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Esquemas-síntese do poema

«Eu cantei já, e agora vou chorando»


(p. 164)
Soneto: duas quadras e dois tercetos; decassílabo.

Análise feita pelo sujeito poético ao que foi a sua vivência:


soneto autorreferencial (análise do seu percurso de vida)

Oposição Passado Presente


temporal

O canto O choro
Passado Presente

«eu cantei já» (v.1) «agora vou chorando» (v.1)

O sujeito poético cantava O seu presente é triste,


cheio de esperanças pois percebe que os seus sonhos
no futuro foram apenas ilusões

«no canto já passado» (v.3) «se estavam minhas


lágrimas criando» (v.4)

Anúncio no passado de uma


situação vivenciada no presente
Idealização do passado por parte do sujeito poético: o sofrimento
presente como forma de conceber um passado perfeito.

O eu lírico não sabe se foi realmente O eu lírico não sabe se teria


feliz: passado alegre referenciado = motivos para cantar, para celebrar
irreal, ilusório

«o passado, por ledo, estou julgando» «— Quando? / — Não sei […]» (vv. 5 e 6)
(v. 8)

Memória — ilusão, fantasia


Motivos para cantar Confiança, segurança «manhosamente»
(v. 10) (v. 9)

Nome

Oposição

Advérbio

Conjunção
«mas já era o som
dos ferros» (v. 11) adversativa

Metáfora para sofrimento (prisão?)


Responsável central pelo sofrimento do sujeito poético:

• Realçam a mentira que existe no mundo


• Realçam a ilusão que rodeia o eu lírico
Interrogações
retóricas
• O destino é o responsável pelo seu infortúnio
• As suas esperanças são menos responsáveis do que o destino tirano
Culpa?

Conclusão «a Fortuna injusta é mais que os erros» (v. 14)

O sujeito poético não é responsável pelo


seu sofrimento: é vítima da Fortuna
arbitrária

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