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INTERPRETAÇÃO
DO DESENHO
INFANTIL
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SOBRE A PROFESSORA
Tem como valores o cuidado com a familia, principalmente seu filho Miguel de
8 anos que brinca, monta lego e gosta de assistir filmes e series.
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SUMÁRIO
1..............................................................................................................................................................................................................7
Introdução
2
.............................................................................................................................................................................................................9
O interesse em desenhar
.............................................................................................................................................................................................................11
2.1. Desenvolvimento infantil
............................................................................................................................................................................................................12
2.2. Estágios do desenvolvimento de Jean Piaget
............................................................................................................................................................................................................13
2.3. Estágios psicossexuais de Freud
............................................................................................................................................................................................................14
2.4. Psicomotricidade
............................................................................................................................................................................................................15
2.5. Desenvolvimento da linguagem
............................................................................................................................................................................................................16
2.6. Desenvolvimento do grafismo infantil
............................................................................................................................................................................................................18
2.7. Estágios do desenvolvimento.
............................................................................................................................................................................................................18
2.7.1. Os 4 estágios de Luquet
............................................................................................................................................................................................................19
2.7.2. Os 3 estágios do rabisco de Marthe Berson
..........................................................................................................................................................................................................20
2.7.3. 5 estágios de Piaget
..........................................................................................................................................................................................................21
2.7.4. Estágios vistos de forma geral
3
..........................................................................................................................................................................................................23
Os desenhos
..........................................................................................................................................................................................................23
3.1. Premissas importantes sobre a interpretação do desenho infantil
..........................................................................................................................................................................................................25
3.2. Sobre os materiais para desenhar
..........................................................................................................................................................................................................25
3.2.1. Figuras para colorir ou folhas brancas
..........................................................................................................................................................................................................25
3.2.2. Tipos de lápis
..........................................................................................................................................................................................................26
3.2.3. Tipos do papel
..........................................................................................................................................................................................................27
3.2.4. Orientação espacial
..........................................................................................................................................................................................................30
3.2.5. Dimensões, traços, pressão, formas, linhas e traços
..........................................................................................................................................................................................................32
3.2.6. Cores
3.2.7. Outros materiais que também são usados para se fazer
..........................................................................................................................................................................................................35
desenho ou auxiliá- los
..........................................................................................................................................................................................................35
3.3. Os elementos dos desenhos
..........................................................................................................................................................................................................35
3.3.1. Desenhos e as estações do ano
..........................................................................................................................................................................................................36
3.3.2. Repetição do mesmo tema ou a diversidade de temas
..........................................................................................................................................................................................................38
3.3.3. Surgimento da figura humana
..........................................................................................................................................................................................................38
3.3.4.1. Casa
..........................................................................................................................................................................................................38
3.3.4.1.1 Elementos da casa
..........................................................................................................................................................................................................39
3.3.4.1.1. Elementos da casa
..........................................................................................................................................................................................................41
4 Vamos praticar?
5
..........................................................................................................................................................................................................43
A prática
..........................................................................................................................................................................................................43
5.1. Como fazer a aplicação do desenho
..........................................................................................................................................................................................................44
5.2. Como fazer o inquérito do desenho
..........................................................................................................................................................................................................44
5.3. Como fazer a análise
..........................................................................................................................................................................................................45
5.4. Técnicas projetivas, um olhar psicopedagógico
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..........................................................................................................................................................................................................48
Algumas ferramentas
..........................................................................................................................................................................................................48
6.1. Par educativo
..........................................................................................................................................................................................................49
6.2. Eu com meus companheiros
..........................................................................................................................................................................................................50
6.3. A planta da sala de aula
..........................................................................................................................................................................................................51
6.4. A planta da minha casa
..........................................................................................................................................................................................................52
6.5. Os quatro momentos do dia
..........................................................................................................................................................................................................53
6.6. Família educativa
..........................................................................................................................................................................................................54
6.7. O dia do meu aniversário
..........................................................................................................................................................................................................55
6.8. Minhas férias
..........................................................................................................................................................................................................56
6.9. Fazendo aquilo que mais gosta
..........................................................................................................................................................................................................56
6.10. O desenho em episódios
..........................................................................................................................................................................................................57
6.11. O desenho e o abuso infantil
..........................................................................................................................................................................................................58
6.12. Jogo do rabisco
..........................................................................................................................................................................................................59
6.13. O desenho e a fantasia
..........................................................................................................................................................................................................60
7 O desenho e a liberdade de expressão
..........................................................................................................................................................................................................64
Referências Bibliográficas
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INTERPRETAÇÃO DO
DESENHO INFANTIL
1 Introdução
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Neste contexto, é imprescindível destacar a importância de compreender
o desenho infantil como uma expressão genuína da criança, sem julgamentos
preconcebidos ou interpretações rígidas. Cada traço, cor e forma possui um valor
simbólico próprio, que se conecta com a realidade emocional e subjetiva da
criança. Por meio da interpretação cuidadosa e sensível, é possível adentrar nesse
universo e estabelecer uma comunicação profunda com a criança, auxiliando-a
em seu processo de autoconhecimento, expressão e transformação.
Está dada, portanto, a importância que profissionais que trabalham com o
público infantil a compreendam, tenham um entendimento, mesmo que básico
sobre o desenho infantil. Para cada profissional um olhar diferenciado sobre esse
tema, dentro dos objetivos pelo qual trabalha com a criança.
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2 O interesse em desenhar
Quando uma criança é muito pequena, por volta de um ano e meio, ela
experimenta o mundo de maneira intensa, embora ainda não possa expressá-
lo completamente. Uma das formas pelas quais essa expressão começa a se
manifestar é através do desenho, que pode acompanhar a criança desde essa
fase inicial até o início da adolescência, dependendo da oportunidade oferecida
para essa prática.
As crianças desenham há muitos séculos, porém nessa época as crianças er
am . vistas como imperfeitas ou inferiores em
relação aos adultos, assim, não foram registrados ou preservados esses desenhos.
Desenhos de adultos também não eram importantes, somente quando eram feitos
por artistas famosos ou amadores que consideravam que tinham talento.
Já no século XVIII, o filósofo e educador Jean Jacques Rousseau (1712-1778)
via a infância como uma fase importante do desenvolvimento, pois direcionava a
criança a fase adulta (nessa época não existia a adolescência, depois da infância
já se era adulto). Mostrando que a criança era diferente do adulto em seu modo
de pensar, agir, de resolver problemas e esses modos não são inferiores, somente
diferentes.
Já no século XIX, começa-se o interesse pelo desenho infantil. Segundo
Maureen Cox, em seu livro O desenho da criança, ela relata:
que qualquer pessoa reconheceria como feitos por mão infantil. Intrigado
Assim começou o seu interesse e estudo da arte infantil. Embora não tenha
sido a primeira pessoa a levar a sério o assunto, foi seu livreto “A arte
desenho infantil . ¹
1 COX, 2012, p. 2.
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Figura 1- Primeiro livro sobre o desenho infantil: A arte das crianças pequenas Figura 2- Corrado Ricci
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usam a borracha de forma compulsiva, ou acham que terão a perfeição com o
auxílio uma régua. É possível ter em mente:
Comportamento Significância
Desenho riscado Agressividade devido a um aconteci-
mento determinado
A maior parte das crianças mostra interesse em desenhar, sendo uma parte
importante dentro do desenvolvimento infantil. Quando pequenas, a crianças
não se importam muito com os tamanhos, as proporções anatômicas, isso ela
vai adquirindo condizente ao crescimento, adentrando a realidade, ao ensino
formal e as vivências. Essa evolução do desenho, do grafismo se dará devido a
maturidade das habilidades motoras finas, concedidas pelo desenvolvimento de
áreas cerebrais.
Conforme vão se desenvolvendo e crescendo, essa magia do desenho vai
desaparecendo, lá pelo final da infância e início da adolescência, onde, por muitas
vezes, relutam ao ter de desenhar.
A criança se dedica ao desenho mais do que a outra atividade pictórica, e
isso faz sem a ajuda de adultos, ela simplesmente o faz. É um importante meio
para o desenvolvimento criativo e a oportunidade de criarem e experimentarem
suas próprias ideias. Se o adulto for capaz de compreender o desenho da criança
sem sacrificar ou julgar sua criatividade, muitas não cairiam na armadilha com
imagens sem variações e estereotipadas.
2 1981, p. 8.
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• Movimentos reflexos
• Egocentrismo
• Desenvolvimento da linguagem
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• Sugar
• Morde
o Conflito: Desmame
2º ano de vida Fase Anal
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2.4. Psicomotricidade
• Reflexo de preensão
• Controle motor
• Preensão fina
02 a 03 anos • Sobe escadas com apoio
• Salta num pé só
• Dominância lateral
• Domina bicicleta
• Aperfeiçoamento perceptivo-motor
• Jogos de orientação
• Conscientização corporal
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2 a 3 meses
4 a 5 meses
6 a 10 meses
Período linguístico
10 12 meses
12 a 15 meses
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• Rabiscos desordenados
• Não há controle
motor2ª etapa:
• Rabiscos controlados
• Rabiscos circulares
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• Tentativas de repre-
sentação1ª etapa:
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• Rabiscos controlados
• Rabiscos circulares
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Ao reconhecer essas etapas, os profissionais da psicologia podem interpretar os
desenhos das crianças levando em consideração o contexto do estágio em que
elas se encontram, ampliando assim a compreensão de suas expressões visuais.
No estágio do realismo fortuito, que tem início por volta dos 2 anos de idade,
a criança começa a criar traçados ocasionais que dão origem às suas primeiras
representações simbólicas. Ela atribui nomes aos seus desenhos, estabelecendo
uma conexão entre suas formas e objetos ou figuras familiares. No entanto, a
relação entre o desenho e a realidade ainda é bastante vaga e imprecisa.
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motor, que se inicia por volta dos 18 meses de idade. Nessa fase, a criança realiza
traçados arredondados e alongados, explorando o lápis e o papel de forma
sensorial. Ainda não há uma preocupação em criar representações simbólicas ou
formas reconhecíveis.
O segundo estágio, denominado representativo, ocorre entre os 2 e 3 anos de
idade. Nessa fase, a criança começa a produzir formas isoladas em seus rabiscos. Os
traçados podem ser contínuos e descontínuos, demonstrando maior coordenação
motora e controle do lápis. A criança experimenta diferentes movimentos e atribui
significado às suas criações, sendo possível identificar elementos simples, como
círculos, linhas retas e curvas.
No estágio comunicativo, que se desenvolve entre os 3 e 4 anos de idade, a
criança busca expressar-se por meio do desenho de forma mais intencional. Ela
busca reproduzir elementos da escrita adulta em seus rabiscos, como letras ou
números, e atribui significados específicos aos seus traçados. Essa fase evidencia
o emergir da linguagem simbólica e a capacidade da criança de utilizar o desenho
como um meio de comunicação.
Por meio da compreensão dos estágios do rabisco propostos por Marthe Berson,
é possível adentrar no mundo da criança em desenvolvimento, compreendendo
as nuances motoras, perceptivas e comunicativas que se manifestam em suas
produções gráficas. A análise dos rabiscos infantis dentro desse contexto oferece
uma valiosa ferramenta para profissionais que buscam compreender e auxiliar no
crescimento emocional, cognitivo e social das crianças.
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O segundo estágio, denominado «Pré-esquemático», está inserido no estágio
pré-operacional. Nele, os desenhos das crianças ainda são dispersos na folha, não
seguindo uma organização espacial definida. Nessa fase, as cores são utilizadas
de forma aleatória, e vínculos emocionais começam a ser expressos nas criações
gráficas.
No estágio do «Esquematismo», que ocorre durante as operações concretas
(7 a 10 anos), as crianças passam a desenhar linhas de base inferior e superior,
embora ainda possam apresentar exageros, negligências e omissões em seus
desenhos. Além disso, nesse estágio, a relação entre cor e objeto começa a ser
estabelecida.
O estágio seguinte, denominado «Realismo», também se enquadra nas
operações concretas. Nessa fase, as crianças demonstram uma maior consciência
de gênero, sendo capazes de representar diferenças nas vestimentas. Os desenhos
tornam-se mais rígidos e formais, com a incorporação de formas geométricas e
cores mais realistas. As emoções também ganham destaque nesse estágio, assim
como a compreensão e aplicação de regras.
Por fim, no estágio do «Pseudo-naturalismo», que ocorre durante as operações
abstratas (a partir dos 10 anos), as crianças passam a demonstrar um senso mais
apurado de realidade e subjetividade em seus desenhos. As figuras humanas
tornam-se mais evidentes, com maior profundidade e expressão emocional,
refletindo a própria personalidade da criança.
A compreensão desses cinco estágios propostos por Piaget proporciona uma
visão abrangente sobre a progressão do desenvolvimento cognitivo e artístico
na infância. A análise dos desenhos infantis dentro desse contexto nos permite
acompanhar as transformações das habilidades de representação gráfica das
crianças, auxiliando-as em seu crescimento intelectual, emocional e artístico.
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humanas vão além das simples células, recebendo detalhes como cabelos e
rostos. Apesar dos temas presentes, as figuras continuam sendo desenhadas de
forma solta na folha. Também é comum nessa fase a antropomorfização, em que
características humanas são atribuídas aos elementos da natureza.
Entre os 5 e 6 anos de idade, as crianças passam a demonstrar a capacidade
de criar roteiros com início, meio e fim em seus desenhos. Os desenhos começam
a apresentar cenas mais elaboradas, porém, ainda são predominantemente
fantasiosas. Nessa fase, as histórias imaginárias ganham vida por meio dos traços
infantis.
A partir dos 7 a 8 anos, as crianças desenvolvem a noção de distância em
seus desenhos. Elas passam a criar cenas com mais detalhes e a representação
se torna mais elaborada. As crianças começam a considerar aspectos como a
perspectiva e a proporção na representação de objetos e pessoas.
Esses estágios de desenvolvimento na interpretação do desenho infantil
refletem o progresso cognitivo e criativo das crianças ao longo dos anos pré-
escolares e iniciais. Cada estágio representa uma etapa importante na evolução da
expressão gráfica, revelando as habilidades motoras, perceptivas e imaginativas
que se desenvolvem nesse período. Ao compreender e valorizar esses estágios, os
educadores e profissionais podem fornecer um ambiente adequado e estimulante
para o crescimento artístico e criativo das crianças.
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3 Os desenhos
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mundo interior da criança, revelando sua perspectiva única e proporcionando um
meio de comunicação não verbal.
Em bullet points:
• O desenho nunca deve ser imposto e sim estimulado;
• É importante conhecer as várias fases do desenvolvimento, para verificar se
a criança está realizando um desenho dentro de sua faixa etária;
• À medida que a criança cresce e se desenvolve, sua arte também cresce e
se desenvolve;
• As etapas do grafismo são uma continuidade, difícil perceber onde começa e
termina, mas precisa-se observar o crescimento e progressão do desenvolvimento
da criança;
• Não apresentar modelos prontos para a criança. Modelos prontos estimulam
a imitação;
• É preciso que o educador facilite e permita as expressões e dê liberdade a
criança;
• O ato de desenhar é uma tentativa de aprendizagem, pois em cada
desenhos estão retratados sentimentos, capacidade intelectual, desenvolvimento
físico, criativo, social;
• Nenhum detalhe ou combinação de detalhes tem significado isolado;
• Devem ser observados detalhes fora do desenho em conjunto ao desenho,
como o tom de voz, postura, interesse, como a criança utiliza o material, os espaços
da folha de papel;
• À medida que a estimulação correta é dada, percebe-se a mudança no
grafismo;
• A criança inicia um processo de autoconhecimento, autoimagem, dando
espaço a se expressar e elaborar melhor seus sentimentos;
• A criança inicia também a organização do pensamento;
• O tema não é o mais importante e sim a forma como é retratado.
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3 1989 apud MEREDIEU, F. O Desenho Infantil: Estrutura, evolução e interpretação. São Paulo:
Edições Loyola, 2009.
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4 1989 apud MEREDIEU, F. O Desenho Infantil: Estrutura, evolução e interpretação. São Paulo:
Edições Loyola, 2009.
5 1989 apud MEREDIEU, F. O Desenho Infantil: Estrutura, evolução e interpretação. São Paulo:
Edições Loyola, 2009.
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pode estar relacionada à falta de confiança ou à preferência por manter suas
necessidades restritas. No entanto, é importante considerar outros elementos,
como o traço e a pressão aplicada no desenho, para uma interpretação mais
completa.
Por outro lado, um formato médio indica adaptabilidade e flexibilidade por
parte da criança. Ela tem facilidade em ocupar seu lugar no grupo e se ajustar às
situações. O desenho em formato médio sugere uma capacidade saudável de se
adaptar a diferentes contextos e interações sociais.
Já o formato grande revela uma criança que se sente socialmente capaz
e confiante em realizar coisas importantes. O tamanho do desenho reflete a
autoconfiança e a vontade de se fazer presente e se destacar em seu ambiente.
Essa criança tende a ter uma visão positiva de si mesma e acredita em suas
habilidades.
A textura e espessura do papel utilizado pela criança ao desenhar também
podem transmitir informações interessantes sobre sua personalidade e forma de
expressão. Quando a folha de papel possui uma textura brilhante, é adequada para
a utilização de técnicas como pintura com os dedos ou giz de cera. Nesse caso, os
dedos ou o lápis «patinam» sobre a superfície da folha. Geralmente, as crianças
que preferem essa textura são objetivas e diretas em sua abordagem. Elas tendem
a não gostar de conversas muito longas e preferem atividades práticas e tangíveis
para expressar suas ideias.
A espessura do papel também é um aspecto relevante. Quando a criança
utiliza um papel de espessura grossa, pode indicar uma busca por conforto, afeto
ou carinho. Essas crianças podem estar procurando uma sensação de proteção
e aconchego em suas expressões artísticas. Por outro lado, a espessura fina do
papel revela sensibilidade, emoção e um lado mais romântico na criança. Elas
podem ser mais propensas a expressar seus sentimentos e explorar o aspecto
subjetivo de suas experiências através do desenho.
É importante lembrar que essas interpretações devem ser consideradas em
conjunto com outras características do desenho, bem como com o contexto e a
idade da criança. Cada criança é única e o desenho é apenas uma das formas de
expressão que nos permite compreender seu mundo interior.
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pode indicar um enfoque na imaginação, curiosidade e intelecto. Ela pode estar
explorando ideias e desejando descobrir coisas novas. Essa preferência pelo espaço
superior reflete uma mente aberta para novas possibilidades e uma inclinação em
direção ao mundo das ideias e da fantasia.
A utilização da parte inferior da folha está relacionada às necessidades físicas
e materiais da criança. Ela pode estar expressando preocupações sobre sua
sobrevivência, conforto ou satisfação de desejos materiais. Essa preferência pelo
espaço inferior pode refletir uma maior sensibilidade em relação às necessidades
práticas e tangíveis do dia a dia.
Quando a criança desenha principalmente no centro da folha, isso indica que
ela está focada no momento presente e aberta ao que está acontecendo ao seu
redor. Essa posição central reflete uma disposição para viver o presente, sem muita
ansiedade ou tensão. A criança pode estar mais em sintonia com suas emoções e
experiências imediatas.
A utilização da parte esquerda da folha está relacionada a pensamentos
relativos ao passado. Pode indicar uma tendência à inibição e ao controle
emocional. A criança pode estar processando eventos passados, lembranças ou
sentimentos que ainda exercem influência sobre ela. Essa preferência pelo espaço
esquerdo reflete uma maior introspecção e reflexão sobre experiências anteriores.
Quando a criança desenha predominantemente na parte direita da folha,
isso está relacionado a pensamentos relativos ao futuro. Essa posição reflete
uma tendência à extroversão, à busca de satisfação imediata e a uma visão mais
otimista em relação às possibilidades futuras. A criança pode estar expressando
suas aspirações, desejos e uma atitude mais voltada para o futuro.
Resumindo:
A - Superior: Representa a cabeça, imaginação, curiosidade, intelecto, desejo
de descobrir coisas novas
B - Inferior: Necessidades físicas, materiais
C - Centro: Momento atual, aberta ao que ocorre ao seu redor, não vive
ansiedades e tensões, relacionado à criança
D - Esquerda: Pensamentos relativos ao passado, inibição, controle emocional
E - Direita: Pensamentos relativos ao futuro, extroversão, procure de satisfação
imediata, criança visionária
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Figura: Posição do desenho na folha
A-SUPERIOR
B- INFERIOR
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Por outro lado, o traço manchado ou cortado é o oposto do contínuo. Nesse
caso, a criança começa a desenhar, para abruptamente e recomeça em outra
direção. Esse padrão de movimento revela indecisão em relação às mudanças e
instabilidade emocional. A criança pode ter uma abordagem impulsiva inicialmente,
mas depois percebe que não era aquilo que desejava e recomeça na direção
desejada. Esse tipo de traço indica uma busca por clareza e um processo de
autodescoberta em relação às próprias emoções.
O traço oblíquo é aquele lançado ao céu, como um foguete. Ele indica que a
criança sabe o que está fazendo. A pressão exercida durante esse traço é o que
irá determinar sua interpretação. Se a pressão for normal, simboliza a criança
descarregando sua energia de forma agradável e harmônica. No entanto, se a
pressão for maior, pode indicar raiva ou frustração. A intensidade do traço oblíquo
revela o estado emocional e a energia que a criança está canalizando para o
desenho.
A pressão exercida no papel ao realizar um traço também traz informações
significativas. Uma boa pressão demonstra vontade e entusiasmo ao desenhar.
Quanto mais forte a pressão, mais agressividade pode estar presente. Por outro
lado, uma pressão superficial indica distanciamento, falta de convicção ou até
mesmo cansaço físico.
Traços com pouca pressão revelam um baixo nível de energia e um sentimento
de inadequação. A criança pode estar passando por um momento de desânimo
ou falta de confiança. Por outro lado, traços com muita pressão denotam tensão
e agressividade. Esse tipo de traço pode estar associado a uma criança que está
lidando com emoções intensas ou até mesmo a indivíduos com epilepsia.
Traços trêmulos indicam insegurança. A criança pode estar se sentindo ansiosa
ou com medo, o que resulta em linhas tremidas e menos precisas.
Dentro de seu traçado podem existir formas e não só linhas. As formas são
interpretadas universalmente.
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Nesse sentido, desenhos com círculos simbolizam ciclos, renovação, criança
que trabalha com o que já vive e conhece. Gosta de fazer as mesmas coisas, mas
de formas diferentes. Traços arredondados, grossos e amplos mostram preguiça,
desmotivação, pode ser por cansaço, mas também podem não ser. Já desenhos
com quadrados apresentam traços mas rígidos, determinação, são decididos.
Estão mais presentes em desenhos de crianças que precisam gastar energia, se
movimentar, se esses movimentos são mais bruscos, normalmente são de crianças
que não mudam de opinião e são mais competitivas.
Por fim, desenhos com triângulos estão ligados ao conhecimento. Crianças
que desenham muitos triângulos com o vértice para cima são mais sensíveis,
intuitivas, criativas, tranquilas, porém curiosas. Já as que desenham com vértice
para baixo, também buscam conhecimento, mas são de uma índole mais física e
material, são mais pragmáticas.
3.2.6. Cores
A maior parte dos desenhos que vemos das crianças são coloridos, apesar de
algumas não gostarem de colorir, somente de desenhar com lápis nº 2 (desenhos
acromáticos)
Essas cores muitas vezes auxiliam na interpretação, mostrando um todo,
desses desenhos, com pontos negativos ou positivos.
As vezes uma cor colocada em uma folha de papel não mostra nenhum
desequilíbrio na criança, o importante ao olhar o desenho é ver que informações,
que mensagem, as pistas que a criança nos transmite.
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entanto, na realidade, ela pode desejar que suas vontades sejam adivinhadas,
buscando uma conexão mais profunda com os outros.
O verão é frequentemente associado a desenhos de flores e pássaros,
representando a vivência no momento presente e a satisfação com o ambiente.
O desenho pode expressar a crença da criança de que seus sonhos podem se
tornar realidade. O verão traz uma sensação de alegria e liberdade, com a criança
aproveitando o calor e a plenitude da vida.
O outono simboliza a conclusão de uma etapa. O desenho pode indicar a
produtividade vivenciada pela criança e sua necessidade de descanso. O ritmo
mais lento representa a finalização de um evento ou momento, marcando um
período de transição e preparação para a próxima fase.
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mais aprofundada. É importante analisar o contexto do desenho, considerando
outros elementos presentes e buscando compreender a intenção e as emoções
subjacentes que a criança está expressando através do seu desenho repetitivo ou
diversificado.
Cada criança é única e suas expressões artísticas refletem sua personalidade,
suas experiências e suas necessidades individuais. Portanto, a interpretação dos
desenhos deve levar em conta o contexto geral, a observação contínua e o diálogo
com a criança, a fim de compreender plenamente o significado de suas criações e
oferecer suporte adequado quando necessário.
As crianças ao desenharem fazem ilustrações diversas, porém algumas
repetem sempre o mesmo tema, enquanto outras nunca desenham na mesma
linha de pensamento.
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3.3.4.1. Casa
A casa é um dos primeiros desenhos feitos pela criança. Transmite segurança,
convívio, mostra o tamanho da abertura que a criança dá ao mundo ao seu redor.
Cada desenho de casa representa a vida de cada criança, se engana quem acha
que todos os desenhos de casa infantis são iguais.
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pequenas tem curiosidade, porém, é introvertida, discreta, e normalmente não as
desenha em grandes quantidades. Já as janelas grandes, mostram uma grande
curiosidade pela vida, deseja sempre saber mais, ir além
• Chaminé: Vemos menos nos desenhos de hoje em dia, na realidade,
quando peço a uma para desenhar uma casa percebo mais são as antenas e
menos chaminés. Quando pensamos em nosso país, a chaminé não faz parte da
arquitetura que a criança conhece, ela as vê em desenhos animados, em filmes
(principalmente os de Natal!), nas historinhas clássicas (os três porquinhos) e em
desenhos vindos de outras gerações. Em muitos desenhos, mesmo conhecendo,
não as desenharão, e quando as desenham, em algumas não saem fumaça.
Lembremos sempre que a chaminé não é considerada obrigatória, mas o que
representa quando as crianças as inserem em seus desenhos? O grau de emoção
do ambiente vivido pela criança. Por exemplo, um traço simples mostra uma
influência favorável. Já a fumaça densa e escura é desfavorável, um traço muito
fino pode ser desfavorável (que o fogo apagou) ou favorável (que o fogo acabe
de se reacender)
Ao interpretar, lado esquerdo refere-se ao passado, enquanto o lado direito,
refere-se ao futuro. Quanto mais legre for o desenho, harmonia entre cores,
proporções, simboliza que o ambiente familiar é saudável. Já desenhos com
cores fracas, falta de elementos importantes, fumaça suave e fraca, mostra que o
ambiente familiar não anda bem.
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azuis, bom tempo, cinza ou negra, a chuva vai chegar!!)
• Chuva: Fecunda, limpa, purifica, mas também pode devastar. Alguns
interpretam como lágrimas das crianças.
• Arco-íris: Demonstra paz e harmonia, proteção, a curvatura simboliza
flexibilidade. Arco-íris em demasia, pode significar que a criança já viveu muitos
momentos de tormenta. Um elemento importante, normalmente estão nos
desenhos das crianças, representa o emocional + físico + intelectual.
• Árvore: A interpretação, de acordo com BÈDARD (1998), está relacionada
a três partes: base e as raízes, a altura e a espessura do tronco e os ramos e
folhagem. O tronco nos sobre a energia física da criança. A altura do tronco
simboliza a atitude e comportamento em relação do mundo exterior. Ramos e
folhas falam sobre a criatividade e imaginação. Folhagem em abundância revelam
muitas ideias e projetos. Árvores enraizadas demonstram força, pois puxam muita
energia da terra.
• Flores: simboliza o amor, criança deseja agradar (em demasia, pode indicar
falta de segurança)
• Montanhas: Indica estabilidade, mas também metas e sonhos. A esquerda
estabilidade adquirida, a direita, a estabilidade que deseja adquirir, já ao centro,
desejo que sua meta se concretize agora. É importante observar o contexto
do desenho, pois podem haver outros elementos junto a montanha e eles se
relacionarão a história da criança.
• Animais: Desenhos constantes com animais simbolizam a necessidade
em comunicar-se com algo. Animais domésticos (Companhia, tranquilidade),
cavalos (ambição), pássaro (curiosidade e alegria, desejo de realizar várias coisas
ao mesmo tempo), água e peixes (felicidade, mesmo estando só ou em grupo). O
desenho monstros, quer impressionar ou influenciar, não devemos nos preocupar
se não houver relação com a idade em crianças tem medo ou algo relacionado ao
assunto.
• P Veículos: Bicicletas, ônibus, carro, avião, barcos, indicam atitudes sociais.
Carros mostram a relação com as regras. Já os ônibus, simbolizam que a criança
não gosta de sentir-se isolada. Avião, voa sempre mais alto. Já a bicicleta nos
mostra um ritmo mais pausado. O barco, indica grande capacidade de adaptação,
porém precisa-se observar o porte da embarcação.
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4 Vamos praticar?
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5 A prática
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de comunicação e desenvolvimento pessoal, no qual a criança pode explorar sua
imaginação, expressar suas emoções e desenvolver sua identidade artística.
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Além disso, a observação das escolhas de cores, traços, composição e expressões
emocionais presentes nos desenhos também desempenha um papel importante
na interpretação adequada.
Portanto, a combinação dos desenhos com a anamnese e a história de vida
da criança é essencial para uma interpretação mais precisa e significativa. Essa
abordagem multidimensional permite compreender os desenhos como uma forma
de comunicação não verbal, refletindo a visão de mundo, as emoções, os conflitos
e os anseios da criança. Ao considerar todos esses aspectos, os profissionais
envolvidos podem oferecer um suporte mais efetivo e personalizado, auxiliando
no desenvolvimento emocional, psicológico e criativo da criança.
6 2008.
7 1992 apud Sampaio, 2018.
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papéis desempenhados pelos membros da família e a interação entre eles.
No vínculo consigo mesmo, as provas projetivas exploram a relação da criança
com sua própria identidade e individualidade. Isso pode incluir representações
do dia de seu aniversário, de suas férias ou de si mesma realizando atividades
que gosta. Esses desenhos em episódios fornecem insights sobre as emoções,
interesses e autoconhecimento da criança.
Além dessas categorias, há observações importantes que devem ser feitas ao
analisar as técnicas projetivas. O tamanho do desenho pode indicar um vínculo
inadequado, seja ele muito grande ou muito pequeno. O tamanho dos personagens
também é relevante, assim como a presença do próprio sujeito na cena e a possível
ausência de alguém que deveria estar ali.
Outros aspectos a serem considerados incluem o distanciamento dos
personagens, o uso de borracha e como ela é utilizada, a representação de
pés e mãos (que pode indicar dificuldades de relacionamento ou busca por
conhecimento), a presença ou ausência de boca, olhos e orelhas (relacionados
à comunicação e atenção) e se o desenho foi realizado conforme a solicitação,
demonstrando uma boa compreensão.
Além disso, é importante observar se há recusa em desenhar ou escrever, o
que pode indicar resistências emocionais ou dificuldades específicas. A relação do
desenho na folha também pode fornecer pistas sobre a organização espacial e a
percepção do sujeito em relação ao ambiente.
Ao considerar todas essas observações e categorias na interpretação das
provas projetivas, é possível obter uma compreensão mais completa e precisa
dos vínculos da criança, suas emoções, seu comportamento social e sua relação
consigo mesma e com o ambiente que a cerca.
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Ao analisar os desenhos produzidos pelas crianças, é fundamental considerar
o conjunto da obra e não avaliar elementos isolados. Os desenhos devem ser
observados dentro de um contexto, levando em conta as características gerais, os
temas abordados e a forma como estão organizados no papel. Essa abordagem
mais abrangente permite uma compreensão mais precisa do que a criança está
expressando por meio de suas criações visuais.
Quando a criança já é alfabetizada, é possível enriquecer a análise solicitando
que ela escreva sobre o desenho que fez. Essa escrita pode revelar informações
adicionais, como a habilidade de escrita, a ortografia e a grafia da criança.
Observar a relação entre o desenho e o texto escrito proporciona uma visão mais
completa da mensagem que a criança deseja transmitir.
No entanto, é importante respeitar a vontade da criança. Caso ela não queira
escrever, não é necessário forçá-la a fazê-lo. Cada criança tem seu próprio ritmo e
suas preferências individuais. A não realização da escrita não invalida a análise dos
desenhos, que por si só já fornecem informações relevantes sobre a percepção e
as emoções da criança.
Quando a criança opta por escrever, pode-se também solicitar que ela coloque
um título para o desenho ou história. Esse exercício permite avaliar a capacidade
de síntese, a relação entre o conteúdo visual e o título escolhido, bem como a
elaboração e complexidade do título. Dessa forma, é possível compreender melhor
a intenção por trás do desenho e a forma como a criança interpreta e estrutura
sua criação.
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6 Algumas ferramentas
Como realizar:
Solicitar à criança que desenhe uma pessoa que ensina e uma pessoa que
aprende.
Perguntas que devem ser feitas após o desenho pronto:
• Qual o nome dessas pessoas?
• Qual a idade delas?
• Conte-me sobre seu desenho, o que está se passando nele?
• Qual título você daria a ele?
• Gostaria que escrevesse algo sobre ele para mim
• Outras perguntas que achar conveniente, de acordo com o desenho
Analisar⁸:
• Tamanho do desenho
• Tamanho dos personagens
• Tamanho dos objetos
• Posição dos personagens
• Distância entre os personagens
• Contextualização
• Local da cena
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Como realizar:
Solicitar à criança que desenhe com seus colegas de sala.
Perguntas que devem ser feitas após o desenho pronto:
• que pode me dizer a respeito de seus colegas?
• Pode me falar sobre cada um deles?
• Quem é você nesse desenho?
• Como cada um se chama? Você sabe a idade de cada um?
• Gostaria que escrevesse algo sobre seu desenho para mim
• Outras perguntas que achar conveniente, de acordo com o desenho
Analisar9:
• Tamanho do desenho
• Tamanho dos personagens principal
• Tamanho dos demais personagens
• Posição dos personagens
• Inclusão do professor
• Inclusão de uma pessoa que é fora desse grupo
• Comentário sobre os companheiros
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Como realizar:
Solicitar à criança que desenhe a sala de aula como se estivesse a vendo de
cima, a planta de sua sala de aula.
Perguntas que devem ser feitas após o desenho pronto:
• Como é a sua sala de aula?
• Como são as suas aulas?
• Mostre-me com um X qual o lugar que você se senta?
• Quem escolheu esse lugar, você ou sua professora?
• Você queria sentar-se em outro lugar? Por quê?
• Como é a sua professora?
• que você poderia me dizer sobre ela?
• Quem está estado nesses outros lugares?
• Fale-me um pouco sobre eles
• Outras perguntas que achar conveniente, de acordo com o desenho
Analisar10:
• Disposição da sala
• Tamanho da sala
• Localização da sala
• Elementos inclusos na cena
• Representação de pessoas nesse desenho
• As aberturas
• Comentários sobre as aulas
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Como realizar:
Solicitar à criança que desenhe a sua casa como se estivesse a vendo de cima,
a planta de sua casa.
Perguntas que devem ser feitas após o desenho pronto:
• Me diga, como é a sua casa?
• Onde vocês fazem as refeições? Vocês comem juntos?
• que fazem quando todos estão juntos?
• Onde você estuda? E com quem você estuda?
• Há um lugar reservado para os estudos?
• Onde fica seu quarto?
• Quem o escolheu para você?
• Você pode arrumá-lo, organizá-lo como quiser?
• Você gosta de seu quarto ou gostaria de ter outro quarto? Você dorme
sozinho, com alguém ou gostaria de dormir com outra pessoa?
• Coloque o nome de cada cômodo (local) da sua casa
• Coloque um título e escreva algo sobre o seu desenho
• Se houver perguntas complementares pertinentes ao desenho, faça-as.
Analisar11:
• Ponto de vista: O sujeito se sente parte integrante dessa família?
• Espaços representados
• Tamanho do plano da casa
• Desenhou só a planta da casa ou adicionou pessoas a ela?
• Há aberturas, canais de comunicação?
• Observar as respostas sobre o quarto, local de estudo, espaço de reuniões
familiares
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Como realizar:
O entrevistador dobrará a folha em quatro partes iguais e pede que a criança
faça o mesmo com a folha dela.
O entrevistador dia a ela que gostaria que ela desenhasse quatro momentos
do seu dia (desde o momento que levanta até a hora de se deitar)
Perguntas que devem ser feitas após os desenhos prontos:
• Conte-me sobre seus desenhos
• Se necessário, peça-lhe detalhes
• Escreva o que acontece em cada cena Antes da análise, deve-se observar:
• Se o desenho é realizado na sequência do dia (espaço-temporal)
• Existem detalhes, ela é criativa?
• Usa os quadrantes para situações consideradas importantes (como
aprendizagem, por exemplo)
Analisar12:
• Que pessoas estão na cena
• Locais escolhidos
• Momentos escolhidos
• As cenas possuem carga afetiva positiva ou negativa
• Que atividades a criança realiza
• Observar se há detalhes no desenho
• A sequência temporal foi ordenada ou desordenada
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Como realizar:
Solicitar à criança que desenhe sua família e coloque o que cada um sabe
fazer.
Perguntas que devem ser feitas após o desenho pronto:
• Quem são essas pessoas?
• Qual o nome e a idade delas?
• que cada um está fazendo?
• que eles sabem fazer, eles ensinam a alguém? Como?
• Qual título você daria a ele?
• Gostaria que escrevesse algo sobre ele para mim Antes da análise, deve-se
observar:
• tamanho as pessoas, dos personagens a atividade que estão realizando,
localização na folha, objetivos e participação na atividade e o relato sobre o
desenho
Analisar13:
• Posição dos personagens
• Os objetos
• A idade e sexo dos personagens
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Como realizar:
Solicitar à criança que faça o desenho de um dia de aniversário de um menino
(se a criança for menino) ou de uma menina (se acriança for uma menina).
Obs.: Visca observa que alguns não comemoram aniversário ou o fazem de
forma específica, ou por cultura, religião. Então é importante conhecer a história
de vida de sua criança.
Perguntas que devem ser feitas após o desenho pronto:
• De quem é o aniversário?
• Que idade ele está fazendo?
• Quem são as pessoas?
• Quantos anos elas têm?
• Aconteceu alguma outra coisa com esse (a) menino (a) no dia do aniversário?
• aniversariante ganhou presentes? Quais? Ele gostou? Qual gostou mais?
• Gostaria de trocar algum presente?
• Qual título você daria a ele?
• Gostaria que escrevesse algo sobre ele para mim
• Outras perguntas que achar conveniente, de acordo com o desenho
Analisar14:
• Está rodeado de pessoas ou sozinho?
• Presentes recebidos
• Tamanho e posição dos personagens (De frente, de costas)
• Tamanho dos objetos relacionados ao aniversariante
• Complementos do desenho (lugar, conteúdo do relato – caracterização
dos personagens, contradições idade do aniversariante, comparada a idade da
criança)
14 baseado no livro “Técnicas projetivas” de Jorge Visca, de 2008.
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Como realizar:
Solicitar à criança que desenhe algo que fez nas férias. Utilizando os materiais
sobre a mesa (papel, lápis preto, borracha)
Perguntas que devem ser feitas após o desenho pronto:
• Conte-me seu desenho
• Que outra coisa fez durante suas férias
• Perguntas complementares, se necessário
• Escreva algo sobre o desenho
• Coloque um título em seu desenho
Analisar15:
• Houve adequação do desenho ao que foi solicitado
• A atividade foi bem representada (fez algo das férias, fea algo totalmente
diferente, desenho inacabado)
• Coerência entre o relato e as férias
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Analisar16:
• Apagar o desenho e modificar a cena
• Apagar objetos, mas não mudar a cena
• Contexto espacial e temporal
• Coerência no relato
Como realizar:
O entrevistador dobra a folha ao meio e diz: Um (a) menino (a) tem o dia
todo para ele (a). Você irá desenhar o que esse (a) menino (a) desde a hora que
acorda, sai de casa até a hora que retorna
Perguntas que devem ser feitas após o desenho pronto:
• Conte-me seu desenho
• Que título você quer dar ao seu desenho
• Analisar: (baseado no livro “Técnicas projetivas” de Jorge Visca (2008)
• Tempo
• Espaço
16 baseado no livro “Técnicas projetivas” de Jorge Visca, de 2008.
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abuso físico, abuso sexual e negligência. Abuso físico: Lesões (por exemplo,
Quando se trabalha com uma criança que sofreu abuso, é muito importante o
acolhimento, a escuta e atividades que proporcionem que a criança se expresse,
como desenhos, uma pintura. Se a criança for muito pequena, dê uma folha para
que possa rabiscar e tome nota do que achar relevante. Atividades sobre os
sentimentos também são necessárias nesse momento, pois há uma confusão, um
turbilhão de pensamentos que a criança não compreende, como por exemplo,
“como uma pessoa que diz que me ama, pode fazer mal para mim?”
Nem todo o desenho de uma criança que sofreu abuso terá figuras fálicas.
Muitas lhe mostrarão tristeza e angústia, cores carregadas, uma história triste.
Então é preciso muita atenção.
Cuidado também com o contrário, dependendo do traçado da criança uma
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figura pode parecer fálica, mas conta uma história normal e rotineira da criança.
Nunca esqueça de olhar o lado detrás da folha, crianças ao desenharem
familiares abusadores, acham que os precisam desenhar, mas não os querem
próximo a outros membros da família e o desenham do outro lado da olha, como
um sinal de distanciamento.
O jogo do rabisco foi criado por Donald Winnicott (1971), para ser utilizado
em contextos terapêuticos. Um jogo bem simples, necessitando apenas de papel
e lápis. Com a tentativa de estabelecer uma comunicação com sentimentos e
pensamentos que são para a criança difíceis de conversar.
A instrução que é dada ao paciente: Desenhe livremente a partir do rabisco
feito por mim. Na sequência é o paciente quem faz o rabisco e o terapeuta realiza
o desenho. De acordo com Lawrence19, a criança tem que estar a brincar, senão os
resultados não serão satisfatórios. O jogo é iniciado pelo terapeuta, para que ele
mostre a criança como se faz.
Trabalhando assim espaço para a criação e a interação entre inconscientes. O
jogo não possui o mesmo objetivo que os desenhos projetivos, que são estruturados.
A forma menos perfeita de desenho deixa o paciente mais tranquilo e a vontade em
realizar a atividade e cria também um vínculo maior com o terapeuta. A habilidade
de desenhar não é importante nesse jogo.
Jogo do rabisco com histórias, tem os mesmos objetivos, mas deve jogado
da seguinte maneira: “Cada um de nós terá um pedaço de papel e um lápis. Eu
desenharei um rabisco e você fará o desenho que quiser, a partir desse rabisco;
depois você criará uma história sobre seu desenho, e eu farei algumas perguntas
sobre ele (seu desenho e a história). Em seguida, você desenhará um rabisco, e
eu farei um desenho a partir dele, contarei uma história, e você poderá me fazer
perguntas a respeito dele”20.
Desenhos e histórias: Se for trabalhar com o jogo do rabisco-história, dizer a
criança que ela invente, crie uma história (e não sobre si mesma). Lembrando que,
rabisco é a variação de uma curva, uma linha, ondulação ou ziguezague.
O papel do terapeuta é ser guiado pelo conteúdo do desenho e da história,
auxiliando que a criança consiga expressar seus próprios pensamentos e
sentimentos. Na hora do desenho do terapeuta, ele desenhará algo relativo ao
desenho da criança, que seja significativo para ela.
19 2005
20 LAWRENCE, 2005, p. 393.
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O MENININHO
Um dia um menino partiu para a escola. Ele era ainda bem pequeno, e a
escola era bem grande. Porém, quando o menino descobriu que podia chegar à
sua sala entrando diretamente pela porta do pátio, ficou contente. E a escola já
não parecia mais tão grande.
Uma manhã, quando o menino já estava na escola há um certo tempo, a
professora disse:
– Hoje nós vamos fazer um desenho.
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Ele gostava de desenhar. Sabia fazer desenhos de todos os tipos: leões,
e tigres, galinhas e vacas, trens e navios... Pegou sua caixa de lápis de cor e
começou a desenhar. Mas a professora disse:
– Esperem! Não é para começar ainda!
E ela esperou até que todo mundo estivesse pronto.
- Agora! disse a professora – Nós vamos fazer flores!Legal! pensou o menino.
Ele gostava de desenhar flores. E começou a fazer magníficas flores com seus
lápis cor-de-rosa, laranja e azul. Mas a professora disse:
– Esperem! Eu vou mostrar como fazer!
E ela fez uma flor vermelha com um caule verde.
– Aí está, disse ela, agora vocês podem começar.
O menininho olhou a flor desenhada pela professora. Depois olhou as suas
flores. Ele preferia as suas às da professora, mas não disse nada. Apenas virou a
folha e fez uma flor como a da professora. Ela era vermelha com um caule verde.
Num outro dia, quando o menininho estava em aula, ao ar livre, a professora
disse:
– Hoje nós vamos fazer alguma coisa com o barro!
«Que bom!» – pensou o menininho. Ele gostava de trabalhar com barro.
Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e
caminhões. Começou a juntar e amassar a sua bola de barro. Então, a
professora disse:
– Esperem! Não é hora de começar! – Ela esperou até que todos estivessem
prontos.
– Agora! – disse a professora – Nós iremos fazer um prato
. «Que bom!» – pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as
formas e tamanhos. A professora disse:
-- Esperem! Vou mostrar como se faz. Assim, agora vocês podem começar. E
o prato era um prato fundo.
O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o próprio prato e
gostou mais do seu, mas ele não podia dizer isso. Amassou seu barro
numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.
E logo o menininho aprendeu a esperar, E a olhar, E a fazer coisas
exatamente como a professora. E muito cedo ele não fazia mais coisas por si
próprio.
Então, aconteceu de o menininho e de sua família mudarem-se para outra
casa, em outra cidade. Ele teve que mudar de escola. Essa escola era ainda
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maior do que a primeira, e não havia porta para entrar diretamente em sua sala.
Ele tinha que subir; subir degraus altos e caminhar por um longo corredor para
chegar a sua sala.
No primeiro dia, a professora disse:
– Hoje nós vamos fazer um desenho!
«Que bom!” – pensou o menininho. E esperou que a professora dissesse o que
fazer. Porém, ela nada disse. Apenas andava pela sala. Quando chegou perto do
menininho, ela disse:
– Você não quer desenhar?
– Sim, o que é que nós vamos fazer?
– Eu não sei, até que você o faça.
– Como eu posso fazê-lo?
– Da maneira que você gostar.
– E de que cor?
– Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu
posso saber qual é o desenho de cada um?
– Eu não sei! disse o menino. E começou a desenhar uma flor vermelha com
caule verde.
(Helen E. Buckley)
O GATO DA ESCOLA
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cada um, um gato. Um gato correndo, comendo, de pé, pulando, descansando?
Não! Foi para o papel o “gato da escola”. Com exceção de variação de tamanho,
os desenhos eram idênticos. Todos tiveram a mesma imaginação ou o “gato da
escola” foi tão marcante que mesmo depois de adultos não conseguimos nos
livrar dele?
Diante de situações como esta, nos dá a impressão de que todos passamos
por uma única escola, mesma turma, mesmo professor. E quantas marcas como
a de o desenho de um gato nos fizeram menos imaginativo, menos criadores,
menos pensantes. Foram marcas muito fortes, por muito tempo, para que hoje
consigamos nos livrar tão facilmente, tão rapidamente. Se acreditássemos que
os adultos futuros possam ser menos marcados, é necessário que se reflita
a prática educacional que ora se faz. Casos semelhantes a esta se repetem
nas salas de aula. Daí a necessidade de se criar situações em que a criança
realmente tenha condições de expressar o que pensa e do jeito que pensa, sem
modelos pré-estabelecidos. A criança precisa sentir que o professor acredita
nela, que o professor a vê como ser pensante e capaz. O professor precisa
lembrar que o processo de desenvolvimento de cada criança se inicia muito
antes de seu contato com a escola.
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1979.
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Martins Fontes, 2012
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Porto Alegre: Artmed, 2004.
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psychoterapy. Hicksville, New York: Exposition Press, 1975.
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MÈREDIEU, Florence de. O desenho infantil.16ª edição. São Paulo: Editora Cultrix,
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MEUR, A de & STAES L. Psicomotricidade: Educação e reeducação. São Paulo:
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MILLER, Karen. Educação infantil: Como lidar com situações difíceis. Porto
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OAKLANDER, Violet. Descobrindo crianças: A abordagem gestáltica com
crianças e adolescentes. 16ª edição .São Paulo: Summus Editorial, 1980.
RAPPAPORT, Clara Regina, FIORI, Wagner da Rocha, DAVIS, Cláudia. Teorias
do desenvolvimento: Conceitos fundamentais, Volume 1. São Paulo: Editora
Pedagógica Universitária- EPU, 1981.
RETONDO, Maria Florentina N. Godinho. Manual prático de avaliação do HTP
(Casa- Árvore-Pessoa) e família. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.
RICCI, Corrado. L’ Arte de bambini. Bologna: Editora Nicola Zanicchelle, 1887.
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<https://pedagogiaaopedaletra.com/fases-do-desenho-infantil/>. Acesso
em: 5 de fevereiro de 2022.
https://arteemanhasdalingua.blogspot.com/2011/06/esse-texto-me-encanta.
html https://biancarodrigues00.wordpress.com
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