bíblia a que queremos chamar atenção é o do povo de Israel cantando
seu júbilo de gratidão a Deus pela espetacular libertação no Mar Vermelho. Tão importante foi
esta criação musical que em Apoc. 15:3 ela reaparece num cenário e ambiente totalmente
diverso, ao lado do "Cântico do Cordeiro". A primeira conclusão a que se chega é a de que
Moisés era poeta e músico de muitos recursos. Tinha formação e instrução musicais. Inspirado,
podia agora produzir uma obra de arte imortal, eterna (PP, 261).

O capítulo 15 de Êxodo prossegue relatando o canto e a dança de Míriam com seu tamborim e
das mulheres que a seguiam. Este costume perdurou ainda durante muitos séculos entre os
hebreus. Com isto, querem hoje alguns justificar a dança social mista, como fazem certas
denominações religiosas após o culto. Não há termo de comparação entre as duas porque "a
primeira tendia à lembrança de Deus, e exaltava Seu santo nome. A última é um ardil de
Satanás para fazer os homens se esquecerem de Deus e O desonrarem" (PP, 760). Outros
querem também justificar o uso de pandeiros e baterias, palmas e gritos, danças e rolação como
manifestação de júbilo religioso na igreja.

Pensemos, porém, no seguinte: Onde Míriam aprendeu este costume? De quem o aprendeu?
Era esta a melhor maneira de alegrar-se perante Jeová e louvá-Lo? Foi dentro de um recinto,
santuário ou igreja?

Tanto Moisés como Míriam estavam familiarizados com a corte egípcia, seus rituais religiosos e
suas festas. Na ocasião ela fez o que sabia: o costume egípcio.

Às vezes pensamos no povo de Israel saindo do Egito (quem sabe mais de 3 milhões), como o
"povo de Deus", todos gente "fina", asseada e educada. Puro engano! Eram imensa massa
humana, heterogênea, ignorante, sem cultura, práticos em fazer tijolos e lidar com barro (quem
já fez tijolos à maneira antiga sabe), grosseiros, sujos e sem higiene, a ponto de Deus ter de
estabelecer por lei para eles o que os gatos fazem por instinto ao enterrarem suas próprias fezes
(Deut. 23:13, 14 ). Moisés tinha que ensinar praticamente tudo a estes que vinham de longa
escravidão. Não é de se admirar que fosse o homem mais manso da terra...

Ao pé do Monte Sinai eles também dançaram, embebedaram-se, comeram e folgaram,


despiram-se e se corromperam numa festa ao Senhor. Deus tolerou e aceitou a primeira dança
junto ao mar, pois não conheciam coisa melhor, mas não deu para tolerar a segunda. O Egito
ainda estava no coração deles.

Nada disto havia na inauguração do templo de Salomão, pois a luz sobre a maneira de adorar a
Jeová era diferente. A Bíblia é clara em mostrar que a luz divina é comunicada gradativamente.
Davi ainda dançou; Salomão já não dançou mais. É claro, pois ele nunca estivera como seu pai
pelas cavernas, fugitivo, desterrado, caçado durante anos. O júbilo de Davi é compreensível. Se
hoje, porém, um adventista fosse dançando pela rua ao se dirigir para a igreja, se não estivesse
embriagado, recomendar-lhe-íamos um exame psiquiátrico e internamento.

O primeiro canto de Moisés foi ao som de pandeiros. O segundo será ao som das harpas de
Deus, e ninguém notará a ausência dos pandeiros nem deles sentirá falta!

A descrição bíblica feita da festa inaugural do templo construído por Salomão é impressionante.
Nada era improvisado como o cântico junto ao Mar Vermelho; ao contrário, tudo planejado,
estudado, ensaiado e executado por pessoas especializadas.

"Os levitas cantares,...vestidos de linho fino, com címbalos e com alaúdes, e com harpas,
estavam em pé para o oriente do altar; e com eles cento e vinte sacerdotes, que tocavam as
trombetas uniformemente, e cantavam para fazer ouvir uma só voz, bendizendo e louvando ao
Senhor; e levantando eles a voz com trombetas, e címbalos, e outros instrumentos músicos,...a
glória do Senhor encheu a casa de Deus" (II Crôn. 5:12-14).

"Aqui está um ideal para todos os coristas e músicos de todos os tempos: que ao ser ouvida a
sua música, a glória do Senhor encha a casa" (Helen G. Grauman - "Música em Minha Bíblia"
CPB, pág. 931).

Imaginemos um grande Templo Adventista com órgão de tubos, orquestra sinfônica, coral,
congregação, cantando com o espírito e o entendimento antífonas de música genuinamente
sacra...

Que antegozo da eternidade...! Ainda assim haveria os que preferissem ouvir alguém de poucos
recursos vocais, quase engolindo o microfone, arrebentando os tímpanos da congregação ao
som de um "play back" de sintetizador, guitarras e baterias com ritmos"modernos"!

Nas fronteiras de Canaã, a um passo da Terra Prometida, por conselho de Balaão, as prostitutas
moabitas atraíram os filhos de Deus.

"Iludidos pela música e a dança, e seduzidos pela beleza das vestais gentílicas, romperam sua
fidelidade para com Jeová. Unindo-se-lhes nos folguedos e festins, a condescendência para com
o vinho anuviou-lhes os sentidos, e derrubou as barreiras do domínio próprio. A paixão teve
pleno domínio; e, havendo contaminado a consciência pela depravação, foram persuadidos a
curvar-se aos ídolos. Ofereceram sacrifícios sobre os altares gentílicos e participaram dos mais
degradantes iitos" (PP, 479).

E tudo começou com o tipo de música. Pior que a irmã White prossegue na pág. 483:

"Aproximando-nos do final do tempo, ao achar-se o povo de Deus nas fronteiras da Canaã


celestial, Satanás redobrará, como fez antigamente, os seus esforços para os impedir de entrar
na boa terra. Arma suas ciladas a toda alma".

E mais adiante, à pág. 486, ela diz:

"Aqueles que não querem ser presa dos ardis de Satanás devem guardar bem as entradas da
alma; devem evitar ler, ver, ou ouvir aquilo que sugira pensamentos impuros", inclusive música
popular, que é o começo do processo.

Os séculos se arrastaram e o povo de Israel continuou em seus altos e baixos. Antes do


cativeiro, porém, Satanás preparou outro assalto. Desta vez na Fenícia. As prostitutas usavam a
música para atrair e seduzir os homens. Em Tiro elas "levavam uma harpa quando andavam
pelas ruas. Isaías compara Tiro a uma tal mulher. A música era usada por essas mulheres como
um dos poderosos meios de sedução. Nestas palavras o profeta compara Tiro durante os
setenta anos de esquecimento prestes a vir, como uma prostituta:

'Tiro será como a canção de uma prostituta.


Toma a harpa, rodeia a cidade,
Ó prostituta entregue ao esquecimento:
Toca bem, canta e repete a ária
Para que haja memória de ti!' Isa. 23:15, 16" (Música em Minha Bíblia, pág. 111).

Lembremo-nos também de que o rei de Tiro foi o símbolo que Deus encontrou para representar
a queda de Lúcifer no Céu, como já vimos (Ez. 28).

As cantoras fenícias, chamadas "dançarinas", tornaram-se as preferidas até no Egito, pois "em
muitos túmulos dos antigos egípcios encontramos representações de moças dançando em
festas particulares ao som de vários instrumentos, de maneira semelhante às modernas
'ghawazee' (dançarinas) ; no entanto, mais licenciosas, com uma ou mais destas dançarinas
apresentando-se em estado de completa nudez, embora na presença de homens e mulheres de
alta posição". Carl Engel, Music of the Most Ancient Nations, págs. 258 e 259 (citado em "Música
em Minha Bíblia", pág. 111).

Por isso o profeta Ezequiel já profetizara: "Eu farei cessar o arruído das tuas cantigas e o som
de tuas harpas não se ouvirá mais" (Ez. 26:13).

As coisas, porém, se complicaram quando se viraram para o lado de Israel. Houve uma princesa
fenícia que foi trazida para ser rainha em Israel, pois Acabe a buscou para ser sua esposa.
Não nos precisamos demorar. Conhecemos a história de Jezabel. Estabeleceu centenas de
profetas da idolatria e alimentava-os oficialmente. Notadamente Deus Se queixava de que Seu
povo O abandonara e seguira a Baal. Jezabel fez que a sensual música das dançarinas fenícias
enfeitiçasse os israelitas; no confronto com Elias no Carmelo, após seu culto agitado de música,
danças e retalhações, os profetas foram finalmente massacrados. Jezabel quis matar a Elias
mas não conseguiu. Mandou matar de maneira pérfida e vergonhosa um homem honesto
chamado Nabote para dar sua propriedade como presente ao rei fantoche. Quando Jeú chegou
para acabar com a família real, ela ainda foi capaz de se pintar em volta dos olhos como uma
prostituta para tentar seduzi-lo. Da janela elevada ela foi precipitada e esborrachou-se no chão.
Os cães a devoraram.

Jezabel e o culto a Baal provocaram as maiores reações de Deus. Com o correr dos anos a
influência de tal música continuou na vida dos israelitas. Não tardou para que o gosto por este
tipo de música estivesse desenvolvido e, como passo natural seguinte, passaram a misturar a
música do Templo, da adoração com esta música profana. Deus não podia tolerar um culto
agitado, estimulado por música agitada e danças que abriam as portas à prostituição sagrada e
oficializada. Quando Deus ouviu no Seu próprio culto os sagrados e solenes salmos
desvirtuados e misturados com a sensual música fenícia, como moldura musical para sacrifícios
formalísticos, mandou da pequena vila de Tecoa o profeta Amós sacudir Israel com a vibrante
mensagem que lemos no cap. 5:23 "Afasta de Mim o estrépito dos teus cânticos porque não
ouvirei as melodias dos teus instrumentos". A Bíblia Viva parafraseia assim:

"Acabem com esse barulho das suas canções; eles são um barulho que incomoda meus
ouvidos. Não ouvirei suas músicas, por mais belas que sejam".

Quando Deus hoje observa as tendências da música na Igreja, pendendo para ritmos e balanços
da sensual música fenícia moderna, solenemente ainda diz: "Tenho contra ti que toleras
Jezabel" Apoc. 2:20. Por mais que vocês gostem da mistura do sacro com o profano, por mais
discos, fitas e "play-backs" que vocês gravem, por mais que vocês explorem essa música
popular religiosa e montem negócios de milhões, por mais que vocês apreciem embriagar-se
com ela, seja na língua que for, por mais "bacana" e "legal" que vocês achem que ela seja, não
a ouvirei." Tirem estas coisas daqui"! João 2:16 (Bíblia Viva). - Dario Pires de Araújo. Texto
extraído do livro Música, Adventismo e Eternidade, págs. 32-38.

Três Visões da Sra. White Sobre Música

Há pessoas que não entendem facilmente linguagem simbólica, como "os frutos da oferta de
Caim", "o fogo estranho de Nadabe e Abiú", nem linguagem indireta e branda, repassada de
eufemismos. Deus sabe que existem mentes assim. De forma que, para que estas pessoas
também sejam despertadas, Ele envia Seus mensageiros com linguagem direta, vibrante, clara,
e, às vezes, contundente para salvar a todos, ou pelo menos o maior número possível. Mostra o
perigo em forma de visões a Seus profetas e estes as transmitem para benefício da Igreja.

1ª Visão

Comecemos com a visão publicada no livro Mensagens aos Jovens, págs. 295 e 296, extraída
de Testimonies, vol. 1, pág. 506.

"Adejam anjos em torno de uma habitação além. Jovens estão ali reunidos; ouvem-se sons de
música em canto e instrumentos. Cristãos acham-se reunidos nessa casa; mas que é que ouvis?
Um cântico, uma frívola canção, própria para o salão de baile. Vede os puros anjos recolhem
para si a luz, e os que se acham naquela habitação são envolvidos pelas trevas. Os anjos
afastam-se da cena. Têm a tristeza no semblante. Vede como choram!

"Isto vi eu repetidamente pelas fileiras dos observadores do sábado, e especialmente em


____________. A música têm ocupado as horas que deviam ser devotadas à oração. A música
é o ídolo adorado por muitos professos cristãos observadores do sábado. Satanás não faz
objeções à música, uma vez que a possa tornar um caminho de acesso à mente dos jovens.
Tudo quanto desviar a mente de Deus, e empregar o tempo que devia ser votado a Seu serviço,
serve a fins do inimigo. Ele opera através dos meios que mais forte influência exerçam para
manter o maior número possível numa aprazível absorção (agradável enfatuação), enquanto se
acham paralisados por seu poder. Quando empregada para bons fins, a música é uma bênção;
mas é muitas vezes usada como um dos mais atrativos instrumentos de Satanás para enredar
almas. Quando mal empregada, leva os não consagrados ao orgulho, à vaidade, à estultícia.
Quando se lhe permite tomar o lugar da devoção e da prece, é uma terrível maldição. Jovens
reúnem-se para cantar e, se bem que cristãos professos, desonram freqüentemente a Deus e
sua fé por frívolas conversas e a escolha que fazem da música. A música sacra não está em
harmonia com seus gostos. Minha atenção foi dirigida aos positivos ensinos da Palavra de Deus,
que haviam sido passados por alto. No juízo todas essas palavras da Inspiração hão de
condenar os que lhes não deram ouvidos."

A expressão: "Isto vi eu repetidamente pelas fileiras dos observadores do sábado" mostra a


insistência de Deus em chamar a atenção dos Adventistas do 7º Dia para o perigo que os jovens
correm. Este perigo é enorme, pois no vol. II dos Testemunhos, pág. 144 ela pergunta:

"Como posso eu suportar a idéia de que a maioria da juventude nesta época vai perder a vida
eterna? Qh, se o som dos instrumentos de música cessasse, e os jovens não esbanjassem tanto
seu precioso tempo em agradar suas próprias fantasias e caprichos." E os testemunhos são
para a Igreja.

Além de deduzirmos que a maioria da juventude adventista neste tempo vai perder a vida
eterna, podemos também saber que a causa disto está relacionada com música. Estes
instrumentos de música não podem ser os que ela recomenda que sejam usados na igreja, nos
cultos e reuniões campais habilmente tocados (Test. lV, págs. 62, 71; vol. IX, págs. 143 e 144).
Devem ser instrumentos e músicas dos quais ela mesma escreve em Test. vol. 1, pág. 497:

"A introdução da música em seus lares, em vez de estimular para a santidade e espiritualidade,
tem sido o meio para distrair suas mentes da verdade. As canções frívolas e as músicas
populares de hoje parecem agradar seus corações."

As expressões "canções frívolas" e "músicas populares de hoje" revelam o tipo de instrumentos


e de música, numa época em que o "jazz" começava a se generalizar.

Também podemos saber que, quando no lar dos adventistas soa música popular, terão que
ouvi-la sozinhos, pois os anjos de Deus se retiram dali com lágrimas. E pior ainda, essa música
"é o ídolo adorado por muitos professos cristãos observadores do sábado".

Depois de termos esclarecido em capítulo anterior os efeitos físicos e psicológicos da música


através do tálamo, compreendemos melhor como Satanás pode usar a música popular como
meio, ou canal de acesso para o controle da mente. Enquanto as pessoas ficam numa "aprazível
absorção," agradável enfatuação, acham-se "paralisadas por seu poder." Não é de se estranhar
a debilidade espiritual da juventude.

É importantíssimo notar que Satanás sabe de todos estes efeitos que a música tem sobre o
indivíduo. Por isso é que a irmã White, em Test. vol. 1, pág. 496, se refere às mentes dos jovens
cheias de tolices e insensatez, e continua: "Possuíam ouvido afinado para a música, e Satanás
sabia que órgão excitar para estimular, controlar e fascinar a mente, de tal maneira que Cristo
não fosse desejado". Como Deus é bom em revelar de antemão todas estas coisas, mesmo
antes das descobertas científicas! Só não vê quem não quer!

Este estado laodiceano é sintoma de gosto pervertido e discernimento cegado. "A música sacra
não está em harmonia com seus gostos."

Se lhes for permitido, trarão música a seu gosto para dentro da igreja sem perceber a
profanação que levam a efeito. Pode até ser que alguns dos que estão à plataforma, bem como
da congregação, no final da apresentação digam "amém", quando os anjos e a presença de
Deus já se foram há muito...

Por que trazer música popular religiosa para os lares e para as igrejas?

Se Deus for a fonte da música popular, será culpado de a maioria da juventude se perder. A
música sacra e a popular não podem ter a mesma origem. Música sacra é instrumento de
salvação; música popular é a causa de a maioria da juventude adventista se perder, se persistir
neste tempo no erro, pois "no juízo todas essas palavras da Inspiração hão de condenar os que
lhes não deram ouvidos."

2ª Visão

A segunda visão que analisaremos está publicada em Mensagens Escolhidas, vol. II, págs. 36-
38.

"As coisas que descrevestes como tendo lugar em Indiana, o Senhor revelou-me que haviam de
ter lugar imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho.
Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão
confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isto será chamado
operação do Espírito Santo."

"O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos, em tal balbúrdia e ruído. Isto é uma
invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura,
sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo. É melhor nunca ter o
culto misturado com música do que usar instrumentos músicos para fazer a obra que, foi-me
apresentado em janeiro último, seria introduzida em nossas reuniões campais.

"A verdade para este tempo não necessita nada dessa espécie em sua obra de converter almas.
Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido,
seria uma bênção. As forças das agências satânicas misturam-se com o alarido e barulho, para
ter um carnaval, e isto é chamado de operação do Espírito Santo"...

"Nenhuma animação deve ser dada a tal espécie de culto. A mesma espécie de influência se
introduziu depois da passagem do tempo em 1844. Os homens ficaram excitados, e eram
trabalhados por um poder que pensavam ser o poder de Deus"...

"Não entrarei em toda a penosa história; é demasiado. Mas em janeiro último o Senhor mostrou-
me que seriam introduzidos em nossas reuniões campais teorias e métodos errôneos, e que a
história do passado se repetiria. Senti-me grandemente aflita. Fui instruída a dizer que, nessas
demonstrações, acham-se presentes demônios em forma de homens, trabalhando com todo o
engenho que Satanás pode empregar para tornar a verdade desagradável às pessoas sensatas;
que o inimigo estava procurando arranjar as coisas de maneira que as reuniões campais, que
têm sido o meio de levar a verdade da terceira mensagem angélica perante as multidões, venha
a perder sua força e influência"...

"O Espírito Santo nada tem que ver com tal confusão de ruído e multidão de sons como me
foram apresentadas em janeiro último. Satanás opera entre a algazarra e a confusão de tal
música, a qual, devidamente dirigida, seria um louvor e glória para Deus. Ele torna seu efeito
qual venenoso aguilhão de serpente."

"Essas coisas que aconteceram no passado hão de acontecer no futuro. Satanás fará da música
um laço pela maneira por que é dirigida. Deus convida a Seu povo, que tem a luz diante de si na
Palavra e nos Testemunhos, a ler e considerar, e dar ouvidos. Instruções claras e definidas têm
sido dadas a fim de todos entenderem. Mas a comichão do desejo de dar origem a algo de novo
dá em resultado doutrinas estranhas, e destrói largamente a influência dos que seriam uma força
para o bem, caso mantivessem firme o princípio de sua confiança na verdade que o Senhor lhes
dera".

Escatologia é o estudo dos acontecimentos finais da História Universal. Esta visão se refere a
este tempo pois diz: "imediatamente antes da terminação da graça", e todo adventista sabe o
que siginifica "fechar-se a porta da graça". As expressões "nossas reuniões campais", e "tal
espécie de culto" deixa bem claro que são as grandes concentrações e os cultos da Igreja
Adventista do 7º Dia hoje, repetindo algo que aconteceu na época do surgimento da Igreja, aliás,
uma "penosa história".

Outra verdade que ressalta é que perante Deus é melhor um culto sem música, do que tê-lo com
música que não presta.

É bastante forte a expressão: "para ter um carnaval", quando se trata de confusão entre
"operação do Espírito Santo" e "forças das agências satânicas" no alarido e barulho, com
tambores, música e dança (note-se que naquele tempo ainda não se usava o termo "bateria"),
confusão de ruídos e multidão de sons, uma verdadeira "algazarra". É nesta "tal música" que
Satanás opera e nada tem que ver com o Espírito Santo.

Deus quer que a mensagem do terceiro anjo "se destaque em pureza (pág. 37). Voltaremos ao
assunto para esclarecer o que é hino puro, mas o que está errado e condenável nesta
apresentação não é o hino, e sim a maneira de como é conduzido. Se a maneira de executar
fosse o próprio hino, "seria um louvor e glória a Deus", mas como precisava haver um "arranjo
novo", "moderno", com "gosto de juventude" (transviada), torna-se um "laço", uma armadilha do
inimigo. Dizer que esta estratégia satânica é evangelística, ou que se trata de diferenças
culturais é pura ignorância ou racionalização. Dizer-se que o panorama das nossas
apresentações de conjuntos e amplificadores ainda não chegou a ser exatamente o que a visão
revelou é querer esquecer que o processo leva para lá.

"O Senhor mostrou-me que... a história do passado se repetiria", e "hão de ocorrer no futuro" são
expressões que explicam bem a razão de termos começado este livro da maneira como o
fizemos.

Esta "comichão do desejo de dar origem a algo de novo" nunca deu coisa boa em música sacra
porque, para os caçadores de novidades, o Espírito Santo já é velho e ultrapassado por ter
inspirado alguém há 50, 100 ou 200 anos.

"Instruções claras e definidas têm sido dadas a fim de todos entenderem", isentando a Deus da
responsabilidade e dos resultados da insistência de Laodicéia em usar música popular religiosa
nos Congressos J.A., Festivais, Concentrações e reuniões da Igreja.

Há pessoas que estão apreensivas, orando em favor dos nossos grandes e pequenos
evangelistas, a fim de que entendam que "a conformidade aos costumes mundanos converte a
igreja ao mundo; jamais converte o mundo a Cristo" (O Grande Conflito, pág. 512); e isto inclui
os costumes mundanos no cantar.

Podemos estar certos e seguros de que quanto mais música "rockenta", sacudida, "relinchante"
(como dizia o Prof. Ritter), popularizada à moda do mundo, loucamente amplificada em nossas
reuniões, mais se aproxima o encerramento da graça.

3ª Visão

Por fim analisaremos a visão publicada em Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 45, dentro do
capítulo "Sê Zeloso e Arrepende-te", o apelo especifico para a sétima igreja, ou seja, o povo
remanescente.

Entre outros assuntos, aparece o ideal para nossa música sacra, na descrição da Serva do
Senhor.

"Vi que todos devem cantar com o Espírito e com o entendimento também. Deus não se agrada
de algaravia e desarmonia. O certo é-Lhe sempre mais aprazível que o errado. E quanto mais
perto puder chegar o povo de Deus do canto correto, harmonioso, tanto mais será Ele
glorificado, a igreja beneficiada e os incrédulos impressionados favoravelmente".

"Foi-me mostrada a ordem, a perfeita ordem do Céu, e senti-me arrebatada ao escutar a música
perfeita que ali há. Depois de sair da visão, o canto aqui me soou muito áspero e dissonante. Vi
grupos de anjos que se achavam dispostos em quadrado, tendo cada um uma harpa de ouro.
Na extremidade inferior dela havia um dispositivo para virar, afinar e fixar a harpa, ou mudar os
tons. Seus dedos não corriam pelas cordas descuidosamente, mas faziam vibrar diferentes
cordas para produzir diferentes acordes. Há um anjo que dirige sempre, o qual toca primeiro a
harpa a fim de dar o tom, depois todos se juntam na majestosa e perfeita música do Céu. Ela é
indescritível. É melodia celestial, enquanto cada semblante reflete a imagem de Jesus,
irradiando glória indizível."

Esta mesma música ela descreve em Testimonies, vol. 1, pág. 181, nos seguintes termos:

"Disse o anjo: 'Escutai!' Logo ouvi uma voz que soou como se fossem muitos instrumentos
musicais, todos em perfeita afinação, doce e harmoniosa. Esta sobrepujou qualquer música que
eu tinha ouvido. Pareceu ser tão cheia de misericórdia, compaixão, elevação e alegria santa,
que fez estremecer todo o meu ser."

Ao ler estas descrições, fica-se com vontade de chorar. Chorar de alegria porque logo
poderemos estar desfrutando de tal beleza; de tristeza porque Laodicéia parece que está tão
longe do ideal, e pior que isto, fazendo força para se distanciar do "canto correto, harmonioso".

"Cantar com o espírito e o entendimento" não é só pensar nas palavras, mas também com um
tipo de música ou canto que o Espírito Santo possa tornar aceitável diante de Deus por Seus
gemidos inexprimíveis (Rom. 8:26,27), ou, poderíamos dizer, "cânticos inexprimíveis". De acordo
com a luz que temos, fazendo o nosso melhor, ainda assim nossas vozes de lata e de taquara
rachada estão demasiado longe da perfeição e santidade aceitáveis. É necessária a "tradução"
do Espírito e mais a intercessão de Cristo para que Deus possa ouvir e aceitar.

Quando nesta descrição aparecem os termos "melodia celestial, divina", "harmonioso", "ordem",
em oposição aos termos "áspero e dissonante", o assunto está tocando nos fundamentos da
arte musical. Lá no céu a música é arte que combina os sons de maneira ordenada nos
elementos básicos de melodia, harmonia, ritmo e forma musical. A "harmonia dissonante", que
explora sem resolução os intervalos de 7ª, 9a, etc., como a arte moderna o faz, e como se faz
nas músicas de boate, é estranha à música do Céu. Nada adianta a qualquer músico hoje insistir
em que sua formação seja de modernismo harmônico dissonante; diante da música do Céu não
é formação, e sim, deformação. O assunto é tão claro que, para não se chegar a tais
conclusões, é preciso ser mal intencionado.

Outro ponto importante é que os instrumentos e vozes são afinados. "Perfeita afinação" por um
diapasão básico, dado por quem dirige, tudo torna a música celeste mais familiar com o que
tentamos praticar na Terra.

A música celeste "é indescritível". Podemos, pois, esperar que nada no mundo, atualmente, se
lhe iguale. Entretanto deve haver um tipo de composição aqui que, mesmo de longe se pareça
mais com ela.

Fiquei, certa vez, muito curioso quando soube que a irmã White mantinha sempre à vista, num
porta-retrato, uma gravura do perfil de Jesus que, segundo sua impressão, era o mais parecido
semblante que ela havia visto ao Jesus de suas visões. Quando vi um diapositivo deste
quadrinho, fiquei deslumbrado. Achei-o belíssimo. Pena que em matéria de música, ou porque
não tinha muito conhecimento da literatura musical do mundo, ou por alguma outra razão, ela
não tenha dito que gostava de certa música porque a fazia lembrar um pouco, de longe, a
música do Céu. Se ela tivesse feito isto, eu faria uma seleção musical de todas as peças ou
hinos que existem no mesmo estilo, na mesma construção, que produzissem efeito semelhante,
e passaria a ouvi-las constantemente para já ir afinando meu gosto com a música angélica. Mas
parece que a intenção divina também não era essa. Parece que Deus confia na capacidade do
ser humano de compreender Suas orientações, e espera que mostre boa vontade e interesse
para isso.

Enfim, o aprimoramento musical dos adventistas é um processo que está ligado ao reflexo da
"imagem de Jesus". Quanto mais semelhante formos a Ele, mais semelhante será nossa música
à celeste. Nosso gosto pela verdadeira música sacra aumentará, e as músicas nocivas à nossa
espiritualidade desaparecerão. -- Dario Pires de Araújo. Texto extraído do livro Música,
Adventismo e Eternidade, págs. 48-55.

Biblioteca Particular Marcelo Carvalho  Julho 2006

Você também pode gostar