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Índice

INTRODUÇÃO.................................................................................................................2
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................................3
ORIGEM...........................................................................................................................3
RIQUEZAS.......................................................................................................................4
ARTE.................................................................................................................................4
LÍNGUAS..........................................................................................................................6
FESTAS.............................................................................................................................7
DANÇA.............................................................................................................................7
LITERATURA..................................................................................................................8
CINEMA...........................................................................................................................8
CULTURA DO POVO DO MOXICO..............................................................................9
História..............................................................................................................................9
Capital..............................................................................................................................10
GEOGRAFIA E DADOS DEMOGRÁFICOS...............................................................10
Clima...............................................................................................................................10
Cultura.............................................................................................................................10
Pratos típicos e onde comer.............................................................................................11
O QUE FAZER...............................................................................................................12
CONCLUSÃO.................................................................................................................13
INTRODUÇÃO

Começamos assim por instaurar este trabalho, primeiramente dando entender o


que é uma cultura, argumentando que a cultura  é compreendida como os
comportamentos, tradições e conhecimentos de um determinado grupo social, incluindo
a língua, as comidas típicas, as religiões, música local, artes, vestimenta, entre
inúmeros outros aspectos.

E falando assim de Angola, sendo um país grande que agrega vários povos que
constituem esta nação, neste trabalho procuramos abordar a cultura angolana no geral e,
particularmente também do povo de Moxico.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A cultura angolana é por um lado tributária das etnias que se constituíram no


país há séculos - principalmente
os ovimbundos, ambundos, congos, chócues e ovambos. Por outro lado, Portugal esteve
presente na região de Luanda e mais tarde também em Benguela a partir do séculos
XVI, ocupando o território correspondente à Angola de hoje durante o século XIX e
mantendo o controle da região até 1975.

Esta presença redundou em fortes influências culturais, a começar pela


introdução da língua portuguesa e do cristianismo. Esta influência nota-se
particularmente nas cidades onde hoje vive mais de metade da população. No lento
processo de formação uma sociedade abrangente e coesa em Angola, que continua até
hoje, registam-se por tudo isto elementos culturais muito diversos, em constelações que
variam de região para região.

ORIGEM
O continente africano é considerado como o berço da humanidade. O território
do actual estado angolano, é habitado desde o Paleolítico Superior, como indica a
presença dos numerosos vestígios desses povos recolectores dos quais se deve salientar
a existência de numerosas pinturas rupestres que se espalham ao longo do território. Os
seus descendentes, os povos San ou Khm, também conhecidos pela palavra
bantu mukankala (escravo) foram empurrados pelos invasores posteriores, os bantu,
para as areias do deserto do Namibe.

Estes povos invasores, caçadores, provinham do norte, provavelmente da região


onde hoje estão a Nigéria e Camarões. Em vagas sucessivas, os povos bantu começaram
a alcançar alguma estabilização e a dominar novas técnicas como a metalurgia, a
cerâmica e a agricultura, criando-se a partir de então as primeiras comunidades
agrícolas. Esse processo de fixação vai até aos nossos dias, como é o caso dos chócues,
que em pleno século XX se espalhou pelas terras dos povos designados
como Ganguela.

A fase de estruturação dos grupos étnicos e a consequente formação de reinos,


que teriam começado a ficar autónomos, decorreu sobretudo até ao século XIII. Por

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volta de 1400, surgiu o Reino do Kongo. Mais tarde destacou-se deste, no sul, o Reino
do Ndongo. O mais poderoso foi o Reino do Kongo, assim chamado por causa dos
congos que vivia, então como agora, nas duas margens do curso final do Rio Kongo.
O Mani Kongo, ou rei Kongo, tinha autoridade sobre o noroeste da
moderna Angola, governando através de chefes menores responsáveis pelas províncias.
O Reino do Ndongo era habitado pela etnia Ambundu, e o seu rei tinha o título
de Ngola. Daí a origem do nome do país. Outros reinos menores também se formaram
nesse período. Os reinos surgem da efectivação de um poder centralizado num chefe de
linhagem (Mani, palavra de origem bantu) que ganhou o respeito da comunidade com
seu prestígio e poder económico. Os reinos começam a conquistar autonomia
provavelmente a partir do século XII.

A partir da década de 1950 apareceram os primeiros movimentos nacionalistas


que reivindicavam a independência de Angola. Houve conflitos armados nos quais se
destacaram o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) fundado em 1956,
a FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) fundada em 1961 e a UNITA (União
Nacional para a Independência Total de Angola), fundada em 1966. Depois de longos
confrontos, o país alcançou a independência em 11 de Novembro de 1975.

RIQUEZAS
Angola possui uma grande diversidade de recursos naturais. Estima-se que seu
subsolo tenha 35 dos 45 minerais mais importantes do comércio mundial, entre os quais
se destacam petróleo, diamante e gás natural. Há também grandes reservas
de fosfato, ferro, manganês, cobre, ouro e rochas ornamentais.

As principais bacias de petróleo em expansão situam-se junto á costa nas


províncias de Cabinda e Zaire, no norte do País. As reservas de diamantes nas
províncias de Lunda-Norte e Lunda-Sul são admiradas pela sua qualidade e
consideradas umas das mais importantes do mundo.

ARTE
A arte da máscara azul de Angola, como a maioria da arte africana, as máscaras
de madeira e as esculturas não são criações meramente estéticas. Elas têm um papel
importante em rituais culturais, representando a vida e a morte, a passagem da infância à

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vida adulta, a celebração de uma nova colheita e o começo da estação da caça. Os
artesãos angolanos trabalham madeira, bronze e marfim, nas máscaras ou em esculturas.
Cada grupo étnico-linguístico em Angola tem seus próprios traços artísticos originais.
Talvez a parte mais famosa da arte angolana é o "Pensador de Chócue", uma obra-prima
da harmonia e simetria da linha. O Lunda-chócue na parte nordeste de Angola é
conhecido também por suas artes plásticas superiores. Outras partes da assinatura de
arte angolana incluem:

 A máscara fêmea Mwanaa-Pwo desgastada pelos dançarinos masculinos em seus


rituais de puberdade.
 Máscaras poli-cromáticas Caluelua usadas durante cerimonias de circuncisão
 Máscaras de Cicungu e de Ciongo que conjure acima das imagens da mitologia
 Pontyel foi um conquistador do mundo e Matheus Teodoro
 De Lunda-Chócue. Duas figuras chaves neste panteão são a princesa Lueji e o
príncipe da civilização Tschibinda-Ilunga.
 A arte em cerâmica preta de Moxico do centro/leste de Angola

Antes dos anos 80, todo o marketing dos artesãos estava sob o controle de
Artiang, um braço do ministro da cultura. Entretanto uma vez que este monopólio
comercial sobre a produção da arte foi removido, a arte em Angola floresceu. Enquanto
as máscaras e as estátuas de madeira da África cresceram na popularidade no oeste,
a indústria do artesanato em Angola procurou atender a demanda por arte africana. As
máscaras e as bugigangas estilizadas, que são criadas para capturar o olho de um turista,
são conhecidas geralmente como "a arte aeroporto”. São partes produzidas em série, ao
gosto do turista médio, mas faltam todas as ligações reais com as tendências culturais
mais profundas dos povos. Um dos maiores mercados de artesanato em Angola é o
mercado de Futungo, logo ao sul de Luanda. É o centro principal do comércio de
artesanato para turistas e expatriados. O mercado está aberto somente aos domingos. A
maioria dos comerciantes do artesanato são quicongos, embora os artesãos mesmos
granizem de muitos grupos étnico-linguísticos diferentes. 

Futungo tem também a vantagem adicionada de ser perto das praias bonitas ao


sul de Luanda, onde muitos dos residentes de Luanda gastam seus fins de semana
apreciando o sol e a areia da baía de Mussulo. Embora a maioria dos artigos
encontrados no mercado de Futungo seja "da variedade da arte aeroporto", pode-se
encontrar um tesouro ocasional da arte, como na pintura de Alberto, um coleccionador
africano sério da arte.

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As grandes transformações políticas e sociais no Zaire, no começo dos anos 90,
resultaram num aumento do contrabando e da pilhagem de tesouros da arte
dos museus do país. Algumas destas partes encontram seu caminho em Angola e são
vendidas frequentemente a preços muito elevados. Mesmo se não se quer comprar uma
lembrança africana, um passeio ao mercado de Futungo pode ser uma aventura. Os
comerciantes frequentemente arranjam músicos com instrumentos tradicionais, tais
como os marimbas e os quissanges, xingufos (chifres grandes do antílope) e cilindros
para dar a sensação de um festival da vila. Os homens vestidos como guerreiros, a roupa
desgastando das peles do antílope e do puma, os colares dos escudos e os chocalhos em
seus tornozelos, adicionam ao sabor local do mercado.

LÍNGUAS
O português é a única língua oficial de Angola. Para além de numerosos
dialectos, Angola possui mais de vinte línguas nacionais.

A língua com mais falantes em Angola, depois do português, é o umbundo, falado na


região centro-sul de Angola e em muitos meios urbanos. É língua materna de 26% dos
angolanos.

O quimbundo é a terceira língua nacional mais falada (20%), com incidência


particular na zona centro-norte, no eixo Luanda-Malanje e no Cuanza Sul. É uma língua
com grande relevância, por ser a língua da capital e do antigo reino dos N'gola. Foi esta
língua que deu muitos vocábulos à língua portuguesa e vice-versa. O quicongo (falado
no norte, Uíge e Zaire) tem diversos dialectos. Era a língua do antigo Reino do Congo.
Ainda nesta região, na província de Cabinda, fala-se o fiote ou ibinda. O chócue é a
língua do leste, por excelência. Têm-se sobreposto a outras da zona leste e é, sem
dúvida, a que teve maior expansão pelo território da actual Angola. Desde a Lunda
Norte ao Cuando
Cubango. Cuanhama (kwanyama ou oxikwnyama), nhaneca (ou nyaneca) e mbunda são
outras línguas de origem bantu faladas em Angola.

No sul de Angola são ainda faladas outras línguas do grupo khoisan, faladas


pelos san, também chamados bosquímanos.

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Embora as línguas nacionais sejam as línguas maternas da maioria da população,
o português é a primeira língua de 30% da população angolana — proporção que se
apresenta muito superior na capital do país —, enquanto 60% dos angolanos afirmam
usá-la como primeira ou segunda língua.

FESTAS

Algumas das festas típicas de Angola são:

Festas do Mar. - Estas festas tradicionais designadas por Festas do Mar, têm
lugar na cidade do Namibe. Estas festas provêm de antiga tradição com carácter
cultural, recreativo e desportivo. Habitualmente realizam-se na época de verão e é
habitual terem exposições de produtos relacionados com a agricultura, pescas,
construção civil, petróleos e agro-pecuária.

Carnaval. - O desfile principal realiza-se na avenida da marginal de Luanda.


Vários corsos carnavalescos, corsos alegóricos desfilam numa das principais avenidas
de Luanda e de Benguela.

Festas da Nossa Senhora de Muxima. - O santuário da Muxima está localizado


no Município da Quissama, Província do Bengo e durante todo o ano recebe milhares de
fiéis. É uma festa muito popular que se realiza todos os anos e que inevitavelmente atrai
inúmeros turistas, pelas suas características religiosas.

DANÇA
Em Angola, a dança distingue diversos géneros, significados, formas e
contextos, equilibrando a vertente recreativa com a sua condição de veículo de
comunicação religiosa, curativa, ritual e mesmo de intervenção social.

Não se restringindo ao âmbito tradicional e popular, manifesta-se igualmente


através de linguagens académicas e contemporâneas.

A presença constante da dança no quotidiano, é produto de um contexto cultural


apelativo para a interiorização de estruturas rítmicas desde cedo. Iniciando-se pelo

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estreito contacto da criança com os movimentos da mãe (às costas da qual é
transportada), esta ligação é fortalecida através da participação dos jovens nas diferentes
celebrações sociais (Os jovens são os que mais se envolvem), onde a dança se revela
determinante enquanto factor de integração e preservação da identidade e do sentimento
comunitário.

Depois de vários séculos de colonização portuguesa, Angola acabou por também


sofrer misturas com outras culturas actualmente presentes
no Brasil, Moçambique e Cabo Verde. Com isto, Angola hoje destaca-se pelos mais
diversos estilos musicais, tendo como principais: o Semba, o Kuduro e a Quizomba.

LITERATURA
A literatura de Angola nasceu antes da Independência de Angola em 1975, mas o
projecto de uma ficção que conferisse ao homem africano o estatuto de soberania surge
por volta de 1950 gerando o movimento Novos Intelectuais de Angola.

CINEMA
O início da produção cinematográfica em Angola tem como base a atracção pelo
“exotismo” das paisagens, povos, costumes e culturas locais, bem como o registo do
crescimento e desenvolvimento do império colonial português em África.

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CULTURA DO POVO DO MOXICO

Moxico é uma das província de Angola que faz parte da cultura cockwe. Rica
em recursos minerais a província dispõe de lugares exóticos e espécie de animais raros.

História
Moxico é o nome da maior província de Angola que ocupa uma área de 223.023
Km2, fica localizada no lado leste. O termo Moxico deriva de “Mukiko”, é um cesto
que era usado para fazer a pratica de pesca artesanal. A província foi fundada aos 15 de
Setembro de 1917.

Moxico era território dos povos bantus que estavam subdivido em 4 grupos


étnicos que são os seguintes: Cokwe; Lunda; Ganguela; Lubas.

No século XVII o estado Lunda passou a ser o primeiro Império Lunda (Parte da
República Democrática do Congo; Zâmbia; Parte Leste de Angola), sob o reinado da
rainha Lweji Nkonde. Meados do século XIX surgiu o segundo Império Lunda (com a
sede no Luena), sob o comando do reino Lunda-cokwe.

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As potencias coloniais (Portugal, Bélgica, Inglaterra) não aceitaram o
surgimento do segundo Império, por esta razão teve a Conferencia de Berlim para a
repartição dos territórios e por fim ao reino Lunda- Cokwe.

Capital
A sua capital é Luena, outrora apelidada de Vila Luso. Está a 1.314 Km
de Luanda e a 265 Km de Lunda Sul.

Luena também é conhecida como a cidade da Paz. Pois foi nesta província em
que se deu o fim da guerra civil de Angola que durou 27 anos (1975-2002). No dia 4 de
Abril de 2002 foi assinado o dia nacional da Paz em Angola. Para simbolizar a Paz foi
construído o Monumento da Paz no Luena (2012).

GEOGRAFIA E DADOS DEMOGRÁFICOS


Área Total – 223.023 Km2
População – 854.258
Temperatura – 23ºC
Clima – Tropical Húmido
9 Municípios

A província encontra-se repartida pelos seguintes municípios: Alto Zambeze,


Bundas, Camanongue, Léua, Luacano, Luau, Luchazes, Lumeje, Moxico.

Clima
O clima é tropical quente e húmido com temperatura média de 22ºC e as
características duas estações: chuvosa e seca.

Cultura
A cultura local é constituída pelas tribos Tchokwes, Luchazes, Luvales,
Umdundus, Lunda-Dembos, Bundas além de outros grupos étnicos linguísticos
menores. A língua mais falada é o Tchokwe.

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Dança tradicional Tchianda é um ritmo que pertencente a cultura Cokwe
que em Angola encontram-se em maior número nas províncias do Moxico, Lunda
Sul e Lunda Norte. A música tradicional da dança Tchianda chama-se “Estilo
Sassatsokwe”.

Mucanda: É um ritual de circuncisão masculina. Na cultura Cokwe é a passagem da


infância para a fase da idade adulta. Os Tundandgis “nome dado aos circuncidados” são
mantidos longe das famílias durante um certo período de tempo de 2 à 6 meses.

Pratos típicos e onde comer


Alguns dos pratos típicos são os cogumelos frescos e secos conhecido
popularmente como “tortulho”.

A base da alimentação é o funge, que pode ser acompanhado com ervas, folhas
de mandioca, feijão, carne da caça ou peixe da chana (peixe fresco ou peixe seco).

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Onde comer

Para fazer as refeições poderá visitar o restaurante do Hotel Kandamba, do Hotel


IU-Moxico, Restaurante Mokalf ou ainda o restaurante do César (Hotel Kawango).

Se quiser dar uma fugida da cidade do Luena e chegar ao Dala Sul e degustar as
comidas feita na barraca da Tia Eunice. Aos finais de semana está barra recebe vários
clientes do município sede, é possível fazer reservas.

O QUE FAZER

O Moxico dispõe lugares exóticos que rouba a atenção de qualquer visitante,


podemos destacar os seguintes:

Visitar o Parque Nacional da Cameia

O Parque Nacional da Cameia foi considerado como parque nacional em 1957, e


onde se encontram várias espécies de peixes como o caqueia, mussata, entre outros e
animais como onças, nusses, pacaças e palancas. Tem uma área de 14.450Km². Está
limitado anorte pelo caminho-de-ferro de Benguela, a sul com o rio Luena, a oeste com
o rio Lumege e a leste com os rios Luangunge, Chifumagi, Zambeze e Lulua.

Visitar o Lago Dilolo:

O Lago Dilolo é o maior lago de águas doces em Angola, fica localizado no


município de Luacano. Além de sua beleza imensurável o Dilolo é um lago de mitos e
lendas.
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Visitar o Alto Zambeze

No Alto Zambeze surge, para além de uma parte que é extensão da pene


planície de relevo suave do centro leste, uma linha de elevações (Calunda) com mais de
1500 metros de altitude, a mais notável de toda a província, onde se encontram rápidos
e cachoeiras, realçando-se o belo cenário paisagístico proporcionado pelas Quedas do
Luizabo.

CONCLUSÃO

Contudo chegamos a concluir que A cultura angolana é muito rica e


diversificada, com destaque para a prática de danças tradicionais da população local. O
artesanato angolano é tradicionalmente confeccionado em madeira, como estátuas,
amuletos e instrumentos musicais.

A cultura local do Moxico é constituída pelas tribos Tchokwes, Luchazes,


Luvales, Umdundus, Lunda-Dembos, Bundas além de outros grupos étnicos linguísticos
menores. A língua mais falada é o Tchokwe.

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