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Fevreiro, 2021 Prof.

ª Paula Melo
PORTUGUÊS – Ficha Informativa
Almeida Garrett - Frei Luís de Sousa
11.ºano
Programa e Metas Curriculares

1. Contextualização histórico-literária.
2. A dimensão patriótica e a sua expressão simbólica.
3. O Sebastianismo: história e ficção.
4. Recorte das personagens principais.
5. A dimensão trágica.
6. Linguagem, estilo e estrutura:
- características do texto dramático;
- a estrutura da obra;
- o drama romântico: características.

Drama representado pela primeira vez em 1843, publicado em 1844, considerado a obra-prima do teatro
romântico e uma das obras-primas da literatura portuguesa. O enredo, inspirado na vida do escritor seiscentista Frei
Luís de Sousa, de seu nome secular D. Manuel de Sousa Coutinho, tem como pano de fundo a resistência à dominação
filipina (1580/1640). A obra evidencia um caráter ideológico, visível na denúncia das injustiças e na apresentação das
virtudes do povo português. Nela é feita ainda uma análise de facetas do ser humano, do seu comportamento, sendo
isso um dos exemplos da modernidade de Garrett.

Enredo da peça: Sete anos depois do seu marido, D. João de Portugal, ter sido dado como morto na Batalha
de Alcácer Quibir (1578), D. Madalena de Vilhena desposa Manuel de Sousa Coutinho, de quem terá uma filha, Maria,
e com quem forma um lar virtuoso e feliz. A sua existência só é perturbada pelos tristes pressentimentos da frágil e
sensível Maria e de Temo, o velho aio, que continua à espera do regresso do seu ex-amo, D. João de Portugal. Este
aparece, disfarçado de Romeiro, e dá a conhecer a sua verdadeira identidade, o que implica a ilegitimidade de Maria,
que será vista como bastarda. O desfecho é trágico, com a morte física, social e moral de algumas personagens.

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1. Contextualização histórico-literário
Primeira metade do século XIX
➢ Invasões francesas, de 1807 a 1810.
➢ Fuga do rei (D. João VI) e da corte para o Brasil (1807).
➢ Crise de sucessão após a morte de D. João VI.
➢ Mal-estar social que impulsiona a revolução liberal de 1820.
➢ Instabilidade política ditada pelas lutas entre fações liberais e absolutistas, lideradas, respetivamente, por
D. Pedro IV e D Miguel.
➢ Guerra civil, que só termina com a assinatura da Convenção de Évora-Monte, em 1834.
➢ Reações políticas: revoltas, massacres e o golpe de estado desencadeado por Costa Cabral, que conduziu a
instauração de uma ditadura (1840). (Atente-se que a peça é produzida neste contexto).
➢ Fim do cabralismo, representado pelos barões enriquecidos.
➢ A estabilidade política só regressará ao país em 1847, com a Regeneração.

2. Dimensão patriótica e a sua expressão simbólica


❖ Paralelismo entre o período histórico retratado em Frei Luís de Sousa e o tempo da escrita da obra (década
de 1840): a situação de crise e de desencanto provocados pelo desaparecimento de D. Sebastião e a
consequente perda da independência é comparável aos tempos do regime ditatorial de Costa Cabral, que
regenerou os ideais do liberalismo doutrinal.
❖ A ação de Frei luís de Sousa decorre numa conturbada época da História de Portugal: o domínio filipino.
Manuel de Sousa Coutinho representa a defesa e a afirmação da liberdade, o desejo de contribuir para a
construção da identidade de um país que vive oprimido, marcado indelevelmente pelo sebastianismo, um
país que, tal como o Romeiro, é “Ninguém!”.
❖ A família de Manuel de Sousa Coutinho é obrigada a abandonar a sua residência e a mudar-se para a casa
que fora de D. João de Portugal, o que, simbolicamente, pode ser visto como um regresso ao passado, a um
Portugal velho, impeditivo da construção de um Portugal novo.
❖ Em Frei Luís de Sousa percebe-se uma crítica ao cabralismo, ainda que latente e simbólica. Aliás, o regime
reagiu à publicação e representação da obra, considerando que esta poderia avivar nos portugueses valores
e sentimentos patrióticos que podiam pôr em causa a política despótica de Costa Cabral.

3. O Sebastianismo: História e ficção

▪ História: D. Sebastião, nascido após a morte de seu pai, D. João III, começou por ser O Desejado, subindo ao
trono aos catorze anos. Movido por um grande fervor religioso e militar e entusiasmado pela nobreza de reviver
as glórias passadas da reconquista cristã (relembrar Os Lusíadas), decidiu submeter o reino a um grande
esforço militar e financeiro, planeando uma expedição militar a Marrocos, também como forma de resposta ao
apelo de Mulai Moahammed, que solicitou a sua ajuda para recuperar o trono do sultanado de Marrocos. A
derrota portuguesa na Batalha de Alcácer Quibir, em 1578, e consequente desaparecimento de D. Sebastião (e
da nata da nobreza portuguesa) originou uma crise de sucessão e deixou o país financeiramente esgotado. A
crise de sucessão que se seguiu (1580) conduziu à perda da independência, dando origem à dinastia filipina e
ao nascimento do mito sebastianista.

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▪ Ficção: Fundada em superstições, a crença popular profetizava o regresso do rei numa manhã de nevoeiro,
para libertar o país do domínio filipino e instaurar a glória passada , O mito sebastianista tornou-se um traço
da personalidade nacional, que se caracteriza por viver as glórias do passado, acreditar que os problemas serão
resolvidos com a chegada de um redentor (libertador), de um Messias, e aceitar passivamente o destino.
Constitui-se como um movimento passadista e retrógrado, que se alimenta da grandeza passada e que espera
a superação do presente pela chegada providencial e fantástica de um salvador.
▪ O Sebastianismo em Frei Luís de Sousa: a obra é antissebastianista, uma vez que Garrett quer mostrar que
não nos devemos manter agarrados ao passado. Para alterar o passado o homem deve agir. Na peça, D. João
de Portugal simboliza esse Portugal do passado, que já não tem lugar no presente. O presente é destruído
(consequências trágicas na família de Sousa Coutinho), inviabilizando o futuro que o regresso do passado,
simbolizado no regresso do Romeiro, consubstancia. Desmistifica-se assim o sebastianismo passadista e
fechado de Telmo e Maria.

4. Recorte das personagens principais

# D. Madalena de Vilhena- é, sobretudo, uma personagem romântica, pela sua sensibilidade e pela submissão
total à paixão por Manuel. O monólogo inicial da peça coloca Madalena na esfera dos amores infelizes,
funestos, em que os amantes se tornam vítimas do sentimento que os domina (tal como Inês e D. Pedro).
Antes de ser mãe, Madalena é, essencialmente, uma mulher apaixonada – “em tudo o mais sou mulher, e
muito mulher” (Ato I, cena 8). No entanto, ela também é produto da sociedade em que se insere, uma vez que a
visão católica da indissolubilidade do matrimónio a torna uma personagem infeliz e atormentada pelo remorso,
pela culpa, pelo pecado- “O pecado estava-me no coração…” (Ato II, cena 10). A sua filha é, aos olhos da
sociedade, ilegítima e ela uma pecadora (uma vez que o seu primeiro marido está vivo).

# Manuel de Sousa Coutinho – é, talvez a personagem que maior evolução sofre ao longo da peça. No início,
apresenta-se-nos como uma personagem racional, segura de si, corajosa, capaz de lutar pelos seus ideais. É
também o símbolo da luta pela liberdade, da não subjugação à tirania (daí a sua atemporalidade). Além de
patriota é um homem íntegro e consciente das suas decisões (incêndio do palácio e tomada do hábito/da vida
religiosa). No entanto, a partir do momento que vê o se retrato devorado pelas chamas que ele próprio ateou
(Ato I, cena 9), os pressentimentos de que algo poderá assombrar o futuro começam a ganhar forma. O seu
percurso descendente e doloroso leva-o a um progressivo afastamento da racionalidade (Ato III, cena 1).

#Maria de Noronha – é uma personagem marcada pelo “pecado”, porque é fruto do amor proibido entre
Madalena e Manuel. Símbolo do nacionalismo romântico (defesa da pátria, empolgamento face à atitude do
pai de incendiar o palácio-Ato II, cena 1) e também do Sebastianismo dos finais do século XVI e início do século
XVII. É a típica heroína romântica, precoce, adulta para a idade (13 anos), visionária, dotada de um
entendimento profético, pressentindo a desgraça e morrendo em palco, numa cena melodramática, em estado
de completa alienação.

#Telmo – é o símbolo do Portugal do passado, sebastianista, comentador crítico do comportamento de


Madalena, espécie de coro da tragédia grega, tendo sempre duvidado da morte do seu ex-amo. Apresenta um
discurso marcado pelos agouros e profecias. Tem bastante densidade psicológica, vai mudando de opinião ao
longo da história. Inicialmente, Manuel, seu amo atual, é visto como um intruso, mas Telmo passa a admirá-
lo como patriota que tudo sacrificou (Ato II, cena 1). O seu amor por Maria vence o seu antigo amor por D. João,
desencadeando um verdadeiro conflito interior (Ato III, cenas 4 e 5).

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#D. João de Portugal /Romeiro– é a “ausência mais presente” ao longo do texto. Começa por só existir nas
palavras de Madalena e Telmo (Ato I) e vai-se materializando progressivamente no Ato II, primeiro pelo retrato
e depois pela presença física (Ato II, cena 13). A personagem sofre, ao longo do texto, dois tipos de percurso: o
primeiro, que se centra na sua concretização, enquanto figura real, o segundo, que se relaciona com a sua
humanização. Com efeito, o primeiro contacto físico entre o espetador/leitor e D. João de Portugal revela-o
como uma espécie de “anjo vingador”, encarregado de castigar o “pecado” e repor a “ordem”. No entanto, a
partir da cena 5 do Ato III, ao saber por Telmo que Madalena o procurara (antes de se casar novamente), D.
João humaniza-se, tenta remediar a situação que (in)voluntariamente desencadeou (Ato III, cena 5). Ele é
“Ninguém!” . Representa, assim, o velho Portugal, subjugado e aniquilado.

# Frei Jorge – padre dominicano, irmão de Manuel, que impõe uma certa racionalidade, é o conselheiro que
tenta manter o equilíbrio no seio de uma família angustiada e desfeita.

5. A dimensão trágica
• Características da tragédia clássica
o Lei das três unidades:
-ação (a intriga deve ser simples e sem ações secundárias)
-tempo (a ação não deve exceder as vinte e quatro horas)
-espaço (a ação decorre no mesmo espaço)
o A ação da peça desenvolve-se a partir do conflito entre o ser humano e o destino, entre o indivíduo
e o coletivo ou o transcendente.
o As personagens são nobres e em número reduzido.
o O conflito surge associado a um mistério, na origem das personagens.
o O castigo das forças superiores devido ao “desafio” (hybris)cometido pelas personagens conduz à
catástrofe.
o A presença de indícios que apontam para um desfecho trágico.
o A presença de um coro que surge nos momentos de grande intensidade dramática, comentando as
situações ou as personagens.
o O sofrimento das personagens (pathos).
o O conflito que se encaminha progressivamente para um clímax (ponto culminante da ação trágica).
o O desvendamento do mistério com o reconhecimento (anagnórisis).
o O desenlace (catástrofe): morte das personagens (física, moral ou afetiva).
o Os efeitos sobre o público: inspirar sentimentos de terror e de piedade.

• Aspetos trágicos em Frei Luís de Sousa

o Índole (assunto) trágica


o A ação tripartida (exposição, conflito e desenlace).
o A simplicidade da intriga.
o O desafio (hybris): as personagens desafiam a ordem estabelecida. Madalena desafia o destino,
apaixonando-se por Manuel, quando ainda estava casada com D. João. Manuel desafia o destino,
incendiando o seu palácio e obrigando a família a habitar a casa que fora de D. João, local a que este
se dirige quando regressa a Portugal.
o O sofrimento (pathos): as personagens são torturadas pelos conflitos de consciência vivenciados.
o A peripécia: mudança de rumo da situação – o incêndio e o aparecimento de D. João, que anula a
legitimidade do casamento, colocando Maria na situação de filha ilegítima.
o O reconhecimento (anagnórisis): a revelação da identidade do Romeiro.

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o O clímax: o auge emocional acontece quando Madalena descobre que o Romeiro está vivo.
o A catástrofe: a morte para o mundo de Madalena e Manuel e a morte física de Maria (desfecho
trágico).
o O coro: representado, sobretudo, por Telmo e também por Frei Jorge.
o A catarse, purificação (cathársis): a reflexão purificadora do espetador ou leitor, a irreversibilidade
dos acontecimentos e a vulnerabilidade das personagens provocam piedade e comoção.

• Indícios trágicos e sua simbologia

=Leitura dos versos de Camões (fim trágico dos amores =a felicidade aparente e o prenúncio de desgraça.
de Inês de Castro e de D. Pedro).
» O tempo. » sexta-feira, dia aziago.
|A idade de Maria (13 anos). | Na crença popular, o 13 simboliza a má sorte.
«Simbologia dos números. « 3- a perfeição, a criação, o círculo perfeito.
« 7- o fim de um ciclo periódico.
» 21(3x7) a fatalidade perfeita.
/ A crença no regresso de D. João de Portugal. / O mito sebastianista.
. O retrato que ardeu. . “prognóstico fatal de uma perda maior”.
. catástrofe final que destrói a família.
_ O regresso ao “palácio que fora de D. João de _ As recordações do passado.
Portugal”. _ Indício de um possível regresso.
_ O prenúncio de desgraça.
^As papoilas que Maria colhe e logo murcham. ^ Prenúncio da doença e morte de Maria
+ A concentração temporal e espacial. + o progressivo afunilamento do tempo e do espaço
simbolizam a impossibilidade de fuga das personagens
a um final implacável.

6. Linguagem, estilo e estrutura

 A utilização da linguagem é essencialmente feita com a intenção de exprimir sentimentos e emoções, a carga
emotiva do discurso das personagens, o seu estado emocional. Para isso Garrett serve-se de:
• Vocabulário abstrato, sendo preferencialmente evidentes nos monólogos das personagens: Madalena
(ato I, cena 1) Manuel (ato I, cena) e Telmo (ato III, cena 4).
• Frases exclamativas e reticentes: “Desgraçada filha, que ficas órfã!...” (traduzem as hesitações ou a
intensidade das emoções - tensão emocional e dramática).
• Interjeição:” Oh!”, “Meu Deus!”
• Repetição: “Peço-te vida (…) peço-te vida, vida, vida… para ela, vida para a minha filha!... saúde,
vida para a minha querida filha!” (ato III, cena 1); “hoje” - advérbio de tempo que torna mais denso o
ambiente trágico.
• Antítese: “que felicidade…que desgraça a minha!” (ato I, cena1)
• Tiradas hiperbólicas: “como é esta vida miserável que um sopro pode apagar em menos tempo
ainda!” (ato I, cena 11).

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 Características do texto dramático:
-As didascálias apresentam referências ao espaço e ao tempo, predominantemente no início de cada ato. As
restantes, que surgem no corpo do texto, referem-se essencialmente à movimentação, estado de espírito,
atitudes, tom de voz das personagens.
- Tempo da ação: tem início a 28 de julho de 1599, fim da tarde, sexta-feira (ato I); a família está há 8 dias
no Palácio de D. João e o Romeiro aparece a 4 de agosto de 1599, sexta-feira (ato II)); O resto da ação
decorre pela “alta noite” e “cinco horas, pelo alvor da manhã” a 5 de agosto, sábado).

 A ação pode ser analisada tendo em conta a globalidade do texto ou, de um modo mais detalhado, a
especificidade de cada um dos atos que constitui a Estrutura externa-:
Ato I (12 cenas)
Ato II (15 cenas)
Ato III (12 cenas)

 A peça apresenta três grandes momentos, tal como acontecia nas tragédias clássicas - Estrutura interna:
Ato I – Informações sobre o passado das personagens, relacionadas com os acontecimentos anteriores ao
tempo da ação/diegese dramática- medo e pressentimentos de Madalena. Manuel desafia o destino
incendiando o seu palácio e obriga a família a ir para a antiga casa de D. João (apresentação das personagens
e do conflito latente).

Ato II – A família ocupa o antigo palácio. Manuel, Telmo e Maria vão a Lisboa, Madalena fica com Frei
Jorge e é visitada pelo Romeiro, sendo a sua identidade desvendada (desenvolvimento da ação).

Ato III- Conhecimento da existência de D. João. Tomada do hábito e morte de Maria- catástrofe final
(aniquilamento das personagens).

 Drama romântico: características

Frei Luís de Sousa reflete a matriz cultural do tempo em que foi escrito, ou seja, é uma obra
caracteristicamente romântica, pela temática, pela ideologia, pelos valores que veicula.
• Valorização dos sentimentos humanos das personagens por oposição à sociedade - o percurso das
personagens, em especial Madalena e Maria, ilustra o poder avassalador da sociedade face à
liberdade individual.
• O antissebastianismo - evidente na destruição do presente e na inviabilização do futuro que o
regresso do passado, simbolizado no reaparecimento do Romeiro, consubstancia.
• Apologia do individualismo (o confronto entre o indivíduo e a sociedade; a felicidade individual é
contrariada pelas normas sociais).
• Amor à pátria: patriotismo e nacionalismo - a valorização das raízes nacionais, desde logo presente
na obra pela escolha do tema, é também evidente na referência das personagens a figuras e
acontecimentos da História e cultura portuguesas (Camões, Os Lusíadas; Bernardim Ribeiro,
Menina e Moça; D. Sebastião e a crença no sebastianismo; referência ao encontro de Telmo com
Camões que exalta o valor do poeta e a indiferença da Pátria; referência ao domínio filipino).
• Apologia do individualismo (o confronto entre o indivíduo e a sociedade; a felicidade individual é
contrariada pelas normas sociais).
• Tema da morte: a morte como solução para os problemas e a sua ligação com o amor - a
inviabilidade do amor quer paternal quer matrimonial que conduz à morte (física em Maria e social
e psicológica em Madalena e Manuel).
• Crença em agouros, superstições e visões.
• Fatalismo (as personagens tentam negar racionalmente o destino, mas não conseguem).
• Religiosidade (sobretudo a presença do ideário cristão).

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• Aspiração à liberdade.
• Exacerbação dos sentimentos
• Ambiente crepuscular e/ou noturno em que se desenrola a ação (fim da tarde; noite, madrugada).
• Intenção pedagógica: a problemática dos filhos ilegítimos e a denúncia da falta de patriotismo.
• Uso da prosa.
• Linguagem fluente e coloquial, próxima da realidade vivida pelas personagens.

Alguns destes aspetos românticos revestem-se de uma dimensão atemporal, que contribui para o caráter universal
da obra:
- Defesa dos ideais de liberdade.
- Denúncia das arbitrariedades e da tirania sociais.
- Conflito eu versus sociedade.
- Problemática existencial: conflitos de consciência.

Pelo hibridismo do texto dramático, poder-se-á concluir que a obra sintetiza aspetos da tragédia clássica e
do drama romântico.

Notas finais: para complementar as informações constantes desta ficha poderás ainda
consultar o manual Mensagens para os seguintes aspetos:
o Frei Luís de Sousa: a história por trás da ação- Págs. 63/64
o Estrutura externa e interna- síntese- Págs. 87/88
o Linguagem e estilo- Pág. 101
o A dimensão patriótica e a sua expressão simbólica II- Pág134
o A dimensão trágica- Págs. 149/151
o Características românticas em Frei Luís de Sousa – Pág. 152
o Recorte das personagens principais – Pág. 153
o Síntese da unidade- Págs. 156/157

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