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Consultório dos

SONHOS
Atividades módulo 07
PROVAS PROJETIVAS

As provas projetivas são utilizadas no contexto psicopedagógico como um meio


de analisar e depurar o sistema de hipóteses. Elas devem ser aplicadas quando há
suspeita de implicações emocionais ou vínculos negativos com a aprendizagem.

Ao ser submetido à prova projetiva, o sujeito projeta para fora de si o que se


recusa a reconhecer em si mesmo ou o ser em si. Segundo Piaget “por meio do jogo
simbólico, a criança no período pré-operatório assimila o real ao eu e consegue com este
artifício suportar suas vivências pessoais e familiares, seus conflitos e problemas”.

Por meio das provas projetivas pretende-se que haja a manifestação do


inconsciente, sem medos e/ou repressões. Aparecem aqui, através de estímulo,
manifestações inconscientes com marcas deixadas pelas vivências dos sujeitos.

Nesse sentido, ao aplicar as provas projetivas, o profissional deve ter a clareza de


que elas expressam uma realidade subjetiva relacionada com a vivência particular do
sujeito. Não se trata da realidade como ela é, mas a realidade que o sujeito vê. Assim,
as provas projetivas devem ser adaptadas ao tipo de investigação que se pretende
realizar e a especificidade do sujeito.

As provas projetivas psicopedagógicas foram organizadas por Jorge Visca e


consistem em recursos para a compreensão de variáveis emocionais, que condicionam a
aprendizagem positiva ou negativamente.

O objetivo da prova projetiva psicopedagógica é verificar as significações do ato


de aprender e as relações vinculares que se formam com o conhecimento e as figuras
ensinantes.

A criança brinca para reviver momentos felizes e prazerosos ou para elaborar


seus traumas e desprazeres, o desenho é um dos instrumentos que o profissional poderá
utilizar para avaliação da subjetividade, ou seja, no desenho e na brincadeira a criança
revela dados importantes do seu dia a dia, dos seus impulsos inconscientes e da sua
personalidade. A prova projetiva serve para detectar bloqueios emocionais, dificuldades
de aprendizagem causadas por influência psicológica.

Dessa forma, é necessário fazer a análise do desenho minuciosamente,


considerando os traços, a idade da criança, o tamanho do desenho, o lado, o ano que
está cursando. Lembrando que existem testes da árvore, da casa, dos animais, etc.

Segundo Freud, os mecanismos de defesa são proteções inconscientes do ego


para bloquear tudo que possa gerar sofrimentos, angústias, solidão, esses mecanismos
são encontrados em todos os seres humanos. Para Freud, esses mecanismos são
saudáveis, porém, em excesso, podem demonstrar um problema psicológico. Os
mecanismos de defesa são vários, mas citaremos três deles:
– Sublimação: É um deslocamento ou alteração dos impulsos do ID desviando para
comportamentos aceitáveis socialmente. A criança sádica sublima seus impulsos para a sala
de aula, um exemplo é gostar de pesquisar estrutura fisiológica de um animal.

– Recalque: É o ato de expulsar da consciência tudo que é inaceitável, ele é


automático. O recalque volta a aparecer em atos falhos, sonhos e lapsos de linguagem.
Na educação, a criança pode bloquear a construção do conhecimento por não se
relacionar bem com o professor, pela transferência também não gostará da matéria que
aquele ensina.

– Transferência: É o ato de transferir sentimentos como o amor ou ódio para outra


pessoa no relacionamento. A transferência na aprendizagem é muito importante, por
meio dela o aluno gostará do professor ou irá odiá-lo, isso dependerá do seu
relacionamento familiar, visto que essa é a fase na qual a criança transfere seus
sentimentos para o professor e para a matéria que este ensina; se houver amor familiar,
o aluno transferirá esse amor para o professor e para a matéria. Segundo Freud, a
pessoa aprende a amar algo por amor a alguém.

Na Prova Projetiva, o profissional deverá avaliar no desenho como o avaliado se


sente na família, na escola e com os colegas e como ele se relaciona com o professor,
além do nível de desenvolvimento emocional e cognitivo. Esses dados são muito
importantes na construção da aprendizagem. A forma como a criança faz a transferência
do amor de mãe para o professor, ou a indiferença, se essa criança não recebeu amor de
mãe, todas essas informações subjetivas, ou seja, emocionais, podem ser indicadores de
uma dificuldade de aprendizagem ou de socialização.

Apresentamos a seguir os três temas que mais utilizamos com os alunos: família,
contexto escolar e algo que eles gostem (preferência).

 O Teste da Família
Tem o objetivo de avaliar como se dá o relacionamento global da família, bem
como em suas diferentes partes. É necessário deixar claro que antes de se realizar
esse teste é preciso investigar qual a visão que o aluno tem de família e como se
encontra sua família, visto que, nos dias atuais, há grande variação na estrutura
familiar, que outrora era formada basicamente por pai, mãe e filhos. Atualmente,
sabe-se que as famílias podem ser formadas por avós, mãe e filhos; ou por mãe e
filhos; por filhos de pais separados que casaram com um novo cônjuge e assim
por diante. Todas essas relações devem ser conhecidas e esclarecidas para
evitar distorções na análise do teste. O procedimento do teste é o
seguinte: É solicitado ao aluno que desenhe uma família qualquer, que não a sua
própria família, dessa forma liberamos o aluno tanto no nível inconsciente
quanto no nível crítico para falar de sua família que pode ser representada como
é na realidade ou como o ele mesmo a idealiza. Posteriormente pedimos que dê
nomes a cada um dos indivíduos representados no desenho e que conte uma
história sobre essa família.
 Teste do Par Educativo

Tem o objetivo de obter informações a respeito do vínculo estabelecido em


relação à aprendizagem, como foi internalizado por ele o processo de aprender e
como percebe aquele que ensina e o que aprende. Os dados obtidos darão
condições para elaboração de hipóteses a respeito da visão do aluno de si, dos
professores, de seus companheiros de classe e até mesmo da instituição
educativa. Quanto ao aspecto estritamente pedagógico, podemos avaliar o nível
de redação, ortografia, criatividade literária etc. Esse teste consiste em instruir o
aluno para que desenhe duas pessoas: “uma que ensina e outra que aprende”.
Também solicitamos ao aluno que conte ou escreva uma história relacionada ao
desenho.

 Teste Livre
Pode ser sobre algo que o aluno goste. Tem como objetivo observar o que faz
sentido emocional e concreto no dia a dia do aluno. A partir desse teste livre, é
possível conhecer um pouco mais as áreas de interesse dela no contexto sócio
afetivo.

É válido salientar que, durante o processo, é necessário que o profissional faça as


intervenções, questionando o aluno do que ele quer dizer com o desenho, mesmo que as
interpretações posteriores sejam realizadas. É imprescindível que o profissional analise a
partir do significado que o aluno fornecer, não apenas ao seu olhar clínico.

Fonte; Visca.Jorge- Técnicas Projetivas Psicopedagogicas-1994- Buenos Aires,


Argentina
TÉCNICAS PROJETIVAS PSICOPEDAGÓGICAS
Baseadas na teoria de Jorge Visca e Alícia Fernandez
As técnicas projetivas psicopedagógicas têm o objetivo de investigar a rede de
vínculos que o sujeito possui em três domínios: o escolar, o familiar e consigo mesmo.
Em cada um destes domínios, guardando as diferenças individuais, é possível
reconhecer três níveis em relação ao grau de consciência dos distintos aspectos que
constituem o vínculo da aprendizagem.

Apresentamos a seguir um quadro com os diversos domínios, suas


correspondentes técnicas projetivas e os objetivos de cada uma:

Domínio Prova Investigação Idade


6a7
Par educativo Vínculo com aprendizagem
anos
Escolar 7a8
Eu e meus companheiros Vínculo com os componentes da classe anos
A representação do campo geográfico da 8a9
Plano da Sala de Aula anos
sala de aula e a desejada
A planta da casa onde habita, sua 8a9
Planta da Casa representação real e desejada anos
Familiar 6a7
Os quatro momentos do Os vínculos ao longo do dia anos
dia
O vínculo da aprendizagem com o grupo 6a7
Família educativa familiar e cada um dos integrantes da anos
mesma

A delimitação da permanência da 6a7


O desenho em episódios
identidade psíquica em função dos afetos anos
A representação que se tem de si e do
6a7
Consigo O dia do meu aniversário contexto físico sócio dinâmico no
anos
mesmo momento de transição de uma idade
para outra
6a7
Desenho de minhas As atividades escolhidas durante
anos
férias o período de férias escolares
6a7
Fazendo o que mais
O tipo de atividade que mais gosta anos
gosto
ANÁLISE DAS PROVAS PROJETIVAS PSICOPEDAGÓGICAS
1. Domínio: Escolar
1.1 Par educativo
Indicadores Características Significados
Muito grande ou muito pequeno Vínculo negativo com a
Tamanho total aprendizagem
Relação equilibrada. Vínculo positivo
Dimensão razoável e negativo estão equilibrados
Tamanho dos Pequeno Desvalorização
personagens Grande Supervalorização (persecutório)
Muito pequeno Depósito de projeções negativas
Tamanho dos
Cisão de quem aprende e
objetos Muito grande quem ensina
Frente a frente Bom vínculo com a aprendizagem
Lado a lado Vínculo regular com a aprendizagem
Posições O aluno sente-se rechaçado
Docente de costas para a turma pelo docente
O aluno de costas para o docente O aluno rechaça o docente
Não comprometimento com
Grande distância o conteúdo e transmissão de
Distância conhecimentos
entre os Supervalorização de conhecimentos
personagens e Mínima distância sobre o ato de transmissão
o objeto de Quem ensina usa os conteúdos
aprendizagem Distância adequada como instrumento para ensinar e
aprender
Vínculo maduro do ponto de
Perspectiva Com perspectiva
vista afetivo, cognitivo e social
Centralidade na aprendizagem
Âmbito onde Escolar sistemática, pode ser positivo
se dá a ou negativo
cena Melhor vínculo assistemático com
Extraescolar a aprendizagem
Supervalorização do intelectual
Só cabeças que pode ser persecutório
Características Agressão oculta a quem ensina
Corpo do docente inacabado
corporais
Quando não há dificuldades
Simplificação dos personagens em desenhar, significa uma
desvalorização do vínculo de
aprendizagem com o docente
Título do Nega o vínculo com a aprendizagem
desenho Resume as características do vínculo
Pode ser considerado como uma projeção, pela qual é possível analisar
Relato o vínculo estabelecido através: a) conteúdo mesmo; b) sua
correspondência com o desenho; c) sua relação com o título.
Importante: A análise o título do desenho e o relato permite observar os mecanismos de
dissociação, negação e repressão
1.2 Eu e os meus companheiros
Bom vínculo em relação à
Indicadores Características Significados
Tamanho total Grande aprendizagem e aos colegas
Pequeno Vínculo negativo
Igual Relação igualitária: aceita e é aceito
Tamanho do Liderança ou incapacidade para
personagem Grande descentrar-se
principal
Rebaixar-se e sentimento de
Pequeno ser vítima do grupo
Comunicação reflexiva e sensível
Posição Centralizado (concêntrica)
(profunda)
Lado a lado Comunicação superficial
Grande afeto pelo docente
Inclusão de Inclusão Relação deficitária com os
docente
colegas (dependência)
a) Verificar a ocorrência de contradições entre a fala e o desenho.
Relato ou b) Comentários gerais dão uma visão do conjunto e indicam
comentário como o entrevistado está inserido no grupo ou deseja estar.
sobre colegas c) Comentários pessoais revelam os subvínculos com cada membro do
grupo.

1.3 Plano da sala de aula

Indicadores Características Significados


Falta de limites
Tamanho da Muito grande adequados; descontrole
sala Restrição, que se manifesta
Pequeno como uma inibição
Disposição Tradicional Respostas rígidas ou ordenadas
Bom vínculo em relação ao
Em frente docente e/ou vínculo negativo em
relação à aprendizagem
Vínculo negativo em relação
No fundo
ao docente e/ou à
Localização
aprendizagem
quando é a
escola do Vínculo negativo em relação ao
Na lateral
entrevistado docente e/ou à aprendizagem
Vínculo positivo em relação à
No centro aprendizagem e aos colegas e
vínculo positivo ou negativo em
relação ao
docente
Vínculo negativo em relação ao
Não se localiza na sala
espaço geográfico
2 Domínio: Familiar
2.2Família Educativa
Indicadores Características Significados
Grupo familiar não é um
Frente ao processo referencial adequado
Vínculo com a aprendizagem não
Posição dos excessivamente positivo ou
personagens negativo
O entrevistado considera o grupo
Em meio ao processo como referência para desenvolver e
integrar meios de aprendizagem
Há carência de modelos
Fora do processo
significativos de identificação

2.3Plano de minha casa

Indicadores Características Significados


Inibição para o uso do espaço
Desenho pequeno Diminuição do uso potencial
emocional com que investe nas
situações e objetos com que
aprende
Tamanho do Expansão egotista
plano da casa Desenho que ocupa a folha inteira Aprendizagem positiva (desde
que não haja um descontrole
motor)
Descontrole
Falta de antecipação
Desenha utilizando mais de Vínculo negativo ou instável em
uma folha relação à aprendizagem em
geral Vínculo negativo ou
instável em relação ao estudo
sistemático em particular
Desenhar A inclusão de pessoas neste desenho pode ter diversos e
pessoas contraditórios significados em relação à aceitação e rechaço
Representadas, esquecidas, transladas e objetivas encontram-se ligadas
Aberturas diretamente aos canais de comunicação reais ou imaginárias
Sente-se incluído no contexto
Interno familiar e que o mesmo é um
Ponto de continente adequado
vista
Externo Sente-se estranho e admira a casa
Privilegia-se a aprendizagem formal
Espaço Interior da casa de tipo intelectual
representados Jardim, horta, parque, galinheiro Valoriza a aprendizagem vinculada
e espaços abertos ao corpo e à natureza
Os comentários podem revelar aceitação, rechaço, indiferença
Comentários ou objetividade
sobre Detectar as tentativas realizadas ou não para mudar a habitação
dormitório Detectar o grau de aceitação
Detectar a resistência que o meio lhe oferecer
Escolha do A maneira como e por quem foi escolhido possui grande
dormitório importância a partir dos 8 a 10 anos
O lugar de Revela o vínculo em relação à aprendizagem que se estabelece nas
estudo situações e os estilos de aprendizagem que podem ser estruturadas
Lugar de
Onde, quem, com, por que e quando se reúnem são perguntas
reunião
que revelam os modelos familiares da aprendizagem
familiar

2.4Os quatro momentos de um dia

Indicadores Características Significados


Capacidade de adaptação
Adequação à Desenho adequado à consigna às exigências externas
consigna Tolerância a frustração
Eleição automática Vida monótona e sem criatividade
Dinamismo, criatividade
Eleição em função da carga Uso instrumental e enriquecedor
Os momentos afetiva positiva
escolhidos do tempo
Apatia, solidão e deposição de
Eleição em função da carga impulsos agressivos manifestos
afetiva negativa ou latentes
Atividade Indica os gostos do sujeito e imposições externas, as aspirações e
realizada frustrações, as identificações e o potencial de organização que
possui
Modelo de identificação
As pessoas Modelos de aprendizagem familiar, que pode ser compacto
ou diversificado
Na casa (parcial ou totalmente)
O campo em dependência adequada ou Indicam o estilo de vínculo, a
geográfico da não, realizando atividades de adequação e a flexibilidade
cena acordo ou desacordo com o destes desacordos com o lugar
lugar
Indica como se encontra povoado o mundo interno do sujeito
Os objetivos Revela a realidade objetiva quanto aos ambientes físicos:
do ambiente desprovido, sobrecarregado, ordenado, confuso ou indiscriminado
Os detalhes do O tipo de traços, proporções, posições, retoques, detalhes,
desenho estereotipias, mobilidade etc.
Princípio da realidade e da
Sequência Sequência A, B, C, D capacidade de acomodação,
espacial aprendizagem realista
Uso ordenado do tempo
Com sequência lógica Alta tolerância à
Sequência frustração
temporal Impulsividade
Sem sequência lógica Uso desordenado do tempo
Baixa tolerância à
frustração Aprendizagem
inconstante
Sequência do
Reforça os aspectos assinalados na sequência espacial
relato em
concordância
com a espacial
Sequência do
relato em
concordância Reforça os aspectos assinalados na sequência temporal
com a
temporal
Sequência do
relato em
concordância Severa desorganização temporal e, consequentemente, severas
com as dificuldades de aprendizagem
sequências
espacial e
temporal

3 Domínio: Consigo mesmo


3.2Desenhos em episódios
Indicadores Características Significados
Pode ser observado através da transformação ou não de objetos
Tempo e animados (árvores, flores), de estados de tempo (sol nuvens, chuva), das
espaço estações (primavera, verão, inverno)
O tema Pode ser único, com critério estável ou não
Os afetos Simples ou complexos
Elementos
Adequadamente elaborados ou não em termos de
relacionais ou
comunicação e movimento
sociais

3.3Fazendo o que mais gosta

Indicadores Características Significados


Indecisão na
Pode indicar problema entre o desejo do sujeito e uma forte proibição do
hora do tema
meio ou contradições entre distintos interesses não adequadamente
desenhar,
discriminados ou hierarquizados
apagar ou
Indecisão na eleição do tema
mudar de tema
Apagar objetos
sem mudar de Indica a consolidação de uma eleição e uma marcada tendência
tema ao perfeccionismo
Coerência no relato é produto de maior influência de censura
Relato sobre o domínio verbal que sobre a produção gráfica
Coerência entre o relato e o desenho revela os conflitos sujeito-
realidade e do sujeito consigo mesmo
Contexto espacial e temporal onde ocorre pode significar a
realização possível

3.4Nas minhas férias

Vínculo positivo
Indicadores Adequação Características Flexível comSignificados
a capacidade
Adequação à de acomodação
consigna Vínculo negativo e rígido, com
Não adequação predominância da assimilação
e pouca criatividade
Atividade Depositarão os desejos mais íntimos e das capacidades que se deseja
representada desenvolver
Porque gosta muito do que faz,
Continua fazendo o mesmo porque não sabe fazer algo
diferente (falta de criatividade) ou
representa
Desenho
predomínio da assimilação
Criatividade, flexibilidade, tendência
Realiza algo totalmente distinto a acomodação e capacidade de
aprendizagem
Capacidade de aprendizagem
Leva acabo uma atividade
criadora

3.5Dia do meu aniversário

Indicadores Características Significados


Vínculo negativo em relação
Muito grande ou muito pequeno à aprendizagem
Tamanho
total Relação equilibrada
Tamanho razoavelmente Vínculos positivos e
dimensionado negativos equilibrados
Tamanho dos Pequeno Desvalorização
personagens Grande Supervalorização
De frente Vínculo positivo
Posições
De costas Vínculo negativo
Possui um mundo interno rodeado
de identificações múltiplas que
Rodeado de pessoas indicam uma adequada capacidade
de aprendizagem em termos
qualitativos e quantitativos
Aprendizagem predominante
Indicadores Sozinho assimilativa
geográficos Dificuldade em descentrar
o pensamento
Frente a frente sugere
Posição identificação introjetiva positiva.
Todas as outras indicam
introjetivas negativas
Os mesmos representam
Presentes recebidos objetos desejados
Própria casa Atitude realista
Espaço
Posição de abertura para
geográfico Lugar público aprendizagens
Pode sugerir uma capacidade
criadora ou um mundo imaginário
do impossível, compensador de
Fora do contexto real possível sentimentos de frustrações com
baixa tolerância e uma
predominância do princípio do
prazer sobre o da realidade
A idade do personagem que faz aniversário comparada com a idade do
entrevistado diz respeito a aceitação do mesmo neste momento da
vida: Se for menor pode significar desejo de não crescer e não
aprender
Se for igual indica aceitação e uma tolerância a
aprendizagem Quando é maior regularmente indica alto
nível de aspiração
A caracterização dos demais personagens determina aceitação ou
rechaço
As contradições entre o desenho e o relato revelam o grau de coerência
ou não dos aspectos em conflito que implicam ou não perturbações nos
vínculos que o entrevistado estabelece consigo mesmo

Advertências Necessárias
A interpretação de cada uma das provas projetivas deve ser feita em função do
sujeito em particular e do total de informações que se obteve.

O total de técnicas aqui expostas não significa a necessidade de que se utilizem


todas. É adequado usar somente aquelas que considere necessárias em função das
hipóteses formuladas. Isso implica em:

 Aplicar somente uma prova.


 Aplicar provas de alguns domínios.
 Aplicar todas as provas de um único domínio.
 Aplicar todas as provas, algo pouco comum.
 Certos indicadores de uma técnica se superpõem com os de outra.
Os critérios para interpretação sugeridos para cada prova devem somar-se aos
critérios gerais para a interpretação das provas projetivas.

Os indicadores e significados encontrados não implicam numa questão fechada ou


sem lugar para dúvidas, cada profissional poderá realizar novas descobertas, ampliando
os aspectos de indicadores e significados. (VISCA, Jorge. Técnicas Projetivas
Psicopedagógicas. Argentina: 1994).

A LINGUAGEM ORAL
A linguagem oral, assim como a linguagem escrita, é uma manifestação da
linguagem verbal, e consiste na linguagem feita através de palavras. Tanto a linguagem
oral como a linguagem escrita visam estabelecer comunicação.
A linguagem oral é uma atividade livre e se inicia logo nos primeiros meses de
vida, quando o bebê emite sons, evidenciando a comunicação entre os que estão
próximos. Na medida em que esses balbucios vão se tornando palavras, frases, a criança
se comunica, definitivamente, com o mundo ao seu redor.
A linguagem oral é essencial na vida escolar, pois toda a produção do
conhecimento parte dessa linguagem. Durante a aula, por exemplo, usa-se a expressão
oral a todo o momento: na explicação do conteúdo, ao tirar dúvidas, corrigir etc. O
aluno, por sua vez, questiona, retruca, brinca, briga. Essas atividades acontecem graças
à linguagem.
Quando se fala desse tipo de linguagem é preciso distinguir pronúncia,
vocabulário e habilidade de formular frases (sintaxe oral).

PRONÚNCIA
A pronúncia correta das palavras e frases é um pré-requisito muito importante
para aprendizagem da linguagem escrita. Deve ser avaliado de acordo com a idade
cronológica, com seu estágio de desenvolvimento, levando isto em conta, se a criança
apresenta dificuldades de pronunciar corretamente as palavras poderá vir a encontrar
obstáculos na aprendizagem da leitura escrita; por outro lado, se apresenta problemas
em associar sons que ouve com movimentos articulatórios necessários para sua
reprodução oral pode-se esperar que também apresente dificuldades em associar os
sons falados e ouvidos ao movimento gráfico da linguagem escrita. É melhor percebida
depois dos sete anos, no período de alfabetização.

VOCABULÁRIO
É a capacidade de falar palavras conhecendo seu significado com base na própria
existência. Crianças que apresentam reduzido vocabulário oral poderão apresentar
problemas na compreensão dos materiais lidos por que nem tudo que vai conseguir
decodificar terá correspondência com sua experiência vivida (para compreender tem
que ter vocabulário – leitura é sua interpretação).

SINTAXE ORAL
Habilidade de formular oralmente frases com sintaxe correta. Implica na perfeita
elaboração mental das unidades básicas do pensamento, que são as frases (elaborar uma
frase corretamente). Ao elaborar a frase mentalmente e articulá-la, a criança deve
respeitar a ordem dos vocabulários, os tempos verbais, concordância nominal etc.
Quando a criança apresenta dificuldades na sintaxe oral, possivelmente, terá na
linguagem escrita a mesma dificuldade caracterizada por condições das palavras ou
pronomes, mudança na ordem de apresentação dos vocábulos e outros erros de
gramática.
Desenvolvimento da linguagem X Desenvolvimento biológico
O desenvolvimento da linguagem obedece ao processo de
desenvolvimento biológico da criança:

Idade Observação
Até 2 meses Chora e movimenta o corpo
2 a 3 meses Produz sons
4 a 7 meses Pronuncia sílabas
8 a 12 meses Forma os primeiros vocábulos
12 a 18 meses Apresenta vocabulário de 10 a 50 palavras
2 anos Forma frases de 3 a 4 palavras
3 anos Compreende quase tudo que ouve
4 a 5 anos A linguagem da criança é parecida com a do adulto

Postura do profissional

 A primeira coisa a fazer é estimular a linguagem e corrigir


o déficit linguístico.
 Deve-se evitar gritos.
 Falar devagar.
 Utilizar recursos verbais e imagens para o aprendiz fazer
associações.
 A música e instrumentos musicais podem ser ferramentas
de terapia na aprendizagem e desenvolvimento da fala e
sons.
 Os estímulos sensoriais; visual, auditivo, tátil, vestibular e
o proprioceptivo devem ser explorados.
Coleção Papel de Carta

COLEÇÃO PAPEL DE CARTAS - CPCTeste para Avaliação das dificuldades de


Aprendizagem. Leila Sara José Chamat

4. Objetivo Detectar os aspectos afetivos- cognitivos- emocionais. Possibilitar a


projeção da criança nos personagens. Analisar a estrutura do pensamento oral.

Possibilitar uma produção escrita.

5. 1.COMUNICAÇÃO

6. 2.VINCULAÇÃO AFETIVA

7. 3.RECEBER AFETO

8. 4.INTERAÇÃO FAMILIAR

9. 5.RELAÇÃO COM A APRENDIZGEM

10. 6.PROGNÓSTICO

11. Como Aplicar Esclarecer a finalidade do teste. Expor todas as lâminas de


uma vez. Posteriormente apresentar as lâminas uma por vez.

12. Como Aplicar Pedir que o (a) aprendiz conte a história. Anotar a história ( o
examinador) Dar títulos para as histórias.

13. Como Aplicar Identificar a lâmina que o (a) aprendiz mais gostou. Contar ou
escrever sobre a lâmina que o (a) aprendiz mais gostou.

14. TEMPO DE DURAÇÃO DO TESTE: 50 A 60 MINUTOS

15. Avaliação – Análise do conteúdo manifestadoEstrutura da


história.Título.Conteúdo.Percepção.

16. Avaliação – Análise do conteúdo manifestadoOmissão ou recusa.Dinâmica


da aplicação.Análise escrita.

17. Avaliação – Análise do conteúdo latenteVinculação com o


material.Envolvimento com a produção.Disponibilidade.Identificação com o
personagem.

18. Avaliação – Análise do conteúdo latenteProjeção.Afetividade.Problema


emocional.
19. IMPRESCINDÍVEL

20. VOCÊ DEVE CONHECERTeoria do vínculo – Pichon Riviere.Epistemologia


genética – Jean Piaget.Análise da escrita – Emília Ferreiro

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