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Fernando Pessoa,
poesia do ortónimo
Fernando Pessoa, poesia do ortónimo
• Fingimento artístico
• Dor de pensar
• Sonho e realidade
• Nostalgia da infância
• Fragmentação do “eu”
Fingimento artístico
Trata-se de uma teoria que considera a arte como construção do real, que envolve
o fingimento das emoções e dos sentimentos, através de um processo de
intelectualização que recusa a espontaneidade e emotividade literárias,
defendendo que “O poeta é um fingidor”.
Poemas exemplificativos:
“Autopsicografia” (poeta como “fingidor”; a criação poética alarga-se também ao
leitor; o coração serve de entretenimento à razão – metáfora do comboio de corda).
“Gato que brincas na rua” (o sujeito poético, mais uma vez, chega a desejar
viver uma vida instintiva, como a do gato).
Sonho e realidade
Poemas exemplificativos:
“Não sei se é sonho, se realidade” (destaque da reflexão; constatação de que a
felicidade só se alcança através da evasão, do sonho; entretanto, o regresso à
realidade leva à constatação do “eu” de que a resolução dos problemas não se
adquire pelo sonho).
“Tudo o que faço ou medito” (frustração resultante da dialética querer vs. fazer;
sentimento de repúdio perante o que realiza; impossibilidade de alcançar o ideal).
Nostalgia da infância
Poemas exemplificativos:
“Quando as crianças brincam” (ver e ouvir as crianças a brincar levam o “eu” a
constatar que a sua infância não foi realmente vivida, como se o tempo a tivesse
apagado, como se nunca tivesse sido feliz).
Poemas exemplificativos:
“Não sei quantas almas tenho” (o “eu” revela uma constante intelectualização e
autoanálise, o que lhe provoca um sentimento de indefinição relativamente à sua
identidade).