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Fundação Visconde de Cairu

Disciplina: Psicologia Social


Orientador(a): Elisângela Souza
Equipe: Carol / Laiane Alves/ Luciana Azevedo / Jessica / Renata Martins

ATIVIDADE AVALIATIVA

Salvador-Ba
2023.2

 Construa uma atividade pedagógica, numa perspectiva de “ensino


aprendizagem”, para uma criança que se encontra em processo de
alfabetização, contemplando uma metodologia através de estratégias,
que sejam fundamentadas pelo condicionamento operante
(Behaviorismo). Justifique a didática aplicada, a partir da escolha de dois
tópicos a seguir:
 Pensamento verbal
 Interação social
 Aspectos afetivos e intelectuais
 A consciência, enquanto capacidade que o ser humano tem de
descrever seu próprio comportamento, identificando a sua relação com
variáveis que o determinam.
 Processo do cuidar da “saúde mental”.

 Atividade: Dança Interativa

Os alunos sentarão em um círculo. Metade terá um adesivo colado nas


costas com letras e a outra metade com figuras de animais ou objetos
que iniciam com as letras correspondentes .
A professora (mediadora) vai colocar uma música e todos vão levantar e
começar a dançar, ela por sua vez vai sortear uma letra e vai falar em
voz alta a letra sorteada.
Todos, que estarão dançando, terão que encontrar entre os próprios
colegas a letra e o objeto correspondente.
Ao encontrar, a dupla sentará junta para elaborar uma frase sobre
aquele objeto e ler em voz alta para toda turma.

Compreender os processos de aprendizagem da criança não é uma tarefa fácil,


requer tempo, estudo e vivência, assim, com esta atividade vivenciaremos o
processo de aprendizagem através da Interação social, pois ela vai contribuir
com a socialização e construção ou reconstrução do conhecimento diante do
que será apresentado.

Sabemos que na teoria Behaviorista a aprendizagem ocorre através de


estímulos e reforços, sendo assim, os alunos recebem passivamente o
estímulo e conhecimento passado pelo professor. Com essa técnica, o
professor conduzirá o aluno mediante um jogo ou atividade lúdica a partir de
estímulos e recompensas capazes de “condicioná-lo” a emitir as respostas
desejadas.

Contudo, cabe ao professor observar e descrever o comportamento,


identificando a sua relação com variáveis que o determinam. Ou seja, o aluno
que segue as regras do jogo, tem a consciência que está fazendo o que é certo
e essa consciência vai ser determinante para diferenciar cada indivíduo.
Segundo Skinner, a diferença entre agir, pensar e sentir é o grau de
acessibilidade que permitem tanto ao observador externo quanto à própria
pessoa que se comporta.

Através da interação por meio da brincadeira, os alunos tiveram uma


construção de aprendizagem, desenvolvendo sentimentos e emoções
resultando na descoberta de como identificar o outro através do
comportamento apresentado no cotidiano. A partir da convivência é
desenvolvido sentimentos e troca de experiências, e a brincadeira feita em sala
de aula auxiliou aos alunos a se identificarem com os adjetivos adicionados no
papel pelos seus colegas, tendo a certeza que foram reconhecidos através dos
seus comportamentos em sala de aula.

 Processo do cuidar da saúde Mental

A história da saúde mental se entrelaça com a história de milhares de pessoas


ao redor do mundo, pessoas que dedicaram suas vidas aos cuidados e
necessidades psicossociais de outras pessoas e tiveram suas contribuições
concretizadas sob a forma de mudanças e avanços que enxergamos hoje.
Cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física, até
porque quando o mental não está em equilíbrio, o físico tende a ser afetado.
A saúde da mente provém das nossas identidades culturais, comportamentais,
sendo assim assumindo papéis diferentes em cada momento de nossa vida
cotidiana. Pois, a sociedade por si exige o tempo todo um estereótipo que
muitas vezes não conseguimos assumir e acaba interferindo muitas vezes na
autoestima, auto aprovação da própria pessoa por acreditar em que não possui
condições de dar continuidade em seu convívio social com outras pessoas,
desistindo muitas vezes do seu papel em casa, no trabalho e em suas relações
pessoais. Manter a saúde mental não é tão simples quanto parece, necessita
de uma rotina equilibrada, rica de autoconhecimento e personalidade
independente para saber lhe dar com as decepções, a ignorância e o
desequilíbrio.

São muitas circunstâncias que trazem o desequilíbrio da saúde mental que vai
além dos nossos comportamentos humanos, traz uma perspectiva cultural ao
estímulo desde quando viemos ao mundo, por muitas vezes a desestruturação
familiar, qual por muitas vezes não sabem lidar com a diferença e a diversidade
quais os próprios filhos trazem. Tendo a certeza se o ambiente da familia fosse
devidamente preparado para a chegada de um filho, por exemplo, a saúde
mental e seus princípios morais e étnicos não seriam violados pelos
comportamentos determinantes, os quais já foram enraizados naquele
ambiente.

 O Que É Saúde Mental?

É um estado de bem-estar, no qual o individuo é capaz de usar suas própias


habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a
sua comunidade, a saúde mental também é um importante fator que possibilita
o ajuste necessário para lidar com as emoções positivas e negativas. Investir
em estratégias que possibilitem o equilíbrio das funções mentais é essencial
para um convívio social mais saudável. Além de ser determinante para a
estabilidade física, a saúde mental está relacionada à qualidade da interação
individual e coletiva.

Os sinais de uma boa saúde mental são; Bem-Estar, Habilidades Sociais,


Produtividade, Convívio Social.
Quais os riscos de não cuidar da saúde mental? Quando você não cuida o
suficiente da saúde mental, a sua qualidade de vida é diretamente afetada. Isso
acontece porque você não terá total capacidade para lidar com as questões
cotidianas e é uma situação que tende a se agravar. È provável que existam
reflexos na sua saúde física, com risco de desenvolver ou agravar algumas
doenças. A ausência de tratamento da saúde mental principalmente durante a
juventude tem um impacto no desempenho educacional, pessoal e profissional,
o que também aumenta o risco do abuso do álcool, drogas e comportamentos
violentos.

Saúde mental na infância e adolescência

“A diferença identifica”

“Eu sei andar de bicicleta, Dani não sabe.”, “Dani é diferente de mim. Portanto,
Dani deve ter um problema.”
Esse pequeno trecho tirado do livro “Saúde mental infanto-juvenil” nos trás o
começo de como ocorre na Infância e Adolescência, por uma pessoa saber
algo e a outra não, desenvolver de forma diferente ou conseguir compreender
“mais rápido” que o outro já diz que o outro tem problemas, tem TDH sem se
quer um diagnóstico, começam as acusações com palavras que mexem com o
psicológico. EX: burro, idiota, desatento, “você deveria ser como “fulano”. Com
isso vem a criança ou adolescente que se corta, se isola, muda toda forma de
agir pois sua mente esta conturbada está confusa e todos esses sinais trazem
isso é como se fosse um pedido de ajuda, não verbal e sim com sinais
corporais e de mudanças.

“Somos todos diferentes de todos. Existem diferenças entre todos nós.


Diferenças no modo de ser, agir e reagir, afetar e ser afetado, aprender e lidar
com o aprendido,

Sofrer e se alegrar. Somos diferentes nos “modos de levar a vida”


(CANGUILHEM, 1982)”.

Como as escolas podem ajudar as crianças e adolescentes a passar por essa


fase difícil? Com as atividades em grupo, pois tem como objetivo mostrar para
os alunos que um depende do outro, que juntos eles conseguem chegar no
resultado que pede a atividade, como o esporte, Teatro, Dança, Musica e Roda
de conversa.

Além da escola é importante também o envolvimento das famílias nesse


processo, incentivando-as a participar da construção e da consolidação dos
processos emocionais daqueles que tanto amam.

O método de Nise da Silveira – Arte, vida e recuperação.

Desmontando o modelo anterior, que levava os internos a realizarem atividades


pouco objetivas como varrer o chão e carregar roupa suja, Nise introduziria
práticas artísticas de expressão no setor para que eles pudessem alcançar
suas interioridades e aprender, com auxilio, a lidarem com suas dificuldades
psicológicas.

A ideia de Nise, após os bons resultados que ela e sua equipe obtiveram em
relação aos pacientes, era consolidar a atividade terapêutica como uma prática
efetiva e modalidade da psicoterapia a ser considerada e levada a sério, com
base em teorias e estatística.

Em termos simples, as modalidades seriam:

1) Atividades mais utilitárias que levam em consideração o esforço típico


do trabalho

Neste grupo encontram-se os setores de marcenaria, sapataria, cestaria,


costura, jardinagem e encadernação. Estas atividades seriam indicadas para
“favorecer a afirmação da personalidade madura”, ou seja, o monitor
trabalharia somente com “os pacientes já bastante melhorados.

2) Atividades expressivas, como pintura, modelagem, entalhe, música,


dança, teatro, etc
Focando no sentido contrário ao tratamento centrado nas internações
psiquiátricas, a liberdade de expressão é a pedra de toque dessas atividades,
para as quais não existem modelos a serem copiados, tendo como regra a
espontaneidade

3) Atividades recreativas, como jogos, festas, cinema, rádio, televisão,


esportes e passeios.

Nise afirmava que, muitas vezes, deve-se recorrer às atividades lúdicas “que
proporcionem satisfação imediata”. E o esporte é visto, desta forma, como uma
transição entre a brincadeira e o trabalho.

4) Atividades culturais, ligadas ao ensino e ao estudo (Silveira, 1966 apud


Melo, 2009).

Para Nise, esse quadro mostrava que a afetividade e a possibilidade de


melhora encontravam-se na simples presença do monitor (catalisador do
processo), no estabelecimento de uma relação pautada no afeto, e na criação
de um ambiente propício (afetivo) para que as pessoas pudessem se expressar
(Melo, 2009).

Por fim, a ideia e paixão de Nise dariam frutos, seu método continuaria a ser
desenvolvido até ser considerado uma ciência terapêutica, e as portas que ela
teria aberto no passado dariam margem para as mudanças que vemos
acontecer hoje, no futuro.

Conclusão

Tendo em vista o processo de comportamento Humano e suas consequências


diante da vida, faz-se necessário o estímulo na fase da infância , qual é um
período de aprendizado constante, o que traz o aproveitamento do
conhecimento em contexto familiar e social. Até por que a criança quando
menor, ela tende aprender muito mais do que na fase da adolescência,
trazendo um desenvolvimento maior em seu convívio.

Por exemplo, a atividade lúdica apresentada, chamada de “Dança Interativa” é


uma estratégia do estimulo a construção de palavras e frases através do
comportamento da criança e do adolescente na brincadeira Incentivando a boa
memória, o desenvolvimento motor, conhecimento das palavras, construção de
frases, permitindo que seja trabalhada uma área do conhecimento que tem por
objetivo um trabalho reflexivo, crítico e transformador.
Referências

Livro- Saúde mental infantojuvenil.

https://escolasexponenciais.com.br/desafios-contemporaneos/como-
cuidar-da-saude-mental-e-emocional-6-sugestoes/

https://blog.cenatcursos.com.br/nise-da-silveira-a-mulher-que-
revolucionou-a-saude-mental-no-brasil/

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