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Olá, aqui quem fala é o Zeca Gameleira, Diretor da Educação Mosaico Montessori e hoje,

trago o primeiro conteúdo produzido para nossa Escola de Pais, que é parte de nossas
Ações em Mosaico com as Família de nossas Crianças e também com nossas
Colaboradoras.

O assunto que trago hoje é sobre Comportamentos Desafiadores.

Quero mostrar possibilidades sobre o que podemos considerar como Comportamentos


Desafiadores, alguns motivos aos quais isso ocorre e como podemos lidar nesses
momentos de tensões para elas e também para nós Adultos.

Obviamente, Comportamentos Desafiadores são basicamente tudo aquilo que a Criança faz
a ela mesma, as outras Crianças e Adultos, ao espaço de convivência e a objetos que em
nosso olhar de Adulto, nos desafia a lidar com determinada situação ao ponto de muitas
vezes não sabermos como agir, ou seja, agressões, gritos sem sentidos, a famosa birra,
choro constante, intolerância a rotinas, atos de arremessar objetos nas coisas e nas
pessoas, mordidas e por aí vai.

Antes de pensarmos em como podemos lidar com essas situações, precisamos lembrar de
algumas coisas muito importantes.

A primeira é que somos os Adultos da relação e já por esse motivo, temos a


responsabilidade de mediar essas tensões de modo em que a Criança, de maneira
gradativa, vá construindo sensibilidade e aprendizados com tudo que elas vivem, sob nossa
mediação Respeitosa e Empática.

Também gostaria de lembrar que a Criança aprende mais através de nossos exemplos do
que com o que falamos para ela, logo, é mais importante sabermos como nos Comportar
diante delas ao invés de querermos obrigá-las a realizar ou parar alguma ação.

Por isso, não podemos usar de recursos como Permissividade em que a Criança vive sob a
tolerância para com certos comportamentos considerados indesejáveis ou de uso de
Autoritarismo, em que a Criança vive sob os olhos e ações de um dominador ou
dominadora, de alguém impositivo, que busca estabelecer obediência com a falsa crença de
busca por Respeito, através do medo e punição.

Agora, quero falar alguns motivos que podem causar esses Comportamentos nas Crianças.

Vamos pelo básico primeiro para talvez entendermos o científico por de trás das
informações superficiais que muitas vezes coletamos no ato do Comportamento Desafiador.

Quando a Criança agride a outra ou tenta e até consegue nos agredir, logo pensamos que
na maioria das vezes ela está tendo nitidez de suas ações, então, acabamos julgando a
Criança ao ponto muitas vezes de acreditarmos realmente que ela está fazendo aquilo por
maldade ou por escolha real, por autêntica decisão.

Mas, o que pode acontecer de fato é que esse comportamento é apenas o desvelar de algo
interno a elas, algum sentimento ou necessidade, ou seja, acreditamos verdadeiramente
que por de trás de um Comportamento Desafiador, existe alguma necessidade básica que
não está sendo atendida.

Explico: Quando estamos com fome, com sede, com calor ou com frio, nosso temperamento
muda, certo?

Mas, nós, com nossa relativa maturidade temos o discernimento de ir lá e nos alimentar,
nos hidratar, nos refrescar ou nos aquecer.

Porém, a maioria das Crianças não tem essa maturidade e acaba comunicando essas
necessidades através de transgressões às regras, agressões, mordidas, gritos, choros,
entre outras coisas.

E também são necessidades básicas da Criança: Dormir, se Divertir, Correr, Subir, Cheirar,
Tocar, Brincar, além de serem Ouvidas, Seguradas no Colo, Abraçadas, Observadas e por
aí vai.

Assim sendo, se a Criança não possui em casa uma Rotina de Alimentação com qualidade,
Rotina de Sono que possibilite a ela descansar verdadeiramente com um Sono reparador,
se ela fica horas diárias presa diante de telas, obviamente ela irá desencadear
Comportamentos Desafiadores na Escola e se a Escola não proporciona a mesma
funcionalidade de uma Rotina Saudável nas diversas áreas da vida da Criança, em que ela
supostamente tem em sua casa, a Criança fixará o hábito de que precisa se Comportar
inadequadamente, independente se em casa ou na escola, para ter o que precisa, para ter
sua necessidade atendida.

Pois, as duas principais instituições de referência educativa que ela tem, não estão sendo
congruentes, ou seja, não estão trabalhando em conjunto em prol de uma Educação
realmente de qualidade para a Criança, ela não terá garantido processos reais de Ensino e
Aprendizagem.

Então, para nos aprofundarmos melhor, precisamos entender que se agirmos de maneira
abrupta, com hostilidade ou com distanciamento, esses Comportamentos poderão se
intensificar com o passar do tempo, evoluir e ficarem mais padronizados e, principalmente,
se perpetuarem.

Agir de forma abrupta ou com hostilidade é gritar para a Criança parar de gritar, é segurar
firme ao ponto de machucar ela, é agredir para que ela pare de agredir a outra Criança, é
castigar uma ação ou ato que em nossa concepção é errada.

O distanciamento é a forma mais comum e equivocada que utilizamos para nos comunicar
com as Crianças quando ela está manifestando algum Comportamento Desafiador.

É quando notamos que a Criança fará algo que consideramos inapropriado e de longe
falamos ou gritamos para ela: “Desça daí, você vai cair!” “Não faça isso com seu amigo,
você vai machucar ele!” “Se você não vier agora eu vou deixar você aí, tchau!” “Filha, o
Papai já falou que não é para riscar a parede!” “Solta a colega, não é para morder ela!”
Diante disso, eu quero sugerir algumas ações e ferramentas com base na filosofia, estudos
e práticas da Disciplina Positiva, que podemos utilizar para mediarmos esses
Comportamentos Desafiadores, sem propagar uma cultura de ações automáticas, sem
objetivos claros e com padrões definidores de Autoritarismo ou Permissividade:

Primeiro de tudo, se você pretende se comunicar Respeitosamente com a Criança, olhe


diretamente nos olhos dela. Entenda, você é maior que ela, tem a voz mais forte e é a
principal referência dela, então, para começar a estabelecer uma conexão verdadeiramente
Empática, talvez você tenha que se ajoelhar ou se sentar para ficar no mesmo nível do
olhar da Criança.

É difícil ficarmos bravos ou irritados quando paramos o que estamos fazendo e dedicamos
um tempo para assumir uma postura respeitosa. É nossa Decisão e Responsabilidade fazer
isso!

Note que os seus sentimentos mudam e que você fala mais suavemente.

A energia é contagiosa. A Criança irá responder mais favoravelmente quando a sua energia
for positiva.

Observe que em algumas culturas o contato visual direto, olho no olho, é considerado
desrespeitoso. Imagina só!

Estudos têm mostrado que o vínculo com a escola é o fator principal para o
desenvolvimento da Criança e que ela precisa se sentir à vontade para ter essa conexão
com sua casa também e vice-versa.

Portanto, seja na escola ou em casa, para criar conexão, valide os sentimentos dela, por
exemplo diga: “Vejo que você está bravo.”

Para corrigir de forma respeitosa em outro momento com menor tensão, diga: “Tudo bem
você estar se sentindo assim, mas você não pode bater. O que mais você poderia fazer?”

Para reforçar a conexão com a Criança, diga com afeto: “Eu me importo com o que você
tem a dizer!”

E para continuar corrigindo com respeito e afeto, diga: “Vamos reservar um tempo para
sentarmos juntos e pensarmos em soluções que sejam respeitosas com todos.”

Agora, vou citar algumas Ferramentas da Disciplina Positiva mais ágeis que também podem
ser usadas de maneira intercalada sempre que precisar:

Redirecionamento de Atenção: É quando você tira o foco da Criança com algo que lhe
cause maior interesse que aquilo que causou o Comportamento Desafiador.

Pausa Positiva: Quando o Adulto sente que agirá com Autoritarismo, mas, toma a decisão
de sair por um minuto do local onde a Criança está Desafiando, para respirar e se preparar
para agir com Respeito e Empatia.
Tempo de Qualidade: Quando o Adulto evidencia que estará verdadeiramente presente
junto a Criança em algum momento do dia.

Humor: Usar sorrisos, com graça, em momentos onde isso é possível, ou seja, se a Criança
agride a outra, óbvio que você não vai rir.

Encorajamento: Ao invés de elogiar ou dizer para a Criança fazer ou parar de fazer algo,
use frases como: “Eu vi que você se esforçou para subir na janela, eu estava do lado para
que você e eu nos sentíssemos seguros!”

Pare de Falar e Aja: Essa Ferramenta é principalmente usada em momentos em que a


Criança demonstra que irá agredir ou morder a outra ou até mesmo nós adultos. Não dê
tempo para acontecer o pior! Aja rapidamente, retire a Criança de perto da outra, não
repreenda e faça uso da Ferramenta de Redirecionamento de Atenção. Quando tudo se
acalmar, use novamente o “Olho no Olho”, na altura da Criança.

Importante salientar que para todas as nossas tentativas de mediar esses conflitos, nós
jamais devemos entrar em disputa de poder com as Crianças, pois que perde é todos,
principalmente nós Adultos iremos nos frustrar, pois, somos nós que temos de forma nítida
objetivos educativos e de boas maneiras em relação a nossas Crianças.

Reforçando: Lembrem-se de que somos nós os adultos da relação, portanto, já basta a


Criança com Comportamentos Desafiadores, nós precisamos ter Paciência, Calma e Nitidez
sobre nossos Atos.

E vamos chegando ao fim desse primeiro conteúdo de nossa Escola de Pais.

Qualquer dúvida sobre os assunto tratados aqui, não se acanhem em perguntar.

Estaremos por aqui, para orientarmos, organizarmos a parceria saudável que Família e
Escola devem ter e para fazer dessa aventura de Educar nossas Crianças, a melhor que
podemos ter.

Até a próxima!
Inicio tomando a liberdade em externalizar aqui essa reflexão sobre esse assunto que
assombra qualquer Mãe ou Pai em sã consciência, sobre suas Crianças e os espaços
educativos aos quais elas frequentam.
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MORDIDAS!
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Essa marca é a de uma mordida que a Ana Bella recebeu de uma Criança, nessa última
semana na Escola.
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Quando fui trocar a roupa que ela vestia, notei e me assustei na hora!
.

Mas, vejamos: por qual ou quais motivos as Crianças mordem umas às outras ou a si
mesmas às vezes?
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1° Precisamos lembrar que a Mordida, em qualquer fase da vida, serve para mastigar.
Óbvio! Porém, na primeira infância os pequenos estão descobrindo o Mundo pela via oral.
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2° Demonstração de afeto. Sim! E muitas vezes, é ensinado pelos adultos. Muitas vezes,
nas brincadeiras que temos com as Crianças, acabamos dando mordidinhas. (Vamos
combinar, mas, dá vontade às vezes).
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3° Irritabilidade. Algo que pode ser causado por vários motivos, como disputa por
brinquedos, necessidade de atenção, etc.
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E sobre a Criança mordida, o que fazemos?


.

Na Escola, mesmo com todo cuidado e atenção, ocorrem as tais mordidas, e por isso
proporcionamos a atenção devida; quando identificamos, enviamos notificação do ocorrido
para as famílias, acolhemos o sentimento de dor das Crianças e temos adotado medidas
positivas para reduzir esses casos.
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No geral, sobre quem morde ou é mordido, ambos recebem atenção e são respeitosamente
atendidos, sem rótulos ou definições.
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Para o que morde, acolhemos e não o definimos, pois, como diria Maria Montessori:
. "Nunca fale mal da Criança, em sua presença ou ausência."
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Para quem é mordido, acolhemos e cuidamos do machucado como podemos.
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E por fim, mesmo com tudo isso, ainda assim é possível e passível dessas mordidas
acontecerem.
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Portanto, estamos atentos na escola e orientamos que as famílias também estejam.


Olá estimados,

aqui é o Zeca Gameleira, diretor da Educação Mosaico Montessori.

Venho através deste áudio comunicar e oficializar a paralisação por Tempo Determinado, a
princípio, pelo Governo do Estado do Paraná, por decorrência e orientação à novas
MEDIDAS RESTRITIVAS aos cuidados contra a COVID-19.

Infelizmente, por negligência descrença de muitas pessoas à veracidade desta devastadora


doença, estamos novamente entrando em um período preocupante.

Mesmo que sejamos regimentados pela Secretaria Municipal de Educação de São José dos
Pinhais, teremos que seguir a orientação de fechamento do Estado.

Porém, sairá, a partir das 17 horas de hoje, 26 de fevereiro de 2021, um decreto municipal
ao qual seguiremos o determinado no subsequente documento.

Ainda quero reforçar que a paralisação é por tempo Determinado, então, muito
possivelmente, assim esperamos, dia 08 de março de 2021 estaremos retomando nossas
atividades presenciais.

Na sequência, traremos mais informações sobre essa paralização e como faremos com
essa semana em que estaremos fechados.

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