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Pr.

Eduardo T Gomes

O FIM DOS TEMPOS


Perspectivas bíblicas sobre a segunda vinda de
Jesus Cristo: o princípio das dores e o
arrebatamento da igreja.

Vitória – ES 2020
Copyright © 2020 by Eduardo Teixeira Gomes Todos os
direitos reservados. A reprodução de qualquer parte desta
obra, por qualquer modo, sem autorização expressa do
autor, constitui violação da LEI 9.610/98.

Coordenação e Revisão:
Eduardo Teixeira Gomes

Impressão e Acabamento
Sodré Gráfica e Encadernadora
Ltda.

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)


G633p
Gomes, Eduardo Teixeira, 1972- .
O fim dos tempos / Eduardo Teixeira
Gomes. — Eduardo Teixeira Gomes – Serra
(ES), 2020.

74 p. : il.

ISBN

1. Cristianismo. 2 Segunda vinda de Cristo.


2. Experiência (Religião) 3. Fé 4. Arrebatamento.
4. Sofrimento – Aspectos religiosos. 5. Bíblia.
I. Título.

CDD 240.
CDU 27-582
Com amor, agradeço ao Senhor pela graça de
trabalhar em sua obra. Agradeço à minha amada
esposa, Alexandra; às minhas filhas queridas,
Rebecka e Sara. Sou grato pela paciência e apoio
incondicional em nosso sacerdócio para
expansão do reino de Deus.

Agradeço também a todos os amados irmãos e


irmãs em Cristo Jesus, cuja intercessão
fervorosa, amor e fé atitudinais têm sido um
suporte perene para nossa vida e ministério.
Muito grato.

Engrandecido seja o Senhor!


Sumário

Introdução......................................................... 6

Capítulo I
Quando Jesus voltará? ..................................... 11

Capítulo II
Quais os propósitos para sua segunda
vinda? ............................................................. 14

Capítulo III
Como será a segunda vinda de Jesus? ......... 15

Capítulo IV
Quais os sinais para sua segunda vinda? ...... 25

Capítulo V
O Arrebatamento da igreja ............................. 56
Introdução

“Então conheçamos, e prossigamos


em conhecer ao SENHOR; a sua
saída, como a alva, é certa; e ele a
nós virá como a chuva, como chuva
serôdia que rega a terra” (Oseias 6:3).

Este trabalho tem como sua principal motivação


as palavras de Jesus: ide por todo o mundo e
pregai o Evangelho a toda criatura. Compartilhar
com a humanidade a mensagem sobre a segunda
volta de Jesus é uma das razões de minha vida,
portanto, agradeço pelo privilégio em repartir o
ensino das Escrituras acerca de um tema tão
relevante. O que para muitos pode parecer
loucura, para os verdadeiros discípulos de Jesus
Cristo é apenas o conhecimento de uma das suas
promessas fundamentais: “não vos deixarei
órfãos, voltarei para vós!” (João 14.3).

Motivados pelo amor de nosso Mestre


apresentaremos os ensinos bíblicos sobre o fim
dos tempos em cinco pequenos livros:

6
Livro I – O princípio das dores e o
arrebatamento.
Livro II – A Grande Tribulação – os selos,
trombetas e taças.
Livro III – O governo do Anticristo e do falso
profeta.
Livro IV – O reino milenial do Messias.
Livro V – O juízo do grande trono branco.

Este trabalho é o primeiro volume, no qual


trataremos dos sinais para a segunda vinda de
Jesus e o arrebatamento que marcará sua fase
inicial. Hoje nós vivemos num período chamado
por Jesus como “os princípios das dores”.

“Porque se levantará nação contra nação,


e reino contra reino, e haverá terremotos
em diversos lugares, e haverá fomes e
tribulações. Estas coisas são os princípios
das dores” (Marcos 13.8).

Mas o que seria o “arrebatamento”? Constitui o


momento em que os salvos serão “raptados” da
terra, num abrir e fechar de olhos. Os justos
desaparecerão em direção às nuvens,
transformados, e estaremos para sempre com o

7
Senhor. Objetiva-se explicar, com clareza, os
momentos antecedentes deste glorioso encontro
para ajudar todos a compreenderem as
promessas do Salvador sobre as coisas que
acontecem atualmente e as que hão de ocorrer
em breve (Apocalipse 1.19).

Sinceramente, não desejamos debater meras


teologias, preferimos a exposição simples e
transparente das Escrituras Sagradas. Teologias
são opiniões humanas, por outro lado, a Bíblia é
a revelação viva que liberta.

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz,


e mais penetrante do que espada alguma
de dois gumes, e penetra até à divisão da
alma e do espírito, e das juntas e medulas,
e é apta para discernir os pensamentos e
intenções do coração” (Hebreus 4.12).

A segunda vinda de Jesus é uma mensagem


muito importante nas Escrituras, tendo sido
profetizada por muitos profetas e apóstolos
inspirados a registrar tanto como será o tempo do
fim como os sinais que o precederão. Mais de 300
vezes em todo o Novo Testamento a volta de
Jesus é citada diretamente; dito de outra forma,
fala-se da volta de Jesus mais de uma vez, em
média, para cada capítulo do Novo Testamento.
São duas epístolas inteiras (I e II aos
Tessalonicenses), diversos capítulos completos

8
(Mateus 24 e 25, Lucas 21, Marcos 13, I Coríntios
15, I Tessalonicenses 4, Apocalipse 1, II Pedro 3,
etc.) e partes de outras dezenas de capítulos a
tratar do assunto. Além de ensinar largamente
sobre sua segunda vinda Jesus disse em
Apocalipse 22.12: Certamente, cedo venho!

No término de seu tempo terreno entre os


discípulos, quarenta dias após a sua ressurreição,
Jesus ascendeu aos céus. Enquanto os
discípulos olhavam para cima apareceram anjos
que lhes disseram: “Homens galileus, por que
estais olhando para o céu? Esse Jesus, que
dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir
assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1.11).

Muitos consideram a volta do Senhor como


demorada. Todavia, o tempo é servo de Deus, a
suposta “demora” revela a grande misericórdia do
Pai em oportunizar mais chances de
arrependimento aos homens.

Ele realmente quer que todos se salvem, mas


ninguém poderá ser salvo sem receber a Jesus
como seu salvador e Senhor (João 14.6). Em
breve a porta da Graça, como hoje conhecemos,
será fechada. A partir de então, começará o
terrível e grande dia da Ira de Deus, a Grande
Tribulação com duração de sete anos.

O arrebatamento da igreja será a grande marca


do início desse dia: “porque está perto o dia, sim,
9
está perto o dia do Senhor” (Ezequiel 30:3).
Prepara-te, para te encontrares com teu Deus!

Querido(a) amigo ou amiga, Jesus está vivo e se


importa com sua vida. Ele te chama para a
restauração profética, de tal forma que a nova
experiência será maior do que todas as outras
passadas.

A Escritura diz: “Deus enviou seu filho ao mundo,


para que o mundo fosse salvo por ele!” (João
3.17). É fundamental reascender nossa
comunhão com Deus para uma vida plena em paz
e felicidade no Espírito Santo: “ é tempo de buscar
ao SENHOR, até que venha e chova a justiça
sobre vós (Oseias 10.12). Se os discípulos se
calarem, as pedras clamarão (Lucas 11.40).

Todos podem recomeçar sua comunhão com o


Criador, Jesus Cristo morreu e ressuscitou para
garantir essa oportunidade para sua preciosa
vida. Como escaparemos nós se não atentarmos
para tão grande salvação?

Jesus está às portas!

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Capítulo I

Quando Jesus Voltará?

“Negociai até que eu venha” (Lucas 19.13)

Várias religiões já tentaram marcar uma data para


a segunda vinda de Jesus Cristo. Mesmo em seus
dias, alguns perguntavam ao Mestre pelo tempo
do Dia do Senhor; em certa ocasião Ele
respondeu: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia
nem a hora em que o Filho do homem há de vir.”
(Mateus 25.13). É excelente que seja assim, pois
o estar preparado significa viver em comunhão
com o criador; quem assim estiver, igualmente
estará apto para vencer todas as tribulações e
obstáculos, pois se estivermos em Cristo e as
suas palavras em nós, a vida que viveremos neste
corpo a viveremos na fé do Filho de Deus.

Esta é a maior vitória: a comunhão viva com o Pai.


Enfim, ao estamos prontos para o arrebatamento
também estaremos cheios do Espírito Santo em
harmonia com o Salvador.

11
A volta do Senhor será repentina e inesperada
para muitos, mas não para todos, pois Ele
buscará “os que o esperam para a salvação”
(Hebreus 9.28). Após dois mil anos de
evangelização, muitos ainda duvidam do retomo
do Senhor. Cristãos e obreiros infiéis desviam-se
do alvo enquanto dizem: “O meu Senhor tarda a
vir” (Lucas 12.45).
A profecia é maravilhosamente clara: nos últimas
dias, ao mesmo tempo, o amor de muitos esfriará
(Mateus 24.12) e, por outro lado, será derramado
grane porção do Espirito Santo sobre toda a carne
(Joel 2.28). Isto é, o avivamento pessoal e a
apostasia crescerão lado a lado. O deus deste
século cegou o entendimento dos incrédulos (II
Coríntios 4.4) para que não lhes resplandeça a
glória do Evangelho de Deus. Por outra parte,
multidões conhecerão a verdadeira liberdade em
Cristo Jesus.
Podemos dormir o sono da negligência ou
experimentar o avivamento da última hora, por
meio do qual as Palavras de Jesus Cristo são
pregadas em milhares de cidades, países e
regiões do planeta todos os dias. Em qual
multidão você se encontra?
“Mas à meia-noite ouviu-se um
clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao
encontro” (Mateus 25.6).

12
A hora e o dia de sua chegada nenhum dos seus
discípulos sabe (Mateus 24.6,42,50), contudo,
“bem-aventurado aquele servo, que o Senhor
quando vier, achar servindo assim!” (Mateus
24.46).

Na sua volta, o Senhor repentinamente aparecerá


sob o soar da última trombeta e ajuntará seus
servos. Tudo na rapidez de um abrir e fechar de
olhos. Após o arrebatamento, os cristãos terão
seus corpos transformados, glorificados à
semelhança de nosso Senhor Jesus. Após o
glorioso encontro, já no tribunal de Cristo, cada
servo receberá o galardão conforme as suas
obras (Mateus 25.19; II Coríntios 5.10).

“Mas a nossa cidade está nos céus, de


onde também esperamos o Salvador,
o Senhor Jesus Cristo.

Que transformará o nosso corpo


abatido, para ser conforme o seu
corpo glorioso, segundo o seu eficaz
poder de sujeitar também a si todas as
coisas” (Filipenses 3.20,21).

13
Capítulo II

Quais são os Propósitos de sua


Segunda Vinda?

Por que o Senhor Jesus voltará? Em primeiro


lugar, para efetivar materialmente a comunhão
com a Igreja plenamente glorificada. A Bíblia
Sagrada posiciona os salvos como herdeiros de
Deus e coerdeiros com Cristo (Romanos 8.17). Na
condição de herdeiros experimentaremos a
comunhão profunda com a glória do Eterno.
Todos os justos mortos já estão no paraíso, mas
uma parte da igreja remida está viva na terra. Por
meio do arrebatamento todos os justos de todas
as épocas serão unidos formando um só corpo, os
salvos glorificados.
Este tempo chegará em breve! Desperta o teu
coração e prepara-te para o Dia do Senhor, ele
vem!

“E, se nós somos filhos, somos logo


herdeiros também, herdeiros de Deus,
e coerdeiros de Cristo: se é certo que
com ele padecemos, para que
também com ele sejamos glorificados”
(Romanos 8.17).
14
“Ao que vencer lhe concederei que se
assente comigo no meu trono; assim
como eu venci, e me assentei com
meu Pai no seu trono” (Apocalipse
3.21).

Em segundo lugar, para cumprir suas promessas


em relação à igreja e ao povo de Israel. O noivo
buscará sua noiva; tecendo um panorama mais
amplo, Dr. Pardington ensina:

Assim como a primeira vinda do


Senhor se estendeu sobre um período
de 30 anos, assim a segunda vinda
influirá em vários eventos. Na primeira
vinda ele foi revelado como o Menino
de Belém; mais tarde como o Cordeiro
de Deus, ao ser batizado, e como o
Redentor no Calvário. Na segunda
vinda aparecerá aos seus secreta e
repentinamente para trasladá-los às
Bodas do Cordeiro. [...] Após o
arrebatamento, segue-se um período
de terrível tribulação, que terminará
na revelação, ou manifestação aberta
de Cristo proveniente do céu, quando
ele estabelecerá seu reino messiânico
sobre a terra.

15
Muitas promessas feitas ao povo judeu serão
cumpridas por ocasião da segunda volta de
Jesus. “Aquele que é a Cabeça e Salvador da
igreja, do povo do céu, é também o prometido
Messias de Israel, do povo terrestre” (Meyer
Pearlman). Após a descida gloriosa no final da
Grande Tribulação o Senhor Jesus será recebido
pelos judeus como salvador. Nesse momento, os
libertará da tribulação, congregá-los-á dos quatro
cantos da terra e os restaurará na sua antiga terra;
a partir de então, reinará sobre todos os povos
tendo Jerusalém como seu centro espiritual e
político.

“Assim diz o Senhor dos Exércitos:


Naquele dia sucederá que pegarão
dez homens, de todas as línguas das
nações, pegarão, sim, na orla das
vestes de um judeu, dizendo: Iremos
convosco, porque temos ouvido que
Deus está convosco.” (Zacarias 8.23)

16
Capítulo III

Como será a Segunda Vinda de


Jesus Cristo?

A segunda vinda do Senhor ocorrerá em duas


etapas. Jesus virá nas nuvens de onde arrebatará
sua igreja da terra e os levará às bodas do
cordeiro nos céus. Neste contexto ele entregará
as coroas e os galardões para os servos remidos
e glorificados.
Sete anos depois do arrebatamento Jesus
descerá em glória sobre o monte das oliveiras, no
final da Grande Tribulação. Ali esmagará o
Anticristo, o falso profeta e o dragão, como está
profetizado em Daniel capítulo 7 e Apocalipse
capítulo 19.

Não esqueçamos, a vinda do Senhor será num


abrir e fechar de olhos, de forma repentina. Nós
teremos um encontro pessoal como o Salvador
em pessoa (João 14.3 e 18. Não se trata de
imaginação, será literal e marcado pela
Ressurreição dos mortos (I Tessalonicenses
4.16,17). Um dia realmente glorioso para todos os
salvos (Hebreus 9.28; Filipenses 3.20).

17
Quando o senhor descer sobre o monte das
oliveiras, ao fim da Grande Tribulação (sete anos
após o arrebatamento) todo olho o verá.

“Eis que vem com as nuvens, e todo o


olho o verá, até os mesmos que o
traspassaram; e todas as tribos da
terra se lamentarão sobre ele. Sim.
Amém” (Apocalipse 1.7).

18
3.1) A segunda vinda será repentina, num
abrir e fechar de olhos

“Porque vós mesmos, sabeis muito


bem que o dia do Senhor virá como o
ladrão de noite.” (I Tessalonicenses
5.2).

Rápida e fulminante como um piscar de olhos;


será inesperada e surpreendente, portanto, todos
devemos estar preparados para o dia de sua
chegada: em um dia e hora que ninguém sabe. As
parábolas trazem mensagens sobre a vigilância e
preparo para esse grande encontro, pois ele há de
vir a hora em que “não penseis!” (Mateus 24.44)

“Num momento, num abrir e fechar de


olhos, ante a última trombeta; porque
a trombeta soará, e os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados” (I Coríntios
15.52).

3.2) O retorno do Senhor será um encontro


pessoal

O Senhor prometeu: “não vos deixarei órfãos,


voltarei para vós!’ (João 14.18). Será um encontro
pessoal entre nós e nosso salvador. Ele nos ama
e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados;
aquele que conhece cada um dos nossos

19
pensamentos e sentimentos virá nos buscar; a
sua Graça infinita curou nossas feridas e nos deu
uma promessa pessoal de seu retorno. Ali, o
Senhor enxugará toda lágrima e chamará para si
aqueles que o esperam na salvação. Quem
conhece teu coração, tem seu nome gravado nas
mãos, virá buscar você, exatamente você.

3.3) Será um evento literal

Algumas pessoas acreditam que quando alguém


morre, então Jesus voltou para aquela pessoa. A
lógica desse raciocínio se baseia no encontro do
salvo com o Senhor após a morte. Porém, essa
não é a profecia sobre a segunda vinda de Cristo.
O texto é claro, por ocasião da volta do Mestre:

a) Os mortos ressuscitarão .
b) Os salvos serão arrebatados.
c) Todos os salvos (mortos e vivos no dia do
arrebatamento) estarão juntos com o Senhor.

“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com


alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta
de Deus; e os que morreram em Cristo
ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que
ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente
com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos
ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.”
(I Tessalonicenses 4.16,17).

20
Examinando o texto acima percebemos a
diferença entre morrer com Jesus e a segunda
vinda de Cristo. Se um justo morre, os mortos não
ressuscitam nem os vivos salvos são arrebatados.
Com a morte iremos para Cristo, mas na sua
vinda ele virá para nos buscar, os mortos
ressuscitarão e todos os salvos estarão juntos na
grande festa do Cordeiro: eis a gloriosa
esperança.

3.4) A segunda vinda de Jesus glorificará os


justos

Após a ressurreição dos justos os salvos serão


arrebatados e irão ao encontro do Senhor. Todos
os justos serão transformados e receberão corpos
glorificados. Isso é fantástico!
Em colossenses 3.4 está escrito: “Quando Cristo,
que é a nossa vida, se manifestar, então também
vós vos manifestareis com ele em glória.” Num
momento tão rápido como um relâmpago ou um
abrir e fechar de olhos, seremos arrebatados e
transformados. Nós teremos corpos semelhantes
ao Senhor. Ele transformará nosso corpo abatido
para ser conforme seu corpo glorioso. Quão
grande é o nosso Deus! Ninguém sabe de qual
matéria seremos constituídos, mas a Escritura diz
que seremos semelhantes a Ele (I João 3:2).

21
“Mas a nossa cidade está nos céus, de
onde também esperamos o Salvador,
o Senhor Jesus Cristo.
Que transformará o nosso corpo
abatido, para ser conforme o seu
corpo glorioso, segundo o seu eficaz
poder de sujeitar também a si todas as
coisas.” (Filipenses 3:20,21).

Diante de tão grande promessa, como alguns


podem abandonar na fé por coisas tão pequenas
e passageiras? Quantos se dedicam tanto às
causas políticas, econômicas ou sociais e tão
pouco aos valores eternos das verdades
celestiais?

“Pelo que tendo recebido um reino que não


pode ser abalado, retenhamos a Graça
pela qual sirvamos a Deus
agradavelmente, com reverência e
piedade!” (Hebreus 12.28).

Compartilhe esperança. As aflições do tempo


presente não são para se comparar com a glória
que em nós há de ser revelada (Romanos 8.18).
Não perca a sua coroa por lutas passageiras. não
se apequene, cidadão do céu.

22
3.5) Todos a perceberão
Como vimos, a grande tribulação será precedida
por um tempo agitado de transição, no qual
ocorrerão guerras, crises econômicas, declínio
moral, apostasia religiosa, infidelidade,
cataclismas, pânico geral e perplexidade. Jesus
denominou esse tempo como o princípio das
dores, nós vivemos essa época.
Após o arrebatamento da Igreja o mundo viverá “A
Grande Tribulação”, um período quando todos
estarão sob um governo mundial, o domínio do
anticristo. Ao final de sete anos a nação judaica,
atacada pelos exércitos do Anticristo na batalha
do Armagedom, receberá a Jesus Cristo como
seu redentor. Nesse momento, Ele descerá sobre
o monte das Oliveiras (Zacarias 14:4) e todo o
olho o verá. O Cordeiro de Deus virá como todos
os seus santos, destruirá os exércitos do
Anticristo reunidos para dizimar o povo judeu e
iniciará um reino milenial.
No governo do Messias cumprir-se-ão dezenas de
profecias em relação ao ministério sacerdotal de
Israel para com todas as nações da terra. Um
tempo de paz sob a justiça do reino de Jesus
como nunca antes se viu na humanidade, será
séculos de prosperidade, harmonia e restauração.

Todos os povos estarão sujeitos ao Rei dos reis


(Daniel 2.44; Miqueias 4.1; Isaías 49.22,23;
Zacarias 14.9). Jerusalém estará no centro de
23
toda vida política e espiritual do planeta. Um reino
sem violências, explorações, injustiças, ódios e
seus derivados (Salmos 2.7-9; 72; Isaías 11.1-9 e
Apocalipse 20.6).

“O Senhor não retarda a sua promessa,


ainda que alguns a têm por tardia; mas é
longânimo para conosco, não querendo que
alguns se percam, senão que todos venham
a arrepender-se” (II Pedro 3.9).

“... mas aquele que perseverar até o


fim, esse será salvo!” (Marcos 13.13).

24
Capítulo IV

Quais os Sinais para a


Segunda Vinda de Jesus Cristo?

“Assim também vós, quando virdes


sucederem essas coisas, sabeis que
já está perto, às portas” (Marcos
13.29).

A palavra “sinal” aparece mais de 100 vezes na


Bíblia. Deus nos concede, por sua graça, avisos
sobre as suas promessas e intervenções
preparadas para o planeta e seus habitantes. É
importante ressaltar que o Senhor Jesus utilizava
o termo ´sinais´ no plural: fomes, pestes, guerras,
rumores de guerras, falsos cristos e etc.

Ele fez assim para mostrar a recorrência como um


fator importante, indica urgência. A quantidade
de vezes em que os sinais se repetem revela que
está cada vez mais próxima a volta de nosso
Messias ressuscitado. A julgar pelo número de
repetições dos sinais, ela nunca esteve tão perto.

25
Apesar de existir muitos outros sinais em relação
à Israel e a ocorrências no planeta, nos ateremos
aos ensinos contidos no capítulo 24 do Evangelho
de Mateus. Alguns discípulos perguntaram ao
Mestre: Dize-nos, quando serão essas coisas, e
que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?”
(Mateus 24.3).

4 E Jesus, respondendo, disse-lhes:


Acautelai-vos, que ninguém vos engane;
5 Porque muitos virão em meu nome,
dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
6 E ouvireis de guerras e de rumores de
guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister
que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.
7 Porquanto se levantará nação contra
nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e
pestes, e terremotos, em vários lugares.
8 Mas todas estas coisas são o princípio de
dores.
9 Então vos hão de entregar para serdes
atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados
de todas as nações por causa do meu nome.
10 Nesse tempo muitos serão
escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e
uns aos outros se odiarão. 11 E surgirão muitos
falsos profetas, e enganarão a muitos.
12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor
de muitos esfriará.
13 Mas aquele que perseverar até ao fim será
salvo.

26
14 E este evangelho do reino será pregado
em todo o mundo, em testemunho a todas as
nações, e então virá o fim.

Cada vez mais fortes e recorrentes os eventos


profetizados se multiplicam nos dias atuais: falsos
cristos, desastres, fomes, surtos de pestilências,
guerras, revoltas, revoluções, perseguição cruel
aos cristãos, secas, enchentes, banalização da
violência, apostasia e outras tragédias derivadas.
Vedados com mentes cauterizadas, muitos já as
naturalizarem em seu dia a dia. Todavia, as
tragédias anunciam a brevidade do retorno de
Jesus Cristo.
Vejamos os principais sinais sobre a proximidade
do dia da vinda de Jesus Cristo.

Os falsos Cristos

“Eu vim em nome de meu Pai, e não


me aceitais; se outro vier em seu
próprio nome, a esse aceitareis.”
(João 5.43)

A quantidade de pessoas alegando serem uma


reencarnação do próprio Jesus Cristo é
surpreendente. Muitos judeus se levantaram
como o “verdadeiro Cristo” desde o início da
dispensação da Graça, após a morte de Jesus na
27
cruz. Em 70 d.C. Jerusalém foi destruída pelos
romanos e os judeus espalhados pelas diferentes
regiões do Império Romano. No século II surgiu
Simão Bar Kokhba, em 132 d.C. com objetivo de
libertar Jerusalém dos romanos. Ele foi
proclamado Messias pelo Rabi Akiba ben Joseph
invocando a profecia messiânica de Números
24:17. Liderou uma revolta por três anos até ser
esmagado em 135 d.C. pelos romanos, mais de
500 mil judeus escravizados, mil aldeias
incendiadas nas quais crianças judias foram
queimadas vivas envolvidas em rolos da Torá.

Séculos depois um certo Moses de Creta se


lançou como Messias entre 440 e 471 d.C.
arregimentou seguidores, os levou a um alto
penhasco de onde vários se lançaram abaixo ao
seu comando. Em 744 d.C., Obadias de Isphahan
proclamou-se Messias, liderou uma rebelião
contra o Califa da Pérsia e foi morto. Em 1648
Sabetai Tzvi (16261676), um rabino sefardita
proclamou-se Messias. Diversos outros surgiram:
Davi Alroy (1160), Asher Lemmlein (1502), Isaac
Lauria (1572), Mordecai Mokiah (1680), Jacob
Frank (1726-1771), Moses Luzzatto (1730).
John Nichols Thom (1799-1838) dizia ser a
reencarnação de Jesus Cristo em 1834, tendo
sido morto por soldados britânicos na Batalha de
Bossenden Wood, em 31 de maio de 1838 na
cidade de Kent, Inglaterra. Outro famoso ‘Cristo,´,
Arnold Potter (1804-1872), ex-líder mórmon
28
(Igreja dos Santos dos Últimos Dias) afirmava que
o espírito de Jesus Cristo entrou em seu corpo e
ele se tornou Filho do Deus vivo. Sua morte foi
inusitada: ele caiu de um penhasco durante sua
tentativa de “subir ao céu”.
Em 1863 Bahá’u’lláh (1817-1892) fundou a
FéBaháí. Nascido numa família muçulmana xiita,
desde 1844 afirmou ser o messias prometido para
todas as grandes religiões do mundo. William W.
Davies (1833-1906), líder da seita Reino dos Céus
localizado em Walla, Washington (1867-1881) se
apresentava como o Arcanjo Miguel e dizia já ter
vivido como Adão, Abraão e Davi. Quando seu
filho Arthur nasceu, em 11 de fevereiro de 1868,
Davies apresentou a criança como a
reencarnação de Jesus Cristo.
Em 1964, o Sul-coreano Ahn Sahng-Hong
(19181985) fundou a Igreja de Deus Nova Aliança
da Páscoa, mais tarde conhecida como a
Sociedade Missionária Mundial de Deus, e
afirmava ser Jesus Cristo, mais tarde, o próprio
Deus Pai. Jim Jones (1931-1978) fundou o
Templo dos Povos, inicialmente um líder
protestante, após desviar passou a se dizer a
reencarnação de Jesus, do faraó Akhenaton, de
Buda e até do Divino Pai. Alegando perseguição
religiosa nos EUA levou seus seguidores para
Jonestown, Guiana. Em 18 de novembro de 1978,
918 pessoas foram induzidas ao suicídio coletivo;

29
Jones foi encontrado morto com uma bala na
cabeça, supostamente suicídio.
Em 1975, Ariffin Mohammed fundou a seita Reino
dos Céus, na Malásia. Se dizia a reencarnação de
Jesus, de Shiva, de Buda e Maomé. Marshall
Applewhite (1931-1997), fundou a seita Portão do
céu, declarou-se Jesus Cristo e induziu seus
seguidores ao suicídio coletivo no dia 26 de março
de 1997, quando passou pela Terra o cometa
Hale-Bopp (interpretado pela seita como uma
nave espacial a buscá-los). Em 1989, Wayne
Bent (anteriormente Michael Travesser)
convenceu alguns adventistas do sétimo dia a
fundarem a Igreja o Senhor é a Nossa Justiça. No
ano 2000 disse ter ouvido Deus dizer: “Você é o
Messias”. Em dezembro de 2008 foi condenado
por abuso sexual de menores.
Matayoshi Mitsuo (1944-2018), político japonês
auto proclamado “o único Deus Matayoshi Mitsuo
Jesus Cristo”. Líder do Partido da Comunidade
Econômica Mundial, criado em 1997, anunciou
um governo mundial capaz de reconstruir a
economia do planeta. Afirmava o plano do juízo
final como o novo Jesus Cristo.
“Porque muitos virão em meu nome,
dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão
a muitos” (Mateus 24.5).

Atualmente há falsos cristos em diferentes partes


do mundo. Na Austrália, Alan John Miller, de
30
Queensland, afirma ser a reencarnação de Jesus
e sua esposa, Mary Luck, a reencarnação de
Maria Madalena. No Brasil, o astrólogo Álvaro
Theiss assegura, desde 1979, ser a reencarnação
de Jesus Cristo. Sua seita, a “Suprema Ordem
Universal da Santíssima Trindade”, mantém um
complexo no qual abriga seus seguidores, na
maioria mulheres. Adotou o nome de “Inri Cristo”
e se tornou um dos personagens mais conhecidos
no folclore de Curitiba, Paraná.
Na Sibéria, Sergey Anatolyevitch Torop fundou a
Igreja do último Testamento em 1990. Conhecido
como Jesus da Sibéria, cerca de dois mil
seguidores vivem em um acampamento dedicado
ao culto. Se autoproclama a “Palavra viva de Deus
Pai” e assegura: “tudo o que Deus quer dizer, ele
diz através dele”.
Em Porto Rico, José Luís Miranda, desde 1973,
assegurava ter recebido de dois anjos em
Massachusetts (EUA) a revelação de que ele era
o Messias, o Cristo reencarnado para salvar os
homens. Fundou a seita “Crescendo em Graça” e
proclamava: “Eu sou maior que Jesus… e ensino
melhor do que Jesus”. Em agosto de 2013
faleceu prometendo sua ressurreição. Como não
conseguiu voltar à vida, sua esposa assumiu a
seita após assegurar ser o “Arcanjo Miguel”.

31
Guerras, rumores de guerras e ódios entre as
nações

“A terra, porém, estava corrompida


diante da face de Deus; e encheu-se
a terra de violência” (Gênesis 6.11).

Desde os primórdios da humanidade a violência


tem destruído vidas, famílias, tribos, povos e
nações. Dos ódios emergem as guerras, fruto da
separação entre o homem e Deus. O Senhor
Altíssimo condenou o primeiro homicídio e
abomina a violência: “quem derramar o sangue do
homem, pelo homem o seu sangue será
derramado; porque Deus fez o homem conforme
a sua imagem.” (Gênesis 9.6). Há séculos as
guerras assolam as mais diferentes partes do
planeta, por falta de espaço nos ateremos a
alguns conflitos a partir do século XIX.
As guerras napoleônicas varreram a Europa entre
1803 e 1815, quando os exércitos de Napoleão
Bonaparte (1769-1821) conquistaram boa parte
da Europa. O imperador francês lutou mais de
sessenta batalhas e perdeu poucas. Entre 1848
e 1849 ocorria a primeira guerra pela
independência da Itália, a segunda em 1859 e a
terceira em 1866. A Inglaterra entrou em guerra
contra a China pela questão do ópio entre 1839 e
1860 e nos anos de 1853 se envolveu na Guerra
da Crimeia, que durou até 1856. Em 1870 a
França entrou em guerra contra a Prússia. Nos
32
anos de 1880 e 1881 eclodiu na África do Sul a
primeira guerra dos Bôeres. Em 1894 o Japão
invadiu a China, em 1898 os Estados Unidos e a
Espanha guerrearam pelo domínio do Caribe.

Nas Américas as lutas por independência


causaram centenas de conflitos violentos. Entre
1809 e 1825 a sangrenta guerra da independência
da Bolívia, na Argentina entre 1810 e 1816, no
Brasil entre 1822 e 1825, no Chile entre 1817 e
1818e no México entre 1810 e 1821. As guerras
por emancipação política causaram milhares de
mortes. Em 1861 eclodiu nos Estados Unidos a
Guerra da Secessão, durou até 1865 deixando
aproximadamente 600 mil mortos. Entre 1864 e
1870 o Brasil se aliou ao Uruguai e Argentina em
guerra contra o Paraguai, o saldo chegou a 700
mil mortos e centenas de cidades arruinadas.
No mesmo Brasil durante o século XIX ocorreram
dezenas de revoltas e guerrilhas. Somente a
cabanagem, na década de 1830, deixou 50 mil
mortos. A balaiada cerca de 15 mil mortos, a
Revolta de Canudos, nos anos 1896 e 1897,
deixou mais de 25 mil mortos. Ademais,
ocorreram outras até o início do século XX. Entre
1879 e 1883 o Chile confrontou a Bolívia e o Peru
na Guerra do Pacífico.
No século XX os sinais para a vinda de Jesus
nesse quesito, aumentaram. Além das centenas
de conflitos regionais por disputas pelo comando

33
de países em todos os continentes, ocorreram
duas guerras mundiais. A primeira entre 1914 e
1918 com quase 20 milhões de mortos e a
segunda entre 1939 e 1945, na qual morreram
aproximadamente 70 milhões de pessoas. A
Guerra Civil Espanhola (1936-1939) deixou meio
milhão de mortos. Após a II Grande Guerra (1939-
1945) eclodiram centenas de conflitos pelo
mundo, a Guerra da Coreia (1950-1953), cujo
rumor de guerra permanece até hoje. Apenas
mais alguns poucos exemplos deste sinal sobre a
vinda de Jesus: a guerra do Vietnã (1965-1975)
ceifou três milhões de vidas, a Guerra Civil
angolana teve início em 1975 e continuou, com
intervalos, até 2002 deixando quase um milhão de
mortos (as agências oficiais se negam a informar
exatamente o número de vítimas). A guerra civil
na Argélia durou de 1991 até 2002 e deixou mais
de 200 mil mortos. A Guerra Civil do Djibuti
assolou o país entre 1991 e 1994. Duas guerras
civis do Congo (em 1996-1997 e 1998-2003) e
duas guerras civis em Costa do Marfim (2002 e
2011) devastaram os dois países.

As guerras Árabe-israelenses abalaram o Oriente


Médio e o mundo em 1948-1949, 1953, 1967 e
1973. O Egito entrou em Guerra contra Líbia em
1977, a Libéria viveu a sangrenta primeira Guerra
Civil entre os anos de 1989 a 1996, e a segunda
entre 1999 e 2003. Moçambique esteve em
Guerra Civil de maio de 1976 a outubro de 1992 e

34
mais de um milhão de pessoas morreram em
decorrência da fome e dos combates. A Namíbia
viveu uma sangrenta Guerra civil durante de 1966
a 1990, com milhares assassinados. A Guerra Na
República do Congo, desde a década de 1960
com diferentes níveis de intensidade, matou mais
seis milhões de pessoas, foi o conflito que fez o
maior número de vítimas desde a Segunda
Guerra Mundial.
A guerra civil na Nigéria durou de 1967 a 1970 e
causou a morte de dois milhões de civis e 250 mil
militares. Uganda viveu uma intensa Guerra Civil
entre 1982-1986. Desde 1991 a Somália está em
Guerra Civil (com a interferência da Etiópia), um
conflito causador de mais de um milhão de mortos
apenas em números militares. Infelizmente a
África, ferve em conflitos pelas mais diferentes
regiões, mas cremos que os exemplo citados já
são suficientes para nos lembrar a brevidade da
volta do Senhor.
A invasão dos comunistas soviéticos sobre o
Afeganistão entre 1979 e 1989 deixou três
milhões de mortos e quatro milhões de refugiados,
sem contar os desaparecidos. A Guerra entre Irã
e Iraque (1980-1988) causou mais de oitocentos
mil mortos do lado iraniano e meio milhão no lado
iraquiano.
No início da manhã de 11 de setembro de 2001,
19 sequestradores assumiram o controle de
quatro aviões comerciais e orquestraram um
ataque coordenado às torres gêmeas do World

35
Trade Center causando a morte de milhares de
pessoas. Um prenúncio para as guerras e
rumores de guerras no tempestuoso século XXI.
Em 2003 forças internacionais lideradas pelos
Estados Unidos invadiram o Iraque com fortes
consequências até os de hoje.
O terrorismo islâmico assola dezenas de países
africanos mantendo um estado permanente de
medo e terror. Desde 2003 Darfur está em conflito
e o Magrebe vive constante ataques da
insurgência islâmica. A datar de 2004 o Níger está
em Guerra declarada, assim como Vivo e a
República Centro-africana. A partir de 2007 o Mali
vive novo ciclo de guerras entres várias tribos.
Atualmente, dezenas de guerras e movimentos
separatistas estão em andamento na África e
Ásia, Chade, Iêmen, Iraque, Curdos na Turquia e
Iraque.
Em 2014 a Organização das Nações Unidas
(ONU) realizou uma pesquisa entre 162 países e
constatou que somente onze não estavam
envolvidos, direta ou indiretamente, em conflitos.
A Síria está em guerra civil desde 2011, com mais
de seis milhões de refugiados e quase um milhão
de mortos. Arábia Saudita e Tunísia enfrentam
grupos insurgentes desde 2015, a República dos
Camarões desde 2016. Anos após anos, rumores
de Guerra crescem em diferentes países da Ásia
e África.

36
Sem dúvida, os sinais apresentados são mais do
que suficientes para despertarmos do sono e
percebermos quão iminente é a segunda vinda de
Jesus Cristo. Prepara-te!

“Não vos admireis quanto a isso, pois


está chegando a hora em que todos
os que repousam nos túmulos ouvirão
a sua voz” (João 5.28).

As fomes

Dominações colonialistas, guerras, revoltas,


epidemias, tragédias climáticas, terremotos,
governos corruptos – entre outras circunstâncias
– são as mais comuns fontes causadoras de
grandes fomes em diferentes épocas. Sem perder
de vista a presença das graves crises de fome
assolando o mundo desde que as primeiras
cidades foram construídas, nos ateremos a partir
do século XIX. Assim como acontece com outros
sinais para a segunda vinda de Cristo, muitos
naturalizam as fomes apenas como consequência
da natureza ou da crueldade humana.

Ao longo do século XIX a Irlanda sofreu diversas


crises na agricultura, culminando na grande fome
entre 1845 e 1848 por ocasião de uma severa
peste na cultura de batatas, o principal produto

37
alimentar dos pobres. Devastadora, a fome matou
milhões de irlandeses e provocou a emigração de
mais de oito milhões de pessoas, a Escócia foi
atingida na década seguinte. Nas décadas de
1810 e 1840 a China passou por fomes tão fortes
que 45 milhões de pessoas morreram, nos anos
1850 e 1860 outros sessenta milhões pereceram
pela fome na Dinastia Quing. Ainda na década de
1810, a Espanha sofreu severa escassez de
produtos agrícolas causando a morte de mais de
20 mil pessoas. Na década de 1830 quase a
metade da população de Cabo Verde literalmente
desapareceu pela fome. Entre 1865 e 1870 mais
de quatro milhões de indianos morreram em duas
ondas de fome. Na década de 1870 mais de dois
milhões de persas perderam suas vidas por
inanição e secas.
Nos últimos anos da década de 1880, um terço da
população etíope desapareceu, na Rússia entre
1891 e 1893 mais de 500 mil pessoas perecerem
pela fome agravada por péssimas condições de
trabalho e o inverno rigoroso. As guerras em
África, Ásia e Europa incrementavam mortes por
fome: durante a Primeira Guerra Mundial um
bloqueio britânico causou a morte de 750 mil
alemães famintos. Na região de Monte Líbano
quase metade da população morreu por inanição
e desnutrição durante o conflito. Por outro lado,
durante a Segunda Guerra Mundial, o cerco dos
alemães a Leningrado durou cerca de novecentos
dias e causou a morte de mais de um milhão de
38
pessoas por fome, doenças e congelamento. O
cerco nazista à Grécia entre 1941 e 1942 causou
a morte de mais 300 mil pessoas.
Entre 1917 e 1920 quase 26% de toda população
do Norte iraniano morreu de fome. Em 1921 sob
o governo comunista de Vladimir Lênin cinco
milhões de russos morreram de fome. No final da
década de 1920 a forte seca no Norte da China
causou a morte de três milhões de pessoas. Em
1936 a estimativa chegou a cinco milhões devido
por uma segunda onda de secas. Entre 1932 e
1933 o governo comunista de Josef Stalin, na
União Soviética, assassinou por meio da forme
mais de dez milhões de ucranianos através dos
bloqueios de alimentos: o episódio ficou
conhecido como o holocausto ucraniano ou a
Grande Fome da Ucrânia.

Em 1943, no meio da Segunda Guerra Mundial


(1939-1945), uma onda de fome atingiu Bengala
(Índia) matando quatro milhões de pessoas. Pós-
devastação da Segunda Guerra Mundial, a União
Soviética viveu entre 1946 e 1947 uma terrível
crise agrícola associada aos rigores climáticos
com dois milhões de mortos. Em 1959 a China
sob o governo do partido comunista na liderança
de Mao-Tse-Tung perdeu vinte milhões pessoas
por fome, no final da década de 1960 a falta de
alimentos levou à morte mais um milhão e
quinhentas mil pessoas. No início da década de

39
1970 uma forte seca no Sahel – Norte da África –
causou a morte de um milhão de pessoas.

As lutas sangrentas e ascensão ao poder do


partido comunista Khmer Vermelho no Camboja
entre 1975 e 1980 causou a morte de mais dois
milhões de pessoas por trabalhos forçados,
eliminação dos não comunistas e fome
gravíssima. Entre 1990 e 2003 o Iraque enfrentou
condições de fome severa, com altas taxas de
desnutrição e quase 900 mil mortos. O governo
comunista na Coreia do Norte vive em ciclos
recorrentes de fome gravíssima enquanto sua
elite gasta bilhões de dólares com armamentos:
estima-se mais de três milhões de mortes por
fome nos últimos 40 anos.

Na Somália, entre 1991 e 1993, foram ceifadas


quase 200 mil vidas. Entre 1998 e 2004 a segunda
guerra do Congo levou mais de três milhões e
oitocentas mil pessoas à morte por meio das
fomes e doenças. Desde 2003 o Sudão atravessa
uma grave crise de fome. Desde 2008, na região
do Chifre da África, a Somália, a Etiópia, a Eritreia,
a Somalilândia e o Quênia atravessam graves
crises de fome. Na Ásia, .o Afeganistão,
Bangladesh, Leste da África, Quênia e
Tadjiquistão atravessam duríssimas crises de
fome. Em abril de 2016, a Índia experimentou sua
pior seca em 40 anos, levando mais de 300
milhões de pessoas a lutar para encontrar água

40
suficiente para beber. Em 2010 mais de 900 mil
pessoas passavam fome grave na Venezuela, a
situação foi piorando a tal ponto que em 2019 já
são mais de quatro milhões de pessoas vivendo
em miséria e fome.

Sem incluir dezenas de outros exemplos, vale


refletir sobre a relação entre a recorrência das
fomes pelo mundo e a segunda vinda de Jesus.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito Santo
diz às igrejas.

As pestes

“E haverá em vários lugares grandes


terremotos, e fomes e pestilências;
haverá também coisas espantosas e
grandes sinais do céu.” (Lucas 21.11).

Vivemos o tempo profético conhecido como “o


princípio das dores”. Assim como as fomes e as
guerras, as pestes assolam a humanidade desde
a antiguidade. Durante os séculos XIV, XV e XVI
a peste bubônica ganhou o apelido de Peste
Negra e causou a morte de 90 milhões de
pessoas. Apenas entre 1310 e 1399 foram quase
50 milhões de mortos na Europa: a população foi
reduzida à metade. No século XIX as epidemias
de cólera varriam os continentes: na década de

41
1810 ocorreu a primeira “epidemia global” de
cólera documentada, proveniente do sudeste
asiático para o resto do mundo; desde então, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou
sete pandemias; até 1860 foram registrados
quase 15 milhões de mortos na Índia e mais de 2
milhões na Rússia. Durante a quinta pandemia
houve 120 mil mortes na Espanha, em 1885; a
sexta pandemia começou em 1899, se estendeu
até 1923 e causou a morte de 500 mil russos,
quase um milhão de indianos, 200 mil filipinos e
outros milhares no sudeste asiático. A última
pandemia de cólera começou na Indonésia em
1961 e se estendeu pela Ásia, Europa e África. Na
década de 1990 a cólera matou quase cinco mil
pessoas na América Latina.

A varíola foi outra pestilência assassina no século


XIX; nas décadas de 1810 e 1820 causou quase
826 mil mortes na Rússia e se estendeu por quase
toda Europa. Pestes e fomes são nefastas
companhias das guerras, somente durante a
Guerra Franco prussiana (1870-1871) mais de
500 mil pessoas morreram por varíola.
Na segunda década do século XX, após a
Primeira Guerra Mundial, o mundo foi abalado
pela pandemia de um tipo do Corona vírus
denominado H1N1: foram mais de 70 milhões de
mortos em três anos. Somente no Brasil, trinta e
cinco mil e quarenta pessoas morreram. Apenas
para efeito de comparação, proporcionalmente à
42
população da época, seria como se hoje o
COVID19 causasse a morte de 220 mil pessoas.
Em 1957 uma cepa de gripe aviária, denominada
H2N2 surgiu na China, seis meses depois já
estava presente em todos os continentes, se
adicionarmos a segunda onda de infecção chega-
se a quase 500 mil mortos. Na década de 1960
surgiu em Hong Kong uma cepa do subtipo H3N2
que contaminou a Europa, América, Sudeste
Asiático e África causando a morte de quase três
milhões de pessoas. No início da década de 1980,
após a detecção do primeiro caso de AIDS em
São Francisco, EUA, o vírus HIV causou a morte
de 32 milhões de pessoas, e infectou mais de 33
milhões de indivíduos em todo o mundo.
Em abril de 2015 a gripe aviária surgiu em 16
estados Norte-americanos, especialistas
disseram se tratar do pior surto de gripe aviária
nos Estados Unidos em 30 anos. A COVID19 é
outro caso exemplar: o SARS-2, surgido na
cidade de Wuhan na China em dezembro de
2019, tem sua letalidade entre 3 e 6% dos
contaminados, portanto, acima do vírus causador
da gripe espanhola. O vírus se espalhou por
quase todos os países e infectou mais de 203
milhões pessoas em todo o mundo, com o registro
de mais de quatro milhões e oitocentas mil mortes
até 08 de agosto de 2021, segundo a OMS.
Somente no Brasil, já se atribui mais de 560 mil
mortes à pandemia da COVID-19.

43
As pedras gritam o fim dos tempos. A crescente
recorrência dos sinais demonstram a fidelidade
das profecias bíblicas. Nós realmente vivemos
tempos proféticos; busquemos nosso refúgio no
Senhor com uma fé viva na Palavra de Deus: “Ele
te livrará do laço do passarinheiro e da peste
perniciosa” (Salmos 91.3).

Os terremotos

“E, respondendo ele, disse-lhes: Digo-


vos que, se estes [os discípulos] se
calarem, as próprias pedras
clamarão.” (Lucas 19:40).

Por absoluta falta de espaço nos ateremos aos


terremotos ocorridos a partir do século XX. Os
abalos sísmicos ocorrem com uma frequência
cada vez maior nas mais diferentes partes do
planeta; Pelo fato do Brasil ocupar
geograficamente uma região no centro de uma
das placas tectônicas do planeta, ocorrem poucos
abalos sísmicos destrutivos em nosso país.
Apesar disso, ao longo da segunda metade do
século XX o número de terremotos foi
significativo. Em janeiro de 1955, no Mato Grosso,
mais precisamente na Serra do Trombador,
ocorreu um terremoto de 6,6 graus na escala
Richter, o maior registrado na história do Brasil.
No mesmo ano, em Vitória (ES) houve um abalo
sísmico de 6,3 graus na escala Richter. Na

44
década de 1980 João Câmara, município do Rio
Grande do Norte, foi atingido por uma série de
terremotos: o mais grave ocorreu em novembro
de 1986, quando a cidade tremeu provocando a
destruição de 4 mil imóveis.

Na década de 1950 na península de Kamkatcha,


na Rússia, um tsunami devastador causou a
morte de mais de duas mil pessoas; ele foi
originado um terremoto no Oceano Pacífico, cuja
magnitude alcançou 9,0 pontos na escola Richter;
na década de 1960, o Chile passou por um
terremoto de altíssima intensidade (9,5 graus) na
região de Valdivia e Puerto Monte; o evento foi
sentido no Havaí, nas Filipinas e até no Japão;
estima-se quase mil e setecentas mortes com
mais de três mil feridos. O Alasca foi atingido por
um terremoto de magnitude 9,2 em março de
1964, trata-se do mais forte já registrado na
América do Norte. Além de devastar Anchorage,
gerou um tsunami que varreu o Golfo do Alasca,
a costa oeste dos Estados Unidos e chegou até
ao Havaí.

Na década de 1970 O terremoto mais destrutivo


da história do Peru matou quase 80 mil pessoas
na região dos Andes. O tremor durou 45
segundos, atingiu 7,8 graus de magnitude,
destruiu a cidade de Huaraz causando a morte da
metade de sua população; provocou um
deslizamento de terra que soterrou e apagou do

45
mapa a cidade de Yungay, na província de
Áncash. Ainda na mesma década, a Guatemala
acordou na madrugada do dia 4 de fevereiro de
1976 com um terremoto de 7,5 de magnitude,
causando mais de 23 mil mortos e 76 mil feridos,
duas cidades, Chimaltenango e Guastatoya,
desapareceram por completo.

Em 19 de setembro de 1985 a cidade do México


foi devastada pelo pior terremoto da sua história;
o sismo atingiu 8,3 na escola Richter, deixou
milhares de prédios danificados e quase trinta mil
pessoas mortas. Em 1995 a cidade de Kobe no
Japão sofreu um dos piores tremores de sua
história. O aumento do número e da intensidade
dos terremotos deveria servir para sacudir
também o íntimo dos seres humanos, para que se
libertassem de sua inércia espiritual.

No século XXI a frequência dos terremotos


aumenta gradativamente; no Japão já se registrou
num único fim de semana, uma cadeia de mais de
200 tremores. Especialistas divergem entre si,
mas grupos confiáveis falam em 500 mil tremores
por ano, dos quais apenas mil podem ser
percebidos. Em dezembro de 2004, um terremoto
com magnitude 9,1 graus atingiu Sumatra e
diversas ilhas do oceano índico, foi o terceiro
maior da história; seguiu-se um tsunami com dez
metros de altura a devastar o Sri Lanka, Índia,
Tailândia, Malásia e Bangladesh; ambos

46
causaram a morte de 230 mil pessoas e deixaram
227 mil desabrigadas; estima-se que o sismo
tenha diminuído o comprimento dos dias na Terra
em 6,8 microssegundos.

Novamente no Chile um terremoto de 8,8 pontos


destruiu a costa da região do Maule e deixou mais
de 12 mil feridos. Em março de 2005, novamente
na Indonésia, Sumatra foi alvo de um terremoto
com magnitude 8,6 pontos, mais de 1.300
pessoas morreram na ilha de Nias e centenas em
Simeulue, Kepulauan Banyak, e Meulaboh. Em
maio de 2006, um terremoto de 6,2 graus na
escala Richter e 57 segundos de duração atingiu
a ilha de Java originando 6.234 mortos, 20 mil
feridos e 340 mil desabrigados. Em 2012, outro
terremoto de 8.6 pontos atingiu novamente a
região de Sumatra.

No dia 12 de janeiro de 2010, um terremoto de


magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o Haiti,
matando 250 mil pessoas e deixando cerca de 1,5
milhão desabrigadas. Em 11 de março de 2011 o
Japão foi atingido por um terremoto de 9,0 pontos,
por conseguinte um tsunami varreu a costa do
país, principalmente a região nordeste. A cidade
de Fukushima, por conta de graves danos em sua
usina nuclear, tornou-se uma cidade-fantasma:
quase 15 mil mortos, 16 mil desaparecidos e 136
mil desabrigados. Uma série de terremotos
destruiu vilarejos no Irã em 11 de agosto de 2012,

47
ao menos 300 pessoas morreram e mais de 3 mil
ficaram feridas.

Em setembro de 2013, um terremoto com


magnitude de 7,7 sacudiu a província Baluchistão,
no Paquistão, deixando ao menos 500 pessoas
mortas; o impacto criou uma nova ilha na costa
paquistanesa. Em outubro de 2013, um terremoto
de 7,2 graus de magnitude sacudiu o centro do
arquipélago filipino originando centenas de
mortos e quase mil feridos. No ano de 2014 a
destruição chegou à China através de um
terremoto de 6,1 graus na escala Richter no
sudOeste do país; quase 500 mortes e dois mil
feridos. Em 25 de abril de 2015, um terremoto
causou a pior catástrofe natural a atingir o Nepal
em 80 anos: nove mil pessoas mortas e 22 mil
feridos.

Um terremoto no Equador em abril de 2016 matou


670 pessoas e deixou quase 13 mil feridos. Em
2017 vários terremotos fortes na região
montanhosa entre o Irã e o Iraque provocaram
400 mortes e deixaram sete mil feridos com 70 mil
desabrigados. No México, dois terremotos no mês
de setembro do mesmo ano mataram quase 600
pessoas e deixaram milhares de feridos. Em julho
de 2021, um terremoto no Alaska atingiu 8,2
pontos. Em agosto, no Haiti, um tremor chegou à
7.2, deixando mais de trezentos motos e milhares
de feridos.

48
A natureza segue falando o que muitos não
querem ouvir.

“Porque se levantará nação contra


nação, e reino contra reino, e haverá
terremotos em diversos lugares, e
haverá fomes e tribulações. Estas
coisas são os princípios das dores.”
(Marcos 13:8).

A perseguição cruel aos cristãos

“Mas olhai por vós mesmos, porque


vos entregarão aos concílios e às
sinagogas; e sereis açoitados, e
sereis apresentados perante
presidentes e reis, por amor de mim,
para lhes servir de testemunho.”
(Marcos 13.9)

Outro sinal da vida do Senhor Jesus é a cruel


perseguição aos cristãos em todo o mundo. Logo
após a morte e ressurreição de Jesus as
perseguições profetizadas pelo Mestre já
começaram, atravessaram os séculos e crescem
a cada dia. Pela falta de espaço, nos ateremos
principalmente a segunda metade do século XX.

Seja pela intolerância islâmica, pelo ódio


antirreligioso do comunismo, pelos diferentes
tipos de preconceitos religiosos ou a fúria do reino
49
das trevas, os cristãos há muito tempo sofrem
dura: aprisionados, torturados, espancados,
desterrados, humilhados, queimados,
envenenados, fuzilados, esquartejados por amor
do Testemunho de Jesus em diferentes partes do
planeta ao longo dos séculos. No século XX a lista
é imensa: Cuba, China, Coreia do Norte, União
Soviética, ditaduras islâmicas em África e Ásia, na
Índia, Indonésia e partes de diversos países.

A história do cristianismo é uma história de


mártires; ainda hoje, cristãos genuínos são
duramente perseguidos pela sua fé. Segundo a
organização Open Doors International, nos 50
principais países onde é mais perigoso seguir o
Evangelho libertador de Jesus Cristo, apenas em
2019, 260 milhões de cristãos foram afetados por
níveis extremos de perseguição; o número é
superior aos 245 milhões de cristãos atacados em
2018. Seguir a Jesus nesses países é motivo para
ser aprisionado, torturado e morrer. Os doze
países onde viver a fé cristã é um convite à morte
em 2020 são: Coreia do Norte, Afeganistão,
Somália, Líbia, Paquistão, Eritreia, Sudão, Iêmen,
Iran, Índia, Síria e Nigéria. A Ásia é o continente
com a maioria dos países cujas leis garantem a
perseguição física decorrente da fé em Jesus
Cristo. A África ficou em segundo lugar com 19
países e a América Latina em terceiro com apenas
a Colômbia.

50
Diferentemente do Brasil onde sofremos apenas
desprezo e violência psicológica, em centenas de
a violência é legalizada e estimulada. Diversas
formas de agressão física e psicológicas,
expulsão das famílias, espancamentos, incêndios
em igrejas, casas e lojas de cristãos, demissões,
estupros, sequestros, desterros e vexações
públicas são formas de perseguição rotineiras.
Em muitos países da África, milhares de meninas
e mulheres cristãs são capturadas, espancadas,
violentadas e vendidas como escravas apenas
por serem cristãs. No Irã cristãos são enforcados
pela acusação de tornarem pública a sua fé; o
Estado iraniano vigia e persegue todos os tipos de
cristianismo, os cultos na língua local são
proibidos e convertidos podem ser condenados à
morte em muitas cidades.

Na Índia, a perseguição aos cristãos é a maior de


todos os tempos, apesar do primeiro-ministro
fazer muitos discursos sublinhando respeito a
todas religiões. Na avaliação do pastor Richard
Howell, da Associação Evangélica da Índia, “O
hinduísmo político chegou ao governo e a
perseguição de minorias recomeçou … Todas as
semanas há três ou quatro incidentes de grupos
armados atacando cristãos”. Muitos cristãos vêm
sendo presos, forçados a fugir de suas casas e
atacados por seu envolvimento na pregação do
evangelho. Em alguns casos, membros de suas
famílias são assassinados para os forçar a parar

51
de anunciar a salvação em Jesus Cristo. Os novos
convertidos são atacados e sofrem exclusão
dentro de suas comunidades por terem
abandonado ao hinduísmo. As lei anticonversão
estão vigentes em cinco estados da Índia; o
radicalismo hindu está crescendo e dificilmente os
agressores de um cristão sofrem qualquer
punição.

Enquanto em nosso país, muitos negam servir ao


Senhor Jesus por problemas tão mesquinhos e
pequenos, o sangue de justos é derramado
apenas porque escolheram seguir a luz da vida.
Acrescente-se à perseguição, a disseminação
dos escândalos para confusão de muitos e o
surgimento dos falsos profetas semeando as
heresias de perdição.

“E sereis odiados por todos por amor


do meu nome; mas quem perseverar
até ao fim, esse será salvo” (Marcos
13.13).

O evangelho do reino será pregado em todo o


mundo, em testemunho a todas as nações

52
Em Mateus capítulo 24, versículo 14 está escrito:
“E este evangelho do reino será pregado no
mundo inteiro, em testemunho a todas as
nações, e então virá o fim”. “Este evangelho […]
será pregado no mundo inteiro” significa o amplo
alcance da mensagem de Salvação sobre todo o
mundo. Mas, se observamos com atenção
veremos:

a) não está escrito sobre cada pessoa,


individualmente, ser evangelizada em uma
mesma geração;

b) não diz que todos serão alcançados no


mesmo tempo histórico.

Por exemplo, as sete igrejas descritas em


Apocalipse estavam na região onde atualmente
fica localizada a Turquia. Ora, no primeiro século
aquela região foi amplamente evangelizada, mas
atualmente menos de 5% da população do país é
considerada alcançada. A Turquia pode ser
considerada um país no qual o evangelho do reino
foi pregado? O mesmo exemplo poderia ser
aplicado

a quaisquer outra parte do planeta, pois nesses


dois mil anos o Espirito Santo tem dirigido
apóstolos, profetas, evangelistas, pastores,
professores e outros cristãos a anunciar a boa

53
mensagem de liberdade, esperança e salvação
pelo poder do Evangelho de Jesus Cristo.

Em Marcos 13:10 está escrito: “Importa que o


evangelho seja primeiramente pregado entre
todas as nações”. Novamente, não define um
recorte temporal para essa pregação; dito de
outra forma, a Palavra da Vida poder ter sido
anunciada no século II em uma região (ou nação)
e no século X em outra. Ao longo dos séculos (e
mais intensamente nos dois últimos) o Evangelho
foi propagado por meio de todas as mídias
possíveis: rádio, internet, televisão, literaturas nos
mais variados formatos (folhetos, livretes, livros,
ensaios, Bíblias, etc.), músicas, pregações,
ensinos e testemunhos. O cristianismo se
estabeleceu pelo mundo inteiro por meio de
cristãos inflamados e guiados pelo Espirito Santo;
até mesmo clandestinamente em locais repletos
de inimigos da obra de Deus os seguidores de
Jesus dedicam suas vidas à propagação do amor
de Deus. Reconhecendo todo esse trabalho,
haveria no planeta uma região, na qual jamais se
ouviu o evangelho de Jesus nos últimos dois mil
anos?

Como visto, não há um sinal profetizado sem o


seu cumprimento já efetivado; além disso, as
recorrências acontecem com cada vez mais
intensidade.

54
Prepara-te ó Israel para encontrares com o teu
Deus. Lembrando? estes terríveis sinais nem se
comparam com as catástrofes assoladoras
profetizadas sobre o planeta para a Grande
Tribulação, conforme Apocalipse capítulos 6 a 19.

Desperta o teu coração, levanta-te para o Dia do


Senhor. Ele vem!

55
56
Capítulo V

O Arrebatamento da Igreja
“Assim também Cristo, oferecendo-se
uma vez para tirar os pecados de
muitos, aparecerá segunda vez, sem
pecado, aos que o esperam para
salvação” (Hebreus 9:28)

Num momento, como num abrir e fechar de olhos,


ante o soar da última trombeta os salvos serão
arrebatados da terra e encontrarão nos ares com
Jesus Cristo ressuscitado. Todos os cristãos em
comunhão com o salvador serão retirados
repentinamente naquele que será o evento inicial
da segunda vinda de Jesus.

O termo “arrebatamento” deriva do grego


ἁρπάζω, transliterado como harpazo, ambos
significam “captura”, “rapto”, “sequestro”, “tomada
à distância”. Harpazo, está em um tempo verbal
utilizado para ações inesperadas como a chegada
de ladrões à casa abruptamente. Na versão em
latim este termo foi traduzido para raptus, que é a
raiz da palavra portuguesa “arrebatamento”.
Portanto, a inspiração deseja revelar um evento

57
abrupto, inesperado, no qual bilhões de pessoas
desaparecerão ao mesmo tempo.

“ORA, irmãos, rogamos-vos, pela


vinda de nosso Senhor Jesus Cristo,
e pela nossa reunião com ele” (II
Tessalonicenses 2.1)

O arrebatamento ocorrerá de forma


inesperada

Estás preparado? Em Lucas 21.36 Jesus disse:


“Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que
sejais havidos por dignos de evitar todas estas
coisas que hão de acontecer, e de estar em pé
diante do Filho do homem”. Ao ser perguntado
sobre o tempo da sua vinda, o Mestre respondeu:
“estai vós apercebidos também; porque o Filho do
homem há de vir à hora em que não penseis”
(Mateus 24.44).

“Porque, assim como o relâmpago sai


do oriente e se mostra até ao
ocidente, assim será também a vinda
do Filho do homem” (Mateus 24.27).

Repentinamente “o dia do Senhor virá como o


ladrão de noite” (II Pedro 3.10). Na parábola das
dez virgens, o noivo saiu para uma terra longínqua
com a promessa de retorno sem revelar a data do

58
seu retorno, todos deveriam estar preparados,
com suas lâmpadas acesas para o momento do
encontro triunfal.

Por ocasião da demora, metade delas não fizeram


uma reserva de azeite para manter suas
lamparinas acesas. À meia-noite ouvir um grito: O
noivo chegou! Aquelas, cujas lâmpadas estavam
apagadas não puderem entrar nas bodas.

Segundo as Escrituras, o arrebatamento ocorrerá


“num abrir e fechar de olhos, ante o soar da última
trombeta”. A promessa fiel será cumprida: “Eis
que venho sem demora; guarda o que tens, para
que ninguém tome a tua coroa” (Apocalipse 3.11).

Subirão ao encontro do Senhor nos ares

Segundo as Escrituras, ante o soar da trombeta


os que já morreram em Cristo serão
ressuscitados, depois os cristãos vivos serão
arrebatados e encontrarão o Senhor nas nuvens.

“Num momento, num abrir e fechar de


olhos, ante a última trombeta; porque
a trombeta soará, e os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados” (I Coríntios
15:52).

59
A glória desse dia continua. I Tessalonicenses
4.16 afirma: os cristãos vivos serão tomados da
terra e levados aos céus. Complementando
Filipenses 3.20, sabemos que os arrebatados
terão os corpos transformados à semelhança do
Senhor. Que grande privilégio, ser feito coerdeiro
com Cristo e glorificado. Todos os salvos reunidos
com o Senhor.

“Porque o mesmo Senhor descerá do


céu com alarido, e com voz de
arcanjo, e com a trombeta de Deus; e
os que morreram em Cristo
ressuscitarão primeiro. Depois nós, os
que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas
nuvens, a encontrar o Senhor nos
ares, e assim estaremos sempre com
o Senhor” (I Tessalonicenses
4.16,17).

Essa é a primeira ressurreição. Já os ímpios


ressuscitarão apenas após o milênio para
enfrentar o juízo final e dali para o fogo eterno, isto
é, a segunda morte conforme descrito em
Apocalipse 21:8.

“E muitos dos que dormem no pó da


terra ressuscitarão, uns para vida
eterna, e outros para vergonha e
desprezo eterno” (Daniel 12.2).
60
Os crentes arrebatados não verão a terrível
Grande Tribulação

Há uma discussão teológica sobre a passagem,


ou não, da igreja pela Grande Tribulação; as
Sagradas Escrituras mostram com clareza a
misericórdia do Pai para com o seu povo. O dia da
Ira de Deus não foi preparado para o povo remido
do Senhor, portanto, é o plano de Deus livrar o
seu povo do terrível governo do Anticristo. A Igreja
sofrerá tribulações e duras perseguições, mas
não o viverá Dia da Ira. Após o início do governo
do Anticristo o temor igreja não é citado uma única
vez em Apocalipse. Atualmente, vivemos o tempo
conhecido como princípio das dores, com dias de
aflição e perseguição até o Dia da Redenção,
marcado pelo arrebatamento da igreja.

a) Jesus nos livrará da ira futura

A Escritura é clara: a igreja está a “esperar dos


céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os
mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira
futura.” (I Tessalonicenses 1:10). O Senhor
livrará o seu povo dos terríveis dias de caos que
assolará o planeta Terra, nos quais cairão
meteoros e corpos celestes como profetizado nos

61
capítulos 6, 7, 8 e 9 de Apocalipse; e, ainda nem
citamos a parte final da Grande Tribulação com o
derramamento das taças da ira de Deus e a
batalha do Armagedom.

A igreja não foi destinada para receber o juízo a


Ira de Eterno: “Porque Deus não nos destinou
para a ira, mas para a aquisição da salvação,
por nosso Senhor Jesus Cristo” (I
Tessalonicenses 5.9). Há enorme diferença entre
as tribulações provocadas pelos homens ou por
Satanás, daquela que será a Grande Tribulação
decorrente do derramamento da ira de Deus
sobre todos os habitantes da Terra. A abertura
dos selos, o toque das trombetas e o derramar
das taças da ira de Deus atingirão todos os
habitantes do planeta, mas o Senhor livrará sua
igreja remida destes acontecimentos.

“Vemos, portanto, que o Senhor sabe


livrar os piedosos da provação e
manter em castigo os ímpios para o
dia do juízo.” (II Pedro 2.9).

Não somos filhos da ira, “[...] como os outros


também [aqueles que não seguem a Jesus
Cristo]” (Efésios 2.3) 1 . Apocalipse 6:15 a 17

1
“Entre os quais todos nós também antes andávamos nos
desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os
outros também “ (Efésios 2:3)
62
mostra todos os vivos na Grande Tribulação
alcançados pela ira do Senhor.

“15 E os reis da terra, e os grandes, e


os ricos, e os tribunos, e os
poderosos, e todo o servo, e todo o
livre, se esconderam nas cavernas e
nas rochas das montanhas;
16 E diziam aos montes e aos
rochedos: Caí sobre nós, e escondei-
nos do rosto daquele que está
assentado sobre o trono, e da ira do
Cordeiro; porque é vindo o grande dia
da sua ira; e quem poderá subsistir?”
(Apocalipse 6:15-17).

No verso 1 do capítulo 16 de Apocalipse diz:


“OUVI, vinda do templo, uma grande voz, que
dizia aos sete anjos: Ide, e derramai sobre a
terra as sete taças da ira de Deus”. Deus
derramaria sua ira sobre a sua igreja?
Logicamente, não. O texto diz “derramai sobre a
terra”, portanto, os fiéis do Senhor não estarão na
terra durante este período específico. Em
Apocalipse 9 versos 20 e 21 diz qual a identidade
dos homens que não foram mortos pelas pragas
da Ira do Senhor, a sua descrição é muito
diferente do povo de Deus.

63
“20 E os outros homens, que não
foram mortos por estas pragas, não se
arrependeram das obras de suas
mãos, para não adorarem os
demônios, e os ídolos de ouro, e de
prata, e de bronze, e de pedra, e de
madeira, que nem podem ver, nem
ouvir, nem andar.
21 E não se arrependeram dos seus
homicídios, nem das suas feitiçarias,
nem da sua prostituição, nem dos
seus furtos.” (Apocalipse 9:20,21)

Em Apocalipse 3.10 o Senhor Jesus prometeu à


igreja: ““Como guardaste a palavra da minha
paciência, também eu te guardarei da hora da
tentação que há de vir sobre todo o mundo, para
tentar os que habitam na terra” (Apocalipse 3:10).
Os cristãos verdadeiros serão guardados do
grande mal que virá ao mundo após o rapto da
igreja fiel. Para aqueles que acreditam ter sido a
promessa acima feita apenas à igreja de Filadélfia
ou referente a alguma perseguição local sofrida
pelos cristãos daquela cidade no século II, eu
gostaria de lembrar: a carta à igreja de Filadélfia
termina dizendo: Quem tem ouvidos, ouça o
que o Espírito diz às igrejas.

O Eterno está falando às igrejas e não apenas


para uma comunidade específica; em segundo
lugar, a profecia se refere a “hora da tentação que

64
virá sobre o mundo”, isto é, uma provação global
com destruição e dor para todo o planeta ao
mesmo tempo.

b) O Anticristo somente se manifestará até que


um que o resiste seja retirado do mundo

O Anticristo somente se manifestará após a


retirada de “um que o resiste”. Não há nenhum
versículo afirmando o domínio do Anticristo antes
da igreja arrebatada, pelo contrário, ele somente
poderá se manifestar após um que o resiste ser
retirado.

“6 E agora vós sabeis o que o detém,


para que a seu próprio tempo seja
manifestado.
7 Porque já o mistério da injustiça
opera; somente há um que agora
resiste até que do meio seja tirado;
8 E então será revelado o iníquo, a
quem o Senhor desfará pelo assopro
da sua boca, e aniquilará pelo
esplendor da sua vinda.” (II
Tessalonicenses 2)

65
No fim da Grande Tribulação o Senhor Jesus
descerá em glória e todo o olho o verá como está
escrito em Apocalipse 1.7 e na segunda metade
do capítulo 19.

“Eis que vem com as nuvens, e todo o


olho o verá, até os mesmos que o
traspassaram; e todas as tribos da
terra se lamentarão sobre ele. Sim.
Amém” (Apocalipse 1.7)

Como já vimos, o Senhor Jesus destruirá o


Anticristo e o Falso profeta na grande batalha do
Armagedom e prenderá Satanás por mil anos.
Nesta ocasião ele descerá sobre o monte das
Oliveiras que será fendido ao meio, para o oriente
e o ocidente, abrir-se-á um vale muito grande
entre as duas partes do monte. Será cumprida a
profecia de Zacarias 14:4 e 5:

“4 E naquele dia estarão os seus pés


sobre o monte das Oliveiras, que está
defronte de Jerusalém para o oriente;
e o monte das Oliveiras será fendido
pelo meio, para o oriente e para o
ocidente, e haverá um vale muito
grande; e metade do monte se
apartará para o Norte, e a outra
metade dele para o Sul.
5 E fugireis pelo vale dos meus
montes, pois o vale dos montes

66
chegará até Azel; e fugireis assim
como fugistes de diante do terremoto
nos dias de Uzias, rei de Judá. Então
virá o SENHOR meu Deus, e todos os
santos contigo.”
O final do versículo 5 revela: “e todos os santos
contigo”, isto é, a igreja remida descerá ao lado do
Senhor Jesus para condenar os inimigos de Deus
e instaurar o reino do messias (o milênio). A
profecia é confirmada em Judas 14 e no verso 13
de I Tessalonicense 3.

“Para confirmar os vossos corações,


para que sejais irrepreensíveis em
santidade diante de nosso Deus e Pai,
na vinda de nosso SENHOR Jesus
Cristo com todos os seus santos.” (I
Tessalonicenses 3.13).

Portanto, a vinda do Senhor tem uma fase inicial


com o arrebatamento da igreja e se conclui na
descida gloriosa para destruir o Anticristo e o falso
profeta e glorificar Israel no período milenial, como
veremos nos próximos livretes desta série.

67
c) As parábolas e ensinos do Senhor Jesus
avisam sobre o arrebatamento antes da Ira
de Deus

A vinda do Senhor surpreenderá a quase todos.


Os maus servos dizem em seu coração: “O meu
Senhor, tardará e não virá” (Mateus 24.48); mas
felizes serão os servos vigilantes e preparados
pela fé na Palavra de Deus.

Bem-aventurado aquele servo que o


seu senhor, quando vier, achar
servindo assim (Mateus 24.46).

Em outro ensinamento o Senhor Jesus lembrou


aos discípulos sobre o fato de que sua segunda
vinda se assemelharia aos dias de Noé: “como foi
nos dias de Noé, assim será também a vinda do
Filho do homem” (Mateus 24.37). As pessoas
estarão concentradas em suas tarefas, projetos,
empregos, cuidando de seus problemas diários,
imaginando a vinda do Senhor para outro dia.

“Porquanto, assim como, nos dias


anteriores ao dilúvio, comiam,
bebiam, casavam e davam-se em
casamento, até ao dia em que Noé
entrou na arca; E não o perceberam,
até que veio o dilúvio, e os levou a
todos, assim será também a vinda do
Filho do homem” (Mateus 24.38,39).

68
Note: como foi nos dias de Noé, é exatamente o
que vemos hoje: “E viu o SENHOR que a maldade
do homem se multiplicara sobre a terra e que toda
a imaginação dos pensamentos de seu coração
era só má continuamente” (Gênesis 6.5).

“E viu Deus a terra, e eis que estava


corrompida; porque toda a carne
havia corrompido o seu caminho
sobre a terra” (Gênesis 6.12).

Ocupados demais, não se importavam com a


pregação de Noé sobre o dilúvio. Dedicavam suas
vidas egoístas a projetos materiais tendo suas
mentes cauterizadas, honrando e servindo mais a
criatura do que a criador por meio de vãs filosofias
do coração humano. Separados da vida de Deus
pela ignorância de seu coração, buscavam a
felicidade como razão de sua existência. Os sinais
do dilúvio foram desprezados até que veio o
tempo do fim, quando “não o perceberam”.

Assim será na vinda do filho do homem.

Igualmente, nos dias da destruição de Sodoma


(Lucas 17.28,29), as pessoas corrompidas pelo
ódio, amargura, violência, prostituição, amor ao
dinheiro, idolatrias, bebedices e imoralidades não
se atentavam para as profecias diante dos seus
olhos. O tempo do fim os surpreendeu quando
menos esperavam.

69
“Então, estando dois no campo, será
levado um, e deixado o outro; estando
duas moendo no moinho, será levada
uma, e deixada outra” (Mateus 24.40,41).

Não é exatamente assim hoje? O Mestre ensinou


a iminência de seu retorno exatamente quando
os homens estivessem desapercebidos, até ser
tarde demais.

O tempo está próximo

Querido irmão e querida irmã, cultive uma vida


rica da presença de Deus todos os dias. Com
arrependimento sincero e fé viva nas Escrituras
permita que a Palavra do Eterno transborde em
seus sentimentos e pensamentos; o seu poder
curativo e libertador preparará nossas vidas para
o grande encontro com o Senhor. O Sangue de
Jesus nos purifica de todo o pecado (I João 1.7),
por meio da fé na Palavra de Deus nós vencemos
o mundo, a carne e o diabo (I João 2.14); somos
selados pelo Espirito Santo para o dia da
Redenção (Efésios 4.30).

Aqueles que amam o mundo, e seus pecados, não


podem ter neles o amor de Deus (I João 2.15),
pois os amigos do mundo se constituem inimigos
de Deus (Tiago 4.4); Mas, o Evangelho da

70
Salvação nos reconcilia com Deus pela morte de
seu filho e nos salva pela sua vida (Romanos
5.11). Ele vem buscar os seus, portanto,
cresçamos na Graça e no Conhecimento do
Salvador.

“Tendo por certo isto mesmo, que


aquele que em vós começou a boa
obra a aperfeiçoará até ao dia de
Jesus Cristo” (Filipenses 1.6).

Quando a vida de Deus transborda em nós pela


salvação concedida a todo aquele que nele crê e
o segue, nós vencemos o mundo. Essa é a vitória
que vence o mundo, a nossa fé na Palavra de
Deus.

“Porquanto a vontade daquele que me


enviou é esta: Que todo aquele que vê
o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna;
e eu o ressuscitarei no último dia”
(João 6.40).

Cada cristão regenerado é um herdeiro da


promessa: “Eu voltarei para vós” (João 14.18).
Apenas creia em Jesus Cristo, o Filho de Deus e
o siga de todo o coração, pois “aquele me segue
não andará em trevas, mas terá a luz da vida!”
(João 8.12). A vitória infalível o aguarda: “quando
71
isto que é corruptível se revestir da
incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir
da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que
está escrita: Tragada foi a morte na vitória!” (I
Coríntios 15:54).
Se já ressuscitamos espiritualmente para uma
nova vida em Cristo, então busquemos as coisas
que são de cima, do alto, da vida de Deus.
Pensemos nas coisas que são de cima e não nas
que são da terra; enchamos nossos sentimentos
e pensamentos com o pão da vida: a Palavra de
Deus. E, quando Jesus Cristo, que é a nossa vida,
se manifestar nos céus: então nós nos
manifestaremos com Ele em glória!

“E o mesmo Deus de paz vos


santifique em tudo; e todo o vosso
espírito, e alma, e corpo, sejam
plenamente conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo” (I
Tessalonicenses 5.23)

Graças a Deus que nos dá a vitória por meio de


nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, amados e
amadas, sejamos sempre firmes na fé e
constantes no trabalho do Senhor, sabendo que a
nossa dedicação não é vã no Senhor. Não
tenhamos medo e nem percamos a esperança.

72
“Porque o mesmo Senhor descerá do
céu com alarido, e com voz de
arcanjo, e com a trombeta de Deus; e
os que morreram em Cristo
ressuscitarão primeiro. Depois nós, os
que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas
nuvens, a encontrar o Senhor nos
ares, e assim estaremos sempre com
o Senhor. Portanto, consolai-vos
uns aos outros com estas palavras”
(I Tessalonicenses 4.16-18).

As nossas escolhas determinam onde


passaremos a eternidade. Por tanto, não
percamos a oportunidade de conhecer ao Senhor
mais intimamente e segui-lo cheios do seu poder
até o dia da nossa Redenção, que está muito mais
perto hoje do que quando aceitamos a nossa fé
(Romanos 13.11).

Oh, glorioso dia, quando Ele enxugará dos teus


olhos toda a lágrima; não haverá mais dor ou
pranto.

Bendita esperança, estaremos para sempre com


o Senhor.

73
Bendito seja o Cordeiro, digno de abrir o livro!

Maranata, ora vem Senhor Jesus!

“De maneira que nenhum dom vos


falta, esperando a manifestação de
nosso Senhor Jesus Cristo, O qual
vos confirmará também até ao fim,
para serdes irrepreensíveis no dia de
nosso Senhor Jesus Cristo” (I
Coríntios 1:7,8).

Se não estás seguro de tua salvação, esse é o


melhor momento para a maior decisão da sua
vida: a escolha que definirá onde você passará a
eternidade.

74
Aceite a Jesus Cristo como seu Salvador em teu
coração. É necessário crer e confessar. Eu te
convido a realizar uma simples oração:

Senhor Jesus, eu aceito o teu sangue derramado


na cruz do calvário para minha salvação. Eu te
aceito como o meu único e suficiente Salvador.
Não venho diante de ti com minhas boas obras ou
uma fé religiosa. Venho com meu coração
quebrantado e aberto para receber a tua Palavra.
Confesso que “santos”, “deuses”, “boas obras” ou
qualquer religião não podem me salvar, mas o teu
sangue derramado por mim na cruz é suficiente
para perdoar meus pecados e purificar a minha
alma. Creio na tua ressurreição! Seja o Senhor da
minha vida agora e sempre. Senhor escreve o
meu nome no livro da vida e me enche da tua
Palavra. Faz de mim um fiel discípulo, cheio do
Espírito Santo, para revelar o seu amor.
Ajude-me a amar como o Senhor me ama para
que em mim transborde a presença do teu poder.
Enche-me de ti e faz de mim um instrumento em
tuas mãos. Eu confio em teu amor e cuidado
sobre mim. Eu te entrego a minha vida. Guarda-
me de todo mal. Em nome de Jesus, amém!

Para informações sobre a Bíblia escreva para:


aprendiz.edu@gmail.com

75

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