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EDUCAÇÃO INFANTIL
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6. Ao observar uma criança que possui poderiam fazer a diferença em seu
muita dificuldade na regulação de suas futuro?
emoções de tristeza e raiva, você já se
questionou o quanto as interações dela 7. Quais são os impactos que as emoções
com o seu ambiente educacional têm na linguagem, na memória e na
atenção de uma criança?
Essas são algumas das questões que iremos discutir neste módulo.
O desenvolvimento socioemocional, durante muitos anos, foi considerado um
campo paralelo, não integrado ao desenvolvimento cognitivo, e a prioridade da
escola foi tradicionalmente o aprendizado daquilo que denominamos
“conteúdos” (KINCHELOE, 1997).
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corpo em contato com aquele que lhe dá colo, que a toca, a abraça e a afaga que ela
reconhece o contorno do próprio corpo e aprende o que significa sentir-se segura.
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4. Habilidades de relacionamento: é a capacidade de
estabelecer e manter relacionamentos saudáveis e
gratificantes com diversos indivíduos e grupos. Isso inclui
comunicar-se com clareza, ouvir ativamente, cooperar,
resistir às situações inadequadas e à pressão social, negociar
conflitos de forma construtiva e buscar e oferecer ajuda,
quando necessário.
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http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v33n102/14.pdf
Vamos, agora, explorar cada uma das habilidades que fazem parte da
Autoconsciência.
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É mais fácil perceber que a criança é capaz de reconhecer emoções
através de respostas verbais, no entanto, mesmo antes do desenvolvimento da
linguagem expressiva e mesmo crianças que tenham alguma dificuldade nessa
linguagem podem desenvolver a habilidade de identificar emoções. Por isso, é
importante usar recursos alternativos como imagens, mostrando as diferentes
emoções para que as crianças acessem essa habilidade e facilitem a comunicação.
Assim, entendemos que as emoções por si só não são boas nem más. Cada
uma delas cumpre uma função e estarmos cientes dessa função nos ajuda a aceitar
que elas fazem parte da nossa vida - assim como estão presentes nas vidas das
crianças de todas as culturas.
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Por vezes, temos a tendência de fazer com que as emoções de raiva, medo
e tristeza desapareçam completamente do nosso cotidiano. No entanto, pense como
seria a sua vida se você nunca sentisse medo de nada? E se você nunca ficasse com
raiva? Que prejuízos isso poderia trazer?
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neuronal e com a crescente complexidade das relações sociais (MCCLURE, 2000;
THOMAS, DE BELLIS, GRAHAM, & LABAR, 2007) e se aprimora ao longo do
desenvolvimento, sendo uma rota chave para o estabelecimento de relações de apego
(ARTECHE et al., 2011; PEARSON et al., 2010; STEIN et al., 2010).
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Alegria e tristeza parecem ser reconhecidas de forma correta (7 de 10
vezes) por crianças entre 6 e 7 anos, raiva em algum ponto entre 6 e 9 anos, surpresa
entre 8 e 9 anos, medo e nojo apenas mais próximo à adolescência (LAWRENCE,
CAMPBELL & SKUSE, 2016).
Esses marcadores etários nos dão uma pista sobre como as crianças
pré-escolares têm um longo caminho a percorrer no reconhecimento de emoções.
Isso quer dizer que muitas vezes elas não irão conseguir identificar que o amigo está
triste, não irão identificar que suas ações deixaram alguém com raiva e podem até
mesmo se confundir se alguém está feliz ou não.
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Emoções como alegria e tristeza possuem marcadores faciais muito
distintos que são as primeiras pistas que a criança aprende a identificar. Para a
alegria é o sorriso e para a tristeza é a lágrima. Quando esses marcadores estão
ausentes (alegria sem sorriso ou tristeza sem lágrima, por exemplo) a criança menor
de 5 anos terá ainda mais dificuldade de identificar estas emoções.
DICA: O livro “Eca, cacaca! Para que serve o nojo?” escrito pela
psicóloga Marina Gusmão Caminha e publicado pela Sinopsys trata
da importância do nojo em nossas vidas e do impacto do excesso ou
da falta de nojo
Isso pode ser feito no cotidiano ao conversar com elas como, por
exemplo: “Vamos conversar com o colega, ele não tem lágrimas, mas os olhinhos dele
estão para baixo e a boca fechadinha, então eu acho que ele está triste. O que você
acha?”.
Rhodes e Anastasi (2012) sugerem que cada faixa etária tem uma
configuração facial (proporção de olhos, boca etc.) e, dessa forma, os rostos da
própria idade são identificados com mais segurança. No entanto, algumas pesquisas
sugerem que experiências sociais múltiplas com faixas etárias diferentes podem
aprimorar ainda mais a habilidade de reconhecer faces de crianças, fazendo com que
o viés de reconhecer melhor quando o interlocutor é da mesma faixa etária seja
mínimo, ou até mesmo inexistente (CASSIA, 2011; KUEFNER et al., 2008; PROIETTI
et al., 2013).
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Assista ao trailer
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=6Ywv_PhFv_4
DICA DE LEITURA: O livro “A onda da raiva” das autoras Aline Reis, Carmem
Beatriz Neufeld e Marina Gusmão Caminha (Editora Sinopsys) trata da raiva e do
que acontece quando experimentamos níveis muito baixos ou muito altos dessa
emoção!
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https://www.scielo.br/j/prc/a/B3xKcwqy3rjJjgvZTkJrpnf/?lang=pt&format=pdf
Este processo de perceber situações típicas que podem causar uma emoção
é possível graças ao desenvolvimento dos chamados scripts de emoções. Os scripts
são conjuntos de informações sobre cada emoção que incluem seus antecedentes
típicos, expressões não-verbais, mudanças corporais, consequências
comportamentais e rótulo verbal (FEHR & RUSSELL, 1984).
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O conhecimento sobre causas e consequências das emoções é
desenvolvido, principalmente, através das narrativas e das conversas entre crianças
e adultos (DE ROSNAY & HUGHES, 2006; RACINE, CARPENDALE & TURNBULL,
2007). A forma com que o adulto se comunica com a criança, a frequência com que
fala sobre estados emocionais, suas causas e suas consequências são refletidas nas
habilidades de conhecimento das emoções infantis com efeitos ao longo de todo o
desenvolvimento (PONS et al., 2019).
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Quem já não observou uma criança abandonar uma atividade por não
conseguir lidar com a emoção de tristeza pela situação não ter saído exatamente
comoelagostaria?
Para refletir:
Já presenciou alguma criança ter uma crise de agressividade por não ter
conseguido regular a sua raiva? Será que elas poderiam ter feito algo diferente para
regular suas emoções? Será que, considerando a idade que elas têm, elas
conseguiriam fazer algo diferente sozinhas, sem o auxílio de um adulto?
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A dificuldade ou inabilidade de regular as emoções pode ser observada
tanto como intensificação excessiva, quanto como desativação excessiva das
emoções. A intensificação excessiva é qualquer aumento de intensidade de uma
emoção que seja sentida pelo indivíduo como indesejada, intrusiva, opressora ou
problemática como, por exemplo, quando sentimos pânico e terror. Já a desativação
excessiva pode incluir as experiências de entorpecimento emocional e até mesmo de
dissociação da realidade.
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Como se pode perceber no quadro resumo, algumas estratégias buscam
lidar com a emoção centrando-se no antecedente desta emoção e o uso dessas
estratégias visa modificar a situação em si ou a forma como se entende a situação.
Outras estratégias buscam lidar com a modulação da própria resposta emocional.
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um outro que seja melhor.
• Às vezes é chato quando as coisas não saem como queremos, o que poderíamos
fazer para resolver isso?
• O que você acha de fazer um desenho dessa raiva para ela ir lá para o papel e
sair de dentro de você?
Se foi o seu caso, saiba que você não está sozinho! A dificuldade da
criança pré-escolar de tolerar a frustração é realmente um desafio! Por isso, vamos
na próxima sessão, nos aprofundar um pouco mais sobre esse assunto.
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DICA DE LEITURA INFANTIL: O livro “Lucas aprendendo a lidar com o Não”,
publicado pela Sinopsys, trata de uma habilidade fundamental para crianças pré-
escolares: tolerar a frustração e regular as emoções de tristeza e raiva!
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Por vezes, ao tentar não ser invalidante, os cuidadores adotam uma
postura permissiva, cedendo a todas as demandas da criança e evitando que ela sinta
o desconforto emocional da frustração. Essa estratégia, no entanto, não fornece
opções de regulação.
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exercido como um sacrifício e que a saúde do professor é secundária (VIEIRA,
GONÇALVES & MARTINS, 2016).
A seguir, vamos pensar em uma outra estratégia que poderia ser utilizada.
Este exercício favorece a análise racional e maximiza o uso de estratégias mais
adaptativas. Em situações práticas, utilizar a técnica Stop pode ser um ótimo
recurso. Quando você sentir que a emoção está muito intensa siga os quatro passos
seguintes:
• PARE
Interrompa seus pensamentos e ações. Não faça nem diga mais nada.
• RESPIRE
Respire profundo e lentamente.
• OBSERVE
Perceba as suas sensações corporais, o meio à sua volta e os fatos
observáveis. Observe o ambiente como um observador externo veria.
• SIGA EM FRENTE
Escolha conscientemente suas próprias ações e as implemente.
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• Habilidades socioemocionais são um guarda-chuva que compreende diversas
habilidades.
5. Prática do Professor
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Assim, destacamos neste
planejamento algumas atividades que
possibilitam o direito das crianças de
se expressarem e conhecerem-se por
meio de atividades lúdicas.
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• Desenvolver a capacidade de • Desenvolver atitudes de
ler, de escrever e de interação, de colaboração e de
compreender, por meio do troca de experiências em
lúdico. grupos.
Siga em frente para ver mais alguns detalhes das Atividades Práticas que
serão desenvolvidas.
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Expressar como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções,
sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio
de diferentes linguagens (BNCC p.38).
IMPORTANTE
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Campos de Experiência:
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
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estabelecimento da contradição que gera conflitos; e é importante que você saiba
que seus participantes têm pontos de vistas diferentes, com opiniões que coincidem
ou não.
Ao abrir a caixa, você poderá fazer algumas indagações que deverão ser respondidas
pelas crianças. As perguntas poderão estar relacionadas às partes externas do
corpo. Veja algumas sugestões:
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4. Como são os olhos dela? Qual a cor deles? Quantos olhos e orelhas ela tem? E o
nariz e a boca, quantos são?
5. Qual a cor da pele dela?
6. E os dentes como são? Está faltando algum dente?
Variação da dinâmica
ATENÇÃO
o Faça uma cara feliz, triste, de dor, de susto, de medo, brava, dentre
outros (Você também pode mostrar cartazes com diversas
fisionomias para que as crianças imitem).
• Solicite que a criança toque diferentes partes de seu corpo (cabeça, olhos,
nariz...). Peça que façam ações como: levantar os ombros, cruzar os braços,
levantar os braços, bater palma etc. Você poderá nomear as partes do corpo
e pedir que as crianças as quantifiquem, por exemplo: quantas mãos, dedos,
nariz, orelhas...
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la... Por isso, converse com a criança. Destaque as diferenças entre ela e
você, ou entre ela e os demais participantes da brincadeira. Evidencie o
tamanho dos braços, das pernas, das mãos, dos pés, a altura, a cor da pele,
se tem marcas no corpo (pintas, por exemplo), a cor dos cabelos, se o cabelo
é liso ou enrolado... Nesta atividade, não necessariamente a criança terá que
verbalizar. Para as crianças que não se comunicam verbalmente, o adulto
será o intérprete e o instrumento de comunicação delas. Dessa forma, ele
poderá dizer: “Veja como o meu braço é maior que o seu! Vamos medir?”,
“Olhe os meus pés, veja o tamanho deles. E o seu? Vamos medir? “Como o
seu cabelo é parecido com o meu?” etc.
Sugerimos colocar o bebê na frente do espelho a uma curta distância. Comece com
um movimento simples, como franzir o nariz, mostrar a língua, colocar as mãos no
cabelo. Repita várias e várias vezes. A repetição é uma fórmula fundamental para a
formação de conexões neurais e que acompanhará a criança por muitos anos.
IMPORTANTE
Faça adaptações conforme a
realidade de suas crianças e do
ambiente escolar. Se sua escola
não tem recursos para adquirir
um espelho, dialogue com os
familiares das crianças sobre
essa necessidade, pois pode ser
que alguém tenha um espelho que
possa doar.
Avaliação da atividade
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• E as mãos como são?
• Como deverá ser a cabeça?
Se as crianças, ou
parte delas, conseguem escrever
de forma autônoma, você poderá
solicitar que elas façam o
desenho do corpo, escrevendo
em cada parte o seu nome
(braços, pernas etc.). As
crianças que ainda não
conseguem ler e escrever por
conta própria poderão utilizar a
escrita espontânea ou apenas
apontar as partes e dizer o nome
e você, professor(a), será o(a)
escriba.
Avaliação alternativa
REFLEXÃO
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Ao longo de todo o trabalho desenvolvido, observe se as crianças
conseguiram nomear as partes do seu corpo e do corpo do colega; se foram capazes
de registrar, por meio do desenho, as partes do corpo; se o desenho apresentou
formas, se a criança conseguiu quantificar as partes do corpo e se foi capaz de
interagir com os pares.
Campos de Experiência:
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Informações ao professor
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Com esta atividade, esperamos que seja possível perceber o ritmo de
cada um, e o ritmo do grupo ao qual fazemos parte, não importando de que maneira
se ande, mas sim a percepção de si mesmo e do outro.
Aproveite este momento para refletir sobre o seu próprio ritmo de caminhar e sobre
as questões que serão apresentadas nesta atividade. Vamos lá?!
Caminhar diferente
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Coloque alguma música de sua preferência que possibilite movimentos como:
andar, correr e saltar.
• Convide as crianças para irem para uma área externa. Pode ser o pátio, uma
quadra de esporte, ou a própria sala de aula. Se optarem por permanecer na
sala de aula, retire as carteiras/mesas para que os alunos possam se
movimentar.
Iniciando a atividade:
• Solicite que as crianças andem, à vontade, no seu próprio ritmo e
naturalmente.
• Peça que observem se estão caminhando da mesma forma e ouça o que elas
têm a dizer.
• Você poderá colocar uma música para influenciar os movimentos.
• A seguir, vá sugerindo formas de andar como, por exemplo:
• Levante, alternadamente, os braços ao alto.
• Bata palmas (à frente do corpo, ao alto, acima da cabeça...).
• Cumprimente os colegas com aperto de mão.
• Ande de costas.
• Ande de lado.
• Ande de mãos dadas com o colega.
• Ande e gire.
• Ande nas pontas dos pés, nos calcanhares, com os pés abertos.
• Imite robôs, boneco de mola, girafa, gigante, sapo...
Ao finalizar a atividade, faça uma avaliação da mesma, por meio das seguintes
perguntas:
• O que vocês acharam da atividade?
• Achou fácil ou difícil sentir o próprio ritmo e realizar os movimentos
propostos?
• Se você tivesse um sapato mágico que fosse capaz de levá-lo, sem se cansar,
para qualquer lugar do mundo, para onde você gostaria de ir?
ATENÇÃO
Desafie, por meio de diálogo coletivo, a participação de todas as crianças, e insira
aquelas que não têm o hábito de falar, questionando-as sobre o que pensam sobre
determinada questão.
Variações da Atividade
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Você poderá realizar a atividade
individualmente ou em duplas, ou iniciar
como individual e transformar-se em
duplas. Ao realizar a atividade em duplas,
você pode, além das movimentações citadas
anteriormente, pedir para as crianças
andarem frente a frente, agachadas de
mãos dadas, de costas, dentre outras
maneiras. Poderá, ainda, solicitar que elas
digam outras formas de andar para que
todos possam caminhar.
Também será possível sugerir que façam
uma pesquisa sobre músicas que elas
gostariam que fossem colocadas durante a
realização da atividade. Nessa situação, você deverá explicar, alguns dias antes da
realização da atividade, qual é a proposta, a fim de que as crianças possam
pesquisar a música.
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Para realização desta atividade, você poderá pedir ajuda a colegas de trabalho
e/ou familiares das crianças. Se você utilizar algum tipo de papel para carimbar os
pés, exponha os trabalhos na sala de aula ou nos corredores da escola. Não se
esqueça de registrar o nome da atividade e seus objetivos.
No final da atividade pergunte à turma o que acharam dela e o que sentiram ao
molhar os pés na tinta. Aproveite para comparar os pés uns dos outros. Ressalte as
diferenças e o respeito por elas.
Você poderá aproveitar essa atividade para dialogar com as crianças sobre as
pessoas que possuem alguma limitação física, para conversar sobre os sapatos que
usam... Sempre destacando a importância do respeito às diferenças.
Faça uma pesquisa com as crianças sobre a importância dos pés e das pernas,
desenhando esses membros e escrevendo os nomes de cada uma de suas partes.
Como carimbar os pés dos bebês e crianças bem pequenas?
Professor(a), você também poderá passar tinta nos pés das crianças e carimbá-los,
por exemplo, em um lençol ou papel kraft, em uma cartolina, dentre outros. Com
aquelas crianças que conseguem sustentar o corpo, você pode pedir que caminhem
sobre o material que você definir, deixando as marcas de seus pézinhos.
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A tinta escolhida deve ser atóxica, à base de água e não conter ácido, pois será
usada na pele delicada do bebê.
Veja como proceder com os pequeninos:
• Lave os pés dos bebês com sabão neutro e água morna para garantir que
eles fiquem bem limpos. Seque os pés com uma toalha.
• Coloque os bebês em uma posição confortável e segura, por exemplo,
segurando-os ou colocando-os em uma cadeira alta. Prepare os materiais,
garantindo que estejam próximos de vocês.
• Pinte os pés dos bebês com a tinta. Você poderá usar uma esponja para
passar a tinta para os pés dos bebês.
• Segure delicadamente um pé de cada vez com uma das mãos e pressione
contra o papel e/ou lençol. Pressione com cuidado, até obter um bom
resultado.
• Reaplique a tinta e refaça os carimbos se o bebê mexer e o carimbo não
ficar com uma boa marca.
• Lave o pé dos bebês com água e sabão neutro. Seque-os com toalha.
DICA
Carimbe a pegada dos bebês durante o período em que eles estiverem calmos para
melhores resultados.
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Campos de Experiência:
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações
Professor(a), dar oportunidade à criança de fazer escolhas sobre a atividade a ser
realizada garante a possibilidade de expressar seus desejos. Dessa forma,
propomos que você apresente, sempre que possível, momentos para que a turma
possa optar pela atividade que quer realizar.
IMPORTANTE
Lembre-se dos aprendizados deste módulo sobre expressões faciais e retome seus
conhecimentos sobre a importância do rosto e de nossas expressões ao planejar
essas atividades.
Por isso, sugerimos que você elabore seu planejamento, estabeleça seus objetivos e
apresente duas ou mais atividades para que a escolha seja realizada, por meio de
justificativas, pelos alunos, decidindo qual realizar em primeiro lugar.
Que atividade escolher?
Diga aos seus alunos que serão apresentadas três atividades que vocês irão
realizar, cada uma em um dia, e que eles deverão escolher qual realizar primeiro. É
preciso que eles pensem bem!
Cada um dos alunos deve dizer para os colegas qual foi a sua escolha e justificar o
porquê de querer fazer essa e não aquela. Antes de escolher, eles deverão pensar
sobre algumas questões. No primeiro momento, não é preciso responder em voz
alta, é apenas para pensar. Veja quais são essas questões:
• Será que vocês se conhecem?
• Sabem quem escolheu o seu nome?
• Qual a cidade que você nasceu?
• Sabem quais alimentos que comiam quando eram bebês?
• Será que são criativos?
• Conseguem fazer expressões de tristeza, cansaço, raiva?
• Sabem cantar músicas?
• Sabem ler músicas?
• Conseguem escrever palavras?
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• E frases, conseguem escrever?
Durante as atividades propostas, os alunos terão a oportunidade de responder cada
uma das questões acima.
Veja quais são as atividades às quais os alunos terão que escolher para realizar em
um primeiro momento:
• Movimentando o rosto - nesta atividade, será trabalhado o rosto e todas as
partes que o compõem, além de experienciar expressões faciais,
confeccionar máscaras de papel, e encenar histórias.
• Música Boneco de lata - nesta atividade, vocês terão a oportunidade de
ouvir e cantar músicas, produzir desenhos, falar sobre as emoções ao
cantar e conhecer mais o corpo.
• Conhecendo um pouco mais de minha história - nesta atividade, serão
discutidas as transformações ocorridas em nosso corpo, conversaremos
sobre o passado (o que já aconteceu), o presente (o que está acontecendo
agora) e o futuro (o que vai acontecer daqui alguns anos), faremos
entrevistas e veremos fotografias, roupas e calçados de quando éramos
menores.
A partir dessas explicações, dê um tempo para que as crianças possam refletir
sobre o que desejam fazer primeiro. Se necessário, retome as explicações
registradas anteriormente para que eles possam entender, votar e argumentar
sobre as decisões que afetam o coletivo. Depois de feita a votação, você iniciará a
atividade que foi mais votada.
ATENÇÃO
Professor(a), não se preocupe, pois as três atividades propostas serão
desenvolvidas aqui. A primeira delas está registrada no slide, a seguir, e está
dividida em 3 momentos distintos. Já as demais atividades apresentadas, que os
alunos terão que escolher, estão registradas na 4ª e 5ª atividade deste módulo.
Siga em frente para ver o desenvolvimento delas!
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Professor(a),
Informe para as crianças que nesta atividade vocês irão trabalhar o rosto.
Pergunte se elas sabem quais são as partes externas do rosto. Ouça as respostas e
elabore questionamentos a partir delas.
Depois de ouvir as crianças, destaque que as partes externas que o compõem são,
principalmente, os olhos, as orelhas, o nariz e a boca.
Nesta atividade, vocês irão experienciar expressões faciais, confeccionar
máscaras de papel e encenar histórias, além de terem a oportunidade de expressar
suas ideias e sentimentos, descontrair, dialogar e aprender coisas novas.
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• Pisque os olhos, um de cada vez.
• Sem mexer a cabeça, olhe para um lado e para o outro, sem mover a cabeça.
• Olhe para cima e para baixo, sem mover a cabeça.
• Levante as sobrancelhas, franzindo a testa, três vezes.
• Passe a mão em suas sobrancelhas.
• Mexa o nariz, franzindo-o para cima, para baixo e para os lados.
• Coloque a mão direita na ponta de seu nariz.
• Feche a boca o máximo possível.
• Abra a boca o máximo possível.
• Feche a boca fazendo biquinho.
• Mande beijos.
• Assopre somente com os lábios.
• Encha a boca como se estivesse enchendo um balão.
• Coloque a língua para fora, movimentando-a para os lados.
• Eleve a língua até o céu da boca.
• Faça sons utilizando a língua.
• Coloque as mãos nas orelhas.
• Aperte a língua contra as paredes das bochechas, como se estivesse com um
caroço bem grande dentro da boca.
• Limpe os dentes com a língua.
• Agora, façam expressões com o rosto para que possamos descobrir qual é.
Por exemplo: espanto, medo, susto, choro, alegria, tristeza...
• Pergunte se as crianças querem fazer um concurso de caretas em que cada
um deverá apresentar a careta que quiser: feia, engraçada, assustadora...
ATENÇÃO
Algumas crianças poderão ter dificuldades de seguir determinadas ordens, por
questões genéticas. Fique atento a esse fato. Ressalte sempre:
• “Vamos ver quem é capaz de fazer...?”
• “Quero ver quem consegue!”
• “Isso mesmo, vá em frente…”
• “Quer ajuda?”
• “Observe como seu colega faz.”
• “Vou fazer para você ver, quem sabe poderá conseguir.”
• “Vamos fazer de outra forma.”
Finalize a atividade solicitando que as crianças criem um rosto utilizando massinha
de modelar. Você poderá preparar a receita da massinha junto com elas.
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Veja, a seguir, o registro de uma receita de massinha.
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Antes de apresentar os ingredientes, pergunte às crianças se elas sabem o que é
preciso para fazer a massinha. Ouça as hipóteses delas e elabore questionamentos
a partir das respostas dadas. Depois de ouvi-las, apresente os ingredientes que
serão utilizados e questione-as sobre como preparar a massinha com aqueles
ingredientes.
Assim, com a ajuda das crianças prepare a massinha. Permita que elas coloquem os
ingredientes (uma criança coloca uma colher de sal, a outra a farinha de trigo, por
exemplo). Após, misture e sove a massa. O momento de sovar, cabe a você
professor(a), assim, poderá perceber se a massa está no ponto.
Deixe que elas manipulem a massa um pouco, e separe em pequenos pedaços,
adicionando as cores. No final, divida a massa entre as crianças para que elas
possam criar o rosto da forma que conseguirem. Caso queira, após a confecção do
rosto, deixe as crianças brincarem livremente.
IMPORTANTE
Elabore seu planejamento com massinhas de acordo com o desenvolvimento e a
faixa etária das crianças, para que elas consigam manusear adequadamente.
Você poderá providenciar palitos de picolé, tesouras sem ponta, potinhos,
panelinhas, objetos que deixam marcas (pente, régua, brinquedos), dentre outros.
Dependendo do objeto utilizado, você poderá explorar diferentes texturas, cores,
formas e traços.
Também é possível propor atividades com temáticas, como: animais, casas,
alfabeto, escrita de nomes, escrita de números etc.
Avaliando a atividade
Faça uma roda de conversa para que a turma possa avaliar a atividade. Indague
sobre o que acharam, através das seguintes perguntas:
• O que vocês acharam da atividade?
• Nosso rosto pode transmitir muitas coisas. Pode dizer se estamos tristes,
alegres, preocupados. O que mais ele pode dizer?
• Qual a função da boca? Ela serve apenas para falar?
• Para que serve o nariz?
• E os olhos, servem para quê?
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• Você conhece todas as partes que compõem o nosso rosto? Vamos escrever
cada uma delas?
• Mostre a seguinte imagem e faça alguns questionamentos:
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Em uma folha de papel, desenhe o formato da máscara que pretendem construir,
determinando o espaço para os olhos, nariz e boca. Usando a criatividade, cada
criança irá decorar sua máscara utilizando os materiais que você disponibilizou.
Se for utilizar saco de papel, as crianças deverão desenhar um retângulo de mais
ou menos 3 cm de altura no saco de papel, recortar e desenhar as partes do rosto
como olhos, boca, nariz…
Nesse momento, a mediação é fundamental para que as crianças não cortem os
olhos da máscara muito próximos, ou muito distantes, um do outro, por exemplo.
Auxilie sempre que necessário. Em uma turma de crianças bem pequenas, você
poderá levar as máscaras recortadas e as crianças apenas fazem a colagem e/ou
desenham.
Para finalizar a atividade, estimule a criança a falar o significado que a máscara
tem para ela e o que acharam de suas produções. Permita que, ao terminar a
confecção, as crianças brinquem livremente.
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crianças. Você também poderá organizar, com elas, um desfile pelos corredores da
escola, assim poderão apresentar as máscaras produzidas.
Para realizar esta atividade com os bebês, você deverá levar as máscaras já
prontas. Brinque tirando e colocando, delicadamente, a máscara no rosto dos
bebês. Coloque uma máscara em seu próprio rosto e leve as mãos dos bebês até o
seu rosto (nos primeiros meses os bebês são sensíveis ao toque, principalmente na
região do rosto e das mãozinhas).
DICA
Professor, assim como na atividade Movimentando o rosto, você também poderá
elaborar outras atividades que movimentam diferentes partes do corpo como, por
exemplo, pernas e pés.
Veja algumas sugestões:
• Pedir para as crianças sentarem no chão e mexer as pernas de um lado para
o outro;
• Mexer os dedos dos pés;
• Agachar e ficar de cócoras,
• Ficar em pé e correr no lugar, pular no lugar, dentre outros.
• Realizar um diálogo, indagando: Quais são as funções das pernas e dos pés?
O que as pernas nos possibilitam fazer? Se tivessem limitações nas pernas,
como fariam para se locomover?
Proponha pesquisas e entrevistas com profissionais da área da saúde para dialogar
com a turma sobre a importância do nosso corpo.
ATENÇÃO
Para realizar as atividades, observe atentamente as especificidades de sua turma,
como a coordenação motora, o ritmo, o equilíbrio, a criatividade, o respeito pelo
outro, dentre outras.
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Informe ao convidado sobre o que as crianças sabem, assim, ele poderá apresentar
informações complementares ao estudo. Se for possível, e com o consentimento do
palestrante, grave a entrevista. E para finalizar, induza as crianças a agradecerem
ao convidado e também a dizerem o que acharam da atividade. Não se esqueça de
pedir que justifiquem suas respostas.
Logo após o encerramento da entrevista, produza um relatório coletivo que
contemple as respostas dos questionamentos elencados, consultando os registros
que você fez durante a entrevista.
As crianças vão expondo suas ideias e você vai registrando na lousa. Leia várias
vezes a produção, faça comentários, acrescente ou retire dados. No final, todos
fazem uma revisão do texto e o copiam. Peça, também, que elas façam uma
ilustração do que elas acabaram de presenciar.
IMPORTANTE
A revisão do texto deverá ter sua contribuição de forma que não anule as ideias
das crianças, mas as enriqueça com suas indagações. Você e/ou outras crianças da
turma poderão ser os escribas para ajudar os que, ainda, não conseguem escrever
de forma autônoma.
Procure registrar este momento, se possível fotografe ou grave a entrevista. Se
perceber que seus alunos podem desempenhar este papel, delegue para eles a
função de registrar, fotografando ou filmando.
Salientamos que, na prática da sala de aula, competirá a você, professor(a),
adequar cada passo ao nível da sua turma, devendo suprir o que ainda não é possível
executar, ou acrescentar atividades que possam ampliar os conhecimentos da
turma.
Siga em frente para conhecer a 4ª atividade.
4ª Atividade: Vamos cantar? - Boneca de lata
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Campos de Experiência:
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações
Professor(a), a utilização da música na escola, principalmente na Educação Infantil,
é muito significativa. Nela, a criança encontra-se na fase de conhecimentos e
descobertas essenciais no processo de desenvolvimento, uma vez que as áreas
cognitiva, afetiva/social, linguística e psicomotora são importantes e a música
contribui para esse fim.
47
Antes de apresentar a música para as crianças, faça as seguintes perguntas:
• Vocês conhecem a música Boneca de lata?
• Como poderia ser uma boneca de lata?
• Será que ela conseguiria se mexer, andar?
• Quais poderiam ser os materiais usados para fazer essa boneca?
• Por quais motivos alguém poderia fazer uma boneca de lata?
• Vocês gostariam de ter uma boneca de lata? Por quê?
Ouça as respostas das crianças e elabore outras questões, a partir do diálogo
estabelecido. Procure incentivar para que todas as crianças deem as suas opiniões.
Ao terminar o diálogo, apresente a música. Você poderá fazer um cartaz ou
projetar a letra por meio de algum recurso multimídia como, por exemplo, um
retroprojetor.
Faça a leitura da letra da música juntamente com as crianças e incentive a turma a
ler, mesmo que não saibam ler convencionalmente. Entregue uma cópia para cada
criança colar no caderno para levar para casa e ler com os familiares.
Cante a música, acompanhando a letra, apontando e fazendo os ajustes necessários
em relação à leitura do que está escrito, conforme elas forem cantando.
Ouçam a música e divirtam-se com a canção. Além disso, vocês podem aprender a
letra e fazer movimentos específicos de acordo com a música.
Use a música para trabalhar o corpo com as crianças, já que elas têm que mostrar,
em seus próprios corpos, a parte do corpo da boneca que "bateu" sempre que
estiver cantando a música.
Boneca de lata do Grupo Emcantar
48
Minha boneca bateu o pé no chão
Levou mais de uma hora
Pra fazer arrumação
Desamassa aqui
Pra ficar boa
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Desamassa aqui (6x)
Pra ficar boa
Minha boneca bateu o outro braço no chão
Levou mais de sete horas
Pra fazer arrumação
Desamassa aqui (7x)
Pra ficar boa
Minha boneca bateu o ombro no chão
Levou mais de oito horas
Pra fazer arrumação
Desamassa aqui (8x)
Pra ficar boa
Minha boneca bateu outro ombro no chão
Levou mais de nove horas (9x)
Pra fazer arrumação
Desamassa aqui
Pra ficar boa
50
Veja, a seguir, outras ideias para trabalhar a música Boneca de lata:
DICA
• Proponha para as crianças a criação de corpos utilizando imagens de
revistas, encartes de propagandas e jornais. Solicite que elas recortem
algumas partes do corpo de pessoas e as colem numa folha, fazendo uma
montagem de um corpo humano criado por elas. Retome com elas as partes
do corpo que foram destacadas nas atividades descritas anteriormente.
Procure ajudar aquelas que ainda não conseguem utilizar a tesoura
adequadamente.
• Produza frases ou palavras ou, até mesmo, escreva parte da letra da música
com letras ou sílabas móveis. No site, a seguir, você terá acesso a uma aula
chamada “Elaboração de frases”, que poderá contribuir no seu planejamento
diário. Não se esqueça: é primordial que você faça adaptações de acordo
com as especificidades de sua
turma http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=23
496
• Desafie as crianças a reorganizarem a música na ordem certa. Para isso,
você deverá fazer fichas com o primeiro verso de cada estrofe. Recorte as
fichas e solicite que elas, em pequenos grupos ou individualmente, as
organizem corretamente de acordo com a letra da música. Veja, a seguir,
exemplos de fichas que estão desordenadas e as crianças deverão colocá-
las em ordem:
• Minha boneca bateu o pé no chão
• Minha boneca bateu o joelho no chão
• Minha boneca bateu o outro pé no chão
• Minha boneca bateu o bumbum no chão
• Minha boneca bateu o outro joelho no chão
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• Confeccione um jogo da memória abordando a leitura e a escrita, bem como
as partes do corpo que aparecem na música. Para isso, faça cartelas com os
nomes das partes do corpo e as figuras que as representam, uma vez que o
jogo de memória consiste em encontrar pares. Confeccione duas cartelas de
cada. Antes de jogar, lembre-se de explorar as regras do jogo e aproveitar
para trabalhar o gênero textual: texto instrucional. Veja a sugestão de uma
cartela:
Campos de Experiência:
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações
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Professor(a), nesta atividade, como registrado anteriormente, falaremos sobre as
transformações ocorridas em nosso corpo, conversaremos sobre o passado (o que
já aconteceu), o presente (o que está acontecendo agora) e o futuro (o que vai
acontecer daqui alguns anos), faremos entrevistas, vamos ver fotografias de
quando éramos menores e veremos roupas e calçados que usávamos antigamente.
Enfim, vamos conhecer um pouco mais da história de cada criança.
ATENÇÃO
Para a realização desta atividade, encaminhe um bilhete para os familiares, ou
outro responsável pelas crianças, solicitando que enviem fotografias de tempos
passados, do tempo quando as crianças eram menores. Solicite, também, que as
famílias, se possível, escrevam atrás da foto algumas informações sobre a foto,
como a idade da criança, o local onde estava…
Também peça para que tragam, se ainda tiverem, roupas e calçados deles de
quando eram menores. Justifique a solicitação de tais objetos dizendo que vocês
vão realizar algumas atividades que irão contemplar diferentes fases de nossas
vidas. Informe, ainda, que os objetos serão devolvidos assim que todas as
atividades forem finalizadas. Se possível, agende uma data para que os materiais
sejam entregues.
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Professor(a), se você também tiver algum objeto (fotografias e/ou roupas) que
represente essa fase de sua vida, leve-o para sala de aula.
ATENÇÃO
Se em sua turma tiver alguma criança que foi adotada, é importante que você
dialogue com a família antes de realizar a tarefa sugerida anteriormente. É preciso
ter cautela ao abordar a temática. Será que a criança adotada tem registros
fotográficos, roupas e calçados de quando era bebê? Essas são algumas perguntas
que você deverá refletir antes de propor a atividade.
O recurso visual de fotografia promove situações de interação, reconhecimento e
construção da autoimagem, favorecendo as trocas e a percepção do outro
(igualdades e diferenças) e, consequentemente, de si.
1º Momento da Atividade: Motivando os alunos
Inicie a atividade organizando a turma em uma roda de conversa. Foque as
perguntas no que os alunos sabem sobre o crescimento. Você poderá fazer os
seguintes questionamentos:
• Vocês se lembram quando eram menores?
• Como eram as suas roupinhas?
• E os calçados, como eram?
• De que se alimentavam?
• De que brincavam?
• Alguém usou bico/chupeta?
Ouça as crianças, faça comentários sobre suas respostas e elabore outros
questionamentos a partir das respostas apresentadas. Em seguida, faça uma
apresentação por meio de imagens, roupas, calçados e brinquedos de bebês.
A seguir, dialogue com as crianças sobre as impressões que tiveram ao ver os
objetos: o que elas sentiram, se acreditam ter algo em comum com suas vidas, se
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elas sabem como e quando utilizá-los. Para isso, você poderá utilizar imagens
retiradas de revistas, panfletos de propaganda, jornais, desenhos ou sites.
2º Momento da Atividade:
Na anterior a essa, relembre a turma que a próxima aula será o dia de trazer os
objetos que representam a vida deles quando eram menores. Destaque: "Amanhã
vamos reviver um pouco de nossa história. Vamos falar de fatos ocorridos do
passado, faremos comparações das fotos que trouxerem e vamos observar as
mudanças e transformações no nosso corpo.”
Faça o seguinte questionamento às crianças:
Vocês sabem o que significa o tempo passado?
Ouça as hipóteses delas e faça outros questionamentos baseados nas respostas.
Revivendo um pouco de nossas histórias
Professor(a), organize a turma em uma roda de conversa. Sentados no chão,
inclusive você, estabeleça um diálogo a partir dos objetos trazidos.
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Dê oportunidade para que as crianças falem sobre suas vidas através dos objetos
trazidos. Elabore questionamentos do tipo: você sabe como era sua alimentação?
Sua mamãe, vovó, titia, dentre outros, já lhe disseram do que você gostava de
brincar? Como você era, chorava muito?...
Diga às crianças para se lembrarem que estes objetos fazem parte de um tempo
que já passou. São objetos dos primeiros anos da história de vida de cada uma, e
que eles nos permitem o conhecimento de outros tempos e que todos nós temos
uma história.
Complemente sua fala dizendo que a nossa história é formada por todos os
momentos da nossa vida e que estes momentos nós passamos juntos a outras
pessoas, que fazem parte da nossa vida. Porém, é importante frisar que cada um de
nós tem a sua própria identidade, com um nome, uma família, um endereço, uma
escola, nossas preferências, alegrias e tristezas individuais.
ATENÇÃO
Professor, fique atento.
Caso alguma criança não tenha nenhum objeto, inclusive fotografias, permita que
ela também possa falar de momentos vividos e de objetos que já ganhou quando era
bebê (neste caso seria algo que um adulto (pai, mãe ou familiares) possa ter lhe
relatado).
Para finalizar esse momento, destaque que os objetos e fotografias que as
crianças trouxeram de casa representam os primeiros meses ou anos de suas vidas.
Dialogue com elas sobre as impressões que tiveram ao vê-los. Pergunte o que
sentiram. E não se esqueça de pedir que justifiquem suas respostas.
Combine com a turma que, em outro momento, elas farão uma exposição com os
objetos trazidos a fim de apresentar às outras turmas, que poderão ser crianças
do mesmo ano escolar ou toda a comunidade escolar.
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3º Momento da Atividade:
Relembre os momentos vividos na aula anterior e convide a turma para
confeccionar um painel com as fotos que retratam a vida deles quando ainda eram
menores.
Produzindo painel
Professor(a), para iniciar este 3º momento, pergunte às crianças:
• Vocês sabem o que é um painel?
• Para que serve um painel?
• O que precisamos para fazer um painel?
Depois do diálogo inicial, inicie a atividade com os seguintes questionamentos:
Que título poderemos dar ao painel?
Como será a organização das fotos?
Será que em nosso painel cabem todas as fotos que vocês trouxeram?
Quantas fotos cada um poderá colar?
Quais fotos vocês irão selecionar para colar?
Aproveite a ocasião e solicite que as crianças justifiquem porquê escolheram
determinadas fotos. Peça, ainda, que elas colem suas fotos com fita adesiva larga
ou dupla face em um papel e, em seguida, registrem seus nomes embaixo de cada
foto.
57
foto, por exemplo, se tiver alguma pessoa junto a ela, escreva o nome dessa pessoa
e o grau de parentesco (papai, mamãe, vovô, vovó etc.).
Concluído o painel, faça possíveis correções junto às crianças e, se necessário, seja
o escriba delas. Convide-as para ajudarem a fixá-lo na parede, de preferência em
um local onde as outras crianças e adultos, inclusive familiares, possam apreciar.
Essa atividade de fixar o painel na parede junto com as crianças deve garantir que
o mesmo fique no campo visual delas.
Outras possibilidades
• Instrua as crianças a fazerem uma linha do tempo com a idade delas a
partir das fotografias que trouxeram de casa. Ajude-as a colocarem as
fotos em ordem cronológica. Indague: qual vem primeiro? E depois? Como
você sabe, como descobriu que esta vem em primeiro lugar? Como você sabe
que esta vem depois?
• Oriente as crianças a produzirem uma ficha com os dados de sua história de
vida. Você poderá utilizar um roteiro e incluir uma produção artística das
crianças: autorretrato. Esclareça que o autorretrato deve conter as
principais características de seu rosto, como cor, formato, tipo de cabelo
etc. O preenchimento da ficha com os dados poderão ser coletados através
da família, como tarefa de casa.
Tarefa de casa
A tarefa poderá ser feita assim:
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Ao final da atividade permita que cada aluno socialize seu trabalho.
4º Momento da Atividade: Socializando objetos que compõem minha história
de vida
Professor(a), organize uma exposição com as fotos e com as roupas e sapatos que
os alunos trouxeram de casa. Você poderá organizar a turma em pequenos grupos
para exporem seus objetos conjuntamente e através de uma explicação oral para
os visitantes da exposição. Combine as regras para o momento da exposição, tais
como: respeitar a fala de cada participante do grupo, aguardar a sua vez para
falar, ouvir atentamente as explicações dos colegas, responder às perguntas dos
visitantes e ajudar o colega quando necessário.
Ensaie com as crianças a melhor maneira para se realizar a apresentação. Além
disso, veja como será a organização da sala de aula para esse dia. Se achar
necessário, você poderá definir outro espaço para a realização do evento. Faça o
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planejamento juntamente com as crianças e incentive-as a elaborarem um título
para a exposição.
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Durante a exposição, utilize recursos tecnológicos, se possível, como máquina
fotográfica, filmadora e tablet para se fazer os registros por meio de fotos e
vídeos. Esses recursos também poderão ser utilizados para a realização de outras
atividades com a turma. Por exemplo: rever os momentos vividos, refletir sobre as
ações de cada um e de todos, produzir painéis com fotos do evento e analisar.
Ao finalizar a exposição, reorganize o espaço juntamente com as crianças. Peça
para guardarem seus pertences e verifique se cada criança recebeu seus objetos e
fotografias. Solicite que as crianças avaliem a atividade, expondo seus
sentimentos, o que acharam, quais foram as dificuldades e as facilidades
vivenciadas naquele momento. Não se esqueça de solicitar que elas justifiquem suas
respostas.
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Lembre às crianças que é importante escrever um título para retratar as
atividades realizadas. Nos momentos de escrita, aproveite para avaliar as
dificuldades e as facilidades de cada criança, sanando as dúvidas que possam
ocorrer, para que o aprendizado seja dinâmico e eficaz.
PARA FINALIZAR
Professor(a), orientamos que incentivem seus alunos e alunas a decidirem sobre a
forma como realizarão as atividades, podendo ser: desenhos, colagens, pinturas,
escrita, fotos e objetos que representam e expressam os acontecimentos da
atividade proposta. Se a criança optar pela escrita, permita que ela realize
tentativas livres e espontâneas dessa linguagem; ou você poderá escrever por ela,
se esse for o desejo da criança, respeitando exatamente o que a criança disser. O
mais importante de todo o processo é explorar a criatividade, a expressão e a
autonomia dela na realização das ações propostas.
Campos de Experiência:
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Professor(a), nesta atividade iremos explorar a habilidade de reconhecer emoções
através de uma brincadeira de detetive na qual iremos estimular as crianças a
62
descobrirem as emoções nelas, nos colegas e em contextos apresentados pelo
professor.
Para esta atividade, retome seus conhecimentos sobre reconhecimento de
emoções. Você se lembra quais são as emoções básicas?
1º Momento da Atividade – Motivando as Crianças e Confecção de Lupas e
Cartões das Emoções
Comece esse primeiro momento lançando algumas perguntas:
• Quem conhece alguma história de detetive?
• O que um detetive faz?
• E será que podemos investigar emoções?
• Onde teríamos que procurar se quisermos descobrir as emoções?
• E se fôssemos brincar de detetive, o que iríamos precisar?
A primeira atividade a ser feita neste momento é a confecção da lupa e dos
cartões representando as diferentes emoções
Os materiais necessários são: Papelão ou Folha e Material de desenho
Para a confecção da lupa de papel, siga os passos abaixo:
• Desenhe um círculo no papelão usando um copo ou qualquer objeto cilíndrico
virado para baixo ou corte um círculo de cerca de 4 ou 5 cm de diâmetro
usando um cortador.
• Dobre o papelão ao meio e desenhe o contorno da lupa.
• Recorte o contorno com o papelão ainda dobrado.
A lupa pode ser vazada ou você pode utilizar papel celofane, confeccionando lupas
de variadas cores. Veja os exemplos abaixo:
63
Quando as crianças já tiverem nomeado todas as emoções básicas,
distribua sete pedaços menores de papel (modelo cartão) para cada uma. Inicie,
então, a confecção dos cartões com cada criança representando cada uma das
emoções em um cartão. Assim, cada aluno terá o seu conjunto de emoções básicas
(alegria, tristeza, raiva, medo, nojo, surpresa) além de um cartão com a emoção
neutra (a pessoa não está sentindo nada). O professor também pode ter o seu
conjunto de cartões.
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quando alguém a sente apresenta lágrimas.” e os detetives devem descobrir
qual é a emoção ao mostrar o cartão correspondente.
Campos de Experiência:
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Escuta, fala, pensamento e
imaginação
Técnica da Tartaruga
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(https://medium.com/infanciapositiva/a-t%C3%A9cnica-da-tartaruga-
d173729a0435).
Na sala de aula, você pode sugerir que tenha um lugar especial, que seja
aconchegante, onde todos poderão ir em um momento de irritação (lugar seguro).
Configure esse espaço com a Técnica da Tartaruga na sala de aula onde as crianças
poderão ir para descansarem e se regularem, além de se acalmarem. Você também
pode pendurar lembretes visuais com a história da técnica.
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Técnica do Semáforo
• Vermelho: A raiva está ganhando força. Esta cor estaria associada a “parar”.
Então, quando as crianças se sentem muito irritadas, ficam nervosas ou
querem gritar e brigar, elas devem se lembrar de que a luz vermelha do
semáforo está acesa e precisam parar.
• Amarelo: É hora de pensar. É o momento de pensar, refletir sobre as
consequências e dialogar sobre a situação.
• Verde: A criança dialoga, fala e recebe explicações sobre o que deseja. Nessa
fase, podemos oferecer uma solução para o seu problema e, inclusive, um
reforço positivo.
5. Recursos Complementares
67
Sugestões de livros para abordar a temática adoção:
https://lunetas.com.br/livros-infantis-para-conversar-com-as-criancas-
sobre-adocao/ Acesso em 02 de jul. 2021
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73
MÓDULO 2
CONVIVER
Convite à reflexão
Nos primeiros anos da infância, a criança vive alguns dos marcos mais
significativos do desenvolvimento psicossocial. Portanto, é importante tanto que as
necessidades emocionais sejam acolhidas quanto as habilidades correspondentes à
74
cada etapa do desenvolvimento infantil sejam estimuladas desde os primeiros meses
de vida por meio da interação com o cuidador ou o educador, tendo em vista o meio
em que a criança está inserida.
1. Introdução
75
Jacques Delors, neste relatório são apresentados os “Quatro Pilares da Educação”,
pautados em como a escola pode contribuir para o desenvolvimento de novas
gerações, preparando-as para mudar e melhorar o mundo.
Alinhada a esses
pilares, que serão discutidos a
seguir, a Base Nacional Comum
Curricular - BNCC (BRASIL,
2018) propõe, desde 2018,
nortear a prática escolar e
educacional em todas as faixas
de escolarização, destacando o
protagonismo da criança e o
seu potencial para aprender a
partir da interação e do
brincar.
2. Aprofundamento
Os quatro pilares da Educação
Aprender a conhecer
Em meio a um contexto histórico e social de constantes incertezas e
mudanças, é necessário aprender novamente, de um outro jeito, e lidar com o novo.
E isso nem sempre é tarefa fácil: muitas vezes surge o ímpeto de desistir antes
mesmo de tentar. Julgamos que não vale a pena gastar tempo aprendendo algo novo,
algo que não sabemos ao certo se fará diferença no futuro. Mas vale! Aprender a
aprender é uma habilidade importante para todas as pessoas: é a capacidade de
descobrir quais movimentos são necessários para que as transformações desejadas
aconteçam.
76
objetivos dessa educação, que considera o papel crucial dos meios
sociais e culturais, está a possibilidade de “dar respostas à sede de
conhecimento, de beleza ou de superação de si mesmo; ou, ainda, de
aprimorar e ampliar as formações estritamente associadas às
exigências da vida profissional, incluindo as formações práticas”
(DELORS, 2012, p. 32).
77
turma de nível Pré-A (faixa etária de 4 anos) e constataram o papel da escuta atenta
como um canal aberto para a promoção do aprender.
DICA DE LEITURA:
Delors, J. (Org.). Educação um tesouro a descobrir – Relatório para a Unesco da
Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI 7ª edição. Editora
Cortez, 2012.
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000109590_por
Aprender a fazer
Conhecer e fazer são práticas indissociáveis. Por isso, esse segundo pilar
é consequência do primeiro (FRIEDMANN, 2011). Desde o início da vida, a busca por
atribuir significado às experiências faz parte do desenvolvimento humano. Sendo
assim, a experimentação prática dos conhecimentos por meio do corpo possibilita o
processo de atribuições de significados singulares e consistentes, formando a base
para as aquisições e desafios seguintes. Conforme Delors (2012), a aplicação prática
do conhecimento para a resolução de problemas envolve a criatividade, a
78
comunicação e a cooperação, tornando a pessoa apta a enfrentar numerosas
situações desafiadoras nos diferentes campos de experiência.
A criança
O documentário “O começo da vida 1” (2016), apresentado pela Fundação
Maria Cecilia Souto Vidigal, Fundação Bernard Van Leer, Instituto Alana e Unicef, é
composto por relatos de famílias, educadores e pesquisadores do desenvolvimento
humano e aborda a importância dos primeiros 1000 dias, contabilizados desde o
nascimento, para o desenvolvimento da criança ao longo de toda a sua vida. No filme
são discutidos aspectos sobre o papel do vínculo para o desenvolvimento neuronal,
comportamental e emocional, assim como o impacto social e econômico do
investimento nas primeiras etapas da infância. Vale a pena conferir!
O começo da vida 1
https://www.videocamp.com/pt/playlists/believe-films-0152eec9-4f9f-4859-
a32a-2fca495d11f2
10minutos Trechos: minutos 4 a 13 e minuto 39.
79
singularidade respeitados, cabendo ao adulto se disponibilizar enquanto figura de
parceria para a co-construção de novas experiências e para a superação de desafios.
PARA REFLETIR
Como administro meu tempo?
O que me proponho a fazer ao longo
de um dia, uma semana ou um mês realmente
condiz com o tempo e os recursos que disponho?
Saber dosar, saber a hora de parar,
saber dizer não... Parece simples, mas não é. Em
geral fazemos automaticamente aquilo a que já
estamos acostumados. Nesse sentido, mudar
algumas práticas pode ser desconfortável no começo, mas à medida que o tempo
transcorre essas práticas vão se incorporando ao cotidiano.
Aprender a conviver
Para a BNCC este pilar compreende: “conviver com outras crianças e
adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando
80
o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças
entre as pessoas”.
Nesse sentido, aquilo que se pensa, as escolhas que se faz e a forma como
se sente também são reflexo dessa grande rede de interconexões. Quanto maior
for a consciência a respeito disso, melhor será a compreensão do outro e a percepção
da interdependência entre o eu e o outro, a escola, a cidade, o país e o mundo em que
se vive. Logo, a partir da compreensão da interdependência humana potencializa-se
a habilidade de realizar projetos comuns e gerenciar conflitos, respeitando-se a
pluralidade (FRIEDMANN, 2011; DELORS, 2012).
81
caminho para auxiliá-la no reconhecimento das semelhanças e diferenças com
o outro, respeitando as singularidades;
82
• Telefone sem fio: nessa atividade, as crianças sentam-se em círculo. A
primeira criança deverá dizer uma palavra no ouvido da que está ao seu lado
e assim sucessivamente até a última, que falará em voz alta o que ouviu.
DICA DE LEITURA
Palmieri, M. W. A. R. Jogos cooperativos e a promoção da cooperação na
educação infantil. Psicologia Escolar e Educacional [online], v. 19, n. 2, pp. 243-25,
2015.
https://doi.org/10.1590/2175-3539/2015/0192823
10 minutos
Aprender a ser
Este pilar enfatiza o papel essencial da educação como via para a garantia
dos direitos de liberdade de pensamento, discernimento, sentimento e imaginação
necessários ao pleno desenvolvimento das potencialidades humanas (FRIEDMANN,
2011).
Alguns norteadores para essa prática podem incluir:
• Lembrar que cada pessoa tem sua própria história, seu temperamento e seu
modo de fazer as coisas, portanto o olhar atento às singularidades fornece
informações essenciais para possibilitar à criança o autoconhecimento;
83
disponíveis como meio para a comunicação com o outro de modo espontâneo,
autêntico e efetivo;
DICA DE LEITURA
Os quatro pilares da educação
https://www.soescola.com/2018/07/os-quatro-pilares-da-
educacao.html
6 minutos
Ao tratar sobre os cinco campos de experiência, a BNCC (BRASIL, 2018)
toma as experiências significativas do cotidiano do estudante como vias para a
construção de conhecimentos. Para serem verdadeiramente significativas, essas
experiências devem estar todas integradas e apoiadas em vínculos profundos e
estáveis com os educadores e com os colegas.
84
Resumo
Os quatro pilares da Educação
Aprender a conhecer
Aprender a conhecer é adquirir as
competências para a compreensão e a
construção de conhecimentos. Nessa
aprendizagem deve imperar o exercício do
pensamento, da atenção e da memória,
incluindo o estímulo à habilidade de selecionar
as informações que efetivamente possam ser
contextualizadas com a realidade em que se
vive, capazes de serem expressas através de
linguagens diferentes. Quem aprende a
conhecer aprende a aprender, e essa aprendizagem é absolutamente essencial para
as relações interpessoais e para as capacidades profissionais futuras.
Aprender a fazer
Aprender a fazer enfatiza
a questão da formação profissional e o
preparo para o mundo do trabalho. A
escola, desde a Educação Infantil,
deve ressaltar a importância de se pôr
em prática os conhecimentos
significativos ao trabalho futuro.
Aprender a conviver
Aprender a conviver significa aprender a viver juntos, a viver com os
outros. Para que essa aprendizagem aconteça, é essencial que a escola seja um espaço
estimulador de projetos solidários e cooperativos, identificados pela busca de
objetivos comuns. Os precursores do autoconhecimento e da autoestima são os
mesmos da solidariedade e da compreensão. Sendo assim, é essencial estimular a
descoberta de si para que a criança possa descobrir o outro.
Aprender a ser
Aprender a ser retoma a ideia de que todo ser humano deve ser
preparado inteiramente para o desenvolvimento de suas potencialidades, incluindo:
85
• Corpo e mente;
• Inteligência e sensibilidade;
• Sentido estético e responsabilidade pessoal;
• Ética e espiritualidade.
BNCC na prática: tudo o que você precisa saber sobre Educação Infantil
O livro digital publicado pela revista Nova Escola fornece um panorama
sobre a aplicabilidade prática dos conceitos e premissas da BNCC especialmente na
Educação Infantil. O e-book também disponibiliza uma lista de autores que pautam
seu trabalho nas premissas da BNCC.
https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/138/bncc-para-a-educacao-
infantil-baixe-em-pdf-o-livro-digital
50 minutos
Competências Socioemocionais
Os quatro pilares da educação estão alinhados com o desenvolvimento das
competências socioemocionais. A figura a seguir apresenta uma matriz que tem por
base o desenvolvimento da autonomia da criança, relacionando os pilares da educação
para atingir diferentes objetivos, o que é facilitado por meio do desenvolvimento de
algumas competências socioemocionais. Dentre essas competências, o
autoconhecimento e a autorregulação já foram estudados no Módulo 1 e agora serão
destacadas a consciência social e as habilidades de relacionamento.
86
4. Consciência social
A consciência social envolve ter empatia, se preocupar com o outro e
respeitar diferenças.
A empatia
A empatia é uma característica individual e uma habilidade necessária
para o trabalho com crianças e suas famílias. Ela facilita a compreensão e o diálogo
entre diferentes perspectivas, auxilia na resolução de problemas e pode modelar, a
partir do exemplo, a consciência social das crianças pequenas.
87
saber se um comportamento é permitido, proibido, tolerado ou encorajado (BIGRAS;
MACHADO, 2014).
88
• Tratar as famílias como tomadoras de decisão, partindo da perspectiva de
que conhecem as potencialidades e as necessidades de seus filhos, mas
também desejam apoio.
• Mostrar disponibilidade para auxiliar, fazer sugestões e compartilhar as
estratégias utilizadas na escola sempre que solicitado pelas famílias.
• Buscar estabelecer vínculos de confiança com as famílias por meio da
abertura para trocar experiências, como a partilha de histórias pessoais que
possam se conectar com as vivências das famílias.
• Ter consciência de até onde vai o seu papel na relação com as crianças e com
as famílias para estabelecer limites e garantir a preservação de seu próprio
bem-estar físico, mental e emocional.
89
relaciona com o mundo a sua volta e essa aprendizagem ocorre
por meio das interações com o outro. Esse artigo aborda a
importância da afetividade na relação entre educador e
criança, educador e família, educador e outros educadores,
criança e seus pares, mostrando como construir relações de
carinho, cuidado e respeito no cotidiano da Educação Infantil.
https://novaescola.org.br/conteudo/17883/afetividade-na-
educacao-infantil-a-importancia-do-afeto-para-o-processo-
de-aprendizagem
5 minutos
Autocompaixão como prática de autocuidado para cuidar do outro
A autocompaixão pode ser definida como o movimento de ter empatia consigo mesmo,
identificando e respeitando seus próprios limites, suas emoções e necessidades
biopsicossociais. Neff e Germer (2017), ao se referirem sobre as pessoas que se
dedicam a cuidar de outras pessoas, alertam para a “fadiga de compaixão”, uma
síndrome que pode levar à exaustão e ao esgotamento profissionais de diferentes
áreas do cuidado que têm contato com múltiplas histórias de vida, algumas delas,
permeadas por traumas, abusos e violências. Para evitar esse esgotamento, o
exercício da autocompaixão oferece ao profissional habilidades para a promoção do
autocuidado. Segundo as pesquisadoras, em vez de apenas ajudar os outros, a
autocompaixão é uma forma de recarregar as baterias emocionais, reconhecendo que
existem diferenças nos níveis de sofrimento e dificuldade humana, mas que toda
dor, inclusive a dor por ver o sofrimento do outro, merece ser abraçada com
compaixão. Ao cuidar de si, o cuidador, nesse caso o educador, reabastece suas
reservas internas para poder oferecer mais àqueles que necessitam do seu cuidado.
O começo da vida 1
Neste recorte discute-se alguns pontos sobre a forma como a criança se relaciona
com o meio do qual faz parte, exemplificando que na infância a empatia ocorre de
forma espontânea com os diversos seres, inclusive através da simbolização na
brincadeira. O papel do adulto seria, portanto, o de se conectar com aquilo que faz
sentido para a criança, como meio para estimular novas descobertas e fortalecer o
vínculo com ela.
https://www.videocamp.com/pt/playlists/believe-films-0152eec9-4f9f-4859-
a32a-2fca495d11f2
6 minutos
Minutos 44,3 a 50,2
90
comportamento empático infantil na interação face-a-face: expressão facial de
apreensão, atenção emocional e olhar brilhoso, os quais ocorriam principalmente após
a mãe manifestar alguma emoção negativa. Tais dados corroboram o entendimento
da empatia como um processo que ocorre através da dinâmica da interação com o
cuidador desde os primeiros meses de vida e trazem à luz o reconhecimento do bebê
enquanto agente intencional com vontades e emoções próprias.
91
Consciência social nas crianças bem pequenas e nas crianças pequenas
92
Forças de caráter são traços universais que podem estar mais presentes em alguns
indivíduos do que em outros, mas que podem ser fortalecidos nas interações sociais,
conforme os valores presentes naquele contexto (PETERSON; SELIGMAN, 2004).
DICA DE LEITURA
Para conhecer as 24 forças de caráter desenvolvidas por Peterson e Seligman
(2004) e descobrir quais são as principais forças e virtudes que você tem, assim
como aquelas que você pode buscar desenvolver se desejar, consulte gratuitamente
o Inventário de Forças de Caráter.
https://www.viacharacter.org/survey/account/register
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Consciência social
6. Habilidade de relacionamento
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Para abordar a temática das habilidades de relacionamento, abordaremos
alguns conceitos e evidências de estudos que reforçam a importância da qualidade
da interação educador-criança como ponto de partida para a aquisição de novas e
cada vez mais complexas habilidades de comunicação. Brofenbrenner e Morris
(2006) apresentam o conceito de processos proximais para explicar como a
interação face-a-face da criança com seus agentes de cuidado e estímulo (na esfera
familiar e não-familiar) favorece a aquisição de novas habilidades e facilita a
autorregulação emocional e social.
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as crianças desenvolvam estratégias e habilidades saudáveis e equilibradas, além de
favorecer os processos de aprendizagem como um todo (MORTENSEN; BARNETT,
2015; MONDI; REYNOLDS, 2021).
As características da criança:
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O fazer na Educação Infantil demanda um envolvimento físico, mental e emocional
do educador. Por isso, suas características pessoais (temperamento, história de vida
e trajetória profissional) são importantes para a qualidade das interações com as
crianças.
A formação profissional e o
conhecimento técnico sobre a atuação
na primeira infância influenciam no
sentimento de eficácia profissional, o
que pode levar a maior ou menor
engajamento nas interações com as
crianças, principalmente diante de
situações desafiadoras. Além disso, a compreensão a respeito das características
do desenvolvimento infantil na fase da infância em que se está atuando auxilia os
profissionais a adaptarem seu próprio modo de agir e interagir para gerarem
vivências que criem experiências de aprendizagem eficazes e significativas.
(HOWES; JAMES; RITCHIE, 2003).
As características da família:
Para além disso, como já foi mencionado, a etnia da família deve ser
observada a fim de que diferenças não sejam acentuadas e gerem distanciamento.
Por fim, as habilidades socioemocionais dos pais/responsáveis são fundamentais, uma
vez que a sensibilidade familiar e o manejo adotado diante das características
temperamentais da criança e de possíveis dificuldades que surjam em seu
desenvolvimento são alguns dos fatores mais importantes para a compreensão tanto
dos comportamentos da criança quanto de seus desdobramentos a longo prazo.
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Compreender as potencialidades e
limitações de cada família, no que
diz respeito ao seu próprio
repertório de habilidades sociais e
emocionais, ajuda o educador a ter
uma postura de não julgamento e a
assumir uma postura de ouvinte
disposto a auxiliar naquilo que for pertinente à família ou necessário para o cuidado
integral da criança.
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apresentaram uma pesquisa-ação realizada por uma professora de Cingapura com
crianças de dois a três anos de idade. Visando promover a aquisição de habilidades
de comunicação e resolução de conflitos que possibilitassem às crianças maior
independência e assertividade diante de suas necessidades, pensamentos, emoções
e comportamentos, a professora implementou um programa de seis etapas
fundamentado na abordagem High/Scope de David Weikart (acesse o vídeo abaixo
para saber mais). Nessa abordagem, a criança é ativa e considerada como
protagonista do processo de aprendizagem, enquanto o adulto desempenha uma
função de apoio e parceria diante de novos desafios. Como resultado da intervenção
constatou-se o aumento do repertório verbal e comportamental utilizados para a
comunicação e a negociação entre os pares, assim como maior autorregulação
emocional diante de limites, regras e das necessidades dos demais.
Por fim, Yang et al. (2021) argumentam sobre o potencial transformador da cultura
de pesquisa na Educação Infantil. A abertura do educador para o movimento de
educação permanente, como preconizado pelo Relatório da Unesco para a Educação
do Século XXI, possibilita que o profissional pense em práticas cientificamente
fundamentadas, como a pesquisa-ação, por exemplo, que possam ser planejadas de
acordo com as singularidades presentes na sala de aula e com as características
sociais e culturais do contexto educativo. Para os autores, essa pode ser a chave
para o avanço de práticas amparadas na aprendizagem socioemocional (ASE), as quais
são sensíveis às demandas específicas e aos recursos disponíveis em cada meio
social, sendo o educador um agente que questiona, investiga, planeja e promove
condições para o desenvolvimento integral das crianças.
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