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16 de novembro, 2018.
Técnicas Comportamentais
Pequenas mudanças causam grandes efeitos.
Evite fazer perguntas diretas, como: o que é isto no seu desenho? Ao invés disso,
simplesmente comente: que desenho lindo, também gosto desta cor, não sei o que é
isto, mas parece… será que é mesmo? Converse sem olhar diretamente para o olho
da criança, sem esperar uma resposta, e de forma bem pausada, dando a chance da
criança falar ou não, se ela quiser, sem nenhuma pressão.
Quando fizer isto, cuidado para não ficar tentando ler a mente, por exemplo, se ela
empilhou alguns blocos, não diga: “Que lindo castelo” e sim pense alto: “Gostei dos
blocos empilhados desta maneira, o que será que é?”
Se for fazer perguntas, faça perguntas simples, como por exemplo: “Você quer o papel
azul ou o amarelo?”,ou uma pergunta fechada: “Qual a cor do papel que você quer?”
Espere pelo menos 5 segundos pela resposta. Isto pode parecer muito tempo, mas
este tempo serve para a criança enfrentar a ansiedade e responder. Nunca insista
para que ela responda.
O que você deve fazer é diminuir a pressão da pergunta. Se fez uma pergunta aberta,
deu 5 segundos e ele ainda não respondeu, mude para uma pergunta fechada, e
depois para: Sim ou Não.
Outra estratégia se ele não responder é perguntar para ele se ele quer responder
depois, e depois de um tempo volte a mesma pergunta para ele, não se esquecendo
de agradecer por ele ter respondido.
Se a criança respondeu, não faça festa, mas sim confirme em tom normal: “Você quer
a cor azul. Muito obrigada por responder. Estou muito feliz por isto”.
Se a criança somente faz sinais, diga: “Você apontou para a carta X, ótimo. Sua
resposta está certa”, ou: “Eu também gosto da carta X”. Confirme e verbalize a
resposta dela.
Quando perceber que a criança está angustiada, por precisar comunicar algo, tente
ficar sozinha com ela e sem ninguém por perto, peça para ela falar bem baixinho, pois
você não vai contar para ninguém. A vontade de falar a ocorrência pode ser mais forte
do que a ansiedade, quando vocês estiverem sozinhos. Este momento pode ser muito
importante, para se criar um laço de confiança com a criança, minimizando o MS.
Não use e não deixe ninguém usar expressões nocivas, tais como: “O gato comeu sua
língua”, ou: “Ele não sabe falar”, ou: “Ele é muito tímido”, pois isto só aumenta a
pressão. Lembre-se que a criança sabe falar, mas somente precisa vencer a
ansiedade para tanto.
Se perguntarem para a criança porque ela não fala, a resposta deve ser:”Ela sabe
falar e irá falar quando estiver a vontade para falar”.
Você pode responder que a criança fala normalmente com os pais e com ciclano e
fulano, e que a criança está cada vez falando com mais pessoas, e que daqui a pouco
ela vai estar falando com o todo mundo. É importante que todos saibam que a criança
sabe falar.
Promova jogos de imitação, primeiro somente com movimentos, depois com sopro,
sons simples, vogais, sílabas, e assim gradativamente. O ideal é fazer isto em
pequenos grupos.