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Desenho da pessoa
1) Autorretrato
2) Eu ideal ou ideal do ego
3) Pessoas significativas
• Autorretrato, relacionamento interpessoal.
• Por volta dos 8 anos de idade, surge a separação entre a cabeça e o corpo(o
pescoço simboliza a ligação entre o mental e o físico). Nessa época as crianças
apresentam maior consciência da necessidade de controle intelectual.
• Entre os 8 e 10 anos de idade surgem também os braços e as pernas em duas
dimensões, ocorre um aperfeiçoamento do desenho da figura humana em termos
de aspectos integrativos e surge a consciência do corpo como uma unidade, no
lugar de uma série de partes somadas umas às outras.
• Quando os seios são desenhados muito grandes ou com muito cuidado, pode
indicar desde fortes necessidades de dependência oral até atração pelos mesmos.
• Partes omissas — censura da parte omitida (comum em imaturos que não querem
tomar conhecimento dos problemas do mundo, pessoas com Transtorno de
Somatização e Transtorno de Ansiedade Generalizado).
SUCESSÃO DAS PARTES DESENHADAS
• Começo pelas mãos, braços, tronco e cabeça por último — dificuldade nas
relações pessoais e predomínio de aspectos mecânicos da personalidade (em
alguns casos, indica perturbações do pensamento).
• Começo pelos braços — ambição por meios econômicos, por compreensão, afeto,
desejo de inter-relação ou sentimentos de culpa, quando são muito retocados (é
importante verificar se a ambição é positiva ou negativa).
• Estudos têm confirmado a visão, geralmente aceita, de que a grande maioria das
crianças desenha seu próprio sexo primeiro, quando solicitadas a desenhar a
figura humana. Observa-se também que a porcentagem de meninas desenhando
seu próprio sexo declina com a aproximação da adolescência.
ORDEM DAS FIGURAS
• Essa mudança que ocorre num significado número de meninas nem sempre
representa uma troca no papel ou na identificação sexual. Quando uma
adolescente desenha a figura masculina em primeiro lugar, pode estar expressando
um interesse pelo outro sexo, e não problemas na identificação sexual.
• Figura rígida, estática — (cabeça bem ereta, pernas presas uma a outra ou braços
estendidos lateralmente) - controle rigoroso sobre a vida impulsiva, inadequação
das defesas do ego, conflitos profundos, dificuldade para relaxar, medo de relações
espontâneas, repressão dos estímulos interiores, necessidade de segurar em algo
mais, face a uma ameaça de desorganização e medo de que os impulsos proibitivos
se rompam (comum em casos orgânicos e Transtorno de Personalidade Obsessivo-
Compulsivo, Transtorno Depressivo ou Esquizofrênicos).
• Figura nua sob um robe ou uma roupa, mas sem mostrar a parte genital —
conflitos sexuais, exibicionismo e dificuldade de adaptação.
• Figura com roupa transparente ou com elementos sexuais por meio da roupa —
curiosidade sexual ou exibicionismo, necessidade de seduzir carência afetiva,
julgamento deficiente ou muito pobre, conflitos e problema com a área que mostra
a transparência.
• Figura com transparência e/ou com contorno dos seios, desenhada por homem —
sentimentos de culpa, apego ou fixação à figura materna.
• Figura com ênfase nas articulações — extrema preocupação com o corpo, sensação
de algo imperfeito na integridade corporal, dependência materna, insegurança,
incerteza e imaturidade afetiva e sexual. Em alguns poucos casos pode indicar a
necessidade de ação, movimento, uma forma de realizar-se, passagem da
inatividade à ação (a presença de joelhos e cotovelos é observada na maioria das
vezes em desenhos feitos por indivíduos com Transtorno de Personalidade
Paranoide, Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo e Hipocondríacos)
Cabeça
• Rosto de frente — preparo para o confronto com a vida e boa interação com o meio.
• Rosto com ausência de contorno facial, mas com presença de olhos, nariz ou boca
— dificuldade de contato com o exterior (comum em Transtorno de Personalidade
Esquizoide).
• Rosto com contorno e acentuação dos caracteres faciais — esforço para manter
uma máscara social, ou timidez, sentimentos de inferioridade, menos valia ou
importância e/ou valorização do próprio eu (comum em alguns estados de
Transtorno de Despersonalização).
Rosto
• Rosto com ausência de olhos, nariz ou boca — timidez, ausência de relação com o
meio, fuga dos estímulos exteriores ou do meio, imaturidade na comunicação,
tendência a evitar contatos, introversão, superficialidade, cautela ou hostilidade
(comum em pessoas tímidas, que vivem em seu próprio mundo e não se
comunicam, e sugere Transtorno de Personalidade Esquizóide).
• Rosto com marca ou cicatriz — sentimento de ser diferente dos outros e que os
outros percebem essa diferença.
• Cabelo bem cuidado e/ou bem penteado — interesse pela aparência social,
desinibição, facilidade em mover-se no ambiente e bom equilíbrio psicossexual.
• Olhos representados por um círculo (da mesma forma que a boca ou nariz) — em
adultos indica infantilidade (comum em Transtorno de Aprendizagem). Nas crianças
sugere dependência, superficialidade ou falta de discriminação.
• Olhos para baixo — fraco controle diante do meio, culpa e vergonha (comum em
Deprimidos).
• Raramente são desenhadas com detalhes, frequentemente são ocultas pelo cabelo
e simbolizam a sensibilidade às críticas. As distorções nos desenhos representam
desde uma suave sensibilidade à crítica social até uma paranoia.
• Omissão — é o mais comum, porém em alguns casos pode indicar passividade
(comum em deficientes auditivos, pré-escolares e escolares).
• Omissão na figura feminina — bastante comum, principalmente quando é ocultado
pelo cabelo.
• Omissão na figura masculina — sinal de indiferença em relação ao sexo masculino e
sua aparência (principalmente se o desenho é feito por moças)
• Orelhas pequenas — sentimento de inferioridade e desejo de não ouvir críticas
(sugere Fobia Social).
• Orelhas muito grandes e/ou enfatizadas - atitudes desconfiadas, preocupação com
a crítica social, desejo de aprovação social ou resistência à autoridade (comum em
pessoas com conflitos Homossexuais, danos orgânicos na área da audição ou Fobia
Social).prognóstico desfavorável.
Pescoço
• Simbolizam o instrumento mais refinado para ação ofensiva ou defensiva do ego. São os
membros de contato e manipulação do corpo, são comprometidas com a atividade de
agarrar, manipular, tocar objetos ou pessoas ou mesmo a si mesmo. Revelam o nível de
aspiração do examinando, sua confiança, agressividade, eficiência e muito
frequentemente sua culpa ou conflito a respeito das relações interpessoais, além das
realizações pessoais, como pintar, realizar trabalhos manuais, etc. Por meio das mãos
podemos compreender comportamentos que traduzem medo, timidez, hostilidade ou
agressão.
• Mãos ausentes ou com contorno impreciso — falta de confiança nos contatos sociais,
na produtividade ou ambos, possibilidade de contato limitada, com retraimento,
passividade, dificuldade de toque, manipulação, ataque e agressão (comum em
crianças que roem unhas, em pessoas que não experenciaram mãos que ajudam num
momento de necessidade ou em pessoas que se sentem culpadas).
• Simbolizam o contato com a realidade, as atitudes frente à vida, dão indicações da iça
do envolvimento no meio ambiente. Os pés são o ponto de apoio do corpo na
caminhada da vida.
• Tocam o chão e por isso podem ser envolvidos em idéias de fobias por germes e/ou
sujeira, frequentemente são associados com sexualidade e sentimentos de culpa (são
órgãos extensivos e proeminentes no corpo), dão passos, ato de afirmação que envolve
os movimentos de todo o corpo (sentimento de mobilidade fisiológica e/ou psicológica
na esfera pessoal), dão chutes (implicações agressivas), são extremidades e pontos de
contato )(equilíbrio), representam o se posicionar no mundo (autonomia e
adaptabilidade).
Pés e dedos
• Amarelo— é a cor da luz, do ouro e do sol. É a cor preferida por pessoas alegres,
desinibidas, flexíveis e espontâneas. Quando usada com muita ênfase sugere
agressividade ou hostilidade; em crianças, um comportamento mais dependente e
emocional.
• Azul — é a cor do céu, do espírito. A contemplação do azul determina profundidade,
sentimento de penetração no infinito, sensação de leveza e contentamento. É a cor
preferida por pessoas calmas, seguras, equilibradas e mais controladas.
• Laranja— é a cor que está a meio caminho entre o amarelo e o vermelho, simboliza o
ponto de equilíbrio entre o espírito e a libido. E a cor preferida por pessoas confiantes,
perseverantes, independentes e extrovertidas. Quando usado com muita ênfase no
adulto sugere superestima de si mesmo ou projeção de problemas e afetos no exterior;
já nas crianças, desejo de conseguir algo e se valorizar.
Cromático (todos os desenhos)