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RECIFE, 2023
Introdução
O termo “Behaviorismo” se origina do termo em inglês “Behavior”, que significa
“comportamento”. O Behaviorismo, também chamado de Psicologia
Comportamental, é uma teoria que estuda a psicologia através da observação do
comportamento humano. Essa escola da psicologia foi fundada por John Watson
baseada na crença de que os comportamentos podem ser medidos, treinados e
mudados.
O Behaviorismo, para seus teóricos, tem como ideia principal que é provável
uma ciência do comportamento. Essa ciência do comportamento veio a ser
chamada de análise comportamental e se dá a partir da utilização de um método,
buscando objetivos, princípios e técnicas de pesquisa para um resultado mais
concreto na análise da compreensão do sujeito através do seu comportamento.O
estudo desta abordagem é restrita às reações que se dão através de diversos e
variados estímulos externos, ou seja, só é possível considerar e proceder sobre o
que é cientificamente observável. Devido ao seu foco no comportamento e pela
ausência de conhecimento sobre o neurológico, havia pouca compreensão sobre as
funções do intelecto.
"Deem-me uma dúzia de crianças saudáveis, bem formadas, e um ambiente
para criá-las que eu próprio especificarei, e eu garanto que, tomando qualquer
uma delas ao acaso, prepará-la-ei para tornar-se qualquer tipo de especialista
que eu selecione - um médico, advogado, artista, comerciante e, sim, até um
pedinte e ladrão, independentemente dos seus talentos, pendores, tendências,
aptidões, vocações e raça de seus ancestrais"
- John Watson, Behaviorismo (1930)
Simplificando, os behavioristas rigorosos acreditavam que qualquer pessoa poderia
ser treinada para agir de um modo particular, dado condicionamento correto. Essa
perspectiva da psicologia teve como precedentes nomes como Vladimir Bechterev,
primeiro a propor uma psicologia cuja pesquisa se baseava no comportamento, e
Ivan Pavlov, responsável pelo condicionamento clássico.
Enxerga-se o indivíduo dentro desta perspectiva através de suas ações e que
essas resultam de condicionamentos e experiências já vivenciadas por ele, tendo
esse comportamento como foco indica que essa relação faz com que o sujeito tenha
ações decorrentes de algo já aprendido ou vivido antes, compreendido a partir do
estímulo-resposta.
O estadunidense John B. Watson foi o primeiro psicólogo a utilizar o termo
behaviorismo, em 1913 publica o artigo Psychology as the Behaviorist views it. (“A
psicologia como o behaviorista a vê”). Esse comportamento surge a partir de um
estímulo presente no ambiente externo ao indivíduo, ou seja, os estímulos
ambientais são as causas dos comportamentos. É uma Psicologia
estímulo-resposta (S-R). Watson não negava a existência da mente ou de
processos cognitivos, mas afastava-se deles, pois não havia como estudá-los, uma
vez que são eventos inacessíveis à observação.
Tipos de behaviorismo
Behaviorismo clássico:
Watson defendia uma psicologia objetiva, onde não nega a existência da mente,
mas deixa de lado a opção de tê-la como objeto de estudo e adota apenas o
comportamento como objeto de estudo, observando os comportamentos que os
sentidos sensoriais podem perceber.
Behaviorismo radical:
A publicação do livro Science and Human Behavior por B. F. Skinner em 1953
inaugura essa vertente comportamentalista chamada de radical. Em linhas gerais,
enquanto para Watson a compreensão da realidade se dava por meio de consenso
social, como na frase “a verdade é observável à todos”, Skinner baseia suas
pesquisas nas respostas que o indivíduo analisado apresenta. Ou seja, o que o
indivíduo diz ou responde deve ser analisado individualmente. Passa-se para o
paradigma S → R → C
Estímulo → Comportamento → Consequência (Reforço ou Punição)
O condicionamento respondente:
Também conhecido como comportamento reflexo, é o tipo de ação que chamamos
de involuntária e inclui as respostas que são produzidas por modificações especiais
de estímulos do ambiente. Ou seja, são atitudes e reações que executamos sem o
nosso próprio controle e de forma automática.
Exemplo:
1. Quando a pupila dos olhos se contraem ou se dilatam;
2. Sempre que derramamos lágrimas quando descascamos cebolas;
3. Quando o frio faz arrepiar a pele;
4. Quando a boca enche de água para degustar um alimento.
Condicionamento Operante:
É como um complemento do condicionamento respondente. Essa forma de
aprendizagem desenvolvida por Skinner, acredita que uma forma de aprender está
relacionada com a recompensa para se ter um comportamento esperado, sendo um
meio que premia esse sujeito até que passe a ligar essa ação à falta de algo.
Exemplo:
1. Um rato de laboratório pressiona um botão azul, ele recebe uma bolinha de
comida como recompensa, mas quando ele aperta o botão vermelho ele leva
um choque.
2. Tocar um instrumento é um exemplo de um comportamento operante que tem
efeito sobre o mundo. (Psicologias, p.61)
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Aria de Lourdes Trassi.
Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13ª edição. São Paulo:
Saraiva, 1999.