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INTRODUÇÃO

Neste trabalho irei abordar um tema muito pertinente, onde Angola,


oficialmente República de Angola, é um país da costa ocidental da África, cujo território
principal é limitado a norte e a nordeste pela República Democrática do Congo,
a leste pela Zâmbia, a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico. Inclui também
o exclave de Cabinda, através do qual faz fronteira com a República do Congo, a norte. Para
além dos vizinhos já mencionados, Angola é o país mais próximo da colónia britânica de Santa
Helena.

Em Angola, desde os tempos primitivos correu diversos tipos de dinheiro. No século


XV, quando da chegada dos portugueses, o instrumento de troca mais utilizado era um pequeno
búzio, com o nome de zimbo e cuja casa da moeda se encontrava na ilha de Luanda. O Zimbo
era apanhado nas praias da ilha, apensa durante alguns dias do ano, conforme as luas. Algumas
vezes podia ser encontrado ao lado do mar, e outras do outro lado da baía, mas sempre sob
fiscalização de um delegado do Rei do Congo, o Manicongo. Como qualquer moeda corrente,
o dinheiro angolano dividia-se em valores:
• Uma funda: 1.000 zimbos;
• O limfuco: 10.000,00 zimbos,
• Bondo: 100.000 zimbos.

Após a chegada dos portugueses, passou a ter sua correspondência em réis, a moeda
portuguesa. No início, um zimbo equivalia a 5 mil réis.Com a desvalorização desta ‘moeda’,
um novo instrumento de troca foi instituído, um pano fabricado com uma fibra tipo ráfia,
retirada de uma folha de palmeira. Apenas de os panos terem circulado enquanto o zimbo ainda
era a moeda oficial, os panos tinham seu valor oficializado após carimbados pelo Senado da
Câmara de Luanda.

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HISTÓRIA DA MOEDA
Um pouco de História Nem sempre o dinheiro existiu. Na verdade, no início dos
tempos, não havia dinheiro em nenhum lugar do mundo. As pessoas trocavam as coisas de que
precisavam. Se alguém tinha bastante carne e outra pessoa havia colhido muitas frutas,
trocavam a carne pelas frutas. Assim, as duas ficavam satisfeitas.

Pesquisas arqueológicas indicam que as moedas surgiram há quase 4 mil anos (2 500
a.C.), o que torna o dinheiro tão antigo quanto as pirâmides do Egipto. As primeiras moedas
surgiram no séc. 7 a.C., no reino da Lídia, onde hoje fica a Turquia. Os lídios inventaram a
moeda moderna, com pesos, tamanhos e valores diferentes. Cada pedaço de metal tinha um
valor que correspondia a um determinado produto. Assim, o homem começou a dividir e pesar
o metal quando pretendia realizar um negócio.

Entre 640 e 630 a.C., é inventada a cunhagem: as moedas passam a ser identificadas
por imagens gravadas em relevo, como as moedas de hoje. Ao cunhar e emitir milhares de
moedas, os lídios inventaram uma economia muito rica e farta, e fizeram fortunas na
Antiguidade. A primeira moeda cunhada em Roma foi feita em 268 a.C., e chamava-se denário
– termo que é a origem da palavra dinheiro. O denário era feito de prata e servia como base do
sistema de moedas (sistema monetário) de Roma. Ele também era fabricado no templo
dedicado à deusa Juno Moneta, que deu origem às palavras “moeda” e “monetário”.

Apesar do dinheiro ter surgido pela primeira vez no reino da Lídia, há milhares de anos,
ele desapareceu com o fim do Império Romano. E quando a Idade Média chegou, com servos
que cultivavam os alimentos em imensas propriedades de senhores feudais, a terra passou a ser
a coisa mais valiosa. As pessoas só produziam o que precisavam, e o escambo (a troca) tomou
o lugar do dinheiro . Nas sociedades modernas, o dinheiro é essencialmente um símbolo – uma
abstracção. As notas são o tipo mais comum de dinheiro utilizado presentemente. No entanto,
bens como o ouro e a prata mantêm muitas das características essenciais de ser dinheiro.

A emergência do dinheiro não depende de uma autoridade central ou governo. É um


fenómeno do mercado; na prática, entretanto, os tipos de moeda mais aceites actualmente são
aqueles produzidos e sancionados pelos governos. A maior parte dos países possuem um
padrão monetário específico – um dinheiro reconhecido oficialmente. Algumas excepções são
o euro (usado por diversos países europeus) e o dólar (utilizado em todo mundo).

HISTÓRIA DA MOEDA ANGOLANA


Segundo registos históricos, muito antes da época colonial utilizava-se em Angola
colares formados por rodelas de conchas de caracóis e outras conchas, furadas no centro e
enfiadas em fios de fibras têxteis, como instrumento de troca.

Todavia, apesar da variedade de conchas, foi o Zimbo, pequeno búzio cinzento, um dos
mais importantes e dos primeiros instrumentos de troca constituindo funcionalmente autêntica
moeda local.

O Zimbo – njimbu ou lumache - , búzio do tamanho de um bago de café, teve curso


como “moeda” em quase toda a costa ocidental africana. Apareciam em toda a costa de Angola,
embora os mais belos fossem da ilha de Luanda. Dentre os mais valiosos era de cor cinzenta.
Pescavam-nos as mulheres, na contracosta da ilha, por alturas da praia-mar, sendo até frequente

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algumas serem atacadas por tubarões e tintureiras. Avançavam pela água alguns metros e,
mergulhando, enchiam de areia uns cestos estreitos e compridos, a que chamavam “cofos”. Em
seguida retiravam os “zimbos” da areia recolhida, que depois separavam, segundo o critério de
classificação em “ puro”, “ cascalho”, e “meão”. Com o passar do tempo o Zimbo começou a
ser desvalorizado, e, assim, um “cofo”, que no tempo de Mbemba a Nzinga, valia trinta e três
cruzados, desce para dez mil réis em 1615. Porém, já em 1616 não valia mais do que três mil
réis.

A queda do valor do Zimbo deu lugar à predominância dos “panos” como moeda mais
generalizada. Por outro lado, o sal, o cobre, os panos, os escravos, o marfim eram também
outros instrumentos de troca utilizados na altura.

O Sal

Provinha de duas fontes distintas: as minas e as salinas. Em Angola, as minas mais


importantes foram as de Ndemba, na Quiçama, onde os povos extraíam as pedras, a escopro, e
moldavam-nas em barras de dois ou três palmos de comprimento e uma mão travessa de
largura. Foram também importantes as salinas de Benguela. O sal de Benguela vendia-se em
Luanda à razão de mil réis de panos o alqueire.

O Cobre

Um dos metais que mais larga aplicação teve como meio de troca foi o cobre, e o
conhecimento da sua existência em Angola vem de tempos muito remotos. Os Luchazes eram
hábeis na confecção das manilhas, utilizando o cobre que os Lobares lhes levavam da Lunda
para permutar a cera.

Os registos históricos da época permitem concluir que os povos de Angola sabiam


extrair e trabalhar o cobre, fazendo pequenos objectos, quase todos para enfeites, como as
manilhas, colares e outros ornatos. Fabricavam também peças e acessórios para as suas armas
e até um fio de cobre muito semelhante ao actual. Todos estes objectos serviram de instrumento
de troca, mas o mais característico foi, sem dúvida, a “cruzeta”. Esta peça que circulou em
Angola e no Congo, tinha a forma da cruz de Santo André, geralmente atribuída por alguns
autores à imitação do X romano inscrito nas primeiras moedas portuguesas que apareceram em
Angola no século XVII.

A origem desta peça monetária à Angola, depois de averiguações feitas, parece conduzir
à conclusão de que ela provinha da Lunda, território confinante com o Catanga. No reino do
famoso Garangaja da Lunda, que usava o nome de “ Musiri Maria Segunda” dedicava-se uma
especial atenção ao negócio do cobre. A sua extracção era feita por processos primitivos
baseados na fragmentação. Derretiam o metal em fornos ou panelas, de onde derivavam tubos
ou calhas de argila para os moldes, que iam desde a forma grosseira da cruz de Malta até barras
longas ou quadrangulares. Desde muito cedo os portugueses interessaram-se pelo cobre
angolano, contudo, em 1801 ainda se desconhecia em Angola o local da minas de onde os
povos extraiam o cobre. No entanto, os povos que fundiam o cobre guardaram este segredo
durante anos, chegando ao ponto de deixar de fundir as cruzetas, dedicando maior interesse ao
negócio do marfim.

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Os Panos

Os “panos” foram outra mercadoria-moeda de larga circulação entre os povos locais.


Sucederam praticamente ao “Zimbo”. Consistiam os panos, na acepção da época, em pequenos
pedaços de tecido, feitos á base das fibras da palmeira-bordão, e tinham geralmente a dimensão
duma mabela. Tinham os “panos” duas origens distintas: o Congo e o Luango, onde os
contratadores iam adquiri-los, trazendo-os para Luanda, onde circulavam como mercadoria
moeda.Os do Luango chamavam-se “libongos” e dividiam-se em “bongos”, “sangos” e
“infulas”, enquanto os do Congo, denominados “panos limpos”, se repartiam, consoante o
tamanho, em “cundis” e “meios “cundis”. Corriam ambos em Luanda. Tanto os panos do
Congo – panos limpos – como os Luango – libongos – só, passavam a ter curso monetário após
haverem sido marcados pelo Senado da Câmara, com a marca real “R”. Com os “panos”
comprava-se tudo, cobrava-se os impostos e remunerava-se a tropa.

Os Escravos

A sua utilização com funções monetárias encontrou fundamento no generalizado


comércio de escravos, praticado, desde épocas muito remotas pelas mais diversas sociedades,
que o encaravam como coisa natural e o haviam enraizado nos costumes da época. Os escravos
não foram apenas instrumento de trabalho, acabaram também por servir de espécie monetária.

O Marfim

Sem nunca ter atingido a projecção de outros instrumentos de troca, o marfim teve, no
entanto, a sua época como meio de pagamento. O volume e o valor das transacções desta
mercadoria cedo despertaram a atenção dos poderes públicos coloniais. Constituindo objecto
de contrato privado da Fazenda Real, proibiu-se a sua exploração por entidades privadas. Terá
sido em consequência deste contrato privado que o marfim começou a revestir o cunho de meio
de pagamento, pois a Fazenda Real aceitava-o em pagamento de impostos e utilizava-o em
transacções como se tratasse de dinheiro corrente. Comercializado em abundância no interior,
principalmente nos sertões de Benguela, o marfim ocupou, durante largos anos, lugar de relevo
no quadro das exportações, chegando a constituir, juntamente com os escravos, a principal
fonte de receita do comércio com o exterior.

Valores Pré-Monetários de Proveniência Exterior

O “Cauris”, concha branca de rara beleza, cuja designação tem sido aplicada com
frequência por vários autores a outras conchas (nomeadamente ao Zimbo) que tiveram
igualmente função monetária, é conhecido desde tempos pré-históricos e constituiu moeda
corrente em vários continentes. Pescava-se em Zinzibar e Moçambique, na Ásia, na América e
na Oceânia. A sua generalização em Angola e no Congo teve lugar a partir do século XVI e foi
consequência das relações comerciais dos mercadores portugueses, que, por via marítima, o
importavam do Oriente.

As Contas

A partir do Séc. XVI começaram a invadir o sertão contas e missangas das mais variadas
cores e feitios. Muito apreciadas pelos povos de Angola, acabaram por suplantar as conchas,
em especial o “zimbo” e o “cauris”, tanto na sua função ornamental como na de moeda. As
contas azuis, pequenas, chegaram mesmo a usurpar o nome ao próprio “Zimbo”. Constituíam

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um índice de riqueza das mulheres, que se enfeitavam o mais possível com elas, dispondo-as
pelos cabelos, nos colares nas tangas, de onde as retiravam quando necessitavam de fazer
compras. As mais divulgadas foram a “missangas grossa”, a “miúda” – também chamada “olho
de rola”-, a “Maria II” – pequena conta, encarnada na face exterior e branca no interior, com
cerca de três milímetros de diâmetro - , a “ Cassungo” – conta de bordado -, a “ almandrilha”
– apipada ou riscada, de forma alongada e um centímetro de comprimento - , e outras de menor
importância, como a “missanga leite” e a “missanga azul celeste”. Ao contrario das “fazendas”,
que eram aceites como moeda em toda a parte, as “missangas” exerciam essa função com
carácter mais regional. No Bailundo, por exemplo, circulava a “missanga preta”, que, no
entanto, já não tinha “curso legal” no vizinho BiéNa Lunda era muito apreciada a “missanga
branca”, grande, o que não acontecia no Sul. Como excepção a esta regra, apenas se aponta a
“Maria II”, que circulava praticamente em toda a África Austral.

As Fazendas

De entre as mercadorias inicialmente introduzidas em Angola algumas pela sua


utilidade especial, tiveram intensa procura, por parte das populações locais. Daí resultou que,
com o correr do tempo, se passasse a aferir o valor de qualquer outra mercadoria em função
dessas autênticas mercadorias – moeda, geralmente denominadas “fazendas”. As fazendas
inicialmente mais correntes foram a “garrafa”, o “pano”, o “cortador”, a “peça” e a
“espingarda”.

O Surgimento da Macuta

A cunhagem das moedas de cobre constava de peças de 1 macuta, ½ macuta, ¼ de


Macuta e 5 réis, atribuindo-se à Macuta o valor de 50 réis.

Quanto à emissão de moedas de prata, constava de peças de 12, 10,8,6,4 e 2 macutas,


sendo estas, de uma forma geral, semelhantes às de cobre. Neste período viviam-se tempos
particularmente difíceis na colónia, motivados pelo monopólio da moeda.
Em 1860 a situação económico/financeiro em Angola era de facto deplorável.
Havia pouco dinheiro, as receitas que entravam nos cofres públicos eram na sua maior parte
constituídas por letras e títulos de divida.

Com o objectivo de fazer afluir metal sonante aos cofres, decidiram as autoridades
coloniais suprimir a aceitação de letras, limitando os pagamentos apenas a dinheiro e aos
irrecusáveis títulos de divida.

Mas esta medida também não surtiu efeito, extinta a moeda de cobre carimbada, assim
como as cédulas de papel, passou toda a moeda circulante da colónia, a macuta ( moeda de
cobre angolense), a exprimir-se pelo valor Real, moeda do reino português.
Até 1864, a actividade económica em Angola repousava essencialmente sobre os mecanismos
do tradicional sistema de permutação de géneros. Nesta permutação os meios mais correntes
de pagamento eram as fazendas, o Zimbo, as pedras de sal da Kissama (que corriam em toda a
parte) e os libongos.

A quantidade de capital circulante, já por si diminuta, em virtude da ausência de


indústria, perdia-se nas mãos de meia dúzia de particulares, geralmente contratadores. Não
existiam instituições de crédito, e em virtude disso eram os particulares que, regra geral,
prestavam serviços próprios dos bancos, cobrando pelos empréstimos juros ruinosos. Porém,

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com a ampliação do comércio e a criação de indústrias em Angola a situação modifica-se. De
1910 a 1962 lança o Estado colonial português no mercado a emissão “Vasco da Gama”, o
“escudo”, as cédulas do Banco Nacional Ultramarino, as “ritas” e os “chamiços”, os
“angolares” e por último, em 1953, o “escudo” como unidade monetária.

Finalmente o Kwanza

Depois de algum tempo chegou o tempo novo e com ele o Kwanza verdadeiramente a
moeda de Angola. Considerando que um dos atributos da soberania de um Estado Independente
é a faculdade de emitir moeda; Considerando que, com a Lei n.º69/76, que criou o Banco
Nacional de Angola, a República Popular de Angola ficou dotada da instituição que beneficia
de exclusivo da emissão monetária; Considerando que já se encontravam satisfeitas as
condições de ordem técnica para o lançamento de uma nova moeda; Nestes termos ao abrigo
da alínea a) do artigo 38.º, da Lei Constitucional o Conselho da Revolução decretou a Lei da
Moeda nacional. À 11 de Novembro de 1976 , em cumprimento do disposto nos artigos 8.º e
30.º da Lei Constitucional, é criada a unidade monetária nacional designada o Kwanza. O
Kwanza tinha como fracção o LWEI correspondendo cada Kwanza a cem Lwei. O Kwanza era
representado materialmente por notas e moedas metálicas. O Lwei era representado
materialmente por moedas metálicas com valor facial de cinquenta LWEI-0.50. 8 de Janeiro
de 1977 foi uma data fundamental o Kwanza entra em circulação.

FUNÇÕES DO DINHEIRO
As moedas e notas diariamente utilizadas para aquisição de bens e serviços são uma
invenção recente na história da humanidade, aliás a sua descoberta representou um marco
histórico.

Há milhares de anos, os homens não precisavam de dinheiro. As poucas pessoas que


existiam viviam em pequenas comunidades, compostas por uma só família, e subsistiam com
a caça e a vegetação disponíveis na região habitada. Mais tarde, o crescimento dessas
minúsculas comunidades deu origem a novos núcleos de famílias, que se fixaram na sua própria
fronteira, delimitando a sua área de plantação e caça. Entretanto, nem todos produziam os
mesmos produtos, o que deu origem ao processo primitivo de divisão do trabalho e
especialização. Enquanto uns pescavam, outros caçavam ou plantavam, o que permitiu que os
núcleos passassem a trocar o seu excedente. Uma boa caça poderia ser trocada por uma
quantidade razoável de feijões; e estes, por sua vez, por um número generoso de frutos.

Como era natural, determinadas comunidades, por seus recursos naturais, habilidades
dos seus cidadãos ou por outros motivos, produziam em abundância determinados bens, em
detrimento da escassez de outros; em contrapartida, povos vizinhos ou até distantes, pelos
mesmos motivos, tinham os mesmos ou outros produtos suplementares. Surge, assim, por
necessidades colectivas e individuais, a troca ou a permuta de mercadorias, também
denominada escambo.

É claro que nem tudo era tão simples. Para trocar um objecto por outro os desejos das
partes tinham de ser coincidentes. Imaginem um indivíduo que tenha laranjas e queira maçãs.
Seria pouco provável encontrar um outro indivíduo com gostos exactamente opostos, ou seja,
ansioso por vender maçãs e comprar laranjas. Mesmo que se verificasse essa coincidência,
ainda assim colocavam-se problemas relacionados com as quantidades e os termos de troca
desejados. Outras vezes, não era do interesse do que possuía maçãs, trocá-las por laranjas, mas

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por açúcar. Então, o que tinha laranjas, e que queria maçãs, teria que procurar alguém que
tivesse açúcar e o quisesse trocar por laranjas e depois ir obter as maçãs. Assim, à medida que
aumentavam os produtos disponíveis nos mercados, a prática do escambo tornou-se cada vez
mais difícil. Matematicamente, pode-se obter o número de trocas necessárias através da
seguinte fórmula:

TM = n (n–1) 2 onde : TM – é o números de trocas de mercadorias n – é a quantidade de


produtos ou itens disponíveis na economia .

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CONCLUSÃO
Concluímos que falar da trajetória do Kwanza é uma autêntica viagem no tempo, com
importantes e obrigatórias paragens. Começamos no Nzimbu, pequena concha ou búzio,
extraído das praias da Ilha de Luanda. Na sua maioria eram apanhados principalmente por
mulheres, sendo que os de cor cinzenta eram considerados de maior valor. Chegamos ao
Libongo, pequeno pedaço de tecido de várias dimensões e qualidades, feito à base de fibras da
palmeira-bordão. O Sal também foi uma das nossas moedas. Este bem proveniente das minas
ou salinas da Quiçama, era moldado em peças de diversas formas como pedras e barras.
Estamos no final século XVI, onde se começa a usar o Marfim. Este novo meio de pagamento
revela-se a principal fonte de receita do comércio com o exterior. Findo este período, surge
o Cobre. Esta moeda de troca, tornou-se numa referência nas transacções comerciais, sendo o
metal mais usado para fabricação de utensílios de uso diário como facas, enxadas, flechas,
punhais, copos, manilhas, colares e fios.

Aproximamo-nos do Cauri, um pouco antes da nossa viagem terminar, apresentando-


se como concha branca de rara beleza, que se afirma durante muitos séculos como a moeda
corrente em várias regiões do mundo. Por último, as Contas, objectos ornamentais feitos de
sementes, de raízes aromáticas, cilindros, de marfim, pedaços de ossos, dentes, unhas e outros
adornos. É por tudo isto, e muito mais, que a História da nossa Moeda é considerada rica.
Venha conhecer o nosso Museu da Moeda, baluarte da nossa História.

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BIBLIOGRAFIA

▪ Henriques, Raul Pinheiro (2013). Designação de unidades monetárias em português:


Léxico e normalização linguística (PDF). Lisboa: Faculdade de Letras da Universidade de
Lisboa — Departamento de Linguística Geral e Românica. Consultado em 1 de dezembro de
2014

▪ http://www.museudamoeda.bna.ao/ao/a-historia-da-moeda/ : a cessado dia 02 de


setembro de 2019
▪ pelas 14h:30 Min

▪ Marta Marques Silva (19 de Dezembro de 2014). «Luanda recebe hoje a sessão
inaugural da bolsa de Angola». Económico

▪ http://www.abanc.ao/sistema-financeiro/evolucao-historica/historia-do-kwanza/ : a
cessado dia 02 de setembro de 2019 - pelas 13h:50 Min

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 1
HISTÓRIA DA MOEDA ..................................................................................................................... 2
HISTÓRIA DA MOEDA ANGOLANA ............................................................................................. 2
O Sal ................................................................................................................................................... 3
O Cobre .............................................................................................................................................. 3
Os Panos............................................................................................................................................. 4
Os Escravos........................................................................................................................................ 4
O Marfim ........................................................................................................................................... 4
Valores Pré-Monetários de Proveniência Exterior ........................................................................ 4
As Contas ........................................................................................................................................... 4
As Fazendas ....................................................................................................................................... 5
O Surgimento da Macuta ................................................................................................................. 5
Finalmente o Kwanza ....................................................................................................................... 6
FUNÇÕES DO DINHEIRO ................................................................................................................. 6
CONCLUSÃO ....................................................................................................................................... 8
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................... 9

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