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O que avalia: tem como finalidade revelar impulsos, emoções, sentimentos, complexos e
conflitos marcados em sua personalidade.
Histórico: foi desenvolvido por uma equipe coordenada por Henry A. Murray em Harvard na
década de 1930, tendo sua versão final publicada em 1943, em sua segunda revisão. De
acordo com Anderson (1999) a principal influência para Murray se dedicar a desenvolver um
teste com base em histórias a partir de cartões foi o relato de uma das suas alunas. Partindo
do interesse desta em comparar as significações atribuídas a termos como “ver” em infantes
cegos e não-cegos, a aluna passou a investigar as fantasias de seu filho, sem obter sucesso
num momento inicial. A mulher então pediu que seu filho contasse uma história sobre uma
das figuras, e a criança colaborou ativamente. Nesse mesmo período, Murray realizava
pesquisa sobre o fenômeno da apercepção, termo que se referia na época ao processo de
atribuição subjetiva de significado a um objeto previamente percebido. Assim, o pesquisador
propôs desenvolver um instrumento que suscitasse o processo de apercepção, baseado no
“fato bastante reconhecido de que quando alguém interpreta uma situação complexa, essa
pessoa está apta a contar mais sobre si mesma quanto nos fenômenos nos quais sua atenção
está focada”.
Teoria de base: O teste foi fundamentado na teoria desenvolvida por Murray, chamada de
Personologia, que é uma teoria dinâmica de personalidade, ou seja, descreve esse construto
como um arranjo complexo de variáveis interligadas entre si, cujas manifestações variam de
acordo com a presença e intensidade de tais variáveis), que enfatiza aspectos motivacionais
na determinação de expectativas e ações de indivíduos nos contextos em que estes se
inserem. Nesse contexto, a criação de histórias usando o TAT permitiria acessar os principais
motivos da personalidade e sua configuração em relação à visão que os examinandos teriam
de si mesmos e se situações interpessoais variadas nos quais estes podem se engajar ao longo
de suas vidas.
Validação e amostra: no Brasil, o teste foi aprovado no dia 25 de outubro de 2003, com a
validade até 23 de outubro de 2023. Ele está focado nos aspectos ideográficos, de modo que
suas análises não são suficientes à plena validação do Conselho Federal de Psicologia a partir
de 2018 (CFP, 2018), quando foi especificada a necessidade da descrição de dados e critérios
ideográficos e nomotéticos.
Definição: O CAT foi publicado em 1949, em dois tipos sendo um de Figuras de Animais
(A), e o outro de Figuras Humanas (H). Esses testes são de caráter projetivo, enquadrados no
construto de personalidade, que visa compreender o mundo vivencial da criança avaliada,
com a interpretação de histórias narradas aos estímulos que são apresentados a ela.
O que avalia: Ambos avaliam a estrutura de afeto da criança e a dinâmica das suas reações
perante os desejos e os problemas que ela enfrenta, bem como o modo que ela busca resolver
essas questões, de modo a avaliar a estrutura da personalidade da criança e sua maneira de
reagir e lidar com as questões do seu crescimento.
Idade: O CAT-A é aplicado em crianças de 5 até 10 anos, enquanto o CAT-H é voltado para
crianças de 7 até 12 anos.
Tempo de duração: Não possuem um limite de tempo estabelecido, mas costumam durar em
média de 45 minutos
Histórico: O CAT-A ( Teste de Apercepção Infantil) foi criado por Leopold Bellack e Sonya
Bellack em 1949, sendo criado particularmente como alternativa ao TAT (Teste de
Apercepção Temática), para se aproximar mais do contexto infantil, que é público alvo do
CAT-A/ CAT-H, segundo Hutz, C. S. et al (2018). Diante disto, o CAT-A e o CAT-H tem
como finalidade o público infantil, com o CAT-A sendo para crianças de 5 a 10 anos e o
CAT-H de 7 até os 12 anos e 11 meses.
Devido ao direcionamento ao público infantil o CAT-A apresenta imagens de animais, pois
segundo o psicanalista Ernst Kris, isso favorece a identificação das crianças e o engajamento
delas no teste. Além disso, a utilização dos animais é porque eles desempenham papéis
fantasiosos e de angústias no imaginário infantil, segundo Ernst Kris como citado por Hutz,
C. S. et al (2018).
O CAT-A e CAT-H obtiveram parecerer desfavorável após a resolução 002/2003 do CFP
(Conselho Federal de Psicologia), obtendo o parecer favorável somente em 2010 e 2016,
respectivamente, e consequentemente teve sua aplicação liberada para os psicólogos
(Schelini, P. W., Benczik E. P. 2010).
Teoria de base: O CAT é uma técnica projetiva temática. As técnicas projetivas temáticas
têm sua origem no teste apercepção temática (TAT) de Murray (1943). Todas solicitam ao
examinando que crie histórias a partir de figuras e cenas em diferentes graus de estruturação.
São instrumentos hidrográficos ou seja voltados para compreensão do indivíduo em sua
singularidade.
Validação e amostra: A validação do CAT-A ocorreu na cidade de São Paulo por meio de 4
estudos, dois com 125 crianças e dois com 142 crianças. Na análise destes 4 estudos as
avaliações dos três juízes obteve correlação maior que 0,70 na maior parte das variáveis
avaliadas (Hutz, C. S. et al 2018). Além disso, segundo Hutz, C. S. et al (2018), foi
demonstrado que o CAT-A consegue diferenciar crianças que sofriam violência doméstica ou
sexual de que crianças que não sofriam tais tipos de violência, assim como os mecanismos de
defesa utilizados pelas crianças serem as mesmas descritas na literatura específica da área.
A validação do CAT-H também ocorreu na cidade de São Paulo, onde foram utilizados dois
grupos, sendo um grupo controle sem históricos de violência doméstica e um grupo clínico
com histórico de violência doméstica.
De acordo com Hutz, C. S. et al (2018), a amostra utilizada no estudo de convergência do
CAT-H com o TAT e do estudo de concordância dos avaliadores foi um total de 60 crianças,
sendo 30 do sexo masculino e 30 do sexo feminino, com idades de 7 a 12 anos, assim as
crianças cursavam o ensino fundamental do 1º ano ao 6º. Em relação à convergência, os três
juízes obtiveram a menor correlação de 0,757 e a maior de 0,959.
Definição: O R-PAS, avalia o funcionamento típico do examinando, o que ele tende a fazer
com mais frequência no dia a dia, sua personalidade em ação. Enquanto uma medida típica de
desempenho, o examinador apresenta o problema ao examinando (Com o que a mancha de
tinta se parece?) com a intenção de que, quando ele usar seus próprios recursos psíquicos para
resolver problemas, o examinador obterá informações a respeito do seu estilo de
funcionamento psicológico (Meyer et al., [s.d]).
Tempo de duração: Dura, em média, uma hora e trinta minutos, constituída de duas etapas
distintas que acontecem em uma única sessão.
Teoria de base: O R-PAS foi desenvolvido por meio da continuidade das pesquisas de Exner,
em fevereiro de 2011, com o objetivo de evoluir o SC. Essa continuidade das pesquisas foi
realizada por cinco pesquisadores, sendo quatro deles pertencentes do RRC, e eles
originalmente trabalharam em questões discutidas pelo RRC como modificações po foi
baseado em estudos empíricos que abarcam revisões sistemáticas e metanálises; está dentro
as normas internacionais mais recentes e acuradas; a sua padronização para ser aplicado e
codificado está dentro das sistematizações mais simples e detalhadas; ele utiliza uma forma
de aplicação do instrumento que reduz a variação de quantidade de respostas (aplicação
R-Otimizada) e melhora de formas considerável a estabilidade do instrumento no reteste;
contém a disponibilidade de um programa on-line para cálculo das variáveis do teste, em uma
plataforma virtual segura e acessível por meio de variados dispositivos usando internet, sem
necessidade de instalação de um programa específico; imediata transformação dos escores do
teste em standard scores, fazendo uso de escores-t e percentil.
Validação e amostra: foi aprovado no Brasil no dia 24 de abril de 2017. Sendo os prazos dos
estudos de normatização até o dia 29 de abril de 2032 e o prazo de validade até 29 de abril de
2037. Resende e Martins (2015) realizaram um estudo que visava verificar a precisão do
sistema de codificação do R-PAS por meio da concordância entre juízes experts no
Rorschach, que resultou na codificação de 60 protocolos infantis por dois avaliadores
independentes, que os analisaram estatisticamente, usando o Índice de Correlação Intraclasse
(ICC), revelando elevada concordância entre juízes os 49 indicadores avaliados, com valores
entre 0,79 e 1,00, o que é consi
Referências:
Anderson, J. W. (1999). Henry A. Murray and the Creation of the Thematic Apperception
Test In: Gieser, M. T. & Stein, M. I. (orgs.) Evocative Images: The Thematic Apperception
Test and the art of projection (pp. 23-38). Washington, DC: American Psychological
Association.
Hutz, C. S., Bandeira, D. R., Trentini, C. M. (2018) Avaliação Psicológica da Inteligência e
da Personalidade. Porto Alegre: Artmed.
Gregory J. Meyer; Donald J. Viglione; Joni L. Mihura; Robert E. Erard; Philip Erdberg. R –
PAS : Sistema de Avaliação por Performance no Rorschach. Manual Hogrefe, [s.d].
Disponível em: <
https://www.hogrefe.com.brr-pas-sistema-de-avaliacao-por-performance-no-rorschach.htmll/
>. Acesso em: 7 de jul. de 2022.
Schelini, P. W., Benczik E. P. (2010) Teste de Apercepção Infantil: o que foi e o que precisa
ser feito. Boletim de Psicologia, 2010, Vol. LX, Nº 132: 085-096.
Vieira, Philipe Gomes, & Villemor-Amaral, Anna Elisa. (2015). Evidências de validade do
Rorschach Performance Assessment System no diagnóstico da esquizofrenia. Avaliação
Psicológica, 14(1), 53-62. Recuperado em 06 de julho de 2022, de
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712015000100007&ln
g=pt&tlng=pt.