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o 2 o
Śāntipāṭhaḥ
Mantras de Paz
Traduzidos por Pedro Kupfer
o 3 o
Copyfree 2021, Pedro Kupfer
(edição, apresentação e tradução)
1a edição: Setembro, 2021
Cortesia de
yoga.pro.br
Este livro é de livre distribuição. Fique à vontade para compartilhar com a sua família do
Yoga e do Vedānta. Agradecimentos muito especiais a Swāmi Dayānanada, Swāmi
Tattvavidānanada, Swāmi Paramārthānanda e Swāmi Saccidānanda pelos ensinamentos, a
inspiração e a generosidade. Oṁ tat sat.
o 4 o
Índice
Vighneśvara Prārthanā 7
O Mantra na Tradição do Yoga 9
Sons de Poder 15
Mantras de Paz 21
Stotras 47
Kīrtan 69
Sânscrito 79
Bibliogra a 85
o 5 o
fi
o 6 o
Vighneśvara Prārthanā
Invocação a Gaṇeśa,
Senhor dos Obstáculos
o 7 o
प्र
वि
वि
ष्णु
घ्नो
न्न
क्ला
fi
म्ब
न्त
ध्या
वि
वि
घ्नो
ष्णु
र्व
वि
घ्नो
शि
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र्ण
न्त
प्र
न्न
र्भु
ध्या
शि
प्र
र्ण
न्न
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क्ला
म्ब
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क्ल
म्ब
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O Mantra na Tradição do Yoga
Som e mantra
A música sempre fascinou o ser humano. Há algo de mágico e poderosamente
transformador nela. Ao mesmo tempo, a música é inexplicável. Sempre foi
desa ador para a ciência explicar a razão pela qual amamos harmonias, melodias
e ritmos.
Desde o ponto de vista biológico, não há alguma razão para gostarmos de ouvir
sons: a música não nos nutre nem nos dá qualquer vantagem ou aptidão para
sobreviver ou nos reproduzir. No entanto, ela tem o mesmo efeito no cérebro que
algumas atividades essenciais para a sobrevivência, como fazer o amor ou comer.
Quando fazemos nos relacionamos sexualmente ou degustamos um prato
saboroso, estimulamos a secreção de dopamina, um poderoso neurotransmissor
que é responsável por conduzir informações para as diversas partes do organismo
e que, quando liberado, mobiliza sensações de prazer e motivação.
Surpreendentemente, a música tem o mesmo efeito: mobiliza enormes quantidade
de prazer e nos traz motivação, foco ou relaxamento. Ao mesmo tempo, ouvir
música ativa as mesmas áreas do cérebro que são estimuladas quando sentimos
alegria, uma emoção intuitiva que sempre foi fundamental para a nossa
sobrevivência, já vez que nos traz bem-estar e satisfação.
Um dos motivos pelos quais gostamos de ouvir um bom som é a chamada
predição musical. Como a música é composta por padrões e sequências de notas
que se sucedem de maneira rítmica, quando escutamos (e conhecemos os padrões
estéticos de um estilo musical), tentamos antecipar o tempo todo qual será a
próxima nota, o próximo compasso.
Quando a nossa predição sobre a melodia que o músico toca se cumpre, temos
o 9 o
fi
uma descarga de dopamina. Essa predição musical está baseada nas nossas
experiências passadas. A antecipação explica também porquê tendemos a não
gostar de gêneros musicais que não conhecemos: quando não temos os códigos
para decifrar uma determinada linguagem musical, o cérebro tende a cansar-se
dela. É por isso que, frequentemente, ocidentais dormem ao ouvir música indiana.
Porém, até mesmo aqueles que não têm familiaridade com os mantras
frequentemente cam fascinados com a profunda calma que eles produzem na
mente. Isso acontece por conta do efeito dos mantras, ainda que não possamos
considerá-los um gênero musical propriamente dito.
Mesmo que os mantras não sejam música nem se encaixem dentro dos cânones
estéticos de algum estilo musical familiar para um ocidental, usam a vibração
produzida pelo som, seja da nossa própria garganta, seja de vozes alheias quando
mantramos em grupo ou ouvimos outras pessoas a verbalizar mantras.
Outra coisa: o cérebro humano adora padrões repetitivos. Um dos temas mais
recorrentes na arte dos mantras é justamente a repetição, chamada japa. Portanto,
não é coincidência uma boa parte da humanidade sentir atração por mantras.
Pesquisas médicas recentes feitas com tomogra as computadorizadas apontam
que o pico da secreção de dopamina chega quando a pessoa escuta o chamado
refrão de uma música, o que é acompanhado frequentemente por uma sensação de
arrepio ou excitação. E, como você bem sabe, os refrões se repetem, exatamente
como os mantras.
O uso dessas vibrações sonoras, no contexto dos mantras, tem quatro objetivos
especí cos: 1) paci car as emoções, 2) acalmar a mente, 3) trazer harmonia para
o coração e 4) nos ajudar a compreender e aceitar quem somos. Desde o ponto de
vista cognitivo, os mantras funcionam como ferramentas para a re exão sobre a
nossa própria natureza, pois suas palavras revelam a verdadeira identidade do ser
humano.
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fi
Upaniṣads, textos em prosa e/ou verso, que também devem ser considerados
mantras.
Os mantras são “traduções” da Consciência Ilimitada, presente em todos os
aspectos do universo, que chamamos Īśvara. Nas Upaniṣads, o próprio mantra
Oṁ, por exemplo, é considerado uma espécie de símbolo sonoro, de “corpo em
forma de som”, de Īśvara, a Consciência, como veremos mais adiante.
Literalmente, mantra signi ca “instrumento do pensamento”. Os sons mântricos
são o melhor instrumento para puri car a mente e praticar nididhyāsanam. Mas
cabe lembrar que a repetição de um som não é um m em si mesmo: ela se faz em
função do resultado: estabilidade do pensamento e re exão sobre a própria
identidade.
Se nos observarmos no dia-a-dia iremos reparar que em muitos momentos
camos sob tensão, com a consciência atenta apenas ao exterior e ainda com um
diálogo interior, um ruído constante na mente, como um rádio que não desliga.
Esse ruído de fundo forma a paisagem interior, o substrato das nossas
experiências mentais.
Não é possível mudarmos essa paisagem apenas querendo calar a mente no grito:
precisamos usar a ferramenta adequada. Os mantras nos ensinam a separar-nos
das experiências e in uências externas, nos levam para o silêncio e nos abrem o
espaço interior. Eles predispõem a mente para meditar e nos conectam, através da
re exão em seus signi cados, com nossa verdadeira identidade.
O Yoga utiliza diferentes fórmulas para conduzir a mente para a tranquilidade, o
que permite ao praticante perceber a si mesmo como profunda calma, śāntaḥ.
Porém, é preciso igualmente prestar atenção ao signi cado desses sons.
Esses signi cados variam, assim como as formas mas todos apontam para a
mesma realidade: Brahman, o Ser ilimitado. Cada mantra revela um dos
diferentes aspectos de Brahman, nas formas do universo manifestado.
o 11 o
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fl
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bījas primários, cada um deles associado a um devatā. Por exemplo, o bīja Aiṁ é
associado a Sarasvatī, Duṁ é associado a Durgā, Gaṁ a Gaṇeśa, etc.
Japa: repetição de um mantra, frequentemente usando um mālā ou colar de 108
contas para a recitação de um mantra transmitido no momento da iniciação
(dīkṣa) por um guru. Outra forma de meditação muito popular é a chamada
japanamaḥ, na qual se repetem os nomes das manifestações de Īśvara, como Oṁ
namaḥ Śivāya, Oṁ namo Nārāyaṇāya, Oṁ Gaṁ Gaṇapataye namaḥ, e o conhecido
mahamantra, entre outros
Kīrtaṇa ou saṅkīrtaṇa: repetição de um mantra em grupo, em forma de pergunta
e resposta, acompanhado de melodia e instrumentos musicais. Para fazer kīrtaṇa
também são usados os japanamas mencionados anteriormente.
Pāṭhaḥ ou Vedapāṭhaḥ: forma recitação dos hinos védicos dentro da tradição oral
śrauta, associada ao Śrutiḥ. Essa recitação se faz de acordo com regras
mnemónicas e de pronunciação bem estritas, assim como acompanhado por três
variações no tom: udātta, “elevado”, que é o tom intermediário, anudātta “não
elevado”, que é o tom mais grave, e svarīta , “soado”, que é o mais agudo.
Sobre o japa
O japa é uma disciplina meditativa na qual repetimos um mantra. Essa repetição
pode ser feita em voz alta (vaikhārī), na forma de um murmúrio (upamṣu), ou
mentalmente (manasa), sendo a segunda mais potente que a primeira, e a terceira
mais potente que ambas.
Outra maneira de fazer japa é escrevendo o mantra repetidas vezes (likhītajapa).
o 12 o
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o 13 o
fi
fl
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o 14 o
Sons de Poder
o 15 o
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o 16 o
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fl
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fl
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fl
“Durante o japa deve evitar-se toda preguiça, bocejo, sono, espirro, salivação,
medo, movimento ou emoção. O mantra nada dá se houver comida em excesso,
conversação incoerente, falatório, autoritarismo, apego aos demais ou
instabilidade...
“Durante o japa devem evitar-se a inércia, a a ição, a atividade desnecessária, a
imaginação desvairada e a ventosidade.“Fique em paz, seja higiênico e frugal com
a comida, durma no chão [i.e., use um colchão rme], seja devoto, com pleno
controle e livre das dualidades, com a mente estável, silencioso e com
autocontrole, e então, faça japa”. XI:19.
Os mantras evocam e assimilam as forças que simbolizam. Através deles
podemos nos estabelecer em nossa identidade real. O mantra se baseia na
observação direta e aberta dessa vibração até a origem, o bindu, o ponto a partir
do qual se expande o universo.
Sobre esse ponto dizem os Tantras: “Brahmā, todos os deuses e asuras, os
santos, yakṣas, gaṇḍharvas, siddhas, plantas, árvores, insetos, planetas,
constelações siderais, estrelas e o resto, tudo o que existe no Cosmos, as
coisas móveis e fixas, os elementos e demais, tudo se manifesta desde o
centro do bindu”. Kaulajñāna Nirnaya, 19,20.
Os yogins conheceram outros sons de poder além do Oṁ, que já abordamos no
nosso estudo dos sūtras de Patañjali. Estes sons-semente, bījamantras, como são
chamados, se usam separadamente ou podem combinar-se igualmente com outros
sons, para formar mantras de métrica extensa, como o Gāyatrī e outros.
Segundo a Mantrayoga Saṁhitā, 71, existem oito bījamantras primários, que se
utilizam em ocasiões diferentes: “Gurubīja, śaktībīja, kāmabīja, yogabīja,
rāmābīja, tejabīja, śāntibīja e rakṣābīja. Estes são os oito bījamantras principais.
“Embora eles possam ser úteis em qualquer tipo de sādhana, apenas os yogins que
praticam os quatro Yogas podem conhecer seus mistérios e corretas combinações.
As letras k, l, ī e o makāra (letra m) combinam-se para formar o mantra do desejo,
Klīṁ. As letras k, r, ī e o makāra, combinam-se para formar o bīja da união, Krīṁ.
“As vogais a e e, e o makāra, combinam-se para formar o mantra do mestre, Aiṁ.
O h, o r, o ī e o makāra combinam-se para formar o bījamantra do poder, Hrīṁ. O
ś, o r, o ī e o makāra combinam-se para formar o bīja do encantamento, Śrīṁ.
“As letras t, r, ī e o makāra combinam-se para formar o mantra do fogo, Trīṁ. As
letras s, t, r, ī e o makāra combinam-se para formar o bīja da paz, Strīṁ. As letras
h, l, ī e o makāra combinam-se para formar o mantra de proteção, Hlīṁ.
o 17 o
fl
fi
Estes bījas devem fazer-se seguindo as mesmas instruções que demos para o
Oṁ. Quando o praticante recebe a iniciação no mantra, deve confiar no
sucesso na recitação desde que sejam seguidas conscienciosamente as
instruções dadas pelo professor.
o 18 o
O mantra age sobre o prāṇa. Alguns podem achar que isso pode deuixar a
mente mais focada ou introvertida, enquanto que outros podem sentir o
efeito oposto.
Por isso, não devemos falar em efeitos específicos, para não adiantar o
resultado do sādhana. O que uma faca corta, e como ela pode ser utilizada,
depende da mente que a comanda.
o 19 o
o 20 o
Mantras de Paz
— pela ordem do Cânone Muktikā —
O chamado Cânone Muktikā é uma lista das 108 Upaniṣads que aparece na forma
de um diálogo entre o príncipe Rāma, encarnação de Viṣṇu, e seu amigo e devoto,
Hanumān, o lho de Vāyu, deus do vento. A palavra muktikā signi ca
“libertação”. Na conversação, Rāma dispõe-se a ensinar o Vedānta para o seu
amigo. Por sua vez, Hanumān pergunta a ele pela libertação, mokṣa, que é o
objetivo de todas as formas de Yoga. Na continuação do diálogo, entre as estrofes
26 e 29, Rāma dá a lista completa das 108 Upaniṣads.
Dentro do Cânone, as Upaniṣads aparecem organizadas da seguinte maneira: 10
estão associadas com o Ṛgveda, e tem o mantra de paz que inicia com o verso Oṁ
vāṅg me manasi pratiṣṭhitā.
16 Upaniṣads estão associadas ao Samaveda e começam com o mantra cujo verso
inicial é Oṁ āpyāyantu mamāṅgāni; 19 Upaniṣads aparecem vinculadas ao Śukla
Yajurveda e iniciam com o mantra Oṁ pūrṇamadaḥ pūrṇamidaṁ.
32 Upaniṣads estão associadas com o Kṛṣṇa Yajurveda e abrem com o mantra Oṁ
saha nāvavatu; e nalmente, 31 Upaniṣads aparecem associadas ao Athārvaveda e
iniciam-se pelo mantra Oṁ bhadraṁ karṅebhiḥ ṣṛṇuyāma devāḥ.
Das 108 Upaniṣads, as primeiras 10, acrescidas da 14ª, a 24ª e a 25ª são chamadas
conjuntamente Mukhyopaniṣads ou Upaniṣads Capitais. Elas são as seguintes:
o 21 o
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fi
fi
1. Īśā 8. Aitareya
2. Kena 9. Chāndogya
3. Kaṭha 10. Bṛhadāraṇyaka
4. Praśna 11. Svetāśvatāra
5. Muṇḍaka 12. Maitrāyaṇīya
6. Māṇḍūkya 13. Kauṣītaki
7. Taittirīya
o 22 o
fi
॥ॐ॥
॥ पू मदः ॥
Pūrṇamadaḥ
Śāntipāṭhaḥ da Īśā e da
Bṛhadāraṇyakopaniṣad — Śuklayajurveda
ॐ पू मदः पू दं पू मुद ते ।
पू पू मादाय पू मेवाव ते ॥
ॐ शा शा शा ॥ह ॐ॥
॥ॐ॥
॥आ य ममा ॥
Āpyāyantu mamāṅgāni
Śāntipāṭhaḥ da Kena, da Chāndogya
e da Maitrāyaṇīyopaniṣad — Sāmaveda
ॐ आ य ममा । वा ण म।
अथो बल या चस ।स प षदं ।
माहं राकु । मा मा राकरोत्
अ राकरणम अ राकरणं मे अ ।
तदा रते य उप ष ध
o 23 o
र्ण
नि
स्य
त्म
ब्र
र्ण
र्ण
नि
ह्म
न्तिः
प्या
प्या
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मि
नि
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न्द्रि
न्तु
स्तु
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न्तिः
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मि
णि
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र्ण
नि
न्तिः
नि
र्णा
ङ्गा
त्सु
त्पु
र्वा
नि
ब्र
र्ण
शि
णि
ह्म
क्प्रा
र्माः
रिः
ष्य
नि
च्य
स्तु
र्वं
श्च्क्षुः
ब्र
ह्मौ
श्रो
नि
त्र
ते म स । ते म स ॥
ॐ शा शा शा ॥
oṁ āpyāyantu mamāṅgāni |
vākprāṇaścakṣuḥ śrotram |
atho balam indriyāṇi ca sarvāṇi |
sarvaṁ brahmaupaniṣadam |
māhaṁ brahma nirākuryām |
mā mā brahma nirākarot
anirākāraṇamastu anirākāraṇaṁ me astu |
tadātmani nirate ya upaniṣatsu dharmāḥ |
te mayi santu | te mayi santu ||
oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ ||
Que as partes [do meu corpo], como a fala, os olhos e os
ouvidos, a força e todos os demais órgãos, sejam
e cientes. Tudo é Brahman, [revelam] as Upaniṣads.
Que “eu” [i.e., o ego,] não rejeite Brahman. Que Brahman
não “me” rejeite. Que não haja rejeição de Brahman da
minha parte. Que não haja rejeição de mim por Brahman.
Que todos os valores e atitudes expostos nas Upaniṣads
estejam comigo. Estou comprometido na busca do
conhecimento de Brahman. Que os valores e atitudes
vivam em mim. Oṁ. Paz. Paz. Paz.
॥ॐ॥
॥ सह नाववतु ॥
Saha nāvavatu
Śāntipāṭhaḥ da Kaṭha, da Taittirīya
e da Śvetāśvaropaniṣad — Kṛṣṇayajurveda
ॐ सह नाववतु । सह नौ भुन ।
सह वी करवावहै । तेज नावधीतम ।
मा षावहै ॥ ॐ शा शा शा ॥
o 24 o
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वि
यि
द्वि
र्यं
न्तिः
न्तु
न्तिः
यि
न्तिः
न्तु
न्तिः
स्वि
क्तु
न्तिः
स्तु
न्तिः
॥ॐ॥
॥भ क ॥
Bhadraṁ Karṅebhiḥ
Śāntipāṭhaḥ da Praśna, da Muṇḍaka
e da Māṇḍūkyopaniṣad — Athārvaveda
ॐभ क णुयाम देवाः । भ प मा ज ।
रैर वाꣳ स नू । शेम देव तं यदायूः ॥
भिः
र्क्ष्यो
ष्टु
भिः
न्तिः
शृ
द्ध
श्र
रि
स्त
ष्ट
न्तिः
मिः
भिः
स्व
स्ति
स्व
व्य
स्ति
द्रं
श्ये
हि
वि
स्प
श्व
क्ष
ति
भि
र्द
र्य
त्राः
fi
fi
manifestada na atmosfera, na forma do resplendor do raio; vṛddhaśravāḥ – que
possui grande fama; svasti – aquilo que é auspicioso; naḥ – para nós; Pūṣā – a
Consciência manifestada no céu, na forma do brilho do sol; viśvavedāḥ – aquele
que tudo conhece, que é todo o conhecimento; svasti – auspicioso; naḥ – para nós;
Tārkṣya – um nome de Garuḍa, o deus-águia, que simboliza a eloquência;
ariṣṭanemiḥ – que não tem obstáculos para voar; svasti – algo que traz felicidade;
naḥ – para nós; Bṛhaspatiḥ – o guru; dadhātu – que nos abençoe com sua grande
inteligência; oṁ – símbolo sonoro que aponta para o Ser; śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ –
paz, paz, paz.
Tradução: Ó devas! Que possamos ouvir com nossos ouvidos aquilo que é
signi cativo. Que possamos ver com nossos olhos o que é livre de limitação. Que
saibamos reverenciar o Ser com as palavras de sabedoria dos Vedas (tanūbhiḥ).
Que possamos viver uma vida plena (ayuḥ), com rmeza em todas as partes do
corpo (sthirairaṅga). Que Indra, de grande fama, nos abençoe com aquilo que é
auspicioso. Que o Sol, que é Todo-o-Conhecimento (Pūṣā Viśvavedāḥ), nos
abençoe com aquilo que é auspicioso.
Que Garuḍa (Ariṣṭanemi), que voa livremente no espaço, nos abençoe com aquilo
que é auspicioso. Que Bṛhaspati (o guru), de grande inteligência, nos abençoe
com aquilo que é auspicioso. Oṁ. Paz, paz paz.
॥ॐ॥
Breve Explanação Sobre
o Bhadraṁ Karṇebhiḥ
ॐभ क णु याम दे वाः । Oṁ. Bhadraṁ karṇebhiḥ ṣṛṇuyāma devāḥ.
O mantra inicia dizendo “Ó devas! Que possamos ouvir com nossos ouvidos
aquilo que é signi cativo”. Ṣṛṇuyāma signi ca “que possamos ouvir”; karṇa são
os ouvidos. Que, com a nossa audição, possamos apreciar as palavras de
sabedoria que apontam para o Ilimitado que somos.
O ensinamento do Yoga considera que a natureza inteira seja um grande templo.
A criação não é matéria inerte. Īśvara, o Criador, não está separado nem é
diferente dela. Īśvara é a natureza, aliás. Esse modelo é a antítese do modelo
cartesiano, pelo que alguém que olhe para o mundo através desse modelo, terá
di culdades em compreender a visão védica.
o 26 o
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द्रं
fi
र्णे
भिः
शृ
fi
fi
fi
O mundo é um grande organismo vivo. Os rios são entidades vivas, assim como
as montanhas. O Himalaia não é pedra inerte. É a presença majestosa de Īśvara,
pelo que a cordilheira, chamada Himavāndevattā é reverenciada com manifestação
de Īśvara. O que você vê, o que está aqui à sua frente é algo vivo, consciente.
Cada montanha é um devattā, e o Himalaia é considerado o rei das montanhas.
Um devattā é um elemento da natureza, uma manifestação de Īśvara na forma de
alguma das múltiplas forças da natureza.
भ प मा ज ॥ Bhadraṁ paśyemākṣabhiryajatrāḥ.
Bhadraṁ paśyemākṣabhiryajatrāḥ quer dizer “que possamos ver com nossos olhos
o que é livre de limitação”. Bhadram é o auspicioso, aquilo que nos traz
felicidade. Neste contexto, evidentemente, bhadram aponta para o
autoconhecimento. É oportuno lembrar que este bhadram, necessariamente, inclui
o bem comum.
Dizemos isso pois uma prece é algo que deve, necessariamente, nos levar para
mais além daquilo que Swāmi Tattvavidānanda chama “síndrome de eu, mim e
meu”. As preces comunitárias são as únicas e cientes, nesse sentido. O Gāyatrī é
um ótimo exemplo desse tipo de prece. Bhadram é, assim, aquilo que nos alinha
com o dharma.
Vyaśema devahitaṁ yadāyuḥ signi ca que possamos ver com os nossos olhos
aquilo que é auspicioso na vida. Que possamos louvar a glória dos devattās com
os nossos sentidos apurados. Que tenhamos uma vida longa, que seja útil para a
o 27 o
स्थि
व्य
द्रं
रै
श्ये
स्तु
हि
क्ष
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fi
ष्टु
र्य
fi
त्राः
स्त
भिः
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fi
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द्ध
श्व
श्र
fi
fi
Oṁ é o símbolo sonoro que aponta para Īśvara. Śāntiḥ é paz. Como existem três
tipos de aśāntiḥ, de a ição, dizemos três vezes paz, à guisa de antídoto para essas
três fontes de a ição.
Adhyātmika ausência de saúde do corpo ou da mente que śāntiḥ possa neutralizar
essas a ições. Adidaivika sofrimento causado pelas forças da natureza. Desastres
naturais e perdas materiais devidas a eles.
Adhibhautika é a a ição derivada do pañcabhūta, dos cinco elementos, o que
inclui a sociedade e as pessoas com as quais nos vinculamos. Que possamos
neutralizar estas três fontes de a ição para vivermos felizes e em harmonia com
tudo e com todos. Oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ.
॥ॐ॥
o 29 o
स्व
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स्ति
स्ति
न्तिः
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॥ॐ॥
॥ शंनो ॥
Śaṅno Mitraḥ
Śāntipāṭhaḥ da Taittirīyopaniṣad
Kṛṣṇayajurveda
ॐ शंनो शं व णः । शंनो भव मा ।
शंन इ बृह । शंनो मः ।
नमो णे । नम वायो । मेव ।
मेव व । ॠतं व ।
स व ।त मवतु । त रमवतु । अवतु माम् ।
अवतु व रम् ॥ ॐ शा शा शा ॥
क्षं
त्रः
मि
स्प
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तिः
ह्म
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रु
न्मा
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॥ॐ॥
॥ वा मे मन ता ॥
Vāṅg me Manasi Pratiṣṭhitā
Śāntipāṭhaḥ da Aitareya
e da Kauṣītaki Upaniṣad — Ṛgveda
ॐ वा मे मन ता । मनो मे वा तम् ।
आ रा ए । वेद म आणी ।
तं मे मा हासीः अनेनाधीतेनाहोरा धा ॥
ॠतं व ।स व ।त मवतु । त रमवतु ।
अवतु माम् । अवतु व रम् ॥ ॐ शा शा शा ॥
॥ॐ॥
o 31 o
श्रु
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ङ्ग्
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ष्या
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मि
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क्ता
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ष्ठि
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॥ शा र॥
Dyauḥ Śāntiḥ
Yajurveda, XXXVI:17
ॐ शा र शा ।
पृथवी शा रापः शा रोषधयः शा ॥
वन तयः शा देवाः शा शा ।
स शा शा रेव शा सा मा शा रे ॥
ॐ शा शा शा ॥
॥ॐ॥
o 32 o
र्वि
र्वं
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द्यौः
द्यौः
न्तिः
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न्ति
न्ति
न्ति
fl
न्ति
न्तिः
न्ति
न्त
रि
क्षं
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न्तिः
न्तिः
न्तिः
न्ति
र्ब्र
ह्म
न्तिः
न्ति
न्तिः
धि
॥ॐ॥
॥ पवमान अ रोह ॥
Pavamāna Abhyāroha
Mantra da Elevação
Bṛhadāraṇyakopaniṣad, I:3.28
ॐ असतो मा स मय ।
तमसो मा मय ।
मृ अमृतं गमय ॥
ॐ शा शा शा ॥ह ॐ॥
oṁ asato mā sadgamaya |
tamaso mā jyotirgamaya |
mṛtyormā amṛtaṁ gamaya ||
oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ || hariḥ oṁ ||
Que a ignorância vá embora e que venha a verdade;
que as trevas se dissipem e a luz brilhe;
que se vá a morte e venha a imortalidade.
Oṁ. paz, paz, paz. Hariḥ Oṁ.
॥ॐ॥
o 33 o
त्यो
र्मा
न्तिः
ज्यो
ति
न्तिः
भ्या
द्ग
र्ग
न्तिः
रिः
॥ॐ॥
॥ म् ॥
Śrī Rudram
da Taittirīya Saṁhitā
Kṛṣṇayajurveda, IV:5.5
ग नमः । ह ॐ॥
ॐ गणानां गणप ꣳ हवामहे क कवीनामुपम व मम् ।
॥ॐ॥
॥ नम राथ म ॥
Namaskārātha mantra
Rudrapraśnaḥ, Taittirīya Saṁhitā, IV:5.5
Kṛṣṇayajurveda
स्तु
न्त
ब्र
न्त्र
रिः
ह्म
ति
fi
वि
त्रि
स्प
श्र्वे
श्र्व
ग्नि
शृ
ण्व
न्नू
ति
भिः
रु
द्रा
श्र
स्त
॥ॐ॥
॥ म पु ॥
Mantrapuṣpāñjali
Mantra da Oferenda de Flores
da Taittirīyāraṇyaka — Yajurveda
ञ्ज
शि
लि
ष्प
fl
ण्ठा
श्री
ष्प
ष्प
त्युं
प्र
fl
प्र
ति
ति
थि
fl
॥ॐ॥
॥ म पु ॥
Āraṇyaka Gānam
A Canção da Floresta
Samaveda, LVII:1
o 36 o
श्र
स्व
स्त
स्त
र्वँ
त्ये
द्ध
क्रो
र्ग
स्मि
न्त्र
स्त
स्त
स्त
स्ती
श्र
तिः
भ्यो
न्न
द्धा
क्रो
र्त
प्र
ति
ष्प
स्व
स्त
स्त
ञ्ज
र्ग
न्न
लि
श्र
स्य
द्ध
त्ये
स्त
स्त
स्त
तिः
क्रो
स्व
न्त
श्र
र्ग
स्त
स्त
द्धा
स्या
क्रो
स्त
द्मी
स्त
स्त
स्त
ज्यो
श्र
तिः
द्ध
त्ये
ति
श्र
क्रो
स्त
द्धा
स्त
स्त
क्रो
ज्यो
ति
स्त
स्त
स्त
ज्यो
स्त
स्त
ति
pūrvaṁ devebhyo amṛtasyanā || mā ||
hā uhā uhā u || setūṅg stara | setūṅg stara | setūṅg stara ||
dusta rān | dusta rān | dusta rān ||
śraddhayāśraddhām | śraddhayāśraddhām |
śraddhayāśraddhām || hā uhā uhā u ||
yo mā dadati saideva mā || vā t || hā uhā uhā u ||
setūṅg stara | setūṅg stara | setūṅg stara ||
dusta rān | dusta rān | dusta rān ||
satyenā ṛtam | satyenā ṛtam | satyenā ṛtam ||
hā uhā uhā u || aham annam anna ma danta mā ||
dmī || hā uhā uhā u || eṣā gatiḥ | eṣā gatiḥ | eṣā gatiḥ ||
etadamṛtam | etadamṛtam | etadamṛtam ||
svargaccha | svargaccha | svargaccha ||
jyotir gacchā | jyotir gacchā | jyotir gacchā ||
setūṅg stīrtvā caturā || oṁ ||
Oṁ. A ponte está estendida. É desa ante.
Caridade é a ponte para superar o medo de entregar.
É difícil passar. A ponte está estendida. É desa ante.
Calma é a ponte para superar a raiva. É difícil passar.
A ponte está estendida. É desa ante.
Con ança é a ponte para superar a descon ança.
É difícil passar.
Eu fui criado antes dos elementais.
Sou a imortalidade que os sustenta.
Ninguém existe sem me consumir.
Protejo àqueles que me oferecem
e dou a eles resultados meritórios.
Sou o Alimento. Sou o Alimento. Àquele que me dá, me obtém.
Os que não me compartilham, são consumidos por mim.
Eu sou o Alimento. Devoro àquele que não me oferece.
Eu sou o Alimento. Buscamos o Imortal.
Vamos ao Desejável. Vamos à Luz. Oṁ.
॥ॐ॥
o 37 o
fi
fi
fi
fi
fi
॥ॐ॥
॥ महामृ यम ॥
Mahāmṛtyuñjaya Mantra
O Grande Vencedor da Morte
Ṛgveda, VII:59-12
॥ॐ॥
॥ भोजान म ॥
Bhojana mantraḥ
Para Consagrar o Alimento
Bhagavadgītā, IV:24
ॐ णं ह णा तम् ।
व तेन ग क समा ना ॥
o 38 o
न्धिं
ब्र
र्वा
ह्मै
त्र्य
ब्र
रु
ह्मा
म्ब
मि
र्प
त्यु
न्त
ञ्ज
ब्र
व्यं
न्त्रः
न्ध
ह्म
ब्र
वि
ह्म
न्त्र
र्ब्र
ह्मा
र्म
त्यो
ग्नौ
र्मु
ब्र
क्षी
धि
ह्म
ष्टि
र्ध
हु
॥ॐ॥
॥ गु म ॥
Guruḥ mantraḥ
Mantra para os professores
ॐ गु गु गु वो महे र:।
गु : सा रं त गुरवे नम: ॥
॥ॐ॥
o 39 o
र्वि
रु
रु
रुः
र्ब्र
क्षा
ह्मा
त्प
न्त्रः
ब्र
रु
ह्म
ष्णुः
स्मै
श्री
रु
र्दे
श्व
॥ॐ॥
॥ वाचनम् ॥
Svasti Vācanam
Palavras da Felicidade
o 40 o
रिः
त्यो
र्ण
र्वे
र्वे
र्वे
र्वे
ब्रा
स्व
स्व
स्य
ह्म
र्मा
र्ण
द्रा
स्ति
न्तिः
स्ति
स्व
र्ष
न्तु
णि
क्षो
र्णं
र्ण
भ्यः
स्ति
प्र
श्री
द्ग
खि
र्ज
र्भ
श्य
र्ण
न्तिः
हि
भ्यः
न्यः
मि
रु
न्तु
स्तु
र्ण
रि
र्वे
न्तिः
ब्र
नि
र्णा
र्वे
थि
र्वे
ह्म
त्यं
श्चि
त्पु
न्तु
ङ्ग
र्ण
द्दुः
शि
स्स
ज्यो
नि
स्य
ष्य
न्ति
न्तु
रिः
च्य
न्या
ति
र्भ
नि
ग्भ
र्ग
लि
र्भ
स्ताः
र्गे
खि
हीं
न्तु
o 41 o
fi
॥ॐ॥
॥ गाय म ॥
Gāyatrī Mantra
Ṛgveda, III:62,10
ॐ भू वः भू वः ।त तु रे ।
भ देव धीम यो यो नः चोदयात् ॥
o 42 o
किं
र्गो
द्वै
त्री
र्भु
त्पु
स्य
त्री
रु
स्वः
थि
त्री
न्त्रः
हि
र्वं
र्भु
fi
मि
धि
स्वः
दि
दि
द्य
त्स
दि
प्र
वि
थि
स्मि
व्य
र्व
स्मि
ग्वै
न्पु
स्या
ण्यं
रु
न्न
न्तः
त्री
रु
र्वं
ग्वा
स्मि
हृ
न्ही
प्र
ति
स्मि
ष्ठि
प्रा
र्वं
न्ही
fi
प्र
प्रा
ति
ति
ष्ठि
ति
प्र
त्रा
ति
ष्ठि
ति
न्ते
ति
न्ते
yā vai sā pṛthivīyaṁ vāva sā yadidamasminpuruṣe
śarīramasminhīme prāṇāḥ pratiṣṭhitā etadeva nātiśīyante || III:12.3 ||
yadvai tatpuruṣe śarīramidaṁ vāva tadyadidamasminnantaḥ
puruṣe hṛdayamasminhīme prāṇāḥ pratiṣṭhitā etadeva nātiśīyante || III:12.4||
Realmente, o Gāyatrī é tudo o que existe aqui, seja o que for o existente.
A palavra é o Gāyatrī, pois a palavra canta e protege tudo o que aqui
existe. || 1 ||
Realmente, aquilo que esta terra é, é o que este Gāyatrī é.
Pois ele é tudo o que aqui existe não se estende mais além. || 2 ||
Realmente, este Gāyatrī é o mesmo que o corpo humano.
Pois nele os prāṇas estão, e não se estendem mais além. || 3 ||
Realmente, aquilo que o corpo é, é o mesmo que o coração é.
Pois nele os prāṇas estão, e não se estendem mais além. || 4 ||
O mantra se divide em três versos de oito sílabas e quatro seções de seis sílabas.
A tradução, palavra por palavra, é a seguinte:
Oṁ é o símbolo sonoro que aponta para o Ilimitado. É a semente do
Gāyatrī.
Bhūr é a terra ou o microcosmos.
Bhuva, a atmosfera ou o mundo humano.
Svāḥ é o céu ou o macrocosmos.
Tat signi ca isso.
Savitur é o brilho do sol e alude a Savitri, que simboliza a luz do
Conhecimento.
Vareṇyam é a excelência da consciência.
Bhargo é a destruição da ignorância e da equivocação.
Devasya signi ca cheio de luz, irradiante, divinal.
Dhīmahi quer dizer que possa imbuir, e se refere à força da meditação.
Dhīyo é buddhi, a inteligência.
Yo é a energia, o ardor gerado pela prática.
Naḥ signi ca nosso.
Pracodayāt é aquilo que motiva ou inspira.
Bhūr, bhuva e svāḥ são os três planos da existência.
Assista aqui uma aula sobre o signi cado detalhado com instruções sobre como
praticar a meditação no Gāyatrī mantra.
Na visão védica das equivalências, bandhu, esta divisão tripartida do universo tem
muitos níveis de signi cados. Refere-se aos três mundos: o do in nitamente
o 43 o
fi
fi
fi
fi
fi
fi
ॐ एकद य हे ।
व तु य धीम ।
त द चोदयात् ॥
o 44 o
न्नो
क्र
ण्डा
न्तिः
न्ता
प्र
वि
हि
द्म
fi
fl
oṁ ekadantāya vidmahe |
vakratuṇḍāya dhīmahi |
tanno dantiḥ pracodayāt ||
॥ॐ॥
o 45 o
o 46 o
॥ॐ॥
Stotras
॥ॐ॥
॥ ग व नम् ॥
Guru Vandanam
Saudação aos Mestres
o 47 o
र्त्ति
व्यो
श्व
त्र
न्ध
स्म
ङ्क
श्रु
मि
शि
रु
स्त्व
ति
ष्य
द्व्या
रु
ङ्क
स्मृ
नि
न्ध
र्य
न्द
त्मे
ति
प्त
त्पा
धि
ति
र्य
र्यं
म्भां
न्तां
त्वा
न्दे
ङ्क
रु
ङ्क
न्दे
क्षि
रु
वि
न्तौ
रि
रु
स्त
त्य
र्य
न्नि
गि
भि
र्त्त
म्प
ध्य
ङ्क
ङ्क
रु
र्त्त
oṁ śrutismṛtipurāṇānām ālayaṅkaruṇālayam |
namāmi bhagavatpādaṁ śaṅkarāṁ lokaśaṅkaram || 1 ||
śaṅkarām śaṅkarācāryaṁ keśavaṁ bādarāyaṇam |
sūtrabhāṣyakṛtau vande bhagavantau punaḥ punaḥ || 2 ||
īśvarogururātmeti mūrttibhedavibhāgine |
vyomavadvyāptadehāya dakṣiṇāmūrttaye namaḥ || 3 ||
gukārastvandhakāro vai rūkarastannivarttakaḥ
andhakāranirodhitvād gururityabhidhīyate || 4 ||
sadāśivasamarāmbhāṁ śaṅkarācāryamadhyamām
asmadācāryaparyantāṁ vande guruparamparām. || 5 ||
॥ॐ॥
oṁ śrutismṛtipurāṇānām ālayaṅkaruṇālayam |
namāmi bhagavatpādaṁ śaṅkarāṁ lokaśaṅkaram || 1 ||
Śruti - os Vedas e as Upaniṣads; Smṛti – a Bhagavadgītā e os demais textos
tradicionais; Purāṇa - as crônicas antigas sobre deuses, sábios e reis; ālayaṁ - uma
casa, um refúgio; karuṇālayam - o repositório da compaixão; namāmi - eu saúdo;
bhagavadpādaṁ - aquele que é digno de reverência; Śaṅkarāṁ - Ādi
Śaṅkarācārya; lokaśaṅkaram - aquele que traz felicidade ao mundo.
Eu saúdo Ādi Śaṅkarācārya, o repositório do Śrutiḥ,
o Smṛtiḥ e as Purāṇas, aquele que é o lar da compaixão,
que traz felicidade ao mundo e que é digno de reverência. || 1 ||
śaṅkarām śaṅkarācāryaṁ keśavaṁ bādarāyaṇam |
sūtrabhāṣyakṛtau vande bhagavantau punaḥ punaḥ || 2 ||
Śaṅkarāṁ – Śiva; Śaṅkarācāryaṁ – o mestre Ādi Śaṅkarācārya; Keśava – Viṣṇu;
Bādarāyaṇa – Vyāsadeva, conhecido também como Kṛṣṇa Dvaipayana,
compilador do Mahabhārata; sūtrabhāṣya kṛtau – aqueles que compuseram o
Brahmasūtra e o Brahmasūtra Bhāśya; vande – eu saúdo; bhagavantau – os
veneráveis sábios; punaḥ punaḥ – vezes e mais vezes, repetidamente.
Eu saúdo vezes e mais vezes o grande mestre
Śaṅkarācārya, que é Śiva, Bādarāyaṇa e Viṣṇu,
os veneráveis que escreveram os Sūtras e o Bhāṣya. || 2 ||
īśvarogururātmeti mūrttibhedavibhāgine |
vyomavadvyāptadehāya dakṣiṇāmūrttaye namaḥ || 3 ||
o 48 o
sadāśivasamarāmbhāṁ śaṅkarācāryamadhyamām
asmadācāryaparyantāṁ vande guruparamparām. || 5 ||
Sadaśiva – o auspicioso Śiva como o mestre Dakṣiṇāmūrti; samarāmbhāṁ – que
começa com; Śaṅkarācārya – Ādi Śaṅkarācārya; madhyamām – que está no meio;
asmadācārya – meu professor; paryantāṁ - que se estende até; vande – eu saúdo;
guruparamparā – a linhagem dos mestres.
Eu saúdo o paramparā, a linhagem dos gurus que,
começando com Sadaśiva [Śrīḥ Dakṣiṇāmūrti],
tem Ādi Śaṅkarācārya como elo intermediário
e se estende até meu próprio professor. || 5 ||
o 49 o
॥ त रणम् ॥
Prātassmaraṇam
Mantra Para Acordar
त्यं
त्म
स्तं
र्णं
ज्ज्वां
द्ब्र
त्त्वं
ह्म
वि
नि
च्चि
ङ्ग
ष्क
न्ति
त्सु
च्यु
नि
रु
प्र
खि
ति
त्त
हु
ख्य
सि
ग्र्य
ङ्घः
ग्र
॥ॐ॥
णषट्कम्
Nirvāṇa a kam
Sexteto do Nirvāṇa
de di a kar c rya
manobuddhyaha k racitt ni n ha
na ca rotrajivhe na ca ghr a-netre |
na ca vyomabh mirna tejo na v yu
cid nandar paḥ ivo'ham ivo'ham || 1 ||
N o sou mente nem raz o; n o sou ego nem mem ria;
N o sou audi o, nem paladar, nem olfato nem vis o.
N o sou espa o nem terra; n o sou fogo nem ar.
Minha natureza consci ncia e plenitude. Sou Ser, sou Ser. 1.
o 51 o
नि
ã
ã
ã
र्वा
ā
ā
Ā
क्पा
व्यो
प्रा
ā
ā
द्ध्य
ś
णि
Ś
ā
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ङ्का
ṇ
ज्ञो
ṇ
मि
ṅ
Ṣ
ū
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चि
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ç
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त्ता
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ञ्च
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चि
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ś
श्रो
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ṇ
ñ
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त्र
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प्त
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न्द
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ā
रू
ā
ā
रू
ह्वे
ā
ś
ā
ū
ṁ
ḥ
ḥ
ḥ
शि
शि
ḥ
घ्रा
ञ्च
त्रे
शि
शि
ó
ã
na p ya na p pa na saukhya na du kha
na mantro na t rtha na ved na yaj |
aha bhojana naiva bhojya na bhokt
cid nandar paḥ ivo'ham ivo'ham || 4 ||
N o sou virtude nem a o err nea; nem alegria nem sofrimento;
nem mantras nem lugares sagrados; nem escrituras nem rituais;
n o sou o prazer nem o que produz o prazer, nem o desfrutador.
Minha natureza consci ncia e plenitude. Sou Ser, sou Ser. 4.
na me m tyu a k na me j tibheda
pit naiva me naiva m t na janmaḥ |
na bandhurna mitra gururnaiva i ya
cid nandar paḥ ivo’ham ivo'ham || 5 ||
N o sou morte nem medo; n o tenho classe social;
nem pai, nem m e, nem nascimento s o meus;
o 52 o
ã
ã
ã
ã
ã
ã
ā
ā
ā
ā
त्यु
ण्यं
न्धु
र्मो
ṁ
द्वे
ū
र्न
र्न
ṇ
मि
ङ्का
ṛ
त्रं
ṁ
र्थो
ṣ
ū
ū
ū
रु
ś
र्नै
ā
ज्यं
ṁ
ī
ṅ
ā
ख्यं
ā
ã
शि
é
é
é
ś
ś
ś
ति
ā
ã
ष्यं
ṁ
ṁ
ṁ
क्ता
ã
चि
ã
ā
ç
पि
क्षः
ã
ā
ā
चि
ê
ê
ê
ā
चि
ś
ś
न्द
ā
ś
ã
न्त्रो
रू
ā
ã
é
ṁ
न्द
ô
न्द
रू
शि
ã
रू
ṁ
ā
ś
र्थं
ḥ
ā
शि
ṣ
त्स
ñ
ṇ
शि
ḥ
ā
ã
ṣ
र्य
ḥ
ḥ
ḥ
ā
शि
ḥ
ç
ã
न्मः
शि
शि
ज्ञाः
ṁ
ç
ã
ã
ç
ś
ã
n o tenho parentes nem amigos; nem mestre nem disc pulos.
Minha natureza consci ncia e plenitude. Sou Ser, sou Ser. 5.
o 53 o
र्वि
ã
ã
ā
नि
ṁ
ā
ङ्ग
ṅ
ā
ल्पो
ū
नि
क्ति
र्न
é
é
ś
रू
ā
चि
ā
वि
ê
ê
त्वा
ū
न्द
ś
च्च
रू
ḥ
ā
शि
र्व
ṇ
त्र
ā
र्वे
ḥ
न्द्रि
शि
í
॥ॐ॥
॥ह मलक म् ॥
Hastāmakala Stotram
शंकराचा उवाच
क शो क कुतोऽ ग
नाम ते कुत आगतोऽ ।
एत यो वद चा क
म तये व नोऽ ॥१॥
ह मलक उवाच ।
नाहं मनु न च देव-य
न ण- य-वै -शू ।
न चारी न गृही वन
चाहं जबोध पः ॥ २ ॥
hastāmalaka uvāca
nā’ham manuṣyo na ca devayakṣau
nā brāhmaṇakṣatriyavaiśyaśudrāḥ,
na brahmacārī na gṛhī na vanastho
bhikṣurna cāham nijabodharūpaḥ. || 2 ||
Hastāmalaka disse: Não sou humano, nem anjo nem demônio.
Não sou brâmane nem guerreiro, nem comerciante nem artesão.
Não sou brahmacari nem casado (gṛhasta), nem aposentado
nem renunciante (bikṣu). Eu sou, na forma da Consciência. 2.
o 54 o
किं
श्री
भि
स्ता
त्प्री
स्त्वं
ब्रा
ब्र
न्म
ह्म
क्षुर्न
ह्म
स्ता
शि
ष्यो
क्तं
fi
प्री
क्ष
त्वं
ति
नि
र्या
त्रि
वि
स्य
स्तो
र्भ
र्ध
श्य
त्र
रू
स्थो
क्षौ
त्वं
सि
सि
द्राः
सि
न्ता
मन रा वृ
र लोपा राकाशक ।
र कचे यथा यः
स पल पोऽहमा ॥३॥
nimittaṁ manaścakṣurādipravṛttau
nirastākhilopadhirākāśakalpaḥ,
ravirlokaceṣṭānimitaṁ yathā yaḥ
sa nityopalabdhisvarūpo’hamātmā. || 3 ||
Sou Ātma, cuja natureza é a consciência ilimitada, e que é a
causa do funcionamento da mente, do olhar e dos demais
sentidos, assim como o Sol é a causa das ações de todos os seres
na Terra. Contudo, quando não associado com os fatores
limitadores [na forma do corpo, a mente e os sentidos], Eu, o
Ser, sou como o espaço [que tudo abrange]. 3.
यम व बोध पं
मन रादी बोधा का ।
व आ मेकं
स पल पोऽहमा ॥४॥
yamagnyuṣṇavannitya-bodhasvarūpaṁ
manaścakṣurādīnyabodhātmakāni,
pravartanta āśritya niṣkampamekaṁ
sa nityopalabdhisvarūpo’hamātmā. || 4 ||
Sou o Ser, cuja natureza é a consciência ilimitada, que é eterno
e uno [não-dual], cuja verdadeira natureza é a eterna
consciência, assim como o calor é a real natureza do fogo. É
graças a essa consciência que a mente, o olhar e os demais
sentidos funcionam. 4.
मुखाभासको द णे मानो
मुख त् पृथ न नैवा व ।
दाभासको धीषु जीवोऽ त त्
स पल पोऽहमा ॥५॥
स्तु
द्व
मन रादे यु यं यो
मन रादे न रा ।
मन रादेरग पः
स पल पोऽहमा ॥७॥
manaścakṣurāderviyuktaḥ svayam yo
manaścakṣurādermanaścakṣurādiḥ,
manaścakṣurāderagamyasvarūpaḥ
sa nityopalabdhisvarūpo’hamātmā. || 7 ||
Sendo o Ser livre da mente e dos órgãos sensoriais, ele é o
pensar da mente e o olhar do olho. Sua própria natureza não
pode ser alcançada pela mente nem pelos órgãos de percepção.
Eu sou esse Ser, cuja natureza é consciência ilimitada. 7.
य एको भा तः शु चेताः
काश पोऽ नानेव धीषु
o 56 o
र्वि
प्र
नि
नि
श्च
श्च
श्च
वि
त्यो
त्यो
fl
र्प
स्व
द्य
क्षु
क्षु
क्षु
वि
वि
fl
रू
र्म
ब्धि
ब्धि
fl
ति
म्य
ल्प
श्च
क्तः
पि
स्व
स्व
स्व
नि
स्व
क्षु
रू
रू
रू
स्व
दिः
द्ध
त्मा
त्मा
fl
fl
यथाऽनेकच काशो र
मेण काशीकरो का म् ।
अनेका यो य थैकः बोधः
स पल पोऽहमा ॥९॥
व त् भातं यथा पम
गृ नाभातमेवं व न् ।
यदाभात आभासय मेकः
स पल पोऽहमा ॥ १० ॥
o 57 o
क्र
वि
प्र
नि
नि
नि
ह्णा
स्व
त्यो
त्यो
त्यो
ति
प्र
धि
प्र
स्थो
क्षुः
ब्धि
ब्धि
ब्धि
प्र
स्त
स्व
स्व
स्व
त्य
ति
रू
रू
रू
वि
क्ष
रू
प्र
प्र
स्वा
वि
क्षं
श्य
र्न
त्मा
त्मा
त्मा
fl
yadābhāti ābhāsayatyakṣamekaḥ
sa nityopalabdhisvarūpo’hamātmā. || 10 ||
Assim como o olho vê claramente apenas aqueles objetos que
são iluminados pelo Sol, mas não aqueles que a luz não alcança,
o próprio Sol torna o olho capaz de enxergar os objetos, apenas
por que ele é, por sua vez, iluminado pela luz do Ser. Eu sou
esse Ser, cuja Natureza é consciência ilimitada. 10.
घन न म म्
यथा भं म ते चा मूढः ।
तथा ब व यो मूढ-
स पल पोऽहमा ॥ १२ ॥
ghanacchannadṛṣṭirghanacchannamarkaṁ
yathā niṣprabhaṁ manyate cātimūḍaḥ,
tathā baddhavadbhāti yo mūḍhadṛṣṭeḥ
sa nityopalabdhisvarūpo’hamātmā. || 12 ||
Assim como o tolo imagina que o Sol perde o brilho quando é
escurecido pelas nuvens, da mesma forma, aquele que é
o 58 o
स्थि
नि
नि
च्छ
त्यो
त्यो
नि
स्व
न्न
द्ध
र्य
ष्प्र
प्र
प्य
दृ
भि
ष्टि
द्भा
न्नः
ब्धि
ब्धि
न्य
र्घ
ति
न्य
द्वि
स्व
स्व
प्स्व
च्छ
रू
रू
न्न
व्य
ष्वे
ति
स्व
श्च
र्क
दृ
रू
ष्टेः
त्मा
त्मा
fl
fl
सम षु व नु तमेकं
सम व य श ।
य दा शु म पं
स पल पोऽहमा ॥ १३ ॥
samasteṣu vastuṣvanusyūtamekaṁ
samastāni vastūni yaṁ na spṛśanti,
viyadvat sadā śuddhamacchasvarūpaḥ
sa nityopalabdhisvarūpo’hamātmā. || 13 ||
O Ser que permeia o universo, mas a quem nada pode atingir,
que é sempre puro como o espaço, que é livre das impurezas do
apego e a aversão, que é imortal, esse Ser, cuja natureza é
consciência ilimitada, sou eu. 13.
॥इ ह मलकाचा र तं
ह मलकसंवाद स म् ॥
o 59 o
वि
स्ता
नि
स्ते
स्ता
द्व
ति
त्यो
त्स
ञ्च
नि
न्द्रि
श्री
स्तु
त्वं
स्तू
स्ता
ब्धि
ष्व
द्धि
द्ध
नि
स्व
स्तो
स्यू
च्छ
रू
न्न
त्रं
स्व
न्म
स्पृ
रू
वि
ञ्च
म्पू
पि
र्य
ष्णो
र्ण
न्ति
चि
त्वं
त्मा
fl
॥ॐ॥
॥ गु कं ॥
Gurvṣṭakaṁ
O Octeto do Mestre
त्र
रु
त्रा
घ्रि
घ्रि
घ्रि
दि
स्त्र
द्मे
द्मे
द्मे
वि
र्वं
द्या
fi
त्रं
वि
न्ध
त्वा
दि
श्चा
रू
र्व
द्यं
चि
त्रं
द्धि
द्यं
रु
ति
कि
कि
कि
ल्य
fi
Você pode ter os Vedas e as seis ciências auxiliares na ponta da língua, pode ter o
dom da poesia e compor belamente em verso e prosa mas, se a sua mente não
estiver entregue aos pés de lótus do Mestre, para que? Para que? Para que? Para
que? 3.
kṣamamaṇḍale bhūpabhūpalavṛndaiḥ
sadā sevitaṁ yasya pādāravindam |
manaścenna lagnaṁ guroraṅghripadme
tataḥ kiṁ tataḥ kiṁ tataḥ kiṁ tataḥ kim || 5 ||
Seus pés podem ser adorados por hostes de imperadores e reis do mundo, mas, se
a sua mente não estiver entregue aos pés de lótus do Mestre, para que? Para que?
Para que? Para que? 5.
o 61 o
किं
किं
किं
किं
किं
किं
किं
किं
किं
वि
क्ष
श्चे
श्चे
श्चे
न्न
न्न
न्न
ण्ड
ग्नं
ग्नं
ग्नं
न्यः
दि
स्व
क्षु
घ्रि
घ्रि
घ्रि
प्र
द्मे
द्मे
द्मे
न्दैः
न्यः
द्व
वि
स्तु
त्ते
र्वं
स्य
त्तो
त्प्र
वि
न्द
न्यः
कि
कि
कि
॥ॐ॥
o 62 o
किं
किं
किं
किं
किं
किं
ण्ये
श्चे
श्चे
ष्ट
न्न
न्न
छि
ग्नं
ग्नं
fl
स्व
र्थं
स्य
त्पु
घ्रि
घ्रि
ण्य
ब्र
जि
ह्म
द्मे
द्मे
ज्ञं
ति
र्ये
र्भू
ति
रु
न्ता
र्ब्र
क्त
ह्म
क्ये
र्त
वि
त्व
त्ते
स्य
र्घ्ये
चि
कि
कि
त्त
ग्न
॥ॐ॥
॥ मधुरा कम् ॥
Madhuraṣṭakam
As Oito Estrofes da Doçura
de Śrī Vallabhācāryajī
o 63 o
हृ
लि
ष्ट
भ्र
रि
मि
धि
धि
सि
खि
लि
खि
वेणु धुरो रेणु धुरः पा धुरः पादौ मधुरौ ।
नृ मधुरं स मधुरं मधुरा पतेर लं मधुरम् ॥ ३ ॥
Veṇurmadhuro Reṇurmadhuraḥ
Pāṇirmadhuraḥ Pādau Madhurau |
Nṛtyaṁ Madhuraṁ Sakhyaṁ Madhuraṁ
Madhurādhipaterakhilaṁ Madhuram || 3 ||
[Ó Kṛṣṇa, a tua] auta é doce e encantadora.
O pólen [das tuas ores] é doce e encantador.
[As tuas] mãos são doces e encantadoras.
[Os teus pés] são doces e encantadores.
[Ó Kṛṣṇa, a tua] dança é doce e encantadora.
[A tua] amizade é doce e encantadora.
[Tudo em ti] é doce e encantador, ó Senhor da Doçura. || 3 ||
[Os teus] amores divinos são doces e encantadores.
[As tuas] oferendas são doces e encantadoras.
[Ó Kṛṣṇa, a tua] equanimidade é doce e encantadora.
[Tudo em ti] é doce e encantador, ó Senhor da Doçura. || 5 ||
o 65 o
दृ
ष्टं
लि
ञ्जा
लि
fl
शि
ष्टं
लि
ष्टि
धि
क्तं
fl
र्म
धि
धि
खि
ष्टि
खि
क्तं
खि
र्म
Gopā Madhurā Gāvo Madhurā
Yaṣṭirmadhurā Sṛṣṭirmadhurā |
Dalitaṁ Madhuraṁ Phalitaṁ Madhuraṁ
Madhurādhipaterakhilaṁ Madhuram || 8 ||
[Ó Kṛṣṇa, os teus] gopas [amigos vaqueiros
de Vṛndāvaṇaṁ] são doces e encantadores.
[As tuas] vacas são doces e encantadoras.
[O teu] cajado é doce e encantador.
[A tua] Criação é doce e encantadora.
[Ó Kṛṣṇa, a tua] vitória é doce e encantadora.
[Os teus] feitos são doces e encantadores.
[Tudo em ti] é doce e encantador, ó Senhor da Doçura. || 8 ||
॥ॐ॥
o 66 o
॥ सर ती ॥
Śrī Sarasvatī Stotraṁ
Proteção e Inspiração
या कु तुषारहारधवला या शु व वृता
या वीणावरद म तकरा या तप सना ।
या तश र भृ वै दा पू ता
सा मां पातु सर ती भगवती षजा पहा ॥
o 67 o
ब्र
श्री
ह्मा
न्दे
च्यु
न्दु
स्व
ण्ड
स्व
ङ्क
प्र
ण्डि
स्तो
ति
त्रं
भि
र्दे
नि
स्स
श्शे
श्वे
भ्र
स्त्रा
द्मा
जि
ड्या
fl
o 68 o
Kīrtan
o 69 o
o 70 o
Śaraṇam Siddhi Vināyaka
॥ॐ॥ Śaraṇam Vighna Vinaśaka
|| Gaṇeśa Mantras || Śaraṇam Pārvatī Tanayamurati
Śaraṇam Muśikavahana
Gaṇeśa Mahāmantra Śaraṇam Siddhi Vināyaka
Oṁ Gaṁ Gaṇapataye namaḥ Śaraṇam Śaraṇam Śaraṇam
o 71 o
o 72 o
m̐
m̐
m̐
m̐
o 74 o
fi
Oṁ namo Narayāṇāya
o 75 o
Śrī Rāma śaraṇam mama Govinda jaya jaya Gopala jaya jaya
Śrī Kṛṣṇa śaraṇam mama Rādhā Rāmana Hare
Śaraṇam mama Govinda jaya jaya
Śaraṇam mama Rādhe Rādhe Rādhe
Rādhe Rādhe Rādhe Śyama se milāde
Rādhe Rādhe Rādhe bolo Rādhe Rādhe Rādhe Ghana
Rādhe Govinda bolo Śyama Rādhe Rādhe
Śyama Rādhe Rādhe
Jaya Bhagavān jaya Bhagavān Rādhe Rādhe Rādhe Ghana
Sītā Rām Sītā Rām Śyama Rādhe Rādhe
Rādhe Rādhe Rādhe
Prema muḍita mana se kaho Śrī Kṛṣṇa Rādhe Rādhe
Rāma Rāma Rām Rādhe Rādhe Rādhe
Śrī Rāma Rāma Rām Śrī Kṛṣṇa Rādhe Rādhe
Śrī Rāma Rāma Rām Rādhe Rādhe Rādhe Śyama se milāde
Pāpa kaṭe duḥkha miṭe
leke Rāma nām Śrī Radhe Gopala
bhava samudra sukhada nava Śrī Radhe Gopala bhaja mana Śrī Radhe
eka Rāma nām
Śrī Kṛṣṇa Govinda Hare Murāri
Oṁ namo Nārāyaṇāya He nātha Nārāyaṇa Vasudeva
Oṁ namo Nārāyaṇāya Śrī Rām jaya Rām jaya jaya Rām
Sītā Rām Sītā Rām Sītā Rām
Śrī Rāma Rāma Rām Rāma bolo Rāma Rām
Śrī Rāma Rāma Rām
Paramaśānti sukhanidhana Mahāmantra
nitya Rāma nām Hare Kṛṣṇa Hare Kṛṣṇa
niradhāra ko adhāra eka Rāma nām Kṛṣṇa Kṛṣṇa Hare Hare
Śrī Rāma Rāma Rām Hare Rāma Hare Rāma
Śrī Rāma Rāma Rām Rāma Rāma Hare Hare
fl
o 78 o
fi
Sânscrito
o 79 o
o 80 o
A Língua Franca do Yoga
o 81 o
o 82 o
II — Vyañjanaḥ, as Consoantes
1) Kaṇṭhyaḥ, as Guturais ou Velares
2) Tālāvyaḥ, as Palatais
4) Dantyaḥ, as Dentais
5) Oṣṭhyaḥ, as Labiais
o 83 o
z, q, f são letras que não existem em sânscrito. Têm origem persa e foram
assimiladas nas línguas vernáculas durante a presença muçulmana
na Índia, a partir do século VII d.C. Um exemplo: faquir.
o 84 o
Bibliogra a
o 85 o
fi
o 86 o
Continuando o Estudo e a Prática
d
o 87 o
Yoga
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o 90 o
o 91 o
d
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Arshavidyā Gurukulam, de Swāmi Dayānanda (em inglês): www.arshavidya.org
Arshavidyā Pītham, de Swāmi Dayānanda (em inglês): www.dayananada.org
Tattvatīrtha, de Swāmi Viditātmānanda (em inglês): www.tattvatirtha.org
Vedānta Vidyārthi Saṅgha, de Swāmi Paramarthānanada (em inglês):
www.vedantavidyarthisangha.org
Vidyā Mandir, de Gloria Arieira (em português): www.vidyamandir.org.br
Yogabindu, de Pedro Kupfer (em português): www.yoga.pro.br
o 92 o
o 93 o
d
ध वाद्
Dhanyavād!
Muito obrigado por nos
acompanhar até aqui.
Tudo de bom!
o 94 o
न्य