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A realização deste 1.º Concílio marca o momento exacto em que os deuses são
chamados a intervir, pronunciando-se sobre o futuro dos homens que navegam em
mares até então desconhecidos, num empreendimento novo, extremamente importante,
no qual vêm dando mostras de coragem e valor ao enfrentarem múltiplos perigos.
Reconhecendo o valor de tais humanos, os deuses reúnem, a pedido de Júpiter, para
deliberar se devem ou não ajudar os navegadores a encontrar um porto amigo em que
possam repousar e recuperar alento para prosseguirem uma viagem que os Fados
haviam já determinado viesse a ser coroada com êxito.
Marte, Deus da guerra e velho apaixonado de Vénus, têm então uma intervenção
decisiva em que incita Júpiter a não voltar atrás com a decisão que já havia tomado de
ajudar os navegadores portugueses:
Quanto a Vénus, ela imagina que, ajudando os portugueses, poderá vir a lucrar:
eles são descendentes dos romanos e, portanto, de Eneias, seu filho, de quem herdaram
uma língua latina; são, por outro lado, conhecidos como devotos do amor, de que ela é
deusa; prezam a beleza e poderão vir a promover o culto de Vénus no Oriente, se por ela
forem ajudados; Marte, para além da "ligação" a Vénus, preza o valor militar dos
portugueses; Baco é, de certo modo, o “mau da fita” pois a sua psicologia é complexa:
não aceita que os portugueses venham a ser bem sucedidos no Oriente, vindo, um dia, a
superar a sua própria fama nessas paragens.
PORQUE
“ O Sumo Deus…
EXALTADO NO FINAL
ANULADO NO FINAL DO POEMA ÉPICO
DO POEMA ÉPICO
( Canto X, est. 82 )