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• João da Ega: protótipo do demagogo, incoerente nas suas posições. É o melhor amigo
de Carlos, que o ajuda quando passa por momentos difíceis e dolorosos. Tem sempre
grandes iniciativas/sonhos que acabam por desaparecer. No passeio final, Ega extravasa o
seu desencanto, a sua desilusão, frustração, não só por Portugal, mas também pelos seus
projetos falhados.
• Alencar: poeta ultrarromântico, que é agora muito amigo do Ega e está encarregue de
cuidar da sobrinha, tarefa que desempenha excelentemente, segundo Ega.
Personagens participantes
• Cruges: é o intelectual incompreendido e marginalizado “um diabo adoidado, maestro
pianista, com uma pontinha de génio”. Escreveu uma ópera cómica, que finalmente
retribui o devido mérito ao maestro
• Dâmaso: português vulgar de um estrato social privilegiado; casado com a filha de
condes falidos (e traído por ela), cujas despesas eram cobertas por ele.
• Charlie: filho da condessa de Gouvarinho. Um dos primeiros pacientes de Carlos.
• Eusébio: produto da educação portuguesa, está agora casado com uma “avantesma” ,
porque foi apanhado pelo pai a namorar com ela. Além disso, é agredido pela mulher,
dada a fragilidade da sua educação
Críticas
• Sociedade da alta burguesia: Vivem ociosa e luxuosamente, porém com
valores e comportamentos impróprios para as elites.
• O diletantismo: incapacidade tanto de Carlos, como de Ega, de se
adaptarem e fixarem num só trabalho: “Diz-se «vou ser assim[…]. E nunca
se é assim»”
• Depreciação do português: Portugal é um país monótono e em
“decadência” - retratado no estado de ruínas do Ramalhete, que atua como
uma sinédoque - tal como o povo português, incluindo os conhecidos de
Carlos.
Críticas
• Apreciação e influência do estrangeiro:
• Carlos sente grande atração pelo estrangeiro, decidindo viver em Paris
durante o período de “exílio”.
• Dâmaso admira tudo o que é francês: “chique a valer”.
• Uso recorrente de vocabulário estrangeiro (“sportman”, “shake-hands”,
“Au revoir”).
• No entanto, cópias mal conseguidas devido ao comportamento
impróprio do povo português.
Críticas
• Romantismo e Realismo:
• Romantismo criticados por Ega e Carlos (“Que temos nós sido desde o
colégio, desde o exame de latim? Românticos, isto é, indivíduos
inferiores que se governam na vida pelo sentimento e não pela razão”)
• Realismo é também posto em causa, dado que os indivíduos realistas
são “sem sabor”.
Teoria DA Vida – fatalismo muçulmano
• Durante a visita ao Ramalhete, Carlos e Ega recordam a vida que levaram, os
desejos falhados e as ambições abandonadas;
• Ambos admitem que se deixaram levar por influências românticas “desde o
colégio”, e questionam-se depois se realmente é mais vantajoso ser realista, ao
invés de romântico;
• Chegam à conclusão que ambos os estilos são igualmente infelizes e têm as suas
desvantagens: “[…] ou tem de se ser insensato ou sem sabor”(antítese);
Romântico Realista
• Carlos conclui, então, que “não vale a pena viver” e que se deve reger pelo
“fatalismo muçulmano”: “nada desejar e nada recear”.
Teoria DA Vida – fatalismo muçulmano
“nada desejar e nada recear”
• Viver a vida impulsivamente, sem medos e sem grandes ambições
Mais de uma década de diferença => o país não muda e continua em “decadência”
Bibliografia
• Queirós, Eça de, Os Maias, Episódios da vida romântica, Porto Editora, 1.ª edição, 2009;
• Ramos, Auxília, Braga, Zaida, Castro, Isabel, Os Maias – Eça de Queirós, Resumos, Porto
Editora, 2018
• https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/homem-mata-mulher-e-duas-filhas-gravidas-
para-ficar-com-a-amante, consultado a 20/03/2020
• https://www.dn.pt/desporto/jornalista-de-investigacao-morto-a-tiro-no-gana-
10451460.html , consultado a 20/03/2020
• https://tvi24.iol.pt/geral/22-11-2014/jose-socrates-detido-no-aeroporto-de-lisboa ,
consultado a 20/03/2020
• https://rr.sapo.pt/2020/01/20/mundo/isabel-dos-santos-acusada-de-desviar-100-
milhoes-de-euros-e-mentira-diz-empresaria/noticia/178924/ , consultado a 20/03/2020