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U N I D A D E 4
OBJETIVOS | UNIDADE 4
Fonte: Pixabay.
A teoria comportamental trabalha com modificações
de comportamento utilizando técnicas próprias.
Especialmente utilizada quando é necessário clarificar,
estabelecer limites, extinguir comportamentos
inadequados ou para desenvolver comportamentos
novos. Geralmente suas técnicas, de forte impacto,
são utilizadas juntamente com outras abordagens
complementares.
Fonte: Pixabay.
WATSON – O PAI DO BEHAVIORISMO
Fonte: wikipedia
PONTOS FUNDAMENTAIS
NO PENSAMENTO DE WATSON
Rejeição a introspecção: Watson acreditava que a introspecção era uma fonte insatisfatória de
dados e que a ciência deveria lidar apenas com fatos acessíveis a todos;
Maior crença no ambiente que na hereditariedade: no pensamento de Watson fatores objetivos
eram predominantes em detrimento daquilo que era subjetivo. Assim, priorizava aquilo que
poderia ser aprendido através dos sentidos e da observação;
Crença de que o efeito do ambiente na aprendizagem ocorre através de condicionamento de
reflexos: assim não seria necessário recorrer às faculdades não observáveis para explicar
comportamentos de homens e animais.
APRENDIZAGEM POR
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
Pavlov foi o primeiro que desenvolveu uma teoria sobre o condicionamento do comportamento, a qual poderia
ser aplicada – teoricamente – a qualquer contexto;
Pavlov descobriu então que, associando um estímulo neutro (S2), como o som de uma sineta, antes do
estímulo incondicionado, os cães já começavam a salivar. É o que chamamos de condicionamento. Um som é
apresentado logo antes do EI (alimento). Os dois estímulos são então associados, gerando assim uma resposta;
Depois do processo de condicionamento os cães passaram a salivar assim que ouviam a sineta. O som passou a
ser um Estímulo Condicionado (S2) e a salivação uma Resposta Condicionada (R2).
ESQUEMA DE
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
S1: Estimulo Incondicionado
S1 ➔ R 1 S2 ➔ R 2
Reflexo Inato Reflexo Aprendido
A TEORIA DE SKINNER
Fonte: wikipedia
A TEORIA DE SKINNER
Skinner ressalta que o homem não controla o
ambiente, contudo, ele também não é uma
vítima do mesmo. O homem é controlado por Sa R Sc
um ambiente que ele ajuda a construir. Deste
modo, os estímulos (Sa) que vem do ambiente
geram respostas (R) no homem que, por sua
vez, devolve uma resposta (Sc) ao ambiente.
Podemos fazer o seguinte esquema:
Estimulo Ambiental Resposta Estimulo Consequente
APRENDIZAGEM POR CONDICIONAMENTO
OPERANTE
É chamado de condicionamento Operante
porque opera no ambiente, produzindo uma
consequência.
A pesquisa sobre o comportamento e suas
consequências teve início com Thorndike e sua
caixa enigmática. Nos seus estudos com a caixa,
Thorndike desenvolveu a Lei do Efeito: qualquer
comportamento que resulte em consequência
satisfatória tende a ser repetido e qualquer
comportamento que resulte em consequência
insatisfatória tende a não ser repetido.
Fonte: Wikipedia.
SKINNER, NA DÉCADA DE 30,
REDEFINIU OS TERMOS DE THORNDIKE
Positivo Negativo
Fonte: Wikipedia.
TEORIA PSICANALÍTICA
A libido é uma energia afetiva original, que mobiliza o organismo na direção de seus objetivos.
Ela sofre progressivas organizações durante o desenvolvimento, cada uma suportada por uma
organização biológica. Cada nova organização da libido é apoiada em uma zona erógena corporal
e caracteriza uma fase de desenvolvimento.
Ao organizar-se em torno das zonas erógenas definidas, a libido caracteriza as fases do
desenvolvimento infantil: fase oral, fase anal e a fase fálica. Há também um período
intermediário, sem novas organizações, antes da fase final, é o chamado período de latência. Por
fim, há a fase genital que é uma organização adulta.
FASES ORAIS DO DESENVOLVIMENTO
Ao nascer, a estrutura sensorial mais desenvolvida é a boca.
Neste momento a libido está organizada em torno da zona erógena oral e a modalidade de relação
oral é a incorporação.
Freud percebe que, além da necessidade de alimentação, a criança sente prazer no ato de mamar.
O prazer oral é uma modalidade que se estabelece paralelamente ao prazer de se alimentar, mas
que se separa dele. Este vínculo de prazer inicial será a base de futuras ligações afetivas.
FASES ANAL DO DESENVOLVIMENTO
No segundo e terceiro ano, o controle muscular e a organização psicomotora estão em
maturação. É o período que se inicia ao andar, ao falar e que se estabelece o controle dos
esfíncteres. No início do segundo ano de vida, a libido passa da organização oral para a anal.
O período é denominado fase anal, pois a libido organiza-se sobre a zona erógena anal. A
fantasia básica será ligada aos primeiros produtos, principalmente ao valor simbólico das
fezes. Duas modalidades de relação serão estabelecidas: a projeção e o controle.
FASES FÁLICAS DO DESENVOLVIMENTO
No terceiro ano de vida, a libido se organiza novamente e agora a erotização passa a ser dirigida
aos genitais. Há um interesse infantil por eles, a masturbação torna-se frequente e normal, surge
a preocupação com as diferenças entre meninos e meninas.
Nesta fase a fantasia básica é fálica e a tarefa deste momento é organizar os modelos de relação
entre o homem e a mulher.
A libido está organizada em torno da zona erógena genital, mas configurada pela fantasia fálica. Há
um acúmulo de tensão e de energia que deve ser descarregada na sensação de prazer. A descarga
de energia, neste caso energia sexual, implica na busca por um objeto, nesse caso um elemento
do sexo oposto.
Nesta fase ocorre o que Freud denominou de “Complexo de Édipo”.
PERÍODO DE LATÊNCIA E FASE GENITAL
Com a repressão que ocorre no Édipo, a energia libidinal desloca-se para outros objetivos
que não sexuais. O período de latência caracteriza-se pela canalização das energias sexuais
para o desenvolvimento social. Não há uma nova organização de zona erógena, nem de
fantasias básicas, nem de novas modalidades de relações objetais.
A sexualidade permanece reprimida até sua eclosão na puberdade.
Alcançar a fase genital constitui, para a psicanálise, o pleno desenvolvimento do adulto
normal. As adaptações biológicas e psicológicas foram realizadas. Agora é a hora das
realizações.
PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO
Freud afirma que não contribui com a educação a partir de sua teoria psicanalítica. Mas é
possível identificar alguma referência à educação em seus textos.
Outros aspectos também são importantes de serem mencionados, sob a ótica da
psicanálise, a respeito da relação professor aluno.
Sabemos que para a criança o professor é um substituto paterno. Assim, o professor pode
abrir o caminho para a aprendizagem ou pode bloquear o caminho. O papel da
transferência na relação criança-professor é fundamental.
A identificação com o professor é de maior importância ao desenvolvimento da
personalidade e para a aprendizagem intelectual. Além disso, as fantasias das crianças são
expressadas no brincar e no falar, o professor pode, desde a pré-escola, ser orientado para
lidar com elas.
APRENDIZAGEM NA ADOLESCÊNCIA
Seja na infância ou na adolescência, os autores das teorias mencionadas (Behaviorismo, Humanismo
e Psicanálise) não diferenciam muito. Alguns aspectos, porém, devem ser ressaltados no período da
adolescência como fatores que podem alterar o rendimento escolar – por exemplo, a ansiedade e o
estresse.
O rendimento escolar pode ser definido como as modificações no indivíduo, que são proporcionadas
pela aprendizagem, e a capacidade de recorrer a sua estrutura cognitiva para ultrapassar as
dificuldades e solucionar problemas. O rendimento é medido por notas ou conceitos que apontam
para o aproveitamento ou não da situação de ensino e aprendizagem.
O desempenho escolar pode ser afetado por diversos fatores. Externos, como a escola e a família.
Também internos, como autoconceito acadêmico, motivação, ansiedade e outros.
Depois da família, a escola tem sido percebida como um local ideal para a construção de
novas maneiras de compreender a sociedade e de construir novos hábitos, incluindo
aqui novos hábitos de saúde.
A saúde psicológica é diretamente ligada à saúde física de um sujeito.
Levando em consideração que a aprendizagem se dá num meio social – a escola –,
através da relação entre professor-aluno e aluno-aluno, a qualidade dessa aprendizagem
fica comprometida.
ESTRESSE E ESTRATÉGIAS DE RESILIÊNCIA
Um evento estressor é caracterizado como um estímulo que ameaça o organismo, gerando
consequências que podem ser físicas ou psicológicas. Podemos facilmente identificar como
evento estressor a morte de alguém, um acidente, uma violência, uma doença física entre
outros.
Contudo, episódios diários menores, eventos corriqueiros como pequenas frustrações,
demandas irritantes, coisas que acontecem no dia-a-dia são situações que podem causar
prejuízos e ser igualmente nocivas.
O estresse provoca mudanças na vida do indivíduo; mudanças biológicas e psicológicas. A
resposta corporal, em termos neurobiológicos, é uma ativação do sistema nervoso simpático
e da hipófise, glândulas necessárias para o gerenciamento das emoções e por manter a
homeostase. Já as respostas psicológicas são várias e também relativas. Cada indivíduo reage
de uma forma diante de um evento estressor.
Mas em geral, elas envolvem: cansaço, confusão mental, dificuldade de concentração,
prejuízo na memória, queda de produtividade, irritabilidade, agressividade, apatia, queda de
autoestima, desgaste, isolamento, falta de energia, baixo rendimento escolar,
comportamento hiperativo, hipersensibilidade emotiva, além de depressão e outras
psicopatologias.
Alguns autores têm sugerido a resiliência e o uso de estratégias de coping como forma de
enfrentamento desses eventos estressores.
As estratégias de coping são recursos cognitivos, emocionais e comportamentais
orientados à redução do estresse em situações adversas. A estratégia a ser empregada em
tal situação depende da avaliação que o indivíduo faz da mesma.
A ANSIEDADE NA SALA DE AULA
Ansiedade pode ser caracterizada como uma sensação de perigo iminente, aliada a uma atitude de
expectativa, que provoca uma perturbação mais ou menos profunda. Também pode manifestar-se
como um sentimento avassalador de medo de tudo que está relacionado ao contexto escolar ou a
certas situações escolares, determinadas disciplinas, professores, situações de avaliação, colegas,
entre outros.
A ansiedade, diante de avaliações, tem sido uma preocupação dos educadores, considerando
que tende a aumentar junto ao avançar da escolaridade, gerando um padrão motivacional
disfuncional que prejudica o desempenho acadêmico dos alunos. Visto que a situação de
avaliação escolar é um mal necessário, cabe aos professores, a escola e a família auxiliar esse
aluno a lidar de forma mais funcional com situações ansiógenas.
Vários fatores podem contribuir para o desenvolvimento da ansiedade. Fatores
comuns relacionados ao ambiente familiar são: pais excessivamente críticos,
constantes comparações e alto nível de exigência quanto a realização do filho.
Fatores mais comuns relacionados ao ambiente escolar são: criar expectativas não
realistas com relação ao desempenho de seus alunos, promover um clima de
pressão para realização das tarefas, comparação entre os alunos, sistema de
avaliação rígido e ameaçador, clima de competição. O surgimento da ansiedade
também está associado a capacidade da criança ou adolescente interpretar seu
desempenho escolar, em relação a sua turma e ao seu próprio desempenho
anterior.
Teóricos da psicologia cognitiva acreditam que alunos ansiosos têm hábitos de estudos
deficientes, apresentam dificuldade de organizar o material e não processam a informação
adequadamente; isso retroalimenta o ciclo da ansiedade. Como resposta, hábitos efetivos de
estudos capacitam os alunos a organizarem tarefas de modo que elas exijam menos
capacidade cognitiva do que seria necessário. Alimentando, assim, bons hábitos de estudos,
gerando motivação e diminuindo a ansiedade.
A hipótese é que a alta ansiedade tende a aumentar as demandas feitas na capacidade
cognitiva, enquanto que hábitos apropriados de estudos e estratégias efetivas para realização
de provas capacitam o aluno altamente ansioso a lidar mais apropriadamente com as
demandas da tarefa.
Há alguns procedimentos que o professor pode adotar em sala de aula a fim de prevenir o
desenvolvimento da ansiedade. Esclarecer a finalidade da avaliação; atenuar a pressão do tempo
na realização de avaliações; informar os alunos quanto a forma de avaliação; fornecer instruções
sobre o tempo; minimizar o uso de comparações em sala de aula; evitar que alunos ansiosos
tenham que se expor em sala de aula; avaliar de várias maneiras diferentes, não só por testes e
provas; ressaltar os pontos fortes de seus alunos e auxiliar na superação das dificuldades. Essas
são práticas importantes e de fácil uso para o professor, que contribuem para a prevenção da
ansiedade em sala de aula.
OBRIGADA!