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DO

TAN
VOL

SERMÃO
Introdução

O assunto da segunda vinda de Cristo ocorre repetidas vezes nas escrituras sagradas,
não é apenas mais uma especulação controvertida sobre o fim do mundo. Este dia é aguardado
como um acontecimento decisivo da história, com mudanças tanto em nível sociopolítico
quanto cósmico, encerrando a história deste mundo e iniciando uma nova criação. É importante
entender que o fim não vem como consequências de males políticos, sociais ou morais, ocorre
porque Deus vem.

Proibido estacionar

“Levantai-vos e andai, porque não será aqui o vosso descanso; por causa da corrupção
que destrói, sim, que destrói grandemente.”[ARC]

Nas palavras do profeta “levantai-vos e andai”, não é uma exortação aos filhos de Deus
a que saiam do mundo perverso, como muitas vezes se interpreta, embora aquele sentimento
está na escritura. A atenção dos israelitas teria que estar focada na terra de Canaã, a terra em
que se encontravam, fora designada para a sua peregrinação, mas não como porção, aquelas
terras indubitavelmente não era o lar de Israel. Os imperativos expressam a certeza do futuro
evento predito, pós que Canaã foi designada para ser um repouso a Israel após as suas fadigas
no deserto.

Este mundo é nossa passagem, mas não a nossa porção, nosso endereço, mas não a
nossa morada.

Por que estacionamos?

Quando não entendemos o propósito da peregrinação, ou quando perdemos a direção,


somos facilmente influenciados. O povo de Israel é um exemplo claro de estacionar diante de
um propósito. Moisés escreveu: “Então, partiram no monte Hor, pelo caminho do mar
vermelho, a redor da terra de Edom, porém o povo tornou-se impaciente no caminho” Num.
21:4

A caminhada parecia longa e difícil, sofriam cansaço e sede, ocupando-se


continuamente com o lado tenebroso da sua experiência. Apenas o Rio Jordão se achava entre
eles e a terra prometida. Os israelitas acamparam-se no vale de Sitim.

Você pode perguntar: qual era o propósito? E porquê eles estacionaram?

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Em Patriarcas e Profetas, pág. 331, Ellen White escreveu: “Foi ali (Em Sitim) que os
israelitas acamparam-se, e nos bosques de acácia ao lado do rio, encontram um agradável
retiro”

O propósito do povo era a conquista de Canaã, eles estacionaram porque encontraram


um lugar aparentemente agradável, um lugar de repouso, entretanto não era ali o seu repouso,
o Senhor estava preocupado em instruir o povo no deserto, antes mesmos de puderem
conquistar Canaã. “Entre aquele atrativo ambiente encontraram um mal mais cruel que
poderosos exércitos de homens armados. Aquele território tão rico em vantagens naturais tinha
sito contaminado pelos seus habitantes”.

O contexto nos mostra, que no culto público a baal, a principal divindade, levava-se
constantemente a efeito as cenas mais degradantes e iníquas. De todos os lados havia lugares
que eram notados pela idolatria e licenciosidade, oferecendo os seus próprios nomes a sugestão
de vileza e corrupção do povo. Esse ambiente certamente exercia uma influência corruptora
sobre os israelitas. Terríveis foram as consequências para os israelitas por estacionar em terras
encantadas. Eles perderam o privilégio de conquistar Canaã.

O que significa estacionar?

Estacionar pode significar: deixar de buscar a Deus por meio de oração e estudo da sua
palavra, deixar de evangelizar, deixar de devolver o dízimo e oferta ao Senhor. Não podemos
estacionar em territórios proibidos durante a peregrinação, não devemos nos acomodar. Sitim
não era o lugar de repouso para Israel. “Não vos conformeis com este mundo” é a mensagem
de Paulo aos Romanos.

Jesus está voltando

Ao nos aproximarmos do fim, estando o povo de Deus nas fronteiras de Canaã celestial,
Satanás redobrará, como fez antigamente, os seus esforços para não entendermos o tempo em
que vivemos. O nosso senhor Jesus vem, portanto, para finalizar a obra de redenção da qual a
sua ressurreição foi uma garantia. Cristo confirmou a certeza do segundo advento, “Virei outra
vez” João 14:1. A ressurreição e ascensão de Cristo apontam claramente para o seu retorno.

Como será a vinda do Senhor?

Essa vinda é anunciada como algo culminante. Os profetas apresentam essa vinda como
dia de escuridão e densas trevas, dia de ira e indignação, dia de angústia e alvoroço. Joel 2:2.
Esse dia não constitui um acontecimento localizado da qual se pode escapar, mas todo o planeta
será afetado pela vinda do Senhor. Isaías 2:12-19. A crescente onda de imoralidade anunciam
essa vinda. Essa vindo terá propósitos, ela será súbita, cataclísmica, isso exigirá dos fiéeis
vigilância, precisamos compreender os sinais e tomar decisões. Não podes desviar agora do
propósito como fez Israel

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Por que Jesus voltará?

Jesus voltará para completar a sua obra de redenção. Observe como está o nosso mundo,
condições económicas são frágeis, desastres naturais crescem e se intensificam trazendo
destruição, mudanças sociais estão desafiando a verdadeira palavra de Deus, o ecumenismo
está rapidamente crescendo trazendo uma influência centralizadora falsa, não bíblica sobre a
sociedade. E nós ainda estamos aqui. Mas Deus está nos dizendo, “levai-vos e andai” aqui não
é nosso repouso. Deus quer que sejamos testemunhas poderosas da maravilhosa mensagem de
Cristo. Muito em breve Jesus retornará para o seu povo.

Forte motivação para o evangelismo

A esperança no segundo advento de Cristo deve nos lembrar da nossa missão como sal
da terra e luz do mundo. Ansiemos pelo retorno de Jesus. Mas porquê ainda estamos aqui?
Aqui não é nosso lar, não temos aqui uma cidade permanente. A convicção de que Jesus está
voltando, oferece não somente a qualidade de vida diária dos crentes, mas também oferece
forte motivação para o evangelismo. “Não advertir o mundo significa ser culpado de omissão
de socorro a pessoas em perigo” O evangelho deve ser pregado a todo o mundo.

Conclusão

Nós estamos numa jornada rumo ao céu, devemos avançar e não recuar, estamos quase
ao lar. Portanto, temos de estar preparados para o retorno de Cristo. Não é aqui o nosso repouso,
é proibido estacionar aqui. O fim não é uma questão para amanhã, mas um chamado para hoje.
É proibido estacionar, Jesus está voltando em breve. Que conforto que certeza, que paz! A
justiça divina será estabelecida no mundo através de Jesus Cristo. Todo o Universo será
reconciliado com Deus.

Apelo

Queridos irmãos, Jesus está voltando. A minha oração hoje, é que você entenda os
assuntos que serão abordados ao longo da semana, eles são de vital importância para a sua vida
espiritual. Hoje a palavra de Deus chegou nos nossos corações, e diante de toda essa realidade,
só temos uma escolha, entregar o coração a Jesus, vivamos para ele, confiemos nele. Se você
deseja estar preparado para o retorno do Senhor eu peço-te humildemente que se coloque em
pé...

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Tema: Prenúncio
“E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a
iniquidade, o amor de muitos esfriará.” Mateus 24:11-12.

Introdução

Após proclamar o julgamento de Deus sobre os escribas e fariseus (Mateus 23:13) e


sobre a cidade de Jerusalém (Mateus 23:37–39), Jesus deixa o templo e caminha em direção
ao Monte das Oliveiras com os Seus discípulos. Alguém do grupo se refere ao templo, e diz
algo sobre as construções e Jesus responde com uma declaração terrível sobre o julgamento
vindouro de Deus sobre Israel. Ele diz que o templo será destruído. A história indica que essa
profecia foi cumprida em 70 dC Após um cerco à cidade e a matança do seu povo, os romanos
queimaram o templo destruindo-o por completo.

A curiosidade falou mais alto e a necessidade de buscar o desconhecido tomou conta


dos discípulos. As perguntas que eles fizeram a Jesus, se referia apenas ao "fim dos tempos", e
quando seria a Sua volta. A resposta de Cristo preenche o restante deste capítulo 23, bem como
Mateus 24.

Jesus descreve aos discípulos momentos de terror após a sua partida e antes do tempo
do fim (João 16:5-7; Mat. 24:3), e é nessas advertências que Cristo se refere a dois eventos que
antecederiam a sua Segunda Vinda, que por sinal, estamos vivendo nos nossos dias. Basta
prestar atenção nas notícias, nas redes sociais que veremos claramente estes sinais a se cumprir
a cada instante. Jesus avisa os discípulos de que haverá mudança no mundo religioso e no
mundo social, duas mudanças extremas que afetarão a vida de muitos escolhidos. Quais são
estes eventos? Por que estes eventos nos afetam diretamente? Bem, vamos olhar para as
palavras de Jesus.

Desenvolvimento

Primeiro, Jesus descreve o surgimento de falsos profetas que conseguirão desviar as


pessoas da verdade. “E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. Mat. 24:11.”
Os falsos profetas são aqueles que afirmam falar por Deus, mas que distorcem a verdade.

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Muitos denominados Cristãos, em busca de satisfação terrena e bens materiais seguem
todo o tipo de doutrina que se encaixa no seu modo de vida. Hoje, em qualquer canto deste país
você encontra um antigo armazém que foi transformado em igreja que trará cura e libertação
na vida das pessoas. De acordo com o Instituto Nacional de Assuntos Religiosos, esse
surgimento exponencial de profetas, apóstolos, bispos e pastores sem a mínima formação
teológica data já desde 1990, período do fenómeno religioso no nosso país. Existem mais de
1.000 igrejas sem reconhecimento.

Estes falsos profetas prometem fundos e mundos, em troca do dinheiro e essas pessoas
tal como disse Jesus, estão a ser enganadas. Infelizmente, um grupo de cristãos sinceros estão
a cair nas promessas falsas destes homens. Cristo fez este aviso a mais de 2.000 anos atrás e o
facto é que todos estes séculos tem sempre aparecido pessoas se proclamando como Cristo.

Existem mais de 30 pessoas se autoproclamando como Cristo, e Jesus avisou-nos que


estas pessoas existiriam e infelizmente estão a enganar a muitos. O caso mais insólito deste
assunto aconteceu em 18 de novembro de 1978, 918 pessoas morreram num misto de suicídio
coletivo e assassinatos em Jonestown, uma comuna fundada por Jim Jones, pastor e fundador
do Templo Popular, uma seita pentecostal cristã de orientação socialista. Embora algumas
pessoas tenham sido mortas a tiros e facadas, a grande maioria pereceu ao beber veneno, sob
as ordens do pastor. Percebes a razão de Cristo ter nos alertado?

Ellen G White no livro o Desejado De Todas as Nações, Cap. 69, diz o seguinte:
“Ergueram-se falsos profetas, enganando o povo, e levando grande número ao deserto. Mágicos
e exorcistas, pretendendo miraculoso poder, arrastaram o povo após si, às solidões das
montanhas. Mas esta profecia foi dada também para os últimos dias”. Esta profecia está a se
cumprir em nossos olhos e estamos cegos para puder enxergar. O mundo religioso está sendo
virado de cabeça para baixo. Estes falsos profetas destroem famílias, desgraçam casas, e apesar
de tudo, ainda tem quem segue e acredita.

De seguida, Jesus, nos fala de um outro sinal, que podemos dizer, é consequência destes
falsos ensinos e da desordem existente no mundo religioso. Jesus acrescenta que a haverá
rejeição dos padrões de bondade e moralidade. "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor
de muitos esfriará. Mat. 24:12" O amor tornando-se "frio" dá-nos a ideia de um corpo sem
vida, um morto. À medida que a humanidade se afasta dos ensinamentos de Cristo, ela torna-
se menos amorosa. Mais fria e calculista planejando a iniquidade.

Está a ser recorrente nos nossos dias ouvirmos sobre irmão matando irmão, pai matando
filho, mãe matando filha. Filhos a serem abandonados por seus progenitores. Quantas vezes

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nos chocamos com a falta de amor, em vídeos assistidos na internet de pessoas a matarem-se
uma as outras por motivos banais. As pessoas estão a se tonar mais amantes das coisas do que
das pessoas.

Esse amor esfriou, porque a iniquidade multiplicou-se. Jesus disse que ilegalidade irá
reinar nos corações, o pós-modernismo trouxe consigo a rejeição de todos os tipos de
autoridade. Na verdade, a filosofia pós-moderna define a verdade como uma construção social
daqueles que estão em posição de autoridade projetada para oprimir os outros, portanto, dizem
eles, toda suposta verdade deve ser rejeitada. A verdade tornou-se relativa e subjectiva, ou seja,
depende do ponto de vista de cada um. E infelizmente, este pensamento já mora na cabeça de
muitos Cristãos. Até mesmo ADVENTISTA.

É interessante notar que a palavra grega anomia (viver uma vida orientada pelos
próprios desejos) aqui traduzida como "iniquidade" só é encontrada 16 vezes no Novo
Testamento. 12 dessas 16 vezes é traduzida como "iniquidade ou iniquidades". É a palavra
mais forte no Novo Testamento para descrever o pecado. Há duas outras palavras importantes
que o Novo Testamento usa para descrever o pecado, mas ambas podem conter o elemento da
ignorância, ou seja, podem se referir a pessoas que pecam contra Deus sem saber quem Ele é,
e o que Ele ordena.

Mas a palavra aqui traduzida como iniquidade significa exatamente oposto, significa
que o homem sabe o que é a lei moral de Deus, mas não apenas escolhe propositadamente
desobedecê-la, mas escolhe acabar com a lei de Deus completamente. Jesus está a dizer que
antes da Sua volta, as pessoas serão entregues ao pecado. Eles farão o que é mau e chamarão
de bom, o anormal chamarão normal, viverão de acordo com o que sentem, vão seguir os
próprios desejos.

Olha como está o nosso mundo hoje. O ABORTO já é um tema discutido. Na bíblia
não existe nenhuma ideia ou ordem para interrupção de gravidez, ou aborto. E posso arriscar
que nem mesmo nas nossas línguas nacionais existe a palavra ABORTO. Mas o mundo deseja
caminhar na contramão da palavra de Deus. Em Angola, ainda vigora a lei de ser crime, mas o
mundo já segue um caminho diferente.

Há países como o Brasil, Estados Unidos. Canada, Inglaterra, etc. que já estão na luta
para a legalização do aborto (assassinato). Aquele ser humano indefeso, formado por Deus,
criado a sua imagem, não é nada mais nada menos que um conjunto de células. É um parasita,
tal como muitos descrevem, e precisa ser removido do ventre de toda mulher que assim quiser
e DESEJAR. A Lei de Deus (não matarás) está sendo esquecida, abandonada, deixada de lado.

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Outra imoralidade que cresce a cada dia, é a HOMOSSEXUALIDADE, esta é a
campeã, pois ela é a porta para as demais imoralidades. Não apenas na sociedade, mas também
na igreja. Em alguns países, já há ensino nas escolas para as crianças, de que não existe apenas
HOMEM e MULHER, mas uma variedade de géneros e que elas podem ser aquilo que
quiserem.

Já diz o velho ditado "é desde pequeno que se torce o pepino" significando que é na
infância é que se educa, eliminar os hábitos, as exaltações na vida da criança. Satanás sabe que
para mudar uma sociedade, ele deve começar com as Crianças e nós os pais estamos deixando
nossos filhos caírem nesses enganos. Ainda não está a acontecer em nosso país estes ensinos,
porém, será que sabemos o que eles assistem? Os bonecos que vêm todos os dias? As novelas,
os filmes, etc.

Conclusão

Povo de Deus, não tem como estar confuso quanto a volta de Jesus. A promessa é certa,
"e eis que cedo venho... Apocalipse 22:12a". Jesus não nos disse quando e como, mas também,
Ele não deixou-nos a deriva. Ele nos deixou sinais para podermos estar atentos e assim nos
prepararmos para o reencontro com o nosso mestre. Aqueles que perseverarem até o fim e não
caírem por causa da perseguição, dos falsos profetas e não deixarem o amor esfriar, serão
salvos.

Apelo:

Estás as estacionar porquê? Não consegues ler os sinais? Aqui não é lugar para
estacionar, vamos continuar dirigindo para a Cidade Santa. Queres tu também chegares lá? O
que te impede avançar?

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“Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais,

o Filho do Homem virá.”(ARA)

Introdução

Amados irmãos, se volvermos os nossos olhares atentamente nos acontecimentos atuais do


mundo, notaremos que o mundo todo está suspirando e sofrendo numa escala talvez desconhecida na
história humana: os refugiados, os famintos, os novos escravos, os problemas psicológicos, os
turbilhões emocionais, os casamentos desfeitos, as crianças rebeldes, o terrorismo, os reféns, as guerras
e mais mil outras dificuldades que afligem todos os países do mundo. Não existe ninguém, em canto
algum, que seja imune. Os ricos e famosos sofrem como os pobres e obscuros. Como disse o falecido
actor Peter Sellers, “por trás da máscara de todos nós, palhaços, estão a tristeza e corações partidos”.
Parece que a raça humana está se dirigindo para o clímax das lágrimas, mágoas e feridas acumuladas
no decorrer dos séculos. Algum dia, toda a dor e sofrimento deste mundo serão gloriosamente banidos.
Por causa do que Jesus Cristo fez por nós, através da Sua cruz e Ressurreição, sabemos que temos
esperança no futuro. Acreditamos que, no céu, pecado e pecadores não mais existirão
consequentemente o sofrimento jamais existirá, isto em função de que o Senhor Jesus voltará com
propósitos bem definidos para resgatar o homem das atrocidades deste mundo turbulento e para
implementar um mundo completamente novo.

Exposição Textual

O texto inicial de Mateus 24:44 é parte do contexto atinente ao retorno de Cristo em glória.
Evidentemente o autor sagrado registrou de modo minucioso as palavras pronunciadas por Cristo sobre
exortação à vigilância que é feita na estrutura dos versos 32 até 44, despertando deste modo a atenção
aos seus leitores a estarem preparados a qualquer momento para a volta de Cristo, pois que esta é a
primeira responsabilidade de cada cristão. Igualmente este texto é parte da tão notável parábola
conhecida como “A parábola do ladrão de noite”. No entanto, Jesus contou a parábola do ladrão de
noite na semana em que Ele foi traído; muito provavelmente na terça-feira antes da crucificação.
Naquela ocasião Jesus estava em Jerusalém, e a parábola faz parte da conclusão do seu sermão
profético. Nesse sermão escatológico o Senhor Jesus falou acerca dos últimos dias. Todavia, o sermão

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trata desde a destruição de Jerusalém que ocorreu em 70 d.C., até o dia do juízo com a segunda vinda
de Cristo. No final do sermão, Jesus deixou uma série de exortações sobre a vigilância (Mateus 24-
25); neste ínterim entende-se que a segunda vinda de Cristo é considerada como a bendita esperança
da igreja, o grande ponto culminante do evangelho, certamente o seu retorno à terra será tido como o
maior evento da história de todos os tempos; indubitavelmente Ele cumprirá com alguns propósitos!

Mas, por que Jesus terá que voltar à terra?

Afinal, quais os propósitos da segunda vinda de Cristo à terra?

Incontestavelmente os propósitos para a segunda vinda de Cristo são vários, porém, destacaremos
aqui sete propósitos da segunda vinda de Cristo:

1. Reunir os escolhidos – Mateus 24:31

O Novo Testamento nunca emprega a frase a Segunda Vinda. A palavra que usa para descrever o
retorno de Cristo em toda a sua glória é muito interessante. Trata-se da palavra grega Parousia (vinda);
esta palavra passou à nossa linguagem como uma descrição da Segunda Vinda. O interessante é que
se trata do termo que se emprega para referir-se à chegada do governador a seus domínios, ou do rei a
seus súditos. Descreve a chegada de alguém com autoridade e poder. No contexto de Mateus 24:31,
Jesus fala inconfundivelmente do seu retorno. Nota que, assim como as tribos de Israel antigamente
eram reunidas ao som das trombetas (Êx. 19:13, 16, 19; Lv. 23:24; Sl 81:3-5), assim qualquer
assembléia poderosa do povo de Deus, por mandado divino, representa-se como reunida pelo som da
trombeta (Is. 27:13); portanto, tendo em conta estas particularidades já referido, fica claro de que os
escolhidos neste contexto, representam os filhos de Deus que formarão o seu reino porque eles
escolheram a Ele. Estes serão para o Senhor particular tesouro no Seu dia (Ml 3:17). Os que dormem
no Senhor se levantarão para unir-se com os santos vivos e juntos se encontrarão com o seu Senhor
nos ares (1Ts 4:16-17; João 11:24-26). Porquanto, se nós nos acharmos fiéis na Sua segunda vinda,
também seremos ajuntados para o celeiro celestial.

2. Ressuscitar os mortos – 1 Tessalonicenses 4:16; 1 Coríntios 15:52, 53, 55

Após reunir os escolhidos, o Senhor ressuscitará os mortos. Em verdade, a morte pode surpreender
o crente, mas não pode retê-lo em seu poder. A escritora norte-americana, Ellen G. White relata que:
“Cristo virá com nuvens e grande glória...Ele virá para ressuscitar os mortos, e transformar os santos
vivos de glória em glória. Virá honrar os que O amaram e guardaram os Seus mandamentos, e levá-
los para Si. Não os esqueceu, nem a Sua promessa.” (Ellen G. White, O Cuidado de Deus – MM 1995,
p. 374). Na verdade, uma das maiores obras de Deus, é ressuscitar os mortos, afinal de contas Ele é o
autor da ressurreição e Cristo no seu ministério terrestre declarou que “vem a hora, e agora é, em que

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os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão” João 5:25. Ademais, pelo que
Paulo escreveu em 1 Coríntios 15:52 entende-se explicitamente de que no tempo mais curto possível,
ocorrerá a ressurreição e transformação geral. Quando soar a trombeta, ninguém que pertença ao povo
de Deus será passado por alto. Os mortos se levantarão incorruptíveis, e os que estiverem vivos, quando
Cristo voltar, serão transformados. Amados irmãos, se durante esta vida andarmos em conformidade
com a vontade de Deus e até lá estivermos mortos, certamente ressuscitaremos com o soar da trombeta,
pra tal precisamos buscar a Deus de uma maneira mais intensa como nunca antes em toda a nossa vida.

3. Transformar e receber os santos – Filipenses 3:20, 21

Depois que Jesus cumprir com o segundo propósito de ressuscitar os mortos, Ele vai transformar e
receber os santos. Paulo em 1 Coríntios 15:52 usa a frase “num momento, num abrir e fechar de olhos,
ao ressoar da última trombeta” O termo grego que Paulo usa para «momento» é atomos, do qual se
deriva a palavra portuguesa átomo. A palavra refere-se a algo tão pequeno que já não é possível
fragmentá-lo mais. Mas aqui atomos é usado para o tempo. A frase num abrir e fechar de olhos está
em aposto, e refere-se ao piscar momentâneo. Neste caso se entende de modo óbvio de que o milagre
da transformação ocorrerá indubitavelmente num segundo tanto para os ressuscitados como para os
que estiverem com vida. Todavia, saibamos que nem todos dormiremos, mas transformados seremos
todos (1Co 15:51). Mas a principal felicidade no céu é estar com o Senhor, vê-lo, viver com Ele e
alegrarmo-nos nEle para todo o sempre.

4. Destruir o mal e os ímpios

Seguidamente ao propósito da transformação e recepção dos santos, temos a acção da destruição


do mal e dos ímpios. Nesse meio tempo pecado e pecadores não mais existirão, pois que o Universo
inteiro será purificado, e o grande conflito até lá terá terminado. Todo mal acabará, já não haverá
qualquer maldição ou sombra do mal (Ap. 22:3).

5. Responder à pergunta dos justos – Apocalipse 6:10

Em primeiro lugar, a pergunta dos justos em Apocalipse 6:10, é parte do contexto do quinto selo,
no entanto, os filhos de Deus que foram martirizados não pedem vingar-se eles mesmos, o que
procuram é a vindicação do nome de Deus à luz de Romanos 12:19 e Apocalipse 5:13. No entanto,
João ouve os mártires clamando ao Senhor por sua vindicação contra aqueles que os perseguiram: “Até
quando, Ó Soberano Senhor?”. Essa tem sido a súplica do povo oprimido e perseguido ao longo de
toda a história (Sl 79:5; Dn 12:6, 7; Hc 1:2). Logo, a súplica dos mártires na cena do quinto selo
representa o clamor do povo sofredor de Deus no decorrer da história, desde a época de Abel até o
momento em que o Senhor julgar e vingar “o sangue dos Seus servos”, derrotando os seus inimigos

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(Ap 19:2). Todavia, os mártires santos recebem a certeza da salvação e da vida eterna; não por causa
do martírio que sofreram, mas por aquilo que o Senhor fez por eles. Um dos grandes pregadores da
história Billy Graham dizia “A morte não é o fim da história para o cristão, somos apenas peregrinos
passando por este mundo com sua dor e sofrimento”. Em todo o caso, os mortos por martírio um dia
ressuscitarão e receberão a certeza da salvação e da vida eterna que há em Cristo Jesus.

6. Destruir o diabo – Apocalipse 20:10

Após ter respondido à pergunta dos justos, o Senhor cumprirá o propósito de destruir o diabo.
Embora o destino de Satanás tenha sido decidido com a sua expulsão do Céu, a sua derrota ainda não
é completa. Ele ainda reivindica o domínio sobre a Terra, por isso o Céu faz esta advertência: “Ai da
terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta”
(Apocalipse 12:12). Entretanto, Apocalipse 20 deixa claro de que imediatamente após ser pronunciada
a sentença, Satanás, os seus anjos e os seus seguidores humanos receberão a punição devida. Eles
sofrerão a morte eterna. De facto, fogo descerá do céu para os consumir (Ap. 20:9). João complementa:
“E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”
(Ap 20:15). O diabo e os seus associados sofrem a mesma sorte (Ap. 20:10). Todo o contexto bíblico
deixa claro que esta “segunda morte” (Ap. 21:8) que os ímpios sofrem significa a sua total destruição.

7. Renovar a terra – Romanos 8:19-21; Apocalipse 21:1

Depois que destruir o diabo, o Senhor cumprirá com o propósito de renovar a terra. Queridos
irmãos, o amigo Jesus voltará para estabelecer um mundo completamente novo, a terra por completa
será renovada, João em Apocalipse 21:1 diz que viu um novo céu e uma nova terra, o novo céu e a
nova terra não estarão separados entre si; na terra dos santos, os seus corpos glorificados serão
celestiais, na realidade, tudo que possa interromper ou dividir a comunhão dos santos não se fará sentir
na terra renovada. A presença de Deus com o seu povo no céu não será interrompida como é na terra.
Todos os efeitos de tribulações anteriores serão eliminados. Eles muitas vezes choraram devido aos
pecados, às aflições e às calamidades da Igreja, porém, ali não restarão sinais, nem lembranças das
angústias passadas.

Conclusão

Contudo, os verdadeiros seguidores de Cristo devem estar preparados o tempo todo. Dessa
forma eles jamais serão surpreendidos com o retorno de Cristo. Felizmente a Palavra de Deus esclarece
que os remidos não estão em trevas, para que esse dia os surpreenda como ladrão (1 Tessalonicenses
5:1-4). Portanto, mantenhamo-nos firmes na fé e no serviço de Deus, porque se o fazermos, todo o
nosso esforço e a nossa luta não serão em vão nesta vida, pois que a vida cristã pode ser difícil, mas a

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meta vale imensamente a luta do caminho. Que Cristo nos dê a fé, e aumente a nossa fé, para que não
somente estejamos com segurança, mas também alegres e triunfantes.

Apelo

Meu amigo e minha amiga, aqui estão as melhores notícias, quando Jesus voltar, não virá como
o pobre carpinteiro nazareno, montado num burrinho. Virá em majestade divina, poder e grande glória.
Virá como Príncipe, como Rei, cercado por milhares de anjos-guerreiros. Será formado o mais
poderoso exército da história do universo. Embora que você talvez duvide, todavia, é deste modo
conforme as coisas hão de ocorrer! Está você preparando-se para subir com Cristo quando Ele retornar
com poder e em grande glória? Está você disposto a renunciar o mundo e seguir unicamente à Cristo
e aceitando-O como seu Senhor e salvador? Pois é, se assim for a sua decisão pode colocar-se em pé
porque eu estarei orando por você!

Oremos...Amém!

Referências
1 Billy Graham, A Segunda Vinda de Cristo, p. 4
2 Ellen G. White, O Cuidado de Deus – MM 1995, p. 374

3 Comentário Bíblico de Matthew Henry, “1 Tessalonicenses” Ed., 3ª (Casa Publicadora das


Assembleias de Deus), p. 7
4. Simon J. Kistemaker, Comentário do Novo Testamento: 1 Coríntios 15:52, p. 837

5. Ranco Stefanovic, O Apocalipse de João, (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2018), p.
50-51

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I-Introdução

Um amigo certa vez partilhou comigo uma história. Entre 2010-2012 um militar havia
ganho uma bolsa de estudos para formação em especialidades militares fora de Angola (no
Brasil). Pelo que foi chamado do seu quartel na província de Lubango para aguardar a viagem
aqui em Luanda. Toda documentação e toda a logística haviam sido preparadas enquanto
aguardava junto ao grupo dos selecionados a viagem. Entretanto, após muitos dias, considerou
longa a espera da viagem, e não hesitou em ir “passear um pouco” em Lubango a convite de
um amigo. Usaram o seu tempo em passeios e diversões. Num momento, desejando ainda
melhorar o passeio, surge a ideia de chegarem a um lago para uns mergulhos e, postos lá, seu
amigo mergulha para nunca mais voltar. E, após este incidente, quando regressa a Luanda todo
o resto da equipa viaja para a formação, deixando ele para trás. Naquele “pequeno passeio” ele
perdeu o seu grande amigo e sua oportunidade de crescer na carreira. Ao perder esta
oportunidade ele tornou-se num autêntico muro de lamentações, pois todos os que foram a
formação, hoje ostentam patentes superiores de chefia enquanto que ele permanece na mesma
desde 2010, lamentando a promoção que nunca chega.

II-Podemos ainda aguardar a Promessa?

Muitos de nós já nos alegramos com promessas a nós feitas por pessoas que amamos e
que acima de tudo são, para nós, pessoas confiáveis. Vivemos na maior expectativa do que
realmente viremos a receber, certos de que não seremos desapontados. Se esta é nossa certeza
ao lidarmos com os homens que, na maioria das vezes, quebram com as suas palavras, quanto
maior seria nossa expectativa diante da promessa dAquele que não pode mentir? (cf. Tt. 1:2).
Temos da parte de Cristo a maior promessa jamais dada aos homens e fazemos bem em nela
crer (Tt. 2:13).

A promessa do Ungido do Senhor é verdadeira, e seu o cumprimento é inquestionável.


Temos o privilégio de aguardar com ânimo o maior evento da história do universo, quando a
recompensa por nosso labor será-nos concedida pelo justo e reto juiz.

Entretanto, este privilégio também é um desafio: “O desafio de aguardar”.

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Não é sem razão que a ação de aguardar encontra-se no conjunto de ações mais difíceis ao
homem em praticar e a bíblia antecipa-se a esta evidente reação humana referente a promessa
de Jesus: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada...” (2Pd.
3:9).

III-O que Cristo falou sobre a necessidade de vigiar?

A)-Mat. 24:42-44 – O servo bom e o servo mau

A parábola de Jesus acerca do servo bom e do servo mau ilustra de forma clara os
posicionamentos que serão assumidos pelas duas classes de servos no período prévio à
manifestação de Cristo, na última hora profética. Nela aprendemos lições sobre a vigilância a
qual Cristo, diversas vezes enfatizou no seu ministério.

Pouco antes de iniciar esta parábola, Jesus preparou o terreno quando afirmou aos discípulos:
“Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor.” (MT. 24:42). E
“assim, também vocês precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora
em que vocês menos esperam.”(vs.44).

Quem são estes servos?

Um ponto a ser destacado nestes personagens é que eles são servos do Senhor. Às vezes
quando lemos a bíblia e vemos exemplos negativos das pessoas, temos uma tendência
automática de as conectar a pessoas que não conhecem ou não têm relacionamento com Cristo.
Mas ao chamá-los de servos e descrever que estes eram responsáveis pelos bens do seu Senhor,
Jesus claramente indica que estes homens representam pessoas que possuem um
relacionamento com Ele e que fazem parte da Sua igreja.

O servo mau da parábola não é aquele que nunca ouviu de Jesus ou que negou a
mensagem do evangelho a ele pregado. Do contrário, este servo conhece o evangelho, conhece
o Senhor, mas num momento da história decide “recuar por uns instantes”, “passear um pouco
no vale do pecado e do prazer.”

Aqui existe o perigo, aqui existe a chamada de atenção. O mal não se encontra distante,
o mal se encontra entre nós, no seio da família, no seio da igreja. O engano de Satanás fez com
que o homem calculasse que, sendo que o Senhor ainda demorava, tinha tempo de aproveitar
algumas atitudes, e que poderia corrigir tudo antes que o Senhor chegasse. (MT.24:48, 49).

É o mesmo engano que caracteriza a igreja hoje. A esperança dos servos maus é que
eles ainda podem viver a vida de forma egoísta e pecaminosa e, antes que o Senhor retorne,
eles endireitarão o seu caminho e não serão punidos. “Satanás não brinca em ser enganador”.

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Cada servo de Deus deve aguardar pacientemente o regresso do seu Senhor. Aguardar
a vinda de Cristo não é regalar-se ocioso (preguiçoso) nalguma sombra enquanto se espera por
uma manifestação maravilhosa ou fenomenal. Aguardar a vinda de Cristo é perseverar na fé
enquanto se caminha pelos tempestuosos trilhos desta vida; é a contínua rejeição das nossas
inclinações e tendências naturais para o mal (cf. Col. 3:5).

As situações ao nosso redor, mesmo que muitas vezes adversas, não podem alterar a
nossa dedicação a Deus ou o nosso reconhecimento de que Ele é o nosso Senhor.

B)-Mat. 25:1-13- Entre a sabedoria e a loucura

Uma outra parábola Cristo propôs para realçar a necessidade de vigilância constante: A
parábola das virgens.

Lâmpadas, nesta parábola, representam a Palavra de Deus (Sl. 119:105) e o azeite, o


Espírito Santo (Zc. 4:1-4, 6, 12 e 14).

Ellen G. White comenta o seguinte a respeito desta parábola:

“…Todas as dez virgens saíram ao encontro do esposo. Todas tinham lâmpadas e


frasco. Por algum tempo não se notava diferença entre elas. Assim é com a igreja que vive
justamente antes da segunda vinda de Cristo. Todos têm conhecimento das escrituras. Todos
ouviram da proximidade da volta de Cristo e confiantemente o esperam. Como na parábola,
porém, assim é agora. Há um tempo de espera; a fé é provada; e quando se ouvir o clamor:
“aí vem o esposo! Sai-lhe ao encontro!” (Mat. 25:6), muitos não estarão preparados. Não têm
o óleo em seus vasos nem em suas lâmpadas. Estão destituídos do Espírito Santo.” (Parábolas
de Jesus, 410)

Sem o Espírito de Deus, de nada vale o conhecimento da palavra. A teoria da verdade


não acompanhada do Espírito Santo, não pode vivificar a mente, nem santificar o coração. Pode
estar-se familiarizado com os mandamentos e promessas da bíblia, mas se o Espírito de Deus
não introduzir a verdade no íntimo, o caráter não será transformado. Sem a iluminação do
Espírito, os homens não estarão aptos.

“Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando” constitui o


clamor da loucura, da imprudência e do desespero. É loucura não estarmos preparados para
receber Jesus.

E para tais pessoas, a vinda de Cristo será como “repentina destruição, como vêm as
dores de parto à que está para dar à luz; e de modo nenhum escaparão.” (1Ts. 5:3).

IV-Porquê a segunda vinda será súbita?

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A)-Para realçar a necessidade da constante preparação (MT. 24:42)

Preparar-se para a vinda de Cristo não pode ser “num momento” ou numa ocasião
específica; precisa ser um estilo de vida, um estado do ser. A preparação deve ser a tónica
constante nas nossas mentes enquanto aguardamos a Sua gloriosa manifestação.

Tal como os guardas da cidade que não sabem quando virá o ladrão e que precisam,
portanto estar constantemente alerta, assim estejamos nós também preparados de forma
constante para receber o nosso Salvador.

B)-Para que a adoração seja com base ao amor permanente e não quando convier. (Rom.
12:2; 13:11)

O amor a Deus precisa ser a base da nossa adoração. Nós aguardamo-lo porque o
amamos, não porque receamos a condenação futura. É o amor que nos motiva a termos um elo
de ligação forte com o nosso Criador e a nos afastarmos de tudo o que nos afasta dele.

O factor súbito revelará aqueles que realmente o amam e o adoram em espírito e em


verdade. Nenhum egoísta ou orgulhoso, amante de si mesmo, poderá ser encontrado preparado
para receber o seu Senhor.

C)- Para que nunca percamos o senso de urgência (Mt. 24:44).

Deus omitiu o dia e hora da vinda de Cristo para que os seus adoradores sempre tenham
em mente que cada dia pode ser o último. Isso tem se cumprido em parte na ocasião da morte,
mas terá cumprimento total na ocasião do Seu retorno a terra de forma terrível e esplendorosa.

O Perigo encontra-se à espreita, jaze à porta de todo o homem que vive na segurança
do adiamento da sua decisão relativamente a aceitação de Cristo como o seu Senhor e Salvador.
É urgente aceitarmos a Mensagem do Evangelho. É urgente velarmos pela nossa salvação. O
amanhã não nos pertence. O amanhã é uma incerteza. E engana-se o homem que julga ter
domínio da sua vida.

V-Apelo

As sagradas escrituras são claras em afirmar que Cristo de novo virá a esta terra em
resgate a Seus fiéis e para os incrédulos. E este dia virá como ladrão. Enquanto estiverem
clamando por paz e segurança virá a repentina destruição deste reino onde habita o pecado e a
injustiça. Não queres tu estar preparado para te encontrar com o teu Senhor? Aceite a Jesus,
confie a tua vida a Ele, e se prepare! Você aceita?

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O substantivo “Vigilância” com o significado de “precaução e cuidado” vem do verbo
“vigiar”. O AT e o NT utilizam essa palavra para indicar a pessoa que está acordada e que
mesmo com sono tem a obrigação de permanecer em pé com olhos abertos e atentos por causa
do que está acontecer ao redor e o que ainda está por acontecer. Na Bíblia, quem vigia é aquele
que sente-se obrigado em estar em alerta e presta maior atenção para evitar que por sua
negligência ou indolência alguma calamidade destrutiva atinja a vida de alguém,
principalmente a sua vida e da sua família. O outro significado bíblico do termo está ligado
com “dar total atenção” para evitar distanciar-se do Supremo Criador por cair em pecado.

Sendo crentes, cuja vida está enraizada e assegurada pela segunda vinda de Jesus, viver
em vigilância não é uma sugestão, é o nosso dever, é a nossa obrigação para evitarmos que
percamos a nossa vida e a vida da nossa família. Pelo significado da palavra, cada Crente é
vigilante por si e pelas pessoas ao seu redor. Isto significa que, cada um de nós repousa-lhe a
responsabilidade da salvação ou perdição do seu próximo. Prezados, somos responsabilizados
a proteger a nossa salvação e a dos outros; vigiar significa participar na missão de Deus em
salvar vidas.

Texto e sua aplicação:

Nós que aguardamos a segunda vinda do Senhor Jesus, nos é exigido sermos e viver
como “Vigilantes”. Jesus, ao apresentar o cenário decorado com indícios incontestáveis da Sua
vinda, aclarou em Mateus 25:13: “Portanto, vigiem, porque vocês não sabem o dia nem a
hora!”

Entre muitas singularidades dessa passagem realçamos pelo menos uma que consiste
no sentido de que, Mat. 25 Conectado com o contexto de Mat. 24, não é um discurso
pronunciado para as multidões que seguiam Jesus por causa dos milagres, esse discurso foi dito
particularmente aos discípulos, soando como um segredo para aqueles sendo comissionados
com tamanha responsabilidade diante do mundo. Podemos considera-lo como um aviso
escatológico somente para a Igreja de Deus. Basta lembrar o significado bifocal das virgens na

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parábola. Prezados irmãos, a ênfase textual apresenta o estilo de vida que deve padronizar a
nossa estadia aqui por enquanto, enquanto ensaiamos e antecipamos a nossa vida futura junto
do Pai Celestial.

Em Mateus 25:5-9 Jesus assinala 3 dimensões importantes na vida dos que aguardam a
Sua segunda Vinda: 1) Habilidades e sabedoria para usar como mordomo fiel aquilo que temos
em posse desta vida. Amados, ninguém possui bens por si mesmo. Tudo que temos ou teremos,
Deus concedeu-nos para poder contribuir em manter-nos fitos no Céu que em breve vai se abrir
para que a Terra receba Jesus. Busquemos a sabedoria em Deus para que as nossas posses
sejam bênçãos e não maldições para o nosso futuro; 2) Em segundo lugar Jesus indica O
Espírito Santo simbolizado pelo azeite; estimada Igreja, fracassamos e fracassaremos quando
negligenciamos solicitar que Deus derrame sobre nós o poder do Seu Espírito. Jesus assinalou
que, tudo quanto lhe pedirmos nos será dado para a glória de Deus em Jesus por causa da
presença do Consolador (João 14:13-19)

3) Por ultimo, Jesus indica a palavra de Deus (a Bíblia) simbolizada pelas lâmpadas (Salmos
119:105, 130).

Além de sermos bons mordomos das nossas possessões, Jesus enfatiza que, é necessário
ter o Espírito Santo para que haver discernimento da palavra de Deus. Não basta saber que
Jesus virá outra vez, é preciso ter uma vida que se aproprie e seja orientada pela palavra de
Deus e internalize os ensinamentos bitolados nas Sagradas escrituras. Para tal, prezados irmãos,
é necessário o Espirito Santo para que as nossas interpretações sejam acuradas e coerentes. É
tempo de vigiar para não nos distrairmos com ensinos que não edificam a nossa fé, é tempo de
não nos contentarmos com a educação que não enfatiza a Deus como Criador e Salvador do
Universo.

Jesus usando a Sua Omnisciência, anteviu os ditames que minariam a mente dos seus
escolhidos e que colocariam em causa a salvação pela qual Ele, Cristo, deu a vida, e, para
contornar a situação, delineou o suficiente para escaparmos de tais açoites: sermos bons
mordomos nesta vida, viver pela palavra, e ter o Espírito Santo para o discernimento. Dito isso,
Jesus conclui: “Portanto, Vigiem”. Estimado e estimada, a razão de vigiar não é só porque não
sabemos o dia e hora da Vinda de Jesus, mas, a vigilância é necessária para não permitir que a
palavra de Deus seja substituída por ensinamentos diabólicos hodiernos, precisamos vigiar para
que o lugar do Espírito Santo não seja tomado pelo inimigo fazendo com que vivamos uma
vida incoerente contradizendo aquilo que nós cremos e professamos. Nesta noite, precisamos

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relembrar talvez, 3 elementos que nos obrigam a viver em vigilância, enquanto aguardamos o
nosso Salvador:

1- O Espiritismo que tende a minar a Igreja de Deus: a proliferação do espiritismo é


atinente com o advento do Neopentecostalismo. Por causa do fracasso que o diabo teve
no passado em tentar derrubar a Igreja, hoje o pior ataque do Adventismo não é o
catolicismo, mas sim o protestantismo apostatado (pentecostalismo). Conseguindo
introduzir o espiritismo na Igreja de Deus, as pessoas serão obrigadas a adorar a quem
eles não adorariam se estivessem em perfeito juízo. Amado, espiritismo é aquela voz
que nos tenta levando-nos a desacreditar em Deus porque não o vemos face-a-face, e
muitas vezes na nossa maneira de cantar ou louvar, tentamos pentecostalizar, dizendo
que estamos na presença de Deus. A Bíblia nunca ensinou que Deus está limitado no
tempo e no espaço. Nós estamos na presença de Deus quando estamos na praça, no
mercado, no táxi, na rua caminhando, na sombra conversando, no escritório reunido
com o chefe do trabalho, enfim, Deus está sempre presente, louvando ou não; adorando
ou trabalhando;

2- Mídias, a Cilada da mente: a mídia é uma bênção para nós, mas somente quando
somos apossados pelo Espírito Santo para usar com sabedoria. No Grande conflito entre
Deus e o Diabo, o principal palco do cenário é a nossa mente. A Televisão é uma janela
indiscreta por meio do qual a mente pode ser desviada dos ensinos puramente Bíblicos.
Os nossos filhos são o alvo primário dessa cilada inimiga. Com a televisão e a internet,
somos tentados a pecar todos os dias, e, todos os dias uma mensagem subliminar tenta
tomar lugar de todo ensino bíblico, e mais, a midia tem o poder de ocupar o tempo que
nós usaríamos examinando a palavra de Deus e orando pelo discernimento; para que
essas coisas não nos dominem, Jesus advertiu para vigiarmos. É a Mídia que veio
proliferar o consumismo para que o capitalismo se tornasse “uma religião” capaz de
converter todo mundo. Vigiemos, pois, é durante este tempo confuso e negro que o
Mestre pode aparecer;

3- Relativismo: hoje, muitas vezes os nossos cultos ficam cheios sábados de manhã, pela
tarde apenas uma metade de membros. No nosso tempo pós-moderno, o relativismo
enfatiza a consciência individual e sua lógica do que é verdadeiro e importante. Entre
nós, o “nós” desapareceu. No centro está o “eu”, o que penso, o que eu acho. Para
muitos, basta ter uma religião para adorar e acreditar em Deus. O exame constante da
palavra de Deus, a busca pela interpretação correta das sagradas escrituras, o uso correto

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do sábado, e enfim, são apenas detalhes e não fundamentais. Basta ter Deus, cada um
julga como desejar. Jesus divisando que neste tempo a Igreja seria levada neste declínio,
assegurou-nos: vigiem, fiquem atentos, tenham cuidado. Amados, embora haja
crescimento económico e tecnológico, estamos em dias negros, somos tentamos a
adormecer lentamente enquanto a nossa luz (a palavra de Deus) vai sumindo aos
poucos.

Jesus na Sua omnisciência divina não ofuscada, mas suspensa, aglutinada com a Sua
humanidade, indicou a vigilância como arma para que eu, o irmão e a irmão escapemos dos
ataques do ardil inimigo e para que os nossos ouvidos não sejam entupidos pelos alaridos que
tendem a suavizar o pecado. O pecado é nocivo, nunca foi suave. Ao interpretar o nosso texto
de meditação no contexto das 10 virgens, a profetisa de Deus, Ellen G. White comenta o
seguinte:

“Aqueles cuja fé se baseava no conhecimento pessoal da Bíblia, tinham sob os pés uma
rocha que as ondas do desapontamento não poderiam destruir. A noiva representa a Santa
Cidade, e as virgens que saem ao encontro do noivo são um símbolo da igreja. No Apocalipse
e dito que o povo de Deus são os convidados a ceia das bodas. Perigosa e a condição dos que,
cansando-se de vigiar, volvem as atracões do mundo. Enquanto o homem de negócios está
absorto em busca de lucros, enquanto o amante de prazeres procura satisfazer os mesmos,
enquanto a escrava da moda esta a arranjar os seus adornos pode ser que naquela hora o Juiz
de toda a Terra pronuncie a sentença: “Pesado foste na balança, e achado em falta” (Daniel
5:27).

Conclusão e convite

É importante lembrar que em Mateus 25:13, o verbo “Vigiar” tornou-se num substantivo
imperativo presente. Ou seja, a vigilância é apresentada por Jesus como uma ação obrigatória
ao crente, e que deve ser exercitada e exercida continuamente, todos os dias devemos vigiar. O
verbo também tem relação com o termo “examinar”, no sentido de que o crente deve interpretar
tudo que acontece ao seu redor. Um Cristão, não deve distrair-se com a vida.

Prezada Igreja, Jesus nos exorta nesta noite para que despertemos da sonolência espiritual.
Vigiemos, pós a Vinda de Cristo vai acontecer neste tempo em que a busca pelo Espírito Santo
e a ênfase na palavra de Deus tem sido desdenhado por causa da insatisfação do coração
humano. Todos esses elementos assinalados, são bem visíveis entre nós. Não podemos ousar
em marcar datas da Vinda, mas o fluxo dos acontecimentos indica que, estamos diante do
período escuro da história humana, na parte noturna de nossa era, tempo segundo o qual Jesus

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assinalou que quando chegar, não tardará o Noivo, virá. Deus deseja que, fitemos nele o olhar,
abracemos os ensinos das Escrituras, busquemos incessantemente o entendimento da palavra
de Deus, supliquemos pela presença suficiente do Espírito Santo. Não admitamos que, o
volume de conhecimento torne-se uma maldição para nossa vida presente pondo em causa o
nosso futuro feliz e ditoso.

1. Bíblia de Estudo Andrews


2. BORGES, Michelson: nos bastidores da Mídia, SP, 2017.
3. Dicionário Bíblico, Wycliffe, RJ, 2009.
4. DORNELES, Vanderlei, Cristãos em Busca do Êxtase, SP, 2014.
5. E.G.W. O Grande Conflito, 2007.

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“Portanto, irmãos, esforçai-vos com dedicação cada vez maior, confirmando o chamado e a
eleição com que fostes contemplados, pois se agirdes desse modo, jamais abandonareis a fé;
pois dessa maneira é que vos será ricamente suprida a entrada no Reino eterno de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo”.

II Pedro 1:10-11

PROPOSIÇÃO: Jesus voltará, o que devo fazer para Cristo me encontrar preparado? Qual
seria atitude ou comportamento resistente ao tempo, resistente ao nível mais alto de
promiscuidade, resistente a mudança geopolítica, que praticando-á os fieis serão encontrados
preparados?

INTRODUÇÃO

É evidente que nós estamos vivendo os últimos eventos dessa terra, Paulo que “nos
últimos dias haverão tempos difíceis” (2 Tm 3:1). Como sinal da segunda volta, acontecerão
sinais a nível religioso, político, militar, sociais e naturais – que acredito já termos estudado.
Esses sinais mesmo não se propondo em ser uma demonstração de data, mas, da realidade da
segunda vinda, podem fazer qualquer fiel tropeçar “porque nesse tempo haverá grande
tribulação... não tivesse aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo (Mt 24:21, 22). Paulo
faz a Timóteo uma pintura da depravação humana dos últimos tempos (2Tm 3:2-9), com tons
muito fortes de resistência a verdade, promiscuidade, e resistência a Deus (2Tm 3:1.8).

Esse evento torna necessário diligência na confirmação da nossa vocação e eleição afim
de não tropeçaremos em tempo algum. Se o nosso desejo é que Cristo nos encontre prontos
para o encontro devemos cuidar dos Três tempos. Essa deve ser a nossa ocupação, a nossa
vigia, a nossa oração e o nosso viver.

ARGUMENTAÇÃO

I. TEMPO EM COMUNHÃO COM DEUS.

Comunhão, esse é o primeiro tempo que devemos tirar de maneira a buscarmos


reconciliação com Deus. A comunhão deve ter três elementos:

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1. O homem é pecador e está separado de Deus; por isso não pode entrar e nem
experimentar o relacionamento com Deus por si só.

Paulo aos romanos fala que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23), Deus
quer sempre se relacionar com os seus filhos, mas “os nossos pecados fazem separação entre
nós e Deus” (Is 59:2). Isso não foi assim desde o princípio, pois fomos criados a imagem e
semelhança de Deus (Gn 1:26), para sermos a imagem de Deus e para ter um relacionamento
perfeito com Deus. Precisamos na nossa comunhão recuperar esse relacionamento.

2. Jesus é a única solução de Deus para o homem pecador; por meio dele podemos
experimentar um relacionamento com Deus.

“Deus prova o seu amor para connosco pelo fato de ter cristo morrido por nós sendo nós
ainda pecadores “ (Rm 5:8), “Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo”
(2 Co 18-19), foi Jesus quem “se fez maldição por nós” (Gl 3:13), Ele é a nossa única solução,
pois “por intermédio dele temos livre acesso a Deus” (Fp 3:12). Só recebendo Jesus como
salvador poderemos ter relacionamento verdadeiro com Deus.

3. Devemos receber Jesus comoc Senhor; só assim poderemos experimentar verdadeiro


relacionamento com Deus.

A todos aqueles que recebem Jesus “deu-lhes do direito de se tornarem filhos de Deus” (Jo
1:12), receber Jesus implica arrependimento, confessar os pecados eis um ponto importante na
comunhão, pois as únicas coisas que Satanás tem poder são as coisas que estão escondidas,
quando trazemos tudo a luz elas perdem o poder condenatório confessar os pecados eis a
maneira mais clara de se reaproximar a Deus. Não é a verdade sobre a outra pessoa que irá nos
libertar, mas sim a verdade sobre nós.

Em nossa comunhão – fazemos reconhecemos a maior verdade sobre nós mesmo, somos
pecadores que em nosso estado normal caminhamos a passos largos para a morte eterna.
Segundo nos precisamos aceitar a salvação em Jesus como a única solução, terceiro devemos
confessar os nossos pecados assumir as responsabilidades depois aceitar que Jesus pode nos
transformar. Em suma ter comunhão com Deus é buscar paz e reconciliação com Deus, essa
busca é a única defesa contra promiscuidade. Essa comunhão aqui na terra só será iniciada e
concluída apenas na volta de Jesus.

4. TEMPO COM A PALAVRA DE DEUS

O livro de Apocalipse apresenta sete bem-aventurança (Ap 1:3, 14:13, 16:15, 20:6,
22:7,14), a terceira (Ap 16:15), aparece no contexto do sexto flagelo, flagelo este, que apresenta

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uma contrafação da Trindade Divina – dragão, a besta e o falso profeta – que fazem sair das
suas bocas três espíritos enganadores para preparar os ímpios para grande pelejar contra Deus
o Todo o Poderoso (Ap 16:12-14), como Ellen White observa “os espíritos diabólicos sairão
aos reis da terra e ao mundo inteiro, para segura-los no engano, e força-los a se unirem a Satanás
na sua última luta contra o governo do Céu (O Grande Conflito p. 624).

No meio de uma discussão intensa sobre os últimos acontecimentos na terra, o apostolo


João dá uma pausa, e fala; “bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que
não ande nu, e não se veja a sua vergonha” (Ap 16:15). João procurava fazer lembrar aos
leitores que Jesus vira sem demora – enfatizando assim todo peso dos ensinamentos
apresentados na parábola sobre vigilância do bom e mau servo (Mt 24:43-44). Por isso “Bem-
aventurado aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas
nelas escritas, pois o tempo está próximo (Ap 1:3). Esse texto nos mostra que em virtude do
tempo estar próximo devemos ler, ouvir e guardar as palavras desta profecia.

1. Bem-aventurado os que Leem:

Estamos vivemos dias estranhos para todos os fiéis, pois nunca se experimentou na história
do cristianismo um afastamento tão grande da palavra de Deus e, ao mesmo tempo que aumenta
o número de denominações religiosas. Precisamos ter tempo com a palavra de Deus para não
sermos como criança “levadas por qualquer vento de doutrina” (Ef 4:14).

2. Bem-aventurados aqueles que ouvem:

Aqueles que ouvem a palavra de Deus produzem fé no coração, pois “a fé vem pelo ouvir
a palavra de Deus” (Rm 10:17), nunca teremos a fé necessária para os últimos tempos se não
ouvirmos a palavra de Deus – aqui vale mencionar que o ouvinte a que se refere é aquele
ouvinte praticante – pois Tiago já tinha advertido tornai-vos praticantes da palavra não somente
ouvintes (Tg 1:22).

3. Bem-aventurado aqueles que guardam:

Aquele que lê e ouve a palavra não pode negligenciar a necessidade de guarda-la, para não
se dar o caso de ser como a semente caída ao chão do caminho que logo foi levada pelas aves,
pois aquela que cai no caminho “são os que a ouviram; vem a seguir o diabo arrebata-lhes do
coração, para não suceder que, crendo, sejam salvos (Lc 8:12). Por mais que Satanás não tenha
poder para tirar a nossa salvação ele pode retirar o maio da nossa salvação, a palavra de Deus.
Por isso o salmista diz “escondi a sua palavra no meu coração para nºao pecar contra ti” (Sl
119:11).

24
4. TEMPO PARA TRABALHAR PARA DEUS

Vocação é um chamado feito para fazer o trabalho especial do reino de Deus (Rm 1:1), uma
decisão divina tomada desde a eternidade (Is 4:9; Jr 1:5; Gl 1:5), essa palavra sempre expressa
o chamado como iniciativa divina, como se não houvesse possibilidade de escolha.

Depois da Sua ressurreição, Jesus falou três vezes sobre a missão da igreja: A primeira
vez, foi quando os apóstolos estavam reunidos no cenáculo (Mc 16:15; Jo 20:19-23), a segundo
parece ter sido na encosta de um monte em Galileia (Mt 28:16-19), a terceira foi no monte das
oliveiras (At 1:8), tudo isso expressa a preocupação de Jesus em deixar claro de que se espera
de nós antes da volta de Jesus. Jesus apresentou a sua missão como um mandamento “toda
autoridade Me foi dada na terra e no céu...” portanto Ide (Mt 28:18, 19). A missão é um
mandamento pois ela é o desejo de Deus, não a deu como se tivéssemos escolha. A missão, eis
a nossa maior vocação, a maior preocupação de Deus para connosco.

Mas em primeira instância missão é ser (At 1:8), “ser testemunha de Deus”. Ser
testemunha de Deus é estar sempre a favor dEle, ter capacidade a dar testemunho Dele,
preparado para sofrer as consequências resultantes de ser testemunha de Deus. O plano de
Cristo é que os fieis entendam que eles são a estratégia, nós mesmos, redimidos por Cristo,
participando ativamente no processo de transformação individual, somos a estratégia – nem
anjos então habilitados a participar dessa obra missionária (1 Pe 1:12) – repito, nós somos a
estratégia. Enquanto esperamos a Jesus devemos com diligência crescente confirmar a nossa
vocação, a nossa vocação é trabalhar para Jesus, outra coisa não se espera do cristão se não
essa atitude de vigilância constante envolvido na missão.

CONCLUSÃO

Se com diligência buscarmos confirmar a nossa vocação e eleição, se como cristãos


cumprirmos o nosso chamado ao evangelho confirmando a nossa salvação, se fazer disso a
nossa vigia, “nos será suprida amplamente a entrada no Reino Eterno (2Pe 1:11).

É tempo de amadurecimento, é tempo de viver o evangelho como nunca antes vivemos,


não devemos temer e até mesmo nos importar com a apostasia deste mundo, o SENHOR um
dia disse que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja... devemos nos hoje aprender
a viver a altura do nosso chamado, esse é o caminho para nos ser “suprida amplamente a entrada
no reito eterno” (2Pe 1:11), e não existe outra solução.

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O processo de confirmação da nossa Vocação e eleição estão aqui perfeitamente
estampados na busca dos três tempos; tempo em comunhão, tempo com a palavra de Deus e
tempo em ação, trabalhando para o Mestre.

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Introdução:
As decisões caracterizam a nossa existência, e em cada momento temos escolhas a
fazer, temos decisões a tomar, e é um ato muito importante e significativo na vida de qualquer
homem ou Mulher, pois dela (das escolhas ou decisões), depende o progresso, as mudanças
que virão acontecer. Assim como se espera pelos benefícios de uma decisão, também temos
que assumir as consequências de uma decisão. Saiba ainda que as suas decisões que tens
tomado hoje, afetarão o seu destino eterno. Como Cristãos ao tomar uma decisão sabemos que
devemos primeiro consultar à Deus e a sua palavra e orar por uma orientação da parte do Deus
Espírito Santo, e não sermos guiados pelos nossos instintos e os nossos pensamentos, invés
disso, primeiro Deus e a sua palavra! Temos orientações claras na Bíblia (Provérbios 3:4-6).
Quais decisões desejas tomar na sua vida? Quanto a sua vida espiritual? Quanto ao seu
casamento? Quanto a sua família? E como estudamos durante esta semana “Cristo está
voltando!”, quais decisões já tomou que o ajudarão a continuar a se preparar para recebê-lo
quando Ele voltar?

Hoje temos como tema: uma decisão a tomar. Enquanto aguardamos pelo aparecimento
do nosso Senhor Jesus, temos uma importante decisão a tomar hoje, pois “Hoje é o dia da
decisão” A mensagem de Deus para a sua amada Igreja hoje, é um poderoso apelo a uma
importante decisão que cada um de nós deve hoje tomar. Leiamos Josué 24:14 à 15:

“Agora, pois temei ao Senhor e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses
aos quais serviram os vossos pais dalém do Eufrates e no Egipto e servi ao Senhor. Porém, se
vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram
os vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra
habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”

Exposição Textual:

Num momento crucial da sua liderança Josué reuniu as tribos em Siquém para
conclamar Israel a uma renovação da aliança. Foi seu ato final como servo do Senhor. Nisso,
seguiu o exemplo de Moisés, cujo derradeiro ato oficial foi também conclamar o povo a uma

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renovação da aliança. Este evento marcava uma ocasião muito especial para o povo de Deus,
cientes das coisas que ainda tinham que vir acontecer, Josué orientado por Deus apela ao povo
a tomar uma significativa decisão. Como aprendemos com Deus todos os dias e pela
experiência da vida, com ocasiões onde devemos tomar decisões cruciais para a nossa vida,
nossa família, nossa vida espiritual ou até mesmo para a nossa saúde. O solene evento ocorreu
em Siquém, lugar onde Deus tinha prometido, pela primeira vez, a terra aos descendentes de
Abraão (Gn 12.6-7) foi o lugar onde os seus descendentes se reuniram-se após de terem
recebido a terra diante de Deus.

I. Temer à Deus com fidelidade:

Ao iniciar o seu discurso (v. 14), o principal apelo foi sobre “Temer o Senhor”. Temer
ao Senhor significa “ter respeito por ele, honrá-lo, dar-lhe lealdade”. Servir ao Senhor, em seu
sentido geral, inclui adoração, confiança, amor e obediência grata. A palavra hebraica para
servir é usada sete vezes por Josué nos versículos 14 e 15, indicando que servir ao Senhor é
uma estipulação básica da aliança para Israel. “Temer e servir” resume todo o relacionamento
da aliança com o Senhor. Estás palavras são dirigidas a cada um de nós neste momento que por
várias situações, ou motivos da vida, nos esquecemos de Deus, ou alguns de nós de
desrespeitam o santo nome de Deus e não temos uma vida de relacionamento com Ele. Para
continuarmos a crescer na vida espiritual devemos manter relacionamento diário, constante e
sem interrupções com o nosso Deus, e nossa vida, isto é, pelos nossos frutos dar provas que
estamos com Ele, pelo modo também de como O adoramos e expressamos a nossa confiança
Nele.

Este “Temor à Deus é com toda fidelidade” enfatizando que o temor e o serviço de Israel
é para o Senhor somente. Ele não compartilhará as afeições do seu povo com outro. O hebraico
para “com toda fidelidade” diz literalmente “com integridade e verdade”. A lealdade indivisa
é fundamental para o relacionamento de aliança. Quantas vezes praticamos uma vida de
lealdade dividida, serviremos à Deus e servimos a outros deuses. Quantas vezes permitimos
que a nossa mente se enche com as coisas de Deus e, ao mesmo tempo permitimos
conscientemente que coisas que não têm a haver com Deus e a sua palavra enche a nossa mente,
e como resultados vivemos como servos de dois senhores e por causa do outro senhor, por
causa do amor ao egoísmo e o eu, desobedecemos ao Senhor nosso Deus. Devemos sempre
consideramos veementemente que O Senhor Deus é o único Senhor e que o meu amor por Ele
esta acima de tudo e todos e a minha fidelidade a Ele é indivisível.. “Temer o Senhor” também

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significa que todos os ídolos, sejam atitudes do coração ou objetos tangíveis, devem ser jogados
fora.

II. Uma importante decisão: escolher hoje, a quem sirvais.

Chegamos ao verso 15, tido como o clímax da mensagem do livro. Josué insta para uma
escolha a favor ou contra Deus. A ordem de servir ao Senhor não impede a escolha. Deus põe
diante das pessoas a vida e a morte e as insta a escolher a vida. Ele, porém, não interfere quando
elegem o contrário, nem as protege das consequências naturais da escolha errada. O povo tinha
de decidir se iria obedecer ao Senhor, que havia provado ser digno de confiança, ou obedecer
aos deuses locais, que eram ídolos feitos pelos homens. Mas chega o tempo em que você tem
de escolher quem ou o que controla você.

III. Uma decisão que INCLUI a família:

A decisão de servir à Deus, escolher servir somente o Deus Criador dos céus e a
terra deve afetar todos os membros da nossa família, como líderes da casa de Deus devem
cuidar especialmente para que aqueles sob o seu cuidado, sobretudo os de sua própria casa
(1Tm 3:4, 5), sigam o caminho da justiça. Josué expressou a resolução de que tanto ele como
sua casa serviriam ao Senhor, a despeito do que os outros resolvessem fazer. Às vezes, a
escolha de servir a Deus se torna um ato singular [isolado, só]. Contudo, “não seguirás a uma
multidão para fazeres mal” (Êx 23:2). Os que estão a caminho do Céu devem se mostrar
dispostos, apesar de toda a oposição, a agir como os melhores, não como a maioria.

Conclusão e Apelo:

Ao meditarmos na história da nação dos hebreus desde a sua saída do cativeiro no Egipto
até o seu estabelecimento na terra que Deus prometeu entendemos o quão foi o evento descrito
no capítulo 24. Hoje também entendemos que enquanto ainda estamos nesta jornada rumo ao
céu, enquanto aguardo pelo tão esperado evento, a gloriosa vinda de Jesus, Deus insiste com
cada um de nós, com cada família que tomemos HOJE UMA DECISÃO, e está decisão
estudamos no livro de Josué 24:14 à 15. Mas, que cada pessoa aqui presente não deixe de tomar
A MAIS IMPORTANTE DECISÃO DE QUALQUER PESSOA: ACEITAR JESUS COMO
O SEU SALVADOR E SENHOR. TOME HOJE ESTA DECISÃO. “Hoje é o dia da decisão,
que cada membro, que cada família, enquanto aguarda pelo retorno do Filho do homem,
decida no seu coração servir à Deus em todos os momentos e assumir todos os dias que “Não
serviremos outros deuses, mas somente o Senhor” Enquanto esperamos pelo aparecimento de
Jesus seja este o nosso estilo de vida.

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Autor do Sermão:

1º Dia

Tema: Proibido Estacionar, Jesus Está Voltando


Texto: Miquéias 2:10
Por: Pr. Inocêncio Alberto Caculo
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2º Dia
Tema: Prenúncio
Por: Pr. Jeremias Henriques
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3º Dia
Tema: Propósito da Segunda Vinda de Cristo
Texto Chave: Mateus 24:44
Autor: Pr. Filipe de Oliveira M. Dumbi (Jr.)
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4º Dia
Tema: A Segunda Vinda Será Súbita
Texto: Mat. 24:42-44
Por: Pr. Francisco Ngola Martins
__________________________________________________________________________
5º Dia
Tema: A Segunda Vinda Exige Vigilância!
Por: Pr. Adriano Barco
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6º Dia
TEMA: O Que Fazer Até a Volta de Jesus
Por: Pr. Fernado Katoquessa
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7º Dia
Tema: Uma Decisão a Tomar
Texto chave: Josué 24:14 à 15
Por: Pr. João Miguel Nhanga
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30
MSC

Integrado

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