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As configurações do Ideal na

poesia de Antero de Quental

Nome autores
Configurações do ideal

«[…] projetando o eu num ideal mais ou menos onírico ou imaginário


onde tudo se realizaria na sua perfeição e na sua plenitude.»

Antero de Quental, Poesia Completa, 1842-1891 (org. e pref. de Fernando Pinto do Amaral), Lisboa, Dom Quixote,
2001.
Configurações do Ideal

A Razão orienta os ideais que permitem ao Homem ascender a um mundo


melhor, superior e ideal, conduzindo à plenitude do ser.

O sujeito poético procura um sentido para a existência humana.

As configurações do Ideal na poética anteriana traduzem-se na perfeição e na


plenitude de realizações (imaginárias ou reais) do eu poético.
Configurações do Ideal
A busca de um Ideal na poesia anteriana pode assumir várias configurações:

procura do Bem, da perfeição, da justiça social, da liberdade;

«[…] busco anelante/O palácio encantado da Ventura!» (O palácio da Ventura, vv.


3-4)

indagação do amor (por vezes, idealizado);

«Que as penetra de amor e as alevanta...» (Acordando, v. 8)

«E enquanto eu na varanda de marfim / Me encosto, absorto num cismar sem fim, / Tu,
meu amor, divagas ao luar» (Sonho oriental, vv. 9-11)

defesa da necessidade de transformação da sociedade.

«Um mundo novo espera só um aceno…» (A um poeta, v. 8)


Configurações do ideal
A busca do Ideal contempla ainda a:

presença de um tom eufórico na poética anteriana;


«Sonho que sou um cavaleiro andante […] Com grandes golpes bato à porta
e brado» (O palácio da Ventura, vv. 1 e 9)

ânsia do absoluto;
«E eis que súbito o avisto, fulgurante / Na sua pompa e aérea
formosura!» (O palácio da Ventura, vv. 7-8)
Configurações do ideal
A busca do Ideal contempla ainda a:

evasão através do sonho;


«Em sonho, às vezes, se o sonhar quebranta / Este meu vão
sofrer, esta agonia,» (Acordando, vv. 1-2)

interpretação da Morte (personificada) como realidade libertadora, entidade


consoladora; fonte de pacificação, apaziguamento e repouso do sujeito poético.

«Para o Céu a minh’alma sobe e canta.» (Acordando, v. 4)


«E, sendo a Morte, sou a Liberdade.» (Mors Liberatrix, v. 14)
Configurações do ideal

Consolida
Configurações do ideal

1. Assinala como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações.

A Antero busca a concretização absoluta dos seus ideais.


Verdadeira

B Na poesia anteriana há uma personificação da morte, representativa de sofrimento


atroz e aniquiladora do eu.
Falsa

C A perfeição e a plenitude são ambicionadas pelo eu poético que vive na poesia anteriana.
Verdadeira

D Antero busca incessantemente valores como a Liberdade, a Justiça e o Bem.


Verdadeira

Solução
Configurações do ideal

1. Assinala como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações.

E Procura-se na poesia de Antero a idealização do amor.


Verdadeira

F O sujeito poético dos versos anterianos vive alheado da realidade, sendo indiferente
aos comportamentos dominantes na sociedade.
Falsa

G O sonho, na poesia anteriana, é uma estratégia de fuga para o eu, que quer
libertar-se da realidade injusta e opressora.
Verdadeira

H Antero apresenta nos seus sonetos uma «face» disfórica, sempre que está
presente a temática «configurações do Ideal».
Falsa

Solução

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