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A Construção do Templo

Enfrentou Oposição

Antonio Vitor
A Construção do Templo Enfrentou Oposição

Comentário lição 04

Como toda obra que é realizada pelo povo de Deus, a reconstrução do Templo enfrentou
uma grande oposição por parte dos inimigos dos judeus. Em certo momento, a falta de fé dos
israelitas cou escancarada quando não esboçaram reação nenhuma a empreitada samaritana,
de modo que decidiram voltar para trás, abandonando a construção da casa de Deus por
aproximadamente 15 anos.

Quando passamos por oposição ao serviço do Senhor, somos convidados a exercer a nossa fé
nEle, pois sabemos que estará conosco, nos livrando de todo mal durante o cumprimento de
Sua vontade. Era isso que os judeus deveriam ter feito quanto a seus opositores, contudo,
preferiram o caminho mais fácil que foi o de cuidar de suas casas, abandonado a obra
propiciada por Deus.

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula. Que Deus nos ajude no
decorrer desta maravilhosa lição.

OS ALICERCES DO TEMPLO SÃO LANÇADOS

Os trabalhos de reconstrução do Templo en m começaram. Logo após da reconstrução do


altar e reestabelecimento do culto, os judeus se dedicaram a trazer de volta o orgulho de Israel.

Não foi antes da primavera, o segundo mês (Ed 3.8; abril/maio) do segundo ano da sua volta,
que os judeus, sob o comando de Zorobabel, começaram a tarefa de reconstruir o Templo.
Nesse ínterim, houve muita coisa a ser feita. Era necessário contratar pedreiros e carpinteiros;
as pedras deveriam ser cortadas e a madeira obtida nas colinas do Líbano. Esta era a mesma
fonte da qual Salomão obteve a matéria-prima para o primeiro Templo (2 Cr 2.8,9). Parte do
dinheiro necessário para isto conseguiu-se graças à concessão que lhes tinha feito Ciro, rei da
Pérsia1.

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É certo que o segundo Templo não conseguiu chegar à glória que possuíra o primeiro, que foi
erguido no reinado de Salomão, contudo, este símbolo maior do orgulho de Israel estava
novamente sendo construído aos poucos, a m de que a alegria voltasse aos rostos dos judeus.

Uma grande festa marcou o lançamento dos alicerces do Templo. Um misto de choro, por
parte daqueles que tinham visto a beleza do Templo de Salomão, e agora sabiam que o
segundo não chegaria aos pés dele; com uma alegria imensa dos demais, que agradecidos
jubilavam ao Senhor por essa grande realização após o cativeiro.

Com a colocação das últimas pedras do alicerce, realizou-se uma elaborada cerimônia. Os
sacerdotes e os levitas, vestidos adequadamente, tocaram suas trombetas e seus címbalos, e os
corais entoaram em duas vozes Salmo 136: “Louvai ao Senhor, porque Ele é bom; porque a
sua benignidade é para sempre”. E todo o povo jubilou com grande júbilo (Ed 3.11),
louvando ao Senhor pelo que Ele tinha ajudado a realizar. Houve aqueles (os velhos, Ed 3.12)
que não participaram da alegria geral. Os que já tinham vivido o su ciente para ver a glória e a
beleza do Templo de Salomão só conseguiram chorar quando viram o quão inferior seria o
novo santuário. Mas o seu choro foi sufocado pela alegria do povo1.

OS SAMARITANOS OPÕEM-SE À CONSTRUÇÃO DO TEMPLO

Ao ouvir que Jerusalém era reconstruída e o Templo restaurado, os samaritanos e outros


povos das redondezas perturbaram-se. Eles temiam que, se permitissem que os judeus se
estabelecessem em Jerusalém, representariam uma ameaça à sua segurança e ao seu poder1.

Os samaritanos conheciam bem o risco que o Templo erguido traria à sua crença, como
também, conheciam que não conseguiriam parar esta obra por meio de suas forças, por isso
tentaram parar a reconstrução por outros meios de sutileza.

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Em primeiro lugar, Eles ofereceram seus serviços para construírem junto com os israelitas,
para que dessa forma tivessem uma oportunidade de atrasar a obra, embora ngissem ajudar
na construção. No entanto: (1) Sua proposta era razoável e parecia bondosa: “Deixai-nos
edi car convosco, planejar e contribuir com as despesas, porque, como vós, buscaremos a
vosso Deus” (Ed 4.2). Isso era falso, porque, embora buscassem o mesmo Deus, não buscavam
somente a Ele, nem o buscavam da maneira como Ele havia ordenado e, portanto, não o
buscavam como os israelitas. Dessa forma, planejavam, dentro do possível, atrapalhar a
construção do Templo2.

Como a primeira tentativa de parar a reconstrução foi frustrada, os samaritanos então


tomaram uma atitude mais enérgica a m de conseguirem o que queriam. Eles escreveram
uma carta ao rei da Pérsia, Artaxerxes, com um texto mentiroso e rodeado de falsas acusações,
pois sabiam que galgariam sucesso.

Na carta eles se apresentam como muito leais ao governo persa (Ed 4.11,14), e retrataram os
judeus como inimigos in éis e perigosos ao seu governo (Ed 4.15). “Eles enviaram a carta no
início do seu reinado, dispostos a não perder tempo, quando achavam que tinham um rei que
atenderia o seu pedido. Veja quão vigilantes os inimigos da Igreja estão, a ponto de aproveitar
a primeira oportunidade para causar dano a ela; que os amigos dela não sejam menos
cuidadosos em tratá-la com benevolência”2.

COMO SE EXPLICA A FALTA DE RESISTÊNCIA DOS JUDEUS?

Uma grande problemática surge em meio a empreitada dos inimigos para dar um m a obra
israelita. Os judeus em vez de reagirem com uma carta, ou em clamor ao Deus que tudo pode,
decidiram frear o andamento da reconstrução e se mostrarem fracos e sem con ança em
Deus.

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Eles tiveram a autorização de Ciro, a autoridade e a bênção de Deus no início do


empreendimento. Eles, como Neemias, deveriam ter continuado rmes no trabalho apesar da
oposição, e Deus certamente teria tornado possível a conclusão do trabalho, conforme haviam
planejado. “Uma frustração desse tipo” […] “mais uma vez provou ser e ciente contra aqueles
que estão envolvidos na obra de Deus, e levou-os a adotar o caminho mais fácil”. Com base
em Ageu 1.4, parece que durante esse período de estagnação os judeus se voltaram para a
construção e a decoração de suas próprias casas1.

Muitos podem até pensar que por estarem realizando a obra de Deus, em momento algum
poderão enfrentar qualquer oposição. Mas não é assim. A história sempre nos mostrou, e
ainda nos mostra, que o povo de Deus passou e passará por diversos episódios de grande
oposição.

Contudo, devemos entender que a oposição não signi ca o abandono de Deus, mas sim que a
nossa fé está sendo provada, dentro da caminhada proposta que Ele reservou para nós.

A REAÇÃO DOS SAMARITANOS, QUANDO OS JUDEUS CESSARAM A OBRA

As acusações surtiram o efeito desejado pelos samaritanos. Artaxerxes ordenou que as obras
fossem interrompidas (Ed 4.23). Essa interrupção se deu violentamente. A obra parou por
aproximadamente 15 anos, até o segundo ano do reinado de Dario (Ed 4.24), de modo que os
judeus em momento algum tentaram dar continuidade a reconstrução, chegando a imaginar
que não estava dentro da vontade de Deus construir o Templo naqueles dias (Ag 1.2).

Nesse período o Templo cou abandonado pelos judeus (Ag 1.9). Eles preferiam cuidar e
embelezar as suas casas, enquanto desprezavam a “casa de Deus”. Foram duramente
impactados pela vitória dos samaritanos, que com toda a certeza, comemoravam alegremente
a sua vitoriosa empreitada.

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Esperando Jesus voltar hoje!

Dc. Antonio Vitor de Lima Borba

Referências:

1 – MULDER, Chester O.; et al. Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD,
2005.

2 – HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Antigo Testamento. Josué a Ester. Rio de


Janeiro: CPAD, 2017.

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