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FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS

da Educação
(BLOCO IV)
FACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE
COORDENAÇÃO GERAL DE GRADUAÇÃO

FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO


POR PROFª. PATRICIA AMAZONAS

RECIFE, 2016

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FICHA CATALOGRÁFICA

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SUMÁRIO

07 1. O Behaviorismo
08 2. O Condicionamento Clássico de Pavlov
09 3. O Condicionamento de Skinner
09 3.1 Conceitos Básicos
11 4. Aplicação do Behaviorismo à Educação
13 5. A Psicanálise
15 6. A primeira teoria do aparelho psíquico
15 7. A segunda teoria do aparelho psíquico
16 8. A descoberta da sexualidade infantil
18 9. Contribuições da psicanálise
para a educação
20 Resumo

4
>>
No bloco anterior estudamos aprendizagem, psicologia da
aprendizagem e as funções psíquicas envolvidas. Compreendemos
o conceito de aprendizagem e que, como seres humanos, temos
processos psicológicos que interferem nesse experiência. Vimos que
nossa percepção com seus determinantes e a organização perceptiva
são importantes para interpretação dos estímulos; que a emoção e a
motivação também são centrais para o processo de aprendizagem,
pois como o sujeito se sente e o quanto está “a fim de” aprender são
fatores essenciais para uma aprendizagem de sucesso.
Neste bloco, começaremos a estudar as teorias psicológicas que
estão relacionadas ao processo de aprendizagem e desenvolvimento.
Na psicologia, há muitas perspectivas teóricas e vamos destacar a
Psicanálise de Freud, o Behaviorismo Radical de Skinner, a Epistemologia
genética de Piaget, o Sociointeracionismo de Vygotsky e a Psicogênese
de Wallon. Neste módulo, vamos aprender Psicanálise e Behaviorismo,
duas perspectivas com concepções bem distintas, mas que trazem
importantes contribuições no entendimento do ser humano e de seus
processos de aprendizagem. Então, vamos lá!

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1. O BEHAVIORISMO

O Behaviorismo foi inaugurado pelo americano John B.


Watson (1878-1958), em artigo publicado em 1913, cujo título
era Psicologia: como os behavioristas a veem. O termo inglês
behavior significa comportamento e daí o termo Behaviorismo
ser adotado para nomear essa corrente teórica, cujo objeto de
análise é o comportamento, daí porque também recebeu o
nome de Comportamentalismo. Watson, com seu Behaviorismo
metodológico, postulou o comportamento como objeto da
psicologia, objetivando oferecer à ciência psicológica uma
consistência que os psicólogos da época, segundo ele, não
lhe davam. Watson criticava os subjetivismos e a introspecção.
Sua Psicologia oferecia um objeto observável, mensurável, cujos
Figura 1. Watson. Fonte Google experimentos poderiam ser reproduzidos em diferentes condições
e sujeitos. Para os behavioristas, a psicologia deveria adotar o
que pode ser observado e descrito em termos que dispense a subjetividade, portanto o
comportamento estritamente observável, já que este é a expressão visível de um sujeito. Daí,
os behavioristas ficarem conhecidos por conceber o ser humano como uma caixa preta,
um “recipiente” lacrado e indevassável sobre cujo interior nada podemos afirmar.
Portanto Watson buscava uma Psicologia que pudesse prever e controlar o comportamento
humano, no entanto vale salientar que, hoje, não se entende comportamento como uma
ação isolada de um sujeito, mas como uma interação entre o que o sujeito faz e o ambiente
no qual esse fazer acontece. Os psicólogos dessa abordagem utilizam os termos estímulo e
resposta, para se referirem àquilo que o organismo faz e às variáveis ambientais que agem
sobre o sujeito, daí o esquema E-R. O comportamento, portanto, é uma resposta do sujeito
ao que o impressiona, a partir do exterior, isto é, dos estímulos.
Para ilustrar segue o link de um de seus trabalhos mais famosos, o do bebê Albert:

https://www.youtube.com/watch?v=vMVaxktVJz4

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2. O CONDICIONAMENTO
CLÁSSICO DE PAVLOV

Para falar de Behaviorismo, é importante falar do russo Ivan P.


Pavlov (1849-1936). Ele foi um renomado fisiologista, ganhador
do prêmio Nobel em 1904. Ficou conhecido pelo seu
experimento com salivação de cães. Seus estudo centraram-
se em comportamentos reflexos.
Pavlov trabalhou com condicionamento clássico ou
respondente, conhecido como involuntário, entendidas
como respostas que não precisam ser aprendidas, já
existem naturalmente. Como exemplos, temos a salivação
provocada por um alimento de que você goste; a
contração das pupilas, quando uma luz forte incide sobre
os olhos; a dilatação delas, quando o ambiente fica
escuro e até as lágrimas, quando descascamos cebolas.
Figura 2. Pavlov. Fonte Google Como percebemos, essas respostas independem de
aprendizagem. Pavlov explicava o comportamento como um conjunto de conexões,
ou associações, entre estímulos e respostas.
Você pode verificar essa associação no seu famoso trabalho com cães, segue o link:

https://www.youtube.com/watch?v=C40cXKi4c3Y

Ele afirmava que os psicólogos perdiam tempo com concepções do tipo “será que os
macacos pensam?”, “será que utilizam ensaio e erro para solucionar problemas?”. Para
Pavlov, o macaco simplesmente repetia comportamentos bem sucedidos que o faziam
ganhar uma banana.

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3. O CONDICIONAMENTO DE SKINNER

Outro importante behaviorista foi o também americano B. F. Skinner (1904-


1990). O Behaviorismo radical de Skinner influenciou (e ainda influencia)
muitos psicólogos de vários países, inclusive do Brasil. Seu Behaviorismo
radical designa uma filosofia da ciência do comportamento por
meio da análise experimental. Ele inovou em sua teoria, ao admitir o
estudo de pensamentos e sentimentos, desde que abordados pelas
manifestações exteriores. Não foi uma abertura à introspecção, mas uma
tentativa de entender, por exemplo, a alegria, a partir de circunstâncias
objetivamente apreensíveis, como, por exemplo, o fato de você saltar,
gritar ou sorrir diante de algo que lhe dá alegria; ou entender que uma
pessoa, ao beber água, não estava sentindo sede mas sim, havia um
Figura 3. Skinner. Fonte Google.
organismo privado de água por certo tempo.
A base da corrente skinneriana está na formulação do comportamento operante. Este inclui
os movimentos de um sujeito dos quais se possa, dizer que, em algum momento, eles têm
efeito sobre o mundo em redor. Chama-se comportamento operante, porque precisamos
operar uma atividade, portanto está relacionado a aprender a emitir resposta, não sendo
algo reflexo ou inato. A leitura que você está fazendo é um exemplo de operante, assim
como escrever um e-mail, parar um ônibus com um gesto de mão, etc.

3.1 CONCEITOS BÁSICOS

Os behavioristas, inspirados pela lei do efeito de Thorndike1, trabalham com reforço que
objetiva aumentar a probabilidade de uma resposta ser emitida, podendo ser um reforço
positivo ou negativo. O reforço positivo é todo evento que aumenta a probabilidade
futura da resposta a ser produzida. O reforço negativo é todo evento que aumenta a
probabilidade futura da resposta que o remove ou atenua. Por exemplo, o reforço positivo
oferece alguma coisa ao organismo (água quando se tem sede); o negativo retira algo
indesejável (choques). Esses reforços eram muito utilizados por Skinner em sua famosa
Gaiola de Skinner, onde ele condicionava os ratos para pressionarem a barra da gaiola.
Os ratos o faziam tanto para obter água como para eliminar os choques. Isso é o que
Skinner chama de modelagem do comportamento.
1
Presente na escola chamada associacionista, a lei do efeito de Thorndike afirmava que as ações que apresentam resul-
tados agradáveis tendem a se repetir e as de resultado neutro ou desagradável tendem a não se repetir ou desaparecer
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Percebemos que o reforço é essencial na teoria de Skinner, mas, e se o retirássemos, o que
aconteceria? O comportamento condicionado entraria em extinção. Então, na extinção,
uma resposta deixa de ser reforçada e, como consequência, a resposta diminuirá de
frequência e poderá até deixar de ser emitida. O tempo necessário para que a resposta
deixe de ser emitida dependerá da história e do valor do reforço envolvido. Assim, quando
paqueramos alguém e somos retribuídos, a paquera continua, porém, se a pessoa deixa
de nos olhar e passa a nos ignorar, as investidas tenderão a desaparecer.
Para compreender um pouco mais do condicionamento operante assista:

https://www.youtube.com/watch?v=--VoFnc7z-Y

Outro conceito é a punição, porém os behavioristas a questionam, pois punir ações levaria
à supressão temporária da resposta, mas não alteraria a motivação envolvida. As práticas
punitivas, já usadas na Educação, foram questionadas pelos Behavioristas, tais como
palmatória, ajoelhar em milho, bater com réguas, copiar frases inúmeras vezes, sentar
isolado, etc. A proposta de Skinner é a substituição das práticas punitivas por modelar
comportamentos desejáveis. Esse princípio pode ser aplicado no cotidiano e em todos os
espaços em que se trabalhe para instalar comportamentos desejados. Então, ao invés de
punição por um mal comportamento, os alunos são reforçados por bons comportamentos,
como tratar bem o colega.
Ainda há outros conceitos, mas, aqui, nos limitaremos aos já apresentados, por serem os
que facilitarão as questões relacionadas à concepção de educação pensada a partir
dos behavioristas, foco pretendido neste bloco.

Caso você se tenha interessado pela teoria,


seguem sugestões para pesquisar sobre o tema:
http://ateoriacomportamentalistaeaeducacao.blogspot.com.br;
http://www.redepsi.com.br/2008/08/22/behaviorismo-radical-e-educa-o/
http://behaviorismo.weebly.com.

Vamos, agora, aprender sobre a aplicação do behaviorismo, principalmente na educação.


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4. APLICAÇÃO DO BEHAVIORISMO
Á EDUCAÇÃO

O Behaviorismo oferece uma perspectiva de entendimento do humano que viabiliza


modificar o comportamento numa direção previsível e isso possibilita o controle das ações
do sujeito e a obtenção de resultados seguros. Algumas áreas nas quais são aplicadas as
técnicas behavioristas são treinamento de empresas, a clínica psicológica, a publicidade,
a educação, entre outras. Na educação, são conhecidos os métodos de ensino
programado, o controle e a organização das situações de aprendizagem.
Nesse sentido, os behavioristas defendem que sua aplicação na escola pode significar a
promoção de aprendizagem com mais eficiência no trabalho desenvolvido em sala de aula,
menos recursos financeiros e menor desperdício de tempo. Eles inspiram práticas pedagógicas,
direcionadas para fins antecipadamente previstos e planejados. Acreditam que, pela
educação ou reeducação, feita por condicionamento, o sujeito pode ser transformado.
Imaginemos uma situação na qual o educador queira que o educando passe a repetir a resposta
de tratar bem seus colegas. Como fazer isso? Dando bons conselhos ou um belo discurso moral
ao educando? Apelando para o sentimentalismo do universo psíquico ou dando exemplos
dignificantes? Para Skinner não seria assim! O processo seria mais simples se oferecêssemos um
estímulo do qual o educando estivesse privado (assim como oferecer água ao rato com sede),
podendo, por exemplo, deixar o aluno ir brincar no intervalo da aula ou acessar computador
para jogar. Isso serve para a educação doméstica também, Skinner afirma que uma criança
aprende a fazer birra, porque sua mãe cede aos apelos, dando-lhe o que deseja. A criança
“aprendeu” que, quando chora e grita, a mãe dá o que ela quer (ou aquilo de que se sente
privada). Skinner afirma que, se a mãe não der o que a criança deseja, ela vai ampliar seu
repertório de comportamento, espernear, bater pernas, braços e até a cabeça, se necessário.
Isso mostra a maleabilidade do comportamento humano, o quanto podemos utilizar repertório
de repostas para ajustar as mudanças ambientais. E é importante salientar que o behaviorismo
se refere a probabilidades e não a certezas. Ou seja, afirmam que o reforçador aumenta a
probabilidade de repetição de um comportamento e que, quanto mais controlada uma
situação (em laboratório, por exemplo), maior a possibilidade de certezas. Nessa lógica, a
certeza diminui, à medida que as situações são reais, são da vida cotidiana.
Vamos imaginar uma situação em sala de aula. O educador imagina que elogiar seus
alunos é um estímulo reforçador. Mas são muitos alunos e o educador não sabe que tipo
de elogio utilizar e qual servirá para o aluno “X” ou para aluno “Y”. Um aluno pode gostar
de um elogio em sala, na frente de todos, já outro pode inibir-se diante disso e preferir uma
anotação na avaliação. Isso mostra a dificuldade de aplicação rigorosa do behaviorismo
no cotidiano da prática educacional.
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O fato é que, mesmo com as dificuldades, pais e educadores utilizam esquemas de
reforçamento de respostas no cotidiano. No caso dos pais, é comum darem um presente
ao filho, porque passou por média ou irem ao cinema por bom comportamento. Essas
atitudes são exemplos de aplicação do behaviorismo. No caso dos educadores, atribuir
um comentário elogioso a uma boa nota é uma tentativa de que a frequência de boas
notas aumente; o docente reagir com tranquilidade num momento de bagunça, após ter
percebido que reagir com nervosismo só piora a indisciplina, também são exemplos da
aplicação do behaviorismo. Isso aponta que as histórias das pessoas devem ser levadas
em consideração, para saber se o estímulo reforçador faz efeito sobre ela.
Embora haja rigor nas técnicas behavioristas, percebemos sua presença no cotidiano da
sala de aula, quando o educador pode melhorar seus métodos de trabalho e suas atitudes,
visando a melhores resultados na aprendizagem de seus alunos. Foi no intuito de melhorar
os resultados que Skinner propôs um método de transmissão de conhecimentos que,
segundo ele, utilizava menor tempo, esforço e mão-de-obra. Foi a sua famosa máquina
de ensinar, criada em meados de 1950.
A ideia dele consistia em organizar as matérias escolares em unidades simples, para serem
ensinadas passo a passo. Para cada unidade, era apresentado um grupo de respostas e
a correta deveria ser marcada (o que inspirou as provas objetivas e o decorar). Ao emitir
a resposta certa, o aluno avança para a unidade seguinte e este avançar funciona como
reforço. Caso o aluno erre, ele retorna ao tópico da unidade para nova aprendizagem e,
em seguida, é exposto às alternativas; caso acerte, ele avança.
Para Skinner, esse método apresenta vantagens, porque permite que cada aluno
estude praticamente sozinho, no seu próprio ritmo e isso minimizaria os problemas da
heterogeneidade existente em sala de aula. A fixação da aprendizagem fica garantida
pelo reforço da resposta certa e se ganha tempo e eficiência no ensino. Segundo ele,
para realizar a meta, precisaria apenas que os conteúdos escolares fossem elaborados de
forma simples e com possibilidade de respostas objetivas.
Vale ressaltar que o behaviorismo é uma escola da Psicologia e não criou uma metodologia
educacional, mas certamente se posicionou numa filosofia, num procedimento pedagógico
conhecido por Tecnicismo. Para este, a estruturação dos meios supera os fins educacionais.
Enfatiza-se o aprimoramento dos meios (ações, técnicas e métodos), úteis a quaisquer fins,
mas afirmam que isso não nega ser a educação orientada por questões sociais e políticas.
Os tecnicistas estão mais interessados em responder o que fazer do que perguntar aonde
chegará² . Diante disso, a grande contribuição do behaviorismo para o tecnicismo foi fornecer
métodos e conceitos que convertem as finalidades educacionais em objetivos operacionais.

²Reflita sobre a afirmação tecnicista de que esse fazer estaria separado do aonde chegar
12
Vamos imaginar que a educação queira formar pessoas organizadas. Isso é uma
finalidade do campo político e filosófico, e o pensamento tecnicista vai-se preocupar em
como chegar a isso. Então seria preciso definir quais comportamentos dizem respeito a ser
organizado e, a partir de tais definições, montar programas de esquemas de reforçamento,
para aqueles que se comportem nesse sentido desejado.
Um aspecto interessante para pensarmos, no tecnicismo, é a avaliação. Avaliar seria,
então, verificar se o comportamento dos alunos coincide com o das metas estabelecidas.
Se sim, é porque o planejamento pedagógico foi corretamente elaborado, mas, caso o
comportamento desejado não tenha sido alcançado, eles afirmam que é preciso rever os
itens e localizar a falha. Ou seja, não busca localizar a deficiência ou o fracasso nos alunos,
mas no procedimento, pois o aluno é o resultado das operações de condicionamento.
Muitas pessoas, principalmente educadores, podem ficar incomodados com essa leitura.
Pode não ser agradável olhar o trabalho do educador, reduzindo-o à aplicação de
procedimentos como condicionamentos. Isso ocorre, principalmente, porque temos uma
visão humanizadora da educação, que valoriza a relação educador-aluno e vê o espaço
educacional como formador de cidadãos e não de modelador de comportamentos.
Os behavioristas argumentam que isso é uma questão de linguagem, pois o formar cidadão
poderia ser substituído por processos operacionais, controles ou condicionamentos. Para
eles, formar cidadão jamais prescinde de técnicas que reforcem comportamentos. E
você, o que acha? Almejamos metas para a escola e para o país? Como o behaviorismo
poderia contribuir com essas metas? Até que ponto essa teoria seria útil sem perder de
vista o papel da educação na manutenção e transformação social?
O estudo do comportamento humano ganha maior destaque na Psicanálise, desenvolvida
no tópico seguinte.

5. A PSICANÁLISE

De todas as teorias aqui estudadas, talvez a Psicanálise seja a de que


você mais tenha ouvido falar. Está muito presente no senso comum e
as pessoas se utilizam de palavras ou frases que estão relacionadas à
teoria psicanalítica, como, por exemplo, a clássica expressão “Freud
explica”. Porém muitas das ideias e concepções utilizadas no senso
comum não correspondem ao verdadeiro sentido na teoria. Quando
alguém é chamado de neurótico, por exemplo, não necessariamente
está de acordo com a ideia da estrutura psíquica denominada de Figura 4. Freud. Fonte Google.
13
neurose. Nesse sentido, muitos mitos foram construídos sobre a Psicanálise, mas não é nossa
proposta aqui discutir e desmistificar tudo, mas sugiro aos interessados pesquisar o tema,
ou conversar com pessoas que trabalham com essa abordagem, a fim de esclarecer seus
aspectos teóricos e sua aplicação.
Nosso objetivo não tem como fundamento principal entender a Psicanálise como prática
clínica, pois nos interessa entender em que essa teoria pode contribuir com o processo de
aprendizagem e mais ainda nas relações estabelecidas em sala de aula. Essas relações,
como já refletimos, são parte do processo e têm sua relevância nas transformações
propostas e pensadas sobre o sentido da aprendizagem. Vamos nessa!
Sigmund Freud (1856-1939), ao contrário dos que muitos pensam, não foi psicólogo e sim,
um médico neurologista. Era vienense e alterou significativamente o modo de pensar a
vida psíquica. Suas contribuições teóricas, no início do século XX, constituíram um divisor de
águas sobre a vida psíquica. Ele ousou colocar os sonhos, as fantasias, os esquecimentos,
enfim aspectos bem subjetivos do ser humano como problemas científicos.
A psicanálise é uma teoria, mas é também um método de investigação e uma prática
profissional. Isso porque tem um conjunto de conhecimentos sobre o funcionamento da
vida psíquica e busca interpretar significados ocultos. Além disso, ela refere uma forma de
tratamento que busca o autoconhecimento ou a “cura”. A psicanálise ainda é interessante
para uma análise de fenômenos sociais e para o entendimento do que envolve formas
de sofrimento psíquico. A escola e todo seu contexto é um espaço onde emergem muitas
situações relacionadas a alegrias, conquistas e realizações, mas também dor e sofrimento.
Freud foi autor de uma grande teoria, sendo famosa a sua obra catalogada em 24
volumes. Seus livros mais conhecidos, pela população em geral, são A interpretação dos
sonhos e A psicopatologia da vida cotidiana. Freud não descobriu o inconsciente, mas sua
contribuição se deu na vertente de como estudá-lo ou acessá-lo. A ideia de inconsciente
é muito importante em sua teoria.
Freud iniciou seu trabalho como médico e aos poucos se interessou pelos sintomas
das pacientes histéricas, pois não via causa orgânica que justificasse tal sintoma. Suas
inquietações o levaram a conhecer dois outros médicos que o influenciaram bastante no
desenrolar de sua teoria, são eles: Charcot e Breuer. Freud começou a trabalhar com suas
pacientes através de hipnose e assim iniciou seus trabalhos no sentido de acessar conteúdos
inconscientes. Depois, ele passa a trabalhar com a interpretação na associação livre3,
nos sonhos e nos atos falhos4. Ele, então, se perguntou como esses conteúdos estavam
inconscientes? Por que não eram conscientes ou lembrados voluntariamente? Isso levou
Freud a conceber dois conceitos importantes: o do recalque e o da resistência.
O paciente falava livremente o que lhe viesse à cabeça.
3

Quando se comete um engano, uma falha, por exemplo: estou triste em lhe ver... quando era para ter dito feliz.
4

14
Ao trabalhar com a associação livre, Freud observou que existia uma força que se opunha
a tornar consciente, a revelar o conteúdo. A essa força Freud chamou resistência. E para
a força que reprime, encobre e faz desaparecer da consciência o conteúdo, ele chamou
recalque. Esses conteúdos a que nos referimos, estão no inconsciente. A partir daí, Freud
começa a pensar que nós temos um aparelho psíquico e parte para a sua primeira tópica
ou primeira teoria do aparelho psíquico5.

6. A PRIMEIRA TEORIA DO
APARELHO PSÍQUICO

Em 1900, no livro A interpretação dos sonhos, Freud apresenta sua primeira concepção
sobre a estrutura e o funcionamento da personalidade. Fala da existência de três sistemas
psíquicos: o inconsciente, o pré-consciente e o consciente. O consciente é o sistema
que está em contato com o mundo exterior e interior; é onde está nossa percepção
e raciocínio, como, por exemplo, o que você lê agora. O pré-consciente é o sistema
no qual permanecem conteúdos acessíveis à consciência, mas que podem não estar
acessíveis num momento e noutro sim, como, por exemplo, se você quiser recordar algo
que viveu nos seus 15 anos. Já o inconsciente é composto por conteúdos que estão fora
da consciência e por conteúdos recalcados, como, por exemplo, traumas, experiências
dolorosas, principalmente da infância.

7. A SEGUNDA TEORIA DO
APARELHO PSÍQUICO

Entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e passa a trabalhar com as
instâncias psíquicas id, ego e superego, para referir-se aos três sistemas da personalidade.
O id constitui o reservatório da energia psíquica e nele estão as pulsões de vida e de
morte. É regido pelo princípio do prazer. O ego é o que tenta estabelecer o equilíbrio entre
as exigências do id, da moralidade do superego e a realidade. É regido pelo princípio da
realidade. É um regulador, na medida em que altera o princípio do prazer para buscar
a satisfação, considerando as condições da realidade. Algumas funções básicas do
ego são a percepção, a memória e os sentimentos. O superego surge na saída da fase
fálica6 e é um herdeiro do complexo de Édipo. Surge da internalização da autoridade,
5
Se você quiser conhecer um pouco mais sobre a história de Freud pode assistir ao filme Freud além da alma ou acessar
os sites a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=-op3s6s-yw4 https://www.youtube.com/watch?v=JrIZn3od6So
6
Freud fala em cinco fases psicossexuais do desenvolvimento da personalidade. A fase fálica seria a terceira e nela
ocorre o complexo de Édipo, conceito central na teoria Freudiana. Falaremos sobre as fases mais adiante.
15
das proibições e limites. A moral é função do superego e dele vem nossos sentimentos de
culpa. O conteúdo do superego refere-se a exigências sociais e culturais. Por exemplo,
você está passeando pelo shopping e vê uma roupa que adorou. Quer a roupa! Quando
olha o preço, vê que está mais caro do que pode pagar. Você quer a roupa, mas não
vai roubar! Então decide sair e se dispõe a economizar dinheiro para comprar depois. O
desejo (id) de ter não foi passando por cima da lei (superego) e você mediou (ego) a
possibilidade de comprar, depois que obtiver a quantia necessária. Os sistemas não são
separados e, embora o id se refira ao inconsciente, o ego e o superego têm, também,
aspectos inconscientes.

8. A DESCOBERTA DA
SEXUALIDADE INFANTIL

Na sua prática clínica, Freud trabalhou com as neuroses e, em seu trabalho, descobriu que
muitos dos desejos reprimidos se referiam a conflitos de ordem sexual, vivenciados nos anos
iniciais de vida. Ou seja, as experiências infantis poderiam ter caráter traumático, serem
reprimidas e configurar a origem dos sintomas neuróticos dos sujeitos. Isso confirmava que
as ocorrências da infância têm relação com os sofrimentos na vida posterior. Com essa
descoberta, Freud coloca a sexualidade no centro da vida psíquica e postula a existência
da sexualidade infantil. Contudo houve muita resistência dos médicos e da sociedade
em geral, já que era uma época vitoriana na qual a sociedade vivia um puritanismo e as
crianças eram vistas como totalmente inocentes.
Freud concluiu que o corpo da criança era erotizado, que elas passavam por fases psicossexuais
a partir de excitações localizadas no corpo, e que iam evoluindo progressivamente no
desenvolvimento. Nessas fases, a libido circula pelo corpo, concentrando-se mais fortemente
nas zonas erógenas respectivas de cada fase. Freud postula as fases psicossexuais do
desenvolvimento, divididas em cinco, conforme tabela abaixo:

FASE IDADE ÁREA DE EROTIZAÇÃO CARACTERÍSTICAS


Oral 0 -1,5 anos Boca, língua, lábios. Amamentação, chupeta, chupar dedo
Anal 1,5 a 3 anos Esfíncteres (principalmente o ânus) Aprender a usar banheiro, controlar xixi e cocô
Fálica 3 a 7 anos Órgão sexual Despertar para diferenças sexuais. Vivência edípica.
Latência 7 a 11/12 anos Não está numa parte do corpo. Fazer esportes e valoração da aprendizagem
A libido se dirige para educação e socialização
Genital 11/12 Uma outra pessoa Escolha de objeto de desejo. Vivência sexual mais ampla.
anos em diante

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Vamos destacar a vivência do complexo de Édipo, na fase fálica. É um complexo central
e estruturante para a psicanálise. Nossa forma de ser no mundo se define a partir da
vivência edípica. Mas isso é uma longa história e de grande complexidade. Interessa
essencialmente aos que trabalham com a clínica psicanalítica, mas, se você quiser ler mais
sobre isso, sugiro o livro de Nazio, Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa.
De maneira bem geral, a essência do édipo se dá pela rivalidade e amor com os pais. A
criança rivaliza com um dos pais do mesmo sexo dela e ama o de sexo oposto.

Para completarmos alguns conceitos básicos da psicanálise, falaremos de mecanismos


de defesa e transferência. Os mecanismos de defesa são ações psicológicas que têm
o objetivo de proteger a integridade do ego, seja de vivências do mundo interno seja
do externo. Os mecanismos de defesa são acionados, quando percebemos algo como
desprazeroso, constrangedor, desorganizador ou doloroso. Para evitar este desprazer,
modificamos, deformamos ou suprimimos a realidade (vivência desagradável).
São vários os mecanismos que o indivíduo pode usar, como, por exemplo:
• Racionalização: processo pelo qual o indivíduo apresenta uma justificativa
para uma ação, constrói uma argumentação intelectualmente convincente e
aceitável. Não é uma mentira, mas uma tentativa de camuflar o verdadeiro
fundamento. Por exemplo, uma pessoa não consegue obter resultados suficientes
para entrar em uma universidade escolhida, diz que não queria mesmo ir para lá
e cria defeitos para a universidade.
• Formação reativa: um mecanismo caracterizado pela aderência a um
pensamento contrário àquele que foi, de alguma forma, recalcado. O ego
procura afastar o desejo que vai em determinada direção. O indivíduo adota
uma atitude oposta a este desejo. O que aparece (a atitude) visa esconder do
próprio indivíduo suas verdadeiras motivações (o desejo), para preservá-lo de
uma descoberta acerca de si mesmo que poderia ser bastante dolorosa. É o caso
da mãe que superprotege o filho do qual tem muita raiva, porque atribui a ele
muitas de suas dificuldades pessoais; ou de uma pessoa com comportamentos
homofóbicos, que, na verdade, sente-se atraído por pessoas do mesmo sexo.
Para muitas dessas pessoas, pode ser aterrador admitir seus desejos.
• Projeção: um mecanismo de uso frequente e perceptível na vida cotidiana.
O indivíduo projeta algo de si no mundo externo e não percebe aquilo que foi
projetado como algo seu, porque considera indesejável. Um exemplo é o jovem
que critica os colegas por serem invejosos e não se dá conta de que ele é que
pode ser, às vezes até mais que os colegas.
* Já a transferência diz dos sentimentos do paciente em relação ao psicanalista,
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dentro de uma situação de análise. A ideia é de que o paciente transfere para
o psicanalista sentimentos relacionados a suas figuras parentais (pai e mãe),
revive em análise esses sentimentos e o analista vai interpretá-los. É do universo
fantasioso da criança que brotam os afetos transferidos para o psicanalista. É
importante lembrar que a relação do psicanalista com o paciente é uma via
de mão dupla, então, também, há sentimentos do psicanalista em relação ao
paciente, que Freud chamou de contratransferência.
Essa ideia de transferência e contratransferência é importante para compreender alguns afetos
que serão dirigidos do aluno para o educador e vice versa. Vale ressaltar que o educador
representa, assim como os pais, uma figura de autoridade. Vamos, então, compreender
algumas contribuições da psicanálise para a educação e suas relações com ela.

9. CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE
PARA A EDUCAÇÃO

Apesar de mais de um século de existência, a Psicanálise ainda sofre com estereótipos,


sendo associada a elitismo, divã e clínica. Porém a teoria psicanalítica já é aplicada a
tantos outros espaços e práticas, tais como no meio jurídico, no tratamento contra o uso
de drogas, em transtornos alimentares, psicossociais e na escola. Aqui, nosso objetivo é
pensar sobre a psicanálise na escola, mais especificamente na relação educador-aluno,
embora não tenha sido esse o objetivo de Freud. Eis o desafio!
Conforme falamos anteriormente, para a teoria psicanalítica as nossas relações são
influenciadas por energias psíquicas desconhecidas, oriundas do inconsciente. Assim
grande parte de nossos motivos e desejos conscientes são simulacros do que está no
inconsciente. Então, como ver a relação educador-aluno? Parece uma pergunta simples
de resposta óbvia, já que muitos pensam que o educador está para transmitir conteúdos
e os alunos para recebe-los. Veremos que, para a psicanálise, a relação pedagógica está
para além de um bom planejamento e de um método satisfatório de ensino, podendo não
serem eles o mais importante, pois, no ato de educar, os ensinamentos psicanalíticos nos
mostram um mundo complexo e subjetivo na relação educador aluno, cada um sendo
influenciado pelo oculto do outro.
O educador que reconhece e aceita a teoria psicanalítica está atento ao que pode ser
desvelado dos desejos escondidos, indo além das questões conscientes e da intenção de
ministrar uma boa aula, tecnicamente falando. O educador entende que o conhecimento está
permeado pelo desejo e que os fenômenos de sala de aula são bem mais humanos do que
técnicos. Assim, a psicanálise abre caminho para a compreensão do outro, para a busca de
18
boas relações (consigo mesmo e com os outros) e para uma experiência mais humanizadora.
Sabemos que a psicanálise foi criada como proposta clínica para tratamento de neuroses
e não pretendemos colocar o educador no lugar de psicanalista ou psicoterapeuta. São
lugares bem diferentes. O educador não é formado para analisar pessoas, não está na
escola para isso nem é sua competência, mas ter conhecimento de alguns conceitos
da psicanálise auxilia na compreensão de alguns afetos que são dirigidos dos alunos ao
educador, o que chamamos anteriormente de transferência.
Os afetos dirigidos ao educador, de amor ou ódio, podem ser considerados transferenciais,
ou seja, estarem relacionados aos conteúdos recalcados e presentes no inconsciente. Vale
lembrar que os afetos dirigidos do educador ao aluno também podem ser transferenciais,
ou para diferenciar, contratransferenciais. Não se pretende transformar o educador num
curador de neuroses, mas numa pessoa ciente de que o processo ensino-aprendizagem
vai além dos aspectos objetivos (métodos e técnicas).
A Psicanálise não oferece cartilhas de comportamento e procedimentos eficientes, não
oferece fórmulas ou certezas; o que ela pode sugerir é uma ética que encaminha o
educador no reconhecimento das limitações do processo pedagógico e possibilitar tornar-
se uma pessoa menos focada em suas verdades objetivas, seus valores morais, sua ordem
e imposição de ponto de vista, ou seja, reconhecer que não é o mestre uma autoridade
suprema que jamais pode ser questionada. A relação do educador com o aluno está
baseada na compreensão de que a aprendizagem, a aquisição do saber ocorre porque
está relacionada a questões inconscientes e que a falha nesse processo se deve muito a
fenômenos interpessoais e não apenas a questões como conteúdo ou metodologia.
Assim, o educador orientado psicanaliticamente dispõe de saberes que lhe permitem
ao menos supor o que se passa com seus alunos em cada fase do desenvolvimento, ou
seja, um panorama da vida psíquica deles. Aqui é interessante salientar que, de maneira
geral, uma criança vai para escola por volta de 2 anos e, nesse momento, o ego já tem
traços fundamentais formados . O educador não forma a personalidade do aluno, mas
pode contribuir com experiências frustradoras ou não. Por exemplo, um aluno que tem
autoimagem negativa e o educador faz críticas a sua forma de ser, estará contribuindo
negativamente para maximizar essa imagem negativa que o aluno faz de si mesmo. Nesse
sentido, o educador deve ser um possibilitador de diálogo que favoreça o respeito, a
distância necessária, a autonomia e a oportunidade do equilíbrio.
A partir do exposto, percebemos que, na psicanálise, a educação envolve o
investimento da libido nos processos de aprendizagem e a compreensão das questões
transferenciais, envolvidas na relação educador-aluno. Para Freud, não há possibilidade
de viver coletivamente se não aprendermos sentimentos de solidariedade, fraternidade
e cooperação, na família, na escola e/ou na sociedade. Entretanto isso não é fácil, pois
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exige uma postura menos repressiva e castradora do educador, que vai incentivar o aluno
a ser criativo e proativo, ou seja, uma tarefa difícil em equacionar liberdade e autoridade.

RESUMO

O behaviorismo oferece uma base teórica e técnica bem eficiente no tocante a previsão
e controle, com a vantagem da simplicidade, se comparado à psicanálise. Seria mais
simples para explicar e controlar a ação humana e, particularmente na escola, o
comportamento de alunos e educadores. O behaviorismo expressa uma mentalidade
que visa à racionalização de procedimentos, à eficiência e à ênfase em resultados.
Os críticos do behaviorismo dizem que é uma teoria simplista e deixa de lado a riqueza da
complexidade humana. Criticam que se utilizam de animais inferiores aos humanos e suas
situações de aprendizagens são simples. Já seus defensores dizem que teorias sofisticadas
como a psicanálise geram boas ideias literárias, mas pouco resultado prático.
A Psicanálise oferece contribuições para o entendimento das questões menos
metodológicas e mais relacionais, portanto é um referencial de compreensão do ser
humano. A psicanálise não se fundamenta em procedimentos, métodos e técnicas de
ação pedagógica e sim, numa relação permeada pelo desejo, inclusive no desejo em
aprender.

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