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YOGA
AVANÇADO
com André Meyer
Material complementar
ÍNDICE
1. Introdução
2. Aulas
3. Aula 1: Respirações e posições básicas do ashtanga yoga
4. Aula 2: Niyamas
5. Aula 3: Yoga Terapia I
6. Aula 4: Yoga Terapia II
7. Aula 5: Abertura do quadril
8. Aula 6: Relaxamento
9. Aula 7: Respirações Clássicas
10. Sugestões de leitura e sites
Introdução
O Ashtanga Vinyasa Yoga começou a ser desenvolvido e ensinado na década de trinta do
século XX, por Sri Tirumalai Krishnamachara, no sul da Índia e foi transmitido ao mundo pelo
seu discípulo Sri K. Pattabhi Jois.O Ashtanga orienta o praticante a sempre respeitar seus lim-
ites e a superar os desafios gradualmente.
Esse método envolve a sincronia entre a respiração e a sequência de posições (asanas), com-
binando movimentos interligados que fluem através do movimento respiratório (vinyasa).
O que diferencia essa técnica das demais é o seu trabalho rítmico e dinâmico, aliado a três
séries fixas de posturas:
Neste método, todos os órgãos internos e glândulas são estimulados e tonificados. A desin-
toxicação acontece em níveis circulares e o corpo inteiro se purifica. A vitalidade aumenta
e o relaxamento profundo segue a pratica. Os oito passos indicados pela palavra Astanha
(ashta=oito e anga=passos yoga=união), referem-se, especificamente aos oito passos delinea-
dos pelo sábio Patajanli. Eles sintetizam a visão, a pratica e o resultado do yoga, assim como
as experiências e obstáculos que podem ser encontrados ao longo do caminho. São eles:
1.Yamas: Regra ou código de conduta para viver em estado de consciência virtuosa. Os ya-
mas definem como devemos orientar nossas relações com o mundo externo.
Ahimsá: Não-violência
Satya: Verdade
Asteya: Não cobiça
Brahmacarya: Conter excessos
Aparigraha: Desapego
3.Asana: Prática de posturas físicas. Patanjali, no Yoga Sutra, descreve asana como uma
posição que deve ser firme e forte.
Saúdo os pés de lótus do mestre supremo que ensina o conhecimento justo e mostra o
caminho para despertar a alma: aquele que está além das comparações e que como um
médico na selva, extrai da consciência o veneno da ignorância. Inclino-me humilde diante do
sábio Patanjali, serpente de mil cabeças, cujo o braço, portando concha e escudo, heroicos
atos perfaz.
Bandhas: Os Bandhas são fechos internos do nosso coro que usamos na pratica o yoga. São
tradicionalmente classificados como parte dos mudras (gestos) e são transmitidos oralmente
pelo guru ao discípulo.O objetivo dos bandhas é reter o prana (energia vital) em áreas partic-
ulares e redirecionar seu fluxo pela nadi sushumna (canal sutil central que passa pela base
da coluna) com o propósito de despertar a espiritualidade.
Eles podem ser praticados individualmente ou incorporados aos mudras, asanas e pranaya-
mas. Quando combinados, eles despertam capacidades psíquicas e proporcionam um adicio-
nal às práticas elevadas de yoga. São eles:
Mula Bandha: O nome significa “ fecho da raiz” e é a contração dos esfíncteres do ânus e da
uretra, técnica de elevação do assoalho. Esta técnica é sumamente importante para manter a
concentração e o foco na prática.
Uddiyana Bandha: Uddiyana bandha é a única prática que estica o diafragma respiratório, que
atravessa a junção entre o tórax e o abdômen e atribui à base da caixa torácica e coluna lombar.
Praticado regularmente, uddiyana bandha irá permitir-lhe exalar mais completamente e respirar
de forma mais confortável e eficiente.
Jalandhara bandha: Contraia a garganta e aperte firmemente o queixo contra o peito. Este
é jalandhara bandha que destrói velhice e morte. Porque ele amarra a rede de nadis e inibe a
queda do néctar (jala) (da cavidade palatal), este bandha é chamado de jalandhara, e destrói
todas as mazelas da garganta. Quando é realizado, o néctar não cai no fogo gástrico e o prana
não é perturbado. Pela firme contração da garganta as duas nadis (ida e pingala) tornam-se
inertes. Na garganta encontra-se o vishuddha chakra. Isto prende os dezesseis adhara (centros
vitais - as correntes que fluem deste chakra).
- Saucha: É traduzido como limpeza, pureza e não deve ser limitado ao nível físico, mas levado a
todos os outros níveis, tais como, mental, intelectual e espiritual. A pureza do corpo é essencial
ao bem-estar. Enquanto bons hábitos como o banho purificam o corpo externamente, na prática
do yoga existem várias ferramentas (asanas, pranayamas, kriyas, mudras, bandhas e meditação),
que podem ser utilizadas para purificar o físico e também as energias mais sutis.
Mais importante que a limpeza física do corpo é a limpeza da mente de suas emoções
perturbadoras como o ódio, a paixão, a ira, a luxúria, a cobiça, a ilusão e o orgulho.
Ainda mais importante é a limpeza do intelecto (buddhi) de pensamentos impuros. As
impurezas da mente são lavadas nas águas de bhakti (a devoção).
- Santosha: Contentamento. Apreciamos o presente do jeito que ele é e não como “deveria
ser”. Apreciamos cada momento que nos é dado nessa vida independente das circunstâncias,
sejam elas aparentemente positivas ou negativas. O contentamento lhe permite relaxar e
apreciar o presente da forma que ele é, aproximando – o cada vez mais da sua essência.
Segundo Taimini, o principal objetivo dos yamas é eliminar todas as perturbações mentais
e emocionais, que caracterizam a vida de um ser humano comum. Nenhuma libertação de
perturbações emocionais torna-se possível até as tendências abordadas na yamas sejam
pelo menos suficientemente dominadas.
Os Yamas assim como as Nyamas constituem os dois primeiros estágios do Ashtanga Yoga
de Patanjali e em síntese podem ser entendidos como: controle, domínio, refreamento. São
de maneira geral proibitivas e morais. A yama é constituída de cinco qualidades morais que
devemos saber:
1 – Ahimsá: Não violência. Não violência física, mental, emocional, por palavras, gestos,
ações, pensamentos contra a si próprio, aos outros e ao mundo. O Cultivo da não violência
em relação a si próprio é essencial para que a não violência em relação ao mundo possa de
fato tornar uma realidade.
2 – Satya: Verdade. Cultivar a verdade, não mentir. Ser verdadeiro nos pensamentos,
sentimentos palavras e ações. Taimini comenta que a mentira cria uma espécie de tensão
mental que nos impede de harmonizar e tranquilizar a mente.
3 – Asteya: Não roubar, não cobiçar ou invejar bens e conquistas dos outros. Não é apenas
não roubar, mas eliminar totalmente o impulso de se apoderar de objetos ou ideias alheias, é
a abstenção dessas tendências, mesmo que em pensamentos que dificilmente nos conscien-
tizamos.
4 – Brahmacharya: Moderação dos sentidos, foco, celibato, parceiro fixo, não desvirtuar a
sexualidade. Para Iyengar a prática de brahmacharya é ver o sagrado em todas as coisas.
Brahmacharya também pode ser visto como moderação dos sentidos.
Quando os sentidos estão esparramados, estamos fora de nosso centro. A busca incessante
pelo prazer nas coisas que estão fora de nós, nos afasta da nossa natureza.
A tradição do yoga vê o sistema humano como uma estrutura multidimensional que inclui todos
os aspectos do corpo, respiração, mente, intelecto, emoções e as suas múltiplas interações. O yoga
fundamenta-se no princípio básico que uma pratica inteligente pode influenciar a direção das
mudanças destas dimensões humanas, que são distintas da natureza essencial do ser humano. As
práticas de yoga incluem, mas não se limitam, a ásana, pránáyáma, meditação, mântras, cânticos,
mudrás, rituais e um estilo de vida disciplinado.
Hoje a yoga terapia é suportada pelas modernas ciências da saúde. Sendo parte de uma
tradição viva, a yoga terapia continua a desenvolver-se e a adaptar-se ao contexto cultural na
qual é praticada. A sua eficácia é suportada por um aumento evidente de pesquisas cientifi-
cas, que contribuem para uma maior compreensão e aceitação do seu valor como uma disci-
plina terapêutica.
2- Agnistambhasana: Não se preocupe caso não consiga posicionar o joelho no topo do seu
pé e vice-versa – apenas faça o melhor possível. Não esqueça de flexionar os pés para proteger
os tornozelos. Permanência de 5-10 respirações longas.
5- Malasana: Pode ser feita com a planta dos pés no chão ou modifique vindo para a ponta
dos pés. Com as mãos em prece, pressione os cotovelos em direção às pernas e pressione-as
para afastá-las. Permanência de 5-10 respirações longas.
Shala: Significa casa em sânscrito. O termo é usado no Ashtanga yoga para significar uma
casa de yoga, ou seja, um estúdio de yoga.
Moon Days: Dias de lua no Ashtanga yoga. Segundo a tradição de Shri K. Pattabhi Jois, não
se pratica Ashtanga Vinyasa Yoga no primeiro dia de lua nova e lua cheia.O ser humano é
em sua maioria constituído por água, e como as luas influenciam as marés, acredita-se que
está também terá uma predominância sobre nós. Nestes dias ficamos com uma energia mais
instável, que tem implicações no nosso corpo e na nossa mente, criando maior propensão a
nos machucarmos durante a prática.
Ladies Holiday: Este termo é usado para descrever a recomendação de que as mulheres
não pratiquem yoga nos três primeiros dias do seu período menstrual. De acordo com uma
entrevista de 2007 com Jois Saraswathi (Randaswami), Ladies Holiday origina-se da tradição
de Brahma.
A combinação das asanas com o movimento ea respiração fazem o sangue circular livremente em
torno de todas as junções, removendo dores do corpo. Quando há falta de circulação, a dor ocorre.
O sangue aquecido também se move através de todos os órgãos internos removendo impurezas e
doenças, que são trazidas para fora do corpo pelo suor que ocorre durante a prática.
O suor é um importante produto de vinyasa, porque é somente através do suor que a doença
deixa o corpo e ocorre a purificação. Da mesma forma que o ouro é derretido em uma panela
para remover suas impurezas, pela virtude da sujeira subindo para a superfície como o ouro
ferve, ea sujeira, em seguida, sendo removido, yoga ferve o sangue e traz todas as nossas toxinas
para a superfície, que são removidos através do suor. Se o método de vinyasa é seguido, o corpo
se torna saudável e forte, e puro como o ouro.
Saúdo os pés de lótus do mestre,que ensina o justo saber e mostra o caminho para o
despertar da alma; Aquele que está além das comparações e que, como o médico da
selva,extrai da consciência o veneno da ignorância. Inclino-me frente ao sábio Patañjali,
que tem forma humana na parte superior do corpo, que segura uma espada, uma con-
cha e um disco, e que está coroado por uma serpente de mil cabeças.
Mangalam Mantra
Om swasthi praja bhyah pari pala yantam
nya yena margena mahi mahishaha
go brahmanebhyaha shubamastu nityam
loka samasta sukhino bhavantu
Om shanti, shanti, shantihi
(Tradução)
Om. Que a prosperidade seja glorificada.Que os governantes governem com virtude e justiça.
Que a Divindade e a erudição sejam protegidas.Que todos os seres do mundo sejam felizes e
prósperos.Om, paz, paz, paz.
Sugestão de Sites
http://www.yogapleno.com.br
http://www.espacosoma.com
http://www.ashtangayogario.com.br
http://dharmabindu.com
http://www.yoga.pro.br
https://yogainternational.com
http://www.inspireyoga.com.br
wilmamusa.blogspot.com.br
http://www.yogabrasil.org
http://www.yogaluz.com.br
http://www.terapiasorientais.org.pt
http://www.ashtangayogario.com.br
http://kpjayi.org
https://www.verywell.com
Referência Bibliográfica