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Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 – ISBN 978-85-99643-11-2

REDUÇÃO DE COMPORTAMENTOS ABERRANTES EM CRIANÇAS COM


DEFICIÊNCIA MENTAL SEVERA OU MÚLTIPLA UTILIZANDO O
PROCEDIMENTO DE REFORÇAMENTO DIFERENCIAL DE OUTROS
COMPORTAMENTOS (DRO)

Silvia Aparecida Fornazari


Lídia Mian Librazi
Suelen Barbosa Nascimento
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO – Lins/SP

RESUMO

O presente trabalho ocorreu em um hospital psiquiátrico na cidade de Lins/SP, no núcleo de


reabilitação neuro infanto juvenil, que atende crianças e adolescentes com seqüelas de
paralisia cerebral e com distúrbios neurológicos, sendo em sua maioria classificados como
pessoas com deficiência mental severa ou múltipla. O objetivo geral foi reduzir
comportamentos aberrantes que ocorriam durante sessões de estimulação sensorial e
perceptual oferecidas a essas crianças. O trabalho foi realizado com doze crianças, com
atendimentos de trinta minutos, duas vezes por semana. Os comportamentos aberrantes
apresentados dificultavam os atendimentos e, geralmente, impossibilitavam sua continuidade.
O procedimento consistiu na utilização do DRO, que foi selecionado considerando o
repertório comportamental bastante limitado dos participantes, e visando ampliar esse
repertório. Quando a criança apresentava comportamentos aberrantes, esses eram colocados
em extinção e outros comportamentos reforçados. Como resultado pôde-se observar uma
melhora na interação entre as crianças e as estagiárias de psicologia, além de uma melhora na
interação com os objetos, o que demonstra um aumento do repertório comportamental
adequado das crianças atendidas. O DRO possibilitou uma discriminação entre ambientes por
parte das crianças, que passaram a se comportar de modo mais adequado durante os
atendimentos, tornando-os efetivos.

Palavras-chave: Comportamentos aberrantes, Reforçamento Diferencial de Outros


Comportamentos, Deficiência Mental Severa ou Múltipla.

INTRODUÇÃO
O presente trabalho surgiu da realização de Estágio de Núcleo Básico, no curso de Psicologia,
que ocorreu em um hospital psiquiátrico na cidade de Lins/SP, no núcleo de reabilitação
neuro infanto juvenil, com capacidade para cento e cinco leitos, que atende crianças e
adolescentes de ambos os sexos, com seqüelas de paralisia cerebral e com distúrbios
neurológicos, sendo em sua maioria classificados como pessoas com deficiência mental
severa ou múltipla.
Tal população, ou seja, pessoas com deficiência mental severa, profunda ou múltipla,
apresentam problemas de comportamento desde sua infância e, nem sempre esses
comportamentos são submetidos a controle efetivo. Tais comportamentos dificultam sua
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interação com a sociedade e seu convívio familiar tende a ficar difícil pelo fato das pessoas ao
seu redor não saberem o que fazer quando essas pessoas emitem comportamentos aberrantes.
Comportamentos aberrantes são comportamentos indesejados e que contribuem para a
estigmatização social da pessoa com deficiência mental severa ou múltipla (FORNAZARI,
2000).
De acordo com Saunders e Saunders (1994), citados por Fornazari (2005), dentre os
comportamentos aberrantes freqüentemente exibidos por indivíduos com deficiência mental,
encontram-se estereotipias, comportamentos autolesivos, e agressões, que são algumas vezes
referidos também como comportamentos mal adaptados. Os comportamentos aberrantes
podem causar condições médicas sérias, isolamento social, problemas com cuidados pessoais
e educação, além de dificuldades na comunidade em que vivem.
“Estereotipias são comportamentos repetitivos que ocorrem em alta freqüência e não parecem
ter qualquer função adaptativa” (SCHROEDER, 1970). Respostas específicas variam de
indivíduo para indivíduo e podem incluir movimentos complexos de mãos e dedos, balançar o
corpo, movimentos “em ondas” da cabeça e movimentar objetos imaginários. Esses
comportamentos também são chamados de comportamentos de auto-estimulação, o que
implica que a função do comportamento de estereotipia é prover auto-estimulação para o
indivíduo que o emite (WHITMAN, SCIBAK E REID, 1983). A interação entre o ambiente e
o comportamento também poderia atuar sobre a funcionalidade do comportamento de
estereotipia. Sob esse ponto de vista, o comportamento seria mantido pelas conseqüências
ambientais que sua ocorrência causaria. Outra hipótese seria a de que a estereotipia refletiria
não mais do que modelos de comportamentos supersticiosos, que teriam sido ocasionalmente
modelados e mantidos por reforçamento intermitente (SPRADLIN; GIRARDEAU, 1966
citados por FORNAZARI,2005).
Respostas estereotipadas chamam a atenção devido à sua natureza “bizarra”, mas
geralmente estes comportamentos não causam qualquer prejuízo para o
indivíduo,entretanto atrapalham esforços em educar e treinar os indivíduos que os
emitem. (FORNAZARI, 2005, p.14)

Podemos definir comportamentos autolesivos como comportamentos que produzem lesões no


próprio corpo do indivíduo que os emite e podem ser vistos como uma forma de estereotipia,
ocorrendo em alta freqüência. Diferentemente dos comportamentos estereotipados, os
autolesivos podem resultar em danos permanentes ou até em morte do indivíduo que os emite.
Bater a cabeça, morder e arranhar são as formas mais comuns de comportamentos autolesivos
e cerca de 50% dos indivíduos com tais comportamentos apresentam formas múltiplas dos
comportamentos citados (SCHROEDER; MULICK; ROJAHN, 1980). Assim como os
comportamentos estereotipados, comportamentos autolesivos poderiam servir como
estimulação, uma vez que são mais freqüentes em ambientes com pouca estimulação do que
em ambientes que proporcionem maior estimulação (WHITMAN, et al., 1983). Outro ponto
de vista sugere que comportamentos autolesivos são aprendidos e têm duas possíveis
explicações: fuga de eventos aversivos ou obtenção de reforçadores sociais, como atenção
(BACHMAN, 1972). Ainda existem pesquisadores que consideram a possibilidade de uma
base orgânica (LESCH; NYHAN, 1964, citados por WHITMAN, et al., 1983).
A agressão é definida como qualquer comportamento que tenha a função de machucar,
lesar ou destruir (BARON; BYRNE; GRIFFITT, 1974), e “birras” geralmente se
referem a uma combinação de comportamentos como chorar, gritar, jogar objetos,
atacar pessoas e agressão autodirigida, como nos comportamentos autolesivos
(GARDNER,1978).(FORNAZARI, 2005, p. 14)
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Considerando os comportamentos aberrantes, em uma revisão sistemática da literatura,


Whitman e Scibak (1981) incluíram comportamentos inapropriados como vomitar, ruminar,
roubar objetos, engolir objetos, agressões, “birras”, retirar a roupa em público e masturbação
em público. Assim como comportamentos de estereotipia e autolesivos, estes comportamentos
podem ter implicações negativas para os indivíduos que os emitem.
Não podemos desconsiderar que os comportamentos aberrantes, de uma forma ou de outra,
são sempre resultado da história de vida; ou, mais precisamente de acordo com a análise
comportamental, são o resultado da história de reforço e punição das pessoas com deficiência
mental, ou seja, da história de aprendizagem operante de um indivíduo desde o seu
nascimento (BAUM, 1999).
Resulta daí a necessidade de pesquisar procedimentos que possam efetivamente tornar a
pessoa com deficiência menos estigmatizada. No caso da população deste estudo, com
deficiência mental severa ou múltipla considera-se essa necessidade como um desafio maior.
Pesquisadores têm mostrado que as instituições bem pouco sabem como trabalhar nesse
sentido (GOYOS, 1995; MARINS, 1996; FERREIRA, 1997 citados por FORNAZARI,
2005). A Análise Experimental do Comportamento tem trazido grandes contribuições para o
tratamento dos problemas citados.
Vários procedimentos têm sido utilizados para reduzir a freqüência desses comportamentos
aberrantes, entre eles, os procedimentos de reforçamento diferencial. Quatro tipos de
reforçamento diferencial são descritos pela literatura da área: Reforçamento Diferencial de
Outros Comportamentos (DRO), Reforçamento Diferencial de Comportamentos
Incompatíveis (DRI), Reforçamento Diferencial de Baixos Índices de Comportamentos
(DRL) e o Reforçamento Diferencial de Comportamentos Alternativos (DRA).
Segundo Catania (1999), reforço diferencial é o
reforço de algumas respostas, mas não de outras, dependendo das propriedades das
respostas como a intensidade, as propriedades temporais, topográficas ou outras
(incluindo os estímulos na presença dos quais elas são emitidas); o reforço diferencial
define as classes operantes. Quando a proporção de respostas dentro dos limites da
classe operante aumenta como resultado do reforço diferencial, o responder é
denominado diferenciado. (CATANIA, 1999, p. 418 – 419)

Esquemas de reforço diferencial, especialmente, quando os reforçadores dependem do


espaçamento temporal das respostas. As contingências podem ser baseadas em
intervalos entre as respostas (interresponse times ou IRTs), taxas de respostas ou
períodos sem respostas. Esses esquemas geralmente são programados para o responder
operante livre, mas também podem ser programados em tentativas discretas.
.(CATANIA, 1999, p.401)

No presente trabalho optamos por utilizar o Reforçamento Diferencial de Outros


Comportamentos (DRO), considerando prioritariamente o repertório essencialmente limitado
apresentado pela clientela atendida. A utilização de tal procedimento cria a possibilidade de
extinguir o comportamento aberrante e reforçar qualquer comportamento adequado,
aumentando assim, o repertório comportamental das crianças, e portanto qualquer
comportamento que não fosse inadequado, assim como andar ou se movimentar pela sala,
brincar ou interagir com objetos e estagiárias deveria ser reforçado, visando ampliar esse
repertório.

Justificativa
Dentro dos estágios de ENB III e IV, optamos por estar desenvolvendo um trabalho de
estimulação sensorial e perceptual com crianças institucionalizadas em um hospital
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psiquiátrico da cidade de Lins/SP, este interesse surgiu após uma visita na mesma instituição.
Inicialmente nosso objetivo era melhorar, mesmo que singelamente, a qualidade de vida
dessas crianças, através da possibilidade de melhor interação com objetos e/ou pessoas.
Com este objetivo iniciamos um projeto que tinha por objetivo a estimulação sensorial e
perceptual, através de atendimentos individualizados. Contudo, o desenvolvimento do
trabalho esbarrou em um problema: as crianças apresentavam um número bastante grande de
comportamentos aberrantes, e este fator impossibilitava o desenvolvimento dos atendimentos
da maneira planejada.
Com o objetivo de reduzir os comportamentos aberrantes apresentados pela clientela,
desenvolvemos este trabalho ora apresentado, visando possibilitar às crianças, o acesso
efetivo às vantagens oferecidas pelo trabalho de estimulação sensorial e perceptual.
Outra justificativa a ser apresentada trata-se da possibilidade de estabelecer um controle
comportamental sobre tais comportamentos aberrantes. Este fator poderia atuar como
instrumento no trabalho de profissionais de várias áreas do conhecimento, com relação ao
trato com as pessoas que apresentam comportamentos aberrantes em seus repertórios
comportamentais.

Objetivo Geral
Reduzir comportamentos aberrantes que ocorriam durante sessões de estimulação sensorial e
perceptual oferecidas a essas crianças.

Objetivos Específicos
- Proporcionar um ambiente estimulante a essas pessoas;
- Compreender suas necessidades participando de seu cotidiano;
- Contribuir para a redução da sua estigmatização social.

MÉTODO

Participantes
O trabalho foi realizado com doze crianças do núcleo citado, com atendimentos de trinta
minutos, duas vezes por semana.

Tabela 1 – Descrição dos participantes de acordo com idade, etiologia e diagnóstico.

Participante1 Idade Etiologia Diagnóstico

Rafael 6 anos Hidrocefalia Deficiência Mental Moderada CID


F 72.1
Bárbara 7 anos Não Especificada Deficiência Mental CID F72.0 E
Esquizofrenia
João 7 anos Microcefalia CID F 06.8 Deficiência Mental Grave F 72.0
Diego 7 anos Microcefalia Mais Tetraplégia, Deficiência Deficiência Mental Profunda
Visual Mais Ocnstipação Intestinal Crônica CID F 73.0
Ricardo 7 anos Criança Pré-Termo, Baixo Peso, Paralisia Deficiência Mental Grave CID F
Cerebral 72.0
Raul 8 anos Paralisia Cerebral (Hemiplegia) Deficiência Mental Leve
CID F 70.1
Luana 8 anos Paralisia Cerebral Deficiência Mental Grave Cid F
72.0

1
Os nomes dos participantes são fictícios.
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Gabriela 10 anos Paralisia Cerebral, Desnutrição, Epilepsia, Deficiência Mental Não


Atraso No Desenvolvimento, Microssomia, Identificada CID F 73.0
Raquitismo, Varicela
Bruno 11 anos Diagnóstico De Autismo Não Realizado Deficiência Mental Moderada CID
F 71.0 E F 84.0
Celso 12 anos Não Especificada Deficiência Mental Grave
CID F 72.0
Daniela 17 anos Epilepsia, Paralisia Cerebral Deficiência Mental Grave
CID F 72.0
Gisela 19 anos Paralisia Cerebral Deficiência Mental Grave
CID F 72.0

Local
Hospital psiquiátrico na cidade de Lins/SP, no núcleo de reabilitação neuro infanto juvenil,
com capacidade para cento e cinco leitos, que atende crianças e adolescentes de ambos os
sexos, com seqüelas de paralisia cerebral e com distúrbios neurológicos, sendo em sua
maioria classificados como pessoas com deficiência mental severa ou múltipla.

Procedimento
O trabalho foi realizado com doze crianças do núcleo citado, com atendimentos de trinta
minutos, duas vezes por semana, utilizando brinquedos e brincadeiras que possibilitavam
estimulação sensorial e perceptual, ou seja, com diferentes texturas, cores, tamanhos, sons e
temperaturas.
Quando ocorriam comportamentos aberrantes, era então utilizado o procedimento de DRO,
que consistia em colocar o comportamento aberrante em extinção e reforçar a ocorrência de
qualquer outroc omportamento emitido.

RESULTADOS
Os atendimentos foram realizados no próprio núcleo de reabilitação, nas salas: de psicologia,
terapia ocupacional, estimulação de bebês e fisioterapia. Os materiais utilizados podem ser
considerados de fácil acesso, e disponíveis no nosso cotidiano, tais como, brinquedos e livros
de estimulação tátil, brinquedos de estimulação sonora, fantoches e brinquedos coloridos de
diversas formas e cores para estimulação visual, perfumes para estimulação olfativa, além da
estimulação tátil das estagiárias, e brinquedos levados pelas mesmas, assim, como bolsa de
água quente e fria para complementação das atividades propostas.
Como resultado do uso do procedimento de DRO, pôde-se observar uma melhora na interação
entre as crianças e as estagiárias, além de uma melhora na interação com os objetos, o que
demonstra um aumento do repertório comportamental adequado das crianças atendidas.
Como esperado, os dados revelam que com a introdução do DRO, os comportamentos
aberrantes tiveram um aumento em freqüência, para então serem reduzidos. Esse fato pode ser
compreendido pelos resultados do procedimento de extinção inerente ao procedimento de
DRO, ou seja, o número de comportamentos aberrantes sofreu um acréscimo, para só então
ser efetivamente reduzido.
Sob certas circuntâncias a curva (de extinção) pode ser perturbada por um efeito
emocional. O não-reforço de uma resposta leva não somente a uma extinção operante,
mas também a uma reação comumente denominada frustração ou cólera. (SKINNER,
2003, p. 76-77).

Este procedimento possibilitou uma discriminação por parte das crianças, que passaram a se
comportar de modo mais adequado durante os atendimentos, tornando-os efetivos. Assim, as
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interações estagiárias-crianças foram melhorando a cada atendimento, o que possibilitou


resultados satisfatórios.
Quando o comportamento muda diante da mudança do estímulo discriminativo, os
analistas de comportamento denominam essa regularidade de discriminação. (BAUM,
1999, p.112).

Em outras palavras, seria um erro pensar a discriminação como um evento privado que
precede e então causa a mudança pública no comportamento. Em geral, a discriminação
nunca é um evento privado; a única exceção reside no modo como alguns analistas do
comportamento tratam do autoconhecimento.(BAUM, 1999, p.113).

Ou seja, durante os atendimentos, as crianças puderam comportar-se mais adequadamente,


emitindo um número de comportamentos aberrantes que podia ser manejado pelas estagiárias
e não prejudicando o andamento do atendimento que se referia à estimulação sensorial e
perceptual desenvolvida. Contudo, fora dos atendimentos, os comportamentos aberrantes
persistiam, o que leva ao entendimento de que a ampliação dos procedimentos ora
apresentados aos outros profissionais da instituição, seria de extrema relevância ao
desenvolvimento de seus respectivos atendimentos com a clientela estudada.

DISCUSSÃO

“A probabilidade de uma pessoa responder de determinada maneira por causa de uma história
de reforço operante muda à medida que as contingências mudam.” (SKINNER, 2000, p.52). É
isso que se pode concluir: alterar as contingências ambientais para que conseqüentemente,
modificações pudessem ser obtidas no repertório comportamental das crianças atendidas.
Outro fato que se pode concluir dos dados levantados consiste em que indivíduos com
deficiência mental severa, profunda ou múltipla precisam de atendimento individualizado,
visto que a complexidade dos comportamentos apresentados pelas crianças, e a análise
funcional decorrente dos mesmos, precisa de um estudo e treinamento específicos para um
adequado uso de procedimentos como o DRO.
Esses apontamentos levantam a necessidade de desenvolver um trabalho com os profissionais
que trabalham com pessoas com as características da população ora estudada. Esses
profissionais precisam desenvolver habilidades no manejo dos comportamentos inadequados
de seus pacientes, de forma que possam interagir com eles de maneira adequada. Ainda
considerando a tais profissionais, mas também outros segmentos da sociedade, as expectativas
que podem ser observadas em relação ao papel da família e do professor são também
relevantes.
Concluindo, para futuros trabalhos, seria de extrema relevância estender os efeitos
conseguidos durante os atendimentos para o cotidiano das crianças através do treinamento dos
profissionais, tanto na estimulação sensorial e perceptual, quanto no controle comportamental.
Um trabalho nesse sentido poderia efetivamente trazer melhoria na qualidade de vida da
população ora estudada, assim como a redução do preconceito e da estigmatização social.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BACHMAN, J. A. Self-injurious behavior: A behavioral analysis. Journal of Abnormal


Psychology. n. 80, p. 211-224, 1972.
Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 – ISBN 978-85-99643-11-2

BAUM, W. M. Compreender o Behaviorismo. Ciência, Comportamento e Cultura. Porto


Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda, 1999.

CATANIA, A. C. Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição. 4. ed., Porto


Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

FORNAZARI, S. A. Redução de comportamentos inadequados em portadores de


deficiência mental, no treino para o trabalho. Dissertação de mestrado não publicada,
UFSCAR, São Carlos, SP, 2000.

FORNAZARI, S.A. Comportamentos inadequados e produtividade em pessoas com


deficiência mental ou múltipla em ambiente educacional. Tese de doutorado não
publicada, UNESP -Araraquara, SP, 2005.

SCHROEDER, S. R. Usage of stereotypy as a descriptive term. Psychological Record. n. 20,


p. 337-342, 1970.

_______; MULICK, J. A.; ROJAHN, J. The definition, taxonomy, epidemiology, and ecology
of self-injurious behavior. Journal of Autism and Developmental Disorders. n. 10, p. 417-
432, 1980.

SKINNER, B.F. Ciência e Comportamento Humano. 11 ed., São Paulo:Martins Fontes,


2003

WHITMAN, T. L.; SCIBACK, J. W. Behavior modification research with the mentally


retarded: treatment and research perspectives. In J. L. MATSON; J. R. MCCARTNEY (Eds.),
Handbook of behavior modification with the mentally retarded. New York:Plenum, 1981.

______; _______.; REID, D. H. Behavior modification with the severely and profoundly
retarded - research and application. New York: Academic Press, 1983.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos à estagiária Rachel Sanches Pereira Goulart, que participou da parte


prática deste trabalho e concordou com a utilização dos dados de seus atendimentos para a
confecção deste.
Agradecemos ainda, à instituição na qual o trabalho foi desenvolvido, bem como às
crianças atendidas, pelo quanto nos ensinaram pela simples convivência no dia-a-dia, e
conhecimento que nos proporcionaram construir.

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