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INTRODUÇÃO

Começando assim a instaurar o nosso trabalho realçando que o Behaviorismo


Americano ou termo Behaviorismo foi inaugurado pelo americano John B. Watson, em
um artigo (1913) que apresentava o título “Psicologia como os behavioristas a vêem”. O
termo inglês behavior significa comportamento, daí se denominar esta tendência teórica
de behaviorismo.

Watson, postulando então o comportamento como objeto da psicologia, dava a


esta ciência a consistência que os psicólogos da época vinham buscando. Um objeto
observável, mensurável, que podia ser reproduzido em diferentes condições e em
diferentes sujeitos. Essas características eram importantes para que a Psicologia
alcançasse o status de ciência, rompendo definitivamente com sua tradição filosófica.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É importante esclarecer, desde o início, que o Behaviorismo, apesar de colocar o


comportamento como o objeto da Psicologia, considera que “só quando se começa a
relacionar os aspectos do comportamento com os do meio é que há a possibilidade de
existir umas psicologia científica” (KELLER, F. S. e SCHOENFELD, W. N. Princípios
de Psicologia. São Paulo: Herder e EDUSP, 1970).

Portanto, o Behaviorismo dedicou-se ao estudo do comportamento na relação que


este mantém com o meio ambiente onde ocorre. Mas como comportamento e meio são
termos amplos demais para poderem ser úteis para uma análise descritiva nesta ciência,
os psicólogos desta tendência chegaram aos conceitos de estímulo e resposta (teoria S-R
: abreviatura dos termos latinos Stimulus e Responsio).

Estímulo e resposta são portanto as unidades básicas da descrição e o ponto de


partida para uma ciência do comportamento.

O homem começa a ser estudado como produto do processo de aprendizagem pelo


qual passa desde a infância, ou seja, como produto das associações estabelecida durante
sua vida entre estímulos (do meio) e respostas (manifestações comportamentais).

BEHAVIORISMO METODOLÓGICO OU BEHAVIORISMO


CLÁSSICO

O behaviorismo metodológico tem como base a valorização do que é objetivo em


detrimento do que é subjetivo. Também conhecido como “psicologia do outro” e
“behaviorismo clássico”, fundamenta-se no estudo do comportamento observável e
evidente, isto é, do comportamento que os sentidos sensoriais podem perceber.

O principal nome desse tipo de behaviorismo é John B. Watson. Considerado o


pai da escola behaviorista, o psicólogo foi o precursor da psicologia social com foco na
pesquisa. Para ele, a psicologia não deveria analisar exclusivamente estudos da mente,
mas sim estudos comportamentais. Assim, acreditava ser possível prever o
comportamento humano.

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EXEMPLO DE BEHAVIORISMO METODOLÓGICO

As afirmações de Watson sobre o conceito de behaviorismo metodológico tinham


como base a teoria do condicionamento clássico, do fisiologista e médico russo Ivan
Pavlov (1849 - 1936).

Pavlov provou que após repetir por diversas vezes a experiência de tocar um sino
e, em seguida, mostrar a comida a seus cachorros, criou-se uma associação entre o som
do sino e o alimento. Assim, mesmo que não vissem nenhuma comida, o simples som do
sino já era suficiente para fazer os cães salivarem.

Chamado de O cão de Pavlov, o experimento foi uma validação do


condicionamento clássico, que defende que o comportamento não pode ser controlado e
funciona quase como um reflexo involuntário.

Em outro experimento, chamado pequeno Albert, um bebê, que possuía um


comportamento calmo, foi exposto durante um longo período a situações de estresse
sonoro. Ao final do experimento, o bebê abandonou seu comportamento tranquilo e
passou a temer situações que antes não causavam nenhuma reação adversa.

No filme Laranja Mecânica (1971), o protagonista, Alex, é submetido a um


método de condicionamento para evitar seu comportamento violento.

O jovem é exposto a imagens violentas enquanto recebe estímulos negativos.

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BEHAVIORISMO RADICAL

O behaviorismo radical surgiu como oposição ao behaviorismo metodológico e


afirmou que sentimentos, emoções e outros fatores mentalistas não dão origem à conduta;
são, na verdade, parte integrante dela.

Assim, o comportamento consistiria em uma mescla de manifestações externas


desses fatores, e na consequência de atos praticados.

Desenvolvido por Burrhus Frederic Skinner (1904 - 1990), psicólogo e filósofo


americano, esse tipo de behaviorismo é baseado em um princípio chamado de
“condicionamento operante”.

Segundo ele, o indivíduo controla a forma como vai se comportar com base no
que aprende sobre a relação entre seu comportamento e as consequências que seus atos
acarretam.m possíveis consequências como:

 Reforço positivo - um prêmio ou gratificação como estímulo pela ação realizada

(por exemplo: dar um biscoito ao cão, quando ele dá a pata)


 Reforço negativo - retirada de um estímulo desagradável (por exemplo: deixar de

molhar ou interromper uma corrente elétrica).


 Punição - sanção por um comportamento não desejado (por exemplo: castigos

físicos).

Então, é possível condicionar as ações a partir de associações com possíveis


consequências. Essas associações seriam suficientes para condicionar o comportamento.

É de se destacar o uso desse tipo de behaviorismo na educação, pois ele defende


que a teoria da aprendizagem está diretamente relacionada aos estímulos recebidos pelos
alunos.

 Dar um chocolate aos bons alunos (reforço positivo);

 Permitir que os alunos que terminarem uma tarefa possam sair (reforço

negativo);
 Suspensão ou castigos físicos como palmatória ou ajoelhar no milho (punições).

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Desse modo, pretende-se criar condicionantes das ações e moldar o
comportamento dos alunos. Assim, considera-se que não existam habilidades inatas, e
que todo comportamento (incluindo o processo de aprendizagem) possa ser condicionado.

Não quer dizer, com isso, que o aluno é um sujeito passivo, mas sim que esse
condicionamento está diretamente ligado ao planejamento do método de ensino e do
material utilizado pelo educador.

Exemplo de behaviorismo radical

A teoria de Skinner partiu de um experimento com animais chamado de Caixa


de Skinner ou Câmara de condicionamento operante.

A caixa possuía um compartimento com uma espécie de comando, que quando


acionado respondia com um estímulo: comida, água, luz, imagens ou choque elétrico.

Os animais utilizados nas experiências recebiam os estímulos sob diferentes


circunstâncias de testes:

 a cada vez que o comando era manipulado,


 na interação com o comando repetidamente,
 manipulações com a pata,
 manipulações com o bico ou focinho, etc.

O experimento concluiu que os animais que participaram dos testes passaram a


realizar com mais frequência os movimentos que tinham como resposta os estímulos
positivos.

A caixa de Skinner serviu como ponto de partida para que o estudioso começasse
a definir diferentes padrões comportamentais.

Mais tarde, Skinner lançou sua teaching machine ("máquina de ensinar"). Nela, o
aluno deveria responder uma sequência de questões emitida pela máquina e avançar
conforme as respostas corretas.

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CONCLUSÃO

Contudo chegamos a concluir que Behaviorismo é uma corrente da Psicologia que


estuda o comportamento e como pode ser mudado. Surgiu em contraposição ao
funcionalismo e ao estruturalismo e é uma das três principais correntes da psicologia, ao
lado da psicologia de forma e da psicanálise.

O behaviorismo é mais uma das metodologias criadas por psicólogos na tentativa


de alçar a Psicologia à uma disciplina científica. O movimento foi uma alternativa às
linhas de pensamento que dominavam o cenário naquele momento, no início do século
XX. Os primeiros pensadores da corrente behaviorista argumentava que os conceitos de
outros ideários eram imprecisos. Por isso, os psicólogos deviam abandoná-las e, a partir
daí, adotar maior rigor para que a psicologia se tornasse uma ciência aplicada e oferecesse
mais benefícios à sociedade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Araiba, Sho (junho de 2019). «Current diversification of


behaviorism». Perspectives on Behavior Science. 43 (1): 157–
175. PMC 7198672 . PMID 32440649. doi:10.1007/s40614-019-00207-0
Consultado em 07 de Novembro de 2022
 ↑ Chiesa, Mecca (1994). Radical Behaviorism: The Philosophy and the Science.
[S.l.]: Authors Cooperative, Inc. pp. 1–241. ISBN 978-0962331145. Consultado
em 07 de Novembro de 2022. Arquivado do original em 07 de Novembro de 2022

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