Estância 6: No drama romântico de Almeida - é sinónimo de segurança, da Garrett, D. Sebastião é encarado de independência do país; - representa a dilatação do forma distinta: Na Mensagem, o monarca é o cristianismo; - para Madalena e Manuel (embora mito, ou seja, não é o ser que
- é o herói predestinado, o escolhido não acreditem no mito de que não
ficou no «areal», mas o «que por Deus, para espalhar o Seu nome, morreu e iria regressar para restaurar lutando contra os mouros. a independência do país) é símbolo de há»: a sua loucura, a sua um passado, mas que é por eles ambição, o seu sonho, Estância 7: temido, porque paira a dúvida da descontentamento e “morte” de D. João de Portugal; - é ainda novo; logo, símbolo de insatisfação são os motores esperança do ressurgimento pátrio; - para Telmo e Maria (que se assume - para mostrar a predestinação, como a voz do povo), é o monarca para guiar Portugal a um novo Camões considera que a linhagem dos reis portugueses é a eleita por Deus, que não morreu, mas que iria resgatar império: o Quinto Império, tal como o «escudo» o mostra. o país do jugo dos espanhóis. espiritual e cultural.
Em Os Lusíadas, o monarca é a figura
Então, à semelhança de Mensagem, real/histórica, física, em quem o D. Sebastião é o messias, o salvador poeta deposita a esperança de um da pátria, com contornos históricos futuro melhor, através da dilatação do distintos. Cristianismo e do Império Português (material). ASSIM:
O Sebastianismo surge como ideologia em que, ao longo do tempo,
se inverteram as proporcionalidades de história e mito.
D. Sebastião foi perdendo relevo e dimensão histórica, ampliando-
se a sua dimensão de figura mítica, simbolicamente associada ao
regresso/chegada de salvadores, em épocas de crise.