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TÉCNICAS PROJETIVAS E EXPRESSIVAS DE AVALIAÇÃO

Desenho da pessoa

OBS: HTP não


trabalha com
desenho de família,
é recomendado
pedir, mas não
conseguiremos
falar sobre desenho
de família nesta
matéria.
• Estimula mais associações conscientes, incluindo a expressão direta da imagem
corporal. Desperta sentimentos tão intensos que alguns paranoicos ou antissociais
podem se recusar a faze-los. A qualidade do desenho reflete a capacidade de
atuar em relacionamentos.

• Este desenho também pode evocar o papel e atitude sexuais em relacionamento


interpessoal específico ou a relacionamentos interpessoais em geral. Este
desenho pode manifestar três tipos de projeções:

1) Autorretrato
2) Eu ideal ou ideal do ego
3) Pessoas significativas
• Autorretrato, relacionamento interpessoal.

• O desenho da pessoa revela o grau de ajustamento num nível psicossocial. O


desenho da pessoa pode conter elementos do autorretrato ou de um self ideal,
embora possa resultar da percepção de outras pessoas significativas.

• Na idade pré-escolar(5 a 6 anos de idade),a maioria dos desenhos já apresenta as


mãos e os dedos. A mão é desenhada como um circulo e os dedos como linhas
retas. Os pés só aparecem um pouco mais tarde.

• Por volta dos 8 anos de idade, surge a separação entre a cabeça e o corpo(o
pescoço simboliza a ligação entre o mental e o físico). Nessa época as crianças
apresentam maior consciência da necessidade de controle intelectual.
• Entre os 8 e 10 anos de idade surgem também os braços e as pernas em duas
dimensões, ocorre um aperfeiçoamento do desenho da figura humana em termos
de aspectos integrativos e surge a consciência do corpo como uma unidade, no
lugar de uma série de partes somadas umas às outras.

• Na puberdade e adolescência, além do desaparecimento da concepção


fragmentada do corpo humano, os desenhos adquirem maior sofisticação. O corpo
adquire uma nova e especial importância e, consequentemente, dependendo do
sexo do examinando, os desenhos enfatizam atributos, como tamanho, força,
graça, atração física, etc. Só aqui é que surge algum tipo de reconhecimento das
diferenças sexuais, como a forma do corpo, contornos, curvas, etc.
• Muitos adolescentes atribuem aos seus desenhos uma idade superior à sua
própria, o que é evidência de seu interesse em crescer, indicando os desejos
acerca de si mesmo e colocando na figura que desenham uma promessa daquela
realidade para o futuro.

• Os desenhos na maioria das vezes revelam problemas infantis e representam um


dos canais de expressão dos medos, esperanças e fantasias. Quando o homem
desenha uma mulher, o desenho pode ser a representação de uma criança, de
uma moça ideal com quem sonha um dia casar-se ou da figura materna, ou um
problema de identidade sexual se desenha primeiro a figura do sexo oposto.
• E importante observar quais as partes do corpo feminino que são enfatizadas.

• Quando os seios são desenhados muito grandes ou com muito cuidado, pode
indicar desde fortes necessidades de dependência oral até atração pelos mesmos.

• Se os braços e mãos são colocados e proeminentes, pode estar indicando tanto a


necessidade de figura materna pro como dificuldades de interação com o
ambiente.

• Ombros e outros indicadores de masculinidade desenhados de forma exagerada


na figura masculina denotam expressão de insegurança com respeito à
masculinidade, sentimentos de inadequação e inferioridade.
• Os desenhos das crianças pequenas são muito semelhantes aos desenhos de
paciente psicóticos, que representam a figura humana empobrecida e destituída
de qualquer elemento emocional. Porém, isso ocorre pela falta de habilidade e
maturidade em função de seu estágio de desenvolvimento e não pode ser
identificado com o afastamento da realidade que é típico de um indivíduo
psicótico.
FIGURAS INACABADAS

• A distorção ou omissão de qualquer parte da figura sugerem conflitos que podem


estar relacionados com a parte em questão. Por exemplo, é comum voyeuristas
omitirem os olhos; pessoas muito inseguras não desenharem os braços;
indivíduos com conflitos sexuais omitirem partes do corpo, etc.

• Observações, rasuras, sombreamento ou reforçamento têm o mesmo significado


de interpretação das distorções e omissões.

• Não esquecer que quando o examinando faz uma figura incompleta, o


examinador deve oferecer outra folha e solicitar ao mesmo que desenhe uma
figura completa.
FIGURAS INACABADAS

• Desenho só da cabeça — censura ao próprio corpo ou sexual, Em alguns casos


pode indicar valorização exagerada da própria inteligência ou refúgio na fantasia.

• Desenho apenas da cabeça e tórax — censura da área genital, forte preocupação


sexual ou desajustamentos em relação ao corpo.

• Dificuldade para desenhar braços e pernas visíveis- inabilidade para estabelecer


contatos sociais espontâneos e dificuldade para avaliar corretamente as próprias
potencialidades.

• Partes omissas — censura da parte omitida (comum em imaturos que não querem
tomar conhecimento dos problemas do mundo, pessoas com Transtorno de
Somatização e Transtorno de Ansiedade Generalizado).
SUCESSÃO DAS PARTES DESENHADAS

• Em crianças é normal as alterações sequenciais, porém nos adultos apresentam


outros significados.

• Começo pela cabeça — aceitação do desenvolvimento (é o modo mais comum de


iniciar o desenho, pois é na cabeça que estão os conceitos do self).

• Começo pelas mãos, braços, tronco e cabeça por último — dificuldade nas
relações pessoais e predomínio de aspectos mecânicos da personalidade (em
alguns casos, indica perturbações do pensamento).

• Começo pelas pernas e pés — desânimo, desencorajamento e dificuldade em


caminhar na vida (comum em Deprimidos).

• Começar uma parte e abandonar, ir para outra ou retomar para a inicial —


distúrbio sério de despersonalização (comum em começo de Esquizofrenia).
SUCESSÃO DAS PARTES DESENHADAS

• Começo pelo cabelo — problema de virilidade (comum em pessoas com distúrbios


na área da sexualidade e sugere também Impulso Sexual Excessivo).

• Começo pelo rosto — necessidade de agradar e de inter-relacionar com as pessoas


(no rosto é que estão todos os elementos da inter-relação social).

• Começo pelo pescoço — necessidade de viver sob controle e policiamento dos


desejos do corpo (o pescoço é o elemento de ligação entre as forças afetivas e os
impulsos controladores do corpo).

• Começo pelos ombros — ambição, desejo de autoafirmação e fantasia de força e o


poder, no caso de ombros largos (comum em pacientes com Transtorno de
Somatização).
SUCESSÃO DAS PARTES DESENHADAS

• Começo pelos braços — ambição por meios econômicos, por compreensão, afeto,
desejo de inter-relação ou sentimentos de culpa, quando são muito retocados (é
importante verificar se a ambição é positiva ou negativa).

• Começo pelas mãos — pessoa ambiciosa ou sentimentos de culpa ou frustração.

• Começo pelas pernas — desejo ou fantasias de mudanças, física ou profissional.

• Começo pelo pé — desejo de mudança ou desencorajamento (comum em


pacientes Deprimidos e em alguns casos de Distúrbio Sexual).

• Começo pelos pés com dedos — afetividade primitiva, sensualidade instintiva e


sem controle ou agressividade (sugere Transtorno de Conduta e/ou Transtorno de
Personalidade Antissocial).
SUCESSÃO DAS PARTES DESENHADAS

• Cabeça desenhada por último — distúrbio mental (explorar a possibilidade de


perturbação do pensamento).

• Começo pelo vestuário — necessidade de chamar a atenção, preocupação com as


roupas, com a sociedade ou sentimento de inferioridade, necessidade de proteção
e couraça (sugere Transtorno de Personalidade Narcisista).
ORDEM DAS FIGURAS

• O esperado do ponto de vista de identificação sexual é que as pessoas desenhem


o próprio sexo em primeiro lugar. Quando o desenho não representa o
autorretrato do autor, outras variáveis podem estar influenciando a escolha,
como fantasias românticas, preocupações momentâneas, grande relação afetiva,
conflitos com o progenitor do sexo oposto, identificação com o sexo oposto,
conflitos frente a identidade sexual ou outras condições temporárias do sujeito.

• Estudos têm confirmado a visão, geralmente aceita, de que a grande maioria das
crianças desenha seu próprio sexo primeiro, quando solicitadas a desenhar a
figura humana. Observa-se também que a porcentagem de meninas desenhando
seu próprio sexo declina com a aproximação da adolescência.
ORDEM DAS FIGURAS

• Essa mudança que ocorre num significado número de meninas nem sempre
representa uma troca no papel ou na identificação sexual. Quando uma
adolescente desenha a figura masculina em primeiro lugar, pode estar expressando
um interesse pelo outro sexo, e não problemas na identificação sexual.

• Na adolescência parece haver maior inclinação a desenhar um amigo da mesma


idade ou um adulto solícito, do que os próprios pais.
ORDEM DAS FIGURAS

• Crianças — desenham com mais frequência pessoas significativas de seu ambiente


(pai, mãe, irmãos, professores, etc.), e não a percepção do próprio self,
provavelmente porque os pais representam um modelo de identificação que a
criança quer incorporar.

• Crianças de 7 a 16 anos — desenham primeiro a figura do sexo oposto quando têm


maior estima por este ou quando apresentam sentimentos negativos para consigo
mesmo, quando são mais dependentes faltando-lhes segurança quanto a própria
imagem ou quando não têm plena consciência do próprio sexo do ponto de vista
das características sexuais já reconhecidas.

• Adultos — que reproduzem as figuras parentais em seus desenhos, normalmente


mostram-se presos ao passado, sem jamais terem conseguido atingir totalmente a
independência do controle parental.
ORDEM DAS FIGURAS

• Quando pergunta sobre o sexo que se deve desenhar primeiro — confusão a


respeito do papel sexual.

• Desenho do próprio sexo em primeiro lugar — identificação com o papel


característico do próprio sexo (é o mais comum).

• Desenho do sexo oposto em 1°lugar—pode simbolizar fantasias românticas,


preocupações momentâneas, conflitos com o progenitor do sexo oposto forte
ligação e dependência com o genitor ou com a pessoa que tem mais afinidade sexo
oposto, confusão a respeito do papel sexual, perturbação na identificação sexual e
em alguns casos homossexualidade.
VISÃO GERAL DAS FIGURAS

• Simbolizam o grau de auto exposição do paciente.

• Figura de frente — quando é a figura do sexo do autor indica aceitação de si


mesmo boa evolução psicossexual e relacionamento com o mundo exterior de
forma t e franca.

• Figura de perfil — atitude evasiva, necessidade de esconder dos outros os próprios


sentimentos, recusa em apreender a realidade, dificuldades e indiferença para com
o meio, problemas de relacionamento afetivo, tendência para evitar o confronto
com os problemas e busca de satisfação na fantasia (desenho comum em crianças
inteligentes, mas ocorre também em psicóticos).

• Figura de costas — grande problema de ajustamento, fuga do meio, dissimulação


dos impulsos “proibidos”, culpa e vergonha (comum em Transtorno de
Personalidade Paranóide).
VISÃO GERAL DAS FIGURAS

• Figura com o rosto de perfil e corpo de frente — em crianças, é comum devido a


certa imaturidade perceptiva. Em adolescentes pode indicar conflitos entre
exibicionismo e controle social; já nos adultos sugere dificuldades de ajustamento,
de percepção do meio e de si mesmo ou falta de habilidade técnica.

• Figura com a cabeça de perfil e olhos de frente — discernimento escasso e falta de


perspectiva (comum em Esquizofrênicos, Transtorno de Somatização e/ou de
Transtorno de Aprendizagem).

• Desenho pedagógico (ou figura de palitos) — grande dificuldade nas relações


interpessoais ou expressão de desprezo e/ou hostilidade em relação a si mesmo
(comum em adolescentes que se sentem rejeitados, em Transtorno de
Personalidade Antissocial e/ou Hipocondria).
VISÃO GERAL DAS FIGURAS

• Estátuas, múmias, etc., — enrijecimento das defesas e fuga das situações


emocionais e do convívio com as pessoas (sugere Transtorno do Pânico).

• Palhaços, caricaturas, anões, monstros, figuras grotescas, etc. - esforço


inconsciente para deformar a realidade, desprezo e hostilidade para com as
pessoas e atitude auto-depreciativa ou sentimento de inadequação e pobre
conceito de si mesmo, (comum em adolescentes que se sentem rejeitados),
Idade das figuras

• A atribuição de idade à figura humana simboliza o indício dos desejos, atitudes


culturais e perspectiva temporal do examinando.

• Idade da figura próxima à do examinando — bom nível de maturidade


sociocultural.

• Idade da figura inferior à do examinando — imaturidade, fixação emocional em


alguma fase ou reação a traumas, quando o indivíduo se fixa em uma época
anterior mais feliz (sugere Transtorno de Estresse Pós-Traumático).

• Idade da figura superior à do examinando em geral sugere vivências depressivas


e/ou inadequadas para a idade. Nas crianças indicam sentimentos de não ser aceita
pelos pais, levando-as a inferiorizar essa experiência e sentir um forte desejo de
crescer ou pais dominadores ou identificação com um dos pais.
Simetria dos desenhos

• Muita ordem e igualdade entre as partes do corpo — rigidez, defesas compulsiva


e/ou muscular contra os impulsos ou ameaças do meio, preocupação com o certo
ou errado, frieza e distanciamento emocional ou necessidade de controle (comum
em Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo, perfeccionistas e
exibicionistas).

• Braços e/ou pernas de diferentes tamanhos ou largura — comum em crianças até


aproximadamente sete anos de idade; mais tarde sugere agressividade, dificuldade
escolar, imaturidade, coordenação pobre, excesso de espontaneidade, descuido,
falta de controle, impulsividade, hiperatividade ou insegurança, instabilidade, falta
de defesas, perda de equilíbrio da produção gráfica e desorganização mental.
Quando as diferenças são muito acentuadas, demonstra desarmonia na
personalidade e no comportamento (comum em Transtorno de Personalidade
Histriônico).
Movimentos nos desenhos

• Dos três desenhos o qual é mais comum de se encontrar indicando movimento é o


da FIGURA HUMANA e depois desta, a ARVORE; a CASA é sempre estática. Como
regra geral, podemos afirmar o seguinte: quanto mais involuntário, mais evidente e
desagradável for o movimento, maior o índice de patologia. O movimento da figura
pode avaliar o impulso para a atividade, a natureza do controle sobre os impulsos, a
fantasia, a mobilidade psíquica, a capacidade mental, a ação, o contato social, a
adaptação, etc.

• Figura parada ou com movimento moderado ou andando relaxados — bom


ajustamento, riqueza de vida interior e inteligência (considerado normal).

• Figura com movimento hesitante — insegurança, dissimulação e fraco controle


sobre as reações e impulsos (sugere Transtorno de Ansiedade Generalizada).
Movimentos nos desenhos

• Figura rígida, estática — (cabeça bem ereta, pernas presas uma a outra ou braços
estendidos lateralmente) - controle rigoroso sobre a vida impulsiva, inadequação
das defesas do ego, conflitos profundos, dificuldade para relaxar, medo de relações
espontâneas, repressão dos estímulos interiores, necessidade de segurar em algo
mais, face a uma ameaça de desorganização e medo de que os impulsos proibitivos
se rompam (comum em casos orgânicos e Transtorno de Personalidade Obsessivo-
Compulsivo, Transtorno Depressivo ou Esquizofrênicos).

• Figura com movimento excessivo ou involuntário, violento e desagradável —


inquietação, superatividade, excitação, impulsividade, impaciência, agressividade ou
desejo de dominar (comum em crianças hiperativas e/ou inquietas e Transtorno de
Personalidade Histriônico e Transtorno de Personalidade Borderline).

• Figura correndo — dependendo da configuração geral do desenho pode indicar


medo extremo ou pânico (sugere Transtorno do Pânico).
Transparência nas figuras

• A transparência simboliza o juízo crítico.

• Em crianças pequenas, de 5 a 7 anos de idade, não é considerado patológico,


porque não têm capacidade de abstração. No adulto, são importantes desde que
impliquem numa falha da percepção e da crítica frente à realidade, indicando a
presença de desorganização da personalidade ou a ruptura com o meio (mais
patológico). Por exemplo, uma transparência na roupa, como deixar aparecer o
braço sob a manga, não é tão sério quanto aparecer a mobília por meio das
paredes de uma casa ou os órgãos internos na figura humana.
Transparência nas figuras

• Figura nua — necessidade de exibir-se, de mostrar-se, de contato ou rebelião contra


a sociedade e/ou figuras paternas em alguns casos indica consciência de conflitos
sexuais (comum em Voyeuristas e Exibicionistas).

• Figura nua em desenho do próprio sexo — narcisismo, supervalorização do corpo


necessidade de exibição ou contato (comum em indivíduos infantis e egocêntricos e
também sugere Voyeurismo e Exibicionismo).

• Figura nua com as partes sexuais acentuadas — Ansiedade, /lmaturidade,


/Impulsividade revolta contra a sociedade e/ou figuras paternas, Exibicionismo,
conflitos sexuais ou voyeurismo.

• Figura nua mostrando pouca diferença entre o homem e a mulher — dificuldade


na identificação do papel sexual, confusão e repressão da libido.
Transparência nas figuras

• Figura parcialmente nua ou com roupa indicada por cintos ou botões —


autoestima pouco desenvolvida, falta de interesse pelas pessoas e negligência das
defesas sociais.

• Figura nua sob um robe ou uma roupa, mas sem mostrar a parte genital —
conflitos sexuais, exibicionismo e dificuldade de adaptação.

• Figura com roupa transparente ou com elementos sexuais por meio da roupa —
curiosidade sexual ou exibicionismo, necessidade de seduzir carência afetiva,
julgamento deficiente ou muito pobre, conflitos e problema com a área que mostra
a transparência.

• Figura com calça ou saia transparente -problemas sexuais, imaturidade,


exibicionismo e impulsividade (comum em, Homossexuais e Esquizofrênicos).
Transparência nas figuras

• Figura com sombreamento nos seios — necessidade materna, dependência,


curiosidade ou autoafirmação (comum em pré- adolescentes e em pessoas com
Transtornos de Somatização).

• Figura com transparência e/ou com contorno dos seios, desenhada por homem —
sentimentos de culpa, apego ou fixação à figura materna.

• Figura mostrando a anatomia interna ou transparência do corpo — Esquizofrenia


(concordância de vários autores).
Transparência nas figuras

• Figura com ênfase nas articulações — extrema preocupação com o corpo, sensação
de algo imperfeito na integridade corporal, dependência materna, insegurança,
incerteza e imaturidade afetiva e sexual. Em alguns poucos casos pode indicar a
necessidade de ação, movimento, uma forma de realizar-se, passagem da
inatividade à ação (a presença de joelhos e cotovelos é observada na maioria das
vezes em desenhos feitos por indivíduos com Transtorno de Personalidade
Paranoide, Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo e Hipocondríacos)
Cabeça

• Geralmente é desenhada em primeiro lugar. É a parte do corpo mais exposta e


considerada o centro do poder intelectual, racional, social e do controle dos
impulsos corporais. Representa também a autoridade de governar, ordenar, intuir,
etc.

• Simboliza o autoconceito e, juntamente com os traços fisionômicos, expressa as


necessidades sociais e de contato. A forma como é desenhada projeta o controle do
corpo e das fantasias.
Cabeça

• Cabeça de tamanho normal — autoconceito positivo.

• Cabeça exageradamente grande em relação ao tamanho do corpo — valorização


exagerada da própria inteligência, ambição, aspirações intelectuais, ou
agressividade, frustração nas aspirações intelectuais, sentimento de menos valia.
Introspecção e ênfase na fantasia como fonte de satisfação (comum em pré-
escolares até 5 ou 6 anos de idade, em crianças disléxicas, pessoas com Transtorno
Somatização, Transtorno de Personalidade Paranóide e Esquizofrênicos).

• Cabeça grande — confiança excessiva nas funções sociais e de controle, com


correspondente subestima do corpo e dos impulsos vitais, valorização da
inteligência, ênfase na fantasia como fonte de satisfação, aspirações intelectuais,
compensação por sentimentos de inferioridade e introspecção (comum em pessoas
preocupadas com doentes na família ou Hipocondríacas).
Cabeça

• Cabeça pequena em relação ao corpo — sentimento de menos valia, inferioridade


inadequação, preocupação com a crítica, desejo de negar o controle intelectual
pressão do desejo obsessivo em negar pensamentos dolorosos e sentimentos de
(comum em Deprimidos, pessoas com inteligência inferior ou socialmente não a das,
Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo e Fobia Social).

• Cabeça achatada — pressão ambiental repressão da fantasia ou da dinâmica


racional expressar sentimentos de que o ambiente reprime o potencial intelectual.

• Cabeça desenhada com muitas clareza em contraste com o corpo vagamente


esboçado ou pouco claro — supervalorização do intelecto, apego à fantasia como
mecanismo de compensação, sentimentos de inferioridade e/ou vergonha a
respeito das partes do corpo e suas funções.
Cabeça

• Cabeça e rosto pouco claros—necessidade de esconder-se, timidez e sentimentos


de inferioridade. ( sugere Transtorno de Personalidade de Esquiva.)

• Cabeça geométrica, triangular ou quadrada — comum em Esquizofrênicos.


Rosto

• Simboliza a interação com o meio, onde se inscrevem os pensamentos e


sentimentos. É mais expressiva do corpo, o centro da comunicação, do contato com
a realidade, sociabilidade.

• Rosto de frente — preparo para o confronto com a vida e boa interação com o meio.

• Rosto com ausência de contorno facial, mas com presença de olhos, nariz ou boca
— dificuldade de contato com o exterior (comum em Transtorno de Personalidade
Esquizoide).

• Rosto com contorno e acentuação dos caracteres faciais — esforço para manter
uma máscara social, ou timidez, sentimentos de inferioridade, menos valia ou
importância e/ou valorização do próprio eu (comum em alguns estados de
Transtorno de Despersonalização).
Rosto

• Rosto com contorno reforçado — dificuldade de inter-relação social, insegurança e


ansiedade ou culpa nos contatos sociais (sugere Fobia Social).

• Rosto com ausência de olhos, nariz ou boca — timidez, ausência de relação com o
meio, fuga dos estímulos exteriores ou do meio, imaturidade na comunicação,
tendência a evitar contatos, introversão, superficialidade, cautela ou hostilidade
(comum em pessoas tímidas, que vivem em seu próprio mundo e não se
comunicam, e sugere Transtorno de Personalidade Esquizóide).

• Rosto com marca ou cicatriz — sentimento de ser diferente dos outros e que os
outros percebem essa diferença.

• Rosto com sombreado — agressividade, tendência ao roubo.


CABELO

• O cabelo é a expressão do que está vivo e crescendo. Simboliza vitalidade, virilidade,


força, sensualidade e sexualidade. Adolescentes, narcisistas e homossexuais dão
grande ênfase ao cabelo, indicando o interesse pela aparência e a necessidade de
autoafirmação.

• Cabelo bem cuidado e/ou bem penteado — interesse pela aparência social,
desinibição, facilidade em mover-se no ambiente e bom equilíbrio psicossexual.

• Cabelo com traço firme — energia e vitalidade.

• Cabelo com sombreado forte -conflitos referentes a força e virilidade, ansiedade


com relação aos pensamentos e fantasias ou agressão (sugere Impulso Sexual
Excessivo).
CABELO

• Cabelo comprido e em abundância — sensualidade, virilidade e vitalidade sexual.

• Cabelo escasso -insegurança, sentimentos de inferioridade e inadequação,


sentimento de perda da virilidade e/ou da força.

• Cabelo extremamente bem penteado — preocupação em seduzir, narcisismo,


exibicionismo ou moralismo. Quando desenhado por homem sinaliza insegurança
da adequação masculina com esforço consciente para demonstrar virilidade
(comum em adolescentes do sexo feminino e Transtorno de Personalidade
Obsessivo-Compulsivo e sugere Transtorno de Personalidade Narcisista)

• Cabelo desordenado — infantilidade, sensibilidade primitiva ou discordância entre


as limitações e as convenções de ordem social; em alguns adultos sugere confusão
relacionada com fantasias sexuais.
CABELO

• Cabelo fora da cabeça — caráter regressivo (comum em Esquizofrênicos).

• Cabelo trançado - sujeição ou policiamento dos impulsos sexuais.

• Cabelo ondulado ou com cachos — desejo de chamar a atenção (comum em


meninas sexualmente precoces).

• Cabelo repartido no meio — conflito entre identificação feminina e masculina.


ambivalência afetiva ou social.

• Cabelo tampando o rosto — dissimulação dos problemas; em adultos sugere busca


compensatória de virilidade devido a sentimentos de inadequação ou conduta
sexual- mente desviada (sugere Impulso Sexual Excessivo).
CABELO

• Homem ou adolescente que desenha a mulher com cabelo bem delineado e


homem com chapéu— caráter regressivo e sexualidade infantil com fantasias viris.
O chapéu em alguns casos pode simbolizar a impotência.

• Homem ou adolescente que desenha a mulher com cabelo desordenado e o


homem com muita ordem — desordem ou imaturidade sexual e hostilidade à
mulher.

• Sem cabelos (careca) — falta de energia, desvitalização, sentimento de debilidade,


impotência, passividade ou isolamento (sugere Transtorno Depressivo).

• Testa grande — desejo de afirmação da inteligência (comum em Transtorno de


Somatização).
CABELO

• Franja em geral — dissimulação de fantasias sexuais e cobertura do problema sexual


ou corporal.

• Franja na figura feminina — domínio dos impulsos sexuais sobre os intelectuais.

• Rabo- de cavalo, presilhas, laços e fitas — controle da sensualidade.

• Fita no cabelo da figura feminina— esforços no sentido de contenção dos impulsos.


Barba e/ou bigode

• Simboliza na esfera da sexualidade a luta pela virilidade, principalmente entre


aqueles que têm fortes sentimentos de inadequação sexual ou dúvidas sobre a
masculinidade.
• Barba e bigode bem feitos —virilidade, vitalidade sexual ou busca compensatória
de demonstrar virilidade ou sinal de status social ou dúvida acerca da masculinidade
e atração pelo sexo oposto.
• Barba e bigode desenhados na mulher — ambivalência sexual, conflito com a mãe
e agressividade para com a mulher.
• Ênfase na barba—necessidade de dominância mais social que sexual e sentimento
de impotência social.
• Ênfase no bigode -busca compensatória de demonstrar virilidade.
• Barba reforçada em figura de perfil — compensação por debilidade e indecisão,
necessidade de parecer socialmente enérgico e dominante ou desejo de chamar a
atenção.
• Costeletas — -fantasia de poder sexual.
Olhos

• Simbolizam o contato com o mundo exterior, a percepção da realidade, a


discriminação perceptiva do ambiente e o controle.

• Olhos médios- bom ajustamento e contato equilibrado com a realidade.

• Olhos pequenos — exclusão ao mundo exterior e absorto em si mesmo.

• Olhos grandes — maior capacidade de absorver o mundo visualmente, observação,


curiosidade, dependência do ambiente e das experiências visuais ou desconfiança
(comum controladores e Transtorno de Personalidade Paranóide). Em mulheres
pode ser chamar atenção de homens, em desenhos feito por homens pode ser
homossexualidade se for grande e com cílios, se forem crianças pequenas,
desconsiderar importância dos olhos grandes. Pode ser influência de animes e afins.
Olhos

• Omissão — é um fenômeno raro, geralmente é o primeiro detalhe que a criança


desenha após a cabeça e por isso não deve ser considerado descuido; sua omissão
sugere culpa, vergonha, imaturidade afetiva e!ou psicossocial (comum em
Voyeuristas, crianças socialmente isoladas que tendem a negar seus problemas e
fugir para a fantasia.

• Olhos representados por um traço ou fechados introversão, não aceitação do meio,


desejo muito forte de evitar estimulação visual desagradável, passividade frente ao
meio, ou estado de dependência, imaturidade afetiva e recusa da realidade. A
pessoa que fecha os olhos para não ver (comum em Transtorno de Personalidade
Narcisista).

• Olhos representados por um ponto — imaturidade para enfrentar a vida, limitado


campo de visão, regressão, desejo de ver o mínimo possível e imaturidade no
contato com o meio (comum em Transtorno de Personalidade Paranóide).
Olhos

• Olhos sem pupila ou cegos — percepção vaga e não diferenciada do mundo,


acentuada relutância em aceitar estímulos do ambiente, recusa a enfrentar a
realidade das coisas, inibição, dificuldade de discriminação, imaturidade,
egocentrismo ou agressividade, hostilidade, culpa e vergonha (comum em
Transtorno de Personalidade Histriônico e em Voyeristas)

• Olhos representados por um círculo (da mesma forma que a boca ou nariz) — em
adultos indica infantilidade (comum em Transtorno de Aprendizagem). Nas crianças
sugere dependência, superficialidade ou falta de discriminação.

• Olhos muito bem trabalhados (embelezados) — nas meninas sugere feminilidade,


sedução, afirmação sexual e desejo de chamar a atenção. Nos rapazes, sexualidade
inadaptada e ambivalência sexual e/ou afetiva (comum em desenhos de
Homossexuais).
Olhos

• Olhos para baixo — fraco controle diante do meio, culpa e vergonha (comum em
Deprimidos).

• Olhos para cima — na mulher sugere desejo de chamar atenção, afirmação no


grupo ou desejo de contato sexual. No homem pode indicar ambivalência sexual ou
Homossexualismo.

• Olhos em negrito fixos e/ou reforçados conflito na inter-relação social, controle


sobre o ambiente, persecutoriedade, medo de perder o controle e medo de não
enxergar (comum em Transtorno de Somatização e de Personalidade Paranóide).

• Óculos — dissimulação da dificuldade em enfrentar o mundo, desejo de estabelecer


contato interpessoal e afetivo, necessidade de enxergar a realidade objetiva ou
status social (comum em pessoas com Transtorno de Somatização).
Sobrancelhas

• As sobrancelhas sugerem atitudes tanto de arrogância, dúvida como de


autoritarismo. A simbologia deste detalhe deve ser analisada de acordo com o
global.

• Sobrancelhas bem cuidadas com traços finos e delicados — sensibilidade e


refinamento pessoal.
• Sobrancelhas levantadas — arrogância, desdém, dúvida e dependendo da
expressão pode indicar medo ou pânico (comum em Transtorno de Personalidade
Paranóide).
• Sobrancelha peluda e grossa — sensualidade primitiva, áspera e não inibida.
• Sobrancelhas em linha reta—personalidade forte, decidida, teimosia e autoritária.
• Sobrancelhas, olhos grandes e cílios, na figura masculina desenhada por
homens.— comum em Homossexuais.
Nariz

• São inúmeros os simbolismos ligados ao nariz, principalmente porque é o órgão do


“faro” que denuncia os sentimentos de simpatia e de antipatia, orientando muitas
vezes os desejos e as palavras. As expressões populares conferem vários sentidos,
como: bisbilhotar, bufar, agredir, ser metido, intromissão — “meter o nariz onde não
é chamado”, “gente de nariz empinado”, desconfiança — “lá tem coisa que não
cheira bem”, simbolismo sexual (está na linha média do corpo e sobressalente como
o pênis).

• Nariz médio — bom ajustamento social e sexual.


• Nariz pequeno — infantilidade no plano sexual, temor de castração ou consciência
de debilidade sexual.
• Nariz grande — em adolescentes e adultos sugere desejo de virilidade e
compensação por sentimentos de impotência.
• Nariz grande feito por adolescentes — sensação ou medo da dificuldade de
estabelecer o seu papel estipulado.
Nariz

• Nariz grande na figura masculina — mecanismo de compensação associado com


sentimentos de impotência sexual (comum em pacientes masculinos que sofrem de
Depressão)
• Nariz com deformações — sentimento de menos valia e desvio sexual (sugere
impulso Sexual Excessivo).
• Nariz de perfil com o rosto de frente -infantilidade, indecisão, inadequação sexual,
temores de castração, dúvida e conflitos (comum em crianças).
• Nariz visto de frente, sombreado, reforçado ou com retoque - conflito sexual,
preocupação fálica e possível medo de castração, imaturidade, complexo de
inferioridade e em alguns casos indicativo de Homossexualismo, também sugere
Impulso Sexual Excessivo.
• Nariz arrebitado — realização sexual.
• Nariz afilado — práticas agressivas sexuais (se outros indícios puderem ser
confirmados).
Nariz

• Nariz curto ou largo com narinas abertas - rejeição ou desprezo ao ambiente.


• Narinas no lugar do nariz — infantilidade, sensibilidade, autoafirmação, provocação,
desprezo ou fantasia sexual.
• Narinas com asas bem acentuadas- forte sexualidade, agressividade e
impulsividade (sugere Transtorno de Personalidade Antissocial).
• Omissão — sentimento de imobilidade e falta de defesa, incapacidade para
progredir e avançar, timidez, passividade, angústia, sensação de desamparo.
Boca

• A boca é o órgão receptor das mais primitivas sensações de prazer ou desprazer e é


a de fixações precoces com efeito pela vida afora. Representa a assimilação de no-
idéias e a nutrição, permite a comunicação, o intercâmbio social, dar e receber os,
agredir, maltratar, ferir, etc.
• Simboliza por meio da linguagem a força capaz tanto de construir, de animar, de
ordenar, de var como de destruir, de confundir e de rebaixar.

• Boca média — bom ajustamento social e afetivo.


• Boca ausente com olhos e nariz desenhados — angústia, insegurança, retraimento,
incapacidade para comunicar-se ou sentimento de culpa com relação à
agressividade, tendências sádicas, rejeição ao meio, negação das necessidades
afetivas, possibilidade de conflito com a figura materna ou dificuldades na área da
alimentação (comum também em pessoas deprimidas ou com Transtorno de
Somatização).
Boca

• Boca grande — ambição, voracidade, erotismo oral, desejo de inter-relação social,


ou oscilação de humor.
• Boca pequena — repressão da oralidade, dificuldade nas relações sociais ou
expressão de distúrbios alimentares.
• Boca fechada ou com um traço só reto — negação, recusa nos relacionamentos,
oposição, agressividade verbal, tensão, alta capacidade de crítica e em alguns casos
sadismo (comum em pacientes laringectomizados).
• Boca redonda ou oval com lábios grossos — sensualidade, sexualidade precoce,
agressividade oral, conduta sexual desviante ou dependência (comum em Impulso
Sexual Excessivo).
• Boca com as comissuras para cima, igual a de palhaço — imaturidade psíquica,
máscara social, necessidade de simpatia, de agradar, mesmo que forçada, desejo de
obter aprovação e de aceitação social (comum em crianças).
Boca

• Boca com as comissuras para baixo — pessimismo, mau-humor, tristeza ou raiva


(comum em Depressivos).
• Boca com lábios finos — repressão ou dificuldades nas atitudes sexuais.
• Boca sensual - feminilidade e sedução.
• Boca projetada, bicuda — personalidade primitiva, instintiva, desejo de
autoafirmação ou agressão verbal.
• Boca aberta — passividade oral ou desejo de receber.
• Boca em negrito — ansiedade a respeito da necessidade de dependência ou
angústia relacionada com a área.
• Língua — intensificação da concentração oral em um estágio primitivo e com a
adição de sinal erótico, desvio da conduta sexual ou rebeldia e desafio (comum em
Esquizofrênicos).
Boca

• Dentes — infantilidade, imaturidade afetiva, forte agressividade oral, hostilidade,


defesa e em alguns casos sadismo (comum em Esquizofrênicos, Transtorno de
Personalidade Anti-Social, Transtorno de Personalidade Histriônico e Transtorno de
Somatização).
• Palito, cigarro, cachimbo entre os lábios — acentuação da concentração erótica,
dependência oral ou busca de virilidade.
Orelhas

• Raramente são desenhadas com detalhes, frequentemente são ocultas pelo cabelo
e simbolizam a sensibilidade às críticas. As distorções nos desenhos representam
desde uma suave sensibilidade à crítica social até uma paranoia.
• Omissão — é o mais comum, porém em alguns casos pode indicar passividade
(comum em deficientes auditivos, pré-escolares e escolares).
• Omissão na figura feminina — bastante comum, principalmente quando é ocultado
pelo cabelo.
• Omissão na figura masculina — sinal de indiferença em relação ao sexo masculino e
sua aparência (principalmente se o desenho é feito por moças)
• Orelhas pequenas — sentimento de inferioridade e desejo de não ouvir críticas
(sugere Fobia Social).
• Orelhas muito grandes e/ou enfatizadas - atitudes desconfiadas, preocupação com
a crítica social, desejo de aprovação social ou resistência à autoridade (comum em
pessoas com conflitos Homossexuais, danos orgânicos na área da audição ou Fobia
Social).prognóstico desfavorável.
Pescoço

• O pescoço simboliza a comunicação da alma com o corpo, a área de controle das


emoções, dos sentimentos e dos impulsos corporais. Constitui a conexão entre o
corpo (impulsos e sentimentos) e a cabeça (pensamento e controle). Controla a
organização corporal e ser como ligação entre os impulsos instintivos do corpo e o
controle exercido pelo cérebro.

• Pescoço bem proporcionado — bem-estar, equilíbrio entre emoções e controle.


• Pescoço desenhado com muita ênfase — perturbação por falta de coordenação a
impulsos e controle intelectual, certa consciência da bifurcação da personalidade
conflitos decorrentes da força do superego.
• Pescoço com distorção na forma, no contorno ou em negrito conflito e dificuldade
em controlar os impulsos corporais (comum em indivíduos com Transtorno de
Sumarização.
Pescoço

• Pescoço feito em uma linha só — imaturidade e dificuldade na coordenação dos


aspectos intelectuais e instintivos.
• Pescoço curto e grosso — comportamento impulsivo, conduta guiada mais pelos
instintos do que pelo intelecto, mau-humor, poder físico ou mecanismos de
compensação (sugere Transtorno de Conduta e Transtorno de Personalidade
Antissocial).
• Pescoço fino e longo —dificuldade em controlar e dirigir impulsos instintivos
(pessoas severas e moralistas), aguda consciência de impulsos corporais com grande
esforço para contê-los, supercontrole repressivo, afastamento da vida emocional ou
ansiedade (comum em pessoas com Transtorno de Somatização).
• Pomo de Adão — desejo de virilidade.
• Omissão — dificuldade de coordenação dos impulsos, perda de controle, sensação
de desamparo perante os impulsos, comportamento impulsivo, com controle
interno pobre, imaturidade e regressão (comum em crianças até aproximadamente
5 anos de idade ou com Roubo Patológico).
Seios

• Símbolo de proteção, tem relação com o princípio feminino, com a maternidade,


suavidade e segurança. Frequentemente é associado às imagens de intimidade, de
oferenda, dádiva e de refúgio. Estão também vinculados aos sentimentos afetivos de
identidade e auto valorização.

• Seios grandes ou desenhados com muito cuidado — fortes necessidades com


dependência da figura materna ou conflitos com a maternidade, necessidade oral, gula
e erotismo.
• Ênfase no seio desenhado por moças — identificação com a mãe, erotismo oral,
necessidade de alimentação e de cuidado ou constrangimento em relação ao próprio
busto (comum em adolescentes com grande desejo de crescer).
• Seios pequenos ou apenas assinalados - preocupação reprimida com os seios e
dificuldade em assumir o crescimento.
• Costelas — é raro aparecer, porém quando estão presentes sinaliza a presença de
problemas graves, como Esquizofrenia.
Zona genital

• O sombreamento ou o desenho dos órgãos sexuais não são comuns e quando


aparecem conflitos e expressam distúrbios.

• Representação dos órgãos sexuais — agressividade, exibicionismo, voyeurismo ou


preocupação com a própria identidade sexual (sinal patológico de deterioração, comum
em Esquizofrênicos. Não indica homossexualidade).
• Representação dos órgãos sexuais em crianças de mais de 5 anos — agressividade,
conflitos familiares, oposição aberta ao ambiente, atraso afetivo, falta de adaptação ao
meio ou patologia mais séria envolvendo aguda ansiedade em relação ao corpo e pobre
controle dos impulsos (sugere Transtorno da Conduta).
• Vista na calça acentuada — preocupação sexual, mas não necessariamente indício de
Homossexualidade.
Mãos

• Simbolizam o instrumento mais refinado para ação ofensiva ou defensiva do ego. São os
membros de contato e manipulação do corpo, são comprometidas com a atividade de
agarrar, manipular, tocar objetos ou pessoas ou mesmo a si mesmo. Revelam o nível de
aspiração do examinando, sua confiança, agressividade, eficiência e muito
frequentemente sua culpa ou conflito a respeito das relações interpessoais, além das
realizações pessoais, como pintar, realizar trabalhos manuais, etc. Por meio das mãos
podemos compreender comportamentos que traduzem medo, timidez, hostilidade ou
agressão.

• Mãos médias, proporcionais ao corpo — harmonia interna com facilidade para


estabelecer contato com as pessoas e o meio.
Mãos

• Mãos ausentes ou com contorno impreciso — falta de confiança nos contatos sociais,
na produtividade ou ambos, possibilidade de contato limitada, com retraimento,
passividade, dificuldade de toque, manipulação, ataque e agressão (comum em
crianças que roem unhas, em pessoas que não experenciaram mãos que ajudam num
momento de necessidade ou em pessoas que se sentem culpadas).

• Mãos no bolso—possibilidade de contato limitada, passividade do ego, sentimento de


menos valia e/ou punição. Defesa contra a atuação de impulsos proibidos com as mãos
(comum em desenhos de pessoas com Transtorno de Personalidade Antissocial, Roubo
Patológico e com Impulso Sexual Excessivo).

• Mãos escondidas ou atrás das costas — falta de confiança no relacionamento com as


pessoas, dificuldade de contato e/ou sentimentos de culpa (comum em pessoas com
Transtorno de Personalidade Antissocial, Roubo Patológico e com Impulso Sexual
Excessivo).
Mãos

• Mãos cruzadas na zona central — preocupação com erotismo e com a sexualidade


(sugere Impulso Sexual Excessivo).
• Mãos fechadas — dificuldade nas relações sociais, fantasia de agressividade ou
agressividade dissimulada, comum em pessoas usuárias (sugere Transtorno da Conduta
e Transtorno da Personalidade Antissocial).
• Mãos em perfil — inteligência.
• Mãos abertas — necessidade de afeto e relação com as pessoas.
• Mãos pequenas — sentimento de culpa e/ou inadequação, menos valia, timidez:
agressividade reprimida (sugere Transtorno Depressivo).
• Mãos grandes — expressão de poder, ambição, domínio, agressividade, impulsividade
cimentos compensatórios por debilidade, insuficiência de manipulação e inaptidão nos
aspectos mais refinados das relações sociais (comum em Roubo Patológico).
• Mãos maiores em relação às outras partes do corpo — ambição, poder, domínio
sentimento de menos valia, impotência e dificuldade no contato (comum em as com
Transtorno de Somatização).
Mãos

• Mãos maiores em relação às outras partes do corpo — ambição, poder, domínio


sentimento de menos valia, impotência e dificuldade no contato (comum em as com
Transtorno de Somatização).
• Mãos sombreadas — ansiedade e/ou culpa relativas a atividades de manipulação
contato (comum em pessoas agressivas, Transtorno de Personalidade Antissocial ou
Impulso Sexual Excessivo).
• Luvas— repressão da agressividade, sofisticação e pedantismo, As luvas simbolizam m a
evitação do contato direto e imprudente com algo impuro ou sujo.
Dedos

• Dedos representam os pormenores da vida. O polegar simboliza o intelecto e a


preocupação o indicador - o ego e o medo, o médio - a raiva e a sexualidade, o anular -
as uniões e o e o mínimo representa a família e a honestidade.
• Simbolicamente são elementos multifacetados, pois podem acariciar explorar (orifícios
do corpo), agredir (dedo no gatilho de um revólver, dedo em riste), ensinar (linguagem
dos surdos. São os pontos reais do tato e contato.

• Dedos apresentados de forma natural — harmonia entre agressividade e toque.


• Dedos cuidadosamente articulados e/ou muito detalhados — desejo de perfeição ou
obsessividade (comum em Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo e em
Esquizofrênicos).
• Dedos sem a palma da mão — agressividade (é comum em crianças pequenas, mas,
quando combinados com outros traços, significa agressividade infantil).
Dedos

• Dedos como alfinetes, palitos, garfo, garras, tesouras ou compridos e pontudos —


agressividade e imaturidade. São dedos capazes de espetar, agarrar, cortar e agredir
(comum em Transtorno de Personalidade Antissocial e Transtorno de Personalidade
Sádica).
• Dedos apagados — sentimentos de culpa de inadequação, impotência, de menos valia,
conflitos ou agressividade reprimida ou impulsividade e ansiedade de autoafirmação.
• Dedos muito curtos ou muito longos — sentimentos de culpa (comum em pessoas com
Impulso Sexual Excessivo)
• Dedos longos e finos — equilíbrio ou sentimentos de menos valia, desejo de afirmação
ou hostilidade (depende do global do desenho).
• Dedos grossos e curtos — agressividade reprimida, dificuldade de inter-relação e
hostilidade.
Dedos

• Menos ou mais que cinco dedos — falta de atenção e observação, incapacidade ou


dependência (comum em crianças, no adulto sugere imaturidade, ambição,
agressividade ou disposições aquisitivas)
• Dedos com articulação — vida instintiva superior a intelectual (comum em Transtorno
de Personalidade Obsessivo-Compulsivo).
• Punhos cerrados — repressão ou recalcamento da agressividade.
Pernas

• Membro facilitador da marcha permite as aproximações, facilita os contatos, suprime as


distancias. Reveste-se, portanto, de importância social. As pernas também simbolizam a
estabilidade do corpo, representam contato com o ambiente (compartilham com os
braços), e equilibram o corpo, tomam possível a locomoção, compartilham com a
região do tronco na esfera sexual, simbolizando atitudes do examinando frente à vida.

• Pernas médias no comprimento e na grossura — estabilidade interna, contato


adequado e destreza ao caminhar no ambiente.
• Pernas com sombreamento, reforço, rasuras ou mudanças de linha — conflitos,
dificuldades de locomoção e/ou de equilíbrio na vida ou exagerada consciência sexual
(comum em crianças com ansiedade pelo crescimento físico).
• Recusa em desenhar o corpo abaixo da linha da cintura ou indicação muito sumária
da região das pernas — perturbação, conflitos e /ou dificuldades sexuais.
Pernas

• Pernas ocultas em traje de noite — racionalização do conflito e dificuldade no


caminhar da vida.
• Pernas ausentes ou incompletas por não caber no papel — necessidade de
autonomia, sem possibilidade de efetivação.
• Pernas juntas, fechadas ou apertadas — rigidez, tensão, tentativa de controle dos
impulsos corporais ou medo de ataque sexual, isolamento, sentimentos de culpa,
dificuldade de socialização ou curiosidade sexual, repressão ou problemas na área
sexual (principalmente se combinam com os braços junto ao corpo).
• Pernas juntas e rígidas, sem sinal de movimento — self fechado para o mundo,
estagnação entre a fantasia e a capacidade de realização e os impulsos internos
mantidos sob um rígido controle.
• Pernas separadas — falta de equilíbrio (comum em pessoas com Transtorno de
Somatização).
• Pernas longas - necessidade de autoafirmação social, fuga ou desajuste ao ambiente,
busca de autonomia e necessidade de independência.
Pernas

• Pernas longas e grossas — desejo de contato, falta de possibilidade de realizar a


ambição desejada ou fuga.
• Pernas longas e finas — inadequação e dificuldade para conseguir independência
pessoal (sugere Transtorno de Personalidade Dependente).
• Pernas em uma linha apenas — sentimentos de inadequação e insegurança (comum
em crianças).
• Penas pequenas e frágeis ou curtas e finas — dificuldade de locomoção no ambiente,
sentimento de inadequação, deficiência e/ou constrição no caminhar da vida (comum
em Transtorno de Somatização).
• Pernas grossas — desejo dc contato ou fuga e sem muita possibilidade de realização,
principalmente se as pernas forem curtas.
• Perna curta e grossa — sentimento profundo de imobilidade e falta de autonomia
(sugere Transtorno de Personalidade Dependente).
Pernas

• Pernas arqueadas — desajuste e imaturidade psicossexual.


• Quando não desenha a zona de bifurcação das pernas — imaturidade, desajuste,
conflitos sexuais ou imaturidade psicossexual.
• Figura feminina com pernas torcidas desenhada por rapaz — imaturidade psicossexual
e desprezo à figura.
• Disparidade no tamanho das pernas (comprimento, largura ou ambos) —
ambivalência referente ao impulso para a autonomia ou independência. Angústia
frente à realidade (comum em Deprimidos).
• Ênfase nos joelhos — preocupação com o corpo, insegurança, imaturidade afetiva ou
sexual (comum em Transtornos da Personalidade Obsessivo-Compulsivo).
• Omissão das pernas — é bastante raro, sugerindo patológicos sentimentos de
constrição e de castração ambiental, deterioração (comum em Esquizofrênicos e
Transtorno de Ansiedade Generalizada).
Pés e dedos

• Simbolizam o contato com a realidade, as atitudes frente à vida, dão indicações da iça
do envolvimento no meio ambiente. Os pés são o ponto de apoio do corpo na
caminhada da vida.
• Tocam o chão e por isso podem ser envolvidos em idéias de fobias por germes e/ou
sujeira, frequentemente são associados com sexualidade e sentimentos de culpa (são
órgãos extensivos e proeminentes no corpo), dão passos, ato de afirmação que envolve
os movimentos de todo o corpo (sentimento de mobilidade fisiológica e/ou psicológica
na esfera pessoal), dão chutes (implicações agressivas), são extremidades e pontos de
contato )(equilíbrio), representam o se posicionar no mundo (autonomia e
adaptabilidade).
Pés e dedos

• Pés de tamanho adequado — segurança e equilíbrio para caminhar no ambiente.


• Pés sombreados, borrados ou distorcidos — conflitos, insegurança no caminhar e no
estar no mundo, constrição, dependência (sugere Transtorno de Personalidade
Dependente).
• Pés muito grandes — necessidade de segurança, de demonstrar virilidade ou
sentimento de inadequação sexual.
• Pés muito pequenos— constrição, dependência e fortes sentimentos de insegurança
para manter-se ou atingir os objetivos (sugere Transtorno de Personalidade
Dependente).
• Pés em ponta- tênue contato com a realidade, equilíbrio precário ou forte necessidade
de fuga.
• Pés para dentro — ambivalência e falta de autonomia.
• Pés um para cada lado — indecisão, ambivalência, dissimulação do conflito ou
oposição.
Pés e dedos

• Pés com calcanhares e dedos — agressividade sexual e símbolo de castração (sugere


Impulso Sexual Excessivo).
• Pés com calcanhares muito acentuado- falta de base,dificuldade de evoluir ou
problema sexual.
• Dedos nos pés em uma figura vestida — agressividade (sugere Transtorno da Conduta
ou Transtorno da Personalidade Antissocial).
• Omissão dos pés — timidez, insegurança no caminhar na vida, falta de autonomia e
contato, sentimento de menos valia, de castração ou dificuldades sexuais (comum em
pacientes Esquizofrênicos e sugere Fobia Social),
• Omissão por não caberem no papel — necessidade de autonomia e
independência,medo ou dificuldade de satisfação.
Cromático (todos os desenhos)

• Amarelo— é a cor da luz, do ouro e do sol. É a cor preferida por pessoas alegres,
desinibidas, flexíveis e espontâneas. Quando usada com muita ênfase sugere
agressividade ou hostilidade; em crianças, um comportamento mais dependente e
emocional.
• Azul — é a cor do céu, do espírito. A contemplação do azul determina profundidade,
sentimento de penetração no infinito, sensação de leveza e contentamento. É a cor
preferida por pessoas calmas, seguras, equilibradas e mais controladas.
• Laranja— é a cor que está a meio caminho entre o amarelo e o vermelho, simboliza o
ponto de equilíbrio entre o espírito e a libido. E a cor preferida por pessoas confiantes,
perseverantes, independentes e extrovertidas. Quando usado com muita ênfase no
adulto sugere superestima de si mesmo ou projeção de problemas e afetos no exterior;
já nas crianças, desejo de conseguir algo e se valorizar.
Cromático (todos os desenhos)

• Marrom — é a cor da terra, da força de estruturação do ego, da resistência psíquica, da


perseverarão emocional e do fanatismo. Escurecido, ele possui a vitalidade e a força
impulsiva do vermelho, só que de forma atenuada. E a cor preferida de pessoas
passivas, indiferentes, inseguras e observadoras das regras. Quando usado com muita
ênfase por crianças sugere inibição ou repressão.
• Preto — é a ausência de todas as cores, transmite a sensação de renuncia, abandono e
introspecção. No Ocidente é a cor do luto por expressar melhor a eternidade em seu
sentido mais profundo: a não existência. As pessoas que usam o preto desenhos
demonstram tristeza, conflitos não solucionados, inibição, repressão ou interior
sombria. Em crianças reflete repressão da vida emocional ou ansiedade.
Cromático (todos os desenhos)

• Verde — é a cor da natureza, do crescimento, da criação, da reprodução, é chamada a


cor do equilíbrio. E a cor preferida por pessoas sensíveis, sociáveis e com facilidade de
inter-relação com os outros. Quando usado com muita ênfase nas crianças dificuldade
de expressão nas emoções.
• Vermelho — universalmente considerado como o símbolo fundamental do principio da
vida, é a cor do sangue. E uma cor ativa e estimulante, que produz emoções rápidas e
fortes. Quando usado com muita ênfase por adultos sugere alta excitabilidade
infantilidade ou falta de autocrítica, O interesse pelo vermelho decresce à medida que a
criança supera a fase impulsiva e ingressa na fase da razão.
• Violeta ou roxo — é a cor resultante da mistura do vermelho com o azul, conservando
as propriedades de ambos, embora seja uma cor distinta. Quando usado com muita
ênfase por adultos sugere fortes impulsos para o poder; já nas crianças reflete um
temperamento mais sombrio ou tristeza.

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