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Provai se os Espíritos São de

Deus

Antonio Vitor
Provai se os Espíritos São de Deus

Comentário lição 10

Muitos enganadores têm se levantado em nosso meio, proferindo falsas mensagens em nome
de Deus e iludindo os ingênuos a seguirem a sua falsa mensagem. Em relação a estes, somos
ensinados pelas Escrituras que sejam julgados, a m de que suas palavras venham a ser
avaliadas pela igreja, excluindo assim as possibilidades de engano às ovelhas.

Não podemos ser ameaçados e recuar ante a falsa aplicação do “não toqueis no ungido do
Senhor”, pois os que assim fazem, querem esconder os seus devaneios e suas atitudes
pecaminosas na igreja, e temem que o povo de Deus descubram que verdadeiramente são.

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula. Que Deus nos ajude no
decorrer desta maravilhosa lição.

CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS

Desde as páginas veterotestamentárias, observamos um cuidado especial em relação as


profecias. Elas eram seriamente conferidas, ao ponto que uma profecia emitida de maneira
mentirosa condenava o falso profeta a morte, de acordo com os princípios da lei Mosaica (Dt
18.20).

Mas o por que disso? O profeta não é o mensageiro enviado por Deus para falar a Sua Palavra?
Sim, um profeta é um mensageiro. Contudo, devemos analisar que estamos falando de
homens tentados a pecar, ou seja, pessoas que estão sujeitas as mesmas paixões que todos.
Como não lembrar do profeta Hananias (Jr 28), que profetizou falsamente o m do jugo do
povo ante a Babilônia; também podemos citar Semaías (Nm 6.10-14), citado no texto bíblico
em questão na lição que estamos a tratar.

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Ele foi comissionado na tentativa de ludibriar a Neemias. “Semaías foi contratado para se
passar por seu amigo e conselheiro espiritual, a m de avisá-lo, em nome do Senhor, que os
seus inimigos iriam matá-lo e que o seu único refúgio era o Templo”1. Note a astúcia dos
inimigos de Neemias, ao tentar usar um falso profeta, que falou em nome do Senhor, a m de
parar mais uma vez a obra que foi comissionado a fazer.

A atitude de Neemias re ete e ensina-nos a entender que devemos estar sempre bem atentos
em relação aos nominados “profetas”, pois nem sempre aquele que diz “assim diz o Senhor”
fala a mensagem vinda do trono de Deus. Muitos não passam de aproveitadores, que se
utilizam da ingenuidade de muitos, a m de aumentar o seu status social e sua riqueza.
Quanto a estes devemos ser vigilantes, repudiando qualquer mensagem que mentirosa que
tente iludir a Noiva do Cordeiro.

Destaque

Neemias foi novamente in exível na sua recusa em ceder aos seus inimigos, mesmo em uma
demonstração de amizade […] Ele pôde enxergar os truques deles, e recusou-se rmemente a
ser atraído para a armadilha. Com certeza temos aqui um excelente exemplo de coragem por
parte de um dos santos de Deus, que jamais se humilharia diante de qualquer ataque do
inimigo1.

A EXISTÊNCIA DOS FALSOS PROFETAS NAS ESCRITURAS

Quando falarmos de verdadeiros profetas, devemos ter em mente uma “pessoa devidamente
vocacionada e autorizada por Deus para falar por Deus em lugar de Deus”2, que na atual
dispensação “tem como função exortar, consolar e edi car o povo de Deus; jamais modi car
artigos de fé, alterar doutrinas ou trazer novas revelações”2.

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A problemática da existência dos homens que tentaram se passar por profetas não é recente.
Temos relatos no Antigo Testamento de pessoas que se intitularam profetas de Deus, mas não
passaram de pessoas em busca de destaque na história.

Poderíamos relatar e nomear aqui os falsos profetas das páginas veterotestamentárias,


contudo, as páginas escritas pelo autor da revista se aplica em trazer os exemplos que
certamente falaríamos aqui. Porém, decidimos relatar quais eram as características expressivas
que destacavam um falso profeta nas páginas do Antigo Testamento:

Um profeta era considerado falso se:

1 – Em vez de denunciar o pecado do povo, fosse um dos elementos responsáveis por desviá-
los à práticas pecaminosas (Dt 13.1-5);

2 – Se a sua mensagem não se cumprisse no tempo determinado (Dt 18.20-22);

3 – Se suas palavras contrariassem a vontade de Deus já expressa ao povo (Jr 23.16-18); e

4 – Se suas práticas fossem abomináveis aos olhos de Deus (Jr 23.9-15).

É necessário falar que as páginas do Novo Testamento também falam contra os falsos profetas.
O próprio Jesus falou sobre isso (Mt 7.15-20), e tanto o apóstolo Paulo (Rm 16.17,18) como
os apóstolos João (1 Jo 4.1) e Pedro (2 Pe 2.1-3) alertam ao povo de Deus quanto o cuidado
que deve se ter quanto a eles, pois sua atuação é sutil, aparecendo com a aparência de ovelhas
do rebanho, mas na verdade são lobos devoradores.

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Esses obreiros “exteriormente parecem justos aos homens” (Mt 23.28). Aparecem “vestidos
como ovelhas” (Mt 7.15). Podem até ter uma mensagem rmemente baseada na Palavra de
Deus e expor altos padrões de retidão. Podem até parecer sinceramente empenhados na obra
de Deus e no seu reino, demonstrar grande interesse pela salvação dos perdidos e professar
amor a todas as pessoas […] Todavia, esses homens são semelhantes aos falsos profetas dos
tempos antigos […] Sua vida na intimidade é marcada por cobiça carnal, imoralidade,
adultério, ganância e satisfação dos seus desejos egoístas3.

O JULGAMENTO DE PROFECIAS POR PARTE DOS CRISTÃOS

Três perguntas devem ser respondias neste ponto, a m de que possamos desmisti car um
problema que envolve uma grande parte dos cristãos dos dias atuais. Existe um temor por
parte de muitos que ingenuamente são detidos pela famosa ameaça: “Não toqueis no ungido
do Senhor!”

Muitos têm se agarrado na errônea aplicação dessa narrativa, a m de justi car seus devaneios
como pastor, líder ou “profeta”. Só que não é bem assim. Toda profecia deve ser avaliada, e
todo líder cristão deve ter suas atitudes julgadas pela Noiva, de modo que todo o engano seja
afastado pelo povo de Deus (1 Ts 5.20,21; 1 Tm 6.3-5).

Mas então, que perguntas devemos fazer? São elas:

1) Devemos avaliar as profecias? Sim! Com toda a certeza devemos avaliar as profecias. A
Palavra de Deus nos orienta assim (1 Co 14.29; 1 Ts 5.20,21). Quando falamos isso, não
ensinamos a desprezar as mensagens proféticas, mas sim, a aceitá-las após um cuidadoso exame
de seu conteúdo.

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2) Por que devemos julgar as profecias? “Toda profecia deve ser avaliada quanto ao seu
conteúdo”3 porque “às vezes, a profecia e o falar em línguas não procedem de Deus (1 Jo 4.1).
Até mesmo os espíritos malignos conseguem agir na congregação através de falsos mestres ou
falsos profetas ali presentes. O profetizar, o falar em línguas estranhas ou a possessão dalgum
dom sobrenatural não é garantia de que alguém é genuíno profeta ou crente, pois os dons
espirituais podem ser falsi cados por Satanás […] Se a igreja não julga com decência e ordem as
profecias, ela deixou de seguir as diretrizes bíblicas”3.

3) Como devemos julgar as profecias? Alguns passos devem ser adotados pela Noiva na
avaliação das profecias. Primeiro, todos devemos avaliar a profecia quanto as Escrituras
Sagradas, porque a mensagem que o profeta diz ter vindo da parte de Deus, não pode
contradizer a Sua Palavra (1 Tm 6.3-5).

Outro aspecto importante é que as profecias devem ser avaliadas quanto ao seu cumprimento
(Dt 18.21,22). Muitos cristãos ao ouvirem a profecia se esquecem de acompanhar o seu
cumprimento. Isso é um erro, pois se deixarmos de acompanhar o cumprimento da profecia,
como poderemos testi car se ela veio da parte de Deus ou não?

Por m, a vida do profeta também deve ser avaliada. Deus sempre denunciou, por intermédio
dos verdadeiros e santos profetas, as práticas pecaminosas e abomináveis realizadas pelos falsos
profetas (Jr 23.9-40), alertando que nós devemos tapar os nossos ouvidos para tais que assim
agem em sua vida, e que acabam motivando a outros a fazerem também.

Lembre-se que não podemos ser intimidados pelo uso errôneo do “não toqueis no ungido do
Senhor”, a m de que suas falsas profecias sejam acobertadas por esta ameaça. A Bíblia nos
ensina que devemos sim avaliar o que se é pregado e profetizado na Igreja.

Não se deixe enganar por falsos profetas e falsos líderes, pois a igreja é do Senhor e não de
homens cheios de usuras que tentam criar fama e riqueza as custas da ingenuidade de muitos.

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Destaque

Como nos dias da antiga nação de Israel, algumas pessoas, hoje em dia, a rmam ter mensagens
de Deus. Deus ainda fala com seu povo, mas devemos ter cuidado antes de dizer que é um
porta-voz de Deus. Como poderemos saber quando alguma pessoa está falando da parte do
Senhor? (1) Podemos ver se as suas profecias se realizam ou não – o mais antigo teste para
avaliar os profetas (2) Podemos comparar as suas palavras com a Bíblia. Deus nunca contradiz
a Si mesmo. Assim, se alguém disser algo contrário à Bíblia, podemos saber que essa pessoa
não está falando da parte de Deus4.

Esperando Jesus voltar hoje!

Dc. Antonio Vitor de Lima Borba

Referências:

1 – MULDER, Chester O; et al. Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD,
2005.

2 – ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

3 – STAMPS, Donald C; et al. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

4 – Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

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