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sua obediência a Deus, não pelos seus méritos, pois ele não tinha mérito nenhum
diante de Deus.
Não vou detalhar a história de Abraão aqui, mas gostaria de dizer que Deus
abençoou Abraão e fez dele uma grande nação, os seus descendentes se
multiplicaram e se tornaram uma nação grande e poderosa, a nação de Israel. Até os
dias de hoje Israel é uma nação abençoada e poderosa.
2. A ida para o Egito
Os descendentes de Abraão foram para o Egito na época de José por causa da
fome (Gn 47.11-12) por lá ficaram, viveram em uma terra separada, chamada Gósen.
Lá eles estavam no Egito, mas viviam separados do povo egípcio. Viveram muitos
anos em paz e em prosperidade. Porém algum tempo depois houve um rei no Egito
que não conheceu José, e se aproveitou da situação para escravizar o povo de Israel.
O povo abençoado por Deus foi escravizado no Egito e não pôde mais retornar para
sua terra, Canaã.
A vida de escravidão no Egito não era das melhores, pois tinham que se
submeter às humilhações do povo egípcio. Outro problema que aconteceu foi que o
povo de Deus começou a viver segundo os costumes dos egípcios, adquiriram muitos
costumes que desagradavam o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Deus resolveu libertar
o seu povo da escravidão e levá-los de volta para a terra prometida, Canaã.
3. A saída do Egito
Deus pela sua infinita misericórdia escolheu Moisés para ser o libertador do
povo da escravidão do Egito. Moisés passou por um processo de “treinamento” para
conseguir dialogar entre o povo e faraó, e ao mesmo tempo guiar o povo no deserto.
Ele viveu no palácio com faraó por cerca de 40 anos, depois de matar um egípcio
teve que fugir para a terra de Midiã, onde viveu por mais 40 anos. Dessa forma,
Moisés aprendeu a língua dos egípcios, e em Midiã aprendeu falar aramaico, que é
uma língua parecida com o hebraico e que era falada pelo povo de Israel, e de bônus
aprendeu andar pelo deserto.
Quando Deus mandou Moisés executar a plano de libertação do povo,
juntamente com seu irmão Arão, Faraó não deixou o povo ir embora, pois o próprio
Deus endureceu o coração de Faraó. Com o endurecimento do coração de Faraó
Deus pôde mostrar o seu poder para os Egípcios e ensinar o seu povo que os deuses
egípcios não tinham poder para executar milagres, pois não passavam de estátuas de
madeira e pedra que nada podem fazer.
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Cada praga estava relacionada à um deus egípcio. A praga das rãs estava
relacionada a um deus egípcio que tinha a forma de uma rã, a praga dos gafanhotos
estava confrontando o deus egípcio da colheita, e assim foi para todas as pragas.
Dessa forma, tanto os egípcios quanto os israelitas entenderam que somente o Deus
Jeová tinha poder e os deuses egípcios não tinham poder para ajudar ninguém.
Depois de nove pragas Deus resolveu derramar a sua ira sobre o povo egípcio
e mostrar que Ele é o único Deus, e de uma vez por todas libertar o seu povo,
levando-os de volta para a terra prometida. Deus resolveu matar todos os
primogênitos que viviam na terra do Egito, quer seja egípcio, quer seja israelita. A
morte dos primogênitos caracteriza a ira de Deus sobre os pecadores, e havia
somente uma maneira de escapar da morte, realizando o sacrifício da páscoa.
4. A páscoa
Em Êxodo 12 vemos todos os detalhes da páscoa. Deus iria libertar o povo do
Egito, pois depois da morte dos primogênitos Faraó deixaria o povo ir embora. O
povo deveria sacrificar um cordeiro, sem nenhum defeito, e passar o sangue do
cordeiro nos umbrais da porta. Quando o anjo do Senhor passasse para ferir os
primogênitos a casa que não tivesse com o sangue do cordeiro teria o primogênito
ferido pelo anjo do Senhor.
Páscoa no hebraico é pessach que significa passagem ou passar por cima:
"...é a páscoa do Senhor" (Ex.12:11), "Porque o Senhor passará para ferir os
egípcios..." (Ex.12:23), "É o sacrifício da páscoa ao Senhor que passou por cima
das casas dos filhos de Israel..." (Ex.12:27).
Os israelitas deveriam realizar a páscoa todo o ano, de geração em geração,
como um memorial, pois simbolizava a libertação da escravidão do Egito. Vejamos
a passagem de Êxodo 12.12-14:
12 Porque naquela noite passarei pela terra do Egito, e ferirei todos os
primogênitos na terra do Egito, tanto dos homens como dos animais; e sobre
todos os deuses do Egito executarei juízos; eu sou o Senhor.
13 Mas o sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu o
sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga para vos
destruir, quando eu ferir a terra do Egito. :
14 E este dia vos será por memorial, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor;
através das vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.
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Os israelitas cumpriram o que Deus ordenou, fizeram o sacrifício do
cordeiro, passaram o sangue nos umbrais das portas, e a noite o anjo do Senhor
passou e matou todos os primogênitos do Egito, porém nem um primogênito de
Israel morreu, pois foram poupados pelo sangue do cordeiro.
A primeira páscoa foi comemorada numa sexta-feira. Yeshua Cristo também foi
crucificado numa sexta-feira (Mt.27:62; Mc.15:42; Lc.23:54; Jo.19:14), às 09h00, isto
é, na "hora terceira" (Mc.15:25). Das 12h00 às 15h00, isto é, da hora sexta à hora nona,
houve trevas sobre a terra (Mt.27:45; Lc.23:44-46). Depois disso Ele rendeu o espírito,
no período entre 15h00 e 18h00. Este período compreendido entre a hora nona (15h00)
e o pôr do sol (18h00), no qual Yeshua morreu é o mesmo período designado para o
sacrifício da páscoa, ou seja, no crespúsculo da tarde, (Lv.23:5; Nm.28:4,8).
Como podemos ver, a comemoração da páscoa nada tem a ver com coelhos e ovos
de páscoa. Está relacionada à libertação do povo de Deus da escravidão do Egito e a
nossa libertação da escravidão do pecado. Na páscoa devemos refletir sobre o sacrifício
de Cristo e o seu real significado para a nossa vida, pois Ele morreu pelos nossos pecados
e a única maneira de termos um verdadeiro relacionamento com Deus é crendo em seu
sacrifício. Devemos fazer como Abraão, ter fé, pois apenas a fé em Cristo pode nos
justificar diante de Deus.
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