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● Negativismo acentuado.
● Observação de detalhes.
● Afetuosa – Curiosa.
● Contar histórias, ora reais ora fictícios, para que ela aprenda as
diferenças.
● Tem iniciativa.
Podemos observar quatro áreas no desenvolvimento de uma criança, as quais são: a física, a cognitiva, a
emocional e a social. Essas áreas necessitam estar sintonizadas e precisam se desenvolver na mesma proporção.
Uma criança que no dia a dia tem contato com livros, com a internet, com jogos de construção, mas que, ao
mesmo tempo, não tem o hábito de frequentar playgrounds, praticar esportes e ter pequenas responsabilidades,
como tomar banho ou vestir-se sozinha, indiscutivelmente terá uma área cognitiva prevalecendo sobre as outras.
É comum nos depararmos com crianças com menos de cinco anos que já leem e escrevem algumas palavras,
comportamento que gera dúvidas nos pais, os quais começam a se questionar se seu filho se encontra na série
correta ou se não deveria frequentar uma turma mais “avançada”.
Nesse caso, não podemos esquecer que essa competência se apresenta nos momentos em que a criança quer,
sem que o escrito ou a leitura possua um significado ou uma função social. Se exigirmos a escrita como tarefa
diária dessa criança, ela apresentará dificuldades, pois emocionalmente estará em outra fase. Além disso, essa
atividade, antes prazerosa, passará a ser cansativa, pois suas habilidades motoras não estarão preparadas para o
momento.
Por fim, é preciso mencionar o aspecto social. Em uma turma mais avançada, o relacionamento da criança com
os colegas da sala poderá ser comprometido, afinal ela buscará brincadeiras de sua idade e não da idade das
crianças do grupo em que ela se encontrará, o que não permitirá a criação ou o fortalecimento de vínculos.
A primeira infância é uma fase muito importante e deve ser tratada como tal, pois é a base para o
desenvolvimento do indivíduo como um todo. A curiosidade é nata nas crianças, o que faz com que elas
constantemente busquem respostas. À medida que elas desenvolvem as competências linguísticas, elas
começam a se expressar de outras formas; nesse momento, as competências físicas, emocionais e sociais se
integram, propiciando o desenvolvimento cognitivo.
Onde e como a criança pode construir e interiorizar regras, saber compartilhar, aprender a lidar com as
frustrações, conquistar autonomia, ser autoconfiante, desenvolver a coordenação motora e ser protagonista da
sua história?
A Educação Infantil pode proporcionar tudo isso e muito mais. Por isso, o espaço escolar deve oferecer
condições, meios e oportunidades para que a criança utilize seus conhecimentos prévios e construa novas
aprendizagens.
A criança aprende através de desafios, em um ambiente atrativo e organizado. Ao ser desafiada, ela adquire
novas formas de pensar, provocando a imaginação, o desenvolvimento da sensibilidade e a construção do
conhecimento.
O convívio com outras pessoas é outro aspecto fundamental, pois ele proporcionará a aprendizagem da
diversidade, como também o aprendizado de regras sociais e de convivência.
A parceria entre escola e família é o que vai consagrar todo o trabalho realizado na Educação Infantil, e o
respeito e a confiança são as bases que garantirão o sucesso dele.
*Vera Lucia Fernandes é pedagoga e psicóloga, com especialização em Psicopedagogia no Centro
Universitário FIEO, coordenadora pedagógica da Educação Infantil e do 1º ano do Ensino Fundamental do
Colégio Objetivo, unidade Alphaville.
A Criança de 0 a 2 anos
Ao nascer, a conduta da criança é determinada hereditariamente. Ela desenvolve os reflexos inatos, como, por
exemplo o de sugar, por meios de exercícios funcionais, que são exercícios de repetição de seus atos. Na
interação com os objetos e pessoas, a criança vai assimilando suas próprias reações aos estímulos que recebe. A
partir dessas repetições e, conseqüentemente, assimilações, a criança vai construindo aos poucos uma lógica de
ação. Por meio da ação, a criança de refere aos acontecimentos, recorda-os e pode produzi-los. O universo que
inicialmente estava centrado no corpo da criança e em sua ação, vai sendo descentrado de tal forma que ela
acaba por situar-se como alguém num universo maior, num universo de objetos permanentes.
A Criança de 2 a 7 anos
A criança, neste período, reconstrói conceitualmente tudo o que, desde o seu nascimento, constituiu como ação.
Os esquemas sensórios-motores já não são os únicos instrumentos de aprendizagem e desenvolvimento. A
criança possui a capacidade de representação verbal e de pensamento. A criança agora é capaz de interagir com
o objeto, mesmo ausente, criando significantes que o representam como desenhos, gestos, palavras ou outros
objetos. A capacidade de representação da criança se manifesta de diferentes formas: a imitação, a brincadeira
de faz-de-conta, o desenho, a imagem mental e a linguagem. A linguagem escrita também surge neste período,
que além de fazer parte do sistema de representação, começa a ser objeto de interesse da criança. Nesta fase a
criança amplia muito, sua capacidade lingüística, com o uso de verbos simples, adjetivos e advérbios de tempo e
de lugar. Enquanto as crianças mais novas falam para si mesmas ainda que estejam juntas com outras crianças,
as mais velhas já são capazes de estabelecer trocas verbais com seus pares e os adultos. Conhecer como as
crianças se desenvolvem e aprendem, com certeza, vai nos auxiliar na escolha das melhores estratégias para
uma educação cristã mais afetiva e compromissada com a construção de um ser humano mais feliz. Vejamos
agora a descrição das características do crescimento e desenvolvimento da criança, bem como algumas breves
orientações de acordo com cada idade. Vale lembrar que este quadro representa uma síntese de diversos estudos
na área do desenvolvimento infantil e que por isto não pode ser considerado completo e definitivo.